História
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O cabralismo:
O descontentamento económico levou a alta burguesia e a nobreza a atacar o governo setembrista e
através de um golpe palaciano, Costa Cabral, ministro da justiça dos setembristas, torna-se o 1º
ministro e iniciando-se o cabralismo.
Principais medidas:
- Restauração da Carta Constitucional;
- Abolição da Constituição de 1838;
- Publicação do Código Administrativo de 1842;
- Criação do Banco de Portugal;
- Criação da Companhia de obras públicas de Portugal, em 1844, à qual foram adjudicadas
várias obras, tal como a construção de estradas e de pontes;
- Criação do Tribunal de contas;
- Criação da Companhia de Tabacos, sabão, pólvoras;
- Criação da Companhia da Confiança Nacional e das Estradas do Minho;
Costa Cabral ainda contraiu empréstimos ao estrangeiro e aumentou a dívida pública. Sempre que
tinha de pagar juros, lançava impostos que afetam toda a população. A situação da miséria provocou
tumultos e revolta.
A publicação da Lei da Saúde que proibia os enterramentos nas Igrejas e colocava os cemitérios fora
das localidades foi o rastilho para a revolta da Maria da Fonte, abrindo caminho a um processo que
leva o país a uma quase guerra civil, a Patuleia, uma guerra entre os monárquicos e os liberais. Para
acabar com esta situação, foi necessário a intervenção estrangeira (Áustria, Inglaterra e Espanha).
Na impossibilidade de um acordo político, houve a Convenção de Gramido, em 1847, que estipulava
que ninguém seria castigado e que a Rainha nomeava um novo governo sem os cabrais. A acalmia
política chegou por fim em 1851 com a Regeneração.
Parte B: O Liberalismo
Direitos Naturais
O liberalismo político, para evitar o despotismo, aplicou uma série de fórmulas que limitam o poder,
fundamentando-se em diplomas constitucionais, para que a divisão de poderes e a soberania nacional
fossem características aplicadas.
Eram as Constituições que legitimaram o poder político: As Constituições propriamente ditas votadas
pelos representantes da nação, e as Cartas Constitucionais, outorgadas pelos soberanos.
Para que houvesse a separação de poderes, era feita a distribuição dos diversos poderes pelos
diferentes órgãos de soberania.
O Liberalismo tinha um sistema representativo, a quem cabia as funções legislativas e a supervisão do
poder executivo. O liberalismo moderado era apoiante do bicameralismo, havia uma câmara baixa e
uma câmara alta.
Além disso, ele apoiava um Estado Laico, separando a esfera política da religiosa.
Já o liberalismo económico reagiu contra qualquer forma de tirania. Este teve origem no
fisiocratismo, defendido por Quesnay, que se baseava na ideia de que a Terra era a única fonte de
riqueza e que a agricultura deveria modernizar-se de forma a dar lucro que fosse investido nos outros
setores de atividade. Deveria existir liberdade de comércio baseado na frase “laissez faire, laissez
passer” (deixai fazer, deixai passar).
Foi Adam Smith que criou o Liberalismo económico, que se baseava nas ideias de:
- Defesa da livre iniciativa e da livre concorrência;
- Defesa da propriedade privada;
- Defesa da não intervenção do Estado na economia;
↓
O Estado deveria assegurar as condições para o desenvolvimento económico:
- Aprovação de medidas que favorecessem a livre circulação de mercadorias (livre
cambismo);
- Promoção de políticas não-dirigistas;
- Garantia das regras de mercado (lei da oferta e da procura);
Parte C: O Romantismo
- Foi a siderurgia que se transformou na indústria de ponta desta nova Revolução, mas a
indústria química foi sim um dos setores mais característicos da Revolução, tal como a
siderurgia.
Racionalização do trabalho
Com o aumento da concorrência, os empresários teriam de produzir com qualidade e a baixo preço.
Sendo assim necessário rentabilizar os recursos materiais e humanos, nascendo assim o:
- Taylorismo: apoiava a divisão máxima do trabalho, a cada operário cabia apenas uma das
tarefas, e o trabalhador seguinte continuava-a, num tempo mínimo- cadeia de produção.
Resultante apenas na produção de objetos iguais e estandardizados, adaptando-se ao comércio de
massas. Eram uma máquina humana;
- Fordismo: Ford elevou os salários como forma de compensar a dureza do trabalho, devido às
denúncias da desumanização do taylorismo, transformando o operário num mero autómato.
A dinâmica industrial propagou-se rapidamente. O Japão e os EUA foram uns dos países mais
industrializados.
- EUA: Em 1830, os Estados Unidos entram na era industrial.
Tal como na Inglaterra, a indústria têxtil impulsionou as primeiras fábricas, crescendo rapidamente,
devido à abundância de algodão e lã.
No entanto, o que fez crescer a economia foi o setor siderúrgico. Na mesma época, desenvolveram-se
setores energéticos mais modernos, como a eletricidade e o petróleo. Pouco tempo depois, foi o tempo
da indústria automóvel, que também se expandiu.
No fim do século XIX, os EUA tornaram-se a primeira potência industrial do mundo: lideraram a
produção mundial de carvão, petróleo, ferro, aço, cobre, chumbo, zinco e alumínio, enquanto a sua
produção têxtil detinha o segundo lugar mundial. Esta posição dos Estados Unidos deu-se devido ao
declínio da Europa na 1ª Guerra Mundial.
- Japão: O Japão foi o único país que se emancipou, pondo um fim aos séculos de isolamento e
finalmente se abrindo ao mundo.
O Japão ficou conhecido numa era de progresso, a Meiji: um programa de desenvolvimento
económico, mantendo a cultura japonesa. As reformas Meiji transformaram, em 1868, o Japão de um
país agrícola e atrasado, para uma nação industrial com uma grande competitividade.
O Japão industrializou-se com a ajuda do Estado, que:
- Promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros;
- Financiou a criação de novas indústrias;
- Intenso crescimento demográfico e forte orgulho nacional devido à siderurgia, construção
naval e do têxtil de seda;
Ao longo do século XIX, o livre-cambismo (trocas internacionais, vendia-se o máximo possivél para
ter o maior lucro possível) foi-se instalando nas várias economias nacionais e à medida que a
industrialização avançava e a revolução dos transportes se aproximava, tornava-se necessário fazer
mais investimentos e associações entre os investidores.
Por vezes, surgiram crises violentas que prejudicaram várias classes sociais. Essas crises eram
cíclicas, devido à superprodução. As mais importantes foram a de 1845 e a de 1866.
Estas crises derivam de orçamentos mal feitos que levam as empresas de construção ferroviária e
naval a irem à falência do fim da obra. Assim, gera-se:
● despedimentos e desemprego;
● diminuição da procura;
● acumulação dos stocks;
Inicia-se assim a superprodução, pois produzia-se mais do que o necessário. Estas crises dividem-se
em 3 fases: a 1ª a fase de ascensão, a 2ª é o cume de desenvolvimento e o início da crise, e, por
último, a fase da depressão.
- A crise de 1845: Vários orçamentos mal feitos para a linha de Manchester provocaram
falências em empresas e de Joint Banks, desenvolvendo todos os mecanismos que levaram à
acumulação e à superprodução;
- A crise de 1866: Contexto semelhante, mas atingiu a Bolsa de Londres, as suas ações e o
valor das cotações em Bolsa, falindo alguns bancos regionais e muitas empresas estrangeiras
cotadas com a Bolsa de Londres. A crise estendeu-se para outros países, no caso de Portugal,
devido à impossibilidade de contrair novos impostos, ocorrendo uma crise em 1891 que gera
a bancarrota em 1892, Estas crises vão se repetindo e acentuando a superprodução até à crise
de 1929;
- A crise de 1891: Deu-se devido aos projeto fontista e regenerador, em que os lucros eram
sempre menores do que o esperado, levando ao défice da balança comercial. A realização de
empréstimos aumentou e a dependência dos capitais estrangeiros também, logo levou à
falência do Banco Londrino e levou à bancarrota, devido à impossibilidade de fazer novos
empréstimos.
Parte G: A Regeneração
A expansão da agricultura:
- Abolição dos baldios e pastos comuns, bem como os arroteamentos, que permitiram um
alargamento da área cultivada e um aproveitamento mais intensivo dos solos;
- Introdução de novas culturas (batata e arroz);
- Difusão da utilização de adubos químicos e máquinas agrícolas;
- A instituição do ensino agrário para a formação de técnicos nos setores agrícolas, industriais e
comerciais;
Modernização agrícola;
Difusão das associações agrícolas;
Promoção da organização de exposições e concursos;
Os progressos na industrialização:
- Criação do ensino industrial: No Porto e Lisboa para atrair operários com conhecimentos,
fazendo deles profissionais habilitados.
Houve a diversificação dos ramos industriais e o aperfeiçoamento tecnológico