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Improviso em Dominantes Substitutos (SubV7)

Vamos revisar: os acordes Dominantes Substitutos (SubV7) são aqueles que


substituem acordes Dominantes pois possuem o mesmo trítono. Abaixo vamos revisar
também as escalas usadas para Dominantes "normais".

Dominante:

Tonalidade maior: C Dm G7 = usar Mixolídio em G7


Tonalidade menor: Cm Dm7(b5) G7 = usar Mixolídio b9
b13 em G7
Dominante Substituto:

Tanto em Maior como Menor usar Lídio b7


C Dm Db7

Cm Dm7(b5) Db7
Os Intervalos são: 1 2 3 #4 5 6 b7
Veja que esse modo é uma mistura de Lídio que tem #4 com Mixolídio que tem b7.

*No módulo de teoria eu ensino a escala menor melódica completa com todas as suas
digitações no braço do violão.

Em anexo está a digitação desse modo partindo com baixo na quinta e sexta corda o que
já é suficiente para se criar algumas frases já que as passagens musicais com acordes
SubV7 são geralmente curtas, mas lembre-se que se você dominar a escala melódica
completa pode "frasear" em qualquer região do braço do violão.
Para achar o local onde para fazer a escala, basta tocar a tônica do acorde na bolinha
vermelha da escala mostrada no diagrama.
*São 2 arquivos. Um possui os diagramas como o aluno vê o braço do violão do professor e o outro
como uma tablatura. Consulte o arquivo que preferir, os dois são iguais.

A aula segue com os conteúdos abaixo


No estudo mais aprofundado de jazz existem várias possibilidades de escalas a
serem utilizadas nos Dominantes Secundários, mas quero ensinar a vocês dois
modos de pensar bem práticos.

MÉTODO 1: Quando surgir um Dominante Secundário você precisa apenas


substituir na escala as notas diferentes que aquele acorde possui.

Quando por exemplo surge um acorde de C7 na tonalidade de C, essa


sétima menor é um Bb que não faz parte da escala. Bastaria então
trocarmos a nota B por Bb da escala de C durante nosso solo nesse acorde.
Ao fazermos isso garantimos nosso solo sempre possui notas corretas
(embora hajam várias outras sonoridades possíveis com outras escalas).
MÉTODO 2: Quando surgir um Dominante Secundário podemos
analisar para onde esse acorde vai nos levar. Exemplo: um C7 poderia
resolver em F ou em Fm.

Se ele resolver em F usamos o modo de C Mixolídio: 1 2 3 4 5 6 b7


Se ele resolver em Fm usamos o modo C Mixolídio (b9 b13): 1 b2 3 4 5 b6
b7 (menor harmônica)
*Em anexo você encontra o arquivo com duas digitações comuns com
baixo na quinta e na sexta corda desses 2 modos.
**Já existe uma aula sobre isso no Módulo de
Teoria: https://kaiserplay.club.hotmart.com/lesson/W0OvVrdNOj/aplicaco
es-do-modo-mixolidio-resolucao-em-tons-maiores-e-menores

Com a prática você vai perceber que essas duas abordagens levam diversas
vezes ao mesmo resultado.

Em outros casos você pode escolher de qual maneira seu cérebro funciona
melhor. Pessoalmente eu vario muito.

O MÉTODO 1 é praticamente infalível pois se resume a: "altere apenas as notas


que o novo acorde possui". Flautistas adoram usar esse método e estudam
muito através de arpejos, pois na dúvida basta fazer arpejos nesses novos
acordes, cromatismos e etc... Até eu quando eu fico "encrencado" devido ao
pouco tempo pra pensar numa "canja informal" com improvisos, uso muito esse
recurso principalmente nas baixarias de violão de 7 cordas.

O MÉTODO 2 pode ser muito interessante para nós violonistas pois basta
fazermos um shape de determinado modo quando aquele acorde surge.

Isso vai ficar mais claro agora com os exercícios a seguir.


Você deve improvisar juntos com as bases. Treine um pouco cada uma para não
ficar entediado. Com o tempo você vai perceber que na verdade quanto mais
completo for a progressão de acordes mais divertido é improvisar.

1) Progressão simples, sem dominantes secundários. Basta usar a escala de C

INFORMAÇÃO IMPORTANTE antes de seguir em frente


A partir de agora aqui no Módulo de Teoria você aprenderá outros tipos de escala tendo
cada uma sua sonoridade específica. Elas podem ser usadas em novas composições e em
solos de improvisação.

Todos os alunos obrigatoriamente devem saber fazer as seguintes escalas, pois quase
todas as músicas são basicamente feitas com elas:
• Maior
• Menor Natural
• Pentatônica

Agora, os alunos que querem aprender a improvisar devem no mínimo saber fazer:

• Escala Blues
• Diminuta
• Menor Harmônica

Existem ainda muitas outras escalas que são importantes apenas no estudo aprofundado
do JAZZ, mas essas são as essenciais.
*A Escala Menor Melódica eu considero opcional pois ela pode ser substituída na
maioria das vezes por outras escalas durante uma improvisação na música brasileira.
Entretanto é uma escala importante pois aparece em composições e também pois possui
seu próprio campo harmônico.

DEFINIÇÕES:

Dominante Primário: É o acorde formado sobre o V grau da escala Maior. A


principal característica deste acorde está no fato de possuir um trítono em sua
estrutura. Este trítono gera uma tensão que pede resolução (repouso). Quando
esta resolução se dá para o I grau da tonalidade), dizemos que o dominante é
primário. Este trítono é formado pela 3ªM e 7ªm do acorde dominante, ou seja,
VII e IV graus da escala da tonalidade, respectivamente.

Dominante Secundário: Dominante secundário é todo acorde que exerce


função dominante sobre acordes que não são o primeiro grau da música
(tônica).

Exemplos em parênteses:

- A Bm (B7) E7 A
- C (A7) Dm (D7) G7 C
- G (A7) D7 G

Dominante Substituto (SubV7): É um acorde dominante que pode ser usado


para substituir outro acorde Dominante. Essa substituição só é possível porque
ambos (SubV7 e V7) possuem o mesmo trítono. A essa substituição, dá-se o
nome de substituição por trítono.
Esse Dominante Substituto se localiza um semi tom acima do Acorde de função
Tônica.

Uma sequência C Dm G7 C se transforma em C Dm (C#7) C


Uma sequência A Bm E7 A se transforma em A Bm (A#7) A
II Cadencial Primário: É simplesmente o acorde do II grau substituindo o IV. Os
dois tem função subdominante.

II Cadencial Secundário: São os II cadencias dos demais graus. Age


antecedendo o Dominante Secundário.

Uma sequência C Dm G7 C se transforma em C Dm (Am7 D7) G7 C


No exemplo acima:
- Am7 é o II cadencial secundário de G7
- D7 é Dominante secundário de G7

Análise Harmônica - Trem das Onze


Como visto anteriormente os acordes possuem funções específicas dentro de
uma progressão, nos dando sensações de estabilidade ou instabilidade,
produzindo movimento harmônico. Lembrando que existem 3 funções: Tônica,
Subdominante e Dominante.

TÔNICA: são acordes de função estável, que sugerem repouso, conclusão.

SUBDOMINANTE: são acordes de função instável, porém menos que os da


área dominante, e, por vezes, denotados como acordes de função semi-instável,
de meia-tensão ou meiosuspensiva. São acordes passageiros, de preparação,
que sugerem direcionamento para a área dominante.

DOMINANTE: São acordes de função instável, que sugerem suspensão. Essa


propriedade se dá pelo fato de possuírem um trítono em sua formação que
pedem resolução. Esta se dá geralmente para o acorde do I grau, mediante
movimento das vozes do trítono.

A música TREM DAS ONZE esta no tom de Lá menor. As escalas


menores (Natural, Melódica e Harmônica) podem se revezar numa música de
tonalidade menor. Entretanto a maioria das músicas é feita com a escala menor
natural e em alguns momentos inclui as outras duas escalas só de passagem.

O campo harmônico da escala menor natural não possui acorde de função


dominante, então ele normalmente é emprestado da escala menor harmônica.

Escala Menor Natural: Am7 - Bm7(b5) - C7M - Dm7 - Em7 (E7) - F7M - G7

Obs: Pause o vídeo se for necessário para ler as descrições dos acordes.
Resumo das aplicações da escala diminuta:

• Em acordes diminutos
• Em acordes dominantes com 9b, mas nesse caso podemos também usar
o Mixolídio 9b 13b

O motivo de podermos fazer isso está no fato que os acordes dominantes com
9b compartilham notas em comum com o acorde diminuto localizado 1
semitom acima. Por exemplo: E7(9b) possui as notas Mi Sol# Si Ré Fá e o
acorde diminuto localizado 1 semitom acima é o Fdim que possui as notas Fá
Sol# Si Ré. Ou seja, a única diferença é o próprio Mi. Em outras palavras, o
acorde Fdim é um E7 com baixo na 9b e omissão da tônica.

*No vídeo eu dou o exemplo com um G#dim que é uma inversão de Fdim.
Logo, os dois são o mesmo acorde.

**A 9b é um intervalo que está sempre presente em acordes dominantes que


resolvem em tonalidades menores. Ou seja, um E7 que resolve Am possui em
sua escala essa 9b. Essa é uma outra forma de análise que pode ser feita nos
acordes para se decidir qual escala aplicar. Eu particularmente prefiro aplicar
escalas analisando a função do acorde, mas também é possível saber a função
do acorde pelos intervalos presentes em suas notas. Nesse caso, um E7(9b) fica
claro que é um dominante de Am, já em um E7(9) a função é dominante de A e
em um E7 não sabemos onde ele vai se resolver sem analisar o contexto. Em
uma aula futura vou falar mais sobre essa forma de analisar a aplicação das
escalas em relação as notas dos acordes.

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