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1 Trabalho D PPI 2021 Neid

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: I. O Ambiente Físico da Escola

II. O Sistema Nacional de Educação

III. A Organização do Ensino por Ciclos de Formação

IV. Os Órgãos de Gestão Escolar

Nome: Neid Carlos Agostinho João Pinto

Código do Estudante: 708216384

Curso: Lic. Em ensino de Geografia


Disciplina: Práticas Pedagógicas I
Ano de Frequência: 1º Ano
Turma: S
Tutor: dr. Benedito Lucas Joaquim

Quelimane , Novembro, 2021

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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspetos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
ii
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspetos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

iii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

1. Introdução...................................................................................................................................1

2. O Ambiente Físico da Escola..................................................................................................... 2

2.1. Localização e implantação geográficas da escola....................................................................2

2.2. A dimensão da escola.............................................................................................................. 3

2.3. A (não) propensão a poluição sonora.......................................................................................3

3. O Sistema Nacional de Educação...............................................................................................4

3.1. Os Objectivos do Sistema Nacional de Educação....................................................................5

3.1.1. Educação para a cidadania...............................................................................................5

3.1.2. Educação para o desenvolvimento económico e social....................................................5

3.1.3. Educação para as práticas ocupacionais...........................................................................6

3.1.4. O papel do Sistema Nacional de Educação...........................................................................6

4. A Organização do Ensino por Ciclos de Formação....................................................................7

5. Os Órgãos de Gestão Escolar..................................................................................................... 8

Conclusão....................................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas............................................................................................................ 10

v
1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa aborda sobre o ambiente físico da Escola, o Sistema Nacional de
Educação (SNE), a organização do Ensino por ciclos de formação e os órgãos de gestão escolar.
Contudo a pesquisa irá descrever os elementos do espaço físico duma escola, relacionar a
organização do espaço físico com o processo de ensino aprendizagem, mencionar os aspetos do
ambiente escolar facilitadores da educação inclusiva. Falar-se-á da expansão do acesso à
educação, da melhoria da qualidade de ensino e analisar o reforço da capacidade institucional,
financeira e política com vista a assegurar a sustentabilidade do sistema. Quanto a organização do
ensino por ciclos de formação, ira identificar-se os objectivos e finalidades que corporizam cada
ciclo de aprendizagem, conhecer a estrutura curricular do Sistema Nacional de Educação e
Explicar os fundamentos de cada ciclo de formação. Por fim conhecer os principais órgãos de
uma escola e descrever a função de cada componente orgânica existente numa escola. Apos
varias discussões em volta do tema do presente trabalho, apresentar-se-á uma conclusão em
forma de resumo, sobre os temas. Por fim teremos as referencias bibliográficas, contendo la os
nomes dos autores das obras consultadas para a edificação do trabalho.

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2. O Ambiente Físico da Escola

A escola é uma organização legítima do processo de ensino e aprendizagem, o garante da


produção e preservação da cultura em vários tecidos sociais favorecendo o desenvolvimento da
espécie humanal.

O espaço físico da escola denota a ideia em volta das condições materiais que um certo
estabelecimento de ensino pode (ou podia) reunir para a realização adequada do trabalho docente
e discente. Desempenhando um papel importante na fixação de uma escola, a componente física é
cativa de vários aspetos prioritários e recomendados por qualquer Ministério de tutela no mundo,
nomeadamente, localização geográfica da escola, a dimensão da escola, a arquitetura, a (não)
propensão a poluição sonora, a segurança, etc (Araújo, 2010, p.27).

Segundo Mendonça e Nogueira (2015), “Aspetos como: paisagismo, acústica, luminosidade,


temperatura, acessibilidade e estética através do uso das cores e comunicação visual e a utilização
correta de todos esses fatores, aliado à funcionalidade, proporcionam aos usuários do ambiente
escolar condições adequadas de estudo e trabalho” (p.31).

2.1. Localização e implantação geográficas da escola

A localização de uma escola deve obedecer a critérios que garantem alguma comodidade dos atores ou da
comunidade escolar. Hoje em dia, tem-se assistido um número significativo de escolas situadas em lugares
inapropriados, os quais muitas vezes oferecem insegurança nas pessoas se se avaliar pelo barulho,
segurança afetando a saúde das pessoas e a própria qualidade da aprendizagem.

Sendo assim, há necessidade de a escola localizar-se em espaços onde há menos interferências


externas da sua actividade por um lado, o que significa por outro lado, que a avaliação da
localização física que assegura a melhoria da qualidade de ensino tomando com referência o
espaço cómodo, limpo, agradável e distanciado de qualquer tipo de ameaças externas etc.,
afigura-se como um aspeto importante a considerar na conceção e construção de infraestruturas
escolares.

Para Araújo (2010): há também que se observar recomendações ligadas ao posicionamento das
infraestruturas em relação ao sol, chuvas e outras ameaças externas que podem marcar
negativamente o processo de ensino e aprendizagem, como indicam os seguintes itens abaixo:

2
a) A orientação geográfica da fenestração, especialmente das salas de aula e dos espaços
de maior permanência dos alunos, deve privilegiar o quadrante Sudeste-Sul-Sudoeste;
b) b) As áreas das superfícies envidraçadas devem ser calculadas de acordo com a zona
climática e as características da região e do local onde a escola está implantada;
c) c) Devem reduzir-se ao mínimo as aberturas de vãos a Norte, como forma de evitar as
perdas térmicas durante o Inverno e, a Poente, para evitar a grande incidência solar
durante o Verão e o decorrente sobreaquecimento;
d) d) Os vãos envidraçados das salas de aula devem ter protecções solares exteriores e
interiores. (p.29).

2.2. A dimensão da escola

Para Araújo (2010): a programação e o dimensionamento das escolas, por exemplo do 1.º ciclo,
devem ser definidos de acordo com os critérios de planeamento da rede educativa:

 As escolas que lecionam o 1.º ciclo podem instalar-se integradas com outros níveis de
educação e do ensino básico, de acordo com os critérios a que obedece o planeamento da rede
educativa;
 Considerando-se a educação pré-escolar como a primeira etapa da educação básica, as escolas
com 1.º ciclo devem preferencialmente integrar o Jardim de Infância, com a capacidade
calculada na base dos valores da pirâmide etária e na oferta local deste equipamento
educativo;
 As escolas com 1.º ciclo devem ser dimensionadas para funcionamento em regime normal;
 A capacidade das escolas com 1.º ciclo é traduzida no número de salas de aula;
 A área da sala de aula é concebida para um grupo de 35 alunos no máximo, devendo este
espaço ser organizado de forma a permitir o desenvolvimento da quase totalidade das
actividades curriculares de uma turma;
 A capacidade máxima, recomendável, da escola com 1.º ciclo quando se apresente isolada ou
unicamente integre a educação pré-escolar é de 12 salas de aula. Quando o 1.º ciclo se
apresente integrado com outros níveis do ensino básico, a sua capacidade máxima,
recomendável, é de 8 salas de aula. As situações acima destas dimensões deverão ser
devidamente fundamentadas;
 Quando há mais de 300 alunos do 1.º ciclo a escolarizar na mesma área de drenagem, deve
optar-se, sempre que possível, por duas instalações escolares distintas. (p.29).

Portanto, podem admitir-se escolas com menos de 4 salas de aula em situações especiais,
nomeadamente nos casos das zonas rurais com população dispersa em que é necessário
escolarizar menos de 80 alunos.

2.3. A (não) propensão a poluição sonora

As escolas são consideradas zonas sensíveis ao ruído, pelo que estas não devem ser localizadas
junto de vias de tráfego intenso ou de instalações que exerçam actividades ruidosas de carácter
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permanente. São conhecidas entre nós as consequências advindas do barulho quando estamos na
sala de aulas as quais afectam directamente a nossa (má) perceção ou somos, nalgum momento,
obrigados a aumentar o volume da nossa voz para nos fazermos perceber.

As escolas são consideradas zonas sensíveis ao ruído, pelo que estas não devem ser
localizadas junto de vias de tráfego intenso ou de instalações que exerçam actividades
ruidosas de carácter permanente. Os edifícios escolares devem ser concebidos de forma a
proporcionar aos seus utilizadores condições satisfatórias de conforto sonoro, devendo ter
tida em conta a sua localização em relação a fontes de ruídos exteriores à escola ou
provenientes do próprio recinto escolar (p.32).

A conceção e a construção dos edifícios escolares devem respeitar os requisitos favoráveis a não
criação e/ou propagação de barulho que interfira directamente na vida do recinto escolar. O
edifício escolar e os seus elementos de compartimentação devem ser concebidos e dimensionados
de tal forma que a transmissão sonora entre os locais interiores, em condições normais de
utilização, não perturbe as actividades que neles se realizam:

a) Todos os espaços de ensino, a sala de alunos, o refeitório e o átrio principal,


devem ser dotados, pelo menos no teto, com revestimento de absorção de
interferências sonoras externas;
b) As paredes interiores devem assegurar aos locais que confinem ou separem, um
isolamento sonoro satisfatório relativamente aos sons produzidos em locais
ininterruptos de actividades;
c) considerando a possibilidade de transmissão de ruído através da estrutura e das
paredes divisórias, devem evitar-se situações de sobreposição e de contiguidade
entre espaços habitual ou eventualmente ruidosos e outros que requeiram
ambientes calmos e silenciosos (Araújo, 2010, p.32).

Outros aspetos a ter em conta na conceção e construção de escolas concentram a sua atenção em
vários factores que podem interferir negativamente como a temperatura ambiente da área, a
humidade relativa do ar e da sua movimentação.

Em suma o ambiente físico escolar deve oferecer boas condições de trabalho a toda equipe da
escola, moveis e matérias didáticos adequados à escola, recursos que favorecem o atendimento a
comunidade escolar; deve ser limpo, organizado, agradável e arborizado.

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3. O Sistema Nacional de Educação

A instituição do Sistema Nacional de educação (SNE) é uma entidade responsável pela


articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das
directrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.

O Sistema Nacional de educação (SNE) foi estabelecido em 1983 no intuito de proporcionar


educação para todos em Moçambique, bem como de romper com o sistema educacional herdado
do colonialismo. Desde então sofreu algumas alterações com vista a se adequar as novas
exigências no país, tendo sido alterado em 1992 com a introdução da lei 6/92 de 6 de maio.

3.1. Os Objectivos do Sistema Nacional de Educação

De acordo com Araújo (2010), refere que:

O Plano Estratégico de Educação e Cultura (PEEC), um documento orientador nas estratégias e


políticas de educação dos ensinos Secundário Geral e Básico moçambicanos, reconhece o valor da
educação para a sociedade moçambicana e, por isso, a sua estratégia para o período de 2006-
2010/11 coloca três objectivos – chave, que abaixo se mencionam (2006: 05):
 A expansão do acesso à educação;
 A melhoria da qualidade de Educação;
 O reforço da capacidade institucional, financeira e política com vista a assegurar a
sustentabilidade do Sistema (p.36).

Sendo a educação um instrumento importante do desenvolvimento social, político, cultural e


económico das pessoas, o SNE afigurou-se como um meio facilitador do processo desse
desenvolvimento, fixando-se a si os seguintes objectivos, através da lei nº 6/92 e constantes do
PLANO CURRICULAR DO ENSINO BÁSICO:

3.1.1. Educação para a cidadania

A educação para a cidadania encerra a componente do desenvolvimento integral do ser humano


capaz de se tornar cidadão útil e guiado por direitos e deveres como forças sociais
impulsionadoras de uma vida social ajustada. Por isso, uma educação que incide na formação do
cidadão deve:
a) Proporcionar o desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade;
b) Inculcar na criança, no jovem e no adulto padrões aceitáveis de comportamento
lealdade, respeito, disciplina e responsabilidade;

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c) Desenvolver a sensibilidade estética e a capacidade artística das crianças jovens e
adultos, educando-os no amor pelas artes e no gosto pelo belo;
d) Educar o cidadão a ter amor pela pátria, orgulho e respeito pela tradição e cultura
moçambicanas etc.

3.1.2. Educação para o desenvolvimento económico e social

O Sistema Nacional de educação concebe o desenvolvimento económico e social como um


objectivo crucial por que implica qualificações relativas ao desenvolvimento da produção e da
investigação científica, sem relegar a questão de aquisição e desenvolvimento de habilidades e
conhecimentos de carácter vocacional entre outras.

3.1.3. Educação para as práticas ocupacionais

As práticas ocupacionais têm a ver com actividades extras, mas que contribuem para o
desenvolvimento de outras habilidades úteis para a vida humana, tal é o caso das modalidades
desportivas. Basicamente, este objectivo do Sistema traduz a necessidade de:
 Desenvolver na criança, no jovem e no adulto o interesse pelos exercícios físicos,
desporto e recreação;
 Desenvolver na criança, no jovem e no adulto o hábito para a manutenção de um
corpo saudável através da higiene, prática de actividade física e desportiva, nutrição
e cuidados sanitários.

3.1.4. O papel do Sistema Nacional de Educação

Embora o Sistema tenha sido implementado gradualmente, como confirma o PLANO


CURRICULAR BÁSICO, o mesmo conheceu uma apreciação pouco positiva quanto aos
resultados obtidos após a sua avaliação:
a) Os programas de ensino e os livros concebidos para os alunos, bem como os manuais dos
professores tratam de matérias de modo compartimentado, não respeitando o princípio de
interdisciplinaridade;
b) O Ensino Primário não destaca as etapas intermédias fundamentais do processo de
ensino/aprendizagem e, consequentemente, não atende ao princípio pedagógico de
diferenciação que reconhece os diferentes ritmos e interesses de aprendizagem dos alunos;

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c) O currículo do Ensino Primário, em vigor, não abre, de uma forma explícita, a
possibilidade de integração do currículo local, o que faz com que os conteúdos temáticos
sejam abordados de modo uniforme e homogéneo em todo o País.
d) A avaliação pedagógica é predominantemente sumativa, desempenhando exclusivamente
a função selectiva: não há, praticamente, harmonização e integração do carácter formativo
e sumativo da avaliação pedagógica, um dos princípios fundamentais da prática do ensino
– aprendizagem:
 A formação de professores ainda não responde às reais exigências do ensino;
 Os programas de formação são predominantemente teóricos, não permitindo ao
formando a aquisição de capacidades para uma melhor gestão do processo de
ensino/aprendizagem e a subsequente utilização correcta dos materiais e meios de
ensino: “O ensino é, por conseguinte, mecanizado, apelando-se apenas para
a memorização, em detrimento de um processo pedagógico activo,
orientado para o desenvolvimento integral e harmonioso do aluno.” PCEB
(2008, cit. em Araújo, 2010, p.39).

4. A Organização do Ensino por Ciclos de Formação

Mainardes (2017), afirma que: A proposta de organizar a escola em ciclos surgiu com o
objetivo de superar a ideia da seriação como forma predominante de organização da
escola. Assim, as políticas de ciclos emergiram, nesses contextos, como uma forma de
superar o fracasso escolar e os elevados índices de reprovação. Algumas dessas propostas
são adjetivadas como uma forma de inovação educacional, de “renovação pedagógica”,
construção de um sistema educacional menos seletivo e mais democrático, entre outros
discursos (p.3).
Os ciclos de formação do Sistema Nacional de Educação em Moçambique justificam a
necessidade de uma maior flexibilidade curricular dos conteúdos programáticos para o processo
de ensino/aprendizagem. O conceito de ciclo denota o conjunto de unidades programadas para a
aprendizagem dos alunos, envolvendo na base da sua conceção habilidades e competências
específicas previamente definidas.
O Ensino Básico moçambicano é constituído por 7 classes organizadas em ciclos e graus. Sendo
assim, o primeiro ciclo encerra duas classes nomeadamente, as 1ª e 2ª classes, o segundo

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constituído por três classes, 3ª, 4ª e 5ª classes e o terceiro ciclo compreende duas classes: a 6ª e a
7ª.
Esta estrutura curricular compreende também dois graus: o primeiro que parte da 1ª às 5ª classes e
o segundo de 6ª à 7ª classe. Esta estruturação inscreve-se numa visão integral dos conteúdos
orientados ao desenvolvimento articulado e integrado de conhecimentos, valores e habilidades e
complementadas pelas actividades extracurriculares. PCEB (2008, cit. em Araújo, 2010, p.51).

De um modo geral, a estrutura curricular deste subsistema de ensino pretende garantir um


desenvolvimento integrado mediante as áreas curriculares distribuídas de seguinte modo:
 Comunicação e Ciências sociais: Língua Portuguesa, Línguas moçambicanas, Língua
Inglesa, Educação Musical, Ciências Sociais, Educação Moral e Cívica.
 Matemática e Ciências naturais: Matemática, Ciências Naturais
 Actividades Práticas e Tecnológicas: Ofícios, Educação Visual, Educação Física

5. Os Órgãos de Gestão Escolar

A gestão de uma escola depende fundamentalmente de duas componentes: a organização


administrativa e a componente humana (recursos humanos).

Martins (1999, cit. em Araújo, 2010), ao falar sobre o conceito de administração evidencia-o
“como ciência, propondo a previsão, a organização, o comando, a coordenação e o controlo como
suas fases fundamentais.” (p.62)

Embora em muitos casos as fases da administração geral tenham muitos aspetos comuns com a
da escola, a administração escolar comporta especificidades: “Na escola, há uma interação de
personalidades diferentes nas dimensões humana e político-social.”

Relativamente à unidade escolar no sentido strictus, a administração atua em conformidade com


as orientações hierarquicamente superiores guiada por princípios, como: Princípio do Objectivo
Comum; Princípio da Liderança; Princípio da funcionalização; Princípio da amplitude de
Controle Princípio da Coordenação; Princípio de Controle; Princípio da Experimentação
Princípio da Elasticidade. Normalmente as escolas são organizadas, do ponto de vista de gestão,
da seguinte maneira:

1. A Direcção da escola: Director, Director – Adjunto, Sector Administrativo.


2. Conselho Pedagógico-Administrativo

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 Director pedagógico:
a) Coordenador de Turno (manhã, tarde e noite)
b) Pedagógico (manhã, tarde e noite)
c) Serviços de apoio pedagógico (Biblioteca, Laboratório, Informática, Desporto,
actividades culturais etc.)
 Sector Administrativo: (Secretaria, Recursos Humanos, Limpeza, Mecanografia,
Segurança etc.)

Conclusão

O espaço físico da escola denota a ideia em volta das condições materiais que um certo
estabelecimento de ensino pode (ou podia) reunir para a realização adequada do trabalho docente
e discente. Desempenhando um papel importante na fixação de uma escola, a componente física é
cativa de vários aspetos prioritários e recomendados por qualquer Ministério de tutela no mundo,
nomeadamente, localização geográfica da escola, a dimensão da escola, a arquitetura, a (não)
propensão a poluição sonora, a segurança, etc. Aspetos como: paisagismo, acústica,
luminosidade, temperatura, acessibilidade e estética através do uso das cores e comunicação
visual e a utilização correta de todos esses fatores, aliado à funcionalidade, proporcionam aos
usuários do ambiente escolar condições adequadas de estudo e trabalho. A instituição do Sistema
Nacional de educação (SNE) é uma entidade responsável pela articulação entre os sistemas de
ensino, em regime de colaboração, para efetivação das directrizes, metas e estratégias do Plano
Nacional de Educação. Foi estabelecido em 1983 no intuito de proporcionar educação para todos
em Moçambique, bem como de romper com o sistema educacional herdado do colonialismo.
Desde então sofreu algumas alterações com vista a se adequar as novas exigências no país, tendo
sido alterado em 1992 com a introdução da lei 6/92 de 6 de maio. O SNE tinha como objectivos:
a expansão do acesso à educação; a melhoria da qualidade de Educação e o reforço da capacidade
institucional, financeira e política com vista a assegurar a sustentabilidade do Sistema. Os ciclos
de formação do Sistema Nacional de Educação em Moçambique justificam a necessidade de uma maior
flexibilidade curricular dos conteúdos programáticos para o processo de ensino/aprendizagem, de tal
forma que os conteúdos, competências e habilidades sejam concebidas e abordadas de uma forma
integral e preparando os alunos para a vida. O Ensino Básico moçambicano é constituído por 7
classes organizadas em ciclos e graus. Sendo assim, o primeiro ciclo encerra duas classes
9
nomeadamente, as 1ª e 2ª classes, o segundo constituído por três classes, 3ª, 4ª e 5ª classes e o
terceiro ciclo compreende duas classes: a 6ª e a 7ª. A gestão de uma escola depende
fundamentalmente de duas componentes: a organização administrativa e a componente humana
(recursos humanos). As escolas são organizadas, do ponto de vista de gestão, da seguinte
maneira: A Direcção da escola: Director, Director – Adjunto, Sector Administrativo; Conselho
Pedagógico-Administrativo.

Referências bibliográficas

Araújo, E. A. L. de. (2010). Prática Pedagógica I. Manual do Tronco Comum. A0014. S/ed.
Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distancia. Beira.
Moçambique: UCM.

Mainardes, J. & Stremel, S. (2017). A organização da escola em ciclos e suas relações com a
gestão educacional e escolar. In: Macedo, e.; Duarte, e. M. Avaliação no Ensino Básico:
reflexões e experiências do Brasil e de Moçambique. Maputo: educar UP.

Mendonça, E. C. de C. & Nogueira, J. de C. (2015). Espaço, Escola e Organização. UFMT.


Cuiabá – MT.

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