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A Transparência Na Gestão Pública

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TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA

GILSON RODRIGO COSTA STRAGLIOTTO

PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR:

TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

DOURADINA
2021
2

GILSON RODRIGO COSTA STRAGLIOTTO

PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR:

TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA

Trabalho apresentado à Universidade


UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média semestral nas disciplinas
de
Direito Público; Tecnologia da informação e da
gestão pública (SIG); Licitação, contratos e
terceirização; Planejamento urbano e
ambiental; Desenvolvimento econômico.

Tutor a Distância: Anderson Jorge Marcolino


Pinheiro

DOURADINA
2021
3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................5
PASSO 1: DIREITO PÚBLICO................................................................................5
PASSO 2: TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA GESTÃO PÚBLICA (SIG) ..8
PASSO 3: LICITAÇÃO, CONTRATOS E TERCEIRIZAÇÃO...................................9
PASSO 4: PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL........................................11
PASSO 5: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO .................................................12
PASSO 6: FECHAMENTO: EXEMPLIFICANDO BOAS PRÁTICAS VIVENCIADAS
EM SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL .....................................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 14
REFERÊNCIAS.........................................................................................................15
4

1 INTRODUÇÃO

Grandes mudanças ocorreram nos últimos anos entre a Administração


Pública e os cidadãos, no tangente aos modelos padrões. Temos por um lado a
legislação federal mais severa em relação à disponibilidade de informações
públicas à população, mas do outro, cada vez mais o uso frequente das
tecnologias da informação levando o cidadão ter acesso fácil e direto e facilitado à
tais informações, estimulando então o controle social sobre o bem
público. Essencial se faz, portanto, a transparência no setor público, pois é através
das informações disponibilizadas nos portais e demais formas existentes que os
cidadãos e a sociedade em geral podem acessar e inclusive fiscalizar a gestão da
aplicação dos recursos públicos pelos governantes. Logo, é um processo primordial
para que a sociedade saiba como estão sendo investidos os recursos que ela aplica
e investe no governo que tem como benefício a oferta de serviços públicos para a
própria sociedade. Apesar de ocorrer a disponibilização de informações públicas
todas as esferas de governo, nos municípios assume especial importância, devido
a capacidade de maior proximidade. O processo de transparência se dá através da
informação contábil, mas, para isso, é necessário que o cidadão entenda o que os
demonstrativos contábeis estão refletindo, contudo, os contadores precisam
interpretar esses dados, pois somente através da interpretação poderá ser possível
que o cidadão entenda e tenha uma chance justificável para controlar ou pressionar
o governo em suas ações.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 PASSO 1: DIREITO PÚBLICO

Apesar de formarem a estrutura do Estado, o órgão público não possui


personalidade jurídica, mesmo formando a estrutura do Estado, haja vista, ser parte
de uma maior estrutura, a qual portam a personalidade. Então, a unidade não tem
vontade própria, limita- se, portanto, a cumprir suas finalidades dentro da
competência funcional determinada pela organização estatal, a estrutura maior.
Existe uma classificação dos órgãos públicos, a qual varia conforme três critérios,
quais sejam: Estrutura - simples ou composto; Função - singulares e colegiados;
Posição -independentes, autônomos, superiores ou subalternos.

Em se tratando de Direito público, importante se faz observar os princípios


norteadores da atuação da Administração Pública. Conforme disposto no Artigo
37 da Constituição Federal 1988, o Princípio da Publicidade se refere ao direito
que cada cidadão possui de acesso as informações das ações praticadas pela
Gestão Pública, não se tratando então apenas de um dever do Estado, mas
também o acesso, deve promover clareza e compreensão. Estando a Portal
transparência fundamentada através da Lei nº.12527/11-Lei de Acesso à
Informação, a qual “ determina que qualquer pessoa pode solicitar e receber
documentos do órgão público, mesmo sem apresentar justificativa” e a Lei
Complementar nº.131/2009, a qual “determina que as informações sobre despesa
e receitas devem ser divulgadas com prazo 24 horas”. Dar Transparência é então
uma forma de convidar a sociedade para participar, é motivar a decisão tomada, é
questionar, interagir e conhecer o que o poder público está realizando. O inciso
XXXIII, do Artigo 5ª - da Constituição Federal nos faz perceber que receber
informações dos órgãos públicos. É um direito fundamental do cidadão.

O termo Democracia origina-se do grego “demos” e “Kracia”, cujos


significados são respectivamente “povo” e “governo”, ou seja, o povo que é a
maioria “governa” através de seus representantes eleitos. Dessa forma, a
transparência rompe como instrumento utilizado pelos legítimos “donos do poder”
fiscalizar e controlar seus representantes.
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A divulgação da remuneração de servidores públicos foi regulamentada


através do Decreto nº.7724, Art.7, § 3º, inciso VI, no entanto fomenta o
questionamento de tal exposição infringe o princípio da vida privada ou intimidade
dos mesmos. Sentido este em que podemos observar um confronto entre
liberdade de informação e direito de privacidade, garantido pela Constituição
Federal, em seu inciso X, Art.5º. O que se pode perceber é que tal informação
serve tão somente para saciar curiosidades da coletividade, portanto irrelevante e
desnecessária ao buscador de tal conhecimento.

2.2 PASSO 2: TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA GESTÃO PÚBLICA


(SIG)

A gestão da informação no contexto do setor público tem como propósito


assegurar a administração da informação eficiente e efetiva objetivando
promover qualidade da governança no setor público, assim é notável que para a
gestão pública, a tecnologia da informação para a gestão pública tem
proporcionando mudanças na forma de interagir do governo com a população,
bem como, as ferramentas avançadas de gerenciamento possibilitam agilizar
processos do setor, aprimorar o uso dos recursos financeiros e facilitar a vida de
gestores e servidores públicos.

Governança do setor público como um fenômeno resultante das diversas


interações existentes entre atores públicos e privados, os quais influenciam ou são
influenciados por atividades de instituições públicas, surge de um conceito, o qual
caracteriza a governança do setor público como um sistema complexo, haja vista
incorporar ideias e pressupostos da teoria da complexidade. Dessa forma, para que
ocorra interações entre os atores, de modo a manter o sistema sob equilíbrio,
essencial se faz que o processo de gestão da informação das instituições públicas
ocorra de forma alinhada com as necessidades de oferta e demanda de informações
no segmento atuante, tendo como referência os objetivos das políticas públicas.
Entende-se, portanto, que a informação é o elemento base do sustento da
governança. É necessário que haja então interação em diversos momentos,
lembrando que são cada vez mais constantes a busca por canais com maior
7

eficiência, por parte dos cidadãos, desejando serem ouvidos por suas autoridades,
fazer denúncias, reclamações, requerer e expressar opiniões.

Tendo a Lei no. 12.527/2011 entrado em vigor em 16/05/2012, veio


regulamentar o direito constitucional que garante o acesso a informação de órgãos
e servidores públicos. A informação pública deve ser disponibilizada a todos, sem
exceção, seja pessoa física ou jurídica, sem a necessidade de se apresentar
motivos para a solicitação.

Para o efetivo acesso à toda a informação do órgão público, sem exceção,


necessita da adoção de alguns critérios observados e previstos, sendo os quais:

 O acesso a informação é a regra, sem sigilo (salvos o previsto em


lei).
 Máxima divulgação, ou seja, sem exceção;
 Não necessita informar ou dar um motivo ao pedido da referida
informação;
 A informação ser oferecida gratuitamente, salvos os custos com
reprodução dos documentos (xerox, etc.);
 Que as informações estejam disponíveis sempre que possível de
forma transparente e proativa;
 Existência de procedimentos e prazos para que se tenham as
informações no menor prazo possível.

Diversas informações podem ser obtidas através do Portal da Transparência,


independente se é municipal, distrital, estadual ou federa, dentre as quais
destacamos algumas:

 Valor de repasses do governo federal e/ou estadual ao seu município;

 Valores investidos na educação, saúde, segurança pública, etc.;


 Acompanhar os contratos e licitações, o que já foi adquirido e quais
empresas estão fornecendo aos poderes públicos e seus órgãos;
 Quais servidores e ou autoridade públicas estão mais viajando com os
recursos públicos e até o quanto se está gastando com cartões.

Qualquer cidadão, terá direito ao livre acesso dos dados do Portal da


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Transparência, sendo tal acesso incondicional, ou seja, não requer usuário nem
senhas, sendo permitido a navegação pelas páginas de forma livre, bem como
visualizar e utilizar os dados disponíveis da forma que melhor lhe convier, sendo
que os órgãos responsáveis por cada fonte de informação encaminham seus
dados para a CGU, o qual recebe, reúne e disponibiliza as informações e a
periodicidade de envio dos dados depende do assunto tratado, assim como a
periodicidade de atualização das informações no Portal.

2.3 PASSO 3: LICITAÇÃO, CONTRATOS E TERCEIRIZAÇÃO

Diante da situação pandêmica, a qual gerou situação de emergência na


Saúde pública e consequentemente a necessidade de aquisições de bens e serviços
destinados ao enfrentamento da covid-19, criou-se a Lei federal nº 13.979/2020,
tendo sua publicação em 06 de fevereiro de 2020, com o objetivo de flexibilizar e
dar maior agilidade aos processos de aquisição de bens e serviços destinados ao
enfrentamento da COVID-19, no entanto, a mesma perdendo sua vigência em
primeiro de janeiro de 2021, e de acordo com seu art. 8º, cuja vigência se constituía
em vínculo com o Decreto Legislativo nº 6/2020, o qual, por expressa previsão no
art. 1º, deixou de produzir efeitos após o dia 31 de dezembro de 2021. Então no dia
03 de maio de 2021, editou se a Medida Provisória Federal nº 1.047, retornando
junto com ela dispositivos da Lei federal nº 13.979/2020, além de adicionar o art. 7º,
sobre o pagamento antecipado de medidas excepcionais concernentes à aquisição
de vacinas e insumos, bem como contratação de bens e serviços de logísticas na
diversas áreas incluindo treinamentos destinados à vacinação contra a covid-19 e
também sobre o plano nacional de operacionalização da referida vacinação; diante
da possibilidade de utilização do pagamento antecipado. Necessário também citar
quanto a criação do decreto nº 903, de 21/10/2020, que dispõe sobre a deliberação
do Grupo Gestor de Governo (GGG) referente a contratação de materiais, serviços e
obras. Dada também a importância dos valores despendidos pelo estado nas
aquisições destinadas ao enfrentamento de situações de emergência e de
calamidade pública; e também diante das frequentes dúvidas e a necessidade de
padronização no tocante às dispensas de licitação em casos emergentes, de
calamidade pública, de modo específico a utilização de regras nas contratações
relacionadas ao enfrentamento da covid-19.
9

A Lei nº 14.124, reza:

“Art. 2º. Fica a administração pública direta e indireta autorizada a celebrar


contratos ou outros instrumentos congêneres, com dispensa de licitação,
para: I - a aquisição de vacinas e de insumos destinados à vacinação contra
a covid-19, inclusive antes do registro sanitário ou da autorização temporária
de uso emergencial; e, II - a contratação de bens e serviços de logística, de
tecnologia da informação e comunicação, de comunicação social e
publicitária, de treinamentos e de outros bens e serviços necessários à
implementação da vacinação contra a covid-19.§ 1º A dispensa da realização
de licitação para a celebração de contratos ou de instrumentos congêneres
de que trata o caput deste artigo não afasta a necessidade de processo
administrativo que contenha os elementos técnicos referentes à escolha da
opção de contratação e à justificativa do preço ajustado.”

Nesse contexto é autorizada a celebração de contratos com dispensa de


licitação em casos como da pandemia que assolou a humanidade poderá ocorrer a
dispensa de licitação, no entanto, não se afasta a necessidade da realização do
Processo Administrativo.

“§ 2º Serão conferidas ampla transparência e publicidade a todas as


aquisições ou contratações realizadas nos termos desta Lei, no prazo
máximo de 5 (cinco) dias úteis, contado da data da realização do ato, em
sítio oficial na internet, observados, no que couber, os requisitos previstos
no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de
Acesso à Informação), no qual serão divulgados: I - o nome do contratado e o
número de sua inscrição na Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
do Ministério da Economia ou identificador congênere no caso de empresa
estrangeira que não funcione no País; II - o prazo contratual, o valor e o
respectivo processo de aquisição ou de contratação; III - o ato que autoriza a
contratação direta ou o extrato decorrente do contrato; IV - a discriminação
do bem adquirido ou do serviço contratado e o local de entrega ou de
prestação do serviço; V - o valor global do contrato, as parcelas do objeto, os
montantes pagos e o saldo disponível ou bloqueado, caso exista ;VI - as
informações sobre eventuais aditivos contratuais; VII - a quantidade entregue
ou prestada em cada ente federativo durante a execução do contrato, nas
contratações de bens e serviços; e VIII - as atas de registros de preços das
quais a contratação se origine, se houver.

Sendo assim, consta em dito parágrafo do item I ao 8, os dados que deverão


ser divulgados no prazo máximo de 05 dias úteis, contados da data da realização do
ato, para conferir ampla transparência e publicidade a todas as aquisições ou
contratações realizadas.
10

2.4 PASSO 4: PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL

O processo de gestão ambiental deve fazer parte do planejamento de forma


ampla. Integrando os problemas de outras categorias e todo o território de maneira
democrática, considerando os atuais cenários e as possibilidades futuras. No
entanto, é um processo, o qual precisa ser viabilizado em conjunto com uma
educação ampla e irrestrita, formal ou não, contemplando todos os setores e classes
sociais, contendo informações referente a realidade da cidade e que permita o
desenvolvimento do pensamento crítico para o exercício pleno da cidadania.

Conforme Viterbo Junior (1998, p.97):

“Um dos primeiros programas de gestão ambiental é a análise crítica da


política ambiental (preliminar), uma vez determinados os aspectos
ambientais e impactos significativos. Como a política deve ser relevante
para os aspectos e impactos identificados, torna-se necessário analisar se a
política preliminar necessita de algum ajuste (frequentemente é necessário)

O planejamento urbano é um processo que possui metas e objetivos e


estabelece meios adequados para visualização do cenário socioambiental futuro

Santos (2004), afirma:

“O planejamento é um processo contínuo em que se envolve a coleta,


organização e análises de informações com procedimentos e métodos
específicos. O objetivo desse processo é necessário para fazer escolhas ou
tomar decisões a respeito de como utilizar os recursos disponíveis da melhor
forma possível.

É preciso entender que Planejamento ambiental se constitui em algo


constituído através de fases com objetivos, inventário, diagnóstico, prognóstico,
tomada de decisão e formulação de diretrizes, as quais possui intenção de
identificar possíveis impactos ambientais e sociais causados pelas construção , bem
como as formas de minimização e/ou compensação, sendo importante ponderar
que o planejamento realização de abordagem interdisciplinar e integrada, naja vista
possuir certa complexidade, pois devem ser analisados os aspectos físicos,
11

ambientais e dinâmicas antrópicas. Assim sendo o planejamento ambiental tem


interligação com o desenvolvimento sustentável, visto que ajuda tanto a preservar
como conservar os recursos naturais, garantindo assim recursos para futuras
gerações.

Sobre planejar no contexto ambiental e urbano, em vista da organização do


espaço urbano, é essência pensar no planejamento ambiental, haja vista que
a expansão das cidades tem um impacto socioambiental direto, dessa forma então
os conceitos estão intimamente relacionados. As cidades e ou municípios contam
atualmente com diversos artifícios, os quais podem ser usados ao se tratar de
planejamento. Para se ter uma cidade desenvolvida economicamente e com maior
sustentabilidade, é preciso pensar no meio ambiente, tendo a iniciativa de
desenvolver atividades de educação ambiental, em conjunto com as entidades
ambientais, núcleos de ensino, universidades, clubes de serviços, igreja e
associações representativas e sindicatos, com campanhas educativas porta a porta,
por meio dos trabalhadores que interagem diretamente com a população, fazendo
distribuição de panfletos, procurando mostrar para o cidadão, os benefícios ao meio
ambiente, sua cidade e seu bem estar. Portanto, é dever de todos comprometer-se
com a conservação do meio ambiente, havendo, portanto, o envolvimento dos
setores públicos, iniciativa privada, segmentos organizados da sociedade civil,
governos federais e estaduais assumindo o papel de definir para o setor uma política
eficiente e compatível com a nossa realidade. E se o homem quer um futuro melhor
para si e seus sucessores têm que começar ontem, a melhorar em sua casa,
vizinhanças, comunidade, cidade, etc. até atingir o planeta inteiro, porque o futuro
depende do hoje. Assim fica claro que o planejamento Urbano e ambiental deve sim
considerar a opinião dos munícipes, bem como promover a participação dos
mesmos direta e ou/indiretamente, e assim as decisões tomadas pelos gestores
municipais, mediante a participação da própria população, tornará mais acessíveis
em todos os sentidos, já que irá proporcionar confiança, proximidade, bem como, a
possibilidade de assumir as responsabilidades que lhes são cabíveis por direito.
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2.5 PASSO 5: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O desenvolvimento Econômico está associado ao crescimento econômico,


e também em relação ao acréscimo de melhoria da qualidade de vida da
população, combinando aumento da produção de bens e serviços com a
distribuição de renda, o qual é medido por meio do Índice de Desenvolvimento
Humano- IDH, levando em conta os indicadores concernentes a saúde ,
educação, renda e pobreza, tendo como exemplo :, nível de industrialização,
mortalidade infantil, grau de dependência externa, potencial científico e
tecnológico, grau de escolaridade e alfabetização, esperança de vida média,
condições sanitárias, etc.

Quanto ao orçamento participativo, podemos classificar como forma de incluir


a população em tomadas de decisões sobre os diversos aspectos que promovem
impactos à sociedade, sendo que através deles, os cidadãos podem influenciar,
participar e decidir sobre orçamentos públicos e de investimentos em assuntos
locais como por exemplo, educação, saneamento, obras de infraestrutura, saúde,
entre outros serviços favorável à comunidade. Tal orçamento ocorre por meio de
abertura de assembleias nos locais onde são realizadas as negociações diretamente
com os governantes.

Nesse tipo de orçamento se reforça a vontade popular , visto que o


poder de decisão deixa de ficar nas mãos de pessoas influentes e da alta
burocracia, passando a ser da sociedade, produzindo benefícios como,
prestação de contas do Estado a população, gerando maior confiança e
sucessivamente reduzindo a corrupção e o mau uso dos recursos públicos,
bem como, oferece outro benefício importante que é a democracia dentro
das comunidades, haja vista que fortalece a presença de lideranças locais
como representante dos direitos da população
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3. PASSO 6: FECHAMENTO: EXEMPLIFICANDO BOAS PRÁTICAS


VIVENCIADAS EM SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

A vivencia do exercício das atividades profissionais relativas conhecimentos


adquiridos através das disciplinas de Direito Público; Tecnologia da informação e da
gestão pública (SIG); Licitação, contratos e terceirização; Planejamento urbano e
ambiental; Desenvolvimento econômico, possibilitou compreender todo o contexto
que envolve a transparência na Gestão Pública, sendo o Portal da Transparência
essencial instrumento de empoderamento social, o qual insere a sociedade no
debate das decisões políticas e gera novo fôlego ao cidadão na busca de
efetivação das políticas públicas sem interferências externas. O desempenho e a
evolução do processo de participação popular passaram a contar com novas
estruturas e setores de assessoramento técnico dos conselhos. E a
descentralização passou a ser visualizada como um fator importante na dinâmica do
processo, visto que representantes escolhidos se elevam movimento popular e
passam a divulgar e legitimar cada vez mais o Portal da Transparência. Busca
ainda a observação do orçamento, bem como sua devida aplicação, e a não
efetivação de seus gastos, instiga a elaboração coletiva de propostas, político
administrativas que sejam simultaneamente pedagógicas, críticas, pluralistas e
inovadoras. Implicando em novas relações interpessoais, profissionais e
institucionais, o aprendizado supera o autoritarismo e permite a construção de
relações democráticas na organização da sociedade.

A pesquisa realizada se deu no Município de Douradina a qual revelou que o


órgão da administração direta tem oportunizado dentro da legalidade os pedidos de
acesso à informação, tornando abrangente a aplicação dos princípios da publicidade
e da transparência. Foi possível notar que além de garantir o atendimento das
normas legais, as iniciativas de transparência na administração pública constituem
uma política de gestão responsável que favorece o exercício da cidadania pela
população, ou seja, já estão sendo adotadas todas as práticas, inclusive com
incentivo e divulgação do Portal Transparência.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho proporcionou grande reflexão e aprendizado, concluindo


que a transparência fundamental para uma boa gestão pública, onde o povo possa
analisar se seus impostos pagos estão sendo aplicados em recursos do município.
Necessário é que as entidades públicas se adequem às novas exigências e o
cidadão tenha aptidão a acompanhar e a participar da gestão pública. A gestão
pública deve usar a transparência de seus recursos para a população, sendo que a
mesma se impõe como fundamental para a existência de um regime democrático e
participativo. Sendo assim, a publicação dos atos dos agentes políticos revela-se
como peça fundamental nos vetores que possibilitam a verificação da
responsabilidade política, uma vez que, de posse das informações, a população
pode avaliar o proceder do seu representante. No estado do Paraná foram
ampliadas o portal transparência, pois é fundamental que ações de transparência
sejam estendidas, e, de grande relevância para o desenvolvimento da sociedade
Portanto, ,por meio de seus órgãos de controle externo, deverá a administração
pública utilizar de maneira efetiva o princípio da publicidade e estimular
didaticamente a participação dos cidadãos no julgamento das contas públicas Para
alcançar o objetivo de simplificar legalmente os serviços prestados aos cidadãos, o
gestor precisa buscar soluções constantemente, cabendo a sociedade o exercício do
controle social sobre os atos praticados pela Administração Pública e exigir a
observância dos atos praticados, utilizando de meios legais para denunciar
corrupção e abusos por ventura sejam praticados por agentes públicos.
15

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Curso de relações públicas: relações


com os diferentes públicos. 6. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003
Da SILVA, Luís Carlos – "Efetividade do Sistema de Planejamento no Brasil:
Uma análise da efetividade do planejamento no sistema orçamentário (PPA,
LDO e LOA)” - Monografia apresentada para aprovação no curso de
Especialização em Orçamento Público da Câmara dos Deputados. Brasília, DF -
2007.

FARINELI, Jéssica Ramos. Licitação. 2010. Acessado em: 02 de Agosto de 2021.


Disponível em: https://www.infoescola.com/direito/licitacao/

NASCIMENTO, José Orcélio do; PEREIRA, José Marcos de Almeida; ZITTEI,


Marcus Vinícius Moreira; LUGOBONI, Leonardo Fabris. Orçamento Participativo
nos municípios da região metropolitana de São Paulo. 2015. Acesso em:
02/08/2021. Disponível
em:http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso_internacional/anais/6CCF/115_17.pdf

NETO, O. A. P. et al. Publicidade e Transparência das Contas Públicas:


Obrigatoriedade e Abrangência desses Princípios na Administração Pública
Brasileira. Contabilidade Vista & Revista, v. 18, n. 1, p. 75-94, 2007. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/1970/197014728005.pdf. Acesso em: 08 abril. 2021.

ORTEGA, Flávia Teixeira. Qual a diferença entre licitação deserta e fracassada?


2017. Acesso em: 02/09/2021. Disponível em:
https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/310109400/qual-a-diferenca-
entrelicitacao-deserta-e-fracassada

PEIXOTO, Alice Emmanuele Teixeira. 4 PROBLEMAS DA GESTÃO PÚBLICA


MUNICIPAL NO BRASIL 2016. Acessado em: 02 de Agosto de 2019. Disponível
em: http://www.politize.com.br/gestao-publica-municipal-no-brasil-problemas/

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA. Controladoria-Geral da União. Orçamento


Público. Disponível em: http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-
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ROSO, Ana. Os princípios da eficiência e da eficácia na administração pública.


J²-Jornal Jurídico, v. 3, n. 1, 2020. Disponível em:
16

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/09/ 2021

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