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Acumulação de Custos Por Processo

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Acumulação de Custos por Processo: Uma proposta em uma Siderúrgica

Article · July 2016


DOI: 10.20985/1980-5160.2016.v11n2.1100

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Sistemas & Gestão 11 (2016), pp 228-241

ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR PROCESSO: UMA PROPOSTA EM UMA SIDERÚRGICA

Paulo Vitor Souza de Souza, Uniran Lemos da Cruz, Guilherme Teixeira Portugal

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo
Este artigo tem por objetivo propor o sistema de acumulação de custos de uma indústria siderúrgica com apli-
cação do método de unidades equivalentes de produção. Por sua natureza, o estudo é definido como exploratório, com
abordagem qualitativa, com aplicação de um estudo de caso. A pesquisa foi realizada com uma indústria siderúrgica do
estado do Pará. Os dados foram obtidos por relatórios gerenciais, disponibilizados pela administração da indústria, os
quais descrevem os centros de custos, os estoques da produção, os fluxogramas dos processos de produção e os valores
em estoque. Propõe-se a segregação dos estoques a partir dos principais processos de produção. Foram elaboradas seis
tabelas de fluxos de custos para cada estoque proposto, com aplicação do grau de acabamento para a avaliação das
unidades equivalentes em cada ciclo da produção. A criação de mais estoques com aplicação do método das unidades
equivalentes resulta em benefícios aos gestores pela evidenciação dos processos e pelo controle desses estoques de
forma individual, identificando processos onerosos à indústria e o reconhecimento do custo mais acurado, pela utilização
dos custos com os esforços empregados no período. Sugere-se que sejam feitos estudos em empresas de outros setores
com aplicação do sistema de acumulação de custos e do grau de acabamento.
Palavras-Chave: Acumulação de Custos por Processo, Unidades Equivalentes de Produção, Processos de Produção, Grau
de Acabamento.

1. INTRODUÇÃO

O cenário mundial tem passado por várias transforma- Apesar disso, as exigências dos relatórios externos, finan-
ções, tanto na perspectiva político-econômica quanto na ceiros e tributários muitas vezes influenciam enormemente
gestão das organizações. Segundo Beuren, Sousa et Raupp o modo como os custos são acumulados e sintetizados nos
(2003), a análise das informações de custos é relevante para relatórios gerenciais.
o processo decisório nas organizações, tanto no momento
da definição do preço de venda como na gestão dos custos O termo sistema emprega-se aqui para definir o conjun-
e nas decisões que têm como resultado o incentivo aos pro- to de componentes administrativos, de registro, de fluxos,
dutos mais rentáveis. de procedimentos e de critérios que agem e interagem de
modo coordenado para atingir determinado objetivo, que,
Dada a importância dos processos e das atividades pelos no caso, é o custeio da produção e do produto (Leone, 2000).
quais se agrega valor aos clientes, e como eles são consumi-
dores de recursos da organização, Ching (1995) relata a im- Sistema de acumulação é a forma como a entidade atri-
portância de se dispor de mecanismos que assegurem uma bui custos a determinado objeto de custos. Segundo Hansen
gestão desses processos e atividades. et Mowen (2001), a acumulação dos custos é o ato de reco-
nhecer e registrá-los, definindo, assim, como a organização
Para Garrison et Noreen (2001, p. 57), o objetivo essen- acumula os custos incorridos. É criado um banco de dados
cial de qualquer sistema gerencial de custeio deve ser o que permite aos gestores a análise das informações para
fornecimento de dados de custos para ajudar os gerentes ajudar na tomada de decisão e na visualização dos custos
a planejarem, controlarem, dirigirem e tomarem decisões. mais relevantes.

PROPPI / LATEC
DOI: 10.20985/1980-5160.2016.v11n2.1100
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Revista Eletrônica Sistemas & Gestão
Volume 11, Número 2, 2016, pp. 228-241
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Em relação aos sistemas de custeio, Maher (2001) apre- 2.1. Sistemas de acumulação de custos
senta três sistemas: o sistema de custeio de ordem de
produção; o sistema de custeio por operação; e o sistema Os sistemas de acumulação de custos têm como objetivo
de custeio por processo. Este último é o objeto de estudo fazer o levantamento e o acúmulo dos custos de fabricação
deste trabalho. no decorrer da produção, ou seja, levar em conta a forma
de organização produtiva das empresas para determinar o
O sistema de acumulação por processos é encontrado valor dessa produção.
onde há produção de unidades idênticas de forma con-
tínua (Horngren, 1985). Os custos nesses sistemas de Um sistema de acumulação de custos corresponde a um
acumulação devem ser acumulados em departamentos, subsistema do sistema de custos de uma organização que
não havendo registros separados de custos às unidades tem a função de acumular os custos de uma maneira orga-
da produção. nizada, considerando-se o modo como a empresa opera as
decisões que precisa tomar e ainda seus objetos de custos
No ciclo de produção, pode haver unidades parcialmen- (Borinelli, Beuren e Guerreiro, 2003).
te acabadas, sendo que essas unidades devem ser medidas
com o auxílio das unidades equivalentes de produção, para Algumas das utilidades dos sistemas de custos são: es-
que sejam reconhecidos os esforços aplicados em determi- tabelecer preços, identificar produtos com produção muito
nado período (Hanse et Mowen, 2003). cara, avaliar estoques, entre outros. Os sistemas estrutura-
dos de custos prestam informações sobre produtividade,
Uma das motivações para a realização desta pesquisa foi margens de contribuição, desperdícios, planejamento, en-
a falta de estudos que abordam o tratamento da acumula- tre outras informações essenciais para a gestão empresarial
ção de custos em empresas industriais e que demonstram o (Lopes et Rocha, 2010).
processo de acumulação e a aplicação de unidades equiva-
lentes no ciclo produtivo. Os sistemas de acumulação referem-se aos mecanismos
utilizados nas sucessivas transferências de valores aos pro-
Pela importância do controle dos custos para as entidades dutos ou aos serviços ofertados pelas empresas. Assim, Ma-
fabris e uma boa apuração destes, o trabalho visa responder chado (2005, p. 120) diz que o sistema de acumulação cuida
ao seguinte questionamento: como funciona a acumulação do processo de acumulação de custos, e que seu desenho
de custos por processo e a aplicação das unidades equiva- está associado ao sistema de produção da entidade.
lentes de produção em uma indústria?
Em sua autoria, Horngren (1985) comenta que o processo
Mediante o problema proposto, a pesquisa objetiva evi- detalhado de alocação de custos aos produtos varia de de-
denciar o funcionamento de um sistema de acumulação de terminadas empresas para outras e diz que há duas formas
custos por processo, com aplicação das unidades equivalen- de custeamento dos produtos: por ordem de produção e
tes de produção em uma empresa industrial do estado do pelo custeamento por processos.
Pará. Adicionalmente, o estudo objetiva descrever os pro-
cessos de produção e os produtos oferecidos, com as suas Alguns autores consideram uma terceira forma de siste-
características. ma de acumulação: o custeamento por operação, que, con-
forme Maher (2001, p. 186), é um sistema híbrido entre o
A pesquisa está organizada em cinco seções, iniciando-se custeio por ordem e o custeio por processo. Na Produção
com esta introdução; logo depois, a abordagem conceitual por Ordem, os custos são acumulados numa conta específi-
sobre acumulação de custos, sistema de acumulação de cus- ca para cada ordem ou encomenda, conta essa destinada a
tos por processos, equivalente de produção e grau de acaba- receber custos quando a ordem estiver encerrada.
mento; na sequência, apresenta-se a metodologia adotada
na pesquisa; em seguida, a análise dos dados obtidos; e na Martins (2010, p. 145) explica que:
ultima sessão, as conclusões, limitações do estudo e suges-
tões para pesquisas futuras. Se terminar um período contábil e o produto
estiver ainda em processamento, não há encer-
ramento, permanecendo os custos até então
2. REFERENCIAL TEÓRICO incorridos na forma de bens em elaboração, no
ativo; quando a ordem for encerrada, será trans-
A seguir, são apresentados os pilares teóricos deste traba- ferida para estoque de produtos acabados ou
lho. Não se pretende esgotar o assunto, mas sim apresentar para custo dos produtos vendidos, conforme a
pontos que contribuam para o entendimento do trabalho. situação.
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Na Produção Contínua, os custos são acumulados em No custeio por processo, os custos são acumulados por
contas representativas das diversas linhas de produção; são departamento, não sendo feito registros separados de cus-
encerradas essas contas sempre no fim de cada período tos por produtos.
(mês, semana, trimestre ou ano, conforme o período míni-
mo contábil de custos da empresa), as contas não são en- Cada fase de fabricação desenvolve-se normalmente em
cerradas à medida que os produtos são elaborados e esto- uma seção produtiva (departamento), na qual são incorridos
cados, mas apenas quando do fim do período. Na apuração custos diretos e custos indiretos, gerando produtos cujas ca-
por processo, não se avaliam custos unidade por unidade, e racterísticas não permitem o controle unitário, caso em que
sim à base do custo médio do período (com a divisão do cus- o acompanhamento dos custos é feito por: lote, família, gru-
to total pela quantidade produzida) (Martins, 2010, p. 145). po ou linha de produção, cabendo assim a acumulação por
processos (Marion et Ribeiro, 2011).
O custeio por operação (ou híbrido) é utilizado na fabri-
cação de produtos que têm algumas características comuns O custeio por processo é o método de custeio em que os
e algumas características específicas, e essa operação repre- custos são atribuídos igualmente a unidades homogêneas,
senta um método padronizado de fabricar um produto, re- em determinado período, e é utilizado quando a produção é
petidamente executado (Maher, 2001, p. 186). feita em fluxo contínuo.

Algumas diferenças entre os sistemas de acumulação de Para Garrison et Noreen (2001, p. 101), “O custeio por
custos por ordem de produção, por processo e por operação processo é particularmente empregado nas companhias
encontram-se no Quadro 1 de forma resumida. que transformam matérias-primas em produtos homogê-
neos”. Além disso, o custeio por processos é frequentemen-
Segundo Garrison et Noreen (2001, p. 104), a acumulação te empregado nas companhias que utilizam alguma espécie
do custo é mais simples no custeio por processos do que no de apuração de custo por processos nas suas operações de
custeio por ordem de produção, no primeiro, em vez de existi- montagem e também nas empresas produtoras de gás, água
rem centenas de ordens de produção individuais, os custos são e energia elétrica, ou seja, esse tipo de custeio é utilizado
apropriados somente aos departamentos de produção. Como em uma ampla faixa de empresas.
o estudo é voltado para o sistema de acumulação por proces-
sos, esse tema será melhor explorado no tópico seguinte. Nesse tipo de sistema de custos são identificados os di-
versos processos que compõem a produção do produto, e,
a partir disso, busca-se o custeamento desses processos,
2.2. Sistemas de acumulação de custos por processo que pode ser via departamento, via centro de custos e via
centro de resultados; e, na sequência, verificam-se quais e
Praticamente todas as obras que versam sobre contabili- quantos produtos foram trabalhados em cada processo em
dade de custos tratam do assunto “custeio por processos”, determinado período para se atribuir custo a esses produtos
que pode ser melhor caracterizado e denominado como sis- (Borinelli, Beuren e Guerreiro, 2003).
tema de acumulação de custos por processo.
Algumas das principais características que direcionam os
O sistema de acumulação de custos por processo, confor- sistemas de acumulação de custos por processo, conforme
me Horngren (1985), encontra-se geralmente onde há uma Borinelli, Beuren e Guerreiro (2003), são:
produção em massa de unidades idênticas em sequência de
vários processos, dividindo-se os custos acumulados de um Os produtos são produzidos em grande escala
período pela quantidade produzida no período, para se che- para venda em geral; normalmente fornecem
gar a custos unitários gerais e médios. produtos similares, ou seja, um único produto é

Quadro 1 - Diferenças entre os sistemas de acumulação de custos por ordem, processo e operação.
Acumulação por Ordem de Produção Acumulação por Processo Acumulação por Operação (Híbrido)
1. Um único produto é fabricado conti- 1. É utilizado na fabricação de produtos
1. As ordens de produção são executadas a cada
nuamente ou por vários períodos. To- que têm algumas características comuns
período, cada qual com especificações diferentes;
das as unidades fabricadas são iguais; e algumas características específicas;
2. Os custos são acumulados por ordem, de forma 2. Os custos são acumulados por 2. Os custos dos materiais diretos diferem,
individual; departamento; porém com os mesmos custos de conversão;
3. Os custos unitários dos materiais dife-
3. Os custos unitários são calculados
3. O custo unitário é calculado por ordem. rem entre os produtos, porém os custos
por departamento.
de conversão são os mesmos.
Fonte: Os próprios autores.
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feito de forma contínua em grande quantidade; produzidas, pode-se determinar o custo unitário da produ-
a produção é organizada em processos, depar- ção recorrendo-se ao conceito de unidades equivalentes.
tamentos ou seções distintas umas das outras;
buscam custear o processo, identificando os re- O método das unidades equivalentes consiste basica-
cursos consumidos, tanto em unidades físicas mente em converter as unidades de produtos em curso, em
como em valores monetários, por processos. unidades equivalentes à produção acabada, mediante a uti-
lização de um grau de acabamento da produção em curso,
Deve-se ressaltar que os estoques são apurados median- dado em percentagem, de acordo com o critério de valori-
te os métodos de acumulação de custos (PEPS), primeiro a zação das existências, utilizando PEPS, UEPS ou Custo Médio
entrar, primeiro a sair, nos quais os custos do período cor- Ponderado (RODRIGUES et. al, 2000).
rente são acompanhados separadamente dos custos do es-
toque inicial, e média ponderada, em que não há separação Quando não há estoque inicial em um período, os custos
dos custos do estoque inicial (Maher, 2001). por unidade, conforme Eldenburg et Wolcott (2007), são os
mesmos para o método do custo PEPS e o método da média
Em algumas situações, um departamento geralmente ponderada.
tem unidades parcialmente acabadas em seu estoque final
e na contagem da sua produção, e não parece razoável con-
siderar que elas equivalham a unidades integralmente con- 2.3.1. Unidades Equivalentes de Produção pela Média
cluídas, assim, converte-se essas unidades semiacabadas Ponderada
em um número equivalente de unidades acabadas (Garrison
et Noreen, 2001). No cálculo das unidades equivalentes pelo método da
média ponderada, o cálculo dos custos unitários é feito me-
diante combinação dos custos do estoque inicial com os cus-
2.3. Método das unidades equivalentes de produção tos incorridos no período.

Ao verificar qualquer momento de um ciclo produtivo A ideia anterior é reforçada por Eldenburg et Wolcott
contínuo, poderão existir unidades de produtos parcialmente (2007, p. 226), que explicam que “os custos do estoque ini-
acabadas e unidades de produtos completamente acabadas. cial são incluídos no cálculo da média juntamente com todos
os custos incorridos no período”.
Considerando-se a produção parcialmente acabada, Han-
sen et Mowen (2003) descrevem que essas unidades devem Na média ponderada, os estoques iniciais são somados
ser medidas de acordo com as unidades equivalentes de à produção do período, e é aplicado o grau de acabamento
produção, para que reflitam o esforço despendido nas uni- somente nos estoques finais para a apuração das unidades
dades concluídas e nas parcialmente concluídas. Os autores equivalentes do período. Após a aplicação do grau de aca-
definem que as “unidades equivalentes de produção são as bamento nos estoques finais, proporcionais aos materiais
unidades completas que poderiam ter sido produzidas dada diretos e custos de conversão (podendo eles ter graus de
a quantidade total de esforço produtivo despendido no pe- acabamento distintos), somam-se os custos das unidades do
ríodo em consideração” (Hansen et Mowen, 2003, p. 167). estoque inicial e das unidades iniciadas do período, e o re-
sultado dividido pelo total das unidades do período (unida-
Segundo Maher (2001), há dois cenários simples na atri- des acabadas com as unidades do estoque final após o cálcu-
buição de custo aos produtos: no primeiro, não há estoque lo das unidades equivalentes). Essa divisão resulta no custo
inicial ou final de produtos em fabricação; e o segundo cená- por unidade equivalente, que, multiplicado pelo número de
rio é o mesmo do primeiro, exceto que, no final do período, unidades transferidas e o número de unidades equivalentes
apenas parte das unidades são concluídas. no estoque final, resulta no custo total transferido e no cus-
to total do período (Maher, 2001, p. 171).
Guerreiro, Catelli et Cornachione Jr. (2000) comentam que
há uma unanimidade na definição dos procedimentos básicos
que envolvem a quantificação das unidades de produção aca- 2.3.2. Unidades Equivalentes de Produção pelo PEPS
badas, na conversão das unidades em processo em equivalen-
tes unidades prontas por meio da utilização de um percentual No cálculo das unidades equivalentes pelo PEPS, há a ne-
de acabamento, no cálculo do custo unitário e na valoração da cessidade da separação do estoque inicial com as atividades
produção e do estoque de produtos em fabricação. desenvolvidas no período corrente, e o custo unitário do pe-
ríodo contempla apenas as suas atividades.
Conforme citado por Rodrigues et al. (2000), para estabe-
lecer uma relação entre os custos do período e as unidades Conforme Hansen et Mowen (2003, p. 170):
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Sob o método de custeio PEPS, as unidades 2.3.3. Grau de Acabamento


equivalentes e os custos de manufatura no es-
toque inicial de produtos em processo são ex- Muito foi falado de grau de acabamento para o cálculo
cluídos do cálculo de custo unitário do período das unidades equivalentes de produção. Guerreiro, Catelli et
corrente. Desse modo, o PEPS reconhece que Cornachione Jr. (2000, p. 8) comentam que “a transforma-
o trabalho e os custos transportados do perío- ção de unidades em processamento em equivalentes uni-
do anterior pertencem, legitimamente, àquele dades prontas é efetuada por meio do conceito de grau de
período. acabamento”.

Maher (2001, p. 174) demonstra, com o auxílio de uma Existe a necessidade de estimar o grau de acabamento
tabela, como funciona o método das unidades equivalen- sempre que os materiais e outros recursos são adicionados
tes de produção por intermédio do PEPS. É aplicado o grau ao longo do processo de produção, sendo que um aspecto
de acabamento tanto para as unidades do estoque inicial importante a ser observado é que o grau de acabamento
quanto para as unidades do estoque final, pois no PEPS os deve ter significado econômico, e não apenas físico, deven-
custos apropriados no período anterior devem ser expur- do representar o quanto uma unidade em processamento
gados do período presente, ou seja, as unidades equivalen- receberia da carga de custos que seria necessária para iniciá-
tes reconhecidas no período passado devem ser excluídas -la e terminá-la completamente (Guerreiro, Catelli e Corna-
do estoque inicial do período presente. Aplica-se o grau chione Jr., 2000).
de acabamento no estoque inicial, pelas unidades inicia-
das no período passado e acabadas no período presente, Para o cálculo das unidades equivalentes de produção,
e no estoque final, pela proporção do esforço empregado foi proposto, por Guerreiro, Catelli et Cornachione Jr. (2000),
nas unidades iniciadas no período atual, porém ainda não que haja o conhecimento dos estágios do processo de fabri-
acabadas. cação do produto (ep), do custo padrão unitário acumulado
do produto até um estágio específico (cp), do custo unitá-
Após o cálculo das unidades equivalentes de produção, rio do produto acabado (cf) e da quantidade de produto
soma-se as unidades equivalentes do estoque inicial às uni- em processo no estágio específico (qp). O cálculo do grau
dades iniciadas e concluídas no período e também as unida- de acabamento se dá mediante o somatório do produto da
des equivalentes do estoque final. quantidade de produto em processo no estágio específico
com o custo padrão unitário do produto acabado, dividido
Para encontrar os custos por unidade equivalente, pelo somatório do produto da quantidade de produto em
dividem-se os custos das unidades iniciadas no período processo no estágio específico pelo custo unitário do pro-
pelo total de unidades distribuídas (soma das unidades duto acabado.
equivalentes do estoque inicial, com as unidades inicia-
das e acabadas no período e as unidades equivalentes do
estoque final). 3. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para encontrar o valor do estoque inicial, multiplicam-se Esta seção visa explicar qual o tipo da pesquisa utilizada
os custos por unidade equivalente (tanto dos materiais dire- no estudo, quais foram os procedimentos utilizados para a
tos quanto dos custos de conversão) pelas unidades equiva- coleta dos dados e qual a sua forma de tratamento e de sis-
lentes do estoque inicial. Em seguida, soma-se o resultado tematização.
ao valor que já estava no estoque inicial.

As unidades iniciadas e concluídas no período seguem o 3.1. Tipo da pesquisa


mesmo método do estoque inicial, no entanto, multiplica-se
o custo por unidade equivalente pelas unidades iniciadas e O estudo, quanto à sua natureza, classifica-se como ex-
concluídas no período. ploratório, pois pretende esclarecer as características do
sistema de acumulação por processo em uma indústria.
Os custos do estoque final são resultantes da multiplica- Conforme comenta Gil (2008, p. 27), “as pesquisas explora-
ção das unidades equivalentes do estoque final pelo custo tórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer
das unidades equivalentes dos materiais diretos e dos cus- e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação
tos de conversão. de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para
estudos posteriores”, e “habitualmente envolvem levanta-
Assim, encontram-se o valor tanto dos estoques iniciais, mento bibliográfico e documental, entrevistas não padroni-
das unidades que iniciaram e terminaram no período, quan- zadas e estudo de caso”.
to dos estoques finais.
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Aplicou-se o estudo de caso como forma de delineamen- ção dos centros de custos produtivos; relatório de produção
to da pesquisa. Segundo Yin (2001, p. 32), o estudo de caso contendo informações dos custos e das unidades produzidas
consiste em “[...] uma investigação empírica que investiga para o ano de 2014.
um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto da
vida real, especialmente quando os limites entre o fenôme-
no e o contexto não estão claramente definidos”. O estudo 3.3. Tratamento dos dados
de caso caracteriza-se como um “estudo profundo e exausti-
vo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu Os dados disponibilizados pela companhia serão organi-
conhecimento amplo e detalhado” (Gil, 2008, p. 57). A utili- zados em quadros e em tabelas para que haja uma melhor
zação do estudo de caso se dá por meio da integração entre visualização da situação atual da empresa. Mediante a evi-
o tema e a realidade da empresa, o que legitima a utilização denciação do sistema de acumulação de custos da compa-
do estudo de caso. nhia, serão feitas propostas de sistematização do fluxo de
custos de produção pelos processos que a siderúrgica evi-
O estudo tem abordagem qualitativa, que se justifica na denciou em seu fluxograma dos processos de produção da
medida em que a pesquisa se foca mais no aprimoramento indústria. Serão organizadas tabelas contendo a quantidade
da compreensão da acumulação de custos por processos na de toneladas e custos em estoque inicial, toneladas e custos
indústria do que na sua representatividade numérica do es- das unidades iniciadas e concluídas no período e quantidade
tudo. Gerhardt et Silveira (2009, p. 31) definem que “a pes- de toneladas e custos das unidades não acabadas no esto-
quisa qualitativa não se preocupa com representatividade que final. Nesses fluxos de acumulação de custos por cada
numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão processo, será aplicado o método das unidades equivalentes
de um grupo [...]”, atentando-se aos “[...] aspectos da reali- por meio do grau de acabamento das unidades não concluí-
dade que não podem ser quantificados [...]”. das. Os valores propostos são fictícios, pois a empresa não
possui tais dados.

3.2. Coleta de dados


4. ESTUDO DE CASO NA SIDERÚRGICA MARABÁ
O estudo de caso será feito em uma indústria localizada
no Sudeste do estado do Pará. A indústria é uma Siderúrgica, São apresentados nesta seção da pesquisa: a situação
sociedade anônima de capital fechado, que trabalha com pro- da empresa, segundo documentação enviada pela admi-
dução de uma das matérias-primas da produção do Aço, cha- nistração; a proposta de custeamento por processos, na
mado Ferro Gusa. A Siderúrgica trabalha com a extração do qual os autores irão propor uma estrutura de sistema-
Minério de Ferro, do Carvão Vegetal, do Calcário e do Seixo, tização do fluxo de custo de produção por processo e a
que, levados a altas temperaturas e com a reação das maté- explicação desse método, demonstrando os resultados
rias-primas, originam o produto dessa indústria: o Ferro Gusa. da aplicação do custeio por processos na Siderúrgica
Marabá.
Por opção da empresa, o seu nome não será divulga-
do, e, na pesquisa, a empresa denominar-se-á Siderúrgica
Marabá. 4.1. Análise descritiva do estudo de caso: Siderúrgica
Marabá
Os dados foram coletados com o auxílio de entrevistas
semiestruturadas com os responsáveis pela contabilidade O produto gerado na indústria chama-se Ferro Gusa. Na
e pelo setor de produção da Siderúrgica, com perguntas Siderúrgica Marabá, há a produção apenas desse item, com
relativas aos seguintes assuntos: existência de estoques forma e tamanho único. Essa característica atende à defini-
iniciais e finais por período; quantidade de departamentos ção de Horngren (1985), pela produção de unidades idên-
e/ou centros de custos; quantidade de estoques; proces- ticas. Também foi identificado que a produção é contínua,
sos na fabricação do produto; características do produto; com saída média mensal de 8 mil toneladas para exporta-
aplicação de unidades equivalentes de produção; e conhe- ção. Corroborando a ideia de Horngren (1985), os produtos
cimento sobre o cálculo do grau de acabamento das unida- atendem às características de produção em massa, com
des não concluídas. sequência de vários processos contínuos, caracterizando o
sistema de acumulação por processo na Siderúrgica Marabá.
Após a aplicação das entrevistas semiestruturadas, foi
disponibilizada pela administração a documentação direta A Siderúrgica trabalha com a extração de Minério de Fer-
da Siderúrgica, que consistiu em: fluxograma dos proces- ro, de Carvão Vegetal, de Calcário e de Seixo. Essas são as
sos de produção da siderúrgica; balancete dos estoques, matérias-primas utilizadas no processo produtivo. As ma-
contendo os saldos das contas sintéticas e analíticas; rela- térias-primas são levadas ao forno, em altas temperaturas,
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para que possam sofrer os processos químicos necessários


para a formação do Ferro Gusa. Carvão Calcário Seixo Minério de
ferro

A Indústria compõe-se de cinco grandes departamen- Silo Carvão Peneiramento


tos, que recebem custos diretos e indiretos de produção,
sendo: Diretoria Industrial; Carvão Terceiros; Industrial; Sinterização
Manutenção; e Florestal. A produção do Ferro Gusa
transita principalmente pelo departamento industrial. O Britagem
Quadro 2 evidencia os centros de custos de produção da
companhia, que são totalmente relacionados ao departa- Peneiramento
mento Industrial, recebendo os custos diretos e indiretos
relacionados à produção. Alto Forno

Longotamento
Quadro 2 - Centros de custos produtivos da Siderúrgica Marabá

CENTRO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO Tamboreamento


02.01.01 Produção de Ferro Gusa
Expedição
02.01.01.01 Produção de Ferro Gusa
02.01.01.01.0001 Alto-Forno Figura 1 - Resumo do processo de produção do ferro gusa –
02.01.01.01.0002 Carregamento Siderúrgica Marabá
02.01.01.01.0003 Área de corrida Fonte: Os próprios autores
02.01.01.01.0004 Área de lingotamento
02.01.01.01.0005 Sala de máquinas No processo evidenciado na Figura 1, as matérias-primas en-
02.01.01.01.0006 Descarga de carvão tram no setor industrial, o carvão e o minério de ferro transitam
02.01.01.02 Tamboreamento por outros processos até chegarem ao peneiramento que leva
02.01.01.02.0001 Tamboreamento os materiais ao alto-forno. O carvão após extração é estocado
02.01.01.03 Peneiramento de Matérias-Primas no silo de carvão e requisitado para peneiramento. O minério
02.01.01.03.0001 Peneiramento de Matérias-Primas
de ferro é peneirado, vai para a sinterização e depois para o
departamento de britagem, seguindo para o segundo peneira-
02.01.01.04 Peneiramento
mento, junto ao carvão, calcário e seixo. Após peneiramento,
02.01.01.04.0001 Peneiramento de Minério
todas as matérias-primas são levadas ao alto-forno, onde ocor-
02.01.01.05 Produção de Sinter
rem as reações químicas necessárias para a formação do Ferro
02.01.01.04.0001 Sinterização Gusa. Saindo do alto-forno o Ferro Gusa destina-se à fase de
Fonte: Os próprios autores.
lingotamento e tamboreamento, onde o produto é concluído.
Após esse processo o produto segue para a expedição, encer-
Conforme o Quadro 2, os centros de custos que recebem rando o processo de produção do Ferro Gusa.
os custos diretos da produção do Ferro Gusa são: Alto-For-
no, Carregamento, Área de Corrida, Área de Lingotamento, A produção é contínua com saída para o mercado periodi-
Sala de Máquinas, Descarga de Carvão, Tamboreamento, Pe- camente, portanto, a produção no final de cada período está
neiramento de Matérias-Primas, Peneiramento do Minério e com diversas fases de andamento, com produtos no estoque
Sinterização. Ressalta-se que esses centros de custos estão de matérias-primas, estoque em sinterização, estoque em
inclusos no departamento Industrial, onde transitam os pro- tamboreamento, entre outros.
cessos produtivos necessários para a formação do produto,
em que os custos diretos e indiretos são acumulados. Produtos em estoque inicial e final caracterizam o sistema de
acumulação de custos e necessitam da aplicação de unidades
Para este estudo de caso, necessita-se abordar o processo equivalentes de produção. O Quadro 3 evidencia os estoques
produtivo do Ferro Gusa, para posteriormente evidenciar a que a Siderúrgica Marabá mantém em seu ciclo operacional.
forma com que os custos são acumulados em cada processo
pelo sistema de acumulação de custos da indústria. Quadro 3 - Relação de estoques da Siderúrgica Marabá

A Figura 1 evidencia de forma resumida o processo pro- CONTA DESCRIÇÃO


dutivo do Ferro Gusa, desde a entrada das matérias-primas 1.0.4 Estoques
no processo de produção até a conclusão do produto (ex- 1.0.4.01 Matérias-Primas
pedição). 1.0.4.01.0001 Matérias-Primas
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1.0.4.02 Produtos em Elaboração 4.2.1. Estrutura departamental


1.0.4.02.0001 Produtos em Elaboração
1.0.4.03 Produtos Acabados O presente artigo propõe que a indústria constitua os
1.0.4.03.0001 Produtos Acabados seguintes estoques: peneiramento de minério de ferro, sin-
1.0.4.04 Mercadoria para Revenda terização, peneiramento de matérias-primas, alto-forno, lin-
1.0.4.04.0001 Mercadoria para Revenda gotamento e tamboreamento. Com a inclusão desses esto-
1.0.4.05 Materiais Auxiliares ques no processo produtivo, o balancete seria apresentado
1.0.4.05.0001 Materiais Auxiliares conforme Quadro 4:
1.0.4.06 Almoxarifado
Quadro 4 - Relação de estoques da Siderúrgica Marabá
1.0.4.06.0001 Almoxarifado
1.0.4.06.0003 Material de Manutenção CONTA DESCRIÇÃO
1.0.4.7 Provisões e Ajustes 1.0.4 Estoques
1.0.4.7.0001 (-) Provisão para Perdas 1.0.4.01 Matérias-Primas
1.0.4.7.0002 Fretes a Ratear 1.0.4.01.0001 Matérias-Primas
1.0.4.7.0003 Devolução de Compras 1.0.4.02 Produtos em Elaboração
Fonte: Os próprios autores 1.0.4.02.0001 Peneiramento de Minério
1.0.4.02.0002 Produtos em Sinterização
O estoque da Siderúrgica Marabá é composto por: estoque 1.0.4.02.0003 Peneiramento de Matérias-Primas
de matérias-primas, estoque de produtos em elaboração, es- 1.0.4.02.0004 Produtos em Alto-Forno
toque de produtos acabados, estoque de mercadorias dispo- 1.0.4.02.0005 Produtos em Lingotamento
níveis para a venda, almoxarifado, material de manutenção, 1.0.4.02.0006 Produtos em Tamboreamento
provisão para perdas, fretes a ratear e devolução de compras. 1.0.4.03 Produtos Acabados
1.0.4.03.0001 Produtos Acabados
O estoque de matérias-primas é composto pelo estoque de
1.0.4.04 Mercadoria para Revenda
Carvão, Calcário, Seixo e Minério de Ferro. O estoque de produ-
1.0.4.04.0001 Mercadoria para Revenda
tos em elaboração é composto por todos os processos a partir
1.0.4.05 Materiais Auxiliares
da saída dos materiais do estoque de matérias-primas, até a
fase de expedição, conforme a Figura 1. Os produtos acabados 1.0.4.05.0001 Materiais Auxiliares
no processo de produção saem do estoque de produtos em 1.0.4.06 Almoxarifado
elaboração para o estoque de produtos acabados. Quando o 1.0.4.06.0001 Almoxarifado
produto é preparado para saída da indústria, ele fica disponível 1.0.4.06.0003 Material de Manutenção
para a venda, transitando do estoque de produtos acabados 1.0.4.7 Provisões e Ajustes
para o estoque de mercadorias disponíveis para a venda. Esta 1.0.4.7.0001 (-) Provisão para Perdas
é a forma que a Siderúrgica Marabá trata seus estoques, não 1.0.4.7.0002 Fretes a Ratear
havendo um detalhamento dos estoques por fase de produção. 1.0.4.7.0003 Devolução de Compras

A unidade métrica de mensuração mínima de custos da Fonte: Os próprios autores


Siderúrgica Marabá consiste em toneladas produzidas por
período. Segundo os dados coletados, a média mensal de Conforme o Quadro 4, houve a inclusão de 6 estoques
exportação é de 8 toneladas de Ferro Gusa. na conta sintética de estoques de produtos em elaboração.
Para cada estoque haverá uma exemplificação da acumula-
O artigo propõe que a indústria faça subgrupos no estoque ção dos custos em cada processo com valores fictícios que
de produtos em elaboração, introduzindo os processos mais se aproximam da realidade da empresa, descrita nos balan-
importantes, de acordo com a Figura 1. Após detalhamento cetes analisados.
dos estoques, propõe-se que seja feita a acumulação de cus-
tos por processo em cada departamento produtivo, utilizando 4.2.2. Sistematização do fluxo de custo de produção
neles o sistema de unidades equivalentes de produção.
O trabalho tem por finalidade estruturar um sistema de
acumulação de custos adequado à situação da indústria. A
4.2. Proposta de custeamento por processos Tabela 1 evidencia o processo de acumulação de custos no
primeiro processo, o estoque de peneiramento de minério
Este item contém a as propostas da estrutura departa- de ferro.
mental da indústria e da sistematização dos fluxos de custos
de produção do Ferro Gusa.
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Tabela 1 - Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – processo de peneiramento de minério de ferro.

FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – PENEIRAMENTO MINÉRIO


Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades Físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Quantidade a distribuir
Estoque inicial 4
Toneladas iniciadas no período 8
Total 12
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 4 4,0 1,2 1,6
Total 12 12,0 9,2 9,6
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 437.500,00 R$ 387.500,00 R$ 30.000,00 R$ 20.000,00
Toneladas iniciadas no período R$ 1.075.000,00 R$ 775.000,00 R$ 200.000,00 R$ 100.000,00
Total R$ 1.512.500,00 R$ 1.162.500,00 R$ 230.000,00 R$ 120.000,00
Custo por equivalente produção R$ 96.875,00 R$ 25.000,00 R$ 12.500,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.075.000,00 R$ 775.000,00 R$ 200.000,00 R$ 100.000,00
Custos do estoque final R$ 437.500,00 R$ 387.500,00 R$ 30.000,00 R$ 20.000,00
Total R$ 1.512.500,00 R$ 1.162.500,00 R$ 230.000,00 R$ 120.000,00
Fonte: Os próprios autores

Na Tabela 1, o departamento de peneiramento recebe 8 Os valores transferidos para a sinterização são: 8


toneladas de minério de ferro, que se junta às 4 toneladas já toneladas x 96.875,00 (por tonelada) referentes a materiais
existentes no departamento. São concluídas totalmente no diretos; 9,2 toneladas x 25.000,00 (por tonelada) referentes
período 8 toneladas, e 4 permanecem com distintos graus a custos indiretos; e 9,6 toneladas x 12.500,00 (por tonela-
de acabamento. Aplicando-se a equivalência de produção, da) referentes à mão de obra direta. Valor total transferido:
evidenciamos que as 4 toneladas no estoque final estão R$ 1.075.000,00.
100% finalizadas em relação a materiais diretos (4 tonela-
das); 30%, em relação aos custos indiretos (1,2 toneladas); e Os valores em estoque final no peneiramento são: 4 to-
40%, em relação à mão de obra direta. neladas x 96.875,00 (por tonelada) referentes a materiais di-
retos; 1,2 toneladas x 25.000,00 (por tonelada) referentes a
Os custos no estoque inicial somam R$ 437.500,00, sendo custos indiretos; e 1,6 toneladas x 12.500,00 (por tonelada)
R$ 387.500,00 de materiais diretos; R$ 30.000,00, de custos referentes à mão de obra direta. Valor total no estoque final:
indiretos; e R$ 20.000,00, de mão de obra direta. R$ 437.500,00.

No período são utilizados R$ 1.075.000,00, sendo R$ As Tabelas 2, 3, 5 e 6 seguem o mesmo processo da Ta-
775.000,00 de materiais diretos, R$ 200.000,00 de custos bela 1, com diferença apenas para o grau de acabamento do
indiretos e R$ 100.000,00 de mão de obra direta. estoque final em produção.

Evidencia-se um custo total do período de R$ 1.512.500,00, Nota-se que na Tabela 3 existe um acréscimo de materiais
sendo R$ 1.162.500,00 de materiais diretos divididos por diretos, por se tratar do único departamento no processo
12 toneladas (8 concluídas e 4 em estoque final), ou, R$ produtivo que sofre acréscimo de outros tipos de compo-
96.875,00 por tonelada; R$ 230.000,00 de custos indiretos, nentes.
dividido por 9,2 toneladas (8 concluídas e 1,2 equivalentes
a 4), ou, R$ 25.000,00 por tonelada e R$ 120.000,00 de mão Na Tabela 4 não há estoque inicial nem final de matéria-
de obra direta, dividido por 9,6 toneladas (8 concluídas e 1,6 -prima, tudo que o departamento recebe é processado e
equivalentes a 4), ou, R$ 12.500,00 por tonelada. repassado para o lingotamento dentro do mesmo período.
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Tabela 2. Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – departamento de sintetização


FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – SINTETIZAÇÃO
Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Produção a distribuir
Estoque inicial 4
Toneladas iniciadas no período 8
Total 12
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 4 4,0 2,4 3,2
Total 12 12,0 10,4 11,2
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 417.500,00 R$ 387.500,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00
Toneladas iniciadas no período R$ 1.275.000,00 R$ 775.000,00 R$ 300.000,00 R$ 200.000,00
Total R$ 1.692.500,00 R$ 1.162.500,00 R$ 320.000,00 R$ 210.000,00
Custo por equivalente produção R$ 96.875,00 R$ 30.769,23 R$ 18.750,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.171.153,85 R$ 775.000,00 R$ 246.153,85 R$ 150.000,00
Custos do estoque final R$ 521.346,15 R$ 387.500,00 R$ 73.846,15 R$ 60.000,00
Total R$ 1.692.500,00 R$ 1.162.500,00 R$ 320.000,00 R$ 210.000,00
Fonte: Os próprios autores

Na Tabela 2, o departamento de sinterização recebe 8 unidades equivalentes são: 100% em relação a materiais
toneladas de minério de ferro oriundo do processo de pe- diretos (4 toneladas); 60% em relação aos custos indiretos
neiramento, juntando-se às 4 toneladas já existentes no de- (2,4 toneladas); e 80% em relação à mão de obra direta (3,2
partamento. Os graus de acabamento para a aplicação das toneladas).

Tabela 3. Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – departamento de peneiramento de matérias-primas

FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – PENEIRAMENTO MATÉRIAS-PRIMAS


Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Produção a distribuir
Estoque inicial 4
Toneladas iniciadas no período 8
Total 12
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 4 4,0 1,6 2,0
Total 12 12,0 9,6 10,0
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 605.000,00 R$ 575.000,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00
Toneladas iniciadas no período R$ 1.700.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 300.000,00 R$ 250.000,00
Total R$ 2.305.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 320.000,00 R$ 260.000,00
Custo por equivalente produção R$ 143.750,00 R$ 33.333,33 R$ 26.000,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.624.666,67 R$ 1.150.000,00 R$ 266.666,67 R$ 208.000,00
Custos do estoque final R$ 680.333,33 R$ 575.000,00 R$ 53.333,33 R$ 52.000,00
Total R$ 2.305.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 320.000,00 R$ 260.000,00
Fonte: Os próprios autores
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Na Tabela 3, o departamento de peneiramento recebe 8 bamento para a aplicação das unidades equivalentes são:
toneladas de matérias-primas, sendo estas oriundas do pro- 100% em relação a materiais diretos (4 toneladas); 40% em
cesso de peneiramento de minério de ferro e dos estoques relação aos custos indiretos (1,6 toneladas); e 50% em rela-
de matéria-prima de calcário, seixo e carvão, juntando-se às ção à mão de obra direta (2,0 toneladas).
4 toneladas já existentes no departamento. Os graus de aca-

Tabela 4 - Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – departamento alto-forno

FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – PENEIRAMENTO ALTO-FORNO


Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Produção a distribuir
Estoque inicial 0
Toneladas iniciadas no período 8
Total 8
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 0 0,0 0,0 0,0
Total 8 8,0 8,0 8,0
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Toneladas iniciadas no período R$ 1.800.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 350.000,00 R$ 300.000,00
Total R$ 1.800.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 350.000,00 R$ 300.000,00
Custo por equivalente produção R$ 143.750,00 R$ 43.750,00 R$ 37.500,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.800.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 350.000,00 R$ 300.000,00
Custos do estoque final R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
Total R$ 1.800.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 350.000,00 R$ 300.000,00
Fonte: Os próprios autores

Na Tabela 4, o departamento do alto-forno recebe 8 to- Após o tamboreamento, o ferro gusa é transferido para
neladas de matérias-primas oriundas do processo de penei- a expedição, para a conclusão do produto e a transferência
ramento de matéria-prima. Não há estoque inicial e final para estoques de produtos acabados.
nesse processo, pois ao fim de cada período todos os ma-
teriais que transitam pelo alto-forno são transferidos para 4.3 Resultados da aplicação do custeio por processos
o lingotamento. Não há aplicação de unidades equivalentes
de produção. Em cada estoque de produção foi feito um modelo de sis-
tema de acumulação por processos. O método de apuração
Na Tabela 5, o departamento de lingotamento recebe 8 dos estoques é o da média ponderada móvel, e o sistema
toneladas de ferro gusa, oriundo do alto-forno, juntando-se de acumulação por processos foi adaptado a essa forma de
às 4 toneladas já existentes no departamento. Os graus de apuração.
acabamento para a aplicação das unidades equivalentes são:
100% em relação a materiais diretos (4 toneladas); 40% em Para a aplicação das unidades equivalentes necessita-se
relação aos custos indiretos (1,6 toneladas); e 50% em rela- separar os estoques em materiais diretos, custos indiretos e
ção à mão de obra direta (2,0 toneladas). mão de obra direta, para cada um haverá a aplicação de um
grau de acabamento para a apuração das unidades equiva-
Na Tabela 6, o departamento de tamboreamento recebe lentes na produção ainda não concluída em cada processo.
8 toneladas de ferro gusa, oriundo do processo de lingota-
mento, juntando-se às 4 toneladas já existentes no departa- O cálculo do grau de acabamento compete à indústria e
mento. Os graus de acabamento para a aplicação das unida- aos responsáveis por cada setor, os quais irão identificar, no
des equivalentes são: 100% em relação a materiais diretos (4 final do período, o quanto o produto já foi terminado em
toneladas); 40% em relação aos custos indiretos (1,6 tonela- relação à totalidade para sair do estágio em processo.
das); e 50% em relação à mão de obra direta (2,0 toneladas).
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Tabela 5 - Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – departamento lingotamento

FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – LINGOTAMENTO


Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Produção a distribuir
Estoque inicial 4
Toneladas iniciadas no período 8
Total 12
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 4 4,0 1,6 2,0
Total 12 12,0 9,6 10,0
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 605.000,00 R$ 575.000,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00
Toneladas iniciadas no período R$ 1.900.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 400.000,00 R$ 350.000,00
Total R$ 2.505.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 420.000,00 R$ 360.000,00
Custo por equivalente produção R$ 143.750,00 R$ 43.750,00 R$ 36.000,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.788.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 350.000,00 R$ 288.000,00
Custos do estoque final R$ 717.000,00 R$ 575.000,00 R$ 70.000,00 R$ 72.000,00
Total R$ 2.505.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 420.000,00 R$ 360.000,00
Fonte: Os próprios autores

Tabela 6. Fluxo da acumulação de custos pela média ponderada – departamento tamboreamento

FLUXO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA SIDERÚRGICA – TAMBOREAMENTO


Quantidades equivalentes (em toneladas)
Fluxo físico Quantidades físicas Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Produção a distribuir
Estoque inicial 4
Toneladas iniciadas no período 8
Total 12
Distribuição da produção
Concluídas e transferidas 8 8 8 8
Estoque final 4 4,0 1,6 2,0
Total 12 12,0 9,6 10,0
Fluxo de custos Total Materiais Diretos Custos Indiretos Mão de Obra Direta
Custos a serem atribuídos
Custos no estoque inicial R$ 605.000,00 R$ 575.000,00 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00
Toneladas iniciadas no período R$ 2.000.000,00 R$ 1.150.000,00 R$ 450.000,00 R$ 400.000,00
Total R$ 2.605.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 470.000,00 R$ 410.000,00
Custo por equivalente produção R$ 143.750,00 R$ 48.958,33 R$ 41.000,00
Atribuição dos custos
Custo das toneladas transferidas R$ 1.869.666,67 R$ 1.150.000,00 R$ 391.666,67 R$ 328.000,00
Custos do estoque final R$ 735.333,33 R$ 575.000,00 R$ 78.333,33 R$ 82.000,00
Total R$ 2.605.000,00 R$ 1.725.000,00 R$ 470.000,00 R$ 410.000,00
Fonte: Os próprios autores
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Revista Eletrônica Sistemas & Gestão
Volume 11, Número 2, 2016, pp. 228-241
DOI: 10.20985/1980-5160.2016.v11n2.1100

Após a definição do grau de acabamento para cada Sugeriu-se a criação de seis estoques que evidenciassem
processo no fim do período, calcula-se as unidades equi- os processos da elaboração do produto, sendo: peneiramen-
valentes para a apuração do custo das unidades iniciadas to de minério, sinterização, peneiramento de matérias-pri-
e concluídas no período e a apuração dos custos manti- mas, alto-forno, lingotamento e tamboreamento.
dos no estoque final. Esse sistema reconhece no período
os esforços empregados na elaboração dos produtos ainda Para cada processo proposto, foi demonstrado, com o
não acabados, mediante a sua equivalência em relação às auxílio de tabelas, o fluxo de acumulação dos custos de pro-
unidades acabadas. dução, com a aplicação de certo grau de acabamento nas
unidades ainda não concluídas para o cálculo das unidades
Após a evidenciação da real situação da empresa, houve equivalentes de produção de cada processo.
a proposta de que fossem feitos estoques para cada proces-
so de fabricação do Ferro Gusa. Foi demonstrado nas Tabe- Com a segregação dos processos no estoque de produ-
las de 1 a 6 o sistema de acumulação de custos para cada tos em elaboração, a empresa obtém um maior controle dos
processo com a aplicação do método das unidades equiva- seus custos, podendo identificar qual processo de produção
lentes de produção de acordo com o grau de acabamento é mais oneroso. Esse detalhamento dos processos gera um
das unidades ainda não concluídas. custo mais apurado em cada fase de produção, evitando os
erros que a avaliação dos processos de forma única acaba
Ao apurar de forma individual cada processo, a indústria gerando na apuração dos custos.
tem um maior poder de controle dos seus custos, poden-
do identificar qual fase de produção é mais onerosa e to- A limitação do estudo foi em não ter utilizado os valores
mar as devidas decisões, esse processo gera um custo mais reais da empresa, apenas valores aproximados de custos do
apurado, por fase de produção. O sistema de acumulação período e quantidade produzida. Os valores não foram evi-
de custos utiliza no período todos os esforços empregados denciados por não terem sido permitidos pela administração
nas unidades não concluídas, gerando um maior controle da da indústria. Sugere-se para pesquisas futuras a aplicação do
produção. estudo no contexto de outros segmentos, com processos di-
versos de produção e com o aprofundamento sobre o grau
de acabamento para cálculo das unidades equivalentes de
5. CONCLUSÕES produção.

Este estudo teve como objetivo propor um sistema de


acumulação de custos por processos em uma indústria side- REFERÊNCIAS
rúrgica com a aplicação do método das unidades de produ-
Beuren, I. M., Sousa, M. A. B. e Raupp, F. M. (2003), “Um estu-
ção na realidade da empresa. Utilizou-se de um estudo de
do sobre a utilização de sistemas de custeio em pequenas em-
caso para verificar a realidade da empresa no que tange ao
presas brasileiras”, Artigo apresentado no CIC 2003: Congres-
seu sistema de acumulação de custos. Foram disponibiliza-
so Internacional de Custos, Punta del Leste, PL, 1-15. Anais do
dos pela administração da empresa relatórios gerencias do
Congresso Internacional de Custos.
ano de 2014, que continham informações precisas para que
o estudo fosse realizado. Borinelli, M. L., Beuren, I.M. e Guerreiro, R (2003), “Os sis-
temas de acumulação de custos em organizações de servi-
A empresa trabalha com a elaboração de apenas um pro- ços: um estudo de caso em uma entidade hospitalar”, artigo
duto, chamado Ferro Gusa, com característica homogênea apresentado em: Congresso Brasileiro de Custos, Guarapa-
em processo contínuo, para exportação. As características ri, ES, 1-16. Anais.
da empresa atendem ao conceito de sistema de acumulação
Ching, H. Y. (1995), Gestão baseada em custeio por atividades:
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Verificou-se que a indústria não tem um controle dos Eldenburg, L. G. et Wolcott, S. K. (2007), Gestão de Custos:
vários processos de produção. Assim, foi sugerido pela como medir, monitorar e motivar o desempenho, 1 ed., LTC,
pesquisa que houvesse o detalhamento dos processos Rio de Janeiro, RJ.
em estoques que retratassem a realidade da companhia. Garrison, R. H. et Noreen, E. W. (2001), Contabilidade Geren-
A empresa utilizava apenas um estoque de produtos em cial, 9 ed., LTC, Rio de Janeiro, RJ.
elaboração que contém todos os processos, desde a saí-
da da matéria para os produtos em elaboração até a for- Guerreiro, R., Catelli, A. e Cornachione Junior, E. B. (2000),
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