Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Economia Direito

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 101

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Preparado Por: Nzuzi Sampaio Francisco Jonny


INTRODUÇÃO À ECONOMIA

TÍTULO I PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Nzuzi Jonny 2
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Nzuzi Jonny 3
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Constituição económica: é o conjunto de normas e princípios relativos à economia, ou seja a Ordem


Constitucional Económica.

Nzuzi Jonny 4
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego:

OIKOS = Casa NOMOS = Norma, Lei Assim: “OIKOSNOMOS” `

“Administração da casa” `

“Aquele que administra o lar” `

“Administração da coisa pública”

Axiomas Fundamentais:

Racionalidade;

Equilíbrio. Nzuzi Jonny 5


INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Questões econômicas do dia-a-dia:


a) aumentos de preços;
b) desemprego;
c) setores que crescem mais do que outros;
d) dívida externa; dentre outros

Nzuzi Jonny 6
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

DEFINIÇÕES DA ECONOMIA:
A economia é o estudo da humanidade nos assuntos correntes da vida; “Alfred Marshall”
A economia é a ciência do bem estar; “Alfred Marshall”
A economia é ciência Voltada para administração dos recursos escassos da sociedade; “ Raymond Barre”
A Economia é ciência do bem estar, desde que este seja quantificado em termos monetários; “Arthur Pigou”
A economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade escolhem o emprego de recursos escassos, que
podem ter usos alternativos, de forma a produzir vários bens e a distribuí-los para consumo, agora e no futuro,
entre as várias pessoas e grupos na sociedade; “Paul Samuelson”
Em suma, a economia é ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da
sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas, que são ilimitadas.
Nzuzi Jonny 7
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Os Dez Princípios da Economia:


Princípio 1 – Pessoas enfrentam Tradeoffs:
Para obter uma coisa que desejamos, em geral temos que abrir mão de outra coisa da qual gostamos. Tomar decisões exige
comparar um objetivo com outro.
Tempo: Por que estudar?
Desejo: Por que estudar isso e não aquilo?
Renda Como gastar a renda familiar?
Governo: Como usar os recursos disponíveis?
Princípio 2 – O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la:
A tomada de decisões exige a comparação de custos e benefícios dos vários cursos de acção. Custo de oportunidade: é aquilo que
se abre mão para se obter alguma coisa.
Princípio 3 – Pessoas racionais pensam na margem:
Os economistas utilizam a expressão “alterações marginais” para descrever pequenos a ajustes incrementais incrementais a um
plano de ação incremental. Nzuzi Jonny 8
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Princípio 4 – Pessoas respondem a incentivos:


Os formuladores de políticas públicas nunca deveriam esquecer os incentivos, visto que muitas políticas mudam os custos ou
benefícios com que as pessoas se deparam e, portanto, alteram comportamentos;
Princípio 5 – O comércio pode melhorar a situação de todo:
Quando o membro de uma família procura um emprego, concorre com membros de outras famílias que estão em busca de
emprego;
Princípio 6 – Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade econômica:
As empresas decidem quem contratar e o que produzir . As famílias decidem em que empresas trabalhar e o que comprar com
seus rendimentos. Essas empresas e famílias interagem no mercado, no qual o preço e o interesse próprio orientam as decisões;
Princípio 7 – Os governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado:
Externalidades : é o impacto das ações de alguém sobre o bem estar dos que estão em torno. A poluição é um exemplo clássico.
Poder de marcado: capacidade de uma única pessoa ou grupo tem de influenciar indevidamente os preços de mercado (monopólio)

Nzuzi Jonny 9
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Princípio 8 – O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços:
Para melhorar os padrões de vida, os formuladores de políticas públicas devem aumentar a produtividade
assegurando que os trabalhadores tenham bom ensino, as ferramentas necessárias para produzir bens e serviços
e acesso à melhor tecnologia disponível.
Princípio 9 – Os preços sobem quando o governo emite moeda demais: Em muitos casos de inflação longa e
persistente, o culpado é sempre o mesmo – aumento na quantidade de moeda. Quando um governo emite
grandes quantidades de moeda, seu valor cai.
Princípio 10 – A sociedade enfrenta um de curto prazo entre inflação e desemprego:
Este tradeoff entre inflação e desemprego é denominada Curva de Phillips, pois é o nome do economista que pela
primeira vez examinou essa associação. Ela significa que, em um ou dois anos, muitas políticas econômicas
levam a inflação e o desemprego para direções opostas

Nzuzi Jonny 10
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Metodologia da Ciência Económica:


A Metodologia da ciência económica caracteriza-se por um conjunto de hipóteses e axiomas, como a
racionalidade, eficiência, o comportamento maximizador, equilíbrio de mercado. ela precisa usar métodos de
análise(modelos e teorias), com o intuito de representar a realidade de forma mais simplifica para descrever e
interpretar os factos para realização das previsões econômicas.
Na aplicação da metodologia económica aos objectos de estudos surgem vários problemas metodológicos que se
colocam na compreensão económica. Este problemas são.
a) CETERIS PARIBUS: Para um correcto estudo das relações económicas, considera-se que apenas uma ou
algumas variáveis estão a alterar enquanto tudo o resto permanece constante.
b) FALÁCIA DO POST HOC: Problema que decorre de um acontecimento A acontecer antes de um
acontecimento B e isso levar a uma explicação erronéa ou não bem sustentada.

Nzuzi Jonny 11
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

c) FALÁCIA DA COMPOSIÇÃO: Problema que decorre quando se considera que o que é verdade para uma das
parte é verdade para todos.

d) INCERTEZA DA VIDA ECONÓMICA: As condições, relações e factos económicos que se verificaram no


presente são distintos dos que se verificaram no passado e serão também distintos dos que se verificarão no
futuro.

e) SUBJECTIVIDADE: O que é verdade por exemplo para um individuo não é para outros indivíduos, assim
como em momentos temporais diferentes a opinião ou preferências podem diferir.

Nzuzi Jonny 12
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

MODELOS ECONÔMICOS:
Um modelo, é uma representação simplificada e abstrata de uma determinada realidade. Já o modelo econômico, é uma
representação simplificada da realidade econômica expressa através de símbolos e operações matemáticas que busca
descrever um certo conjunto de relações econômicas. A função de um modelo é a de exibir as relações e a
interdependência entre as variáveis endógenas e exógenas, e que pode apresentar as seguintes Características:
1 – Represente um fenômeno econômico real;
2 – Que a representação seja simplificada;
3 – Que seja feita em termos matemáticos.
Modelo Matemático
As modernas teorias econômicas são expostas, de um modo geral, em termos matemáticos. A matemática não é um fim
em si mesma, e sim um conjunto de instrumentos (cálculo, controle ótimo; matrizes, equações simultâneas, etc) que
facilitam a compreensão e a exposição das teorias econômicas.

Nzuzi Jonny 13
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Economia Positiva Versus Economia:

Análise Positiva: refere-se a um corpo de conhecimentos sistematizados referentes ao que é, sendo em


principio, independente de todo o juízo de valor, é a economia “do que é”.

Análise Normativa: refere-se ao corpo de conhecimento sistematizados que discute os critérios do que deveria
ser, é a economia “do que deveria ser”.

A economia positiva e a economia normativa não podem ser independentes, pois qualquer conclusão política se baseia
necessariamente sobre uma predição acerca das consequências de fazer uma coisa em lugar de outra, deve estar
baseada, implícita ou explicitamente na economia positiva

Nzuzi Jonny 14
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Conceitos de “Valor” na Economia


Há duas maneiras diferentes de se definir “valor” na economia moderna.
1ª relação do homem com natureza, ou do homem com as coisas.
2ª ele cria na actividade econômica, ou seja, o valor, é o grau de satisfação ou a utilidade derivada dessa
actividade.
É a chamada a teoria do valor-utilidade ou parte da relação entre uma necessidade humana e o serviço
ou objecto que a satisfaça.

Nzuzi Jonny 15
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Início da evolução do estudo da teoria microeconômica foi com a análise da demanda de bens e serviços.
Utilidade: grau de satisfação do consumidor com os bens e serviços que podem ser adquiridos no mercado.
Teoria do valor-utilidade: contrapõe-se à teoria do valor-trabalho, pressupondo que o valor de um bem se forma
por sua demanda, sendo portanto subjetiva e leva em conta que o valor nasce da relação do homem com os
objetos.
Visão utilitarista: prepondera a soberania do consumidor.
Valor de uso: utilidade que o produto representa o consumidor.
Valor de troca: se forma pelo preço do mercado

Nzuzi Jonny 16
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Utilidade total e utilidade marginal

Utilidade total: tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço.

Utilidade marginal: é a satisfação adicional obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é
decrescente, pois o consumidor vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade.

Ex: Paradoxo da água e do diamante

Nzuzi Jonny 17
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Ramos da Teoria Económica:

Teoria Económica - Leis que explicam o comportamento humano e fazem parte do conjunto de conhecimentos.
Microeconomia ou teoria de formação de preços: Examina a formação de preços em mercados específicos, ou
seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para
satisfazer a ambos simultaneamente.

Macroeconomia: Estuda/ analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como o
produto interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupança agregada, o nível geral de preços, entre outros.
Seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural), e busca explicar como a economia opera sem a
necessidade de compreender o comportamento de cada indivíduo ou empresa que dela participam

Nzuzi Jonny 18
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Ramos da Teoria Económica:

Os grandes tópicos abordados na análise microeconómica, são as seguintes:

Iª Teoria da Demanda (Procura);


IIª Teoria da Oferta;
IIIº Estruturas de Mercado;
IVª Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem Estar;
Vª Imperfeições do Mercado: Externalidade e Bens Públicos.

Os grandes tópicos abordados na análise macroeconómica, são as seguintes:


Iª Produto;
IIª Desemprego;
Nzuzi Jonny 19
IIIª Inflação;
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Conceito de Bens e Necessidades:

Necessidades: é estado de carência de um determinado individuo. E que podem apresentar as seguintes


característica:

a) Multiplicidade: As necessidades são múltiplas e infinitas;

b) Saciabilidade: As necessidades diminui com a sua satisfação;

c) Hierarquizáveis: As necessidades são ordenadas com base na sua importância;

d) Relatividade: As necessidades variam no tempo e no espaço;

e) Substituibilidade: As necessidades podem ser satisfeitas por bens alternativos.


Nzuzi Jonny 20
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Classificação das Necessidades:

1. Quanto ao Custo:

a) Necessidades Económicas o que implica dispêndio de valores monetários;

b) Necessidades Não Económicas: o que não implica o dispêndio de valores monetários:

2. Quanto à Importância:

a) Primária;

b) Secundária;

3. Quanto Abrangência:

a) Individual;
Nzuzi Jonny 21
b) Colectivas.
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Bem: É tudo aquilo que possui utilidade e que podem ser avaliado economicamente.

Característica do Bens:

Bens Livres: Tudo aquilo que a natureza coloca a disposição do homem.

Bens Económicos: São aqueles que sua utilização requere o pagamento de um preço.

Classificação dos Bens:

1. Quanto à Realidade Física:

a) Bens Matérias;

b) Bens Imateriais;
Nzuzi Jonny 22
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

2. Quanto à Durabilidade:

a) Bens Duradouros;

b) Bens Não Duradouros;

3. Quanto à Origem:

a) Bens Naturais;

b) Bens Industrias.

4. Quanto à Função:

a) Bens de Consumo;
Nzuzi Jonny 23
b) Bens de Produção.
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Bens de capital, bens de consumo e bens intermediários e fatores de produção

Bens de capital: são utilizados na fabricação de outros bens, sem desgaste total no processo. Ex: máquinas,
equipamentos, etc.

Bens de consumo: buscam atender as necessidades humanas, podendo ser duráveis (geladeira) ou não-
duráveis (alimentos).

Bens intermediários: são transformados e agregados na produção de outros bens, sendo consumidos no
processo produtivo

Nzuzi Jonny 24
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

FACTORES DE PRODUÇÃO:
Para a produção de bens e serviços fundamentais para satisfazer as necessidades humanas, é necessaria
a utlização de recursos produtivos, também chamados de factores de produção. Estes subdividem-se em:
a) Terra: o termo terra tem um sentido bastante amplo em economia, incluindo aqui os recursos naturais e
todos os recursos criados pela natureza;
b) Trabalho: é esforço humano, que assenta nas suas capacidades fisicas e intectuais para produzir bens
e serviços;
c) Capital: Podemos dividir em capital fisico e humano. são utilizados na fabricação de outros bens, sem
desgaste total no processo. Ex: máquinas, equipamentos, etc.

Nzuzi Jonny 25
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Escassez, Escolha e Racionalidade:


Escolha: de alternativas e distribuição de resultados.
Escassez: recursos limitados contrapõem necessidades humanas limitadas.
Necessidades: como alocar recursos limitados para satisfazê-las ao máximo?
Recursos: recursos produtivos são limitados.

Nzuzi Jonny 26
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Nzuzi Jonny 27
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Os problemas econômicos fundamentais


O quê e quanto produzir( Quais bens devem ser produzidos): Não possivel produzir dois bens ou mesmo
tempo devido a limitação dos recursos.
Como produzir(Como os bens devem ser produzidos): Os métodos de produção podem utilizar mais capital ou
mais trabalho.
Para quem produzir( Quem consome os bens produzidos): A sociedade como um todo deve decidir de que
forma será feita a distribuição do produto.

O modo como as sociedades resolvem os problemas económicos fundamentais está baseado no sistema
económico de cada nação, definindo como forma económica, social e política como está organizado a sociedade.

Nzuzi Jonny 28
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Curva de Produção ou Fronteira de Possibilidade de produção:

A FPP consiste numa simplificação da realidade económica para demonstrar o conflito (trade-off) existente
entre diferentes alternativas. Consideremos uma economia hipotética onde só se produzem batatas ( B) e
camisas ( C).

A FPP representa a capacidade máxima de produção de batatas e camisas mediante os recursos disponíveis
nessa economia.

Nzuzi Jonny 29
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Nzuzi Jonny 30
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Deslocamentos da curva de possibilidades de produção

O deslocamento da CPP par a direita indica que o país está crescendo, o que pode ocorrer em função do aumento da
quantidade física de factores, progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional e melhoria no grau
de qualificação da mão-de-obra.

Custo de oportunidade

A transferência dos factores de produção de um bem X para produzir um bem Y implica um custo de oportunidade
que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem X para se produzir mais do bem Y.

Nzuzi Jonny 31
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

SISTEMAS ECONÓMICOS:
Como as pessoas podem resolver os problemas econômicos fundamentais? A resposta a esta
questão depende da forma de organização econômico
Sistema Económico: é a forma de organização político-económica que as sociedades têm para
resolver os seus problemas económicos fundamentais. Há duas formas principais de organização
econômica:

1. Economia de mercado (ou descentralizada, tipo capitalista);


2. Economia planificada (ou centralizada, tipo socialista);

Nzuzi Jonny 32
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Economia de Mercado:
É um tipo de sistema económico o qual privilegia-se a existência de iniciativa privada, mas o Estado intervém
sempre que houver as falhas de mercado. E que pode apresenta as seguintes características:

a) O Estado actua como árbitro para regular a economia;


b) Existem muitas empresas privadas;
c) A produção dos bens e serviços depende directamente das empresas.
d) Os Preços dos bens e serviço dependem da oferta e procura do mercado.
e) Objectivo fundamental é maximização dos lucros.
f) O mercado por si só não promove o bem estar e nem a distribuição da renda.
Nzuzi Jonny 33
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

As economia de mercado podem ser analisadas por dois sistema:


1.Sistema de concorrência Pura( Sem intervenção do Estado).
2. Sistema de economia mista ( com a intervenção do Estado).

Críticas sobre o modelo de concorrência pura:


a) Trata-se de uma grande simplificação da realidade.
b) Os preços nem sempre flutuam livremente;
c) O mercado por si só não promove o bem estar e nem a distribuição da renda.

Nzuzi Jonny 34
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Economia Centralizada :
É um tipo de sistema económico no qual a produção é prévia e racionalmente planificada por especialistas,
os meios de produção são propriedades do Estado. A actividade económica é controlada por uma
autoridade central que estabelece metas de produção, distribuição dos bens e serviços. E pode apresenta
as seguintes características:

a) O Estado é o único agente económico;


b) Existência da iniciativa privada é nula;
c) A produção dos bens e serviços dependem exclusivamente do Estado
d) Os Preços dos bens e serviço são fixados pelo aparelho Central.
f) Objectivo fundamental é maximização do bem estar dos cidadãos ou sociedade.
Nzuzi Jonny 35
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Quando analisamos as Economias reais, chegamos a conclusão de que, os sistemas económicos não são puros,
porque apresentam sempre as duas características. Logo podemos dizer que elas são mistas.

Economia Mista : é um sistema de organização económico que- se caracteriza pela coexistência de duas esferas
do interesse no funcionalmente das mesma. E pode apresenta as seguintes características:

a) Intervenção parcial do Estado ;


b) Capital público e Privado;
c) Realização de actividade conjunta entre o Estado e os Privados;
d) Os Preços dos bens e serviços são fixados pelo aparelho Central.
e) Objectivo fundamental é maximização do lucro e do bem estar dos cidadãos ou sociedade.
Nzuzi Jonny 36
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Síntese dos Sistemas Económicos:

.
Nzuzi Jonny 37
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Fluxo Real da Economia:

. Nzuzi Jonny 38
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Fluxo Monetário da Economia:

. Nzuzi Jonny 39
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Unindo o fluxo real e fluxo monetário da economia, teremos o fluxo circular da renda:

Nzuzi Jonny 40
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Evolução do Pensamento Econômico: Breve Retrospecto:


Início da teoria econômica de forma sistematizada a partir da publicação de “A riqueza das nações” de
Adam Smith (1776).
Precursores da teoria econômica
Antiguidade: Aristóteles, Platão e Xenofonte, na Grécia Antiga.
Mercantilismo: séc. XVI nasce primeira escola econômica voltada para a acumulação de riquezas de uma
nação.
Fisiocracia: séc. XVIII nasce a escola de pensamento francesa que coloca que a terra é a única fonte de
riqueza e há uma ordem natural que faz o universo ser regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e
universais. (Dr. François Quesnay

Nzuzi Jonny 41
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

OS CLÁSSICOS:
Adam Smith: O mercado é como que guiado por uma “mão invisível”, a partir da livre iniciativa (laissez-faire), do trabalho
humano, levando em conta a produtividade e a proteção à sociedade.

David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como acumulação de capital, acompanhada
de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda. Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria
das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista.

John Stuart Mill: sintetizador do pensamento neoclássico, consolidando o exposto anteriormente e avançando ao
incorporar elementos institucionais e ao definir melhor restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de
mercado.

Nzuzi Jonny 42
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Jean-Baptiste Say: subordina o problema das trocas de mercadorias a sua produção e populariza a lei de Say, “a
oferta cria sua própria procura”.

Thomas Malthus: sistematiza uma teoria geral sobre a população, assinalando que o crescimento da população
dependia da oferta de alimentos, dando apoio à teoria dos salários de subsistência e levantando o problema do
excesso populacional.

A TEORIA NEOCLÁSSICA:
Alfred Marshall: publica “Princípios da economia” e levanta questões do comportamento do consumidor, teoria
marginalista e teoria quantitativa da moeda.

Nzuzi Jonny 43
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

A TEORIA KEYNESIANO:
“Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, o teórico vive na época da Grande Depressão e constrói uma teoria que acredita na crise
como problema temporário, mostrando combinações políticas econômicas e soluções para a recessão.
a) Nível de produção nacional;
b) Demanda agregada ou efetiva;
c) Fim do laissez-faire;
d) Monetaristas: privilegiam o controle da moeda.
e) Uso de políticas fiscais e certo grau de intervenção do Estado na economia;
f) Pós-keynesianos.
PERÍODO RECENTE:
mudanças na teoria econômica, principalmente, após duas crises do petróleo. Pontos: existe uma consciência maior das limitações e
possibilidades de aplicações da teoria; avanço do conteúdo empírico da economia; e consolidação das contribuições anteriores.

Nzuzi Jonny 44
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

ABORDAGENS ALTERNATIVAS:
a) Marxistas e institucionalistas: criticam a abordagem pragmática da economia e propõe enfoque analítico.

b) Marxista: “O Capital” de Marx, conceito de mais-valia, aspecto político, conceito de valor-trabalho.

C) Institucionalistas: Veblen e Galbraith, dirigem críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de
ela não incorporar em sua análise as instituições sociais.
1969 - Prêmio Nobel da Economia: teoria econômica como corpo científico, seus primeiros ganhadores foram
Ragnar Frisch e Jan Tinbergen.

Nzuzi Jonny 45
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

DEFINIÇÕES DA ECONOMIA:
A economia é o estudo da humanidade nos assuntos correntes da vida; “Alfred Marshall”
A economia é a ciência do bem estar; “Alfred Marshall”
A economia é ciência Voltada para administração dos recursos escassos da sociedade; “ Raymond Barre”
A Economia é ciência do bem estar, desde que este seja quantificado em termos monetários; “Arthur Pigou”
A economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade escolhem o emprego de recursos escassos, que
podem ter usos alternativos, de forma a produzir vários bens e a distribuí-los para consumo, agora e no futuro,
entre as várias pessoas e grupos na sociedade; “Paul Samuelson”
Em suma, a economia é ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da
sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas, que são ilimitadas.
Nzuzi Jonny 46
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Conceito de Mercado:

O termo mercado se refere à área onde são realizadas transações econômicas, isto é, uma troca de bens e
serviços entre particulares, empresas ou outro tipo de organização. Ou seja, o ponto de encontro entre
compradores e vendedores.

Nzuzi Jonny 47
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Existe dois grandes elementos que determinam as estruturas de mercado a saber:

a) A quantidades de Agentes ( Formas de actuação);


b) Natureza dos Produtos( Heterogéneo e Homogéneo).

Principio de Optimização: As pessoas tentar escolher o melhor padrão para o seu consumo;

Principio do equilíbrio: Os preços ajustam-se até que o total que pessoas demandam seja igual ao total
oferecido;

Preço de Reserva: é quantia máxima que uma pessoa está disposto apagar por um bem ou serviço;

Monopólio discriminador: é uma situação em que o mercado é denominado por um único vender de um produto
ou serviço. Nzuzi Jonny 48
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Demanda (procura):

é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período de tempo, dada
sua renda e o preço de mercado. A Demanda não representa a compra efectiva, mas a intenção de comprar, a dados
preços.

Lei geral da demanda: relação inversamente proporcional entre quantidade procurada e o preço do bem, que pode ser
expressa pela curva ou escala de procura, revelando as preferências dos consumidores. Qd=f(P)
Qd= quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de tempo
P= preço do bem ou serviço.

Efeitos que causam a queda da quantidade demandada:

• efeito substituição;
• efeito renda. Nzuzi Jonny 49
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Determinantes da Demanda:

qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda

q di = Quantidade procurada (demandada) do bem i


pi = preço do bem i
ps = Preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = Preço dos bens complementares
R = Renda do consumidor
G = Gostos, hábitos e preferências do consumidor

Nzuzi Jonny 50
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Nzuzi Jonny 51
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 52
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 53
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem

Nzuzi Jonny 54
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem

Nzuzi Jonny 55
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços da surgimento a dois
importantes conceitos:
a) Bem substituto: quando o consumo de um bem ou serviço, pode ser substituido por um outro bem ou serviço.

qid = f ( ps )
b) Bens Complementar: são bens consumidos em conjunto.

Nzuzi Jonny 56
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a demanda de um bem e Renda do Consumidor:

a) Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do
bem;

b) Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada
do bem;

c) Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem.
Nzuzi Jonny 57
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Curva da Demanda: A curva da demanda pode ter funções do tipo linear e não linear.

a) Função Linear:

b) Função Não Linear:

Fórmula Analógica:

(Q- Q1)= ( Q2-Q1)/( P2-PA) *( P-P1)

Nzuzi Jonny 58
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 59
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Representação Gráfica da Demanda:

Nzuzi Jonny 60
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Excedente do consumidor:

Bem-estar gerado pela diferença entre a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço
efetivamente efetivamente pago por um bem ou serviço

EC= ( Pmax-Pm) * Qm)/ 2

Nzuzi Jonny 61
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma excepção à “Lei Geral da Demanda”, em que a curva é
positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.

Nzuzi Jonny 62
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Oferta de Mercado:

É a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos
preços, em um determinado período.

Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da
restrição de custos de produção.

Lei da Oferta: a quantidade e o preço representam uma relação directamnete proporcional, ou seja,
quanto maior é preço maior serão as quantidade produzidas.
Nzuzi Jonny 63
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Determinantes da Oferta:
qi0 = quantidade ofertada do bem i
pi = preço do bem i
p fp = preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
pn = preço de outros n bens, substitutos na produção
T = tecnologia
M = metas e objetivos do empresário

Nzuzi Jonny 64
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Determinantes da Oferta:

q = f ( pi , p fp , pn , T , M )
0
i

Nzuzi Jonny 65
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a oferta de um bem e preço do factor (Insumo) de produção (Pfp):

a) Aumento do preço do factor de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem;

b) Redução do preço do factor de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

qi0 = f ( p fp )

Nzuzi Jonny 66
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens (pn) :

a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem;

b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

q = f ( pn )
0
i

Nzuzi Jonny 67
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T):

a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem;

b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem.

q = f (T )
0
i

Nzuzi Jonny 68
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M):

Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a
produção.

q = f (M )
0
i

Nzuzi Jonny 69
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 70
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 71
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Curva da Oferta: A curva da Oferta pode ter funções do tipo linear e não linear.

a) Função Linear:
qSdi = aSd + bpdS..mm
– bp
b) Função Não Linear:

Fórmula Analógica:

(Q-Q1)= ( Q2-Q1)/( P2-PA) *( P+P1)

Nzuzi Jonny 72
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Representação Gráfica da Curva da Oferta:

Nzuzi Jonny 73
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Excedente do produtor:

É Ganho em bem-estar pelo facto do produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo
que viabilizaria sua produção.

EP= ( Pe-Pmim) * Qe)/ 2

Nzuzi Jonny 74
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Equilíbrio de Mercado:

O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a


quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). Qd= Qs

Nzuzi Jonny 75
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Excesso da Oferta:

Situação em que a quantidade oferecida é maior que a quantidade demandada. Qs>Qd

Nzuzi Jonny 76
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Excesso da Procura:

Situação em que a quantidade demandada é maior que a quantidade oferecida. Qd>Qs

Nzuzi Jonny 77
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Elasticidade:

Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras


variáveis,ou seja, é a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra,
coeteris paribus.

Nzuzi Jonny 78
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do
bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.

A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo,
|Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ).

Nzuzi Jonny 79
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Elasticidade-preço da demanda:

q1 − q0 q d
i
%qid qo q pi qid
d
E pd = = = = d i

% pi p1 − p0 pi qi p
p0 pi
Nzuzi Jonny 80
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 81
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Nzuzi Jonny 82
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Elasticidade-preço da oferta:

Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem,
coeteris paribus.

Nzuzi Jonny 83
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Elasticidade-preço da oferta:

Nzuzi Jonny 84
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

Classificação da Elasticidade da Demanda:


a) Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação
percentual na quantidade demandada em sentido contrário;

b) Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação
percentual na quantidade demandada em sentido contrário;

c) Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no
preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário.
Nzuzi Jonny 85
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

ACTIVIDADE FINANCEIRO DO ESTADO:


O Estado contemporâneo resulta de um longo caminho evolutivo. Nascido da necessidade de fazer face às
falhas e incapacidades do mercado, o Estado começou por ter funções muito limitadas.
O fenómeno financeiro público tem, assim, de ser visto hoje no contexto das economias mistas, nas quais
mercado, regulação, estabilização e protecção social têm de se complementar.
Assim, na dimensão jurídica, partimos do respeito pelo Estado de Direito e pelo primado da lei, que obriga à
salvaguarda dos direitos fundamentais e dos direitos económicos e sociais, bem como à existência de
mecanismos de responsabilidade financeira quando haja infracções. Na dimensão política, o princípio do
consentimento dos cidadãos tem de ter expressão efectiva a começar na legitimidade da representação,
nos parlamentos dos Estados e nas instituições supranacionais.
Nzuzi Jonny 86
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Finanças Publicas e Actividades Financeira do Estado:


Quando falamos de Finanças Públicas referimo-nos actividade económica de um ente público tendente à afectação de
bens à satisfação de necessidade. entre as decisões sobre a satisfação das necessidades colectivas e o prosseguimento
do interesse público encontramos o fenómeno financeiro público e as finanças públicas.
Em sentido orgânico, estamos perante os órgãos do Estado ou de outros entes públicos a quem compete gerir os recursos
destinados à satisfação de necessidades sociais.
Em sentido objectivo, estamos perante a actividade através da qual o Estado ou outro ente público afecta bens
económicos à satisfação de necessidades sociais.
Em sentido subjectivo, estamos perante a disciplina científica que estuda os princípios e regras que regem essa
actividade.

Nzuzi Jonny 87
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

As Finanças Publicas referem-se a aquisição e utilização de meios financeiros pelas entidades públicas, ou seja, dizem
respeito as receitas e as despesas do Estado, dos municípios e das entidades para estaduais. O seu estudo abarca
aspectos como do orçamento, as receitas e despesas pública e a sua utilização como instrumento de política económica e
social.
As Finanças Publicas existem porque existe a necessidade do Estado, realizar despesas e consequentemente cobrar as
receitas.

O Estado tem como finalidade a satisfação de necessidades colectivas, tais como a segurança e ordem pública, a defesa
nacional, a administração da justiça o acesso a educação e saúde a existência de infra-estruturas económicas e sociais e
a estabilidade macroeconómica.

Nzuzi Jonny 88
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

ORÇAMENTO DO ESTADO:
É o quadro geral básico de toda a actividade financeira pública, ou seja, é o instrumento programático aprovado por lei
específica de que se serve a administração do estado e administração autárquica, para gerir coisa públicas de acordo com
os princípios de unidade, universalidade, anualidade e publicidade.
As Funções do Orçamento:
Compreende-se, assim, a importância deste instituto, onde, mais do que uma previsão de receitas e despesas públicas, e
do que um documento contabilístico, temos uma autorização com um conteúdo jurídico-político preciso, que visa garantir
uma utilização racional e adequada dos meios obtidos através da tributação e dos instrumentos de ordenação e regulação
da economia.

Nzuzi Jonny 89
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

As funções do Orçamento de Estado são de três tipos:

a) Económicas: ligadas à racionalidade, à eficiência e à transparência no que respeita ao fenómeno económico, isto é, à
satisfação de necessidades públicas e à estabilização da conjuntura económica;
b) Políticas: inerentes à garantia do equilíbrio e separação de poderes, bem como à garantia do respeito dos direitos
fundamentais dos cidadãos e dos contribuintes em especial;
c) Jurídicas: ligadas à salvaguarda concreta dos direitos subjectivos dos cidadãos, à organização e funcionamento da
Administração Pública e à limitação dos poderes executivos, a partir do respeito do princípio do consentimento. Portanto,
através dele se autoriza o exercício dos poderes da administração financeira e se fixam os seus limites

Nzuzi Jonny 90
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Regras do Orçamento:
Orçamento, dever se a respeitar vários princípios e regras, normalmente designadas por regras orçamentais, de forma a
.
garantir que as funções económica, política e jurídica da instituição o orçamental não sofram desvios
a) Regra da anualidade: envolve uma dupla exigência: votação anual do Orçamento pelo Parlamento e execução
anual do Orçamento pelo Governo e Administração Pública; Em Angola, a semelhança do que sucede na maioria dos
países as receitas e as despesas são orçamentadas para o período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de
Dezembro, o qual coincide com o ano civil.
b) Regra da Equidade: Tem como finalidade garantir que os recursos sejam gastos considerando a necessidade de não
oneração das gerações futuras, especialmente no tocante a encargos cujo benefício reverta apenas para as gerações
presentes. Deve, pois, existir equidade na distribuição de benefícios e custos entre gerações
Nzuzi Jonny 91
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

c) Regra da Publicidade: O Governo deverá assegurar a publicação de todos os documentos que se revelem
necessários para assegurar a adequada divulgação e transparência do Orçamento de Estado e da sua execução;
d) Regra da Não Consignação: Segundo este princípio “não pode afectar-se o produto de quaisquer receitas à cobertura
de determinadas despesas”. Pretende-se, deste modo, que a totalidade das receitas públicas seja destinada à
generalidade das despesas;
e) Regra Consignação: Segundo este princípio “pode afectar-se o produto de quaisquer receitas à cobertura de
determinadas despesas específica;
f) Regra da Especificação: Estipula que o Orçamento deve especificar “as despesas segundo a respectiva classificação
orgânica e funcional, de modo a impedir a existência de dotações e fundos secretos, podendo ainda ser estruturado por
programas”. Assim, as despesas são fixadas de acordo com uma classificação orgânica, económica e funciona

Nzuzi Jonny 92
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

H) Regra do orçamento bruto: As receitas e despesas devem ser inscritos no orçamento pela importância ou valor
integral em que foram avaliadas, ou seja, as receitas e as despesas devem ser inscritas no orçamento de forma bruta não
líquida;
I) Equilíbrio orçamental: Na sua formulação clássica o equilíbrio orçamental é visto como uma determinação formal: tem
de se prever em cada orçamento as receitas necessárias para cobrir todas as despesas;

Nzuzi Jonny 93
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Preparação e aprovação do Orçamento:


A preparação orçamental é da competência do poder executivo. A preparação do orçamento tem início com a divulgação
das instruções para a sua elaboração pelo Presidente da República. São dadas a conhecer a todos os serviços a quem
compete (unidades orçamentais) a elaboração das propostas parciais do OGE, que resumem e integram as propostas
preliminares elaboradas pelas unidades gestoras delas dependente. A proposta do orçamento compreende:
a) O relatório de fundamentação, que constitui a introdução ao projecto de lei orçamental;
b) O projecto de lei orçamental;
c) Os anexos ao projecto de lei orçamental.

Nzuzi Jonny 94
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Aprovação da proposta orçamental:


O órgão central responsável pelo OGE (Direcção Nacional do Orçamento) consolida as propostas apresentadas pelas
unidades orçamentais e procede a uma avaliação preliminar. Após esta avaliação a proposta consolidada é remetida ao
PR. O presidente da República, por sua vez, remete à A.N., a proposta final do OGE, relativa ao exercício subsequente,
até ao dia 31 de Outubro. A remissão da proposta do OGE à A.N. é acompanhada por um relatório do PR sobre as
grandes linhas que a sustentam.
Votação do orçamento:
A assembleia nacional deve votar a proposta de Lei Orçamental, até dia 15 de Dezembro. Se a Assembleia Nacional não
votar ou, tendo votado, não aprovar a proposta de orçamento, reconduz-se o orçamento do ano anterior, até a sua
aprovação final, vigorando as regras duodecimais sobre a gestão orçamental até a aprovação da nova proposta. A
rejeição da proposta orçamental é comunicada ao PR com nota explicativa das suas razões, bem como das propostas
alternativas ou de emendas as opções de política económica e ao OGE, até ao dia 20 de Dezembro.
Nzuzi Jonny 95
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Execução Orçamental:
A execução do orçamento das receitas e despesas deve obedecer a um princípio de segregação de funções de liquidação
e de cobrança no caso das primeiras e de autorização de despesa, de autorização de pagamento e de pagamento no
caso das segundas. Essa segregação, que visa obter maior segurança e racionalidade, deve estabelecer-se entre
diferentes serviços ou entre agentes diferentes no mesmo serviço.
Execução do orçamento das receitas:
Uma vez aprovado e publicado, o Orçamento entra em vigor e a sua execução faz-se através da cobrança de receitas e
do pagamento de despesas. O orçamento além de prever o montante das receitas, autoriza os serviços a procederem,
tanto à liquidação como à cobrança de receitas. Estas operações de liquidação e cobrança integram o modo de execução
do orçamento de receitas. Os serviços ao liquidarem (apurarem) e cobrarem receitas estão a servir-se de autorizações
para o fazer.
Nzuzi Jonny 96
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Execução orçamental das despesas:

A execução do orçamento das despesas traduz-se na utilização das autorizações de pagar (créditos orçamentais) durante o
período financeiro, já que o orçamento é gerência. A realização de qualquer despesa obedece a três dessas etapas:

a) A cabimentação da despesa: é o acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir do saldo de
determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da despesa aprovada e que assegura ao fornecedor
que o bem ou serviço;

Nzuzi Jonny 97
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

b) Liquidação: É a verificação do direito do credor, com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo
crédito.

A liquidação da despesa tem por objectivo apurar:


a) A origem e a natureza do credito que se deve pagar;
b) b) A importância exacta a pagar;
c) c) A quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.

A liquidação da despesa tem por base:


a) O contrato, acordo respectivo ou factura;
b) A Nota de Cabimentação
c) Os comprovativos de entrega dos bens ou prestação efectiva do serviço.

Nzuzi Jonny 98
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

C) Pagamento: é a quitação do débito após a sua regular liquidação. O pagamento é efectivado através da emissão da
correspondente Ordem de Saque, após despacho exarado por entidade competente, determinando que a despesa seja paga. O
pagamento da despesa é efectuado por estabelecimento bancário credenciando e, em casos excepcionais, por meio de
adiantamento.

Controlo da Execução Orçamental:

A fiscalização orçamental, financeira e patrimonial e operacional da Administração do Estado e dos órgãos que dele dependem,
é exercida pela Assembleia Nacional e pelo Tribunal de Contas, ao nível do controlo externo, e pelo Presidente da República,
através dos seus órgãos especializados, ao nível do controlo interno. O controlo externo é exercido pela Assembleia Nacional, a
quem compete aprovar a Conta Geral do Estado, podendo a mesma ser acompanhada do Relatório Parecer do Tribunal de
Contas e todos os elementos necessários a sua análise

Nzuzi Jonny 99
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Compete ao órgão encarregue de proceder o controlo interno:

a) Apreciar a Conta Geral do Estado, bem como os relatórios trimestrais de execução do OGE;
b) Julgar as contas dos responsáveis por dinheiros, bens e valores da Administração do Estado ou dos órgãos que dele
dependem;
c) Realizar inspecções de natureza orçamental, financeira ou patrimonial, com poderes para requisitar e examinar todos
elementos que julgue necessários;
d) Apresentar perante os tribunais, as irregularidades ou abusos apurados, com vista à imputação de responsabilidade
disciplinar, civil ou criminal;

Nzuzi Jonny 100


INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Crimes Cometidos por Agente Publico:

a) Prevaricação: O agente publico que, contra o que esteja legalmente estatuído, conduza ou decida um processo em que
intervenha, no exercício das suas funções, com a intenção de prejudicar ou beneficiar alguém, e punido com prisão maior de
dois a oito anos;
b) Violação de normas de execução do plano e orçamento: O agente publico a quem, por dever do seu cargo, incumba o
cumprimento de normas de execução do plano ou do orçamento e, voluntariamente, as viole e punido com prisão, quando:
Contraia encargos não permitidos por lei; ou Autorize ou promova operações de tesouraria ou alterações orçamentais proibidas
por lei; ou ainda De, ao dinheiro publico, um destino diferente daquele a que esteja legalmente afectado;

c) Abuso de poder: O titular de cargo de responsabilidade que, abusando dos poderes que a lei lhe confere ou violando os
deveres inerentes as funções ou por qualquer fraude, obtenha, para si ou para terceiro, um beneficio ilegítimo ou cause prejuízo
a entidade publica ou privada e punido com prisão e multa correspondente, se pena mais grave não couber por força de outra
disposição legal;
Nzuzi Jonny 101

Você também pode gostar