Mariana 10399
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GERAIS – DETRAN MG
Referente a infrações:
1. TEMPESTIVIDADE
Considerando que o recorrente esta entrando com defesa baseado nos pontos que
compõe o seu prontuário que não foi enviado nenhuma notificação, mas já passado
mais de 30 dias da autuação, então presente manifestação, notificação e
apresentação desse recurso, deve ser considerado tempestivo..
2. DOS FATOS
Em primeiro, que seja visto que uma vez que não se tem autuação, manifestação pelo
Órgão a requerente esta entrando com processo e ao mesmo tempo notificando este
Órgão pois é uma situação que não pode ser tratada dessa forma. 30 dias após as
notificações não foram enviados nenhuma notificação.
Hoje essa pontuação que não foi a requerente que teve e nem teve a possibilidade de
indicar o real condutor vem através deste notificar e cientizar o Órgão que esta em
defesa dessas infrações supra mencionadas.
Ocorre que todas as multas mencionadas na notificação recebida, que ensejaram o
respectivo processo, não são do conhecimento da Recorrente. Algum erro no
envio/entrega das correspondências certamente ocasionou o não conhecimento por
parte do Recorrente das multas conferidas a sua pessoa, e, pelo fato de não ter
conhecimento das multas, não pode apresentar o recurso cabível no momento
oportuno.
Como é sabido por este órgão de trânsito, bem como foi corroborado pelo Colendo
Supremo Tribunal Federal, este já decidiu que o autor de uma infração de trânsito
deve ser notificado pessoalmente, salvo se sua residência for desconhecida, sob pena
da nulidade da penalidade imposta conforme comprova a seguinte ementa de decisão:
Ainda, observe-se que o próprio CTB traz como requisitos de validade dos autos de
infração, a assinatura como demonstração de intimação, conforme o inciso IV do artigo
280:
Para comprovar o alegado, o Recorrente requer seja juntado ao processo as cópias dos
ARs (avisos de recebimento) referentes as notificações de todas as multas que
ensejaram o presente processo, pois demonstrado que o CTB estabelece como
requisito de validade a notificação com assinatura, e que deveriam estar na posse do
órgão que realizou auferiu as infrações, veja-se o que dispõe o CTB em seu artigo 325:
Por fim, a inexistência destes comprovantes tem a aptidão para confirmar o fato de
que o Recorrente não foi notificado. E ainda, caso se entenda que equivocadamente
este foi notificado, que se demonstre as notificações recebidas com os devidos
requisitos legais exigidos.
Em face de o Recorrente não ter sido notificado pelas supostas multas de trânsito que
levaram a atingir 20 pontos na CNH, a qual ensejou-se equivocadamente a instauração
do processo administrativo para suspender o seu direito de dirigir, fica visível o
cerceamento de defesa que sofreu o Recorrente, pois nunca teve a oportunidade de
recorrer das supostas infrações.
II - Recurso especial provido. (STJ. Resp. 540914/RS. Rel. Min. Francisco Falcão. 1ª
Turma. J: 25.11.2003).
No mesmo sentido:
Por fim tendo em vista que o requerente nunca recebeu as notificações referentes as
infrações, é evidente que houve ilegalidade, tendo cerceado o direito de apresentar
defesa prévia das mesmas, inclusive a conversão de infração de natureza leve em
advertência por escrito, o que restaria na sua pontuação diminuída.
Assim, cabe ao Requerente a anulação das infrações em que teve cerceado seu direito
de defesa, e, não sendo este Vosso entendimento, requer a abertura de prazo
oportunizando ao Requerente a apresentação de defesa prévia por todas as supostas
infrações cometidas, sob pena de nulidade das infrações por cerceamento de defesa,
pois, conforme as decisões acima mencionadas a presente Defesa Prévia ainda é
oportunidade para o Requerente defender-se das infrações.
II.3 - Da impossibilidade da suspensão do direito de dirigir
Não é possível que o requerente fique sem poder dirigir, pois poderá acarretar na
pobreza de sua família e inviabilizar o sustento transcendem a pessoa do motorista e
repercutem na manutenção de toda a família, bem como para satisfação das suas
necessidades locomotivas.
Assim, requer que caso não seja atendida os pedidos anteriores, conceda a suspensão
do processo administrativo, pois conforme artigo 6º da CF, o trabalho é um direito
social resguardado ao cidadão, e tem-se por este o único meio de sobrevivência do
Recorrente.
IV – Dos Pedidos
Pede deferimento.
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Emerson Zanetti (procurador)