Definição de Lançamento Tributário
Definição de Lançamento Tributário
Definição de Lançamento Tributário
brasileira uma norma individual e concreta, que tem como antecedente o fato
introdutor. O conteúdo do ato é a própria norma que, por sua vez, tem também
seu conteúdo, que consiste em indicar o fato jurídico tributário, cujas notas se
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
Do Critério Temporal
Em geral, para a classe de fatos típicos, o legislador escolhe como critério de IPVA a data em
que se instaura a relação de propriedade do veículo ou primeiro de janeiro do exercício , se
nessa data a relação de propriedade já estava instaurada
Para veiculo usado , o critério temporal da hipótese tributaria é o dia 1º de janeiro de cada
ano(inciso I, do art 3)
No caso de veiculo novo adquirido pelo consumidor , o critério da hipótese tributaria é a data
da aquisição(inciso II, art. 3)
O IPVA é imposto que incide sobre a riqueza. Alcança, portanto, apenas o veículo que foi
incorporado ao ativo permanente de pessoa jurídica. Não deve incidir sobre veículos novos
que ainda estão em fase de comercialização, já que a relação de propriedade é efêmera. É o
que ocorre com veículo automotor novo, produzido por fabricante, adquirido por revendedor
ou que será revendido por importador de veículos. No entanto, na data em que veículo
automotor novo que se destinava à mercancia é incorporado ao ativo permanente do
fabricante, do revendedor ou do importador, a relação de propriedade torna-se mais
duradoura, razão por que o legislador escolheu referida data como critério temporal da
hipótese tributária (inc. IV do art. 3º)
A data em que deixa de ser preenchida condição para a mantença de imunidade, isenção ou
dispensa de pagamento do IPVA é o critério temporal previsto no inc. V do art. 3º. Nesse
dispositivo, o legislador usou o termo “requisito”, em vez de “condição”, como seria mais
adequado. Note-se que o caput do art. 176 CTN fala em condições e requisitos especificados
em lei, para a concessão de isenção. O caput do art. 179 do CTN refere-se a prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei.
Como a lei não contém palavras inúteis, no que concerne à concessão de isenção, entendemos:
“condições” são situações de fato ou de direito previstas na lei de isenção, que devem estar
materializadas (preenchimento das condições) antes de ocorrer o fato jurídico tributário;
“requisitos” são exigências de interesse da Administração que o sujeito passivo deve cumprir
para obter a isenção.
Para veículo não fabricado em série, o critério temporal da hipótese tributária é a data em que
estiver autorizada sua utilização (inc. VII do art. 3º).
Embora o chassi tenha mecanismo de propulsão própria, não se pode dizer ainda que é um
veículo automotor, visto que não se presta à destinação almejada por seu adquirente e
proprietário. Com efeito, somente depois de encarroçado é que o veículo servirá para o
transporte de pessoas ou coisas.
a) do caput do art. 26 da Lei, segundo a qual “não se exigirá, nos casos de inscrição no
Cadastro de Contribuintes do IPVA, novo pagamento do imposto já solvido em outra unidade
da federação, observado sempre o respectivo exercício fiscal, ressalvadas ...”;
b) do § 2º do art. 26, que estatui: “se não comprovar o pagamento do imposto a outra unidade
federada, o proprietário deverá, para proceder à transferência, recolher o imposto
proporcionalmente ao número de meses restantes do exercício fiscal, calculado a partir do
mês em deveria ter se inscrito no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, ...”;
c) e do inc. II do art. 32 da Lei, pela qual “fica obrigado a fornecer os dados necessários à
inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA o proprietário de veiculo registrado
anteriormente em outro Estado, quando adquiri-lo ou transferir o seu domicílio ou residência
para este Estado”.
Por outro lado, dispõe o art. 3º das Disposições Transitórias da Lei 13.296/2008: “enquanto
não for instituído o Cadastro de Contribuintes do IPVA a que se referem os arts. 30 e 31 desta
lei, serão utilizadas as informações constantes do cadastro de veículos do Departamento
Estadual de Trânsito – DETRAN”. Ora, como o Cadastro de Contribuintes do IPVA ainda não
foi implantado, a inscrição a que se referem as três regras do parágrafo anterior fica
substituída pelo registro no DETRAN do Estado de São Paulo.
O proprietário deverá solicitar a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo
(CRV): no prazo de trinta dias, na transferência de propriedade do veículo; imediatamente, na
mudança do Município de domicílio ou residência (incisos I e II do art. 123[9] do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB, combinado com o seu § 1º).
Ante o exposto, ainda que no exercício da transferência do veículo o IPVA já tenha sido pago
ao Estado de origem, haverá novo fato jurídico tributário se o proprietário com domicílio ou
residência no Estado de São Paulo não tomar providências para a expedição de novo CRV:
Se veículo usado já estava registrado em outro Estado, o critério temporal é a data em que vier
a ser locado ou colocado à disposição para locação no território do Estado de São Paulo (al. b
do inc. X).
Se veículo novo foi adquirido para integrar frota destinada à locação neste Estado, o critério
temporal é a data de sua aquisição (al. c do inc. X). Em vez de adquirir, empresas optam por
alugar veículos, por várias razões: não imobilizar capital de giro; poder deduzir despesas com
locação na apuração do lucro líquido; deixar para a empresa locadora a manutenção e a
administração da frota, o custeio e a administração de seguros, e a assessoria jurídica para
sinistros.
PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE
Atualmente existe duas anterioridades: anual e a noventena( também chamada de
anterioridade mínima ou noventena.
De acordo com a anterioridade anual o tributo não poderá ser exigido no mesmo exercício
financeiro no qual a lei o majorou (EX; Se a lei majora o tributo em 2023, então apenas a partir
de 01/01/2024 a nova carga tributária poderá ser cobrada)
Já conforme a noventena o tributo não poderá ser exigido antes de decorridos 90 dias
contados da data da lei que o majorou( EX; Se a lei majora o tributo em 01/09/2023, então só
depois de 90 dias o aumento poderá ser cobrado
EX: Empresa A possui isenção de IPVA em relação as frotas de seus carros e por motivo X ,
essa isenção foi revogada ,logo, nesse caso o tributo só poderá ser cobrado após a observância
das duas regras da anterioridade .
Ademais há que se observar também o fato de que esse princípio se aplica a instituição ou
majoração do tributo, de modo que não será aplicável a alteração de prazos de recolhimento
dos tributos. Este entendimento está assentado pelo STF em uma sumula vinculante:
Sumula vinculante nº 50; norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade
Informativo 1072
ADI 5282 / PR
Tese fixada
Resumo
(1) CF/1988: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) II- instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos; III- cobrar tributos: a)em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b)no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b;”
(2) Precedente citado: ADI 3694.
(3) CF/1988: “Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será
incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-
estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas
empresas, bem como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a
manutenção de parques e polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da
inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção, difusão e
transferência de tecnologia.”
(4) Precedente citado: ADI 1643.
(5) Lei 18.371/2014 do Estado do Paraná: “Art. 5.º O fato gerador do imposto de que
trata a Lei nº 14.260, de 2003, referente ao exercício de 2015, em relação aos veículos
automotores adquiridos em anos anteriores, ocorrerá no dia 1º de abril de 2015. § 1º O
IPVA de que trata o caput deste artigo terá seu vencimento em 1º de abril de 2015. § 2º
O disposto no caput deste artigo não se aplica nas transferências de veículos
automotores usados para outras unidades federadas, adquiridos em exercício anterior ao
de 2015, hipótese em que considerar-se-á ocorrido o fato gerador na data da
transferência. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo
efeitos a partir do 1º dia do quarto mês subsequente ao da publicação em relação ao art.
1º, ao inciso I do art. 4º e ao art. 7º.”
Legislação:
CF/1988: art. 150, II e III, alíneas "a", "b" e "c"; art. 219.
Lei 18.371/2014 do Estado do Paraná: art. 5.º, §§ 1º e 2º
Precedentes:
RE 236931 / SP