ANATOMIA HUMANA

TECIDO MUSCULAR

Profa. Ms. Yarlla L. Lira Braga

TECIDO MUSCULAR

• Um componente essencial da maquinaria do corpo humano é o tecido muscular, que pesa entre 40
e 50% da massa total do corpo

• Grande parte do trabalho executado pelo corpo, como bombear o sangue pelos vasos sanguíneos,
alimentar-se, respirar, mover o alimento pelo trato gastrintestinal, mover a urina para fora da bexiga
urinária, gerar calor, falar, ficar de pé e conseguir movimentar o esqueleto, é resultado da atividade
dos músculos.
TECIDO MUSCULAR
• Por meio de contrações prolongadas ou contrações alternadas com relaxamento, o tecido
muscular desempenha quatro funções principais:

Movimentação
Produção dos Estabilização das
de substâncias Produção de
movimentos do posições do Armazenamento
no interior do calor
corpo corpo
corpo
TECIDO MUSCULAR

• Produção dos movimentos do corpo. Movimentos globais do corpo, como caminhar e correr,
e movimentos localizados, como pegar um lápis, teclar ou levantar a mão, dependem do
funcionamento integrado dos músculos esqueléticos, ossos e articulações.

• Estabilização das posições do corpo. As contrações do músculo esquelético estabilizam as

articulações e ajudam a manter as posições do corpo, como ficar de pé ou sentar
TECIDO MUSCULAR

• Armazenamento e movimentação de substâncias no interior do corpo. Contrações prolongadas

das camadas circulares de músculos lisos, chamadas esfíncteres, evitam o efluxo do conteúdo
de um órgão oco. O armazenamento temporário de alimento no estômago ou de urina na
bexiga urinária é possível porque esfíncteres de músculo liso fecham as saídas desses órgãos

• Produção de calor. Conforme se contrai, o tecido muscular também produz calor, um processo
chamado termogênese. Grande parte do calor liberado pelo músculo é usada para manter a
temperatura do corpo normal. As contrações involuntárias dos músculos esqueléticos,
conhecidas como calafrios, conseguem aumentar, de modo impressionante, a intensidade da
produção de calor.
TECIDO MUSCULAR

Elasticidade é a
capacidade do
tecido muscular de
Extensibilidade é a retornar a seu
capacidade do comprimento e
tecido muscular de formato originais
Contratilidade é a se estender, dentro
capacidade do após contração ou
dos limites, sem extensão.
tecido muscular de sofrer lesão.
Excitabilidade se contrair
elétrica vigorosamente
quando estimulado
pelo potencial de
ação.
TECIDO MUSCULAR
MUSCULO ESQUELÉTICO

• Cada músculo esquelético é um órgão separado, composto por centenas de milhares de

células musculares esqueléticas, também chamadas de fibras musculares, em razão do
formato alongado.
• Circundando cada fibra muscular está um fino envoltório, em sua grande parte de fibras
reticulares, chamado endomisio, ajuda a manter as fibras musculares juntas e conduz vasos
sanguíneos que suprem as fibras com nutrientes.
• A seguir, perceba que grupos de fibras musculares formam feixes envoltos em uma camada
espessa de tecido conjuntivo, feixe muscular, e sua cobertura de tecido conjuntivo denso não
modelado é denominada perimísio.
• Em torno da periferia do músculo encontra-se um revestimento relativamente mais espesso
de tecido conjuntivo, chamado epimísio, que une todos os fascículos para formar o ventre
muscular.
• Os tecidos conjuntivos associados às fibras continuam além das extremidades rombas
para se tornarem os tendões do músculo. Essa massa adquire uma aparência
esbranquiçada cintilante, resultante de fibras colágenas muito ordenadas, número
reduzido de vasos sanguíneos e ausência de células musculares.
Sarcolema: a membrana plasmática
de uma fibra muscular

Cada fibra muscular

esquelética madura é
uma célula única com
cem ou mais núcleos
 Túbulos T: formam um
túnel desde a superfície
até o centro de cada fibra
muscular, são preenchidos
com líquido intersticial e o
potencial de ação

Miofibrilas: são os
elementos contráteis do
músculo esquelético

Retículo
sarcoplasmático (RS)
envolve cada. Um
túbulo transverso e as
duas cisternas
terminais, nos dois
lados, formam uma
tríade. Armazena íons
cálcio
 No interior das miofibrilas
encontram-se estruturas
proteicas menores

Filamento fino: são compostos

basicamente da proteína actina.

Filamento espesso:
são compostos em
grande parte pela
proteína miosina.

Dispostos em
compartimentes
chamados
sarcômeros

Linhas Z separam um
sarcômero do seguinte.
 A sobreposição dos filamentos finos e
espessos depende de o músculo estar
contraído, relaxado ou estendido.

A parte média mais escura do

sarcômero é a banda A, que se estende
por toda a extensão dos filamentos
espessos. A banda I é uma área menos
densa, mais clara, e contém apenas
filamentos finos, uma linha Z passa pelo
centro de cada banda I. Uma banda H
estreita, no centro de cada banda A,
contém filamentos espessos, mas
nenhum filamento fino. As proteínas de
sustentação que unem os filamentos
espessos no centro da banda H formam
a linha M, assim chamada porque está
no meio do sarcômero. A Tabela
TECIDO MUSCULAR
• As miofibrilas são formadas de três tipos de
proteínas:
• ( 1) proteínas contráteis, que geram força durante a
contração;

• (2) proteínas reguladoras, que ajudam a ligar e a

desligar o processo de contração;
• (3) proteínas estruturais, que mantêm os filamentos
finos e espessos no alinhamento adequado e
conferem elasticidade e extensibilidade à miofibrila,
unindo as miolibrilas ao sarcolema e à matriz
cxcracelular
TECIDO MUSCULAR

• As duas proteínas contráteis presentes no músculo, a miosina e a actina, são os

principais componentes dos filamentos finos e espessos.

• A miosina é um dos principais componentes dos filamentos espessos e atua

como proteína motora em todos os três tipos de tecido muscular.

• Convertem a energia química de ATP em energia mecânica de movimento, isto é, a

produção de força.
TECIDO MUSCULAR

• Aproximadamente 300 moléculas de miosina formam um único filamento espesso no tecido

muscular esquelético.
• Cada molécula de miosina tem o formato semelhante ao de dois tacos de golfe entrelaçados. A
cauda da miosina está voltada para a linha M, no centro do sarcômero.
• As caudas das moléculas de miosina adjacentes situam-se paralelas entre si, formando o corpo do
filamento espesso. As duas projeções de cada molécula de miosina (as cabeças dos tacos de golfe)
são chamadas de cabeças de miosina. As cabeças se projetam para fora a partir do corpo, em
espiral, e cada uma se estende na direção de um dos seis filamentos finos que circundam o
filamento espesso.
TECIDO MUSCULAR

• Os filamentos finos se estendem a partir de pontos de ancoragem, dentro das linhas Z

e têm como principal componente a proteína actina.

• Moléculas individuais de actina se unem para formar um filamento de actina que é
torcido no formato de uma hélice. Em cada molécula de actina encontra-se um sítio
de fixação de miosina, no qual uma cabeça de miosina pode se fixar.
TECIDO MUSCULAR

• Quantidades menores de duas proteínas reguladoras tropomiosina e troponina -

também fazem parte do filamento fino.
• No músculo relaxado, a miosina é impedida de se ligar à actina porque a tropomiosina
recobre o sítio de fixação da miosina na actina. O filamento de tropomiosina, por sua vez, é
mantido no lugar por meio de moléculas de troponina.
• Quando íons cálcio (Ca2 +) se ligam à troponina, esta sofre uma alteração no formato; essa
alteração afasta a tropomiosina dos sítios de ligação de miosina na actina, permitindo que a
miosina se ligue à actina e a contração muscular comece.
TECIDO MUSCULAR

• Proteínas estruturais que contribuem para o alinhamento, a estabilidade, a

elasticidade e a extensibilidade das miofibrilas. Diversas proteínas estruturais
essenciais são titina, miomesina, nebulina e distrofina.

• A titina é a terceira proteína mais abundante no músculo esquelético (depois da

actina e da miosina

• A titina ancora um filamento espesso tanto à linha Z quanto à linha M, ajudando dessa
maneira a estabilizar a posição do filamento espesso.
TECIDO MUSCULAR

• As moléculas da proteína miomesina formam a linha M. A miomesina une os filamentos

espessos em alinhamento na linha M.
• A nebulina ajuda a ancorar os filamentos finos às linhas Z e regula o comprimento dos
filamentos finos durante o desenvolvimento.
• A distrofina liga os filamentos finos do sarcômero às proteínas integrais da membrana do
sarcolema. Por sua vez, as proteínas da membrana se prendem às proteínas na matriz
extracelular do tecido conjuntivo que envolve as fibras musculares.
CONTRAÇÃO MUSCULAR
CONTRÃÇÃO MUSCULAR

• O músculo esquelético se encurta durante a

contração porque os filamentos finos e espessos
deslizam uns sobre os outros, mecanismo de
filamento deslizante.

• A contração muscular ocorre porque as cabeças de

miosina se prendem aos filamentos finos e
"caminham" ao longo deles em ambas as
extremidades do
CONTRÃÇÃO MUSCULAR
• Como resultado, os filamentos finos deslizam para
dentro e se encontram no centro do sarcômero.
• À medida que os filamentos finos deslizam para
dentro, as linhas Z se aproximam e o sarcômero se
encurta.
• No entanto, os comprimentos dos filamentos finos e
espessos individuais não se alteram. O encurtamento
dos sarcômeros produz encurtamento de toda a fibra
muscular, o que, por sua vez, leva ao encurtamento
de todo o músculo
CONTRÃÇÃO MUSCULAR

• Os neurônios que estimulam a contração

das fibras musculares esqueléticas são
chamados neurônios motores somáticos.
Cada neurônio motor somático possui um
axônio filamentoso que se estende do
encéfalo ou da medula espinal até um
grupo de fibras musculares esqueléticas.
CONTRÃÇÃO MUSCULAR
O ciclo de contração é um processo
contínuo; a todo instante algumas À medida que o ciclo de contração
O aumento na concentração de Ca2
cabeças de miosina estão presas à continua, o movimento das
+, no sarcoplasma, inicia a
actina, formando ligações cruzadas ligações cruzadas aplica a força que
contração muscular, e uma redução
e gerando força, enquanto outras puxa as linhas Z na direção uma da
a interrompe.
estão soltas e prontas para se fixar outra, e o sarcômero se encurta.
de novo.

Quando um potencial de ação

muscular se propaga ao longo do
Quando a fibra muscular está No entanto, muito Ca2 está
sarcolema e pelos túbulos T, faz
relaxada, a concentração de Ca2 armazenado no retículo
com que se abram canais de
em seu sarcoplasma é muito baixa. sarcoplasmático.
liberação de Ca2 na membrana do
RS
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• Após a morte, as membranas celulares se tornam mais permeáveis.

• Os íons cálcio extravasam do retículo sarcoplasmático para o
sarcoplasma, permitindo que as cabeças de miosina se unam à actina.
• No entanto, a síntese do ATP cessa logo após a respiração parar, e
assim as ligações cruzadas não se separam da actina.
• rigidez cadavérica
• Começa entre 3 e 4 horas após a morte e dura aproximada mente 24
horas; em seguida, desaparece à medida que as enzimas proteolíticas
dos lisossomos digerem as ligações cruzadas
TECIDO MUSCULAR

• Até mesmo em repouso, um músculo esquelético apresenta tônus muscular (tônus =

tensão), é o estado involuntário da contração dos músculos e este é causado através de
estímulos nervosos, de uma forma inconsciente.
• O tônus muscular mantém os músculos esqueléticos firmes, mas isso não resulta em
força intensa o suficiente para produzir movimento.
• Por exemplo, quando estamos acordados os músculos na nuca estão em contração
isotônica normal, mantendo a cabeça na posição normal e impedindo sua queda sobre o
tórax.
• O tônus muscular é também importante no tecido muscular liso, como o tônus
encontrado no trato gastrintestinal, graças ao qual as paredes dos órgãos digestórios
mantêm uma pressão constante sobre seu conteúdo.
EXERCÍCIO E TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
• Alongar músculos "frios" não aumenta a flexibilidade e
pode provocar lesão.

• Os tecidos esticam melhor quando uma força suave lenta é

aplicada em temperaturas teciduais elevadas.

• O exercício aquece o músculo mais profunda e

completamente do que medidas externas. É daí que vem o
termo "aquecimento". Muitas pessoas se alongam antes de
começarem um exercício, mas é importante aquecer (p. ex.,
caminhando, fazendo jogging, nadando lentamente ou com
exercício aeróbico leve) antes de alongar-se para evitar
lesão.
EXERCÍCIO E TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
• Treinamento de força, ou de resistência, refere-se ao processo de exercitar se com
resistência progressivamente mais intensa com o propósito de reforçar o sistema
musculoesquelético.
• Essa atividade resulta não apenas em músculos mais fortes, mas também em muitos
outros benefícios a saúde.
• O treinamento de força também ajuda a aumentar a resistência dos ossos, aumentando
a deposição de minerais em adultos jovens e ajudando a evitar, ou pelo menos diminuir,
sua perda mais tarde na vida.
 EXERCÍCIO E TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO

• O crescimento muscular drástico que ocorre

após o nascimento se dá pelo aumento das
fibras musculares existentes, chamado
hipertrofia, e não por hiperplasia, aumento do
número de fibras. A hipertrofia é decorrente do
aumento na produção de miofibrilas,
mitocôndrias, retículo sarcoplasmático e
outras organelas. É o resultado de atividade
muscular repetitiva muito vigorosa.
TECIDO MUSCULAR CARDÍACO
• O principal tecido na parede do coração é o tecido muscular cardíaco . Embora seja a estriado como o
músculo esquelético, sua atividade não é controlada voluntariamente.

• Apresentam autorritmicidade, a capacidade de gerar potenciais de ação espontâneos

repetidamente.

• Comparadas com as fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares cardíacas têm comprimento
menor

• As fibras musculares cardíacas também exibem ramificação , o que lhes confere individualmente
uma aparência de "degrau de escada".
TECIDO MUSCULAR CARDÍACO

• Em condições de repouso normais, o tecido muscular cardíaco se contrai e relaxa

aproximadamente 75 vezes por minuto.

• Essa atividade rítmica contínua é uma diferença funcional importante entre os tecidos
musculares cardíaco e esquelético.

• O tecido muscular esquelético se contrai apenas quando estimulado pela por um neurônio
motor. Em contraste, o tecido muscular cardíaco se contrai com sua fonte de estimulação é
uma rede de condução de fibras musculares cardíacas especializadas no interior do coração.
TECIDO MUSCULAR CARDÍACO
TECIDO MUSCULAR CARDÍACO
TECIDO MUSCULAR LISO
TECIDO MUSCULAR LISO
• Como os diversos filamentos não possuem padrão regular de
sobreposição, as fibras musculares lisas não apresentam estriações -
daí o nome liso.
• O tecido muscular liso possui endomísio, mas não perimísio nem
epimísio
• Embora os princípios de contração sejam semelhantes em todos os três
tipos de tecido muscular, o tecido muscular liso apresenta algumas
diferenças fisiológicas importantes.
• Comparada com a contração em uma fibra muscular esquelética, a
contração em uma fibra muscular lisa começa mais lentamente e dura
muito mais tempo.
• Se contrai e se estica mais do que todos os outros tipos musculares.
• Tem capacidade de regenerar-se. Hiperplasia
ENVELHECIMENTO TECIDO MUSCULAR
• Entre os 30 e 50 anos de idade, os seres humanos começam a sofrer perda progressiva e lenta da massa
muscular esquelética e esta é substituída em grande parte por tecido fibroso e tecido adiposo.

• Estima-se uma perda de 10% da massa muscular durante esses anos.

• Em parte, esse declínio pode ser decorrente de redução nos níveis de atividade física.

• Outros 40% do músculo são perdidos entre os 50 e 80 anos de idade.

• Os músculos dos membros inferiores geralmente enfraquecem antes dos músculos dos membros superiores.
Obrigada!
• Distrofia muscular
• Miastenia gravis
• Atrofia muscular
• Fibromialgia
• esclerose lateral amiotrófica (ELA),
• Fadiga MUSCULAR
• Esfincter