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Aula Pré-Natal de Risco Habitual

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SAÚDE DA MULHER

Enfa. Vivian Andrade Gundim

Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal


PRÉ- NATAL 2

A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou


detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um
desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
Preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações
educativas sobre o parto e o cuidado da criança;
Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-
natal;
Orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
Tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom
andamento da gravidez;
Fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças
próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela.
10 PASSOS PARA O PRÉ NATAL DE 3
QUALIDADE

Iniciar o PN na APS até a 12ª É direito do (a) parceiro (a) ser


semana de gestação; cuidado antes, durante e após a
gestação;
Garantir os recursos humanos,
Garantir acesso a unidade de
físicos, materiais e técnicos;
referência especializada, caso
Assegurar a solicitação, necessário;
realização e avaliação de exames Informar sobre os benefícios do
necessários ao PN; parto fisiológico, incluindo o “plano
Escuta ativa; de parto”
Direito de conhecer e visitar o local
Garantia de transporte público em que dará a luz;
gratuito para a gestante quando Conhecer e exercer seus direitos
necessário garantidos por lei.
MARCOS LEGAIS 4

Atenção à saúde Licença-maternidade Aborto

Direitos sociais Funções exercidas


Amamentação
pela gestante

Estabilidade da Licença médica Atestados


gestante no emprego

Outros direitos
Direitos do pai
reprodutivos

(BRASIL,2013)
DIREITOS E PATERNIDADE 5
RESPONSÁVEL
Um movimento crescente vem sendo observado no Brasil, e também em vários outros
países do mundo, tem defendido que os homens podem e devem ser envolvidos
integralmente em tudo o que diz respeito à tomada de decisão reprodutiva, desde a
escolha de ser pai à participação solidária na gestação, no parto e no cuidado e na
educação das crianças.

O envolvimento consciente dos homens – independente de ser pai biológico ou não –


em todas as etapas do planejamento reprodutivo e da gestação pode ser determinante
para a criação e/ou fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis entre eles e suas
parceiras e filhos(as).

(Brasil, 2016)
DIREITOS E PATERNIDADE 6
RESPONSÁVEL
A gravidez também é um assunto de homem e estimular a participação do
pai/parceiro durante todo esse processo pode ser fundamental para o bem
estar biopsicossocial da mãe, do bebê e dele próprio, sendo o pré-natal o
momento oportuno e propício para isso!

(Brasil, 2016)
DIREITOS E PATERNIDADE 7
RESPONSÁVEL
Lei nº9.263/96 - Dá direito a todo cidadão brasileiro a todos os métodos cientificamente aceitos de
concepção e contracepção.
Lei Federal nº11.108/05 - Direito de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato.
Portaria nº2.418/05 - Define como pós-parto imediato o período de 10 dias após o parto e dá
cobertura para que o/a acompanhante possa ter acomodação adequada e receber as principais
refeições.
Portaria nº 48/99 Ministério da Saúde - Dispõe sobre o planejamento familiar e dá outras
providências.
Licença paternidade- de 05 (cinco) dias foi concedida pela Constituição Federal/88 em seu artigo 7º,
XIX e art.10, §1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT.
Portaria nº1.944, de 27 de agosto de 2009 - Institui, no âmbito do SUS, a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem - PNAISH.
(Brasil, 2016)
PAPEL DOS PROFISSIONAIS NA 8
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

Agente comunitário
Enfermeiro(a) Médico(a)
de saúde

Auxiliar/técnico(a) de
Cirurgião-dentista
enfermagem
CONSULTA DE ENFERMAGEM 9

De acordo com o Ministério de Saúde e conforme garantido pela Lei do Exercício


Profissional, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87, o profissional de enfermagem
pode acompanhar inteiramente o pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde.

A consulta de enfermagem tem como objetivo proporcionar condições para a promoção


da saúde da gestante e a melhoria na sua qualidade de vida, mediante uma
abordagem contextualizada e participativa.

Durante a consulta de enfermagem, além da competência técnica, o enfermeiro deve


demonstrar interesse pela gestante e pelo seu modo de vida, ouvindo suas queixas e
considerando suas preocupações e angústias.
(BRASIL,2013)
CONSULTA DE ENFERMAGEM 10

Prestar assistência humanizada à mulher desde o início de sua gravidez é uma das
atribuições da enfermagem nas equipes de AB. Além de:

Solicitação de exames complementares;


Realização de testes rápidos;
Prescrição de medicamentos previamente estabelecidos e em rotina aprovada
pela instituição de saúde.

(BRASIL,2013)
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 11

Jurema 17 anos, procurou o PSF de seu bairro, queixando-se de atraso da


menstruação, durante a anamnese relatou que seu ciclo sempre foi irregular portanto
não sabia exatamente quanto tempo tinha de atraso, namorava há 3 anos mas o
relacionamento havia terminado naquela semana, relatou também que ultimamente
estava se sentido mais cansada, sonolenta e seus seios estavam doloridos, sentia-se
enjoada pela manhã e estava fazendo xixi com muita frequência. Diante desse caso,
qual a conduta do(a) enfermeiro(a)?
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 12

Sinais de Presunção

Polaciúria
Amenorreia Nictúria
Mastalgia Pirose
Náusea e êmese Linha nigra /melasma
Sialorreia Constipação
Alteração do apetite Lombalgia
Lipotimia Fadiga
Vertigem Tubérculo de Montgomery

(BRASIL,2013)
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 13

Sinais de Probabilidade

Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume;

Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar


pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais);

Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia
após a fertilização.

(BRASIL,2013)
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 14

Sinais de Certeza

Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir
de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas;

Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas);

Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com
apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do
embrião com 6 semanas gestacionais.

(BRASIL,2013)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 15

Devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar maior


probabilidade de evolução desfavorável. São as chamadas “gestantes de alto risco”.

É necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional o mais precocemente


possível. Dessa forma, o acolhimento com classificação de risco pressupõe agilidade
no atendimento e definição da necessidade de cuidado e da densidade tecnológica que
devem ser ofertadas às usuárias em cada momento.

(BRASIL,2013)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 16

A atenção básica deve ser entendida como porta de entrada da Rede de Atenção à
Saúde, como ordenadora do sistema de saúde brasileiro. Nas situações de emergência
obstétrica, a equipe deve estar capacitada para:

Diagnosticar precocemente os casos graves;


Iniciar o suporte básico de vida;
Acionar o serviço de remoção, para que haja a adequada continuidade do
atendimento para os serviços de referência de emergências obstétricas da Rede de
Atenção à Saúde.

(BRASIL,2013)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 17

A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que


necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, os agravos à
saúde ou o grau de sofrimento. Para isso, podemos considerar:

Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de


atenção básica;
Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco;
Fatores de risco que indicam encaminhamento à urgência/emergência
obstétrica.

(BRASIL,2013)
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 18

Gestantes com Gestantes portadoras de


Gestante com idade condição crônica doenças infecciosas
1
menor do que 15 e
maior do que 35 anos.
2
prévia, como: diabetes
mellitus, hipertensão e
3
como hepatites,
toxoplasmose, infecção
cardiopatias. pelo HIV, sífilis terciária.

Pré-natal na Atenção Básica Pré-natal de alto risco Pré-natal de alto risco

Situação familiar
Restrição de insegura e não aceitação
4
crescimento
intrauterino.
5
da gravidez,
principalmente em se
6
Síndromes
hemorrágicas.
tratando de adolescente.

Urgência/emergência obstétrica Pré-natal na Atenção Básica Urgência/emergência obstétrica


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 19

Dependência de Gestante com histórico


7
drogas lícitas ou
ilícitas.
8
de cirurgia uterina
anterior.
9
IG a partir de 41 semanas
confirmadas.

Pré-natal de alto risco Pré-natal na Atenção Básica Urgência/emergência obstétrica

Antecedente de
Morte intrauterina ou
10
perinatal em gestação
anterior.
11
Amniorrexe prematura. 12
trombose venosa
profunda ou embolia
pulmonar.

Pré-natal de alto risco Urgência/emergência obstétrica Pré-natal de alto risco


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 20

Suspeita de trombose
venosa profunda em
13
Gestantes com caso de
doenças psiquiátricas. 14
gestantes (dor no
membro inferior,
15
Infecção urinária

edema localizado).

Pré-natal de alto risco Urgência/emergência obstétrica Pré-natal na Atenção Básica

Ginecopatias
IMC que evidencie
16
baixo peso, sobrepeso
ou obesidade.
17
(malformação uterina,
miomatose, tumores 18
Vômitos inexplicáveis
no 3º trimestre.
anexiais).

Pré-natal na Atenção Básica Pré-natal de alto risco Urgência/emergência obstétrica


CALENDÁRIO DE CONSULTAS 21

O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos


períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal.

O calendário deve ser iniciado precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular,
garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam realizadas e que tanto o
Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos.

(BRASIL, 2013)
CALENDÁRIO DE CONSULTAS 22

O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento


intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser
realizadas conforme o seguinte cronograma:

Até 28ª semana – mensalmente;

Da 28ª até a 36ª semana –


quinzenalmente;

Da 36ª até a 41ª semana –


semanalmente.

(BRASIL, 2013)
ROTEIRO DE PRIMEIRA CONSULTA 23

Na primeira consulta, deve-se realizar uma anamnese e exame físico bem detalhados
da gestante, pesquisando os aspectos:

Identificação;
Socioeconômicos;
Antecedentes familiares;
Antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos;
Sexualidade;
Situação da gravidez atual;
Sanar dúvidas e minimizar a ansiedade do casal.
(BRASIL,2013)
ROTEIRO DE PRIMEIRA CONSULTA 24

As ações da equipe devem contemplar as seguintes atividades:

Preenchimento da ficha de cadastramento da gestante no SisPreNatal ou diretamente


no sistema para os serviços de saúde informatizados;
Preenchimento do Cartão da Gestante e da Ficha Clínica de Pré-Natal: identificação e
demais dados da anamnese e exame físico; número do Cartão Nacional de Saúde; hospital de
referência para o parto;
Verificação da situação vacinal e orientação sobre a sua atualização, se necessário;
Solicitação dos exames de rotina;
Realização dos testes rápidos;
Orientação sobre as consultas subsequentes, as visitas domiciliares e as atividades
educativas.

(BRASIL,2013)
ROTEIRO DE PRIMEIRA CONSULTA 25

Em cada consulta, o risco obstétrico e perinatal deve ser reavaliado. Os fatores de


risco deverão ser identificados em destaque no Cartão da Gestante, uma vez que tal
procedimento contribui para alertar os profissionais de saúde que realizam o
acompanhamento pré-natal.

(BRASIL,2013)
CONSULTAS SUBSEQUENTES 26

Nas consultas subsequentes, devem ser realizados


Anamnese atual sucinta, deve-se enfatizar a pesquisa:
- Queixas mais comuns na gestação;
- Sinais de intercorrências clínicas e obstétricas, com o propósito de se reavaliar o
risco gestacional e de se realizar ações mais efetivas.
Exame físico direcionado, deve-se avaliar o bem-estar materno e fetal;
Verificação do calendário de vacinação;
Avaliar o resultado dos exames complementares;
Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão da Gestante e da Ficha de
Pré- Natal.
(BRASIL,2013)
CONSULTAS SUBSEQUENTES 27

Além disso, devemos executar as seguintes tarefas:

Controles maternos;
Controles fetais;
Condutas de acordo com a avaliação e necessidades de cada gestante.

(BRASIL,2013)
IDADE GESTACIONAL 28

É muito importante durante a consulta de enfermagem que seja realizado o cálculo


gestacional, assim podemos saber o tempo de gravidez e a data provável do parto.

Para isso, é necessário que a gestante informe a data de início da última menstruação
(DUM). Quando a DUM é conhecida, o ciclo é regular e não há uso de métodos
anticoncepcionais hormonais, podemos utilizar para o cálculo:

Método do calendário: onde soma-se o número de dias do intervalo entre a


DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas);
Gestograma.
(BRASIL,2013)
IDADE GESTACIONAL 29

Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do


mês em que ela ocorreu, considere como data da última menstruação:
Os dias 5, 15 e 25, se o período foi no início, meio ou fim do mês,
respectivamente. Proceda, então, à utilização de um dos métodos já descritos.

Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos:


Mede-se a altura do fundo do útero ou pelo toque vaginal;

Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais
precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
(BRASIL,2013)
30

(CESPE/MPU/2013) Acerca da assistência de enfermagem em saúde materna, julgue


os itens seguintes. Considere que, em 14/7/2010, durante uma consulta, uma gestante
tenha informado que a sua última menstruação ocorreu em 2/6/2010. Nessa situação,
o cálculo da idade gestacional, conforme o relatado, indica que, na data da consulta,
essa gestante estava com cinco semanas de gestação.

DUM=
02/06/2010 28 DIAS
JUNHO + 14 42 DIAS/7=
DATA DA DIAS DE 6 SEMANAS.
CONSULTA= JULHO
14/07/2010
31

(AOCP/EBSERH/2015) J.S.R. 32 anos, primigesta, DUM 15/07/2014. Assinale a


alternativa que apresenta a idade gestacional considerando a data de hoje como
02/02/2015.

a) 27 semanas e 5 dias.
b) 25 semanas.
c) 28 semanas e 6 dias.
d) 29 semanas e 3 dias.
e) 30 semanas.
32

(AOCP/EBSERH/2015) J.S.R. 32 anos, primigesta, DUM 15/07/2014. Assinale a


alternativa que apresenta a idade gestacional considerando a data de hoje como
02/02/2015.

a) 27 semanas e 5 dias. DUM=


15/07/2014
b) 25 semanas. 201 DIAS/7=
TOTAL = 201
28 SEMANAS
c) 28 semanas e 6 dias. DATA DA DIAS
E 6 DIAS.
CONSULTA=
d) 29 semanas e 3 dias.
02/02/2015
e) 30 semanas.
DATA PROVÁVEL DO PARTO 33

Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da


gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM), mediante a utilização de
calendário.

Com o disco (gestograma), coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao


primeiro dia e mês da última menstruação e observe a seta na data (dia e mês)
indicada como data provável do parto.

(BRASIL,2013)
DATA PROVÁVEL DO PARTO 34
Outra forma de cálculo consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três
meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos
meses de janeiro a março). Esta forma de cálculo é chamada de Regra de Näegele. Nos casos em que o
número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o
mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês.

(DUM): 13/09/04 (DUM): 10/02/ 2013 (DUM): 27/01/2016

Dia =13+7 = 20 Dia =10+7 =17 Dia= 27+7= 34 -31= 03


Mês= 2+9 =11 Mês= 01+ 9=10 +1=11
Mês= 9 -3 = 6
Ano= 2013
ANO= 04+1 = 05
DPP= 17/11/2013 DPP= 03/11/2016
DPP = 20/06/05

(BRASIL,2013)
35

No dia 24/08/14, compareceu na Unidade Básica de Saúde, para realizar sua primeira
consulta de pré-natal a adolescente J. S de 16 anos, considerando a DUM em
15/06/14. Calcule a Idade Gestacional e data provável do parto de acordo com a Regra
de Naegele, e assinale a alternativa que apresenta a resposta correta,
respectivamente.

a) 10 semanas e 22/03/15
b) 11 semanas e 20/02/15
c) 12 semanas e 22/03/15
d) 10 semanas e 20/03/15
e) 12 semanas e 23/03/15
36

No dia 24/08/14, compareceu na Unidade Básica de Saúde, para realizar sua primeira
consulta de pré-natal a adolescente J. S de 16 anos, considerando a DUM em
15/06/14. Calcule a Idade Gestacional e data provável do parto de acordo com a Regra
de Naegele, e assinale a alternativa que apresenta a resposta correta,
respectivamente.

a) 10 semanas e 22/03/15
b) 11 semanas e 20/02/15
c) 12 semanas e 22/03/15
d) 10 semanas e 20/03/15
e) 12 semanas e 23/03/15
EXAMES 37

1ª Consulta ou 1º Trimestre

Tipagem Coombs Teste rápido


Glicemia de
Hemograma sanguínea e indireto (se p/ sífilis ou
jejum
fator Rh Rh -) VDRL/RPR

Teste rápido p/ Sorologia p/ Urina tipo I,


Toxoplasmose USG
HIV ou sorologia Hepatite B urocultura e
(IgM e IgG) obstétrica
(Anti-HIV I e II) (HbsAg) antibiograma

Eletroforese de Exame de Parasitológico


secreção vaginal Citopatológico
hemoglobina de fezes
EXAMES 38

2º Trimestre

Teste de
tolerância à Coombs Indireto
glicose se Rh negativo
EXAMES 39

3º Trimestre

Coombs Glicemia de Teste rápido


Hemograma indireto (se jejum p/ sífilis ou
Rh -) VDRL/RPR

Teste rápido p/ Sorologia p/ Urina tipo I,


Toxoplasmose
HIV ou sorologia Hepatite B urocultura e
(IgM e IgG)
(Anti-HIV I e II) (HbsAg) antibiograma
IMUNIZAÇÃO 40

Hepatite Dupla Influenza


dTpa
B adulto
IMUNIZAÇÃO 41

Situação Doses Esquema indicado


Esquema vacinal
• 1ª dose
Hepatite B

desconhecido
• 2ª dose - após 30 dias
Não vacinada 3 doses da primeira

• 3ª dose - após 6
HBsAg (-) e
meses da primeira
Anti-HBs < 10

Esquema Completar Conforme o número


incompleto esquema de doses faltantes
IMUNIZAÇÃO 42

Situação Esquema indicado


Previamente vacinada- com pelo
1 dose de dTpa, preferencialmente ≥ da
Dupla adulto- dT

menos 3 doses de vacina contendo


o componente tetânico 20ª semana, pode até o puerpério

Vacinação incompleta- tendo 1 dose de dT e 1 dose de dTpa, a partir


recebido 1 dose de vacina contendo da 20ª semana de gestação. Respeitar
o componente tetânico intervalo mínimo de 30 dias entre elas
Vacinação incompleta- tendo Uma dose de dTpa a partir da 20ª
recebido 2 doses de vacina semana de gestação, o mais
contendo o componente tetânico precocemente possível
Em gestantes não vacinadas e/ou 2 doses de dT; e 1 dose de dTpa, a partir
histórico vacinal desconhecido da 20ª semana de gestação. Respeitar
intervalo mínimo de 30 d. entre elas
IMUNIZAÇÃO 43

Objetivo Dose Gestantes

Proteger o Binômio Preferencialmente ≥ da


contra a coqueluche 0,5 ml; IM
20ª semana,
até o puerpério
dTpa

Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação:

Administrar uma dose de dTpa no puerpério (até


45 dias), o mais precocemente possível
IMUNIZAÇÃO 44

Situação Dose Esquema

Em qualquer Dose única durante a


Dose única
Influenza

período gestacional Campanha Nacional de


Vacinação

A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus


influenza

Administrar no puerpério caso a vacina não tenha sido administrada


durante a gestação
IMUNIZAÇÃO 45

Situações especiais

Febre Tríplice
Raiva
Amarela Viral
PRESCRIÇÕES 46

A prescrição de medicamentos pelo enfermeiro está amparada pela Lei n. 7.498/1986 e


pelo Decreto n. 94.406/1987 que regulamentam a profissão, sendo estabelecida como
atividade do enfermeiro integrante da equipe de saúde em programas de saúde pública
e em rotina aprovada pela instituição de saúde.

O Programa Nacional de Suplementação de Ferro, do Ministério da Saúde, criado por


meio da Portaria MS nº 730, de 13 de maio de 2005, recomenda a suplementação de
40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso).

(BRASIL, 2013, 2016)


PRESCRIÇÕES 47

A anemia é uma doença causada, principalmente, pela ingestão insuficiente de ferro.


Na gestação, está associada ao maior risco de morte tanto para a mãe quanto para a
criança, além de parto prematuro, baixo peso ao nascer e o surgimento de infecções.

(BRASIL, 2017)
PRESCRIÇÕES 48

Mesmo em uma gravidez saudável, a ingestão de ácido fólico é altamente


recomendada por diminuir o risco de malformação do sistema nervoso central do
bebê. A suplementação previne o aparecimento de defeitos no tubo neural do feto, que
se forma nos primeiros meses de gravidez e envolve a estrutura primitiva que dá
origem ao cérebro e à medula espinhal.

(BRASIL, 2017)
PRESCRIÇÕES 49

Hemoglobina Suplementação de ferro a partir da 20ª semana: 1 drágea de sulfato ferroso/dia


> 11g/dl (200mg), que
Ausência de anemia corresponde a 40mg de ferro elementar. Recomenda-se ingerir a medicação antes
das
refeições.
Hemoglobina (Hb) A) Solicite exame parasitológico de fezes e trate as parasitoses, se presentes;
entre 8g/dl e 11g/dl B) Trate a anemia com 120 a 240mg de ferro elementar ao dia. Normalmente,
Anemia leve a recomendam-se 5 (cinco) drágeas/dia de sulfato ferroso, de 40mg cada, via oral
moderada (podem ser 2 pela manhã, 2 à tarde e 1 à noite), uma hora antes das refeições;
C) Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 e 60 dias:
Se os níveis estiverem subindo, mantenha o tratamento até a Hb atingir 11g/dl,
quando deverá ser iniciada a dose de suplementação (1 drágea ao dia, com 40mg
de ferro elementar). Repita a dosagem no 3º trimestre;
• Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se diminuir, será necessário
referir a gestante ao pré-natal de alto risco.

(BRASIL, 2013c)
EXAME FÍSICO 50

No exame físico, os componentes que precisam ser incluídos nas visitas de pré-natal
são:

Exame físico geral:


Inspeção da pele e das mucosas;
Sinais vitais: aferição do pulso, frequência cardíaca, frequência respiratória,
temperatura axilar;
Palpação da tireoide, região cervical, supraclavicular e axilar (pesquisa de
nódulos ou outras anormalidades);
Ausculta cardiopulmonar; - Exame do abdome; - Exame dos membros
inferiores;
Determinação do peso; (BRASIL,2013)
EXAME FÍSICO 51

Determinação da altura;
Cálculo do IMC;
Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional;
Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, tronco).

Exame físico específico (gineco-obstétrico):


Palpação obstétrica;
Medida e avaliação da altura uterina;
Ausculta dos batimentos cardiofetais;
Registro dos movimentos fetais;
(BRASIL,2013)
EXAME FÍSICO 52

Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess);


Exame clínico das mamas;
Exame ginecológico (inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta
de material para exame colpocitopatológico, toque vaginal).

O exame físico das adolescentes deverá seguir as orientações do Manual de


Organização de Serviços para a Saúde dos Adolescentes.

Após a 12ª semana, deve-se medir a altura do fundo uterino no abdome. A ausculta
fetal será possível após a 10ª-12ª semana, com o sonar-doppler.

(BRASIL,2013)
ALTURA UTERINA 53

Visa ao acompanhamento do crescimento fetal e à detecção precoce de alterações. A


medida da altura uterina e sua relação com o número de semanas de gestação é
utilizada como indicadores para o crescimento fetal saudável.

Para a representação dos parâmetros de normalidade do o crescimento uterino é


considerado o gráfico constituído de duas linhas:
A inferior representa o percentil 10;
A superior, o percentil 90.

(BRASIL,2013)
ALTURA UTERINA 54

(BRASIL,2013)
ALTURA UTERINA 55

Técnica para medida da altura uterina:

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=d_JSqc_LRBo
ALTURA UTERINA 56

(BRASIL,2013)
CONTROLE DA PA 57

Pré- Pré-eclâmpsia
sobreposta à Eclâmpsia
eclâmpsia
HAS crônica

Hipertensão
HAS crônica
gestacional
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 58

Para identificação da situação e apresentação fetal e acompanhamento


da altura uterina.
Em torno da 36ª semana, recomenda-se a determinação da
apresentação fetal.
Determinar a situação fetal colocando as mãos sobre as fossas ilíacas,
deslizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal que
se apresenta.
Manobra de Leopold.
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 59

1º tempo 2º tempo 3º tempo 4º tempo


CADERNETA DA GESTANTE 60
CADERNETA DA GESTANTE 61
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 62

A avaliação do estado nutricional da gestante consiste na tomada da medida do peso e


da altura e o cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação do índice de
massa corporal (IMC) por semana gestacional.

Com base no IMC obtido na primeira consulta de pré-natal, é possível conhecer o


estado nutricional atual e acompanhar o ganho de peso até o final da gestação.
Recomenda-se que a gestante seja pesada em todas as consultas. A estatura pode ser
aferida apenas na primeira consulta, desde que não seja gestante adolescente (menor
de 20 anos), cuja medida deverá ser realizada pelo menos trimestralmente.

Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)


Altura (m)²
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 63
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 64
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 65
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 66
QUEIXAS FREQUENTES 67
QUEIXAS FREQUENTES 68

Náuseas/vômitos; Corrimento vaginal;


Queixas urinárias; Cefaléia;
Infecção urinária; Alterações na movimentação fetal.
Dor abdominal/ cólicas;
Edema;
Pirose/ azia;
Sialorréia;
Fraqueza/tontura;
Falta de ar/ dificuldade para respirar;
SINAIS DE ALERTA 69

Sangramento Transtornos
Dor de cabeça Febre
vaginal visuais

Dificuldade
Perdas vaginais Dor abdominal
respiratória
AÇÕES EDUCATIVAS E ORIENTAÇÕES 70

A criação de espaços de educação em saúde sobre o pré-natal é de suma importância;


afinal, nestes espaços, as gestantes podem ouvir e falar sobre suas vivências e
consolidar informações importantes sobre a gestação e outros assuntos que envolvem
a saúde da criança, da mulher e da família.

Tais espaços de educação podem ocorrer tanto durante grupos específicos para
gestantes quanto em salas de espera, atividades em comunidades e escolas ou em
outros espaços de trocas de ideias.

(BRASIL,2013)
AÇÕES EDUCATIVAS E ORIENTAÇÕES 71

Diversas informações podem ser passadas durante o pré-natal e no atendimento após


o parto, a mulher e sua família, como por exemplo:

Orientações e incentivo para o Incentivo ao protagonismo da


Gravidez na adolescência e
parto normal, resgatando-se a mulher, potencializando sua
gestação, o parto, o puerpério e o dificuldades sociais e familiares.
capacidade inata de dar à luz.
aleitamento materno como
processos fisiológicos.
AÇÕES EDUCATIVAS E ORIENTAÇÕES 72

Diversas informações podem ser passadas durante o pré-natal e no atendimento após


o parto, a mulher e sua família, como por exemplo:

Orientação e incentivo para o O direito a acompanhante de sua


Promoção da alimentação
aleitamento materno e orientação escolha durante o trabalho de parto, no
saudável
específica para as mulheres que parto e no pós parto, garantido pela Lei
não poderão amamentar. nº 11.108, de 7 de abril de 2005.
DIVERSIDADE NO PRÉ-NATAL 73
DIVERSIDADE NO PRÉ-NATAL 74

Mulheres que se relacionam com mulheres;

Homem transsexual (gestante).


ATÉ A PRÓXIMA !!!

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