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11 SGBDs Disponiveis Mercado Evolucao

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SGBDs: disponíveis no

mercado, o uso e a
sua evolução
Costa, Lidiane Farias
SST SGBDs: disponíveis no mercado, o uso e a sua evolução
/ Lidiane Farias Costa -
Ano: 2021
nº de p. : 17

Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.


SGBDs: disponíveis no mercado,
o uso e a sua evolução

Abertura
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Vamos aprender conteúdo
novo? Partiu! Hoje, vamos revisar os conceitos básicos de sistema de
gerenciamento de bancos de dados (SGBD), os principais SGBDs disponíveis no
mercado, a evolução dos SGBDs no tempo e a importância deles. Existem alguns
modelos de dados dos SGBDs e vamos falar um pouco sobre eles. Vamos lá?

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1. Sistema de gerenciamento de
bancos de dados (SGBD)
Os sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBDs) são constituídos por
um conjunto de softwares com diferentes funcionalidades, que se complementam
para oferecer serviços de manipulação de bancos de dados.

Segundo Elmasri (2010), um SGBD é uma coleção de softwares que permitem ao


usuário criar e manter um banco de dados. O SGBD, portanto, é um sistema de
software de uso geral que facilita o processo de definição, construção, manipulação
e compartilhamento de dados. Oferece interfaces para criação, manipulação e
compartilhamento de bancos de dados, ou seja, recursos que facilitam a experiência
do usuário.

Vamos analisar as principais funcionalidades oferecidas pelos SGBDs para que


você possa compreender a relevância dessa ferramenta na vida do programador.
Por meio desses sistemas, podemos criar um banco de dados em que estejam
definidos os tipos e as restrições dos dados dos campos. Todas essas definições
ficam armazenadas em catálogo, também conhecido por metadados. Desse modo,
um banco de dados pode ser construído para que o armazenamento de dados
ocorra por meio do SGBD, na for ma definida pelos metadados.

Atenção
Criado o banco de dados, o SGBD oferece, ainda, recursos para
manipulação dos dados armazenados, os quais permitem inserção,
alteração e exclusão de dados. Além disso, o sistema disponibiliza
consultas estruturadas aos dados, recurso amplamente utilizado
na criação de relatórios.

Outro mecanismo importante dos SGBDs é o compartilhamento de dados, que


dá aos usuários a possibilidade de acessar simultaneamente o banco. Ou seja, o
sistema controla os acessos e protege a integridade dos dados.

As consultas, em geral, são feitas por meio de um programa de aplicação, utilizado


pelo usuário para digitar e solicitar uma consulta e exibir o seu retorno. O programa

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de aplicação pode ser qualquer software que solicite consultas de dados a um
determinado banco de dados.

Dados

Fonte: Plataforma Deduca (2021).


#PraCegoVer: Imagem que representa um conjunto de dados relacionados por
meio de tabelas relacionais.

Nesse caso, esse programa requisita conexão ao SGBD, enviando o usuário e a


senha para autenticação. Aberta a conexão, o programa pode solicitar a consulta
aos dados. Assim, o SGBD é responsável por executar as consultas e devolver os
dados resultantes delas ao programa de aplicação.

Com o crescimento dos bancos de dados e da quantidade de informações


importantes e de valor que os bancos armazenam, surgiu a profissão Database
Administrator (DBA). O DBA é responsável por planejar, documentar e gerenciar os
recursos de informação do negócio em que atua.

Atenção
Os SGBDs também possuem recursos que buscam minimizar a per
da de dados em caso de problemas com software e/ou hardware.
São artifícios contra falhas inesperadas, os quais tentam evitar
que os arquivos sejam corrompidos.

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É possível classificar os SGBDs quanto ao modelo de dados que utilizam, quanto à
arquitetura e quanto aos tipos de dados que suportam. A seguir, vamos estudar as
principais categorias de cada classificação.

2. Modelo de dados dos SGBDs


Quando falamos dos modelos de dados de um SGBD, estamos nos referindo à
estrutura utilizada para organizar os dados no banco.

Esse aspecto dos SGBDs, em específico, tem se modificado ao longo dos anos,
com o surgimento dos SGBDs no SQL, ou modelos não relacionais, que propõem
estruturas completamente diferentes para armazenamento dos dados. Logo mais
entenderemos tudo isso melhor.

Existem várias estruturas de dados que podem ser adotadas por um SGBD. A seguir,
trataremos de algumas: modelo de dados relacional, modelo de dados orientado a
objetos, modelo de dados objeto-relacional, modelo de dados semiestruturados e
modelos de dados NoSQL, ou não relacionais.

2.1 Modelo da dados relacional


É a estrutura mais comum aos SGBDs, e os SGBS que a adotam são também os
mais utilizados. O modelo de dados relacional foi criado em 1985 por Edgar Frank
Codd, que definiu que os bancos desse modelo devem apresentar a informação uma
única vez, ou seja, devem possuir um identificador de cada informação para que não
haja registros duplicados. Além disso, os dados precisam estar dispostos em forma
de tabela.

Ao todo, foram estabelecidas 13 premissas para o modelo relacional, das quais


podemos destacar:

• relações de integridade;
• recurso para inserção, alteração e remoção de dado em alto nível;
• acesso ao dado por meio da consulta de sua tabela.

A arquitetura das tabelas é dada pelo estabelecimento de relações e uso das tuplas
e atributos, que correspondem respectivamente a tabela, linhas e colunas.

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Portanto, nos bancos de dados do modelo relacional, os dados são sempre salvos
em tabelas, que nada mais são do que uma estrutura de linhas e colunas. O número
de linhas e colunas pode ser definido e limitado pelo programador.

2.2 Modelo de dados objeto-relacional


O modelo de dados objeto-relacional identifica os SGBDs que mesclam as
características do modelo relacional e do orientado a objetos. Em resumo,
armazena os dados conforme o modelo relacional, com tabelas estruturadas, mas
possibilita a conversão imediata das tuplas em objetos.

Também oferece a possibilidade da manipulação dos dados por meio da linguagem


SQL.

2.3 Modelo de dados semiestruturados


Os bancos de dados desenvolvidos no modelo semiestruturado são, em geral,
pouco utilizados se comparados com as arquiteturas anteriores. Por não possuírem
uma estrutura rígida, abrem muita margem para perda da integridade dos dados.

São aqueles que não utilizam o modelo relacional integralmente, mas contam
com marcações para organização dos dados. Bancos de dados desse modelo não
possuem linguagem de consulta padrão, por isso deve ser observada a linguagem
adequada para cada caso.

2.4 Modelo de dados NoSQL, ou não relacionais


Quando falamos em modelos de dados NoSQL, ou não relacionais, estamos nos
referindo a vários modelos que não utilizam a estrutura relacional e que, portanto,
não são passíveis de consultas via linguagem SQL. Foi daí surgiu o termo “NoSQL”.

Esses modelos são a nova aposta em modelagem de bancos de dados. Foram


propostos para atender a novas demandas, grandes quantidades de informações
e novos tipos de dados. Também surgiram pela necessidade de lidarmos com
grandes conjuntos de dados mistos, que são a mistura de dados estruturados e
semiestruturado s em um mesmo lugar.

Podemos categorizar os modelos de dados NoSQL pela estrutura com que


trabalham: família de colunas, documentos, chave-valor e grafos.

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O modelo que trabalha com família de colunas armazena dados mapeados por
chaves, e os dados agrupados formam uma espécie de mapa. O modelo organizado
por documentos armazena documentos como um valor, que possui uma chave para
identificação, como no modelo por chave.

O modelo que trabalha com chave-valor guarda uma informação ou valor e cria uma
referência para acessá-lo, a chave. Não possui uma estrutura como a do modelo
relacional, que é uma tabela. O modelo organizado por grafos consiste na criação
de nodos, ou entidades, ou nós. As arestas do grafo são as representações das re
lações. Para percorrer o grafo, são realizadas consultas em cada nó.

Assim como os bancos de dados semiestruturados, os bancos de dados NoSQL


não apresentam linguagem de consulta padrão, até pelo fato de terem estruturas
diferentes entre si.

3. Principais SGBDs disponíveis no


mercado
Vamos ver os principais SGBDs disponíveis no mercado de acordo com as
características que vimos até o momento.

3.1 Oracle
A Oracle é uma empresa que surgiu nos anos 1980. Hoje, é uma das maiores
do mercado da tecnologia da informação e é proprietária de diversos recursos
conhecidos, como banco da Oracle e o kit de desenvolvimento Java.

O SGBD é um dos produtos mais conhecidos da empresa e é utilizado


mundialmente. É uma ferramenta robusta constantemente atualizada e
aperfeiçoada para atender às demandas do mercado, que se renovam dia após dia.

Esse SGBD é desenvolvido com foco no mercado empresarial, e seus recursos


atendem a empresas de pequeno e grande porte. Adota o modelo de dados
relacional e oferece a possibilidade de manipulação de seus dados por meio da
linguagem PL/SQL.

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A Oracle trabalha com o lançamento de diferentes versões, com características
diferentes e adequadas a necessidades diversas, sob a concessão de diferentes
licenças. São versões do SQL Server:

Enterprise Edition EE:

É a versão em que são disponibilizadas todas as funcionalidades


desenvolvidas pela Oracle, conta com recursos exclusivos principalmente nas
áreas de performance e segurança.

Standard Edition SE:

Versão que conta com as funcionalidades básicas de um banco de dados, a


versão pode ser utilizada para servidores com até 4 CPUs, a partir de então, é
necessário migrar para a versão EE.

Standard Edition One:

Versão básica que possui restrições de funcionalidades adicionais, podendo


ser utilizado apenas em servidores com no máximo duas CPUs.

Express Edition:

Esta versão é disponibilizada para plataformas Windows e Linux com


tamanho máximo de 150 MB e uso de apenas uma CPU.

Oracle Personal Edition:

É a versão mais comercializada da Oracle e é destinada a desenvolvedores


que desenvolvem projetos passem sua estação de trabalho.

Oracle Database Lite:

Destina-se a utilização em dispositivos móveis, permitindo a sincronização


entre os bancos de dados dos dispositivos móveis com o localizado no
servidor.

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3.2 MySQL
O banco de dados MySQL também é um dos mais populares em todo o mundo. É
uma tecnologia de código aberto, que permite que os usuários e as organizações
modifiquem o SGBD de acordo com as suas necessidades.

O MySQL foi criado na Suécia, por volta da década de 1980. Em 2009, foi vendido
para a Oracle por cerca de um bilhão de dólares. É um banco de dados que pode ser
utilizado em diferentes plataformas, ou seja, sistemas operacionais. O seu uso é
simples, o que o torna muito conhecido.

Para o profissional da área de tecnologia da informação, é fundamental conhecer


e dominar o uso do banco de dados MySQL, para tornar-se um profissional
competitivo.

São algumas das principais características do MySQL:

Portabilidade:

É possível utilizar o MySQL em todas as plataformas adotadas atualmente.

Compatibilidade:

Estão à disposição dos programadores drivers e interfaces para diversas


linguagens de programação, como Java e C#.

Estabilidade:

É um SGBD estável, portanto confiável.

Facilidade de manuseio:

É um dos SGBDs mais simples de serem utilizados.

Suporte:

Oferece suporte a controle de transações, triggers, cursos, procedures etc.

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3.3 SQL Server
A primeira versão do SQL Server, que é o SGBD relacional da Microsoft, foi lançada
em 1988 como componente do sistema operacional Windows NT. Somente em
versões posteriores foi comercializado como um produto para aquisição individual.

A grande diferença para os outros SGBDs citados é que o SQL Server possibilita
a realização de consultas e a manipulação dos dados por meio de linguagens
de programação como a C# e a Visual Basic; ainda é possível trabalhar com a
linguagem SQL. O SQL Server também pode ser integrado aos recursos do SQL
Server Management Studio (SSMS) e à extensão para linguagem T-SQL.

Apesar de ser uma solução paga, é um dos bancos de dados mais utilizados no
mundo, devido a sua qualidade e robustez. São disponibilizadas diferentes versões,
de acordo com a finalidade e a carga de uso:

Enterprise:

É a versão mais completa, com funcionalidades para datacenters, como a


virtualização. O seu uso é pago, e a licença é concedida para cada unidade de
processamento, ou seja, para cada CPU.

Standard:

Oferece recursos mínimos para gerenciamento de bancos de dados, com


ferramentas para manipulação de bases de dados em redes locais ou na
nuvem. Essa versão também é paga, e o licenciamento é concedido por CPU.

Web:

É uma versão disponível apenas para provedores de serviço web. É uma


plataforma segura e altamente escalável na implementação de sites.

Developer:

Edição gratuita, com os mesmos recursos da versão Enterprise, para que os


desenvolvedores possam criar e testar as suas aplicações baseadas no SQL
Server.

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Express:

Versão gratuita, que permite o armazenamento de até 10 GB, ideal para fins
estudantis.

3.4 PostgreeSQL
O PostgreSQL é um banco de dados de modelo objeto-relacional, de código aberto,
lançado em 1989. É um dos mais utilizados na atualidade, especialmente para o
desenvolvimento de sistemas web e de soluções para demandas de negócios.

Esse SGBD é considerado, por muitos, o melhor banco de dados de código aberto
disponível, por isso é adotado por diversas organizações públicas, no Brasil e no
exterior.

São recursos do PostgreSQL:

• realização de consultas complexas;


• integridade transacional;
• controle de concorrência;
• suporte ao modelo de dados objeto-relacional;
• uso de gatilhos e visões;
• criação de procedures em linguagens PL/SQL, PL/Java, entre outras;
• armazenamento de dados espaciais com o uso do plugin PostGIS.

3.5 MongoDB
É um banco de dados relativamente recente. Sua primeira versão foi lançada em
2009, e seu uso vem se expandindo muito desde então.

O MongoDB é um banco de dados NoSQL, open source, que trabalha com o modelo
de dados orientado a documentos. Foi desenvolvido para unir características
dos bancos de dados relacionais e NoSQL. Como resultado dessa mistura de
abordagens, o MongoDB apresenta ganhos de agilidade com o uso de esquemas
flexíveis e facilita a escalabilidade horizontal, recursos pouco explorados por outros
SGBDs, como MySQL e PostgreSQL.

O uso do MongoDB tem crescido, o que levou a uma expansão conjunta da


linguagem JavaScript, utilizada por esse SGBD. Então, é importante que os

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programadores que desejarem trabalhar com o MongoDB conheçam também a
linguagem JavaScript.

3.5 Cassandra
O Cassandra, assim como o MongoDB, é um banco de dados NoS-QL. Foi criado
pelo Facebook, que tornou o projeto open source em 2008. Hoje é mantido pelos
membros da fundação Apache.

Esse SGBD também adota a linguagem JavaScript. Sua grande vantagem frente a
outros SGBDs é a capacidade de escalabilidade sem causar perdas de performance.

Se o futuro dos SGBDs está no trabalho de bancos de dados NoSQL e como


dois dos principais representantes atuais da categoria, MongoDB e Cassandra,
trabalham com JavaScript, podemos refletir sobre o futuro do DBA. Não será
estranho se, em breve, os DBAs precisarem dominar a linguagem JavaScript para
poderem se manter no mercado.

Evolução

Fonte: Plataforma Deduca (2021).


#PraCegoVer: Imagem que representa evolução, pois apresenta pilhas em
formato crescente.

O Facebook idealizou o Cassandra quando percebeu que os bancos de dados


existentes não atendiam às suas necessidades, o que reforça o fato de que os
bancos de dados NoSQL são tendência no mercado, principalmente em empresas
que trabalham com grandes quantidades de dados.

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3.6 Redis
O Redis é um banco de dados que também trabalha com o modelo de dados NoSQL.
A estruturação de seus dados é feita com base no modelo chave-valor. É capaz de
armazenar textos, listas, conjuntos, entre outros itens.

Assim como outros dados NoSQL, o interesse das empresas em seu uso vem
crescendo significativamente.

São benefícios do Redis:

Desempenho rápido:

Diferentemente de outros SGBDs, os dados do Redis se encontram na


memória principal do servidor. Ao eliminar o acesso aos discos, o Redis evita
a demora excessiva na busca por memórias secundárias.

Estruturas de dados:

Possibilita o uso de chave para mapeamento de diferentes tipos de dados.


É compatível com listas, conjuntos, hashes etc., ou seja, oferece suporte a
quase todos os tipos de dados existentes.

Facilidade de uso:

Agrega diversas outras ferramentas, que tornam rápida e ágil a experiência


do usuário.

Compatibilidade com linguagens de programação:

Oferece suporte para criação de consultas e procedures em diversas outras


linguagens de código aberto, como Java, Python, JavaScripts, Ruby, entre
outras.

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3.7 MariaDB
O MariaDB é um banco que surgiu com base no MySQL e ganhou popularidade
rapidamente. Quando a Oracle adquiriu o MySQL, decidiu trabalhar em um novo
SGBD para aprimorar as características do MySQL. Então, em 2009, foi lançado o
MariaDB.

Esse SGBD possui boas perspectivas de crescimento no mercado, principalmente


devido a sua simplicidade de uso e preocupação com a segurança dos dados.

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Fechamento
Nesta aula de hoje, foi apresentado a evolução dos SGBDs ao longo do tempo e
a importância dos SGBDs e os principais SGBDs disponíveis no mercado, como
Oracle, Redis etc. Até breve!

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Referências
ELMASRI, R. N. Sistema de banco de dados. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2010.

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