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Escola Superior de Saúde

Departamento de Enfermagem, Saúde Mental e Gerontologia


Curso de Licenciatura em Enfermagem

Pós-operatório
Pré-operatório

Enfermagem Intraoperatório Enfermagem à Pessoa em


perioperatória Situação de Doença II

2023-24
Fábio Coelho
Enfermagem
perioperatória
Enfermagem Perioperatória
• Ao longo dos anos, a enfermagem no seio da equipa cirúrgica assumiu outras
responsabilidades, resultando numa maior expansão da classe, maior busca de conhecimento
científico na área e melhoria dos cuidados prestados.
• Enfermagem perioperatória como o termo utilizado para descrever uma variedade de funções
de enfermagem associadas à experiência cirúrgica e engloba três fases:
– pré-operatório
– Intraoperatório
– pós-operatório.
Enfermeiro Perioperatório
• O enfermeiro perioperatorio é o profissional capaz de identificar as necessidades físicas,
psíquicas, sociais e espirituais do cliente/família, para elaborar e por em prática um plano
individualizado de cuidados, a fim de restabelecer ou conservar a saúde e o bem-estar do
indivíduo antes, durante e após a cirurgia
• A prática de cuidados de enfermagem inclui também o contexto de bloco operatório que
assenta num modelo concetual de enfermagem perioperatória e envolve um conjunto de ações
de enfermagem no âmbito da circulação, anestesia, instrumentação, cuidados anestésicos e pós
anestésicos com o objetivo de avaliar as reais necessidades da pessoa cuidada, promover
intervenções de enfermagem e a avaliar os resultados destas.
• Apresenta-se como local de alto risco na transmissão de agentes patogénicos devido aos
possíveis e múltiplos contactos entre doentes, membros da equipa perioperatória, superfícies
ambientais, equipamentos e material cirúrgico.
ENFERMAGEM PRÉ-
O P E R AT Ó R I A
FÁBIO COELHO
FA B I O. A D. C O E L H O @ UAC . P T

A N O L E T I VO 2 0 2 3 - 2 4
CONTEÚDOS

• O período pré-operatório
• Terminologia cirúrgica e seus significados
• Tipos de cirurgias
• Avaliação pré-operatória
• Ensinos
• Preparação do doente para o BO
PRÉ-OPERATÓRIO
• O período pós-operatório começa quando é tomada a decisão de intervenção
cirúrgica.
• Algumas intervenções de enfermagem são:
– Avaliação inicial do estado físico, psicológico e social do doente
– Planeamento dos cuidados de enfermagem para preparar o doente para a cirurgia
– Implementação das intervenções de enfermagem

Este período termina quando o doente é


transportado, em segurança, para o bloco
operatório e enviado ao enfermeiro da sala
para receber os cuidados adequados
PREFIXOS DA TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS
A maioria dos procedimentos cirúrgicos recebe nomes que identificam o local da
cirurgia e o tipo de cirurgia efetuada.
PREFIXOS DA TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS
SUFIXOS DA TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS
TIPOS DE CIRURGIA
• As cirurgias podem ser classificadas segundo:
– Grau de risco
– Extensão
– Objetivo
– Local anatómico
– Pressupostos de tempo
– local físico
GRAU DE RISCO
• As cirurgias quanto ao grau de risco podem ser classificadas em:
– pequena cirurgia (cirurgia simples que representa um pequeno risco de vida;
muitas pequenas cirurgias são realizadas com anestesia local, mas pode ser usada
anestesia geral; apesar de pequena cirurgia pode representar medos e receios para
o doente)
– grande cirurgia (apresenta maior risco para o doente e geralmente e mais
extensa que a pequena cirurgia; pode implicar risco de vida)
EXTENSÃO
• Quanto à extensão, o procedimento cirúrgico pode ser classificado de:
– Acesso mínimo (são efetuados com endoscópios, não requerem as incisões tradicionais
ou extensas; podem ser realizadas em ambulatório ou com internamento hospitalar curto;
redução da dor no pós-operatório; permite retomar mais cedo a atividade normal)
– Aberto (envolve a abertura tradicional da cavidade orgânica ou da parte do corpo para se
executar a cirurgia; o doente pode sentir mais dores no pós-operatório e ter uma
recuperação mais longa; a extensão do procedimento também pode influenciar as taxas de
infeção no pós-operatório)
– Simples (limitados a um local anatómico definido, não requerem exposição ou disseção
extensas do tecido adjacente)
– Radical (geralmente associados a patologias malignas, envolvem a disseção de tecido e
estruturas para além do local operatório imediato; é feita excisão de nódulos linfáticos
músculos e fáscia adjacentes, que tenham sido invadidos por um tumor.
OBJETIVO
• Os procedimentos cirúrgicos podem ser classificados segundo as razões da sua
realização:
– Diagnóstico (efetuado para determinar a causa de sintomas ou a origem do problema;
exemplo: biópsia)
– Curativo (Resolver um problema de saúde ou uma situação patológica, removendo o
tecido envolvido; ex: apendicectomia)
– Restauração ou reconstrução (correção de deformidades, reparar traumatismos, ou
melhorar o estado funcional do indivíduo)
– Paliativos (Procedimentos efetuados para aliviar sintomas, sem a intenção de curar)
– Cirurgia ablativa (é realizada para se fazer a excisão de tecido que pode contribuir para
agravar a situação médica do doente)
– Plástica (finalidade cosmética, feita para melhorar o aspeto externo do indivíduo)
LOCAL ANATÓMICO
• A cirurgia pode ser classificada por localização de partes ou sistemas orgânicos:
– Cirurgia cardiovascular
– Cirurgia torácica
– Cirurgia intestinal
– Cirurgia neurológica
– (…)
PRESSUPOSTOS DE TEMPO OU LOCAL
FÍSICO
• Segundo o momento de realização da intervenção cirúrgica, esta pode ser:
– Eletiva (procedimentos cirúrgicos programados, não urgentes)
– Urgente (intervenções não planeadas, que requerem intervenção atempada, mas não
colocam a vida em risco imediato)
– Emergência (procedimentos que têm de ser realizados de imediato para se conservar a
vida e os membros)

• Cirurgia ambulatório (não requer hospitalização; pode ser realizadas anestesia local,
local ou regional; doente admitido no próprio dia da cirurgia, com internamento com
duração de 23h; avaliação inicial e ensinos pré-operatórios feitos antes da admissão)
AVALIAÇÃO INICIAL

• A avaliação inicial do doente, no período pré-operatório, começa pelo contato


inicial entre doente e enfermeiro, e continua por todo o período.
• Deve ser uma avaliação holística e refletir as necessidades, fisiológicas
psicológicas, espirituais e sociais do doente e da sua família ou pessoas
significativas.
• O primeiro contacto pode ser no momento da admissão, em consulta pré-
operatória, ou mesmo pelo telefone.
• Colhem-se dados completos , que possam identificar fatores que aumentam o
risco cirúrgico ou o desenvolvimento de complicações no pós-operatório,
possibilitando a implementação de medidas preventivas.
RECOLHA DE DADOS
RECOLHA DE DADOS: FÁRMACOS E
SUBSTÂNCIAS
• O tabagismo provoca alterações patológicas no sistema respiratório, que
podem aumentar o risco de complicações.
• O uso de drogas e álcool podem alterar os efeitos de anestésicos e analgésicos.
• A aspirina e os anti-inflamatórios não esteroides afetam a função plaquetária e
podem aumentar o risco de hemorragia intra e pós-operatória.
AVALIAÇÃO DO RISCO-
HEMORRÁGICO

A necessidade de avaliar o risco cirúrgico


hemorrágico é fundamental, uma vez que,
em função da complexidade cirúrgica, é
determinado um tempo de suspensão
mais ou menos alargado.

(Sociedade Portuguesa de
Anestesiologia, 2014)
AVALIAÇÃO DA
ANSIEDADE PRÉ-
OPERATÓRIA
PROVAS DE DIAGNÓSTICO, COMUNS
NO PRÉ-OPERATÓRIO
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
RELACIONADAS COM O ENVELHECIMENTO
Alteração fisiológica Efeitos Potenciais complicações perioperatórias
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
RELACIONADAS COM O ENVELHECIMENTO
Alteração fisiológica Efeitos Potenciais complicações perioperatórias
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
RELACIONADAS COM O ENVELHECIMENTO
Alteração fisiológica Efeitos Potenciais complicações perioperatórias
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO ESTADO
FÍSICO DA ASA
• Método objetivo de determinar o grau de risco
• A escala baseia-se no número e gravidade de
situações médicas pré-existentes
• Resultados mais elevados indicam um maior
número de complicações no perioperatório e
morte.
• A avaliação e classificação do doente são
efetuados pelo anestesiologista no pré-
operatório.
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO ESTADO
FÍSICO DA ASA
ENSINOS PRÉ-OPERATÓRIOS

• Objetivo do ensino é fornecer informações que vão ao encontro das necessidades de


aprendizagem do indivíduo, com o intuito de promover a segurança, o conforto psicológico, o
envolvimento do doente e da família nos cuidados, e o cumprimento do ensino.
• Reduz a ansiedade, aumenta a probabilidade de deambulação precoce e o envolvimento do
doente nos cuidados e na promoção do autocuidado.
• O enfermeiro escolherá o método mais eficaz para ensino ao doente.
• Necessário avaliar a disponibilidade e capacidade de aprendizagem do doente.
• Pode ser usado material escrito, como folhetos.
CONSULTA DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIA
CONSULTA DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIA
CONSULTA DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIA
CONSULTA DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIA
CONSULTA DE ENFERMAGEM PRÉ-
OPERATÓRIA
• Fluxograma de consulta de enfermagem
pré-operatório
REDUÇÃO DO RISCO DE TROMBOSE
VENOSA PROFUNDA (TVP)
• São várias as intervenções de enfermagem Fatores de risco de desenvolvimento de TVP:
orientadas para a promoção de uma circulação • Idade superior a 40 anos
• Antecedentes de TVP
periférica adequada.
• Mobilidade reduzida
• As medidas usadas para diminuir a estase venosa • Cirurgia pélvica ou cardiovascular
incluem meias antitrombóticas, dispositivos de • Cirurgias de substituição total da anca e do joelho
• Fratura ou traumatismo
compressão pneumática, exercícios os membros
• História de tabagismo
inferiores, movimentar-se precocemente, • Uso de estrogénios
hidratação adequada. • Obsesidade
• A estase venosa no pós-operatório pode levar a
trombose das veias profundas (TVP),
tromboflebite, e a potencial formação de êmbolo
pulmonar.
REDUÇÃO DO RISCO DE TROMBOSE
VENOSA PROFUNDA (TVP)
PREVENÇÃO DE INFEÇÃO DO LOCAL
CIRÚRGICO
• O objetivo da preparação cutânea é:
– reduzir o risco de infeção da ferida cirúrgica
– Remover da pele sujidade e microrganismos (reduzir microrganismos residentes a números
subpatogénicos, em pouco tempo, e com o mínimo de irritação tecidular possível)
– Inibir o crescimento, repetido e rápido de microrganismos
PREVENÇÃO DE INFEÇÃO DO LOCAL
CIRÚRGICO
PREVENÇÃO DE INFEÇÃO DO LOCAL
CIRÚRGICO
PRÉ-MEDICAÇÃO
• Os objetivos da pré-medicação são:
– Diminuir a ansiedade e proporcionar sedação (sedativos, hipnóticos)
– Diminuir a secreção de saliva e sucos gástricos (anticolinérgicos)
– Aliviar a dor e desconforto (narcóticos)
• Geralmente estes medicamentos são administrados quando o doente é chamado para o bloco
operatório
• Após a pré-medicação, o doente deve ser mantido na cama, com as grades elevadas, para
aumentar a sua segurança
ENFERMAGEM PRÉ-
O P E R AT Ó R I A
FÁBIO COELHO
FA B I O. A D. C O E L H O @ UAC . P T

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