Soldagem
Soldagem
Soldagem
Tecnologia da Soldagem
Aluno: ________________________________________
Processo de Soldagem
1
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Tecnologia da Soldagem
Vitória - ES
2010
Sumário
Introdução...........................................................................................................................4
Metalurgia dos aços ...............................................................................................................5
Aços carbono ....................................................................................................... 5
Introdução a eletrotécnica da soldagem ...........................................................10
Fontes de corrente de soldagem ...................................................................................17
Solda a arco elétrico com eletrodo revestido .........................................................22
Corrente de soldagem..............................................................................................................5
Seleção dos parâmetros de soldagem............................. ...........................................32
Qualidades e características de uma boa soldagem .........................................36
Polaridade da corrente de soldagem....................................................................40
Equipamento de soldagem..........................................................................................41
Tipos e funções de consumíveis - eletrodo .........................................................42
Características e aplicações de soldagem ..................................................................43
Consumíveis.................................................................................................................................................44
Preparação de juntas a soldar.......................................................................................54
Posições de soldagem ..................................................................................................57
Ângulos e movimentos laterais do eletrodo ......................................................61
Formas de cordões.......................................................................................................64
Posição do eletrodo na soldagem ....................................................................................65
Construção de cordões de solda ....................................................................................68
Tipos de deposição nos cordões ..................................................................................70
Tensões na soldagem ..................................................................................71
Distorções na soldagem .......................................................................72
Tipos de contrações e distorções em juntas soldadas...........................................74
Terminologia de soldagem............................................................................................78
Resumo Histórico .......................................................................................................107
Separação dos Gases de Ar .....................................................................................109
Cilindros ...........................................................................................................118
Regulador de Pressão ...................................................................................................122
Normas de Segurança ......................................................................................125
Solda .......................................................................................................128
Chama Oxiacetilênica ..................................................................131
Propriedades dos Gases Combustíveis......................................................................132
Tipos de Chamas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 4
Propagação da Chama e o Retrocesso................................................................................135
Combustão Completa ......................................................................137
Soldagem por fusão à Gás............................................................................................................................................138
Maçarico de soldar ..................................................................................................139
Métodos de Soldagem ................................................................................................143
Descontinuidades no Processo Oxiacetilênico................................................................................................... 145
Tipos e Funções dos Consumíveis ..................................................................................146
Regras de Segurança ...............................................................................................147
Máquinas de Corte ...............................................................................................157
Acessórios para Oxicorte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 8
Tipos de Cortes em Chanfros por Máquinas ......................................................................................159
Defeitos Típicos em Corte a Gás ....................................................................................................161
Processos de Soldagem com arco protegido por gases Mig e Mag.................................................................169
Soldagem a arco elétrico com proteção gasosa............................................................................................171
Classificação do processos.......................................................................................................................................171
Fontes de corrente de soldagem ......................................................................173
Curvas características das fontes de corrente MIG/MAG............................................................................173
Gases de proteção ..........................................................................174
Soldagem a arco elétrico com gás de proteção (MIG/MAG) .............................................178
Equipamento de soldagem .............................................................................................178
Tipos de arame na soldagem com proteção gasosa ...........................................................................180
Transportadores de arame ..................................................................................181
Condução do arame pela mangueira .......................................................................184
Processos de transferência do metal de adição ....................................................................189
Corrente de soldagem .....................................................................................192
Influência na tensão de soldagem ..................................................................................196
Influência das posições de soldagem........................................................................................................197
Influência das distâncias do tubo de contato........................................................................................................198
Preparação de Juntas................................................................................................................................................199
Causas de defeitos de solda.............................................................................................................................205
Parâmetro de soldagem inadequada............................... ........................................................................210
Descontinuidade em juntas soldadas.................................................................................................................215
Desenvolvimento..................................................................................................................................................227
Metais e Exemplos de Ligas Metálicas..........................................................................................................227
Classificação......................................................................................................................................................231
Elementos Presentes no aço...........................................................................................................................233
Alumínio......................................................................................................................................................................235
Zona termicamente afetada (Z.T. A).................................................................................................................240
Princípio da corrente alternada..........................................................................................................................241
Arco Elétrico Aplicado à Soldagem ...................................................................................................244
Processo TIG..........................................................................................................................................................248
Abertura do Arco Elétrico .....................................................................................................................254
Fontes de Soldagem..............................................................................................................................................257
Variantes do Processo TIG ..............................................................................................................................261
Gases de Proteção ....... ............................................................................................................265
Materiais Soldáveis pelo Processo ............................................................................267
Posição do eletrodo e da vareta .............................................................................269
Eletrodo ..........................................................................................................................270
Amperagem em Função do Diâmetro do Eletrodo .......................................................275
Considerações sobre a Aplicação da Solda TIG ......................................................276
Parâmetros de Soldagem ...............................................................................................281
Consumíveis ......................................................................................................................283
Recursos Adicionais da Fonte TIG ................................................................................284
Descontinuidades em Juntas Isoladas. ....................................................................286
Funcionamento Inadequado do Equipamento ....................................................296
Introdução
Os materiais podem ser unidos de diversas maneiras e, para uma mesma
união, pode haver diversos processos que competem entre si, produzindo
resultados tecnológicos similares. Assim, a escolha do método a ser
empregado recai sobre o de menor custo.
4
Metalurgia dos aços
O ferro tem uma capacidade de dissolver carbono até certo limite. Acima de 2.11%
de carbono, o ferro está saturado de carbono e este fica em estado livre. Esta é a
diferença entre o aço e o ferro fundido. Assim sendo, define-se o aço como uma
liga de ferro - carbono de 0, 008 % a 2.11% de carbono.
Com maior teor de carbono, o aço aumenta a resistência à tração, o limite elástico e
a dureza diminuem o alongamento e a resiliência, perde a propriedade de ser
forjado, tem uma maior facilidade de ser temperado e dificulta sua soldabilidade.
Nos aços aparece o carbono em forma de união química como carboneto de ferro
denominado cementita Fe3C, isto quer dizer que 3 átomos de ferro estão
combinados com 1 de carbono.
Aços carbono
¾ Estado estável a quente entre 723° e 900°C conforme o teor de carbono não
há mudança de coloração, porém o termômetro assinala um aumento da
temperatura. Isto chama - se “Transformação Alotrópica”, ou seja, “Ponto
A3” do diagrama ferro-carbono. O ferro dissolve totalmente o carbono (ponto
de transformação) solução sólida;
¾ Entre 910°C e 1 150°C muda sua disposição para face centrada (14
átomos) conhecida como gama ϒ;
5
¾ O material torna-se líquido a 1150°C, ponto este chamado "Ledeburita ou
Eutético” (quer dizer de mais fácil fusão) que corresponde a 4,3% C;
¾ Ao atingir 1410°C, a estrutura austenítica de face centrada volta a ser cubo
centrado denominado ferro delta. O ferro é o único metal que passa por
essas transformações.
Os aços podem ser classificados de acordo com o teor de elementos de liga em:
6
25xx Ni 5.0 12xx Aço carbono ressulfurado e refosforado
(corte fácil)
40xx Mo 0.25
O aço 8620% é um aço da família 68 com 0,55% de níquel, 0,50% de cromo 0,20%
de Mo e que possui um teor de 0,20% de carbono.
7
Os aços inoxidáveis são considerados aços de alta liga e são classificados de
acordo com a tabela abaixo.
2x Cr Ni Mn Austenítico
3xx Cr Ni Austenítico
4xx Cr Ferrítico
4xx Cr Martensílico
Onde (L) após os algarismos no caso dos aços inoxidáveis das séries 3xx indica
carbono extra baixo para melhor resistência a corrosão.
Mn Mo Ni + Cu
C.E = C + + Cr + +V+
6 5 15
8
Quanto maior o teor de carbono ou maior a espessura da peça soldada maiores
devem ser as temperaturas de pré - aquecimento e interpasse para se evitar o
endurecimento (formação de martensita).
Aços carbono
Aços de carbono são ligas de ferro e carbono em que este último é o principal
elemento de liga.
9
Aços acalmados;
Aços semiacalmados;
Aços efervescentes.
Os aços de baixo teor de carbono são os mais facilmente soldáveis dentre todos os
outros.
A ZTA destes aços (com menos de 0,15% de C), não possui tendência ao
endurecimento (formação de martensita). Isto ocorre porque devido ao baixo teor
de carbono, a temperabilidade deste aço é baixa. De uma maneira geral, estes
aços não possuem tendência a trincas a frio.
Eletrotécnica da soldagem
Efeito da luz.
A figura abaixo apresenta uma lâmpada a qual gera certa quantidade de luz,
através do efeito da corrente elétrica.
10
Efeito do calor
Efeito magnético
Efeito químico
Em geral, forma-se um campo magnético, por onde flui uma determinada corrente
elétrica. Por exemplo:
11
¾ Em torno de um arco elétrico gerado;
Para que possa haver um fluxo de corrente, o circuito de inicio deve ser fechado. A
corrente pode ser continua ou alternada.
12
A resistência a passagem da corrente elétrica por um determinado material chama-
se resistência elétrica, onde a unidade de medida é ohm. Quanto maior for a
resistência elétrica, maior deve ser a tensão para que se tenha a mesma corrente
fluindo no condutor.
13
(tensão)
Tensão cresce
Cresce, se
Diminui, se
Tensão diminui
Os metais em geral são bons condutores de corrente, pois possuem uma baixa
resistência elétrica. Isso se aplica em especial ao cobre, o qual é amplamente
empregado em cabos para condução de corrente elétrica.
14
O arco elétrico
15
atmosfera (O2 e N2) pelos gases de combustão do revestimento do eletrodo. O
metal depositado e as gotas ejetadas do metal fundido recebem uma proteção
adicional por meio do banho de escória, a qual e formada pela queima de alguns
componentes do revestimento. Utiliza-se a soldagem com eletrodos revestidos na
montagem de vários equipamentos e estruturas, tanto em oficinas quanto no campo
e até mesmo debaixo d’água, para materiais de espessuras entre 1,5 mm a 30 mm
e em qualquer posição. É um processo predominantemente manual, embora
admita uma variação mecanizada, soldagem por gravidade, que é utilizada
principalmente nos estaleiros. Os materiais soldados por esse processo também
são variados, como aço carbono, aços de baixa, média e alta liga, aços inoxidáveis,
ferros fundidos, alumínio, cobre, níquel e ligas destes materiais.
O processo não se aplica aos materiais de baixo ponto de fusão como chumbo,
estanho, zinco e metais refratários ou muito reativos, como titânio, zircônio,
molibdênio e nióbio. Em razão de ser um processo eminentemente manual,
depende muito da habilidade do soldador, que deve ser um profissional treinado e
experiente.
16
Numerosos ensaios permitem concluir que a fusão de um eletrodo sem
revestimento e sem adição de qualquer outro tipo de proteção provoca uma forte
oxidação do carbono, do manganês e do silício. Os teores de enxofre (S) e de
fósforo (P) variam pouco. É importante salientar que os fenômenos de oxidação
dependem basicamente das condições operatórias e do comprimento do arco. Um
arco longo com tensão elevada provocará maiores reações de oxidação do que um
arco curto. Por outro lado, a característica da fonte de alimentação elétrica, seja
com corrente contínua ou alternada, não terá grande influência, desde que forneça
condição para um arco estável. Vale destacar que não é possível soldar com
eletrodo sem revestimento em corrente alternada com as fontes de soldagem
convencionais, a menos que se recorra a uma ionização artificial, por meio de uma
faísca piloto.
Além destas reações químicas, o oxigênio do ar pode formar uma película de óxido
sobre as gotas durante sua transferência para o metal de base, no nível do banho
de fusão. Esse óxido formado tem uma solubilidade muito baixa (0,05%) no metal.
Quando observadas em microscópio, as partículas de óxido estarão em evidência
devido a se precipitarem entre os cristais sob a forma de óxido de ferro. É muito
difícil dosar o oxigênio dissolvido no aço sob a forma de óxido pelos métodos de
análise tradicionais.
17
¾ No curto-circuito, a intensidade de corrente não deve ultrapassar um
determinado valor limite. A tensão para abrir o arco deve ser rapidamente
atingida.
Máquinas de solda
18
Os transformadores, sendo máquinas para soldagem com corrente alternada, não
tem polaridade definida e só permitem uso de eletrodos apropriados para esse tipo
de corrente.
¾ Não podem ser usados com eletrodos que não proporcionem boa ionização
da atmosfera por onde flui o arco elétrico.
19
Geradores de solda (conversores)
Principio do Gerador
No gerador, tem-se um rotor com bobinas que gira no campo magnético. As
bobinas contidas no rotor produzem corrente que será retirada através de coletores,
resultando numa corrente contínua de saída para alimentar o arco.
20
Emprego dos geradores
Retificadores de soldagem
21
manutenção, às vantagens inerentes as máquinas de corrente contínua, isto é,
operam com baixas tensões em vazio, proporcionam um regime de arco elétrico
estável e permitem a utilização de qualquer tipo de eletrodo.
Observação:
Visto que o ar não é um condutor, o arco deve ser inicialmente aberto através de
um curto-circuito, fazendo com que, ao levantar-se o eletrodo, a corrente flua neste
instante com elevada amperagem.
22
A elevada corrente no instante do curto-circuito provoca um intenso aquecimento,
tendo-se, portanto, uma elevada temperatura.
A elevada temperatura faz com que ocorra a fusão do eletrodo, cujas partículas
fundidas passam a se transferir para a peça formando uma poça de fusão.
23
O revestimento do eletrodo também influencia na forma com que o material se
funde.
O gotejamento grosso caracteriza-se por baixa corrente e nele pode ocorrer perigo
de curto-circuito. Apresenta o som de estalos e chiados, possui uma maior
penetração e tem uma taxa de deposição em torno de 10 a 30 gotas por segundo.
A transferência por gotejamento fino possui uma penetração menor. Ela é mais
bem aplicada em revestimentos e ocorre com altas correntes. Tem um som normal
e uma taxa de deposição em torno de 200 gotas por segundo.
24
Através do tipo de corrente, pode-se influenciar a transferência do material do
eletrodo para a peça. Com a aplicação de uma fonte de corrente contínua de
soldagem, podem-se ter diferentes temperaturas na peça e no eletrodo em função
da polaridade utilizada.
Corrente de soldagem
25
Eletrodos
26
O material de que é feita a alma independente do material a ser soldado, pode ser
da mesma natureza do metal de base ou não, uma vez que há a possibilidade de
utilizar revestimentos que complementem a composição química da alma. Os
revestimentos são muito mais complexos em sua composição química, pois têm
diversas funções que são conseguidas pela mistura dos diversos elementos
adicionados. Um quadro mostra os materiais da alma do eletrodo mais adequados
à soldagem de aços e ferros fundidos.
Sopro magnético
27
No caso da corrente contínua, ele ocorre sempre em uma mesma direção. O arco
elétrico é uma parte da corrente que circula no condutor. Ele reage à ação do
campo magnético, desviando-se e curvando-se. Existem em geral dois tipos de
desvios:
Compressão do arco
Ocorre principalmente nos materiais não magnetizáveis, como nos aços especiais,
alumínio, cobre entre outros.
O campo magnético comprime o arco elétrico para fora.
28
Influência do sopro magnético
29
¾ O arco elétrico tende a se desviar, encurvando-se na direção de
concentrações de grandes massas de aço;
Embora o sopro magnético não possa sempre ser eliminado, ele pode ser
controlado ou reduzido a níveis aceitáveis, devendo-se, porém, conhecer alguns
métodos, a saber:
¾ Manter o arco o mais curto possível;
30
¾ Soldar na direção de um ponto de solda espesso ou na direção de um
cordão já executado;
¾ Enrolar um cabo terra em volta da peça e fazer com que a direção do campo
magnético neutralize o efeito causador do sopro;
¾ Colocar uma massa adicional de aço para minimizar o sopro magnético;
31
¾ Para execução de trabalhos de soldagem que exijam o emprego de corrente
acima de 250A, utilizar um transformador de corrente alternada. Porém,
observar que não se aplica a todos os tipos de eletrodos.
Tensão de soldagem
32
trabalhar com um arco mais curto e uma tensão de soldagem cerca de 2 a 5 volts
mais baixa, para um controle mais eficiente da operação.
O comprimento apropriado do arco é percebido pelo próprio som produzido durante
a soldagem. Um crepitar constante e uniforme denota um arco estável; crepitações
e explosões indicam inadequação de comprimento do arco.
O comprimento do arco depende exclusivamente da habilidade do soldador, no
caso de soldagem manual com eletrodos convencionais.
Corrente de soldagem
Corrente de soldagem
Velocidade de soldagem
33
¾ Aumento na velocidade de soldagem, sendo constantes corrente e tensão,
acarretam diminuição na taxa de deposição por unidade de comprimento da
solda;
Comprimento do arco
34
Um arco muito pequeno pode fazer o eletrodo colar-se à peça, devido às
interrupções freqüentes, originando um cordão estreito e com um reforço excessivo
para a largura. Já um arco muito longo causa uma transferência sem direção ou
concentração, muita respingos e proteção deficiente da poça de fusão. De modo
geral, pode-se dizer que o comprimento ideal do arco varia entre 0,5 e 1,1 vezes o
diâmetro da alma do eletrodo.
Penetração da solda
35
Qualidades e características de uma boa soldagem
Uma boa soldagem deve oferecer, entre outras coisas, segurança e qualidade.
Para alcançar esses objetivos, são necessárias que os cordões de solda sejam
efetuados com o máximo de habilidade, boa regulagem da intensidade e boa
seleção de eletrodos.
Boa penetração
Isenção de escavações
Obtém-se uma solda sem escavações quando junto ao seu pé, não se produz
nenhuma cratera que danifique a peça.
Fusão completa
Obtém-se uma fusão, quando o metal base e o metal depositado formam uma
massa homogênea.
Ausência de porosidade
Boa aparência
Uma boa solda tem boa aparência quando se aprecia em toda a extensão da união
um cordão uniforme, sem apresentar fendas nem saliências.
Ausência de trincas
Tem-se uma solda sem trincas quando no material depositado não existem trincas
ou fissuras em toda a sua extensão.
A seguir, serão mostradas algumas recomendações para que se efetue uma boa
solda.
Boa penetração
Isenta de escavações
Boa fusão
Ausência de porosidade
37
Boa aparência
Ausência de trincas
¾ Comprimento do arco;
¾ Angulo do eletrodo;
¾ Velocidade de deslocamento do eletrodo;
¾ Amperagem.
38
Preparação e limpeza das juntas
As peças a serem soldadas, devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem, tinta,
resíduos do exame por Iíquido penetrante, areia e fuligem do pré-aquecimento a
gás, numa faixa de no mínimo 20 mm de cada lado das bordas.
A solda obtida pela soldagem com eletrodo revestido pode conter quase todo tipo
de descontinuidades. A seguir estão listadas algumas descontinuidades mais
comuns que podem ser encontradas quando este processo e usado.
Porosidade
Inclusões
Falta de fusão
Falta de penetração
39
Mordedura, concavidade e sobreposição
São trincas devidas à fissuração a frio. Elas ocorrem certo tempo após a execução
da solda e, portanto, podem não ser detectadas por uma inspeção realizada
imediatamente após a operação de soldagem. Elas ocorrem, normalmente,
enquanto há hidrogênio retido na solda. Como exemplo de fontes de hidrogênio
que contribuem para o aparecimento desses tipos de trincas, pode - se citar:
elevada umidade do ar, eletrodos úmidos, superfícies sujas, etc.
40
O aspecto negativo da corrente continua e o fenômeno do sopro magnético, razão
pela qual se prefere empregar arcos de corrente alternada, principalmente em
soldas de pequeno comprimento.
Equipamento de soldagem
Fonte de energia
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada como corrente contínua
com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente contínuo com eletrodo
positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço.
Cabos de soldagem
41
cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética).
42
Funções metalúrgicas
O processo de soldagem com eletrodo revestido pode ser usado para soldar em
todas as posições. Ele pode ser usado para soldagem da maioria dos aços e
alguns dos metais não ferrosos, bem como para deposição superficial de metal de
adição para se obter determinadas propriedades ou dimensões. Apresenta
possibilidade de soldar metal de base numa faixa de 2 mm até 200 mm,
dependendo do aquecimento ou requisitos de controle de distorção e da técnica
utilizada.
¾ Varetas;
¾ Fluxos (fundentes).
Utilizados em soldagem ao arco elétrico (processo de soldagem que utiliza energia
elétrica):
¾ Arco elétrico entre eletrodo refratário e peça:
Gases de proteção:
¾ Gases inertes, que são: o hélio, argônio, neônio, criptônio e xenônio, dos
quais apenas o hélio e o argônio ocorrem em abundância para a prática da
soldagem;
44
¾ Gases reativos, que são: o oxigênio, o nitrogênio e o dióxido de carbono.
Com exceção do dióxido de carbono esses gases geralmente não são
usados sozinhos para proteção do arco. O dióxido de carbono pode ser
usado sozinho ou misturado com um gás inerte para a soldagem do aço
carbono e aço de baixa liga. O oxigênio é usado em pequenas quantidades
misturado com um gás inerte (normalmente o argônio). O nitrogênio pode
ser usado sozinho, mas é normalmente misturado com argônio.
Com exceção dos gases, todos os consumíveis comumente usados estão cobertos
pela especificação AWS, a mesma não prevê todos os tipos de metais de edição
disponíveis, pois alguns têm fórmula; recente e outros tem suas características
mantidas como segredo de fabricação.
45
Eletrodos nus e eletrodos tubulares para
AWS A5. 9-
soldagem a arco e varetas de solda de aços
77
cromo e cromo-níquel resistentes à corrosão;
Observação:
Quanto a aceitação dos gases de proteção que se exige dos mesmos é que
atendam a critério. de pureza previamente estabelecidos no procedimento de
soldagem.
Critério de classificação
Sistema de classificação
46
E XXX X X - X
1 2 3 4 5
Onde:
Observação:
Este dígito indica as posições em que o eletrodo pode ser empregado com
resultados satisfatórios.
EXX1X Todas
EXX2X • Horizontal (apenas para solda em ângulo e
EXX3X plana);
¾ Penetração do arco;
47
¾ Natureza do revestimento do eletrodo.
EXXX0-X
EXXX1-X
EXXX2
EXXX3-X
Eletrodo que pode ser usado com qualquer tipo de corrente elétrica. A escória é de
fácil remoção proporcionando boa compacidade mesmo as soldas em vários
passes. A quantidade de hidrogênio dissolvido no metal de solda é moderada, da
48
ordem de 15 ml/100g. Esta ultima observação é também válida para o
revestimento EXXX2;
EXXX4
¾ Evitam a fissuração sob cordão nas soldas dos aços temperáveis, desde
que, durante seu manuseio, o revestimento não absorva umidade;
¾ Produzem soldas de elevada tenacidade ao entalhe, mesmo sem tratamento
térmico;
¾ Permitem a soldagem dos aços com teor de enxofre elevado graças à ação
dessulfurisante da escória básica.
EXXX5 - X
EXXX6 - X
EXXX7
49
EXXX8 - X
EXXXXX - A1 0,5% Mo
EXXXXX - B1 0,5% Cr, 0,5% Mo
EXXXXX - B2 1,25% Cr, 0,5% Mo
EXXXXX - 1,25% Cr, 0,5% Mo (baixo carbono).
B2L 2% Cr, 0,5% Mo (baixo carbono).
EXXXXX - 2,5% Ni
B4L 3,5% Ni
EXXXXX - C1 1% Ni
EXXXXX - C2 2,25% Cr, 1% Mo
EXXXXX - C3 2,25% Cr, 1% Mo (baixo carbono).
EXXXXX - B3 1,5% Mn, 1,5% Mo
EXXXXX - 2% Mn, 1,5% Mo
B3L
Aço de alta resistência com 5 diferentes
EXXXXX - D1 composições de Mn, Ni, Cr, Mo e V.
EXXXXX - D2 Aço de alta resistência com 4 diferentes
EXXXXX - G composições de Mn, Ni, Cr, Mo e V.
EXXXXX - M
Observação:
50
efervescente da alma do eletrodo, durante a sua fusão, favorece a transferência de
metal para a solda, notadamente na posição sobre-cabeça. Além disso, um pouco
de óxido sempre ajuda na estabilização do arco-elétrico.
Observação:
51
Manuseio, armazenamento, secagem e manutenção da secagem.
52
Equipamento para armazenamento, secagem e manutenção da secagem.
1e2
Uso
1, 2 e 3 Estufa de
chegam à obra estocagem a 30ºC
Estufa de Estufa de
3 Estufa
secagem a manutenção
portátil Uso
350ºC para 1h da secagem
a 80ºC
a 150ºC
53
Deve estar dotada de pelo menos dois instrumentos controladores de temperatura
(exemplo: termostato e termômetro), assim como de prateleiras furadas ou em
forma de grade. Para eletrodos revestidos de baixo hidrogênio, a estufa de
secagem deve manter a temperatura ate 400°C.
Além da limpeza, as juntas também sempre que exceder a 5 mm deverá sofrer uma
outra operação chamada chanfro.
O chanfro deve ser feito para se obter maior penetração da solda, ou seja, uma
soldagem em toda a seção da peça.
Tipos de juntas:
Juntas de aresta
Jutas de ângulo em T
Junta em ângulo
54
Junta
Juntas de ângulo
¾ Junta de ângulo em L;
¾ Junta de ângulo em T;
¾ Junta em ângulo.
Junta dissimilar
Junta soldada, cuja composição química do meta; de base das peças difere entre si
significativamente.
Junta sobreposta
Junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira que suas superfícies
sobrepõem-se.
55
Junta soldada
União obtida por soldagem, de dois ou mais componentes incluindo zona fundida,
zona de ligação, zona afetada termicamente e metal de base nas proximidades da
solda.
Junta de topo
56
Chanfro
Tipos de chanfros
¾ Chanfro em J;
¾ Chanfro em duplo;
¾ Chanfro em U;
¾ Chanfro em duplo U;
¾ Chanfro em V;
¾ Chanfro em meio X;
¾ Chanfro em K;
Posições de soldagem
¾ Posição horizontal;
¾ Posição Vertical;
¾ Posição sobre-cabeça.
¾ Posição 45° + 5
57
Posição plana
É aquela cuja peça, está colocada em posição plana (a nível), recebe a deposição
do material.
O material adicional vem da vareta que está com a ponta para baixo, depositando o
material neste sentido.
Posição horizontal
58
As posições apresentadas a seguir são desfavoráveis à soldagem e exigem muito
mais habilidade do soldador, pois o material e a condução do eletrodo sofrem ação
da força de gravidade, que atua para baixo sobre o material em fusão que está
sendo depositado.
Posição vertical
Ascendente Descendente.
59
Posição inclinada a 45º + 5 - quando a pesa está entre um plano
horizontal um plano vertical, formando um angulo de 45º + 5 com
a linha horizontal e vertical.
(d) 6G
60
Ângulos e movimentos laterais do eletrodo
Na posição plana
Movimentos laterais
61
Na posição horizontal
A soldagem deve ser iniciada com um ângulo de 20º em relação à peça que se
pretende soldar, como mostra na figura a seguir.
Movimentos laterais
Essa posição tem seus movimentos laterais definidos e apresentados nas figuras
abaixo.
Na posição vertical
62
Quando a soldagem for descendente, a inclinação do eletrodo deve ser de 30º em
relação à normal e na direção do trajeto. Em relação às superfícies laterais do
cordão de solda, o ângulo deverá ser de 90º .
Movimentos laterais
Na posição sobrecabeça
O eletrodo deve ser dirigido no sentido da placa acima da cabeça, com um ângulo
de 30º, o que anula o efeito da força da gravidade no depósito de solda.
63
O cordão inicia-se com um ângulo de 30º em relação à linha da obra, sendo movido
quase na vertical.
Antes do final, o eletrodo deverá ser inclinado para frente, num ângulo de 40º, com
o intuito de eliminar o sopro magnético.
Movimentos laterais
Essa posição é das mais evitadas pela dificuldade que oferece. Os movimentos
aplicados são vistos nas figuras abaixo. Para se conseguir uma boa solda, isenta
de respingos, deve-se usar um arco curto e mantê-lo estável.
Observação:
Formas de cordões
¾ Condução do eletrodo;
¾ Tipo de eletrodo;
64
¾ Intensidade de corrente (A) e tensão;
Esse tipo de junta proporciona melhores resultados que os cordões de solda com
pequena espessura.
65
¾ Sentido do eletrodo;
¾ Comprimento de arco;
¾ Ângulo de posição ∝;
¾ Ângulo de inclinação β.
Trata-se, nesse exemplo, de uma solda na posição plana, executando uma junta de
topo.
A B
¾ Figura X = 45°
¾ Figura 12.41 X = deve ser um pouco menor que 45°, em função da posição
horizontal.
66
Posicionamento do eletrodo no início e término da solda
Para se abrir o arco, deve-se tocar o eletrodo na peça, o que irá ocasionar
inicialmente um curto-circuito, o qual, posteriormente, após o posicionamento
conveniente, irá se estabilizar, constituindo seu arco regular.
Para que tal ocorra, deve-se manter o eletrodo em relação à peça numa distância
igual ao seu diâmetro.
67
Essa distância corresponde ao comprimento do arco que se deseja.
Extinção correta
Extinção incorreta
Cordão da raiz
Deve ser feito um cordão, com as chapas distanciadas em 1,5mm, no qual devem
ser evitados pontos mal ligados que provocam o efeito de entalhes.
68
Região central
Ela apresenta um passe de raiz numa junta X com a distribuição das tensões.
Cobertura do cordão
A figura abaixo apresenta uma junta I com uma placa de cobre para formação da
raiz da junta.
69
Tipos de deposição nos cordões
70
Exercícios:
Tensões na soldagem
Como esses efeitos são restringidos pelas zonas frias adjacentes ao metal,
produzem-se tensões de soldagem naquela região.
71
Redução das tensões na soldagem
As tensões em uma junta soldada são causadas pela contração da junta ao ser
resfriada após a soldagem. Na prática, reduzir o insumo de calor ou peso do metal
depositado representa mesmo de redução das tensões residuais. No caso de
juntas de topo, devem-se reduzir o angulo da junta e a abertura da raiz. No caso de
soldas de filetes, devem-se reduzir ao mínimo possível a largura da perna da solda
e o reforço. Torna-se necessário também se reduzirem às tensões devido a
vínculos nos contornos, utilizando-se uma seqüência apropriada de soldagem.
Distorções na soldagem
A = 0,000011
l = lo (1 - a. Δt)
l = lo (1 - 0,000011. 200).
l = 1000 (1 - 0,0022)
72
Fatores que influem nas distorções
Existem vários fatores que influem nas distorções residuais, os quais podem ser
classificados em dois grupos:
¾ Processo de soldagem;
¾ Temperatura de preaquecimento da chapa;
¾ Mecânico:
3. Martelamento;
4. Encruamento;
5. Vibração.
¾ Térmico:
6. Recozimento subcrítico;
7. Recozimento pleno.
73
Tipos de contrações e distorções em juntas soldadas
Contração
¾ Transversal;
¾ Longitudinal;
Distorção
¾ Angular;
¾ Flexão longitudinal;
¾ Instabilidade.
74
A contração longitudinal provoca um encurtamento no sentido do cordão de solda.
75
A figura a seguir apresenta um exemplo de distorção com flexão longitudinal.
Quanto maior for o comprimento do cordão maior será a contração.
¾ No caso de vigas longas, o cordão deve ser feito do centro para fora.
76
As figuras abaixo apresentam alguns exemplos de planejamento da seqüência de
soldagem, que reduzem tensões e distorções nas pecas.
Exercícios de fixação:
77
Terminologia de soldagem
Os termos relacionados a seguir são apenas alguns dos mais usuais. Os termos
técnicos em língua inglesa e suas definições são encontrados numa abordagem
mais completa na norma AWS A 3.0.
As designações abreviadas dos processos de soldagem mais usuais segundo a
norma AWS A3. 0, encontram-se na Tabela.
78
fig. 1
Ângulo integral do chanfro entre as partes a serem unidas por uma solda, conforme
figura acima (fig. 1).
Ângulo que o eletrodo forma com uma reta de referência, perpendicular ao eixo da
solda, no plano comum ao eixo da solda e ao eletrodo.
Ângulo que o eletrodo forma com relação à superfície do metal de base num plano
perpendicular ao eixo da solda.
Camada (layer)
fig. 2
79
Certificado de qualificação de soldador (welder certification)
Chanfro (groove)
¾ Chanfro em J (single-J-groove);
¾ Chanfro em U (single-U-groove);
¾ Chanfro em duplo U (double-U-groove);
¾ Chanfro em V (single-V-groove);
¾ Chanfro em X (double-V-groove);
¾ Chanfro em meio V (single-bevel-groove);
¾ Chanfro em K (double-bevel-groove);
80
Consumível
Processo de corte a arco elétrico no qual os metais são separados por fusão devido
ao calor gerado pelo arco voltaico formado entre um eletrodo de grafite e o metal de
base.
81
fig. 3
82
Equipamento (weldment)
Equipamento de soldagem
fig. 4
83
fig. 5
Superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi executada (ver fig. 6).
fig. 6
84
Fluxo (flux)
85
fig. 7
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre a raiz da junta
é:
86
Goivagem a arco (arc gouging)
Remoção do metal de solda e do metal de base pelo lado oposto de uma junta
parcialmente soldada, para assegurar penetração completa pela subsequente
soldagem pelo lado onde foi efetuada a goivagem.
Junta (joint)
¾ Junta de ângulo em L;
¾ Junta de ângulo em T;
¾ Junta em ângulo.
Junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira que suas superfícies
sobrepõem-se.
87
Junta soldada (welded joint)
União, obtida por soldagem, de dois ou mais componentes incluindo zona fundida,
zona de ligação, zona afetada termicamente e metal de base nas proximidades da
solda.
Passe (pass)
88
Passe estreito (stringer bead)
fig. 11
89
Perna de solda (leg of a fillet weld)
Zona em fusão, a cada instante, durante uma soldagem ou, o estado líquido de
uma solda antes de solidificar-se.
Tipo de ligação para soldagem com corrente contínua, onde os elétrons deslocam-
se do eletrodo para a peça (a peça é considerada como pólo positivo e o eletrodo
como pólo negativo).
Tipo de ligação para soldagem com corrente contínua, onde os elétrons deslocam-
se da peça para o eletrodo (a peça é considerada como pólo negativo e o eletrodo
como pólo positivo).
Pós-aquecimento (postheating)
90
fig. 12
Posição de soldagem usada para soldar a parte superior da junta, a face da solda é
aproximadamente horizontal.
fig. 13
fig. 14
91
Posição sobre - cabeça (overhead position)
fig. 15
Porção da junta a ser soldada onde os membros estão o mais próximo possível
entre si. Em seção transversal, a raiz pode ser um ponto, uma linha ou uma área.
fig. 16
92
Raiz da solda (root of weld)
Ordem pela qual os passes de uma solda multi-passe são depositados com relação
à seção transversal da junta. (fig. 2).
Solda (weld)
93
fig. 17
Solda na qual a continuidade é interrompida por espaçamentos sem solda. (fig. 17).
Solda heterogênea
Solda homogênea
Solda executada através de um furo circular ou não num membro de uma junta
sobreposta ou em T unindo um membro ao outro. As paredes do furo podem ser
ou não paralelas e o furo pode ser parcial ou totalmente preenchido com metal de
solda.
94
fig. 18
Soldabilidade (weldability)
fig. 19
95
Sopro magnético (arc blow)
Porção do metal de base que não foi fundido, mas cujas propriedades mecânicas
ou microestrutura foi alterada pelo calor da soldagem, brasagem ou corte.
fig. 20
96
1) Zona fundida;
2) Zona ligação;
3) Zona afetada;
4) Metal de base.
Área do metal de base fundida, determinada na sessão transversal da solda (fig. 5).
Zona fundida
Zona de ligação
Região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a
soldagem foi aquecida entre as linhas líquidas e sólidas. Para os metais puros se
reduz a uma superfície. (fig. 20).
Abertura de arco
97
Ângulo excessivo de reforço
fig. 20
Cavidade alongada
Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda podendo
estar localizado:
fig. 21
Concavidade
fig. 22
98
Concavidade excessiva
fig. 23
Convexidade excessiva
fig. 24
Deformação angular
fig. 25
99
Deposição insuficiente
fig. 26
Desalinhamento
Junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas, apresentam-
se desalinhadas, excedendo a configuração de projeto.
fig. 27
Embicamento
fig. 28
Falta de fusão
Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes da zona
fundida, podendo estar localizada:
¾ Na zona de ligação;
¾ Entre os passes;
fig. 29
¾ Na raiz da solda.
100
Falta de penetração
fig. 32
Fissura
Inclusão de escória
¾ Alinhada;
fig. 33
¾ Isolada;
fig. 34
¾ Agrupada (fig. 12 d).
fig. 35
101
Inclusão metálica
Micro-trinca
Mordedura
fig. 36
Mordedura na raiz
fig. 37
Penetração excessiva
Poro
Poro superficial
Porosidade
fig. 39
Porosidade agrupada
fig. 40
Porosidade alinhada
fig. 41
103
Rachadura
Rechupe de cratera
Rechupe interdendrítico
Reforço excessivo
Respingos
Sobreposição
fig. 44
104
Trincas
Trinca de cratera
¾ Longitudinal;
¾ Transversal;
¾ Em estrela.
Trinca em estrela
Trinca irradiante
fig. 45
105
Trinca longitudinal
¾ Na zona fundida
¾ Na zona de ligação
¾ No metal de base
Trinca na margem
Trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na zona afetada
termicamente.
Trinca na raiz
fig. 48
Trinca transversal
¾ Na zona fundida;
106
¾ No metal de base.
fig. 49
Resumo Histórico
Sabe-se de soldagens feitas em épocas pouco mais recente que a idade da pedra
polida. Foi acidentalmente que o homem descobriu a fusão do cobre com o
estanho, produzindo o fundido que conhecemos como bronze. Passou, então, a
ser utilizada na fabricação dos seus instrumentos da caça.
O acetileno gerado tinha que ser consumido no próprio local onde era produzido,
pois seu transporte era impossível devido a ser explosivo sob certas condições de
compressão.
107
tais como pedra pome, massa cerâmica, etc. Estas substâncias tornaram-se
conhecidas como "massa porosa", cuja tecnologia foi desenvolvida pela AGA ate o
estágio em que se encontra hoje.
108
Separação dos Gases de Ar
Ar
Ar atmosférico
LinN2 Lox O2
Coluna de
separação
Purificador
Filtro
Ar
Compressor
Lar
Trocador
de calor
Máquina de
Expansão
Bomba
Vaporizador
109
Gás Carbônico
Chamado antigamente de anidrido carbônico tem como fórmula CO2, daí também
às vezes ser chamado de CO dois. Como a fórmula indica, é constituído de
carbono e oxigênio um gás de fácil produção e relativamente barato.
Partindo-se do carbonato de cálcio e do ácido sulfúrico, obtêm-se o CO2 pela
reação:
110
GLP
¾ Propano (C3H8)
¾ Butano (C4H10)
Dois compostos diferentes do Carbono (C) e Hidrogênio (H)
Oxigênio
É o gás mais importante para os seres vivos. Sem ele, não seria possível a vida
animal ou vegetal.
111
¾ Não tem cheiro, nem sabor, nem cor. No estado líquido é ligeiramente
esverdeado;
¾ A 21ºC sob pressão normal, 1 m3 de gás pesa 1,3266kg;
Aplicações
Industrial
¾ Corte e solda oxi combustível;
¾ Indústria de vidros;
¾ Tratamento de água;
Aeroespacial
¾ No estado gasoso, para manter a respiração normal da tripulação,
112
¾ No estado líquido, para oxidação dos combustíveis líquidos dos reatores de
propulsão dos foguetes.
Medicinal
¾ Em oxigenoterapia, é utilizado como auxilio a respiração de prematuros,
recém-nascidos com dificuldades respiratórias e adultos em vários casos
clínicos, inclusive de ataques cardíacos ou sufocações e nas câmaras
hiperbálicas;
¾ É usado em misturas com o hélio nos casos de ataques de asma e em
misturas com gás carbônico como auxiliar ao relaxamento muscular;
Acetileno
Processo de Obtenção
O carbureto de cálcio, cuja fórmula química é CaC2, por sua vez é produzido em
fornos apropriados (fornos elétricos), pela reação entre o carbono (C) e o cal
(CAO).
113
medida dos furos vai se reduzindo até que na última passa somente o que é
considerado pó.
O carbureto após o selecionamento é acondicionado em tambores ou latas e
fechados de forma a não permitir entrada de ar ou umidade, é distribuído ao
consumidor nas seguintes granulações comerciais: 50/80, 25/50, 8/15, 2/8 e pó.
Para as fábricas de acetileno modernas, o carbureto de cálcio é acondicionado em
containers com capacidade de 1800 e 2000 kg.
Características
O acetileno é um gás incolor e sem cheiro quando puro. Entretanto, tem na sua
forma comercial um cheiro característico, semelhante ao alho, devido às impurezas
tais como, fosfina, arsina, sulfeto de hidrogênio e amônia.
Sua composição química, C2H2, é a mais simples dos compostos orgânicos não
saturados e compõe-se de 7,47% de hidrogênio e 92,24% de carbono em peso.
É, portanto mais leve do que o ar, o que significa elevar-se na atmosfera entretanto
a 21,1ºC e 760 mm Hg;
¾ 1 m3 de Acetileno pesa 1,089 kg;
¾
1 kg de Acetileno ocupa 0,917 m3.
¾ t = 21,1ºC;
114
Solubilidade
Chama
A oxidação do acetileno, ou seja, a sua combinação com o oxigênio pode produzir
chama cuja temperatura é superior a 3100ºC. O acetileno é, pois um gás cuja
combinação, facilmente controlável com o oxigênio, produz chamas de variadas
temperaturas. Estas temperaturas dependem, além da relação combustível
comburente, da pressão dos gases, conteúdo de vapor d’água no acetileno e ainda
da temperatura inicial.
Instabilidade
Embora o acetileno não seja produzido pela simples combinação do carbono com o
hidrogênio, a cadeia de reações químicas necessárias à sua formação, mostra que
para a obtenção do produto final o conteúdo calorífico de estado final é maior do
que o do estado inicial. Ao decompor-se nos seus elementos, o acetileno libera
calor. Assim, submetido à pressão acima de 2 atm., o acetileno explode com
violência o que acontece também quando submetido a choques, centelha ou calor
súbito. Em temperatura acima de 780ºC, mesmo a pressão normal, o acetileno é
igualmente instável.
115
Limites de Flamabilidade
Acondicionamento de C2H2
Embora em algumas regiões ou pequenas oficinas ainda se usem os velhos
geradores de acetileno, a grande maioria das empresas utiliza o acetileno
comprimido por ser mais pura, a pressão estável e o risco é reduzido.
116
Os cilindros de acetileno contém uma massa muito porosa e entre seus poros há
certa quantidade de acetona. O acetileno ao ser comprimido no cilindro dissolve-se
na acetona na proporção de 1:24 volumes, em média.
Aplicações
Aproximadamente 70% da produção mundial de acetileno é utilizada para a síntese
química. O acetileno é matéria-prima para uma série completa de compostos
orgânicos entre os quais, o etanol, ácido acético, anídrico acético, acetona, etc.
Estes compostos são aplicados nas indústrias de plásticos, borracha sintética,
corantes, solventes e produtos farmacêuticos.
Os restantes 30% da produção de acetileno são usados, principalmente para
soldagem oxiacetilênica, corte, tratamento térmico, escarfagem, revestimento de
peças metálicas.
Uma parcela bastante reduzida é utilizada para fins de iluminação em bóias, faróis
e dispositivos similares.
O cilindro de acetileno contém uma massa muito porosa e entre os seus poros há
certa quantidade de acetona. Nestas condições o acetileno comprimido dentro do
cilindro dissolve-se na Acetona. Isto se deve ao fato de que o acetileno não pode
ser comprimido em espaços vazios.
117
Acetileno dissolvido:
Massa porosa: 8
Acetona (solvente):
Espaço livre: 14
Cilindros
Normas de Fabricação
¾ Corrida do aço com que se vão fabricar cada lote de 200 cilindros, emitindo
o correspondente certificado;
¾ Contra análise do aço, ou seja, análise de verificação da exatidão da analise
fornecida pela siderúrgica;
¾ Exame dos canecos, que são cilindros logo após a formação do fundo,
marcando-os individualmente;
118
¾ Exame do fechamento da calota e do gargalo;
Definições
Base
Colarinho
Peça fixada ao gargalo e provida de rosca externa para atarrachamento do
capacete.
Corpo
Parte do cilindro limitada externamente por uma superfície de revolução cuja
geratriz é um segmento de reta e cujo raio de geração é o raio do cilindro.
Fundo
119
Parte que veda completamente o cilindro, oposto a calota.
Gargalo
Parte espessa do cilindro, repuxada para fora, na direção de seu eixo, na qual
existe um furo roscado para atarrachamento da válvula.
Pé
Suplemento opcional encaixado na parte inferior do corpo, cuja função é prover,
quando necessário, estabilidade do cilindro na posição vertical.
Capacete ou cúpula
Gargalo
Válvula
Colarinho
Calote
Corpo
Pé opicional
Base
Gases em Cilindros
Que quantidade de gás esta contida em um cilindro? Para saber isso, em termos
práticos, deve-se conhecer:
120
P, a quantidade do gás contida no cilindro e em metros cúbicos a 1 atm. e
21.1ºC.
¾ V = C x P - C em litros, V = C x P - C em litros
V = 4 x 200 = 8m 3 de gás
1000
121
Regulador de Pressão
2) Filtro retirável
3) Mola de pressão
4) Pastilha de latão
6)
7) Corpo da válvula
8) Volante de regulagem
9) Mola de pressão
4
1
2 13
15
5.6
12 14
7
9
11
8 10
122
Válvula de redução é um dispositivo que se adapta ao tubo de oxigênio para
registrar e reduzir a pressão nele contida.
A mesma deve ser colocada rosqueando-se na parte saliente existente na válvula
do fecho do cilindro de oxigênio.
Ao se abrir à válvula do fecho do cilindro, o oxigênio penetra na válvula de redução
por intermédio de um canal estreito, passando por um filtro muito fino cujo fim é
deter a passagem de qualquer sujeira, evitando que ela penetre no corpo da
válvula, onde poderia causar desarranjos.
E logo na entrada que o oxigênio toma o contato com o primeiro manômetro, cujo
fim é registrar a pressão existente no tubo de oxigênio.
Por trás desse diafragma existe um parafuso, cuja cabeça ao ser apertada empurra
uma mola contra o diafragma e produz uma pressão. Graduando-se o aperto desse
parafuso, pode-se aumentar ou diminuir o esforço produzido pelo sistema de
alavancas no diafragma.
123
Em geral, sua graduação vai a 300 kg/cm2 e tem divisões de 10 em 10 kg/m2.
8) Quando o vazamento for nas gaxetas das torneiras, ou das válvulas, será
necessário apertar a sobreposta até conseguir a vedação;
9) O soldador deverá tomar toda precaução ao se utilizar o oxigênio do cilindro para
que as operações de abertura das válvulas sejam feitas e na seguinte ordem:
Para fechar o cilindro, o soldador, deverá fechar primeiramente a válvula deste e afrouxar,
em seguida, o parafuso do regulador da válvula de redução, pois que assim evitara
esquecer-se de fazê-lo quando iniciar algum outro serviço.
124
Normas de Segurança
Válvulas de Segurança
Causas do Retrocesso
¾ Velocidade muito pequena da mistura no maçarico;
125
¾ Bico sem condições de uso (obstruído);
2 3 4 5 1
126
Tomando como base o dispositivo contra retrocesso de chama FR-45 pode-se
observar as funções básicas de segurança contra o retrocesso de chama, que são:
Contra fluxo de gases pode ser ocasionado por entupimento de bicos de maçaricos
ou purga incorreta das mangueiras. A válvula unidirecional do FR-45 e ativada para
bloqueio de contra fluxos com pressão acima de 20 Kpa (0,02 bar ou 0,3 psig).
As válvulas de contra fluxo, como o próprio nome indica, tem a função de evitar a
entrada de gás de um sistema para outro, em caso de defeito no maçarico, ou
mesmo por entupimento do bico de solda ou de corte.
Devido a sua finalidade, as válvulas de contra fluxo devem ser instaladas nas
conexões de entrada do maçarico.
127
A válvula de segurança permite a saída do gás em caso de super pressão
Dispositivo
de segurança
Solda
Solda é o procedimento que tem por objetivo a união, com ou sem adição de
material constitutivo ou corretivo, de duas ou mais pecas entre si, de modo a formar
uma junção que possua propriedades mecânicas desejáveis ao fim a que se
destina.
No presente capítulo, vamos nos ocupar, apenas, das soldagens cujos agentes
elevadores de temperatura são gases.
Sempre que se usam gases para formar uma chama, um deles é o gás combustível
e outro é o comburente.
128
Para solda e corte, a dupla por excelência usada é a chama oxiacetilenica
constituída do: Oxigênio (comburente) e acetileno (combustível).
Para solda, ainda que raramente, usa-se chama oxídrica de hidrogênio com
oxigênio.
Quanto às chamas que se utilizam com o oxigênio há as com GLP, gás natural e o
metano todas tem algumas aplicações no corte a gás.
129
Combustão
Observação:
Uma substância é combustível quando se diz que ela queima, por exemplo:
¾ A gasolina QUEIMA;
¾ A madeira QUEIMA;
¾ O papel QUEIMA;
Conclusão
130
Fase de combustão
Equações da combustão
1ª fase: C2H2 + O2 Æ 2CO + H 2 (Dardo)
2ª fase: 2C0 + O 2 Æ 2CO 2
2H 2 + O 2 Æ 2H 2 O (Penhacho)
Chama Oxiacetilênica
131
4000 T e m p e r a tu r a d a c h a m a
3000
2000
1000
1º
2º
C one da O x ig ê n io d o a r
cham a
Peça
Z o n a d e s o ld a g e m 2 a 4 m m
t e m p e r a t u r a m á x im a
132
Sequência para Acender o Maçarico tipo Injetor
7) Acender a chama;
133
Acetileno + Oxigênio + Oxigênio +
⇒ Vapor
Uma parte de acetileno precisa de 2,5 partes de oxigênio para efetuar uma
combustão completa.
Regulagem de Chama
Tipos de Chamas
Chama Carburizante
In v ó lu c r o e x t e r n o
figura 10
134
Chama Neutra
C o n e in te rn o (b ra n c o in te n s o )
In v ó lu c ro e x te rn o (c u rto )
figura 11
Chama Oxidante
Invólucro externo
figura 12
135
A chama continua na câmara de mistura de forma invisível e causa um barulho
estridente. Ela pode ainda prosseguir queimando-se na mangueira.
figura 13
Chama
figura 14
136
Temperatura
3300ºC
1200ºC
2 até 5mm
Bico do maçarico
de soldar Oxigênio do ar atmosférico
Primária Secundária
Combustão Completa
Zona de Trabalho
Chama Complementar
137
Regulagem da Chama de Acordo com Operações e Metais de Base
Diferentes
Aço-carbono - + -
Ferro fundido + 0 -
Cobre - + -
Latão - - +
Alumínio + 0 -
Brasagem + 0 -
Decapagem - - +
Legenda
+ Bom
0 Aceitável
- Ruim
A soldagem a gás é normalmente aplicada aos aços carbono, não ferrosos e ferros
fundidos.
138
M a ç a r ic o d e s o ld a
Peça
2 - 5m m
Z o n a d e s o ld a ≅ 3 2 0 0 ºC
Maçarico de soldar
139
Válvula de acetileno
C orpo
V álvula de oxigênio
B ico
C onexão da m angueira
Acetileno
Corpo
140
Câmara de Mistura
141
Bicos
¾ Soldagem;
¾ Corte;
¾ Aquecimento;
¾ Goivagem.
Bicos de Solda
O bico de solda é um conduto de cobre com formato adequado e cujo furo tem um
perfil específico para cada fluxo necessário de gás destinado a soldar diferentes
espessuras de chapas.
O fluxo de mistura gasosa deverá sair do bico do maçarico, com uma velocidade
que depende da pressão necessária para soldar.
142
Condições de Trabalho
Observação:
Métodos de Soldagem
O maçarico deve se manter firme e inclinado com o ângulo o mais correto possível;
a região da chama de maior temperatura deve ser dirigida à peça, para que se
obtenha uma fusão uniforme das partes ou região da solda.
O movimento do maçarico deve ocorrer quando a região da solda for maior que a
zona de calor. Tais procedimentos se empregam tanto para solda à esquerda,
como solda à direita.
143
Soldagem à esquerda
Deve ser empregada para se soldarem chapas finas de até 3mm de espessura,
sendo muito aplicada na soldagem de metais não ferrosos (a) e tubos de até 2,5mm
de espessura. O percurso da solda segue na direita para a esquerda, na direção
da chama de solda. Em função disso, o material se encontra pré-aquecido. É um
processo lento que consome muito gás, porém produz soldas de bom aspecto e é
de fácil execução.
A chama de solda deve se movimentar através de um movimento pendular imposto
ao maçarico.
D e s lo c a m e n to d a v a r e t a
M o v im e n to d o m a ç a r ic o
Soldagem à direita
144
M o v im e n to d a v a re ta
Falta de fusão
Inclusões de escória
Porosidade
Mordeduras e Sobreposições
145
Trincas
4
1
Figura 26
Figura 27
146
Metal de Adição (varetas)
Regras de Segurança
147
Brasagem
148
Desoxidante fluxo ou fundistes
Todo metal com a presença de calor sofre uma dilatação considerável e tende a
formar óxidos metálicos, estes óxidos são formados devido a impurezas existentes
no metal de base, impurezas existentes no metal de adição, gases provenientes
dos poros invisíveis que se abrem devido à presença do calor, óxidos que se
formam com a presença dos gases que compõem a atmosfera, todos estes fatores
alteram o ponto de fusão do metal a ser soldado dificultando a operação e trazendo
fragilidade nas pesas.
1) Em estado liquido;
2) Em estado pastoso;
3) Em forma de pó;
4) Revestindo uma vareta;
5) Revestindo um eletrodo;
149
do calor e indicando pelo próprio ponto de fluidez a temperatura para a aplicação
das ligas correspondentes.
Para um melhor desempenho devemos sempre transmitir o calor indireto
observando se realmente o fundente está fundindo com o calor da poça e não com
o calor da chama.
Os fundentes são produtos auto químicos devendo permanecer em recipientes
fechados evitando o operador ingerir fumaça e o contato com a pele principalmente
com os olhos.
Uso demasiado não trás benefício à operação de solda, pelo contrario, dificulta
criando resíduos com excesso; após a solda estes devem ser totalmente removidos
com água mesmo ou produtos químicos para evitar os ataques corrosivos.
Sabemos que cada metal tem um ponto de fusão. A seguir tabela dos metais de
uso corrente:
Prata 960ºC
Alumínio 659ºC
Asos 1.500ºC
Niquel 1450ºC
Chumbo 327ºC
Estanho 232ºC
Latão 900ºC
Ferro Fundindo 1.400ºC
Liga de Prata 520ºC
Cobre 1.083ºC
150
Magnésio 651ºC
Ouro 1.063ºC
Antimônio 630ºC
Zinco 419ºC
Bronze 900ºC
Vamos considerar agora a relação entre o ponto de fusão do latão e a liga de prata.
Observe então que muitos por desconhecerem estes fatores de grande importância
compram um quilo de prata por um preço altíssimo e pensam que vão economizar
no fundente do latão que é mais barato. Realmente fazem um grande negócio, ou
melhor, fazem uma grande economia, mas somente na diferença dos custos dos
fundentes, mas em compensação o prejuízo é de se espantar no consumo em liga
de prata. Por quê?
151
transformar o metal adicionado em óxidos; sendo 830ºC o ponto de fusão do F do
latão, temos 830 - (520 - 70) = 380ºC.
Se usarmos o fundente de prata para adição de vareta de latão, também estamos
cometendo outro erro. Vamos analisar: o fundente da prata vai fundir na
temperatura de (520 - 70) = 450ºC e o latão chega até 9002ºC. Então será
observado que o fundente da prata vai fundir na temperatura de 450ºC; mas com o
ponto de fusão do latão é 900ºC, temos a seguinte diferença: (900 - 450) = 450ºC
que também neste caso o próprio fundente se transforma em óxidos na superfície
do metal base.
Recomendações
152
Não fume perto da área de estocagem dos cilindros
153
Riscos
Esta situação pode agravar-se caso haja vazamento de acetileno pela válvula ou
regulador.
154
Neste caso, o cilindro poderá explodir.
¾ Não se Aproxime!
155
¾ Inicie imediatamente o resfriamento do cilindro jogando bastante água;
Observação:
Caso haja vazamento com fogo pela válvula ou regulador, em local fechado, a
chama não deve ser extinta nos casos onde existam os riscos de uma explosão.
Entretanto o cilindro deverá ser resfriado com água.
156
Máquinas de Corte
As maquinas podem executar cortes retos ou copiar perfis, como ocorre com as
copiadoras pantográficas. As copiadoras podem trabalhar com gabaritos
comandados por fotocélula, trabalhando em escala 1:1 do desenho a ser copiado.
Através de variadoras, podem-se ter velocidades de corte na faixa de 100 a 1000
mm/minutos.
Figura 18
157
Acessórios para Oxicorte
A limpeza do bico se realiza com agulhas adaptáveis aos orifícios das mesmas.
Figura 19
Carrinho
Figura 20
Cintel
Figura 21
158
Tipos de Cortes em Chanfros por Máquinas
Chanfro Simples
Figura 22
Chanfro Duplo
159
3 1 2
Figura 23
A distância entre os dois primeiros maçaricos deve ser suficiente para separar os
jatos de oxigênio e de corte.
1
2
Figura 24
Nos casos em que o corte do segundo maçarico é feito fora da zona aquecida pelo
primeiro, pode-se posicionar os dois no mesmo alinhamento (perpendicular a
160
direção do corte), dando porém mais inclinação ao segundo maçarico, fazendo com
que o jato do oxigênio passe por trás do jato do primeiro.
3 1 2
Figura 26
1 2 12º 15º
Figura 27
Um corte bem executado assegura uma face lisa, sem oxidação excessiva e no
esquadro com as faces da chapa ou peça.
Os erros de seleção dos parâmetros dão os efeitos mostrados em seguida.
161
Defeitos nas Arestas
Pode ocorrer por utilização muito lenta do avanço do maçarico; distância do bico
excessiva ou insuficiente; bico grande demais para o corte; ou ainda, pressão
excessiva do oxigênio ou acetileno.
Figura 28
Figura 29
Figura 30
162
Mordedura no Canto Superior com Escória
Pode ocorrer quando a chama está forte demais, grande distância do bico, alta
pressão do oxigênio.
Figura 31
Figura 32
Rasgo Convergente
Figura 33
163
Rasgo Divergente
Figura 34
Concavidade
Figura 35
Ondulação
Pode ser ocasionada pela utilização de bico sujo ou oxigênio insuficiente, alta
velocidade de corte.
Figura 36
164
Desvio Angular
Figura 37
Figura 38
Ocasionada por jato de oxigênio prejudicado pela sujeira ou pela rebarba ou bico
inclinado para frente.
Figura 39
165
Ondulação em S
Figura 40
Ondulação Desuniforme
Pode ser provocada por aplicação de velocidade não uniforme ou, ainda, existência
de incrustações na chapa.
Figura 41
Profundidade Excessiva
Figura 42
166
Profundidade Desuniforme
Figura 43
Indentações Ocasionais
Figura 44
Indentações Contínuas
Podem ser ocasionadas pela distância insuficiente do bico, chama muito fraca,
sujeira ou ferrugem na chapa.
Figura 45
167
Figura 46
Corte Incompleto
Corte incompleto no final ocorre quando o jato de oxigênio não é uniforme devido a
rebarba ou sujeira no bico.
Figura 47
Corte Perdido
Ocorre se a distância do bico à chapa é excessiva; por bico sujo, gasto ou com
rebarbas; por chapa suja ou com ferrugem. Pode ocorrer também em chapas com
alto teor de carbono ou com separações internas.
Escorrimento
Figura 48
168
Crosta Adesiva
Figura 49
As trincas podem ocorrer na face do corte, tanto na região superior, como inferior
da chapa (figura 50), correm com mais freqüência no aço de alto teor de carbono,
de altas ligas ou temperado, devido a insuficiência do pré-aquecimento ou ainda
motivadas por um resfriamento rápido demais.
Figura 50
Esforços foram feitos em 1920 para proteger a zona do arco elétrico e a poça de
fusão com um gás inerte, pois experiências provaram que assim se conseguiam
melhores propriedades do metal depositado.
169
solda prevista para garantir fluxo concêntrico de gás inerte, protegendo a zona de
solda da contaminação atmosférica.
O segredo do novo processo eram arames mais finos e sistema elétrico para
manter o compromisso do arco automaticamente. Este processo tornou-se popular
e foi usado para a soldagem da maioria dos não ferrosos. Pensou-se também em
utilizá-lo para os aços comuns e aços ligas, mas o custo do gás inerte não permitia
concorrer com eletrodos manuais para a maioria das aplicações.
Pesquisaram-se então os gases produzidos na desintegração dos revestimentos
dos eletrodos e verificou-se que na maioria eram constituídos de óxido de carbono.
Esta descoberta levou ao ensaio de gás carbônico para atmosfera protetora.
170
embora ensaiado em 1920 foi comercialmente introduzido
em 1954, e até hoje vem sendo continuamente
aperfeiçoado.
171
Soldagem com eletrodo consumível – Processo MIG/MAG
No processo com eletrodo não consumível, o arco elétrico é gerado entre a peça e
um eletrodo de tungstênio.
172
Fontes de corrente de soldagem
Transformadores
Retificadores
Geradores
173
Curvas de tensão constante
V em volt
Arco Curto
ΔI
I em amper
ΔI
Gases de proteção
174
Os gases inertes mais aplicados são o argônio e o hélio, sendo o primeiro mais
viável economicamente. Pode-se reduzir mais ainda o custo, efetuando-se uma
mistura com CO2, na soldagem de aços e aços ligados, obtendo-se bons
resultados.
No caso do CO2, o arco elétrico terá maior concentração que na soldagem com o
argônio puro.
O gás de proteção tem grande influência na forma do arco elétrico, como mostra a
figura.
Com a utilização do CO2, obtém-se um arco mais concentrado, que oferece uma
boa penetração.
175
Comportamento da atmosfera ativa no processo MAG
Por atmosfera ativa entende-se a injeção de gás de proteção ativo, isto é, com
capacidade de oxidar o metal durante a soldagem. Para facilitar o raciocínio sobre
os fenômenos envolvidos, tomemos como exemplo, a injeção de dióxido de
carbono (CO2).
FeO + C → Fe + CO
Pode ocorrer que não haja tempo para a saída do monóxido de carbono (CO), da
poça de fusão, o que provocará poros ou porosidades no metal de solda.
a) Na atmosfera ativa:
b) CO2 → CO + ½ O2
c) Fe + 1/202 → FeO
e) FeO + C → Fe + CO
176
g) FeO + Mn → Fe + MnO (o MnO vai para a escória)
A pequena escória que se forma sobre o cordão de solda, deve-se a reação entre o
óxido de silício e o óxido de manganês, formando o silicato de manganês.
177
O argônio puro utilizado na soldagem MIG possui uma boa penetração, porém
insuficiente na região adjacente. Consegue-se minimizar tal fato com adição de
CO2, que oferece uma penetração mais uniforme em toda a região da solda (fig.
6.5).
Fundamentos do processo
Caracterização do processo
Equipamento de soldagem
178
Tocha de soldagem
179
1) Bocal de gás
2) Bico de contato
4) Conduite espiralado
8) Multicabo
9) Condutor de gás
11) Arame
12) Condutor de corrente
13) Isolador
Arames tubulares
180
As secções típicas para diâmetros de 2,4 a 3,2mm são dos tipos a b e c. Para a
faixa de 1,2 a 2,4mm, utilizam-se as da forma d e c.
Transportadores de arame
181
No esquema abaixo da figura, são apresentadas algumas considerações quanto ao
seu mecanismo de funcionamento. Tal mecanismo baseia-se na variação de curso,
proporcionado pelo cone, que o intercala a cada rotação.
4) Rolo de pressão
182
Rolos de alimentação do arame eletrodo
Atenção:
Os rolos alimentadores devem ser escolhidos de acordo com os diâmetros dos
arames eletrodo, a fim de se prevenirem dificuldades durante o processo de
alimentação.
1 3 3 5
2 4 2
Observação:
Além dos dois tipos citados, existe também o acionamento por rolos oblíquos.
183
Condução do arame pela mangueira
A condução do arame pela mangueira não deve sofrer interferências que venham a
prejudicar a constância de avanço.
As figuras 6.11 a 6.14 mostram alguns problemas típicos que interferem na
regularidade do avanço do arame.
184
Os arames 70 S-3 e 70 S-6 são especificados na Norma AWS A 5.18 e atendem a
todos os seus requisitos.
O sistema de classificação dos arames 70 S-3 e 70 S-6 segue o mesmo modelo
adotado nas outras especificações AWS.
AWS ER 70 S - 6
Composição
Química
Arame sólido
Resistência à
tração (Mínima:
70.000 psi)
Arame ou vareta
Norma
(American
Welding Society)
185
O 70 S-3 têm semelhante significado, porém com composição química diferente.
(vide texto abaixo e tabela 3).
Composição química
C Mn Si P S Cu
186
Faixas de Correntes aplicáveis
187
ER 70 S-2 0.07 0.900.40 Ti - ≥ 2.76 a ⎯
a a 0.05 a 29ºC
1.40 0.70 0.15 (20 lb x fta ⎯
ER 70 S-3 0.07 0.90 0.45 Zr - 20ºF)
0.02 a
0.15 a a
0.12
0.07 1.40 0.70 ≥ 2.76a -
Al -
ER 70 S-4 a 1.00 0.65 18ºC
0.05 a
0.15 a a 0.0250.035 CO2
0.15
0.07 1.50 0.85 Máx. Máx. ---------------------------
0.15 a a
0.07 1.85 1.15 Requisitos de coamposição química Não
requerido
ER 70 S-7 a 1.50 0.50
Al -
0.15 a a
0.05 a
----- 2.00 0.80 0.90
--- Sem ----- ≥ 2.76a -
ER 70 S-8 ---------
--- 29ºC
---------
----- Conforme
acordo
entre ≥ 2.76a
fornecedor 29ºC
e
consumidor
Conforme
acordo
entre
Fornecedor
e
consumidor
188
Processos de transferência do metal de adição
Como mostra a figura abaixo, na formação das gotas, atuam várias forças,
identificadas a seguir:
189
O efeito “pinch” é um estrangulamento momentâneo da gota líquida na extremidade
do arame que ocorre em função dos efeitos eletromagnéticos da corrente. Em
qualquer condutor, a força do efeito “pinch” ou pinçamento é proporcional ao
quadrado do fluxo de corrente: se a corrente é duplicada, a força “pinch” será
quatro vezes maior.
A transferência por glóbulos (fig. 6.19) processa-se por gotas grandes, maiores que
o diâmetro do eletrodo. Ocorrem com correntes baixas, arcos curtos e possui baixa
velocidade de transferência.
190
Os glóbulos são transferidos para a poça sem muita direção e é frequente o
aparecimento de salpicos. Essa transferência é comum na utilização de fontes de
corrente contínua com polaridade direta e processo MAG. Podem ser utilizadas as
várias posições de soldagem.
Em função de o curto - circuito ser por si só irregular, pode-se dizer que o próprio
arco elétrico é extremamente instável e, por isso, a utilização deste modo de
transferência na soldagem deve ser precedida de certas medidas que tornem o
arco regular e estável para tal aplicação. Os modernos equipamentos de soldagem
MAG já possuem, em seus circuitos, adaptações necessárias para tal modo de
transferência.
191
a - Corrente de pulso
b - Corrente media
c - Corrente básica
Corrente de soldagem
192
Efeitos da polaridade na soldagem
- +
Todo condutor elétrico é rodeado por um campo magnético. Isso também se aplica
ao arco elétrico que também é um condutor de corrente. Frequentemente em arcos
elétricos com corrente contínua, esse campo magnético provoca um desvio do arco,
para frente ou para trás do sentido de translação, ou ainda para os lados.
193
Tensão de soldagem
A tensão de soldagem tem uma influência prática bem pequena no insumo de calor,
se comparada com a intensidade de corrente, velocidade do avanço do eletrodo,
material do arame, gás de proteção e polaridade.
A tensão, porém, acarreta efeitos na qualidade da solda; se muito baixa, produz um
cordão estreito, se muito alta, alarga o depósito da solda, podendo ainda provocar
respingos durante a operação.
Ângulo da tocha
194
Assim, caso seja necessário um cordão de alta penetração, com reforço convexo,
deve-se operar com um ângulo de tocha positivo.
O inconveniente do uso desse ângulo é que o controle da soldagem se torna mais
difícil.
Velocidade de soldagem
Taxa de deposição
8 0,9mm
5 0,8mm
4 1,2mm
196
Com o aumento da tensão, o perfil do cordão será mais achatado e largo. As
elevadas tensões do arco favorecem a formação de entalhes, respingos e formação
de vapor de metal.
Por outro lado, a posição vertical e sobre - cabeças exigem, para cada espessura
de material, tipo de chanfro e velocidade de soldagem, menores potências e técnica
especial de trabalho.
Em peças soldadas em movimento, ou ainda com rotação das partes da junta, se
as posições não forem bem escolhidas, podem influenciar muito a penetração e o
perfil do cordão.
197
Influência das distâncias do tubo de contato
198
Nessas condições, a zona de solda recebe pouco calor, podendo vir a ocorrer
pontos frios na soldagem. Em geral, longos arames livres reduzem a frequência das
gotas e aumenta a perda de deposição por maior ocorrência de salpicos.
Preparação de Juntas
¾ Grau de restrição;
199
¾ Fator de eficiência da junta.
Tipos de Juntas
Os chanfros podem ser obtidos através dos processos de oxi-corte (que é mais
comum), usinagem ou esmerilhamento. O importante é que a face dos chanfros e
as bordas das chapas a serem soldadas estejam isentas de óleo, graxa, óxidos,
resíduos de líquido penetrante ou outras substâncias, tintas etc. A limpeza dos
chanfros é um fator fundamental para uma solda isenta de defeitos.
A seguir, apresentamos algumas juntas típicas usadas no processo MIG/MAG.
200
201
R = 3,2máx.
E = 1,6máx.
202
203
R = 2,4máx.
F = 1,6 a 4,8
r = 6,4
204
Causas de defeitos de solda
205
Potência do arco elétrico insuficiente
206
Condução defeituosa da tocha
207
¾ A figura abaixa apresenta algumas falhas que podem ocorrer nesse tipo de
junta.
208
Poros na solda
¾ Sucção;
¾ Sopro magnético;
¾ Arco elétrico;
¾ Arco elétrico muito longo;
209
Formação de gases na fusão
Distúrbios na tocha
210
Tubo de contato curvado
¾ Rosca danificada;
¾ Isolamento superaquecido;
¾ Superfície desgastada.
211
Formação de poros por penetração de gases
¾ Percurso das gotas muito longo e superfície da peça de fusão muito grande
aumentando a duração da reação, reduzindo a pureza do gás de proteção;
212
Formação de poros por falsa construção do cordão de solda
213
Formação de poros por erro na posição da tocha
Superfície úmida
Inclusões de arame
São pequenos pedaços de arame que ficam inclusos no lado posterior do passe de
raiz.
Inclusão de escória
214
Sobreposição
Mordedura
Trincas
O processo não requer muitos cuidados para evitar esta descontinuidade. A sua
ocorrência geralmente é ocasionada e deve-se a dois fatores básicos, tais como: o
elevado grau de restrição em algumas juntas, ou pequenas trincas que ocorrem na
cratera da solda por falta de seu preenchimento por parte do soldador. A trinca a
frio, que é temida no processo de eletrodo revestido, não encontra razão de ser no
MAG, porque este é considerado de baixo hidrogênio.
Abertura de arco
Cavidade alongada
Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda podendo estar
localizado:
Concavidade
216
Concavidade excessiva
Convexidade excessiva
Deformação angular
217
Deposição insuficiente
Desalinhamento
Embicamento
Falta de fusão
¾ Na zona de ligação;
218
¾ Entre os passes;
¾ Na raiz da solda.
Falta de penetração
Fissura
Inclusão de escória
¾ Alinhada;
¾ Isolada;
219
¾ Agrupada.
Inclusão metálica
Micro-trinca
Mordedura
Mordedura na raiz
Penetração excessiva
220
Poro
Poro superficial
Porosidade
Porosidade agrupada
Porosidade alinhada
Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao eixo longitudinal
da solda.
Rachadura
221
Rechupe de cratera
Rechupe interdendrítico
Reforço excessivo
Respingos
Sobreposição
222
Solda em ângulo assimétrica
Trincas
Trinca de cratera
¾ Longitudinal;
¾ Transversal;
¾ Em estrela.
Trinca em estrela
Trinca irradiante
223
Trinca longitudinal
Trinca na margem
224
Trinca na raiz
Trinca transversal
225
Processo de Soldagem TIG
O processo de soldagem TIG, apesar de ter alto custo inicial e baixa produtividade,
apresenta grande versatilidade e fornece uma solda de alta qualidade e resistência,
fazendo com que seja largamente utilizado.
Neste fascículo, são apresentados os equipamentos necessários à soldagem por
esse processo, bem como as variáveis e suas aplicações
Esse processo pode ser utilizado em todas as posições de soldagem e para quase
todos os metais, não formando nenhuma escória.
O metal de adição, quando necessário, é aplicado por meio de uma vareta ou por
um arame alimentado continuamente, e a transferência para a poça de fusão dá-se
por sua própria fusão, e não pelas forças do arco, como ocorre nos processos
onde, o eletrodo é consumível.
226
Desenvolvimento
Metais
Ligas Metálicas
Liga metálica é uma substância formada por dois ou mais elementos, um dos quais,
pelo menos, é metal.
As ligas metálicas são elaboradas por processos metalúrgicos que envolvem fusão,
e a sua composição química dependerá das propriedades que se deseja obter
nesses materiais. São exemplos de ligas metálicas:
Aço-carbono = ferro + carbono
Ligas Ferrosas
O aço
É uma liga de ferro, com teor de carbono variando entre 0.02 e 2,0% em peso.
Além desses dois elementos, o aço pode conter:
227
¾ Elementos de liga - são elementos químicos adicionados intencionalmente
ao aço para melhorar as suas propriedades. São exemplos desses
elementos: cromo (Cr), níquel (Ni), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e
vanádio (V).
¾ Aço de alta liga - com mais de 10% de elementos de liga. (Estes são
subdivididos em aços resistentes a corrosão, aços resistentes ao calor,
aços-ferramenta, etc.).
Ferro fundido - é uma liga de ferro, com teor de carbono variando entre 2 e 6,7% e
impurezas em quantidade maior que nos aços.
São ligas que não contém ferro ou contém esse elemento em quantidade
insignificante, apresentando propriedades diferentes das ligas ferrosas.
Dentro deste grupo, temos subgrupos, de acordo com o elemento principal da liga,
exemplos: ligas de cobre, ligas de chumbo, ligas de alumínio. Essas ligas também
apresentam impurezas.
228
fusão 1530ºC
Densidade (g/cm3) 7,8 2,7 8,8
Resistência 32 – 9 – 20kgf/mm2 -
mecânica 160kgf/mm2
Cor Cinza Branca Amarela/Avermelh
ada
Magnético Sim(*) Não Não
Propriedades físicas
a) Alumínio - 2,7g/cm3; Cobre: 8,9g/cm3; Ouro: 19,3g/cm3. Isso significa que cada
centímetro cúbico de alumínio pesa 2,7 gramas, de cobre 8,9 gramas e de ouro
19,3 gramas.
229
Propriedades Mecânicas
Outras Propriedades
¾ Maior plasticidade;
Designação
230
Especificação
É a relação escrita das características que uma liga deve ter para tornar-se
adequada a uma determinada aplicação prática.
Classificação
É o arranjo sistemático ou divisão dos metais e ligas em grupos, com base nas
suas características comuns, como, por exemplo:
Designação e classificação dos metais e das ligas ferrosas e não ferrosas, segundo
as seguintes normas para as ligas ferrosas:
¾ SAE - Society of Automotive Engineers (Sociedade de Engenheiros
Automotivos);
231
¾ Aços ressulfurados e refosforados - são aços-carbono que contém enxofre e
fósforo em teores maiores que os dos aços-carbono comuns.
¾ Aços-liga - são aços que contém elementos adicionados intencionalmente
para melhorar as suas características.
Esses aços recebem nomes particulares em função do(s) elemento(s) de liga
adicionado(s), exemplos: aços-manganês, aço-níquel, aço-molibdênio, aço-
cromoníquel, etc.
X X XX a
1º 2º 3º 4º
Exemplos:
a) AISI/SAE
1 0 2 0
0,20% de carbono
232
b) AISI/SAE
4330 H
Temperabilidade assegurada
0,30% de carbono
Exemplo
41 40
Aço cromo
0,4%C
molibdênio
Elementos indesejáveis
233
trabalho a frio, fragilidade a frio,
segregações.
Elementos desejáveis
Carbono (C)
Fósforo (F)
Enxofre (S)
Nitrogênio (N)
234
Oxigênio (O)
Alumínio
Embora a tradição diga que “em time que está ganhando não se mexe”, as imensas
curiosidades do homem aliadas às exigências de consumo do mercado continuam
levando a um aperfeiçoamento tecnológico sempre crescente na produção dos
materiais para a indústria. E o alumínio não poderia ficar fora disso.
Assim, para melhor ainda mais as características desse material já tão versátil,
desenvolveram-se novas ligas e empregaram-se processos de beneficiamento.
Eles são usados com a finalidade de dar ao metal características especiais para
usos especiais.
Ligas de Alumínio
235
As ligas são formadas principalmente com a adição de cobre (Cu), magnésio (Mg),
manganês (Mn), silício (Si) ou zinco (Zn) ao alumínio (Al). A escolha dos elementos
e sua proporção nessa adição dependem das propriedades finais que se quer
obter. Assim, por exemplo, se fabricarmos uma liga de alumínio (Al) com cobre
(Cu) e submetermos essa liga a processos especiais de tratamento térmico, esse
material terá uma resistência à tração equivalente e até maior que a de alguns aços
de baixo teor de carbono. Além disso, ela apresenta uma ótima usinabilidade.
Devido à alta relação entre resistência (maior) e peso (menor), essa liga é indicada
para a indústria aeronáutica e automobilística, na fabricação de rodas de
caminhões, na estrutura e revestimento de asas e rodas de aviões. É indicada
também para peças que devem suportar temperaturas ao redor de 150ºC.
É possível também combinar elementos de liga. É o caso das ligas de alumínio que
contêm magnésio e silício em sua composição. Essas ligas apresentam uma
resistência mecânica um pouco menor que as ligas de alumínio e cobre. Porém,
têm elevada resistência à corrosão, são facilmente moldadas, usinadas e soldadas
e aceitam diversos tipos de processos de acabamento, tais como o polimento, o
envernizamento e a esmaltação. São usadas na construção civil, na fabricação de
veículos e máquinas e fios para cabos de alta tensão.
236
Existem também ligas de alumínio fabricado com a adição de zinco (Zn) e uma
pequena porcentagem de magnésio (Mg), cobre (Cu) ou cromo (Cr). Depois de
passar por tratamento térmico, essas ligas são usadas em aplicações que exijam
uma alta relação resistência/peso, principalmente na construção de aviões. Outros
elementos de liga que podem ser adicionados ao alumínio são: bismuto (Bi),
Chumbo (Pb), titânio (Ti), estanho (Sn), níquel (Ni) etc. São as variações nas
quantidades e combinações dos elementos que originam uma infinidade de ligas
com propriedades adequadas a cada uma das aplicações.
Dica
Ele é facilmente moldável e permite todo o tipo de processo de fabricação: pode ser
laminado, forjado, prensado, repuxado, dobrado, serrado, furado, torneado, lixado e
polido.
Para diminuir o problema, o solo fértil e a vegetação devem ser reservados para
serem repostos, após a extração do minério. Para evitar a erosão, devem ser
construídos terraços recobertos com o solo fértil, anteriormente retirado, e as áreas,
reflorestadas com espécies nativas.
Outro problema são as etapas de produção que geram efluentes extremamente
poluidores. Por exemplo: a moagem da bauxita, se não for feita por via úmida,
gerará a emissão de poeira.
239
temperaturas e em meios
oxidantes e redutores
Quando membros estruturais são unidos por processo de soldagem que atingem o
ponto de fusão do material, as chapas (próximo a solda) são aquecidas até esta
temperatura e posteriormente resfriadas rapidamente. Como resultado deste
severo ciclo térmico, a microestrutura original e as propriedades desta região
próxima a zona fundida são alteradas. Este volume compreendido entre a zona
fundida e o metal de base, não afetado pelo calor é chamado de zona termicamete
afetada.
onde:
240
¾ Zona fundida;
¾ Zona de ligação;
¾ Região de grãos grosseiros;
¾ Região intercrítica;
¾ Região de revenimento;
¾ Metal de base.
Corrente alternada
241
Corrente alternada para corrente contínua
Tipos de Corrente
Em eletricidade lidamos com corrente contínua (c.c. / d.c.) e corrente alternada (c.a.
/ a.c.). Nos circuitos de c.c., a corrente tem sempre o mesmo (único) sentido. Nos
circuitos de c.a., o sentido da corrente se inverte periodicamente, em um instante,
ela passa em um sentido, e no instante seguinte ela passa no sentido oposto. Esta
inversão no fluxo de c.a. ocorre normalmente com uniformidade, de modo que,
242
quando falamos de uma c.a. de 60 Hz, por exemplo, queremos dizer que o sentido
da corrente se inverte 120 vezes por segundo.
Circuito elétrico
É provável que a imagem dos elétrons formasse um rio, que se estende por todo o
circuito, ajudando-o a compreender melhor o conceito de corrente elétrica em um
circuito fechado.
Esta massa móvel de elétron apresenta sempre uma densidade constante em todo
o percurso. O número de elétrons que deixam o fio e entram no terminal positivo de
uma pilha é exatamente igual ao número de elétrons que, no interior da pilha, são
forçados a se dirigirem para o terminal negativo da mesma e, então, deste para o
fio.
Assim, em nenhuma ocasião o fio condutor ou a pilha apresentam um número
maior menor de elétrons do que o que possuíam quando o circuito foi fechado. Se a
volta do circuito é interrompida subitamente, o rio de elétrons deixa
instantaneamente de se movimentar em voltas completas no circuito, porém tanto o
fio como a pilha ainda apresenta exatamente o mesmo nº de elétrons que possuíam
quando o circuito estava sendo montado. A única diferença é que o fio, agora, está
com os elétrons que antes estavam na pilha, e esta ficou com igual nº dos elétrons
do fio.
A quantidade de elétrons na corrente elétrica é determinada pelo valor da tensão
que força os elétrons a se moverem. Quanto menor e tensão, menor - desde que
outros fatores permaneçam constantes - será a intensidade da corrente, e vice-
versa.
Quando uma resistência de qualquer tipo é inserida no circuito, ela age de modo a
limitar o nº de elétrons em movimento e, assim, reduz a intensidade da corrente.
Antes da adição da resistência, o que limita a corrente na pilha e no fio condutor
que estamos considerando é a própria resistência que estes corpos oferecem,
limitando a corrente por esta resistência.
243
Arco Elétrico Aplicado à Soldagem
Aspectos Gerais
Um gás torna-se condutor quando se ioniza, isto é, quando passa a possuir íons e
elétrons livres e seu comportamento muda de tal modo que recebe a denominação
especial de “Plasma”, também chamado de quarto estado da matéria.
Fluxo de Corrente
Polaridade na Sodagem
Quando a corrente num arco flui da peça para o eletrodo, o arco é chamado de
polaridade direta. Como polo positivo do arco torna-se mais quente, deveria ser
preferível empregar a polaridade direta onde maior fusão é requerida na peça. Isto
é importante com os processos a eletrodos não-consumíveis, aonde o calor
conduzido para o eletrodo é completamente perdido durante a soldagem. A figura
___ ilustra a configuração acima descrita.
245
Soldagem com corrente contínua e polaridade direta
246
¾ A mudança da polaridade pode ser encarada como uma vantagem, pois
modificar certas características do depósito, como por exemplo, a
penetração.
Em um arco alimentado com corrente alternada (CA), não se tem uma polaridade
definida, já que o eletrodo e a peça alternam sua polaridade de acordo com a freqüência
da corrente. Com esta alternância, os polos recebem tanto choques de elétrons quanto
de íons, resultando numa tendência a equalização da energia absorvida por ambos os
polos. Quanto ao aspecto visual, não há quase diferença entre um arco de corrente
contínua e um arco de corrente alternada, mas há uma maior dificuldade na manutenção
de um arco em corrente alternada. Isto se explica considerando que a tensão, em cada
ciclo, passa de um valor positivo a um valor negativo e quando se aproxima de zero há
tendência à extinção do arco. Por isso, é mais difícil acender e manter um arco em CA.
247
¾ Alguns autores admitem que a soldagem com corrente alternada permite um
refinamento do metal depositado, devido à agitação do banho, causada pela
pulsação da corrente.
Processo TIG
Características do Processo
TIG é o processo de soldagem ao arco elétrico com proteção gasosa que utiliza
eletrodo de tungstênio, um gás inerte, para proteger a poça de fusão. O nome TIG
é uma abreviação de Tungsten Inert Gas (gás inerte tungstênio), em que tungstênio
é o material de que é feito o eletrodo e gás inerte refere-se ao gás que não reage
com outros materiais. Na Alemanha, o processo TIG é conhecido como WIG, sigla
de Wolfranium Inert Gas. O processo TIG apresenta variante, tais como a
soldagem TIG por pontos, TIG por corrente pulsada e TIG com arame quente ou
“hot ware”. O processo TIG também é conhecido por GTAW ou Gas Tungsten Arc
Welding (soldagem a arco com gás tungstênio).
No processo TIG, o aquecimento é obtido por meio de um arco elétrico gerado com
auxílio de um eletrodo não consumível de tungstênio o qual não deve se fundir para
evitar defeitos ou descontinuidades no cordão de solda. O eletrodo e a poça de
fusão são protegidos por uma atmosfera gasosa constituída de gás inerte, isto é,
um gás que não reage com outros materiais, ou uma mistura de gases inertes,
geralmente argônio ou hélio.
248
Aplicação
249
Elétrons e íons transformam o arco em condutor elétrico
Arco Elétrico
Equipamento
Para as aplicações mais comuns, o equipamento requerido para soldagem pelo processo
TIG é relativamente simples. Consiste de uma fonte de energia elétrica que pode ser ao
mesmo tempo um transformador, no caso de corrente alternada, ou um retificador ou
gerador, no caso de corrente contínua; uma tocha com suporte para o eletrodo; um cabo
de condução para o gás de proteção; um cabo para o sistema de refrigeração e um para
a fonte de energia; uma fonte de gás, que pode ser um cilindro e um regulador de
pressão, ou um conjunto de cilindros com canalização para alimentar a rede de
distribuição, no caso de soldagem com vários postos de trabalho; e um regulador de
vazão de gás.
250
Transformador
Retificador
Um retificador para soldagem TIG com corrente contínua apresenta as seguintes partes:
transformador monofásico ou trifásico, responsável pela diminuição da tensão da rede
para tensão de soldagem e aumento da intensidade de corrente da rede para intensidade
de corrente de soldagem; retificador, que transforma a corrente alternada monofásica ou
trifásica em corrente contínua; ventilador - resfriador; chave de pressão de água; válvula
magnética de gás protetor, e unidades de comando, com as funções de ativação e
desativação da corrente de soldagem, controle da válvula magnética de gás protetor com
tempo regulável para pré e pós-fluxo e desativação da corrente de soldagem na falta de
água.
Tocha
A tocha conduz a corrente e o gás inerte para a zona de soldagem; tem a extremidade
revestida de material isolante a fim de ser manuseada com segurança pelo operador. A
tocha serve como suporte do eletrodo de tungstênio e também fornece o gás de proteção.
251
Dentro da tocha existe uma pinça que segura o eletrodo, e que deve ser selecionada de
acordo com o diâmetro do eletrodo. Uma grande variedade de tochas existente no
mercado possibilita sua adaptação a soldas de difícil acesso.
Bocais
252
Recommendad Tungsten Electrodes and Gas Cups for Various Welding
Currentes
Os bocais são produzidos em diversos comprimentos, sendo que os mais longos provêm
um fluxo mais firme e menos turbulento. A maioria dos bocais é cilíndrica, com as
extremidades retas ou afuniladas. Os bocais são também disponibilizados com seções
alongadas para prolongamento da proteção (veja figura abaixo) ou extremidades
alargadas para fornecer melhor proteção para materiais como titânio, que é altamente
susceptível à contaminação em altas temperaturas.
Outro recurso utilizado na melhoria do fluxo são as lentes de gases, que asseguram um
fluxo laminar do gás de proteção, através de sua estrutura porosa que é fixada ao redor
253
do eletrodo. Desta forma, elas permitem ao operador trabalhar com a extremidade da
tocha a uma maior distância da peça, auxiliando na visualização e facilitando o trabalho
em locais de difícil acesso para a tocha, como cantos.
Um arco elétrico não pode ser aberto simplesmente pela aplicação de um potencial
requerido pelo arco para aquecer os eletrodos. O arco pode ser aceso desde que haja
um canal condutor ou ionizado entre os eletrodos. Isto pode ser feito de duas maneiras à
pressão atmosférica; pela aplicação de uma voltagem suficientemente alta entre os
eletrodos para causar uma descarga elétrica ou pelo contacto dos eletrodos, afastando-os
logo em seguida. Ambas as soluções são adotadas na prática dependendo do processo
de soldagem no qual o arco está sendo usado.
Para abertura de arco pela aplicação de voltagens suficientemente altas, estas são, em
geral, acima de 104 V. O uso de voltagens desta ordem de grandeza é letal, sendo,
portanto necessário empregar uma descarga de alta freqüência para a abertura do arco.
O método mais comumente usado é o de riscar o eletrodo sobre a peça a soldar,
afastando-o em seguida. Isso aumenta a resistência do fluxo de corrente e as
extremidades dos eletrodos são levadas a alta temperatura assim como o espaço entre
eles.
Para acender o arco é necessária uma maior voltagem para mantê-lo devido uma parte ir
para ionizar a fresta de ar.
254
¾ Antes do contato entre o eletrodo e a peça:
Is – Corrente de soldagem
Ignição do Arco
No processo TIG, a ignição do arco é feita sem tocar o eletrodo na peça para evitar
a transferência do tungstênio para a peça e danos no eletrodo, o qual deve ser
apontado antes do início do trabalho. A abertura é feita por meio de dispositivos
que formam um tipo de arco piloto. O mais utilizado é um ignitor de alta freqüência
255
que providencia um sinal de alta tensão e alta freqüência, de 5 kV e 5 kHz, e
permite a ionização da coluna de gás entre o eletrodo e a peça, induzindo a
abertura. Alguns segundos antes de abrir o arco, são recomendáveis iniciar a
vazão do gás inerte; esse intervalo de tempo é conhecido como pré-purga de gás.
Em seguida, acende-se o arco com auxílio do ignitor de alta freqüência e dirige-se a
tocha para um determinado local de modo a permitir a formação da poça de fusão;
quando a poça atinge o tamanho necessário, pode-se iniciar a soldagem.
Lift Start
Neste método não é usada uma unidade de HF, o eletrodo de N é colocado sobre a peça
abra aonde será iniciada a soldagem. O soldador pressiona um interruptor, o qual
conecta a ele um controle eletrônico, porém, sem passagem de corrente.
A tocha é então afastada um pouco da peça (ou inclinada), o arco é então aberto quando
o eletrodo cria um espaço entre ele e a peça. Neste momento a corrente se eleva até
atingir o valor ajustado na máquina.
Arco Pulsado
Refrigeração a Água
A água utilizada para o resfriamento deve ser limpa, a fim de não restringir ou entupir as
passagens, o que ocasiona superaquecimento e avaria do equipamento. Nos casos em
que a água disponível não é limpa, aconselha-se o uso de filtros. A maioria das oficinas
tem um suprimento de água potável; no entanto, às vezes o trabalho é executado em
grandes oficinas ou no campo, onde nem sempre se pode obter água sob pressão
adequada, principalmente quando se usa mangueira muito longa; em tais casos,
recomenda-se o uso de uma unidade com bomba e tanque de água, com capacidade
256
suficiente para as necessidades. Modernos conjuntos TIG com tochas resfriadas a água
dispõem de uma unidade autônoma de resfriamento.
A pressão adequada de água varia de acordo com a tocha; se a pressão de água
existente for superior a 4 kg/cm2, é necessário utilizar o regulador de água para evitar
possíveis avarias nas mangueiras. O sistema de refrigeração a água, dotado de motor
elétrico, bomba e radiador, é empregado em ciclos de trabalho bem altos, na faixa de 200
a 450A, dependendo do fabricante.
Refrigeração a Ar
A tocha também pode ser refrigerada a ar; esse sistema está limitado a uma corrente em
torno de 200A, conforme o fabricante, e é utilizado na soldagem de chapas finas, com um
ciclo de trabalho bem baixo. A tocha refrigerada a ar é mais leve e tem um custo menor
que o do sistema a água.
Cilindro de Gás
O gás de proteção é fornecido em cilindros de aço sob pressão. Para tornar a pressão
adequada ao funcionamento da tocha a pressão adequada ao funcionamento da tocha,
adapta-se um regulador com medidor de vazão. A medição da vazão é necessária
porque os vários materiais requerem diferentes fluxos de gás para uma proteção
adequada. Nos casos em que grande quantidade de material é soldada continuamente, é
possível fazer estoques de argônio líquido, de mistura de gases e também de argônio e
outros gases, usando misturadores e uma canalização de cilindros com medidor de vazão
para cada posto de soldagem.
Fontes de Soldagem
Corrente Contínua
Quando se trabalha com CC, o ignitor de alta freqüência é usado apenas para abrir o arco
e em seguida é desligado. Geralmente os aparelhos possuem um dispositivo que inibe as
faíscas do ignitor quando o arco está aberto. Na soldagem com CC, o circuito pode ter o
eletrodo ligado tanto ao pólo negativo quanto ao positivo.
257
Corrente Contínua com Polaridade Negativa
O cordão de solda obtido com CC é estreito e com grande penetração. Este tipo de
corrente é aplicado na soldagem de aço, cobre, aços austeníticos ao cromoniquel e ligas
resistentes ao calor.
Efeito de Limpeza
A corrente contínua com polaridade positiva, CC+, produz um efeito chamado efeito
de limpeza, que é a remoção de camadas superficiais de óxido refratários
normalmente presentes nos metais, tais como alumínio e magnésio.
O efeito de limpeza acontece pela ação do arco elétrico: os elétrons que deixam o metal
de base ou os íons do gás bombardeiam a película de óxido, causando seu rompimento.
No entanto, como a polaridade positiva é pouco utilizada, costuma-se usar a corrente
258
alternada para provocar esse efeito, uma vez que o rompimento do óxido acontece na
metade positiva do ciclo.
Corrente Alternada
Efeito de Retificação
Na CA, existe uma mudança cíclica do fluxo de elétrons, que ora se deslocam do eletrodo
de tungstênio para a poça de fusão, ora saem da poça de fusão em direção ao eletrodo.
Devido ao efeito de retificação, há um desbalanceamento nesse movimento, tornando a
emissão de elétrons vindos da poça de fusão menor que a emissão de elétrons
provenientes do eletrodo; isto provoca o aparecimento de duas senóides de intensidades
diferentes.
259
O efeito de retificação é mais prejudicial no caso
da soldagem de alumínio e de magnésio, que
apresentam óxido refratário, porque o fluxo de
elétrons emitido pela poça de fusão não é
suficiente para romper completamente a
camada de óxido existente durante a soldagem.
A fim de atenuar o efeito de retificação, utiliza-
se um transformador com condensador-filtro,
que equilibra as senóides representantes do
fluxo de elétrons.
Quando se trabalha com CA, existe em algumas máquinas um circuito aberto que fornece
alta tensão ou alta freqüência por meio de um gerador, com as finalidades de permitir a
abertura do arco elétrico sem que o eletrodo toque a peça e também promover a
reignição do arco, nas situações em que a corrente alternada tende a zero.
Curva de
forte inclinação Curva tombante
A vantagem de a fonte apresentar essas curvas está em que nos arcos voltaicos curtos
ou longos, comuns na soldagem manual e que dependem do soldador, a variação de
intensidade da corrente de soldagem é reduzida. Isto significa que durante a soldagem,
mesmo com grandes variações do comprimento de arco, que provocam variações
também grandes d tensão, a intensidade de corrente permanece aproximadamente a
mesma.
260
De acordo com os objetivos de soldagem, selecionam-se as correntes adequadas a
cada material, de acordo com o quadro.
O processo TIG apresenta algumas variantes, dentre as quais podemos citar a soldagem
TIG por pontos, TIG com corrente pulsada e TIG com arame quente ou “hot wire”.
A variante de soldagem TIG por pontos é feita manualmente, utilizando um porta eletrodo
do tipo pistola, constituído de um eletrodo centrado com bocal resfriado a água e um
interruptor de controle da operação. O bocal deve ser adequado ao perfil da soldagem e
dispositivos especiais são utilizados para garantir a distância entre a tocha e a peça.
Os sistemas de controle de tempo, corrente, gás, água e alta freqüência são geralmente
automáticos devido à complexidade das seqüências de soldagem.
A soldagem por pontos pode ser feita com corrente alternada ou com corrente contínua e
polaridade negativa. A penetração é controlada por meio de ajuste da corrente e de sua
261
duração; é preferível, em alguns casos, utilizar impulsos múltiplos de corrente em vez de
um único impulso de longa duração.
262
A corrente pulsada pode ser aplicada ainda com uma alta freqüência, de
aproximadamente 20 Hz, que permite uma maior pressão de arco. Este aumento significa
um arco mais firme, com deslocamentos laterais produzidos por sopro magnético ou
mecânicos reduzidos. Assim, são particularmente úteis em máquinas de precisão, onde
características excepcionais de direção e estabilidade são requeridas. Entretanto, além
de caros, estes equipamentos podem ser bastante incômodos se estiverem em uma
freqüência dentro da faixa de freqüência audível.
Ciclo de Trabalho
O ciclo de trabalho expressão, em percentagem o tempo que uma fonte de energia pode
permanecer em funcionamento, a uma dada corrente, em cada intervalo de 10 minutos
sem exceder uma temperatura pré-fixada. Assim, um ciclo de trabalho de 60% significa
que a máquina pode operar durante 6 minutos e que deve permanecer 4 minutos parada.
263
arco manual são normalmente para ciclo de trabalho de 60%. Para processos
automáticos ou semi-automáticos, o ciclo de trabalho é normalmente 100%.
Fundamentalmente, o ciclo de trabalho é a razão da capacidade de tempo de carga para
o tempo sem carga, necessário para o resfriamento, afim de que os enrolamentos
internos e componentes com seus sistemas de isolamento elétrico permaneçam dentro da
faixa de temperatura adequada.
Cada máquina é projetada para operar a um determinado ciclo de trabalho, a uma dada
corrente nominal, por exemplo:
Para o cálculo de um novo ciclo de trabalho a uma nova corrente ou vice-versa, usa-se a
seguinte fórmula:
2
⎛ In ⎞ t
⎜ ⎟ =
⎝I⎠ tn
I é a nova corrente
Exemplo:
Qual o novo ciclo de trabalho para uma fonte de energia que tem um ciclo de trabalho
nominal de 60% a 200 A, se for necessária uma corrente de saída de 250A?
In = 200A
I – 250A
tn = 60%
t=?
2
⎛ In ⎞ t
⎜ ⎟ =
⎝I⎠ tn
2
⎛ 200 ⎞ t
⎜ ⎟ = t = 38%
⎝ 250 ⎠ 0,6
264
Gases de Proteção
A função mais importante do gás de proteção na soldagem TIG é a proteção das partes
aquecidas e fundidas, metal de deposição e também, o eletrodo, contra os efeitos nocivos
do ar ambiente. Além disso, o gás de proteção influencia características do arco e a
aparência do cordão.
Gás inerte é usado como proteção na soldagem TIG. Gases inertes não formam
compostos com outros materiais, proporcionando, dessa forma, uma efetiva proteção.
Os gases de proteção mais comuns na soldagem TIG são o argônio, o hélio e suas
misturas. O argônio puro é o mais comum de todos. Outros gases que podem ser
incluídos nas misturas de gases de proteção para soldagem TIG são o Hidrogênio e o
nitrogênio.
O gás de proteção a ser usado depende principalmente do metal a ser soldado. Outros
fatores a serem considerados são: a espessura do metal, posição da soldagem, a
soldagem manual ou mecânica, a velocidade desejada, etc.
Argônio
265
Hélio
Devido à necessidade de maior voltagem do arco, o hélio transfere maior energia à peça
do que o argônio à mesma corrente. O hélio é, portanto, usado para soldagem de
materiais espessos e metais de alta condutividade térmica como o cobre, reduzindo a
necessidade de pré-aquecimento.
O hélio possibilita maior penetração do que o argônio à mesma corrente.
Misturas de Argônio-Hélio
Misturas de argônio e hélio são usadas quando a combinação das propriedades dos dois
gases é desejável. Por exemplo, boa estabilidade do arco e maior penetração.
Misturas de Argônio-Hidrogênio
Misturas de Argônio-NItrogênio
O nitrogênio é um gás diatômico em contraste com o argônio e o hélio, que são gases
monoatômicos.
Um estudo que vem sendo desenvolvido é sobre a influência dos gases no movimento da
poça de fusão, de forma a se obter penetração mais favorável e melhor acabamento do
cordão.
266
Outros estudos com gases de proteção ajudam a tornar os parâmetros de ajustes da
máquina menos sensíveis, em relação a composição do metal. Este é um problema
especial em soldagens TIG automatizadas.
Novos gases de proteção estão sendo desenvolvidos para melhorar o ambiente de
trabalho, como por exemplo, reduzir a formação ozona.
A maioria dos metais podem ser soldados pelo processo GTAW, não sendo utilizado,
entretanto, para soldar metais como cádmio, zinco e estanho devido à baixa pressão de
vapor dos líquidos destes metais. De uma forma geral, melhores resultados são obtidos
com DCEN, a menos os casos específicos como o alumínio e o eletrodo mais utilizado é o
torinado com 2%.
A qualidade do gás da soldagem por GTAW nestes materiais são mais fortemente
dependentes das contaminações no metal de base que nos processos SMAW ou SAW
devido à ausência dos fluxos para remoção das impurezas. Argônio é utilizado em
espessuras de até 12 mm. Na soldagem de maiores espessuras são utilizados o argônio
e misturas argônio-hélio.
Devido ao seu alto grau de proteção, estes materiais são extensivamente utilizados com
soldagem por GTAW. Além disso, o metal de adição, por não atravessar o arco, pode
conservar os elementos de liga, levando-se essa pureza para a formação final do metal.
Argônio, misturas argônio-hélio e argônio-hidrogênio e hélio puro.
Ligas de Alumínio
267
o Argônio por prover melhor limpeza, melhor inicialização do arco e qualidade superior de
solda.
Ligas de Magnésio
Berílio
As soldagens deste material são difíceis devido a sua tendência de fratura a quente e
fragilização. Assim sendo, o processo é conduzido em câmaras de atmosfera inerte
geralmente com misturas de cinco partes de hélio para uma parte de Ar. Deve-se
considerar também que os fumos de berílio são tóxicos.
Ligas de Cobre
Ligas de Níquel
Ferro Fundido
Os metais de adição em GTAW, quando utilizados, devem ser similares ao metal e base,
mas não necessariamente idênticos. Sua produção é realizada sob controle mais rígido
da composição química, pureza e qualidade que o metal de base. Algumas modificações
são feitas para permitirem uma resposta melhor para tratamentos térmicos posteriores à
solda. A escolha do metal de adição para qualquer aplicação é um compromisso que
envolve compatibilidade metalúrgica, características corretas para o serviço solicitado e
custos.
Os arames podem estar dispostos em rolos ou arames cortados de 1m e esforços devem
ser empreendidos para evitar a contaminação destes materiais na sua estocagem e uso.
Mais importante ainda é a manutenção da extremidade do arame na proteção do gás
durante o processo de soldagem.
269
Após, desloca-se a tocha até a borda
externa da poça de fusão, antes de
extinguir o arco.
Para se extinguir o arco, levanta-se a
tocha o suficiente para apagá-la,
tendo o cuidado de não causar
contaminação do eletrodo ou da poça
de fusão. É aconselhável diminuir-se Retirar a tocha e extinguir o arco
gradativamente a amperagem, com
um controle de pé, ou desligá-la
mediante um interruptor
Eletrodo
O eletrodo utilizado na soldagem TIG é o de tungstênio, que tem o maior ponto de fusão
dos metais: 3400ºC. Além disso, o tungstênio é chamado termoiônico porque tem
facilidade de emitir elétrons, o que auxilia bastante a estabilidade do arco; o tungstênio
pode ser puro (99%) ou com ligas de zircônio ou tório.
Os eletrodos de tungstênio têm a vantagem de apresentar menor custo e menor efeito de
retificação quando utilizada a corrente alternada. Por outro lado, as desvantagens são a
dificuldade na abertura do arco e menor durabilidade.
270
desvantagens, quando se utiliza corrente alternada, são o custo maior, maior efeito de
retificação e menor estabilidade do arco.
A norma AWS A5. 12-92 estabelece um código para a identificação dos eletrodos
conforme sua composição química. Segundo esse código, a letra E significa eletrodo; W
é para wolfrâmio (ou tungstênio), o elemento químico de que é feito o eletrodo, X é o
elemento químico adicionado ao eletrodo e P significa puro.
EWCe é o eletrodo de tungstênio com óxido de cério, conhecido como céria; este tipo de
eletrodo apresenta maior facilidade de ignição, melhor estabilidade do arco, reduzida taxa
de vaporização ou queima e trabalha muito bem com corrente alternada ou contínua, em
qualquer polaridade; estas vantagens aumentam com o aumento de quantidade de céria.
Classificação do Eletrodo
271
Classificaçã W CeO2 La2O3 ThO2 ZrO2 Outros Cor da
o % % % % % % (máx.) Ponta
AWS
Preparação do Eletrodo
272
Escolha do Eletrodo
Pol. mm
0.020 0.5 5 – 15 5 – 20 5 – 20
0.040 1.0 10 – 60 15 – 80 20 – 80
1/16 1.6 50 – 100 70 – 150 80 – 150
1/32 2.4 100 – 160 110 – 200 120 – 220
1/8 3.2 130 – 180 150 – 200 200 – 300
5/32 4.0 180 – 230 180 – 250 250 – 400
273
Forma final do eletrodo de tungstênio: Forma final do eletrodo de tungstênio:
CC – Polaridade direta Corrente alternada
Eletrodo corretamente
solicitado
274
liga de tório, ocorrem a fusão e eletrodo de tungstênio é
quebra da ponta favorável neste aspecto.
Sobrecarga do eletrodo e
elevados picos de corrente
normalmente na ignição podem,
juntamente com o contato do
eletrodo na peça, causar
inclusões de tungstênio.
Corrente contínua
275
Diâmetro do Corrente de solda (A) Corrente de solda (A)
eletrodo (mm) Eletrodo de hidrogênio puro Eletrodo de tungstênio puro
ou com liga de tório ou com liga de tório
Polaridade direta Polaridade inversa
0,5 5 – 20 -
1,0 15 – 80 -
1,6 70 – 150 10 – 20
276
quando se tratar de perfis e contornos superficiais
difíceis ou peças que são sensíveis a
grandes insumos de calor. Outro
aspecto importante é que a profundidade
de penetração e zona termicamente
afetada pode ser mais bem controlada
variando-se a amperagem, ou mesmo
através da condução do processo por
um soldador habilidoso.
As figuras ___ a ___ apresentam
diversos dispositivos que são utilizados
para auxiliarem a execução adequada da
soldagem TIG.
Fig. ___
277
Dispositivos para soldagem de materiais sensíveis aos gases, (titânio, zircônio,
molibdênio, tântalo, etc)
278
Exemplos de dispositivos de proteção gasosa da raiz da solda em
tubos.
279
mm A min
280
(1) Valores válidos para junta de topo: junta em ângulo aumentar
de 10 a 20A.
Parâmetros de Soldagem
Comprimento do arco
Velocidade de soldagem
Vazão do Gás
Para que a proteção oferecida pelo gás seja eficiente, é preciso considerar a vazão
do gás. A vazão deve ser forte o suficiente para deslocar o ar para longe da área
da solda e assim proteger a poça de fusão; no entanto, uma vazão elevada pode
causar turbulência no fluxo do gás, resultando em descontinuidade ou defeitos no
cordão e instabilidade do arco, sem falar no custo maior de soldagem.
A vazão ideal leva em consideração fatores como: tipo de gás utilizado; distância
entre o bocal e a peça; tipo e posição da tocha; tipo de junta; diâmetro do bocal;
281
velocidade e posição de soldagem; tipos de metais a serem soldados e tamanho da
poça de fusão. Existem no mercado, dispositivos adaptáveis à tocha que permitem
um fluxo de gás mais suave e eficiente. Uma regra para determinar a vazão ideal é
fazer um teste, iniciando com vazão elevada e diminuir gradativamente até que
comece uma oxidação superficial do cordão; a vazão ideal para será a mais
próxima e superior a essa.
Uma vazão baixa não oferece proteção adequada à poça de fusão, causando
também descontinuidade.
Corrente de Soldagem
O ajuste da vazão de gás está relacionado com a intensidade de corrente ideal para
os diferentes metais a soldar. Considerando o argônio como gás de proteção, a
relação vazão/corrente pode ser mostrada em um quadro.
282
Consumíveis
Metal de Adição
283
Arames e varetas Nº da especificação
Revestimento A5.13
Este é o recurso que a máquina oferece para o controle do gás de proteção, tanto
no início quanto na conclusão da operação de soldagem. Este controle é efetuado,
no próprio painel da fonte, através de um temporizador que regula o tempo de
vazão, antes da ignição do arco elétrico e após a sua extinção.
A pré-vazão tem o propósito de purgar o gás no interior da mangueira, para garantir
que no momento da abertura do arco elétrico, o que está saindo pelo bocal da
tocha é efetivamente gás de proteção. Esta purga é necessária porque o gás de
proteção sairá misturado com o ar atmosférico, conseqüentemente, contaminando o
poço de fusão.
A pós-vazão tem o propósito de, após ser extinto o arco, proteger a parte final do
cordão de solda que ainda está se solidificando e, além disso, proteger também o
eletrodo da oxidação.
284
Controle de Rampa de Subida e Descida
285
Descontinuidades em Juntas Isoladas
Falta fusão
Mordedura
Inclusão de tungstênio
Falta de penetração
Trincas de contração
Concavidade
286
Penetração excessiva
Falta de penetração
287
288
Causas das Descontinuidades
¾ Preparação do chanfro
8. Tipo
9. Dimensões
10. Limpeza
¾ Condução da tocha
11. Velocidade
12. Tipo de movimento (estreito ou oscilante)
13. Ângulo
14. Distância eletrodo-peça
¾ Regulagem do equipamento
15. Tensão / corrente
16. Curva da fonte de corrente
17. Vazão do gás de proteção
¾ Condução do metal de adição (vareta)
289
Causas da Inclusão de Tungstênio
290
Causas da Inclusão de Óxidos
Recomendação:
Oxidação na raiz
Recomendação:
291
Causas da Formação de Poros
Recomendação:
292
Afastamento excessivo da tocha.
Absorção do ar pela_____________
inclinação da tocha.
293
Impurezas, gordura, óleo, camadas de
proteção do metal de base (tintas) ou
umidade na região do cordão de solda.
294
Manuseio Inadequado da Tocha
295
Funcionamento Inadequado do Equipamento
296
Equipamento Causas Consequência
Válvula de controle do gás de Pré e Pós fluxo não Gás de proteção insuficiente
proteção. mantém a regulagem. para o eletrodo e poça de
fusão, antes, durante e após
Função alterada
a soldagem.
(válvula magnética
hesitando em seus Correto.
movimentos).
Vazão de gás
297
funciona com o sentido de
rotação incorreto).
298
Referências Bibliográficas
299