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Cema 107

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O Conselho Estadual do Meio Ambiente - CEMA, no uso das competências que lhe são conferidas

pelo disposto na Lei nº 7.978, de 30 de novembro de 1984, com alterações posteriores, pelos
Decretos nº 4.447, de 12 de julho de 2001 e nº 4.514, de 23 de julho de 2001 e, após deliberação em
plenário na 102ª Reunião Ordinária do Conselho, realizada na data de 17 de dezembro de 2019;

Considerando o disposto na Lei Estadual nº 7.109, de 17 de janeiro de 1979, na Lei Estadual nº


11.054, de 11 de agosto de 1995, na Lei Estadual nº 10.233, de 28 de dezembro de 1992, bem como
o disposto, na Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e no seu Regulamento aprovado pelo
Decreto Federal nº 99.274, de 06 de junho de 1990, na Lei Complementar 140 , de 08 de dezembro
de 2011, na Lei Federal 12.651, de 25 de maio de 2012, e demais normas pertinentes, em especial,
as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de
1986; nº 009, de 03 de dezembro de 1987; e, nº 237, de 19 de dezembro de 1997;

Considerando a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6938/1981 ) que estabelece que
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras devem ser submetidas ao licenciamento ambiental.

Considerando os objetivos institucionais do órgão ambiental competente no âmbito do Estado do


Paraná;

Resolve:

Art. 1º Estabelecer conceitos, requisitos, critérios, diretrizes e procedimentos administrativos


referentes ao licenciamento ambiental, a serem cumpridos no território do Estado do Paraná, na
forma da presente Resolução.

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS AO LICENCIAMENTO


AMBIENTAL

Seção I - Definições e Conceitos

Art. 2º Para efeito desta Resolução, considera-se:

I - Automonitoramento: instrumento de gestão que objetiva acompanhar a relação de um


empreendimento com o meio ambiente onde ele se insere, permitindo a identificação e a
quantificação dos possíveis impactos ambientais causados por este, e as suas expensas.

II - Condicionantes: medidas, condições ou restrições sob responsabilidade do empreendedor,


estabelecidas no âmbito das licenças ambientais pela autoridade licenciadora, com vistas a mitigar
ou compensar os impactos ambientais negativos e potencializar os impactos positivos identificados
nos estudos ambientais, devendo guardar relação direta e proporcional com os impactos neles
identificados;

III - Empreendedor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável por
atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental;

IV - Estudos Ambientais: todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à
localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento, atividade ou obra,
apresentado como subsídio para a análise da licença e/ou autorização requerida, tais como: Estudo
de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA; Relatório Ambiental
Preliminar - RAP; Relatório Ambiental Simplificado - RAS; Projeto Básico Ambiental - PBA;
Plano de Controle Ambiental - PCA; Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD; Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS; Programa de Gerenciamento de Risco - PGR; Projeto
de Controle de Poluição Ambiental - PCPA; Avaliação Ambiental Integrada - AAI ou Avaliação
Ambiental Estratégica - AAE; dentre outros;

V - Fonte de Poluição: quaisquer atividades, sistemas, processos, operações, maquinários,


equipamentos ou dispositivos, móveis ou imóveis que alterem, ou possam vir a alterar, o meio
ambiente;

VI - Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas no meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população; às atividades
sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos
recursos ambientais.

VII - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos
ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e/ou modificação
ambiental;

VIII - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente, verificando a satisfação das condições legais e técnicas, delibera quanto à localização,
instalação, ampliação, operação e encerramento de empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam vir a causar degradação e/ou modificação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso;

IX - Medidas Compensatórias: aplicadas para compensar, de forma geral, os prejuízos e danos


ambientais efetivos advindos de atividade modificadora do ambiente, por meio das quais o poluidor
é obrigado a proceder a compensação da degradação por ele promovida, devidamente justificado
pelo órgão ambiental competente, devendo guardar relação direta ou indireta e proporcional com os
impactos identificados nos mesmos e serem aplicadas preferencialmente na(s) localidade(s) e/ou
município(s) afetado(s), sem prejuízo da medida compensatória prevista no art. 36 da Lei Federal nº
9.985, de 18 de julho de 2000.

X - Medidas Mitigadoras: são aquelas estabelecidas antes da instalação do empreendimento, e


visam à redução dos efeitos provenientes dos impactos socioambientais negativos gerados por tal
ação. Para definir essas medidas, as avaliações devem ser executadas juntamente aos demais
profissionais envolvidos na elaboração dos projetos do empreendimento, a fim de obter soluções
viáveis para amenizar os impactos socioambientais.

XI - Meio Ambiente: conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

XII - Poluição: degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou


indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população, crie condições
adversas às atividades sociais e econômicas, afetem desfavoravelmente a biota, afetem as condições
estéticas ou sanitárias do meio ambiente ou lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos;

XIII - Poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade ou empreendimento causador de degradação ambiental;
XIV - Porte do Empreendimento: dimensionamento do empreendimento com base em critérios pré-
estabelecidos, de acordo com cada tipologia;

XV - Potencial poluidor: avaliação qualitativa ou quantitativa da capacidade da atividade ou


empreendimento vir a causar impacto ambiental negativo, podendo considerar alternativas
tecnológicas;

XVI - Recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os


estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;

XVII - Termo de Ajustamento de Conduta-TAC: instrumento que tem por finalidade estabelecer
obrigações do compromissário, em decorrência de sua responsabilidade civil, de forma a ajustar a
sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo
extrajudicial;

XVIII - Termo de Referência-TR: documento único emitido pelo órgão ambiental competente, que
estabelece o conteúdo dos estudos a serem apresentados pelo empreendedor no licenciamento
ambiental para avaliação dos impactos ambientais decorrentes da atividade ou empreendimento;

XIX - Uso de Recursos Hídricos: utilização de recursos hídricos ou intervenção em corpo d'água
sujeitos a outorga prévia ou de direito, ou ainda certidão de uso insignificante.

XX - Geodiversidade: A variedade natural (diversidade) dos aspectos geológicos (rochas, minerais,


fósseis), geomorfológicos (formas de relevo, topografia, processos físicos), dos solos e das águas do
nosso planeta. Inclui suas associações, estruturas e sistemas que, em conjunto, integram as
paisagens locais e regionais e constituem a base para a vida na Terra.

Seção II - Dos Atos Administrativos

Art. 3º O órgão ambiental competente, no exercício de sua competência de controle ambiental,


expedirá os seguintes atos administrativos, referentes ao licenciamento ambiental:

I - Declaração de Inexigibilidade de Licença Ambiental (DILA): concedida para as atividades e


empreendimentos dotados de impactos ambiental e socioambiental insignificantes para os quais é
inexigível o licenciamento ambiental, respeitadas as legislações municipais;

II - Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual-DLAE: concedida para os


empreendimentos que são dispensados do licenciamento por parte do órgão ambiental estadual
conforme os critérios estabelecidos em Resoluções específicas;

III - Licença Ambiental por Adesão e Compromisso - LAC: autoriza a instalação e a operação de
atividade ou empreendimento, de pequeno potencial de impacto ambiental, mediante declaração de
adesão e compromisso do empreendedor aos critérios, pré-condições, requisitos e condicionantes
ambientais estabelecidos pela autoridade licenciadora, desde que se conheçam previamente os
impactos ambientais da atividade ou empreendimento, as características ambientais da área de
implantação e as condições de sua instalação e operação.

IV - Licença Ambiental Simplificada-LAS: aprova a localização e a concepção do empreendimento,


atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando
a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos,
bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as especificações constantes dos
requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes determinadas pelo órgão ambiental competente;

V - Licença Prévia-LP: concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou


atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo
os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

VI - Licença de Instalação-LI: autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com


as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambientais e demais condicionantes, da qual constituem motivos determinantes;

VII - Licença de Operação-LO: autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a


verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de
controle ambientais e condicionantes determinados para a operação;

VIII - Autorização Florestal-AF: autoriza a execução de corte ou supressão de vegetação nativa.

IX - Autorização Ambiental-AA: autoriza a execução de obras, atividades, pesquisas e serviços de


caráter temporário ou obras emergenciais, de acordo com as especificações constantes dos
requerimentos, cadastros, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e demais condicionantes determinadas pelo órgão ambiental competente;

§ 1º Os atos administrativos expedidos pelo órgão ambiental competente deverão ser mantidos,
obrigatoriamente, no local de operação do empreendimento, atividade ou obra.

§ 2º Os atos administrativos de licenciamento ambiental são de titularidade do empreendedor,


podendo ser transferida a titularidade a terceiros mediante a anuência formal do órgão ambiental
competente.

Art. 4º Os prazos de validade e a possibilidade de renovação de cada ato administrativo estão


estabelecidos no Anexo III desta Resolução e especificados no respectivo documento de
licenciamento.

§ 1º O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade diferenciados para a


Licença de Operação-LO de empreendimentos ou atividades, considerando sua natureza e
peculiaridades excepcionais, respeitado o prazo máximo estabelecido nesta Resolução.

§ 2º Na renovação da Licença de Operação-LO de empreendimento, atividade ou obra, o órgão


ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de
validade, após a avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período
de vigência anterior, respeitado o prazo máximo estabelecido no Anexo III desta Resolução.

§ 3º A renovação da licença ambiental deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento
e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este
automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

I - A prorrogação automática é uma garantia protetiva do administrado e não do órgão ambiental.

II - Se houver indeferimento da renovação, a vigência da licença ambiental se esgotará nesse ato,


considerando que, doravante, não existirá mais licença ambiental amparando a atividade ou
empreendimento, ficando o empreendedor sujeito a aplicação das sanções legais.
§ 4º A renovação de licença ambiental requerida fora do prazo de 120 (cento e vinte) dias, mas com
a licença ainda vigente permanecerá válida tão somente pelo período de validade da licença
anteriormente concedida, após findo esse prazo estará sujeito à respectiva infração administrativa e
demais sanções cabíveis.

§ 5º Não será permitida a renovação ou prorrogação de licença ambiental requerida fora do prazo de
validade, devendo o empreendedor regularizar a situação, mediante novo requerimento da mesma
natureza da vencida.

I - Caso empreendedor já tenha formalizado requerimento de renovação ou prorrogação de licença


ambiental, o mesmo será cancelado, podendo ser aproveitadas as taxas e documentações.

II - O empreendedor responderá pela respectiva infração administrativa e demais sanções cabíveis


decorrentes da renovação extemporânea.

Seção III - Das Modalidades de Licenciamento Ambiental

Art. 5º Constituem modalidades de licenciamento ambiental:

I - Licenciamento Ambiental Trifásico: licenciamento no qual a Licença Prévia - LP, a Licença de


Instalação - LI e a Licença de Operação - LO da atividade ou do empreendimento são concedidas
em etapas sucessivas;

II - Licenciamento Ambiental Bifásico: licenciamento no qual o empreendimento ou atividade não


está sujeita a todas as etapas, podendo ser:

a) licenciamento de ampliações da atividade ou do empreendimento que não impliquem no aumento


do seu potencial poluidor e/ou degradador, no qual a Licença Prévia-LP e a Licença de Operação-
LO são concedidas em etapas sucessivas, sempre que não houver necessidade da Licença de
Instalação-LI, devidamente justificada;

b) licenciamento no qual a Licença Prévia - LP e a Licença de Instalação-LI da atividade ou do


empreendimento são concedidas em etapas sucessivas, sempre que não houver necessidade de
Licença de Operação-LO, devidamente justificada;

III - Licenciamento Ambiental em uma única fase:

a) Licenciamento Ambiental por Adesão e Compromisso - LAC;

b) Licenciamento Ambiental Simplificado - LAS.

IV - Licenciamento Ambiental de Regularização: licenciamento para empreendimentos ou


atividades já implantadas, passíveis de regularização, não eximindo a responsabilidade do
empreendedor pelos danos causados;

V - Autorizações: ato administrativo discricionário a ser emitido para obras, atividades, pesquisas e
serviços, de caráter temporário, ou obras emergenciais.

Seção IV - Do enquadramento das atividades e empreendimentos

Art. 6º O enquadramento e o procedimento de licenciamento ambiental a serem adotados serão


definidos pela relação da localização da atividade ou empreendimento, com seu porte e potencial
poluidor/degradador, levando em consideração sua tipologia.

Parágrafo único. O licenciamento ambiental deverá assegurar a participação pública, a transparência


e o controle social, bem como a preponderância do interesse público, a celeridade e a economia
processual, a prevenção do dano ambiental e a análise integrada dos impactos ambientais.

Art. 7º Estão sujeitos ao licenciamento ambiental no âmbito estadual as atividades e


empreendimentos conforme critérios de potencial poluidor/degradador, porte e de localização, cujo
enquadramento deverá ser estabelecido pelo órgão ambiental competente, atendendo, no mínimo, os
seguintes critérios:

I - O potencial poluidor/degradador das atividades e empreendimento será considerado como


Pequeno, Médio, Grande, por meio das variáveis ambientais de ar, água, e solo, fauna e flora, nos
termos da legislação específica;

II - O porte é considerado Mínimo, Pequeno, Médio, Grande ou Excepcional de acordo com os


parâmetros e limites preestabelecidos para cada atividade ou empreendimento;

III - O enquadramento dos empreendimentos e atividades em classes se dará conforme matriz de


conjugação do potencial poluidor/degradador e do porte do mesmo.

CAPÍTULO II - DOS PROCEDIMENTOS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Seção I - Do Procedimento Administrativo

Art. 8º Caberá, ao órgão ambiental competente, definir os critérios de exigibilidade, detalhamento


do rol de empreendimentos, atividades e obras passíveis de licenciamento e/ou autorização
ambiental levando em consideração as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras
características do empreendimento, atividade ou obra.

Art. 9º O procedimento de Licença Ambiental por Adesão e Compromisso - LAC, obedecerá as


seguintes condições:

I - Solicitação de licenciamento ambiental, pelo empreendedor, com o preenchimento de


requerimento, prioritariamente por meio de sistema informatizado próprio o qual indicará a
modalidade de licenciamento ambiental a ser requerida, bem como a documentação necessária;

II - inclusão, pelo requerente, dos documentos pessoais e do imóvel onde será instalado o
empreendimento ou atividade, projetos e estudos ambientais pertinentes, necessários ao início do
procedimento administrativo correspondente à modalidade a ser requerida, conforme previsto nesta
Resolução e demais normas específicas para a atividade;

III - geração do protocolo a partir do momento da apresentação de todos os documentos


estabelecido pelo órgão ambiental competente e recolhimento da taxa ambiental;

IV - avaliação e análise da documentação;

V - deferimento ou indeferimento do licenciamento ambiental, dando-se a devida publicidade.

Art. 10. O procedimento de licenciamento ambiental, conforme o caso, obedecerá às seguintes


etapas:
I - solicitação de licenciamento ambiental, pelo empreendedor, com o preenchimento de
requerimento, prioritariamente por meio de sistema informatizado próprio o qual indicará a
modalidade de licenciamento ambiental a ser requerida, bem como a documentação necessária;

II - inclusão, pelo requerente, dos documentos pessoais e do imóvel onde será instalado o
empreendimento ou atividade, projetos e estudos ambientais pertinentes, necessários ao início do
procedimento administrativo correspondente à modalidade a ser requerida, conforme previsto nesta
Resolução e demais normas específicas para a atividade;

III - geração do protocolo a partir do momento da apresentação de todos os documentos


estabelecidos pelo órgão ambiental competente;

IV - análise, pelo órgão ambiental competente, dos documentos, projetos e estudos ambientais
apresentados e a realização de vistorias técnicas;

V - solicitação, pelo órgão ambiental competente, de esclarecimentos e complementações em


decorrência da análise dos documentos, com prazo para apresentação fixado pelo órgão ambiental
competente, mediante justificativa;

VI - solicitação de esclarecimentos e complementações decorrentes de audiências públicas, com


prazo estipulado para atendimento fixado pelo órgão ambiental competente;

VII - emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, manifestação jurídica;

VIII - deferimento ou indeferimento do licenciamento ambiental ou autorização ambiental, dando-


se, quando couber, a devida publicidade, nos termos da sessão III dos artigos 35 a 37 desta
resolução.

§ 1º No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão do


Município, declarando expressamente que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão
em conformidade com o Plano Diretor Municipal e legislação urbanística básica, ambiental, bem
como que atendam as demais exigências legais e administrativas perante o município, conforme
sugestão do Anexo II desta Resolução.

a) A certidão deve conter no mínimo o número da legislação de uso e ocupação do solo vigente a
época com a indicação da zona/macrozona em que se localiza, se integra o perímetro urbano ou
zona rural e a qual das atividades permitidas ou permissíveis o empreendimento corresponde;

b) caso a implantação do empreendimento atinja territorialmente mais de um município, deverão ser


apresentadas as certidões de todos.

§ 2º Nos procedimentos de Licença Prévia-LP, antes da emissão da mesma, quando necessário o


corte ou supressão de vegetação nativa, deverá obrigatoriamente haver manifestação técnica do
próprio órgão ambiental quanto a avaliação da tipologia vegetal, visando análise integrada do
licenciamento, nos termos do artigo 74.

§ 3º No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente a certidão


atualizada da Matrícula ou Transcrição Imobiliária emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis ou
documento de justa posse em nome do requerente, ou conforme exigências constantes da Seção V,
art. 45 a 54 desta Resolução. Caso o imóvel seja locado, apresentar o contrato de locação.

Art. 11. Na análise dos procedimentos de licenciamento ambiental contemplados na presente


Resolução, o órgão ambiental licenciador solicitará manifestação aos seguintes órgãos, entre outros,
quando aplicável:

I - curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Estado da Comunicação Social e


da Cultura, e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no caso de atividades e
empreendimentos em área tombada ou em processo de tombamento, conforme normativas
especificas destes;

II - coordenação da Região Metropolitana de Curitiba-COMEC, no caso de atividades e


empreendimentos localizados em área de manancial na Região Metropolitana de Curitiba, conforme
Lei Estadual nº 12.248/1998 e alterações posteriores, bem como Decreto Estadual nº 6.390/2006 e
4435/2016, e alterações posteriores;

III - órgão de gestão de Recursos Hídricos do Paraná no caso de atividade e empreendimento


localizado em área de manancial, ressalvado o previsto no inciso II;

IV - autoridade portuária, quando localizada dentro da área do porto organizado;

V - órgãos administradores das Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais, no caso


de o empreendimento ou atividade se situar no seu interior ou nas suas Zonas de Amortecimento,
nos termos da Resolução CONAMA 428/2010 e suas alterações posteriores.

§ 1º Quando o empreendimento se situar no interior ou nas Zonas de Amortecimento de Unidades


de Conservação Estaduais, o procedimento de licenciamento deverá ser remetido à Diretoria
competente do órgão licenciador para manifestação, ou quando informações suficientes de
geoprocessamento sobre as unidades de conservação e suas zonas de amortecimento estiverem
sistematizadas, a manifestação da Diretoria competente do órgão licenciador poderá ser dispensada.

§ 2º A anuência, manifestação, parecer ou documento similar de que trata este artigo deverá ser
apresentada no prazo de 30 (trinta) dias, após conhecimento do órgão competente, podendo ser
prorrogado, desde que devidamente justificado, de modo a não exceder os prazos previstos nesta
Resolução para conclusão da análise do procedimento de licenciamento ambiental.

Art. 12. Em se tratando de empreendimentos, atividades ou obras que necessitem de uso de recursos
hídricos, superficiais ou subterrâneos (captação, lançamento ou derivação), o empreendedor deverá
requerer a Outorga Prévia e de Direito de Uso dos Recursos Hídricos emitida pelo órgão ambiental
estadual ou manifestação da Agência Nacional de Águas - ANA, quando for o caso.

Art. 13. Quando aplicável e, se enquadrar na IN IBAMA 09/2019 , será solicitada pelo órgão
ambiental competente na análise do requerimento de Licença Prévia, Licença Ambiental
Simplificada, Licença Ambiental de Regularização, Autorização Ambiental, Autorização Florestal,
manifestação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-
IBAMA. Quando envolver unidades de Conservação Federal e sua Zona de Amortecimento, será
solicitada manifestação ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBio.

Art. 14. O órgão ambiental competente observará os prazos estabelecidos no artigo 14 da Resolução
CONAMA nº 237 , de 19 de dezembro de 1997 ou eventuais alterações posteriores, para análise dos
licenciamentos ambientais.

§ 1º A contagem dos prazos a que se refere o caput deste artigo será suspensa durante a elaboração
dos estudos ambientais complementares, apresentação de esclarecimentos pelo empreendedor ou
quando depender de manifestação de outros órgãos ou entidades da administração pública federal,
estadual ou municipal.

§ 2º Os prazos a que se refere o caput deste artigo poderão ser alterados se assim resultar de
disposição legal ou normativa.

§ 3º Caso o empreendedor necessite da licença para dar continuidade em processos de


financiamento ou participar de licitações, o órgão ambiental competente expedirá Certidão
informando de que o procedimento se encontra em trâmite.

Art. 15. O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações


formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazo máximo de até 120 (cento e vinte)
dias, a contar do respectivo recebimento ou ciência, observado o disposto no § 1º do artigo 14 desta
Resolução.

Parágrafo único. O prazo estipulado no caput deste artigo poderá ser prorrogado, em caso de
aprovação expressa pelo órgão ambiental competente, atendendo solicitação motivada do
empreendedor, a qual deverá ser anexada obrigatoriamente ao procedimento administrativo em
questão.

Art. 16. O órgão ambiental competente poderá solicitar outros documentos e/ou informações
complementares do requerente ou de outras instituições envolvidas no licenciamento ambiental em
questão, caso haja necessidade.

Art. 17. O não cumprimento dos prazos estipulados no artigo 15 sujeitará o arquivamento do pedido
de licenciamento ambiental e, quando for o caso, a aplicação das sanções cabíveis.

Art. 18. O arquivamento do procedimento de licenciamento ambiental não impedirá a apresentação


de novo requerimento, que deverá obedecer aos procedimentos, restrições e condicionantes
estabelecidos para tal fim, mediante novo recolhimento integral da Taxa Ambiental.

Parágrafo único. Mediante solicitação formal e motivada do interessado, poderá ser desarquivado o
procedimento de licenciamento ambiental, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão
ambiental competente.

Art. 19. Nos procedimentos relativos ao licenciamento ambiental, em quaisquer de suas


modalidades, o órgão ambiental competente deverá:

I - utilizar sua estrutura organizacional descentralizada dos Escritórios Regionais - ESREGs,


conforme competências delegadas por meio de Portaria do Diretor Presidente, os quais serão
coordenados, monitorados e supervisionados pela Diretoria responsável pelo licenciamento
ambiental que, somente em casos especiais, a seu critério, poderá decidir pela concessão ou não do
licenciamento ambiental;

II - utilizar critérios diferenciados para licenciamento, em função das características, do porte, da


localização e do potencial poluidor e/ou degradador dos empreendimentos, atividades ou obras,
além de considerar os níveis de tolerância para carga poluidora na região solicitada para sua
instalação;

III - realizar as vistorias técnicas, quando julgar necessário;

IV - considerar critérios de ocupação contidos na legislação estadual e municipal, na hipótese deste


ser mais restritivo para o licenciamento prévio de empreendimentos ou atividades;
V - condicionar a emissão das licenças/autorizações e suas renovações à inexistência de passivos
ambientais relativos ao imóvel, ao empreendedor ou ao empreendimento, tais como:

a) débitos ambientais;

b) descumprimento de termos de compromisso ou de termos de ajustamento de conduta;

c) descumprimento de medidas de proteção ambiental previstas em licenciamento e em outras


normativas;

d) ausência de remediação, descontaminação e recuperação ambiental.

VI - Indeferir, em decisão motivada, o requerimento de licença e/ou autorização.

§ 1º O órgão ambiental poderá firmar, em caráter excepcional, Termo de Ajustamento de Conduta-


TAC, com a finalidade de ajustar o empreendimento ou atividade às exigências legais, mediante
cominações.

§ 2º Os empreendimentos implantados ou a serem implantados em imóveis rurais deverão,


obrigatoriamente, estar inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR.

§ 3º Em função das características, do porte, da localização e do potencial poluidor e/ou degradador


dos empreendimentos, atividades ou obras, o órgão ambiental competente poderá solicitar ao
empreendedor imagens por satélite, registros fotográficos e de vídeos, os quais poderão subsidiar a
emissão da licença.

Art. 20. Os estudos e projetos necessários ao procedimento de licenciamento ou autorização


ambiental deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do
empreendedor.

§ 1º O empreendedor e os profissionais que subscreverem os estudos previstos no caput deste artigo


serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas e
penais, sem prejuízo da responsabilização civil.

§ 2º Caso seja constatada e comprovada alguma irregularidade do responsável técnico pela


elaboração de um ou mais estudos técnicos previstos nesta Resolução, ou apresentar no
procedimento de licenciamento, estudo, laudo ou relatório ambiental, total ou parcialmente falso ou
enganoso, inclusive por omissão, denúncia será encaminhada ao respectivo Conselho de Classe para
as devidas providências, sendo automaticamente suspenso o trâmite do procedimento de
licenciamento ambiental até os devidos esclarecimentos, sem prejuízo das apurações de
responsabilidade civil e criminal.

§ 3º As situações contempladas acima são passíveis de autuação e demais sanções, conforme Lei
9.605 , de 12 de fevereiro de 1998, bem como encaminhamento aos órgãos de controle a exemplo
de: Ministério Público e Delegacias de Proteção ao Meio Ambiente.

Art. 21. Os procedimentos administrativos de licenciamento ambiental, após trâmite interno que
incluirá a realização de vistoria técnica e/ou análise de projeto, parecer técnico e, quando for o caso,
manifestação jurídica, serão submetidos à decisão do Diretor Presidente do órgão ambiental
competente.
Parágrafo único. O Diretor Presidente poderá delegar a atribuição a que se refere o caput deste
artigo, conforme dispuser o Regulamento do órgão ambiental competente.

Art. 22. Constatada a existência de débitos ambientais decorrentes de decisões administrativas,


contra as quais não couber recurso administrativo, em nome do requerente, pessoa física ou jurídica
ou de seus antecessores, o procedimento de licenciamento ambiental terá seu trâmite suspenso até a
regularização dos referidos débitos.

Art. 23. Constatada a existência de pendência judicial envolvendo o empreendedor, o


empreendimento ou o imóvel, a decisão administrativa sobre a eventual suspensão do licenciamento
será precedida de manifestação jurídica do órgão ambiental competente no prazo máximo de 30
(trinta) dias.

Art. 24. Para a renovação da Licença Ambiental Simplificada ou da Licença de Operação,


constatado o não atendimento dos padrões ambientais, em caráter excepcional, o órgão ambiental
competente poderá firmar, com o empreendedor, Termo de Ajustamento de Conduta-TAC,
conforme modelo do Anexo I, com base no artigo 5º, § 6º da Lei Federal nº 7.347/1985, que terá
eficácia de Título Executivo Extrajudicial, com a finalidade de que este se ajuste às exigências
legais para o tipo de empreendimento ou atividade a ser regularizada, mediante sanções em caso de
descumprimento.

§ 1º Para elaboração e assinatura do TAC serão necessárias a avaliação técnica e manifestação da


área jurídica do órgão ambiental competente.

§ 2º Poderá ser emitida Licença de Operação ou Licença Ambiental Simplificada condicionada ao


cumprimento do TAC, nos moldes previstos no caput.

Art. 25. Quando da inviabilidade de emissão de licenciamento ambiental, o órgão ambiental


competente emitirá o indeferimento, contendo as justificativas técnicas e/ou legais pertinentes ao
caso.

§ 1º O requerente poderá solicitar reconsideração, apenas uma vez, devidamente fundamentada, à


autoridade ambiental que indeferiu o procedimento, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
contados da ciência da decisão administrativa de que trata o caput deste artigo.

§ 2º Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração ao Diretor-Presidente do órgão


ambiental, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da ciência do indeferimento.

§ 3º Os requerimentos de reconsideração, bem como de recurso, deverão ser instruídos com


documentação atualizada.

Art. 26. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar as
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar licença ou autorização
ambiental expedida.

Art. 27. O órgão ambiental competente, em caráter temporário e excepcional, sempre que o
interesse público ou coletivo exigir, poderá determinar, mediante ato motivado e sem prejuízo das
sanções administrativas cabíveis, a redução dos limites e condições de lançamento e disposição
final das emissões gasosas, dos efluentes líquidos e dos resíduos sólidos estipulados em licença ou
autorização ambiental.

Art. 28. No controle preventivo da poluição e/ou degradação do meio ambiente, serão considerados,
simultaneamente, os impactos ambientais:

I - nos recursos hídricos superficiais, subterrâneos e águas costeiras ocasionados por efluentes
líquidos, resíduos sólidos, sedimentos e contaminação por produtos químicos;

II - no solo, ocasionados por disposição inadequada de resíduos sólidos ou efluentes líquidos,


produtos químicos, uso indevido por atividades não condizentes com o local, bem como aqueles
ocasionados por acidentes por produtos perigosos e por procedimentos de terraplenagem;

III - na atmosfera, ocasionados por emissões gasosas;

IV - sonoros, acarretados por níveis de ruídos incompatíveis com o tipo de ocupações destinadas às
vizinhanças;

V - na flora, na fauna e elementos da geodiversidade.

Art. 29. Em todos os requerimentos de licenciamento ambiental deverá ser observado o disposto na
Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006; na Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de
2012; e, na Lei nº 11.054/1995, e demais legislações pertinentes com relação às Áreas de
Preservação Permanente - APP em áreas urbanas e rurais.

§ 1º Quando constatada área de preservação permanente degradada, o órgão ambiental competente


tomará as medidas legais necessárias para que o requerente proceda a sua recuperação.

§ 2º Quando o requerimento envolver supressão total ou parcial de cobertura vegetal e/ou


localização de atividades, obras ou empreendimentos em áreas de preservação permanente em áreas
urbanas e rurais, a decisão administrativa, quando couber, será precedida de manifestação da área
jurídica do órgão ambiental competente.

Art. 30. O órgão ambiental competente definirá procedimentos específicos para as licenças e
autorizações ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou
empreendimento e, ainda, a compatibilização do procedimento de licenciamento ambiental com as
etapas de planejamento, implantação e operação.

Seção II - Da Taxa Ambiental

Art. 31. A valoração do custo para a obtenção da licença ou da autorização ambiental ou florestal
será estabelecida de acordo com o disposto na Lei nº 10.233/1992-Lei de Taxa Ambiental ou outra
que venha a sucedê-la.

Art. 32. O valor da Taxa Ambiental será apurado mediante a aplicação de alíquotas próprias às
diversas modalidades de serviços públicos a serem prestados para o atendimento do requerimento,
sendo que a somatória dos valores aferidos resultará no valor a ser recolhido pelo requerente.

Art. 33. A Taxa Ambiental é compulsória, nos termos da Lei nº 10.233/1992 e não poderá ser
dispensada, salvo em casos expressos em Lei, sendo que sua dispensa irregular ou aceite em menor
valor obrigará o servidor público a efetuar o respectivo recolhimento integral ou complementar,
conforme a situação.

Parágrafo único. Em caso de equívoco devidamente justificado, será providenciada junto ao


empreendedor a regularização da Taxa Ambiental, nos termos da lei.
Art. 34. Para fins de isenção da Taxa Ambiental de Inspeção Florestal nos imóveis rurais deverá ser
considerado o disposto no artigo 3º da Lei Federal nº 11.428/2006 e, também, o disposto na Lei nº
15.431, de 15 de janeiro de 2007.

Parágrafo único. Para atendimento ao Artigo 3º da Lei Federal nº 11.428/2006 deverá ser solicitada
declaração emitida pela EMATER, pelos Sindicatos Rurais ou ainda a Declaração de Aptidão do
PRONAF - DAP.

Seção III - Da Publicação

Art. 35. O órgão ambiental providenciará publicação resumida em meio eletrônico de comunicação,
mantido por ele, dos requerimentos de licenciamento ambiental e das expedições de licença, em
qualquer de suas modalidades, incluindo os requerimentos de Autorização Florestal e Autorização
Ambiental.

Art. 36. Os requerimentos de licenciamento ambiental, em qualquer de suas modalidades, serão


objeto de publicação resumida no Diário Oficial do Estado, sob incumbência e expensas do
empreendedor.

§ 1º Ficam isentos da publicação a que se refere o caput deste artigo, os requerimentos de


Autorização Ambiental.

§ 2º As publicações de que trata o caput deste artigo deverão atender aos modelos estabelecidos na
Resolução CONAMA 006/1986, conforme ANEXO VIII.

Art. 37. A expedição da licença ambiental ou de seu indeferimento será objeto de publicação
resumida no Diário Oficial do Estado pelo órgão ambiental competente, às expensas do
empreendedor.

§ 1º Os custos da publicação do caput desse artigo serão incorporados às taxas ambientais referentes
ao processo de licenciamento.

§ 2º Ficam isentos da publicação em Diário Oficial do Estado a Autorização Ambiental.

§ 3º As publicações de que trata o caput deste artigo deverão atender ao estabelecido na Resolução
CONAMA 006/1986, conforme ANEXO VIII.

§ 4º A publicação de que trata o caput do artigo deverá ser realizada em até 30 (trinta) dias
subsequentes à data da concessão ou do indeferimento da licença.

Seção IV - Das Cópias, Certidões ou Vistas de Processos Administrativos

Art. 38. Resguardado o sigilo, conforme estabelecido na Lei Federal nº 12.527/2011, regulamentada
pelo Decreto Federal nº 7.845/2012, poderão ser solicitadas cópias de informações constantes de
procedimentos administrativos.

Art. 39. Os requerimentos de cópias de informações constantes de procedimentos administrativos


dirigidos ao Diretor Presidente do órgão ambiental competente serão protocolados e processados
conforme as disposições da Lei Federal nº 12.527/2011, desde que instruídos com os seguintes
documentos:

I - formulário de "Pedido de cópias de Processos" devidamente preenchido, contendo justificativa e


declaração na qual o requerente assume a obrigação de não utilizar as informações colhidas para
fins comerciais;

II - carteira de Identidade (RG) e CPF/MF;

III - comprovante de pagamento de taxa administrativa referente à solicitação de cópias.

§ 1º Caso o valor das cópias reprográficas excedam o valor da taxa administrativa recolhida, o
excedente será devido pelo requerente.

§ 2º O prazo para análise, decisão administrativa e fornecimento para pedidos de cópias de


processos administrativos é de 30 (trinta) dias a partir da data de seu protocolo.

Art. 40. Nos requerimentos para expedição de certidões para a defesa de direitos e esclarecimento
de situações, na forma da Lei Federal nº 12.527/2011, os interessados devem fazer constar
esclarecimentos relativos aos fins e razões do pedido.

Parágrafo único. As certidões deverão ser expedidas no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data
do protocolo do requerimento.

Art. 41. Os pedidos de cópias ou certidões que não estiverem devidamente instruídos conforme o
artigo 39 desta Resolução serão indeferidos pelo órgão ambiental competente.

Art. 42. Após a conclusão do procedimento administrativo concernente ao pedido de cópias ou


certidões, o mesmo deverá ser anexado ao respectivo procedimento administrativo objeto do
pedido.

Art. 43. É facultada a vista, na presença de um funcionário do órgão ambiental competente, de


qualquer procedimento administrativo que trate de matéria ambiental na sede ou nos escritórios
regionais, assegurado o sigilo comercial, industrial, financeiro ou qualquer outro sigilo protegido
por lei, bem como o relativo às comunicações internas dos órgãos e entidades governamentais,
conforme disposto na Lei Federal nº 10.650/2003, mediante termo de vista assinado pelo
interessado.

Art. 44. O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada em qualquer grau de


sigilo, ficarão restritos a pessoas com necessidade de conhecê-la e que sejam credenciadas
conforme estabelecido na forma do Decreto Federal nº 7.845, de 14 de novembro de 2012.

Seção V - Documentos cartoriais de propriedade do imóvel/casos excepcionais.

Art. 45. Imóveis em condomínio, todos os condôminos que constarem na mesma matrícula
imobiliária deverão anuir ao pedido, por anuência expressa ou por procuração.

Art. 46. Imóvel em sucessão por morte sem que se tenha iniciado o processo de inventário, o
requerimento será formulado em nome do espólio, sendo exigida a certidão de óbito e anuência
formal de todos os herdeiros, por termo nos autos ou por procuração e, se houver menores, deverá
ser juntado alvará judicial.

Art. 47. Imóvel em processo de inventário, o inventariante poderá requerer a autorização em nome
dos demais herdeiros.

Art. 48. Imóvel já inventariado e não registrado, o órgão ambiental competente deverá exigir a
apresentação do formal de partilha homologado.

Parágrafo único. Estando o imóvel indiviso, deverá constar a anuência dos condôminos nos termos
do artigo 45 desta Resolução.

Art. 49. Imóvel com cláusula de usufruto vitalício averbado na matrícula, o requerimento será
assinado pelo usufrutuário com anuência do proprietário.

Art. 50. Imóvel registrado em nome de pessoa jurídica, o requerimento deverá ser assinado pelo seu
representante legal com apresentação do contrato social ou estatuto da empresa ou certidão da Junta
Comercial do Estado do Paraná.

Parágrafo único. Não serão aceitos e/ou considerados requerimentos assinados por terceiros ou em
nome de pessoas e/ou técnicos responsáveis, sem a apresentação de procuração do representante
legal outorgando específicos ou plenos poderes para solicitar licenciamento ambiental ou florestal
junto ao órgão ambiental competente.

Art. 51. Imóvel arrendado, o requerimento deverá ser formulado em nome do arrendatário, com
anuência expressa do proprietário e instruído com a anexação do respectivo contrato.

Parágrafo único. Encerrado o contrato de arrendamento o órgão ambiental deverá ser imediatamente
comunicado para as providências cabíveis.

Art. 52. Imóvel registrado em nome do cônjuge não requerente, a anuência expressa do cônjuge
proprietário deverá constar necessariamente do requerimento, com a anexação da certidão de
casamento.

Parágrafo único. No caso de imóvel registrado em nome de ambos os cônjuges, o requerimento


deverá ser por eles assinados.

Art. 53. Nos casos de inexistência por parte do requerente, possuidor de documento definitivo do
imóvel (matrícula ou transcrição) do qual detenha a posse, deverá apresentar um dos seguintes
documentos:

I - escritura pública de cessão de direitos possessórios ou declaração de confrontantes;

II - recibo comprovando a aquisição da posse ou declaração de confrontantes; ou

III - documento hábil expedido pelo poder público em caso de terras devolutas ou patrimoniais
públicas.

Art. 54. Duas ou mais empresas que ocupem o mesmo imóvel devidamente registrado na mesma
matricula, poderão obter licenciamentos individuais, desde que conste no requerimento de
licenciamento Termo de Responsabilidade Solidária sobre o imóvel, registrado em cartório,
constando que os mesmos respondem por eventuais danos causados, conforme modelo no ANEXO
IX.

Seção VI - Dos Estudos Ambientais

Art. 55. Os estudos ambientais deverão ser analisados por técnicos do órgão ambiental competente,
devidamente habilitados nas áreas a que se referem os mesmos, conforme estabelecem os Conselhos
de Classe, fazendo parte dessa análise, no mínimo:
I - atendimento as diretrizes específicas;

II - avaliação da viabilidade técnica da proposta;

III - parâmetros básicos de dimensionamento;

IV - proposta de monitoramento;

V - emissão de parecer técnico.

Art. 56. Poderão ser exigidos, entre outros, conforme Termos de Referência disponibilizados pelo
órgão ambiental competente, os seguintes estudos ambientais:

I - estudo de Impacto Ambiental-EIA: estudo ambiental de atividade ou empreendimento utilizador


de recursos ambientais, efetivo ou potencialmente causador de significativa poluição ou outra forma
de significativa degradação do meio ambiente, a ser realizado previamente para a análise da sua
viabilidade ambiental, devendo, obrigatoriamente, ser sucedida de Audiência Pública;

II - plano de Controle Ambiental-PCA: plano apresentado no momento da solicitação da Licença de


Instalação, detalhando os planos e programas ambientais a serem executados na implantação do
empreendimento;

III - projeto de Controle de Poluição Ambiental-PCPA: projeto geralmente apresentado no momento


da solicitação da Licença de Instalação, devendo contemplar todas as medidas e equipamentos para
mitigação da poluição em todos os seus aspectos, podendo estar inserido no PCA;

IV - Relatório Ambiental Preliminar - RAP: são os estudos técnicos e científicos,g elaborados por
equipe multidisciplinar que, além de oferecer instrumentos para a análise da viabilidade ambiental
do empreendimento ou atividade, destinam-se a avaliar sistematicamente as consequências das
atividades ou empreendimentos considerados potencialmente causadores de degradação do meio
ambiente, em que são propostas medidas mitigadoras com vistas à sua implantação.

V - relatório Ambiental Simplificado-RAS: estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à


localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentados
como subsídio para a concessão da licença prévia requerida, que conterá, dentre outras, as
informações relativas ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento, sua
caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das medidas de controle, de mitigação e
de compensação, estabelecido pela Resolução CONAMA nº 279/2001 , aplicada, em qualquer nível
de competência, ao licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com
pequeno potencial de impacto ambiental;

VI - relatório de Impacto Ambiental-RIMA: documento que reflete as conclusões do EIA,


apresentado de forma objetiva e com informações em linguagem acessível ao público em geral, de
modo que se possam entender as vantagens e desvantagens da atividade ou empreendimento, bem
como as consequências ambientais de sua implantação;

VII - estudo de Passivo Ambiental: documento que deverá ser elaborado e assinado por um ou mais
profissionais legalmente habilitados, que avalia os danos infligidos ao meio natural por uma
determinada atividade, envolvendo as etapas de avaliação preliminar, e quando necessário,
investigação confirmatória e investigação detalhada.
VIII - programa de Gerenciamento de Riscos - PGR: documento que define a política e diretrizes de
um sistema de gestão, contemplando procedimentos técnicos e administrativos que têm por objetivo
prevenir, reduzir e controlar o risco de acidentes em instalações ou atividades potencialmente
perigosas, tais como, canalização de gás, armazenamento e movimentação de produtos perigosos,
entre outros.

§ 1º Os Termos de Referência relativos aos estudos ambientais a serem exigidos do empreendedor


deverão ser definidos pelo órgão ambiental competente.

§ 2º Os estudos ambientais serão definidos conforme o enquadramento de empreendimentos e


atividades estabelecido de acordo com a matriz de conjugação do potencial poluidor/degradador do
porte, a ser definido em resolução específica.

§ 3º O órgão ambiental competente deverá, por meio de despacho fundamentado, exigir


complementação sempre que o estudo apresentado apontar indícios de insuficiência.

§ 4º O órgão ambiental competente poderá elaborar roteiro mais específico aos estudos acima
mencionados a partir dos Termos de Referência.

§ 5º Poderão ainda ser exigidos estudos específicos para empreendimentos e atividades localizados
em áreas de área de importância do ponto de vista ambiental ou que contemplem tecnologias
inovadoras de processos.

§ 6º Os estudos ambientais deverão estar devidamente acompanhados de Anotação de


Responsabilidade Técnica-ART.

Art. 57. Estudos ambientais considerados incompletos ou que não atendam as diretrizes específicas
ou que sejam inadequados, deverão ser corrigidos e reapresentados pelo empreendedor, conforme
solicitação de complementação e de prazos fixados pelo órgão ambiental competente.

§ 1º Os processos administrativos dos quais fazem parte os estudos ambientais que não sejam
reapresentados no prazo estabelecido, serão arquivados.

§ 2º será permitido nos processos administrativos a reapresentação de estudos ambientais, uma


única vez;

§ 3º quando os estudos ambientais forem reapresentados fora de prazo ou considerados


tecnicamente inadequados serão arquivados e comunicado a motivação ao empreendedor;

§ 4º o arquivamento do procedimento não impedirá apresentação de novo requerimento sujeitando o


empreendedor ao recolhimento integral da Taxa Ambiental e demais regramentos vigentes;

Art. 58. A análise e apresentação de estudos ambientais, a serem apresentados em qualquer fase do
licenciamento ambiental ou em outras situações, quando exigido pelo órgão ambiental competente,
deverão atender os critérios constantes do ANEXO IV.

Seção VII - Da Exigência de EIA/RIMA

Art. 59. Considerando o tipo, o porte e a localização, dependerá de elaboração de EIA/RIMA, a ser
submetido à aprovação do órgão ambiental competente, excetuados os casos de competência
federal, o licenciamento ambiental de empreendimentos, atividades ou obras consideradas de
significativo impacto ambiental, tais como:
I - rodovias primárias e autoestradas (com duas ou mais faixas de rolamento);

II - rodovias secundárias, vicinais e variantes que atravessem áreas prioritárias para a conservação,
legalmente instituídas;

III - ferrovias, hidrovias;

IV - troncos e linhas primárias de rodovias e ferrovias metropolitanas e urbanas, quando localizados


em áreas prioritárias para a conservação, legalmente instituídas;

V - portos marítimos e fluviais, terminais de minério, de petróleo e derivados, de produtos químicos


e suas ampliações;

VI - aeroportos e suas ampliações, conforme definidos pelo inciso I, do artigo 31 da Lei Federal nº
7.565/1986;

VII - oleodutos, alcoolduto, gasodutos e polidutos (nestes casos, considerar além de EIA/RIMA, a
apresentação de Análise de Risco);

VIII - minerodutos;

IX - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kV;

X - linhas de transmissão de energia elétrica que atravessem área de importância do ponto de vista
ambiental, desde que impliquem em corte de vegetação em estágio sucessional de regeneração
médio ou avançado;

XI - obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação,
drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição
de bacias, diques;

XII - dragagem de corpos d'água naturais e artificiais em áreas declaradas pelo órgão competente
como ambientalmente sensíveis/relevantes e/ou com volume superior a 500.000 m3;

XIII - extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

XIV - extração de minério conforme porte do empreendimento, estabelecido em Resolução


específica;

XV - aterros sanitários que recebam mais que 20 t/dia (vinte toneladas por dia) ou situados em áreas
prioritárias para a conservação, legalmente instituídas;

XVI - sistemas de tratamento, processamento, co-processamento e destino final de resíduos tóxicos


e perigosos;

XVII - incineradores de resíduos tóxicos e perigosos;

XVIII - usinas de geração de eletricidade acima de 10 MW, qualquer que seja a fonte de energia
primária, tais como hidrelétricas, termoelétricas e termonucleares e suas ampliações;
XIX - complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos,
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios);

XX - distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;

XXI - exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores,
quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou áreas prioritárias para a conservação
legalmente instituídas;

XXII - projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse social
ou em áreas prioritárias para a conservação, legalmente instituídas;

XXIII - loteamentos, condomínios e conjuntos habitacionais de alta densidade demográfica, quando


situados em áreas prioritárias para a conservação, legalmente instituídas;

XXIV - qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em
quantidade superior a dez toneladas por dia;

XXV - projetos agropecuários e plantios florestais de espécies exóticas que contemplem áreas
acima de 1000 ha, ou menores, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de
áreas prioritárias para a conservação legalmente instituídas, inclusive nas áreas de proteção
ambiental, cujas áreas menores e significativas em termos percentuais serão definidas através de
portaria específica do órgão ambiental competente;

XXVI - parcelamentos de gleba rural para fins agrícolas quando situados em áreas prioritárias para
a conservação, legalmente instituídas excetuando atividades agroecológicas;

XXVII - aquicultura em área superior a 25 (vinte e cinco) ha ou quando situada em áreas


prioritárias para a conservação, legalmente instituídas; e

XXVIII - nos casos de empreendimentos potencialmente lesivos ao Patrimônio Espeleológico,


Geológico e Paleontológico Nacional.

Parágrafo único. Também deverá ser exigido EIA/RIMA se, por ocasião da apresentação de outros
Estudos Ambientais ficar caracterizada, pelas peculiaridades do empreendimento e pelos impactos
avaliados, devidamente fundamentado em parecer técnico do órgão ambiental competente, de que
se trata de atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental.

CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE


ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS, DEGRADADORAS E/OU
MODIFICADORAS DO MEIO AMBIENTE.

Art. 60. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades


utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, dependerão de prévio
licenciamento ambiental.

Parágrafo único. O licenciamento será realizado de forma preventiva, consideradas as modalidades


aplicáveis e os estágios de planejamento, instalação ou operação da atividade ou empreendimento.

Art. 61. Para a caracterização do empreendimento, poderão ser consideradas todas as atividades por
ele exercidas em áreas contíguas ou interdependentes, sob pena de aplicação de penalidade caso
seja constatada fragmentação do licenciamento.
Art. 62. O gerenciamento dos impactos ambientais e a fixação de condicionantes das licenças
ambientais devem atender à seguinte ordem de prioridade, aplicando-se em todos os casos a diretriz
de maximização dos impactos positivos da atividade ou empreendimento:

I - minimizar os impactos ambientais negativos; e

II - compensar os impactos ambientais negativos não mitigáveis, na impossibilidade de evitá-los.

§ 1º As condicionantes ambientais deverão ser acompanhadas de fundamentação técnica por parte


da autoridade licenciadora, que aponte a relação direta com os impactos ambientais da atividade ou
empreendimento identificados nos Estudos requeridos no processo de licenciamento ambiental.

§ 2º Após a emissão da licença requerida, será aberto prazo de 30 (trinta) dias para contestação, pelo
empreendedor, das condicionantes previstas, devendo a autoridade licenciadora se manifestar de
forma motivada em até 60 (sessenta) dias.

§ 3º O descumprimento de condicionantes das licenças ambientais, sem a devida justificativa


técnica, sujeitará o empreendedor à aplicação das sanções penais e administrativas previstas na Lei
Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seu respectivo Regulamento, sem prejuízo da
obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º As medidas mitigadoras estabelecidas pelo órgão ambiental competente no procedimento de


licenciamento, deverão estar diretamente vinculadas ao impacto ambiental causado pela instalação e
operação do empreendimento, sendo proporcionais à sua magnitude.

Seção I - Da Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual - DLAE

Art. 63. A DLAE será concedida para os empreendimentos que são dispensados do licenciamento
por parte do órgão ambiental estadual conforme os critérios estabelecidos em Resoluções
específicas.

Art. 64. A dispensa do Licenciamento Ambiental Estadual não exime o interessado das exigências
legais quanto à preservação do meio ambiente, bem como obtenção de alvarás e atendimento a
outras exigências municipais.

Seção II - Da Declaração de Inexigibilidade de Licenciamento Ambiental - DILA

Art. 65. A DILA será concedida para atividades e empreendimentos dotados de impactos ambiental
e socioambiental insignificantes para os quais é inexigível o licenciamento ambiental, respeitadas as
legislações municipais, a exemplo de:

I - atividades administrativas;

II - atividades estritamente intelectuais ou digitais;

III - comércio e prestação de serviços envolvendo atividades que não gerem qualquer tipo de
poluição e/ou degradação ambiental;

IV - confecção de artigos do vestuário, cama, mesa e banho e acessórios complementares, quando


empresa seja caracterizada como MEI;
V - fabricação artesanal de peças, brinquedos e jogos recreativos, por pessoas físicas ou quando
empresa seja caracterizada como MEI;

VI - bares, panificadoras, açougues, restaurantes e casas noturnas;

VII - comércio de peças e acessórios para veículos automotores;

VIII - comércio varejista de equipamentos de informática e comunicação; equipamentos e artigos de


uso doméstico;

IX - comércio varejista de artigos culturais, recreativos e esportivos;

X - comércio varejista de produtos de perfumaria e cosméticos e artigos médicos, ópticos e


ortopédicos;

XI - empresas prestadoras de serviços de segurança, manutenção e limpeza;

XII - atividades de organizações associativas patronais, empresariais, profissionais e recreativas;

XIII - estabelecimento de Ensino Públicos e Privados, exceto campus universitário;

XIV - comércio ambulante e outros tipos de comércio varejista;

XV - e outras atividades assim consideradas pelo órgão ambiental estadual.

Art. 66. A Inexigibilidade do Licenciamento Ambiental não exime o interessado das exigências
legais quanto à preservação do meio ambiente, bem como obtenção de alvarás e atendimento a
outras exigências municipais.

Seção III - Do Licenciamento por Adesão e Compromisso - LAC

Art. 67. A LAC tem por objetivo:

I - aprovar a localização e a concepção do empreendimento ou atividade;

II - atestar a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade;

III - estabelecer os requisitos básicos e critérios técnicos a serem atendidos para a implantação do
empreendimento ou atividade, condicionada as exigências do Plano Diretor Municipal ou legislação
correlata, e as normas federais e estaduais incidentes; e

IV - autorizar a instalação e operação do empreendimento ou atividade de acordo com informações


prestadas no SGA, as quais serão de total responsabilidade do empreendedor e do responsável
técnico.

Art. 68. A LAC se aplica para empreendimentos e atividades de baixo potencial de impacto
ambiental e seus critérios serão estabelecidos em Resoluções específicas, não podendo ser emitida
nas seguintes situações:

I - houver necessidade de corte ou supressão de vegetação nativa;

II - localizada em Área de Preservação Permanente, de acordo com a legislação vigente;


III - localizada em Unidades de Conservação ou sua zona de amortecimento;

IV - afetar Cavidades Naturais Subterrâneas;

V - quando não inscrito no CAR em se tratando de área rural;

VI - localizada em área à montante de ponto de captação de água para abastecimento público;

VII - os usos de recursos hídricos que dependem de outorga;

VIII - localizadas em áreas úmidas;

IX - localizadas em áreas de bens culturais acautelados;

X - localizada em terras indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais;

XI - imóveis que não respeitem o tamanho mínimo do módulo rural, definido nos incisos II e III do
Art. 4º da Lei 4504/1964 ;

XII - localizada em áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações


bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos, conforme previstas no Art. 42-A da Lei Federal
10.257/2001.

§ 1º Na modalidade de LAC, a licença será emitida, após protocolo do requerimento, analise e


conferência dos documentos para verificar a suficiência das informações prestadas, com a validação
do cumprimento dos critérios técnicos estabelecidos pelo órgão ambiental.

§ 2º A LAC, emitida conforme § 1º deste artigo, não exime o empreendedor da obrigatoriedade de:

I - implantar e manter os controles ambientais para o exercício da atividade; e

II - obter outras licenças, autorizações, alvarás, outorgas e certidões previstas em legislação


específica.

§ 3º Para a caracterização do empreendimento deverão ser consideradas todas as atividades


exercidas pelo empreendedor em áreas contíguas ou interdependentes, sob pena de aplicação de
penalidade caso seja constatada fragmentação do licenciamento.

§ 4º Quando houver necessidade de ampliação que não descaracterize o baixo impacto poluidor
deverá o empreendedor solicitar a emissão de uma nova LAC.

Art. 69. Para emissão da LAC, além da documentação prevista em resoluções específicas, deverão
ser apresentadas:

I - declaração de verdade das informações prestadas, conforme modelo do ANEXO V;

II - declaração do empreendedor pelo Licenciamento por Adesão e Compromisso conforme modelo


do ANEXO VI e;

III - declaração do Responsável Técnico pelo Licenciamento Por Adesão e Compromisso conforme
modelo do ANEXO VII, acompanhada da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.
IV - manifestação do município conforme o previsto no § 1º do art. 10.

Art. 70. A qualquer tempo o órgão ambiental competente realizará fiscalização do procedimento
administrativo e do empreendimento, bem como do cumprimento legal das obrigações ambientais
pertinentes.

§ 1º A LAC emitida implica na confiabilidade e veracidade das informações e dos documentos


apresentados pelo empreendedor e seu responsável técnico.

§ 2º A constatação, a qualquer tempo, de informações e documentos falsos, implicará a nulidade da


licença concedida pelo órgão ambiental competente, sujeitando-se às sanções administrativas e
penais, sem prejuízo da responsabilização civil.

Seção IV - Do Licenciamento Ambiental Simplificado-LAS

Art. 71. A licença ambiental simplificada de empreendimentos e atividades com potencial ou


efetivamente poluidoras, degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente de pequeno porte e/ou
que possua pequeno potencial de impacto ambiental, definidos em Resolução específica, tem por
objetivo:

I - aprovar a localização e a concepção do empreendimento ou atividade;

II - atestar a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade;

III - estabelecer os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos na fase de implantação do


empreendimento ou atividade, respeitadas a legislação integrante e complementar do Plano Diretor
Municipal ou legislação correlata e as normas federais e estaduais incidentes; e

IV - autorizar sua instalação e operação de acordo com as especificações constantes dos


requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambientais e demais condicionantes determinadas pelo órgão ambiental competente.

§ 1º Na modalidade de Licenciamento Ambiental Simplificado, a licença será emitida após análise,


em uma única fase, do respectivo estudo ambiental a ser apresentado pelo requerente.

§ 2º A LAS prevista no § 1º deste artigo não exime o empreendedor da obrigatoriedade de:

I - obter, junto aos órgãos competentes, os atos autorizativos para realizar intervenções ambientais
bem como para intervir ou fazer uso de recurso hídrico, quando necessário;

II - implantar e manter os controles ambientais para o exercício da atividade; e

III - obter outras licenças, autorizações, alvarás, outorgas e certidões previstas em legislação
específica.

§ 3º Para a caracterização do empreendimento deverão ser consideradas todas as atividades


exercidas pelo empreendedor em áreas contíguas ou interdependentes, sob pena de aplicação de
penalidade caso seja constatada fragmentação do licenciamento.

§ 4º Quando necessário o corte ou supressão de vegetação nativa, a Licença Ambiental Simplificada


- LAS somente poderá ser emitida acompanhada da respectiva Autorização Florestal.
§ 5º Para os empreendimentos detentores de Licença Ambiental Simplificado - LAS, as ampliações
serão enquadradas de acordo com as características de tais ampliações e das atividades já existentes,
cumulativamente, e a licença a ser emitida englobará todas as atividades exercidas.

§ 6º A Licença Ambiental Simplificado - LAS de ampliação somente poderá ser solicitada quando a
somatória do porte da estrutura existente acrescida da estrutura a ser licenciada, não ultrapassar o
limite estabelecido para LAS em resoluções específicas.

Seção V - Do Licenciamento Ambiental Prévio-LP

Art. 72. A Licença Prévia de empreendimentos ou atividades, potencial ou efetivamente poluidoras,


degradadoras e/ou modificadoras do meio ambiente, deverá ser requerida na fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade, podendo ser prorrogada e, têm por objetivos:

I - aprovar a localização e a concepção do empreendimento, atividade;

II - atestar a viabilidade ambiental do empreendimento, atividade;

III - estabelecer os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases da
implantação do empreendimento, atividade ou obra, respeitadas a legislação integrante e
complementar do Plano Diretor Municipal ou legislação correlata e as normas federais e estaduais
incidentes;

IV - estabelecer limites e critérios para lançamento de efluentes líquidos, resíduos sólidos, emissões
gasosas e sonoras no meio ambiente, adequados aos níveis de tolerância para a área requerida e para
a tipologia do empreendimento, atividade ou obra; e

V - exigir a apresentação de propostas de medidas de controle ambiental em função dos impactos


ambientais que serão causados pela implantação do empreendimento, atividade ou obra.

Parágrafo único. O requerente poderá solicitar a prorrogação da Licença Prévia, desde que:

I - apresente declaração de que não houve alterações no objeto da licença expedida;

II - não ultrapasse o prazo máximo estabelecido no Anexo III, sob pena de requerer uma nova
licença prévia.

Art. 73. No requerimento de Licença Prévia deverá obrigatoriamente ser apresentado o memorial
descritivo do empreendimento que subsidiará a avaliação da necessidade de apresentação de estudos
ambientais específicos.

Art. 74. Nos procedimentos de Licença Prévia-LP, antes da emissão da mesma, quando necessário o
corte ou supressão de vegetação nativa, deverá obrigatoriamente haver manifestação técnica do
próprio órgão ambiental quanto a avaliação da tipologia vegetal, visando análise integrada do
licenciamento.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, deverá ser apresentado o Relatório de


Caracterização da Flora, de acordo com a Resolução CONAMA 02/1994 , no próprio procedimento
administrativo.

Art. 75. A Licença Prévia somente poderá ser emitida após manifestação sobre a tipologia florestal e
sua viabilidade de supressão, conforme o disposto no § 2º do art. 10 da presente resolução.

Art. 76. Quando da avaliação da viabilidade de emissão da LP, poderá ser solicitada a apresentação
de estudos ambientais, a serem definidos pelo órgão ambiental, em função do potencial de
degradação dos impactos esperados na implantação e/ou operação do empreendimento e/ou
atividade.

§ 1º Para empreendimentos e atividades considerados potencialmente causadores de degradação do


meio ambiente o licenciamento ambiental será instruído com RAP - Relatório Ambiental Preliminar
ou RAS - Relatório Ambiental Simplificado.

§ 2º Para empreendimentos e atividades considerados como potencialmente causadores de


significativa degradação do meio ambiente, se exigirá a apresentação de EIA/RIMA - Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental.

Art. 77. O Termo de Referência para elaboração de RAP, RAS ou EIA/RIMA, será emitido pelo
órgão ambiental competente, após avaliação das características do empreendimento e da sua
localização, no processo de Licença Previa.

Parágrafo único. Os termos de referência já estabelecidos pelo órgão ambiental para determinados
empreendimentos ou atividades poderão ser utilizados pelo empreendedor mesmo antes do
requerimento da licença prévia, desde que seja indicado pelo Instituto Água e Terra.

Art. 78. A Licença Prévia não autoriza o início da implantação do empreendimento, atividade ou
obra requerida.

Art. 79. Vencido o prazo máximo de validade da Licença Prévia, sem que tenha sido solicitada a
Licença de Instalação, o procedimento administrativo será arquivado e o requerente deverá solicitar
nova Licença Prévia, considerando eventuais mudanças das condições ambientais da região onde se
requer a instalação do empreendimento, atividade ou obra.

Art. 80. A Licença Prévia para empreendimentos e atividades consideradas efetivas ou


potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente dependerá de prévio
Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), ao qual
dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a
regulamentação específica.

§ 1º O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é


potencialmente causador de significativa degradação e/ou modificação do meio ambiente, definirá
os Estudos Ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

§ 2º O órgão ambiental competente poderá exigir, quando da análise do requerimento de Licença


Prévia ou a qualquer tempo, a apresentação de Análise de Riscos nos casos de desenvolvimento de
pesquisas, difusão, aplicação, transferência e implantação de tecnologias potencialmente perigosas,
em especial ligadas à zootecnia, biotecnologia e genética, assim como a produção, a
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco à vida, à
qualidade de vida e ao meio ambiente.

Seção VI - Do Licenciamento Ambiental de Instalação-LI

Art. 81. A Licença de Instalação deverá ser requerida quando da elaboração do projeto do
empreendimento, atividade ou obra, contendo as medidas de controle ambiental, podendo ser
prorrogada.

Parágrafo único. A Licença de Instalação autoriza a implantação do empreendimento, atividade ou


obra, mas não seu funcionamento e tem por objetivo:

I - aprovar as especificações constantes dos planos, programas e projetos apresentados, incluindo as


medidas de controle ambiental e os demais condicionantes, das quais constituem motivos
determinantes; e

II - autorizar o início da implantação do empreendimento, atividade ou obra e os testes dos sistemas


de controle ambiental sujeito à inspeção do órgão ambiental competente.

Art. 82. A Licença de Instalação deverá ser exigida aos empreendimentos ou atividades licenciadas
previamente mediante Licença Prévia.

§ 1º O órgão ambiental competente poderá exigir relatórios que comprovem a conclusão das etapas
sujeitas ao seu controle e do término das obras.

§ 2º Algumas informações na fase de licenciamento de instalação poderão ser diferentes das


constantes no licenciamento prévio e deverão ser devidamente justificadas e não poderão em
hipótese alguma acarretar em alteração do potencial poluidor/degradador previsto no licenciamento
prévio, sendo indispensável que os critérios e parâmetros fixados na etapa do licenciamento prévio
sejam devidamente observados.

§ 3º As alterações previstas no § 2º, poderão ocorrer em função de otimizações de processos, layout,


melhor aproveitamento de energia, situações previstas no projeto executivo, que são definidas na
fase de Licença de Instalação.

Art. 83. Quando necessário o corte ou supressão de vegetação nativa, a Licença de Instalação
somente poderá ser emitida acompanhada da respectiva Autorização Florestal.

Art. 84. O requerente poderá solicitar a prorrogação da Licença de Instalação, desde que:

I - a instalação do empreendimento se prolongar por prazo superior ao fixado na respectiva Licença;

II - apresente declaração de que não houve alterações no objeto da licença expedida;

III - não ultrapasse o prazo máximo estabelecido no Anexo III, sob pena de requerer um novo
licenciamento prévio.

Seção VII - Do Licenciamento Ambiental de Operação-LO

Art. 85. A Licença de Operação deverá ser requerida antes do início efetivo das operações, e se
destina a autorizar a operação do empreendimento, atividade ou obra, e sua concessão estará
condicionada à realização de vistoria por técnico habilitado, com vistas à verificação do efetivo
cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação.

Art. 86. A renovação de Licença de Operação de uma atividade ou empreendimento deverá ser
requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração do seu prazo de
validade, fixado na respectiva Licença, ficando este automaticamente renovado até manifestação
definitiva do órgão ambiental competente.
Parágrafo único. Quando do requerimento de renovação de Licença de Operação, nos casos
previstos na legislação aplicável, será exigida a apresentação dos relatórios periódicos dos trabalhos
de monitoramento, controle e/ou recuperação ambiental, devidamente assinado pelo técnico
responsável.

Seção VIII - Da Autorização Ambiental - AA

Art. 87. A Autorização Ambiental deverá ser requerida para execução de obras, atividades,
pesquisas e serviços de caráter temporário ou obras emergenciais, que possam acarretar alterações
ao meio ambiente, e se destina a:

I - aprovar a localização da atividade e execução da obra, pesquisa ou serviço;

II - autorizar a instalação, operação e/ou implementação de atividade ou execução da obra de acordo


com as especificações constantes dos requerimentos, cadastros, planos, programas e/ou projetos
aprovados; e

III - estabelecer as medidas de controle ambiental e os demais condicionantes a serem cumpridas


pelo requerente.

Seção IX - Da Ampliação, Alteração e Regularização de empreendimentos e/ou atividades

Art. 88. As ampliações ou alterações definitivas nos empreendimentos ou atividades detentores de


LAS ou LO, necessitam de licenciamento específico, trifásico ou bifásico para a parte ampliada ou
alterada, adotados os mesmos critérios do licenciamento.

§ 1º As ampliações na LAS serão enquadradas de acordo com as características de porte e potencial


poluidor/degradador da parte ampliada, considerando a análise de todas as atividades exercidas no
imóvel.

§ 2º A LO, no caso de Licenciamento Trifásico ou Bifásico, englobará todas as atividades exercidas.

§ 3º Para o cálculo do valor da Taxa Ambiental referente às licenças levar-se-á em consideração


somente as ampliações ou alterações.

§ 4º Caberá ao empreendedor comunicar previamente ao órgão ambiental competente tais alterações


ou ampliações, cabendo ao órgão ambiental detectar casos de omissões quando do término da
vigência da Licença Ambiental Simplificada ou da Licença de Operação ou, ainda, quando da
solicitação de renovação.

§ 5º As alterações temporárias deverão ser comunicadas pelo empreendedor ao órgão ambiental


competente que, diante de constantes reincidências do fato, deverá rever a Licença Ambiental
Simplificada ou a Licença Prévia, de Instalação e de Operação do referido empreendimento,
atividade ou obra, considerando as alterações como definitivas.

Art. 89. Os empreendimentos que estejam funcionando de maneira clandestina terão suas atividades
embargadas, devendo se submeter ao licenciamento ambiental conforme sua tipologia, com
observância do inciso V do artigo 19 desta Resolução, sem prejuízo das sanções cabíveis.

Art. 90. A regularização do licenciamento ambiental, quando da alteração da titularidade, em


qualquer fase, ficará condicionada ao cumprimento legal das obrigações ambientais pertinentes,
desde que mantida as características iniciais do empreendimento ou atividade

§ 1º Para a emissão de licença ambiental, em virtude de nova titularidade do empreendimento, o


requerente deverá apresentar, através do SGA, os seguintes documentos:

I - declaração do interessado assumindo as condicionantes do licenciamento e as responsabilidades


por eventuais passivos ambientais do empreendimento;

II - comprovação da inexistência de débitos ambientais, referentes a:

a) CPF do representante legal e do CNPJ do(s) transferente(s) vinculado(s) ao empreendimento;

b) CPF do representante legal e/ou CNPJ do(s) adquirente(s);

III - cópia da carteira de identidade do representante legal que está assumindo o licenciamento;

IV - cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social da empresa que está assumindo o


licenciamento (com última alteração);

V - anuência do Detentor da Licença;

VI - alvará de licença expedido pelo município, no caso de empreendimentos com LAS ou LO


vigentes;

VII - taxa Ambiental de acordo com a legislação vigente.

§ 2º As alterações e/ou transferências da titularidade do empreendimento estão condicionados à


validade das licenças a serem alteradas ou transferidas, sendo o prazo da nova licença o que constar
da licença anterior.

Art. 91. A regularização do licenciamento ambiental, quando da alteração de razão social em


qualquer fase, ficará condicionada ao cumprimento legal das obrigações ambientais pertinentes,
desde que mantida as características iniciais do empreendimento ou atividade.

§ 1º Para a emissão de licença ambiental, em virtude de nova razão social, o requerente deverá
apresentar, através do SGA, os seguintes documentos:

I - cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social que comprove a alteração de razão social;

II - Alvará de licença em nome da nova razão social expedido pelo município, no caso de
empreendimentos com LAS ou LO vigentes;

III - comprovação da inexistência de débitos ambientais da empresa;

IV - cópia da carteira de identidade e CPF do representante legal, no caso em que tiver ocorrido,
também, alteração de quadro societário;

V - Taxa Ambiental de acordo com a legislação vigente.

§ 2º As alterações de razão social do empreendimento estarão condicionadas à validade das licenças


a serem alteradas ou transferidas, sendo o prazo da nova licença o que constar da licença anterior.
Art. 92. Quando do encerramento de empreendimentos e/ou atividades poluidoras, degradadoras
e/ou modificadoras do meio ambiente, o órgão ambiental competente deverá ser informado, por
meio de procedimento a ser protocolado e dirigido ao Diretor Presidente, instruído com os seguintes
documentos:

I - documento do empreendedor informando o encerramento e a situação ambiental do


empreendimento/atividade, inclusive a existência ou não de passivo ambiental;

II - carteira de identidade do representante legal da empresa;

III - cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração);

IV - cópia da licença ambiental vigente;

V - taxa ambiental de acordo com a legislação vigente;

VI - certidão da empresa na Junta Comercial do Paraná.

§ 1º O empreendedor deverá ser oficializado pelo órgão ambiental competente sobre as condições
do encerramento da atividade.

§ 2º No caso de existência de passivo ambiental o encerramento do empreendimento só se dará


perante o órgão ambiental competente, após o saneamento do passivo.

Seção X - Das Condicionantes das Licenças Ambientais

Art. 93. Na fixação de condicionantes das licenças ambientais poderão ser estabelecidas condições
especiais para a implantação ou operação do empreendimento, bem como para garantir a execução
das medidas para gerenciamento dos impactos ambientais.

Art. 94. As condicionantes ambientais deverão ser acompanhadas de fundamentação técnica por
parte do órgão ambiental, que aponte a relação direta com os impactos ambientais da atividade ou
empreendimento identificados nos Estudos requeridos no processo de licenciamento ambiental,
considerando os meios físico, biótico e socioeconômico, bem como ser proporcionais à magnitude
desses impactos.

Art. 95. Em razão de fato superveniente ou no caso de impossibilidade técnica de cumprimento de


medida condicionante estabelecida no processo de licenciamento ambiental, o empreendedor poderá
requerer a reconsideração da medida, a prorrogação do prazo para o seu cumprimento ou a alteração
do conteúdo da condicionante imposta, formalizando requerimento devidamente instruído com a
justificativa e a comprovação da impossibilidade de cumprimento, se for o caso, até o vencimento
do prazo de cumprimento estabelecido na respectiva condicionante.

CAPÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 96. Todos os pedidos relacionados com a presente Resolução, para qualquer finalidade ou
modalidade, deverão ser formalizados através de requerimentos específicos, que serão
obrigatoriamente protocolados no órgão ambiental competente.

Art. 97. Para cada tipologia de empreendimento ou atividade poderão ser estabelecidas Resoluções
específicas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo - SEDEST,
definindo-se os estudos ambientais, a documentação, bem como prazo de validade para cada
modalidade de licença, desde que não se ultrapasse os prazos estabelecidos nesta Resolução.

§ 1º Quando não houver Resolução específica que estabeleça prazo próprio para cada tipologia de
licenciamento, aplicar-se-ão os prazos estabelecidos no anexo III da presente Resolução.

§ 2º Quando houver Resolução específica que estabeleça prazo próprio para cada tipologia de
licenciamento, aplicar-se-ão os prazos estabelecidos a partir dos critérios técnicos definidos em cada
Resolução específica em vigor antes da entrada em vigor da presente resolução.

Art. 98. Caberá ao órgão ambiental competente monitorar, acompanhar e fiscalizar os


licenciamentos aprovados e suas condicionantes.

Art. 99. Qualquer alteração nas características do porte nos empreendimentos que implique na
mudança da modalidade de licenciamento deverá ser requerido novo procedimento de
licenciamento ambiental pelo empreendedor.

Art. 100. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
Resoluções CEMA 105/2019 e CEMA 106/2020.

Curitiba, 09 de setembro de 2020.

ANEXO I MODELO DE TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Pelo presente instrumento, de um lado o (NOME DO ÓRGÃO AMBIENTAL) - Órgão Licenciador,


autarquia estadual inscrita no CNPJ/MF sob nº 68.596.162/0001-78, com sede na Rua Engenheiro
Rebouças, 1206, bairro Rebouças, na cidade de Curitiba, neste ato representada por (NOME DO
REPRESENTANTE DO Órgão Licenciador) - Diretor, Chefe de Departamento ou de Regional,
doravante denominado de COMPROMITENTE, e do outro lado, (NOME DO EMPREENDEDOR),
portador do CPF/MF no NÚMERO DO CPF e do RG no NÚMERO DO RG/ESTADO, residente na
(o) (ENDEREÇO COMPLETO DO EMPREENDIMENTO, rua, nº, bairro, CEP, cidade, Estado),
NACIONALIDADE, ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, doravante denominado de
COMPROMISSÁRIO, nos termos do parágrafo 6º do artigo 5º da Lei 7.347/1985 e artigo 784, XII
do Código de Processo Civil , e artigo 10 da Lei Federal nº 6.938/1981 e artigo 17 do Decreto
Federal nº 99.274/1990, celebram o presente TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, em
caráter irrevogável, na forma estabelecida pelas cláusulas abaixo:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

Tem o presente TAC como objeto o ajustamento da conduta do COMPROMISSÁRIO às exigências


legais ambientais vigentes, mediante a adoção de medidas específicas para sua regularização
ambiental perante o órgão ambiental e a sociedade, visando obter as condições mínimas necessárias
para a obtenção do competente licenciamento ambiental.

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES

A fim de regularizar-se ambientalmente, o COMPROMISSÁRIO, assume perante a


COMPROMITENTE as obrigações abaixo relacionadas, suspendendose, o processo administrativo
de licenciamento ambiental, protocolado junto a este Órgão Licenciador, até o cumprimento integral
das mesmas, considerando o prazo estipulado na Cláusula Terceira:

-OBRIGAÇÃO 1 (descrever)
-OBRIGAÇÃO 2 (descrever)

- .....

-OBRIGAÇÃO n (descrever)

CLÁUSULA TERCEIRA - DO PRAZO

O prazo para o cumprimento das obrigações assumidas na cláusula anterior será de (EXPRESSAR
NUMÉRICA E POR EXTENSO O PRAZO CONCEDIDO), podendo o mesmo ser prorrogado por
mais PRAZO EXCEDENTE (QUE NÃO DEVE SER SUPERIOR A 50% DO INICIALMENTE
CONCEDIDO) dias pelo COMPROMITENTE, quando da impossibilidade do seu cumprimento em
casos fortuitos ou de força maior, desde que requerido e devidamente justificado pelo
COMPROMISSÁRIO por escrito e protocolado junto ao Órgão Licenciador, com antecedência
mínima de PRAZO PARA REQUERIMENTO DE PRORROGAÇÃO dias da data de vencimento
estabelecida para cumprimento do Termo ora firmado.

CLÁUSULA QUARTA - DA FISCALIZAÇÃO

Fica assegurado ao COMPROMITENTE o direito de fiscalizar o cumprimento das obrigações


assumidas na cláusula segunda, sem prejuízo das prerrogativas do poder de polícia a ser por ele
exercido, como decorrência da aplicação da legislação ambiental federal e estadual vigentes.

Parágrafo único. Independente da fiscalização exercida pelo COMPROMITENTE obriga-se o


COMPROMISSÁRIO a informar, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, após a conclusão de cada
uma das etapas previstas no cronograma - constante na Cláusula Segunda, o estágio de andamento
das obrigações assumidas no presente Termo.

CLÁUSULA QUINTA - CONCESSÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL REQUERIDO

Após verificação in loco, a COMPROMITENTE elaborará LAUDO DE VERIFICAÇÃO DE


CUMPRIMENTO DO TAC por profissional habilitado, no qual constará expressamente se as
obrigações assumidas foram cumpridas integralmente ou não pelo COMPROMISSÁRIO.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - Constando no Laudo de Verificação que as obrigações assumidas


foram cumpridas integralmente e comprovada a inexistência de quaisquer óbices administrativas,
técnicas e/ou legais para INSTALAÇÃO/OPERAÇÃO do empreendimento, dar-se-á continuidade
no processo deliberativo de licenciamento ambiental requerido pelo COMPROMISSÁRIO.

CLÁUSULA SEXTA - DO INADIMPLEMENTO

O não cumprimento parcial ou integral das obrigações assumidas na cláusula segunda, dentro do
prazo estabelecido na cláusula terceira, sujeitará o COMPROMISSÁRIO, além da perda do direito
à continuidade do processo deliberativo de licenciamento ambiental previsto na Cláusula Quinta, à
aplicação das penalidades e sanções cabíveis nos termos da Lei Federal nº 9.605/1998 - Lei de
Crimes Ambientais e de seu Decreto nº 6.514/2008 , e alterações posteriores, sem prejuízo da
reparação do dano ambiental causado (DEVE SER ESTABELECIDO VALOR DE MULTA
DIÁRIA).

PARÁGRAFO PRIMEIRO - A celebração deste TAC não impede a aplicação de quaisquer sanções
administrativas e judiciais frente a futuro descumprimento pelo COMPROMISSÁRIO das normas
ambientais vigentes.
PARÁGRAFO SEGUNDO - Enquanto perdurar a inadimplência, o COMPROMISSÁRIO não terá
direito à obtenção de quaisquer atos administrativos ambientais, tais como: Anuências Prévias,
Certidões Negativas, Licenciamentos e Autorizações Ambientais e/ou Florestais.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA EXECUÇÃO DO PRESENTE TERMO

O presente TAC tem eficácia de título executivo extrajudicial, nos termos do Artigo 5º , parágrafo 6º
da Lei 7.347 , de 24 de julho de 1985.

CLÁUSULA OITAVA - DO FORO

Fica eleito o Foro da Região Metropolitana de da Comarca de Curitiba - Paraná com exclusividade,
para dirimir quaisquer questões provenientes do presente Termo.

O presente TAC, depois de lido e acatado, é assinado em 03 (três) vias de igual teor, perante duas
testemunhas, para que surta os devidos efeitos legais.

-Local e data

-Nome e assinatura do representante do órgão licenciador:

-Nome e assinatura do COMPROMISSÁRIO:

-Nome, assinatura e identidade da 1ª testemunha:

-Nome, assinatura e identidade da 2ª testemunha:

ANEXO II MODELO DE CERTIDÃO DO MUNICÍPIO QUANTO AO USO E OCUPAÇÃO DO


SOLO

MUNICÍPIO DE.....(nome do município), declara para fins de licenciamento ambiental do


empreendimento abaixo descrito, localizado neste município, que o local, o tipo de empreendimento
e a atividade estão em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do
solo (Plano Diretor ou Lei de Uso e Ocupação do Solo vigente), bem como atendem a legislação
ambiental municipal e as demais exigências legais e administrativas perante o nosso município.
EMPREENDEDOR
CNPJ/CPF
ATIVIDADE
LOCALIZAÇÃ
LEGISLAÇÃO No
ZONA/MACROZONA
PERÍMETRO URBANO/ZONA RURAL
ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE PERMITIDA/PERMISSIVEL

LOCAL/DATA

Nome, assinatura e carimbo do Prefeito Municipal e, por delegação, dos Secretários Municipais
responsáveis pelo Meio Ambiente e controle territorial.

ANEXO III VALIDADE DAS LICENÇAS


Prazos
MODALIDADE PRAZO MÍNIMO PRAZO MÁXIMO
Licença por Adesão e Compromisso 02 (dois) anos para a primeira licença. Renovável 05 (cinco)
anos a partir da primeira renovação.
Licença Ambiental Simplificada - LAS 10 (dez) anos. Renovável
Licença Prévia - LP 05 (cinco) anos.
Não prorrogável se concedido o prazo máximo
Licença de Instalação - LI 02 (dois) anos ou de acordo com o cronograma de instalação do
empreendimento ou atividade 06 (seis) anos.
Não prorrogável se concedido o prazo máximo
Licença de Operação - LO De acordo com o Plano de Controle Ambiental e será de no mínimo 4
anos 10 (dez) anos. Renovável a critério do Órgão Licenciador.
Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual DLAE 10 (dez) anos.
Renovável a critério do Órgão Licenciador.
Autorizações Ambientais 06 (seis) meses 02 (dois) anos Prorrogável a critério do órgão
licenciador por igual período.

.
AUTORIZAÇÕES FLORESTAIS
MODALIDADE PRAZO MÍNIMO PRAZO MÁXIMO
Corte em Manejo de Bracatinga 03 (três) anos Prorrogável 01 (um) ano
Corte em Manejo Rendimento Sustentável 03 Prorrogável 01 (um) ano
Corte Raso 03 Prorrogável 01 (um) ano.
Aproveitamento de Material Lenhoso 03 Prorrogável 01 (um) ano.
Corte Isolado 03 Prorrogável 01 (um) ano.
Corte de Vegetação Nativa em Área de Utilidade Pública e/ou Interesse Social. 05 anos
Prorrogável 01 (um) ano.
Queima Controlada. 01 ano Prorrogável 01 (um) ano
Anuência Prévia para Desmembramento, Parcelamento e Unificação de Glebas Rurais. 01 ano do
Órgão Licenciad

ANEXO IV CRITÉRIOS PARA APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE ESTUDOS AMBIENTAIS

A análise e apresentação de Estudos Ambientais, conforme conceito desta Resolução, a serem


apresentados ao órgão ambiental em qualquer fase do licenciamento ambiental ou em outras
situações, quando exigido pelo órgão ambiental, deverão atender os critérios abaixo:

1. Os estudos ambientais deverão ser apresentados de acordo com as diretrizes específicas para cada
empreendimento ou atividade;

2. Os estudos ambientais deverão ser elaborados por profissionais devidamente habilitados nas
áreas a que se referem, conforme estabelecem os Conselhos de Classe e apresentados de acordo
com as diretrizes específicas do órgão ambiental competente;

3. A ART a ser apresentada deverá ser específica para o estudo ambiental apresentado, na qual
deverá ser descrito e detalhado o serviço executado.

4. Antes do encaminhamento dos estudos ambientais, em caso de análise técnica da sede, deverá ser
verificado pelos Escritórios Regionais os seguintes itens:

a) Se o estudo está sendo apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste órgão ambiental
competente;
b) A ART do responsável técnico a ser apresentada deve ser específica para o estudo apresentado, na
qual deverá ser descrito e detalhado o serviço executado, como por exemplo, na elaboração de
projeto de sistema de controle de poluição ambiental, deverá ser especificado tratamento de
efluentes líquidos, de resíduos sólidos, de emissões atmosféricas, de controle de ruídos e outros
pertinentes;

c) Em se tratando de readequação de projeto de unidades já implantadas, encaminhar projeto


anterior e um relatório com a situação atual da unidade;

d) No caso de apresentação de complementações em atendimento a solicitações do órgão ambiental,


encaminhar o projeto anterior.

5. Os estudos ambientais deverão ser analisados por técnicos do órgão ambiental, devidamente
habilitados nas áreas a que se referem os mesmos, conforme estabelecem os conselhos de classe,
fazendo parte dessa análise, no mínimo:

a) Atendimento as diretrizes específicas;

b) Avaliação da viabilidade técnica da tecnologia proposta;

c) Para^metros básicos de dimensionamento;

d) Emissão de parecer técnico.

6. Os pareceres técnicos serão de conhecimento interno e quando for necessário repassar


informações ao interessado, deve ser requerido pela parte interessada.

7. Em se tratando da apresentação de estudos que não estejam vinculados a processos de


licenciamento ambiental, como por exemplo, referentes a readequações ou melhorias de sistemas e
medidas de controle ambiental implantadas, o interessado deverá solicitar Autorização Ambiental,
cujo processo a ser protocolado deverá conter:

a) requerimento de Licenciamento Ambiental;

b) cópia da Licença de Operação ou do Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC);

d) em se tratando de readequação de sistemas de controle ambiental já implantados, encaminhar o


estudo anterior e um relatório com a situação atual do sistema justificando o motivo da
readequação;

e) comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental.

ANEXO V DECLARAÇÃO DA VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS

... (nome completo em negrito da parte), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissão), portador
do CPF/MF nº ... ou CNPJ no....., com Documento de Identidade de nº ..., residente e domiciliado
na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ... (Município - UF), DECLARO, para os devidos fins de
direito, sob as penas da lei, que as informações prestadas e documentos que apresento para (inserir
finalidade), relacionados abaixo, são verdadeiros e autênticos (fieis a verdade e condizentes com a
realidade dos fatos à época).

FATOS DECLARADOS:_________________________________________(...)
DOCUMENTOS APRESENTADOS:______________________________(...)

Fico ciente através desse documento que a falsidade dessa declaração configura crime previsto no
Código Penal Brasileiro, passível de apuração na forma da Lei bem como pode ser enquadrada
como litigância de Má-Fé.

Nada mais a declarar, e ciente das responsabilidades das declarações prestadas, firmo a presente.

... (Município - UF), ... (dia) de ... (me^s) de ... (ano).

ANEXO VI DECLARAÇÃO DO EMPREENDEDOR PELO LICENCIAMENTO POR ADESÃO


E COMPROMISSO

_____________________________________, ____________, ______________, Nome do(a)


Monitor(a) (Nacionalidade) (Estado Civil) residente e domiciliado(a) no(a)
______________________________________, ___, (Rua/Avenida) (no) __________________,
__________________, _____ portador(a) do CPF n.o_______ (Complemento) (Bairro) (Cidade)
(UF) ____________________ carteira de identidade no ______________, _________/_____, (No
do CPF) (Órgão Expedidor) (UF), Pelo presente instrumento, formalizo adesão e compromisso aos
para^metros técnicos estabelecidos pelo órgão ambiental competente, assumindo responsabilidade
pelo cumprimento de todas as normas legais vigentes e condicionantes estabelecidas na licença,
com o intuito de licenciamento ambiental da atividade XXXX através da Licença por Adesão e
Compromisso (LAC), sob pena de sofrer as sanções legais cabíveis.

Local e data ...(nome do declarante completo)

DECLARANTE

CPF: ... ou CNPJ

ANEXO VII DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LICENCIAMENTO POR


ADESÃO E COMPROMISSO

_____________________________________, ____________, ______________, Nome do(a)


Monitor(a) (Nacionalidade) (Estado Civil) residente e domiciliado(a) no(a)
______________________________________, ___, (Rua/Avenida) (no) __________________,
__________________, _____ portador(a) do CPF n.o_______ (Complemento) (Bairro) (Cidade)
(UF) ____________________ carteira de identidade no ______________, _________/_____, (No
do CPF) (Órgão Expedidor) (UF), Pelo presente instrumento, declaro ser responsável pelas
informações prestadas sobre o empreendimento em questão, assumindo a responsabilidade técnica
pelas informações prestadas e pelo cumprimento de todas as normas legais vigentes, com o intuito
de licenciamento ambiental da atividade de ____________ através da Licença por Adesão e
Compromisso (LAC), sob pena de sofrer as sanções legais cabíveis.

LOCAL E DATA

...(nome do declarante completo)

DECLARANTE

NÚMERO DO REGISTRO NO CONSELHO DE CLASSE


ANEXO VIII MODELOS DE PUBLICAÇÃO CONFORME Resolução CONAMA nº 6 de
24.01.1986

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA EM PERIÓDICO

Nome da empresa - sigla) torna público que requereu à (nome do órgão onde requereu a Licença), a
(tipo da Licença), para (atividade e local) Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou não foi
determinado estudo de impacto ambiental.

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA EM DIÁRIO OFICIAL

Nome da empresa - sigla) torna público que requereu à (nome do Órgão onde requereu a licença), a
Licença (tipo de licença), para atividade e local) Foi determinado estudo de impacto ambiental e/ou
não foi determinado estudo de impacto ambiental.

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE LICENÇA EM PERIÓDICO

Nome da empresa - sigla), torna público que recebeu do (a) (nome do órgão que concedeu a
Licença), para (finalidade de Licença), com validade de (prazo de validade) para (atividade e local).

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE LICENÇA EM DIÁRIO OFICIAL

Nome da empresa - sigla) torna público que recebeu do (a) (nome do Órgão que concedeu a
licença), a Licença (tipo da licença), com validade de (prazo de validade) para (atividade e local).

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DE LICENÇA


EM PERIÓDICO.

(Nome da empresa - sigla) torna público que requereu à (nome do Órgão a licença) a prorrogação
de sua Licença (tipo de Licença) até a data x, para (atividade e local).

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE REQUERIMENTO PARA RENOVAÇÃO DE LICENÇA


DE DIÁRIO OFICIAL.

Nome da empresa - sigla) torna público que requereu à (nome do Órgão onde requereu a licença) a
prorrogação de sua Licença (tipo de licença) pelo prazo de, para (atividade e local).

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE RENOVAÇÃO DE LICENÇA EM


PERIÓDICO.

Nome da empresa - sigla) torna público que recebeu do (a) (nome do órgão que concedeu a
prorrogação da Licença de licença) até a data x, para (atividade e local).

MODELO PARA PUBLICAÇÃO DE CONCESSÃO DE RENOVAÇÃO DE LICENÇA EM


DIÁRIO OFICIAL.

Nome da empresa - sigla), torna público que recebeu do (a) (nome do órgão que concedeu) a
prorrogação da licença (tipo de Licença) até a data x, para (atividade e local).

ANEXO IX Termo de Responsabilidade Solidária


__________________________(nome completo em negrito da parte),
___________________(nacionalidade),____________(estado civil),__________(profissão),
portador do CPF/MF nº ________________ ou CNPJ no_________________, com Documento de
Identidade de nº ________________, residente e domiciliado na Rua
_________________________________________, n. ___, _______________(bairro), CEP:
______________(Município - UF), 2-_________________________(nome completo em negrito da
parte), ___________________(nacionalidade), _____________(estado civil), ________(profissão),
portador do CPF/MF nº ________________ou CNPJ no ______________, com Documento de
Identidade de nº ________________, residente e domiciliado na Rua
__________________________________, n. _____, ________________ (bairro), CEP:
_________, _____________(Município - UF), DECLARAMOS, para os devidos fins de direito,
sob as penas da lei, que responderemos, solidariamente, por eventuais danos causados ao imóvel
onde se encontram instaladas os empreendimentos/ou atividades, referente a matricula nº
________________ devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de
_____________

Nada mais a declarar, e ciente das responsabilidades das declarações prestadas, firmo a presente.
________________ (Município - UF), __ (dia) de ______ (mês) de ______(ano).

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