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Electrodinâmica - 65000

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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Tecnológicas

ELECTROMAGNETISMO
ELECTRODINÂMICA

Curso: Engenharia Electromecânica


Período: Noturno
Ano: 2º

Docente

________________________

Dr. Teófilo Falau

Viana, Dezembro de 2022

1
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Tecnológicas

ELECTROMAGNETISMO
ELECTRODINÂMICA

Integrantes do grupo:

1. Aguinaldo J. S. Manuel
2. Francisco Kwanda
3. Hélio Capangala
4. Henrique Cabongo
5. Mauro K. C. António
6. Sebastião Fernando

III
ÍNDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

OBJECTIVOS DO ESTUDO.....................................................................................................2

Objectivo geral............................................................................................................................2

Objectivos específicos................................................................................................................2

OPÇÕES METODOLÓGICAS..................................................................................................2

1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA.............................................................3

1.1. ELECTRODINÂMICA.......................................................................................................3

1.1.1. RADIAÇÃO ELECTROMAGNÉTICA...........................................................................3

1.2. IMÃS PERMANENTES E ELECTROÍMÃS.....................................................................6

1.2.1. Ímãs permanentes..............................................................................................................7

1.2.2. Electroímãs........................................................................................................................7

1.3. CAMPO MAGNÉTICO DE IMÃS.....................................................................................8

1.3.1. Força em um magneto devido a um B não-uniforme........................................................8

1.3.2. Torque em um magneto devido a um campo B...............................................................10

1.3.3. Visualizando o campo magnético usando linhas de campo............................................10

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................14

III
INTRODUÇÃO

Abordaremos neste trabalho de forma sucinta, acerca da Electrodinâmica, antes porém


salientamos que, electrodinâmica é o ramo da Física que estuda o movimento das cargas
eléctricas.

A movimentação dessas cargas é obtida quando se aplica uma diferença


de potencial eléctrico entre dois pontos de um meio condutor. A resistência do meio é a
propriedade física que quantifica a facilidade em que uma corrente eléctrica é conduzida em
seu interior. Além disso, a corrente eléctrica é uma das grandezas fundamentais da
electrodinâmica.

1
OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo geral
 Estudar a electrodinâmica

Objectivos específicos
1. Descrever a radiação electromagnética;
2. Identificar os imãs permanentes e electroímãs;
3. Estudar o campo magnético de imãs.

OPÇÕES METODOLÓGICAS

TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo, bibliográfico, com paradigma qualitativo.

2
1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

1.1. ELECTRODINÂMICA

«Electrodinâmica é a área da Física que estuda a movimentação das cargas


eléctricas. A corrente eléctrica é o movimento ordenado das cargas e é determinada pela
quantidade de carga (ΔQ) que passa em um determinado tempo (Δt). Sua unidade de medida
é o ampere (A)». (AMALDI, 2015, p. 43)

A resistência eléctrica é encontrada por meio da 1ª e 2ª lei de Ohm, que relacionam a


resistência com a tensão (U) e a corrente (i), bem como a resistência com o tipo de material de
que o condutor é feito. Sua unidade de medida é o ohm (Ω). A potência eléctrica é eficiência
do dispositivo de transformar energia, nesse caso a energia eléctrica. Sua unidade de medida é
o watt (w).

1.1.1. RADIAÇÃO ELECTROMAGNÉTICA

«Praticamente toda a troca de energia entre a Terra e o resto do Universo ocorre por
radiação, que é a única que pode atravessar o relativo vazio do espaço. O sistema Terra-
atmosfera está constantemente absorvendo radiação solar e emitindo sua própria radiação
para o espaço». (FERENCE, LEMON & STEPHENSON, 2015)

Numa média de longo prazo, as taxas de absorção e emissão são aproximadamente


iguais, de modo que o sistema está muito próximo ao equilíbrio radiativo. A radiação também
tem papel importante na transferência de calor entre a superfície da Terra e a atmosfera e
entre diferentes camadas da atmosfera.

Segundo NUSSENZVEIG (1997, p. 43), «as ondas de radiação eletromagnética são


uma junção de campo magnético com campo eléctrico que se propaga no vácuo
transportando energia. A luz é um exemplo de radiação electromagnética».

Esse conceito foi primeiramente estudado por James Clerk Maxwell e depois afirmado
por Heinrich Hertz. Maxwell foi físico e matemático escocês que ficou conhecido por dar
forma final à teoria do eletromagnetismo, teoria essa que une o magnetismo, a eletricidade e a
óptica.
3
«Dessa teoria surgem as equações de Maxwell, assim chamadas em sua homenagem e
porque ele foi o primeiro a descrevê-las, juntando a lei de Ampère, a lei de Gauss e a Lei da
indução de Faraday». (PURCELL, 1973)

A radiação electromagnética se propaga no espaço. Ela possui campo magnético e


campo eléctrico que se geram mutuamente e se propagam perpendicularmente um em relação
ao outro e na direcção de propagação da energia, transportando assim energia sob a forma de
radiação eletromagnética. A radiação eletromagnética varia conforme a frequência da onda. A
luz visível aos olhos humanos é uma radiação electromagnética, assim como os raios x, a
única diferença entre essas duas formas de radiação está na faixa de frequência que o olho
humano consegue visualizar, ou seja, os raios x têm faixa de frequência que fica fora do
alcance da visão humana.

As ondas do forno de micro-ondas também são ondas eletromagnéticas. Os campos


magnético e eléctrico obedecem ao princípio da superposição. Os vectores campo
magnético e campo eléctrico se cruzam e criam o fenômeno da reflexão e refração. A luz
é uma onda electromagnética e em um meio não linear como um cristal, por exemplo,
pode sofrer interferências e causar o efeito Faraday, a onda pode ser dividida em duas
partes com velocidades diferentes. (OLIVEIRA, 2022)

Na refração, uma onda ao passar de um meio para outro, com densidade diferente, tem a
sua velocidade e direcção alterada. Uma fonte de radiação, como o Sol, por exemplo, pode
emitir luz dentro de um espectro variável. A luz solar ao ser decomposta em um prisma
possibilita a visualização de espectros de várias cores, como no arco-íris.

«A radiação electromagnética encontra aplicações como a radiotransmissão, seu


emprego no aquecimento de alimentos (fornos de micro-ondas), em lasers para corte de
materiais ou mesmo na simples lâmpada incandescente». (FERENCE, LEMON &
STEPHENSON, 2015)

A radiação eletromagnética pode ser classificada de acordo com a frequência da onda,


em ordem crescente, nas seguintes faixas: ondas de rádio, micro-ondas, radiação
terahertz, radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, raios X e radiação gama.
No que tange às fontes de radiação, houve muitas controvérsias sobre se uma carga acelerada
poderia irradiar ou não. Em parte por causa do princípio da equivalência e a nulidade
da reação de radiação observada nos cálculos quando a fonte é submetida à aceleração
uniforme.

4
Fig. 1 - Espectro electromagnético

Fonte: adaptado de FERENCE, LEMON & STEPHENSON (2015, p. 54)

O comprimento de onda (l ) é a distância entre cristas (ou cavados) sucessivos (Fig. 2);
a frequência de onda (u ) é o número de ondas completas (1 ciclo) que passa por um dado
ponto por unidade de tempo (s). A relação entre l , u e a velocidade c é c= lu.

Fig. 2 - Caraterísticas de uma onda

Fonte: OLIVEIRA, (2022, p. 54)

Embora o espectro eletromagnético seja contínuo, nomes diferentes são atribuídos a


diferentes intervalos porque seus efeitos, geração, medida e uso são diferentes. Por exemplo,

5
as células da retina do olho humano são sensíveis a uma radiação num estreito intervalo

chamado luz visível, com l entre e .

Segundo AMALDI (2015, p. 86):

«A maior parte da energia radiante do sol está concentrada nas partes visível e
próximo do visível do espectro. A luz visível corresponde a ~43% do total
emitido, 49% estão no infravermelho próximo e 7% no ultravioleta. Menos de 1%
da radiação solar é emitida como raios X, raios gama e ondas de rádio».

Apesar da divisão do espectro em intervalos, todas as formas de radiação são


basicamente iguais. Quando qualquer forma de energia radiante é absorvida por um objecto, o
resultado é um crescimento do movimento molecular e um correspondente crescimento da
temperatura.

1.2. IMÃS PERMANENTES E ELECTROÍMÃS

«Um ímã pode ser definido como um material simples que possui um campo
magnético. São objectos capazes de atrair metais ferromagnéticos devido ao campo
magnético que possuem, que pode ser natural ou artificial». (AMALDI, 2015, p. 112)

A magnetita é um exemplo de mineral que possui propriedades magnéticas e o ímã


artificial é feito a partir da mistura de minerais metálicos (ligas metálicas) sem propriedades
magnéticas, mas que podem receber e manter estar propriedades. Estes são subdivididos em
duas categorias: o ímã permanente e o ímã temporal ou electroímã.

Segundo VALENTE (1997, p. 54):

«Ímã, qualquer material capaz de atrair ferro e produzir um campo magnético fora de si.
No final do século XIX, todos os elementos conhecidos e muitos compostos haviam sido
testados quanto ao magnetismo, e todos tinham propriedades magnéticas. O mais comum
era a propriedade do diamagnetismo, o nome dado aos materiais que exibiam uma
repulsa fraca pelos dois polos de um ímã. Alguns materiais, como o cromo, mostraram
paramagnetismo, sendo capazes de magnetização induzida fraca quando aproximados de
um ímã».

6
Essa magnetização desaparece quando o ímã é removido. Apenas três elementos, ferro,
níquel e cobalto, mostraram a propriedade do ferromagnetismo (isto é, a capacidade de
permanecer permanentemente magnetizado).

1.2.1. Ímãs permanentes

«Ímãs permanentes: São permanentes no sentido de que, uma vez que são
magnetizados, retêm um nível de magnetismo». (BLACKWOOD, HERRON & KELLY,
1971)

O ímã permanente é um objecto fabricado a partir da mistura de minerais, dentre eles os


elementos de terras raras, que dão a estes objectos a capacidade de manter o magnetismo
adquirido, indefinidamente, até que algum factor provoque a sua desmagnetização. A
desmagnetização pode ser causada por vibrações, sujeira, temperaturas extremas, corrosão ou
interferência de campos magnéticos. O ímã permanente pode ser constituído de alumínio,
Níquel, cobalto, estrôncio, Ferrite, bário, Samário e Neodímio.

Segundo BARBETA & YAMAMOTO (2001, p. 42):

«A variação da composição do ímã permanente permite variar a intensidade do


campo magnético e o tipo de aplicação. As varáveis que devem ser observadas
antes de utilizar este tipo de ímã são a temperatura de trabalho, a estabilidade
térmica, necessidade de miniaturização, peso e energia armazenada. Diante
destes factores, a escolha do ímã permanente mais apropriado para o perfil
analisado deverá ser efectuada, pois desta forma garante-se a longevidade e
eficiência do sistema».

Estes ímãs foram os precursores da miniaturização e redução de peso e tamanho de


equipamentos eletroeletrônicos, como por exemplo a invenção dos laptops e dos smartphones.
O disco de armazenamento de dados é fabricado com ímã permanente e os autofalantes dos
smartphones são pequenos e potentes porque também são fabricados com ímãs permanentes.
A aplicação destes ímãs vai além destas duas tecnologias, como por exemplo, motores
eléctricos, atuadores, sensores, filtros, separadores, içamento de objectos, fixadores
temporários, sistemas de proteção para equipamentos industriais, terminais de aterramento e
muitas outras funções.

7
1.2.2. Electroímãs

«Electroímãs: É uma bobina com fio enrolado de forma helicoidal, ou seja, em


torno de um núcleo de ferro, que age como um ímã permanente quando a
corrente está fluindo no fio. A força e a polaridade do campo magnético criado
pelo electroímã são ajustáveis alterando a amplitude da corrente que flui através
do fio e alterando a direcção do fluxo de corrente». (AMALDI, 2015, p. 112)

Um electroímã é uma espécie de ímã que possui um campo magnético resultante da


passagem de uma corrente eléctrica por um solenoide. O campo magnético dos electroímãs é
potencializado pela presença de um material ferromagnético no interior do solenoide.
Sistemas de alarme, guindastes para separação de materiais em ferros-velhos e receptores
telefônicos são exemplos de possíveis aplicações para os electroímãs.

1.3. CAMPO MAGNÉTICO DE IMÃS

«Um ímã tem a propriedade de criar à sua volta um campo magnético. O magnetismo
refere-se ao estudo dos fenômenos relacionados aos ímãs». (AMALDI, 2015, p. 114)

Os ímãs possuem dois polos que são denominados de polo norte e polo sul, se
tivermos dois imãs próximos, observamos que polos de mesmo nome se repelem e que polos
de nomes diferentes se atraem, quer dizer: polo norte repele polo norte, polo sul repele polo
sul, e polo norte e polo sul se atraem.

Segundo BARBETA & YAMAMOTO (2001, p. 56), «um determinado ímã cria no
espaço em sua volta um campo magnético que podemos representar pelas linhas de indução
magnética, essas linhas de indução atravessam de um polo a outro do ímã».

É por esse motivo, inclusive, que mesmo que um ímã seja partido ao meio, separando
os polos: norte e sul, ele sempre se reorganizará de maneira a formar dois polos. Em outras
palavras, podemos afirmar que não existe monopolo magnético.

1.3.1. Força em um magneto devido a um B não-uniforme

«Polos magnéticos iguais quando aproximados se repelem, enquanto polos opostos se


atraem. Este é um exemplo específico de uma regra geral de que os magnetos são atraídos

8
(ou repelidos dependendo da orientação do magneto) para regiões de campo magnético
maior». (BARBETA & YAMAMOTO, 2001, p. 76)

Por exemplo, polos opostos atraem-se por que cada magneto é empurrado no campo
magnético maior do polo do outro. A força é atrativa por que cada magneto m está na mesma
direcção do campo magnético B do outro.

Revertendo a direcção de m reverte a força resultante. Magnetos com m oposto


a B são empurrados para regiões de campo magnético menor, desde que o magneto, e
portanto, m não girar devido ao torque magnético. Este fenômeno corresponde ao de polos
semelhantes de dois magnetos sendo aproximados. A capacidade de um campo magnético não
uniforme de ordenar dipolos com orientação diferente a base do experimento de Stern-
Gerlach, que estabeleceu a natureza quântica dos dipolos magnéticos associados com átomos
e elétrons.

Matematicamente, a força em um magneto de momento magnético m é:

onde o gradiente ∇ é a mudança da quantidade m·B por unidade de


distância e a direcção é aquela do aumento máximo de m·B.

O produto escalar m·B = |m||B|cos(θ), onde | | representa a magnitude do vetor e θ é o


ângulo entre eles. Esta equação somente é válida para magnetos de tamanho zero, mas pode
ser usada como uma aproximação para magnetos não muito grandes. A força magnética em
magnetos maiores é determinada pela divisão deles em regiões menores tendo cada uma delas
seu próprio m então somando as forças em cada uma destas regiões.

«A força entre dois magnetos é bastante complicada e depende da orientação dos


magnetos e da distância relativa entre eles. A força é particularmente sensível a rotações
dos magnetos devido ao torque magnético. Em muitos casos, a força e o torque em um
magneto pode ser modelada assumindo uma 'carga magnética' nos polos de cada
magneto e usando um equivalente magnético à lei de Coulomb». (FERENCE, LEMON
& STEPHENSON, 2015)
Neste modelo, cada polo magnético é uma fonte de um campo H que é mais forte
próximo ao polo. Um campo H externo exerce uma força na direcção do H em um polo norte
e oposta a H em um polo sul. Em um campo magnético não uniforme cada polo vê um campo
diferente e é sujeito a uma força diferente. A diferença entre as duas forças move o magneto
na direcção em que o campo magnético cresce e também pode causar um torque resultante.

9
«Infelizmente, a ideia de polos não reflete com precisão o que acontece dentro de
um magneto. Por exemplo, um pequeno magneto colocado dentro de um magneto
grande é sujeito a uma força na direcção oposta. A descrição mais correta
fisicamente do magnetismo envolve laços de tamanho atômico de correntes
distribuídas pelo magneto». (BARBETA & YAMAMOTO, 2001, p. 116)

Se pegarmos pequenas bússolas e colocarmos sobre as linhas de indução magnética, a


agulha da bússola sempre apontará na mesma direcção do vetor indução magnética B, e o
norte da agulha no mesmo sentido de B, ou seja, B estará apontando para o polo sul do ímã.
Assim, podemos dizer que em cada ponto em torno do ímã, o vector B se afasta do polo norte
e se aproxima do polo sul. Na região dos polos vemos que as linhas de indução magnética
estão mais próximas umas das outras, sendo assim, consideramos que próximos aos polos o
campo magnético é mais intenso.

1.3.2. Torque em um magneto devido a um campo B

«Um magneto colocado em um campo magnético sofre um torque que tenta alinhá-lo
com o campo magnético. O torque em um magneto devido a um campo magnético externo é
fácil de observar: basta colocar dois magnetos próximos, deixando com que um deles gire».
(BARBETA & YAMAMOTO, 2001, p. 112)

O torque N em um magneto pequeno é proporcional ao campo B aplicado e ao


momento magnético m do magneto:

onde × representa o produto vectorial.

O alinhamento de um magneto com o campo magnético da Terra é o mecanismo de


funcionamento da bússola. Ele é usado para determinar a direcção do campo magnético local
também (veja a definição de B abaixo). Um pequeno magneto é montado tal que ele possui
liberdade para girar (em um dado plano) e seu polo norte é marcado. Por definição, a direcção
do campo magnético local é a direcção que o polo norte de uma bússola (ou qualquer outro
magneto) tende a apontar.

O torque magnético é usado para movimentar motores eléctricos simples. Em um


projeto simples de motor, um magneto é fixado em um eixo rotativo (formando um rotor) e
sujeito a um campo magnético criado por um grupo de electromagnetos chamado de estator.
Pela mudança contínua da corrente eléctrica em cada um dos electromagnetos, o que muda a
polaridade de seus campos magnéticos, o estator coloca polos de mesmo nome próximos ao
rotor. O torque magnético resultante é transferido ao eixo. O processo inverso, a
10
transformação do movimento mecânico em energia eléctrica, é obtido pelo mecanismo
inverso do acima no gerador eléctrico.

1.3.3. Visualizando o campo magnético usando linhas de campo

O mapeamento da força e direcção do campo magnético é simples, em princípio.


Primeiro, meça a força e direcção do campo magnético em um grande número de posições.
Então marque cada localização com uma seta (chamada de vector) apontando na direcção do
campo magnético local com um comprimento proporcional à intensidade do campo
magnético.

«Um método alternativo de visualizar o campo magnético que simplifica enormemente


o diagrama enquanto mantém as mesmas informações é conectar os vectores para formar
linhas de campo magnético». (BLACKWOOD, HERRON & KELLY, 1971, p. 54)

Vários fenômenos físicos têm o efeito de mostrar as linhas de campo magnético. Por
exemplo, limalhas de ferro colocadas em um campo magnético se alinham de forma a mostrar
visualmente a orientação do campo magnético (conforme a figura a seguir).

Figura 3: Linhas de campo magnético

11
Fonte: Adaptado de BLACKWOOD, HERRON & KELLY (1971, p. 76)

Linhas de campo magnético também são apresentadas visualmente por auroras polares,
nas quais interações de dipolo de partículas de plasma criam faixas de luz visível que se
alinham com a direcção local do campo magnético.

«As linhas de campo fornecem uma forma simples de apresentar ou desenhar o campo
magnético (ou qualquer outro campo vectorial). As linhas magnéticas podem ser
estimadas a qualquer ponto (seja em uma linha de campo ou não) usando a direcção e
densidade das linhas de campo próximas. Uma densidade maior de linhas de campo
próximas indicam um campo magnético mais forte». (AMALDI, 2015, p. 126)

As linhas de campo também são uma boa ferramenta qualitativa para visualizar as
forças magnéticas. Em substâncias ferromagnéticas como o ferro e o plasma, as forças
magnéticas podem ser compreendidas imaginando-se que as linhas de campo exercem uma
tensão (como uma tira de borracha) ao longo de seu comprimento, e uma pressão
perpendicular ao seu comprimento sobre as linhas de campo vizinhas. Polos magnéticos
'diferentes' se atraem por que são ligados por muitas linhas de campo; polos 'iguais' se
repelem por que suas linhas de campo não se encontram, mas ficam em paralelo, empurrando
umas às outras. A direcção de uma linha de campo magnético pode ser revelada usando uma
bússola. Uma bússola colocada próxima ao polo norte de um magneto aponta para longe
daquele polo - polos iguais se repelem. O oposto acontece com uma bússola colocada próxima
ao polo sul de um magneto. O campo magnético aponta para fora do magneto no polo norte e
em direcção ao magneto no polo sul. As linhas de campo magnético fora do magneto apontam
do polo norte para o polo sul. Nem todos os campos magnéticos são descritíveis em termos de
polos. Um fio reto conduzindo uma corrente eléctrica, por exemplo, produz um campo
magnético que não aponta em nenhum dos sentidos na direcção do eixo do fio, mas circula o
mesmo.

12
CONCLUSÃO

A electrodinâmica estuda as cargas em movimentos. A electrodinâmica está preocupada


em entender os efeitos das cargas em movimento. Assim, seus principais conceitos são:
corrente eléctrica, resistência eléctrica e potência eléctrica.

Entretanto, a electrodinâmica pode ser encontrada no quotidiano facilmente em


qualquer dispositivo eléctrico que utilizamos. Por isso, esse é um dos assuntos mais cobrados,
em Física. Tendo isso em vista, questões que envolvam circuitos, como o chuveiro eléctrico e
lâmpadas, que envolvam transformação de energia, entre outras, são questões de análise
electrodinâmica.

13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HELD, Mark A.; MARION, Jerry B. (1994). Classical Electromagnetic Radiation 3ª ed. [S.l.]:
Brooks Cole. p. 1.

GRIFFITHS, DAVID J. (1999). Introduction to Electrodynamics (3rd ed.). [S.l.]: Prentice


Hall. pp. 222–5. ISBN 0-13-805326-X. OCLC 40251748.

OLIVEIRA, Gabriela de. Eletrodinâmica; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/eletrodinamica.htm. Acesso em 16 de dezembro de 2022.

AMALDI, Hugo. Imagens da Física: As idéias e as Experiências do Pêndulo aos Quarks.


Curso Completo. Ed. Scipione. 2015.

FERENCE, Michael; LEMON, Harvey & STEPHENSON, Reginald. Curso de Física


Eletrornagnetismo. (1ª ed). Nova York: Edgard Blucher. 2015.

NUSSENZVEIG, Moysés. Curso de Física Básica. Eletromagnetismo. Vo1.3. Ed. Edgard


Blucher. 1997.

PURCELL, Edward Mills. Curso de Física de Berkeley. Eletricidade e Magnetismo. Vol. 2.


Ed. Edgard Blucher. 1973.

VALENTE, José A. O Uso Inteligente do Computador na Educação. Pátio – Revista


Pedagógica. Ano 1, no 1. Ed. Artes Médicas Sul. 1997.

14
BLACKWOOD, Oswald H.; HERRON, Wilmer B.; KELLY, Williarn C. Física na Escola
Secundária. Vo1.2. Ed. Fundo de Cultura. 1971.

BARBETA, Vagner Bernal; YAMAMOTO, Issao. Simulações de Experiências como


Ferramenta de Demonstração Virtual em Aulas de Teoria de Física. Revista Brasileira de
Ensino de Física. Vol. 23, no 2. Junho, 2001.

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