Descobrir As Conchas 11688819585e25
Descobrir As Conchas 11688819585e25
Descobrir As Conchas 11688819585e25
Protocolo experimental
Esta atividade centra-se na exploração de alguns aspetos relacionados com as conchas que encontramos nas
praias. Apresenta-se um conjunto de atividades sobre as conchas – história de vida, identificação e realização de
coleções, com uma proposta de atividade prática sobre a vida e crescimento de bivalves e uma proposta de
pesquisa sobre os animais que vivem nas conchas.
Compreender que existe uma grande diversidade de organismos. Identificar diferentes espécies de
Objetivos gastrópodes e bivalves marinhos através das suas conchas.
Compreender a função de algumas das estruturas presentes nos bivalves.
EXPLORAR
As conchas marinhas têm formas curiosas, cores brilhantes e modelos às vezes espetaculares. Embora algumas
conchas sejam frágeis e se quebrem facilmente, muitas são sólidas e agradáveis de tocar, o que fazem delas um
objeto fácil de se colecionar. Propomos-te que faças uma coleção de conchas marinhas.
1. Juntamente com os teus colegas e o professor junta as conchas que tens em casa ou que recolheste nas tuas
idas à praia.
1.1. O primeiro passo para poderes fazer a coleção é identificar as conchas que conseguiste reunir.
1
Observa a seguinte fotografia.
12
11
13 14
10 17
15
16
Consegues reconhecer alguma das conchas que estão na fotografia? Para descobrires o nome de cada uma das
conchas utiliza a seguinte chave de identificação.
10. Concha de forma oval globosa, com três grupos de manchas acastanhadas no dorso – organismo 2
Concha de forma oval, acuminada – 11
11. Concha reticulada – organismo 12
Concha com estrias transversais salientes – organismo 5
2
12. Concha com ápice acuminado – organismo 10
Concha com ápice arredondado – organismo 17
13. Concha com perfurações; face inferior nacarada (madrepérola) – organismo 13
Concha sem perfurações; coloração semelhante nas duas faces – organismo 8
14. Concha com rugosidades que não seguem nenhum padrão regular; face inferior nacarada (madrepérola) – organismo 4
Concha com estrias paralelas – 15
1.2. Após a identificação das conchas, temos de as limpar para poderem ser guardadas na nossa coleção.
Procedimento:
- retira todos os resíduos que se encontrem à superfície da concha*, mergulhando- as em lixivia diluída
- lava muito bem as tuas conchas com água corrente
- retira as incrustações que ainda se encontram agarradas com uma agulha ou uma escova dura
- seca-as bem com um pano e/ou algodão
- deixa-as um tempo ao ar para que garantir que ficam bem secas
- tapa a abertura da concha com um bocado de algodão para absorver algum fluido desagradável.
*
estes resíduos que se encontram agarrados à superfície das conchas são restos de outros animais, como algas e vermes
tubícolas – ver fotografia 2
3
1.3. As conchas estão agora prontas para serem guardadas. Para isso precisas de caixas de plástico (pequenas) e
algodão. Coloca na base da caixa uma porção de algodão e coloca a concha por cima do algodão, com uma
etiqueta com o respetivo nome – ver fotografia 3.
2. Muitas vezes quando colhemos conchas na praia nem nos lembramos que uma concha é o esqueleto externo
de um animal de corpo mole, conhecido por molusco. Faz uma pesquisa na internet para descobrires como é o
animal que vive dentro destas conchas. Compara a forma do corpo do animal que vive nas conchas formadas
por uma única peça (gastrópodes), com a do animal que vive nas conchas formadas por duas valvas (bivalve).
A amêijoa é um organismo filtrador e por isso precisa de filtrar um grande volume de água para extrair o alimento
para o seu crescimento e respirar. Para isso, utiliza dois sifões. O sifão inalante bombeia água para o interior do corpo.
Nas brânquias dão-se as trocas gasosas e são capturadas as partículas que servirão de alimento. As partículas
excedentes aglutinam-se e saem em fios (fezes) pelos sifão exalante, assim como o dióxido de carbono resultante da
respiração. Queres ver como isto se passa?
Amêijoas da praça
Água fresca do mar
Um recipiente transparente
Canela em pó
Caderno de naturalista e um lápis
Coloca as amêijoas no recipiente com água do mar, mas atenção, de forma a que parte da concha fique exposta ao
ar. Mantém as amêijoas num sítio fresco. Se a água aquecer ficará pobre em oxigénio. Espera até que estas se
ambientem. Não agites a água. Observa a abertura da concha, isto é, a saída dos sifões e do pé para o exterior.
Polvilha a água junto dos sifões da amêijoa com uns pozinhos de canela (se colocares muita canela a experiência não
resulta). Observa o fluxo de água devido ao funcionamento dos sifões, através do movimento da canela na superfície
da água. Observa também a deslocação da amêijoa através de movimentos com o pé. Desenha o a experiência.
4
Fotografia 4 – Pormenor dos anéis de crescimento de uma concha
1º ano
2º ano
SABER MAIS
“Pequeno guia de identificação dos moluscos marinhos, em contextos arqueológicos portugueses” (autor: Maria
João Valente);
“Conchas marinhas de Portugal” (autores: Maria Cândida Macedo, Maria Isabel Macedo e José Pedro Borges).