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Definição de Lançamento Tributário

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PARTE 1 - THAISA

Definição de lançamento tributário

Lançamento tributário é o ato jurídico administrativo, da categoria dos

simples, constitutivos e vinculados, mediante o qual se insere na ordem jurídica

brasileira uma norma individual e concreta, que tem como antecedente o fato

jurídico tributário e, como consequente, a formalização do vínculo obrigacional,

pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, a determinação do objeto da

prestação, formado pela base de cálculo e correspondente alíquota, bem como

pelo estabelecimento dos termos espaço-temporais em que o crédito há de ser

exigido (CARVALHO, 2019).

Sobre o conteúdo do ato de lançamento

O ato jurídico administrativo de lançamento é ponente de uma norma

individual e concreta no sistema do direito positivo, funcionando como veículo

introdutor. O conteúdo do ato é a própria norma que, por sua vez, tem também

seu conteúdo, que consiste em indicar o fato jurídico tributário, cujas notas se

subsumem aos critérios da regra-matriz de incidência, bem como instituir a

obrigação tributária, tomada, neste passo, como equivalente nominal de relação

jurídica de caráter patrimonial(CARVALHO, 2019).

MODALIDADES DE LANÇAMENTO

A) Por homologação ou autolançamento( art.150 do CTN)


B) DIRETO , DE OFICIO OU EX OFFICIO (ART. 149,I, do CTN)
C) Misto ou por declaração(art. 147 do CTN)
A autoridade administrativa constitui o credito tributário relativo ao IPVA
utilizando-se das informações que constam no seu bando de dados relativos
a propriedades de veículos automotores licenciados no estado
Ate o momento em que é notificado, o sujeito passivo não participa do
procedimento de lançamento , pois não elabora declarações nem antecipa
qualquer valor
O IPVA é , portanto sujeito a lançamento de oficio no inicio de cada
exercício (art 142 do CTN)

Lançamento de ofício ou direto – o lançamento de ofício está previsto no


artigo 149 do CTN em seus nove incisos. Nesta modalidade de lançamento o sujeito
passivo não participa, ou quase não participa da atividade. Basicamente, os nove
incisos tratam de duas hipóteses: a) lançamento de ofício propriamente dito, previsto
no inciso I e; b) lançamento em face da revisão efetuada pelo Fisco, incisos II a IX.
O lançamento de ofício propriamente dito recebe este nome tendo em vista os casos
em que o Fisco detém elementos suficientes para efetuar o lançamento, por exemplo,
via de regra, os lançamentos do IPTU, IPVA, contribuição de iluminação pública e a
maioria das taxas, todos originariamente lançados de ofício ou originariamente,
notificando o contribuinte sobre o valor do tributo devido
JURISPRUDENCIA SOBRE O TEMA LANÇAMENTO
PARTE 2 – GILSON

Do Critério Temporal

Relação de propriedade de veículo automotor existe em todo o exercício ou em parte dele. No


entanto, “desponta a natural necessidade de que a norma tributaria revele o marco de tempo
em que se dá por ocorrido o fato, abrindo-se aos sujeitos da relação o exato conhecimento da
existência de seus direitos e suas obrigações”(CARVALHO, 2008b, P. 292 ). Daí o porquê da
necessidade do critério temporal

Em geral, para a classe de fatos típicos, o legislador escolhe como critério de IPVA a data em
que se instaura a relação de propriedade do veículo ou primeiro de janeiro do exercício , se
nessa data a relação de propriedade já estava instaurada

Após analisar a estrutura sintática da regra-matriz de incidência do IPVA, com enunciados da


Lei paulista 13.296/2008, nos incisos do art 3º da lei estão definidos critérios temporais de
hipótese de regra –matriz da incidência do IPVA, para diferentes situações relativas ao
veiculo.

Para veiculo usado , o critério temporal da hipótese tributaria é o dia 1º de janeiro de cada
ano(inciso I, do art 3)

No caso de veiculo novo adquirido pelo consumidor , o critério da hipótese tributaria é a data
da aquisição(inciso II, art. 3)

No caso de veiculo importado diretamente do exterior por consumidor , o critério temporal é


a dada do desembaraço aduaneiro do veiculo (inciso III, ART 3)

O IPVA é imposto que incide sobre a riqueza. Alcança, portanto, apenas o veículo que foi
incorporado ao ativo permanente de pessoa jurídica. Não deve incidir sobre veículos novos
que ainda estão em fase de comercialização, já que a relação de propriedade é efêmera. É o
que ocorre com veículo automotor novo, produzido por fabricante, adquirido por revendedor
ou que será revendido por importador de veículos. No entanto, na data em que veículo
automotor novo que se destinava à mercancia é incorporado ao ativo permanente do
fabricante, do revendedor ou do importador, a relação de propriedade torna-se mais
duradoura, razão por que o legislador escolheu referida data como critério temporal da
hipótese tributária (inc. IV do art. 3º)

A data em que deixa de ser preenchida condição para a mantença de imunidade, isenção ou
dispensa de pagamento do IPVA é o critério temporal previsto no inc. V do art. 3º. Nesse
dispositivo, o legislador usou o termo “requisito”, em vez de “condição”, como seria mais
adequado. Note-se que o caput do art. 176 CTN fala em condições e requisitos especificados
em lei, para a concessão de isenção. O caput do art. 179 do CTN refere-se a prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei.
Como a lei não contém palavras inúteis, no que concerne à concessão de isenção, entendemos:
“condições” são situações de fato ou de direito previstas na lei de isenção, que devem estar
materializadas (preenchimento das condições) antes de ocorrer o fato jurídico tributário;
“requisitos” são exigências de interesse da Administração que o sujeito passivo deve cumprir
para obter a isenção.

Deixa-se de preencher condição para a continuidade de:

a) imunidade, quando, p. ex., veículo de propriedade de ordem religiosa (templo de qualquer


culto), com imunidade em razão de condição pessoal de seu proprietário (imunidade
subjetiva), é alienado a um particular;

b) isenção, quando, p. ex., veículo utilizado no transporte público de passageiros na categoria


aluguel (táxi), de propriedade de motorista profissional autônomo, com isenção em razão de
condição pessoal do proprietário do veículo e da destinação a este dada (isenção mista), é
alienado a um particular;
c) dispensa de pagamento do IPVA, quando, p. ex., veículo furtado ou roubado, com dispensa
de pagamento do IPVA em razão do disposto no caput do art. 14 ou no § 2º do artigo, é
recuperado pela autoridade policial e devolvido a seu proprietário.

A data de arrematação de veículo novo em leilão é critério temporal da hipótese tributária


(inc. VI do art. 3º). Isso não significa que não se pode exigir o IPVA de veículo usado no
exercício em que é arrematado em leilão. É que, nesse caso, deixa de ser preenchida condição
que dava causa à dispensa de pagamento do IPVA, de modo que o critério temporal aplicável
é o do inc. V do art. 3º da Lei.

Para veículo não fabricado em série, o critério temporal da hipótese tributária é a data em que
estiver autorizada sua utilização (inc. VII do art. 3º).

A data de saída constante da Nota Fiscal de venda da carroceria é o critério temporal da


hipótese tributária do veículo que foi encarroçado por empresa especializada (inc. VIII do art.
3º).

Embora o chassi tenha mecanismo de propulsão própria, não se pode dizer ainda que é um
veículo automotor, visto que não se presta à destinação almejada por seu adquirente e
proprietário. Com efeito, somente depois de encarroçado é que o veículo servirá para o
transporte de pessoas ou coisas.

Se o veículo for procedente de outro Estado ou do Distrito Federal e o proprietário ou


responsável pelo pagamento do imposto deixar de fornecer os dados necessários à inscrição
no Cadastro de Contribuintes do IPVA do Estado de São Paulo, o critério temporal da
hipótese tributária será a data em que o proprietário ou responsável deveria ter fornecido
aqueles dados (inc. IX do art. 3º).

A regra supracitada está em consonância com as:

a) do caput do art. 26 da Lei, segundo a qual “não se exigirá, nos casos de inscrição no
Cadastro de Contribuintes do IPVA, novo pagamento do imposto já solvido em outra unidade
da federação, observado sempre o respectivo exercício fiscal, ressalvadas ...”;

b) do § 2º do art. 26, que estatui: “se não comprovar o pagamento do imposto a outra unidade
federada, o proprietário deverá, para proceder à transferência, recolher o imposto
proporcionalmente ao número de meses restantes do exercício fiscal, calculado a partir do
mês em deveria ter se inscrito no Cadastro de Contribuintes do IPVA deste Estado, ...”;

c) e do inc. II do art. 32 da Lei, pela qual “fica obrigado a fornecer os dados necessários à
inscrição no Cadastro de Contribuintes do IPVA o proprietário de veiculo registrado
anteriormente em outro Estado, quando adquiri-lo ou transferir o seu domicílio ou residência
para este Estado”.

Por outro lado, dispõe o art. 3º das Disposições Transitórias da Lei 13.296/2008: “enquanto
não for instituído o Cadastro de Contribuintes do IPVA a que se referem os arts. 30 e 31 desta
lei, serão utilizadas as informações constantes do cadastro de veículos do Departamento
Estadual de Trânsito – DETRAN”. Ora, como o Cadastro de Contribuintes do IPVA ainda não
foi implantado, a inscrição a que se referem as três regras do parágrafo anterior fica
substituída pelo registro no DETRAN do Estado de São Paulo.
O proprietário deverá solicitar a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo
(CRV): no prazo de trinta dias, na transferência de propriedade do veículo; imediatamente, na
mudança do Município de domicílio ou residência (incisos I e II do art. 123[9] do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB, combinado com o seu § 1º).
Ante o exposto, ainda que no exercício da transferência do veículo o IPVA já tenha sido pago
ao Estado de origem, haverá novo fato jurídico tributário se o proprietário com domicílio ou
residência no Estado de São Paulo não tomar providências para a expedição de novo CRV:

a) no prazo de trinta dias contados da aquisição de veículo procedente de outro Estado;

b) imediatamente após a mudança de endereço de domicílio ou residência de outro Estado


para o de São Paulo.

Para veículo usado, de propriedade de empresa locadora, já inscrito no Cadastro de


Contribuintes do IPVA do Estado de São Paulo, o critério temporal é o dia 1º de janeiro de
cada ano (al. a do inc. X).

Se veículo usado já estava registrado em outro Estado, o critério temporal é a data em que vier
a ser locado ou colocado à disposição para locação no território do Estado de São Paulo (al. b
do inc. X).

Se veículo novo foi adquirido para integrar frota destinada à locação neste Estado, o critério
temporal é a data de sua aquisição (al. c do inc. X). Em vez de adquirir, empresas optam por
alugar veículos, por várias razões: não imobilizar capital de giro; poder deduzir despesas com
locação na apuração do lucro líquido; deixar para a empresa locadora a manutenção e a
administração da frota, o custeio e a administração de seguros, e a assessoria jurídica para
sinistros.

PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE
Atualmente existe duas anterioridades: anual e a noventena( também chamada de
anterioridade mínima ou noventena.

De acordo com a anterioridade anual o tributo não poderá ser exigido no mesmo exercício
financeiro no qual a lei o majorou (EX; Se a lei majora o tributo em 2023, então apenas a partir
de 01/01/2024 a nova carga tributária poderá ser cobrada)

Já conforme a noventena o tributo não poderá ser exigido antes de decorridos 90 dias
contados da data da lei que o majorou( EX; Se a lei majora o tributo em 01/09/2023, então só
depois de 90 dias o aumento poderá ser cobrado

Ademais , conhecer as exceções ao princípio é fundamental, e o IPVA é um tributo que não


precisa aguardar pelo prazo mínimo de 90 dias , porém só pode ser cobrado no exercício
financeiro seguinte a majoração, sendo que o IPVA somente na hipótese de alteração de sua
base de calculo

Não obstante, na hipótese de revogação de isenção, o Supremo Tribunal Federal ( informativo


no 757 de 2014) passou a se posicionar no sentido em que se trata de uma oneração indireta
de carga tributária , logo o tributo só poderá ser cobrado após a observância das duas regras
da anterioridade.

EX: Empresa A possui isenção de IPVA em relação as frotas de seus carros e por motivo X ,
essa isenção foi revogada ,logo, nesse caso o tributo só poderá ser cobrado após a observância
das duas regras da anterioridade .

Ademais há que se observar também o fato de que esse princípio se aplica a instituição ou
majoração do tributo, de modo que não será aplicável a alteração de prazos de recolhimento
dos tributos. Este entendimento está assentado pelo STF em uma sumula vinculante:

Sumula vinculante nº 50; norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação
tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade

Jurisprudência sobre o tema

Informativo 1072

ADI 5282 / PR

Órgão julgador: Tribunal Pleno


Relator(a): Min. ANDRÉ MENDONÇA

Julgamento: 17/10/2022 (Virtual)

Ramo do Direito: Tributário

Matéria: Impostos, IPVA, Fato Gerador, Princípio da Anterioridade

IPVA: contagem de prazos para atendimento dos princípios da anterioridade anual e


nonagesimal

Tese fixada

“I - No caso de um tributo sujeito duplamente à anterioridade de exercício e à


noventena, a lei que institui ou majora a imposição somente será eficaz, de um lado, no
exercício financeiro seguinte ao de sua publicação e, de outro, após decorridos noventa
dias da data de sua divulgação em meio oficial. Logo, a contar da publicação da lei, os
prazos transcorrem simultaneamente, e não sucessivamente. II - Não há desvio de
finalidade no caso de lei ordinária alterar o aspecto temporal do IPVA para viabilizar, a
um só tempo, o respeito à garantia da anterioridade, inclusive nonagesimal, e viabilizar
a tributação dos veículos automotores pela alíquota majorada no exercício financeiro
seguinte ao da publicação desse diploma legal. Afinal, a finalidade da legislação é lícita
e explícita. III - O princípio da igualdade tributária não resta ofendido na hipótese de um
veículo automotor novo submeter-se a alíquota distinta de IPVA em comparação a outro
automóvel adquirido em anos anteriores no lapso referente aos 90 (noventa) dias da
noventena, em certo exercício financeiro. Sendo assim, pela própria sistemática de
tributação do IPVA posta na legislação infraconstitucional, não se cuida de tratamento
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.”

Resumo

É simultânea a contagem dos prazos das garantias fundamentais a que se referem os


princípios da anterioridade anual e nonagesimal tributárias, a partir da data da
publicação da lei que institui ou majora o tributo.

Com efeito, ambas as anterioridades se caracterizam como uma única norma-regra, de


modo que a respectiva incidência se opera sempre por completo: tudo ou nada. Esta
Corte possui precedente no sentido da contagem simultânea, e não sucessiva, dos prazos
(1) (2).

Ademais, não fere o princípio da igualdade tributária a diferenciação do momento da


incidência do Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) quando a
finalidade é alcançar objetivos constitucionais, como, por exemplo, estimular a compra
de veículos novos em prol do desenvolvimento e da industrialização no País ou o
mercado interno como patrimônio nacional (3) (4). Também devem ser consideradas
nessa análise as peculiaridades da sistemática normativa local quanto ao tratamento do
tributo específico.

Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou improcedente a


ação, assentando a constitucionalidade do art. 5º, § 1º, e do art. 6º, ambos da Lei
18.371/2014 do Estado do Paraná (5).

(1) CF/1988: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) II- instituir
tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos; III- cobrar tributos: a)em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b)no mesmo exercício financeiro
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b;”
(2) Precedente citado: ADI 3694.
(3) CF/1988: “Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será
incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-
estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.
Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortalecimento da inovação nas
empresas, bem como nos demais entes, públicos ou privados, a constituição e a
manutenção de parques e polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da
inovação, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção, difusão e
transferência de tecnologia.”
(4) Precedente citado: ADI 1643.
(5) Lei 18.371/2014 do Estado do Paraná: “Art. 5.º O fato gerador do imposto de que
trata a Lei nº 14.260, de 2003, referente ao exercício de 2015, em relação aos veículos
automotores adquiridos em anos anteriores, ocorrerá no dia 1º de abril de 2015. § 1º O
IPVA de que trata o caput deste artigo terá seu vencimento em 1º de abril de 2015. § 2º
O disposto no caput deste artigo não se aplica nas transferências de veículos
automotores usados para outras unidades federadas, adquiridos em exercício anterior ao
de 2015, hipótese em que considerar-se-á ocorrido o fato gerador na data da
transferência. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo
efeitos a partir do 1º dia do quarto mês subsequente ao da publicação em relação ao art.
1º, ao inciso I do art. 4º e ao art. 7º.”

Legislação:

CF/1988: art. 150, II e III, alíneas "a", "b" e "c"; art. 219.
Lei 18.371/2014 do Estado do Paraná: art. 5.º, §§ 1º e 2º

Precedentes:

ADI 3694., ADI 1643


Informativo 157

RE 236931 / SP

Órgão julgador: Primeira Turma

Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO

Julgamento: 10/08/1999 (Presencial)

Ramo do Direito: Constitucional, Tributário

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