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Traba Filo Teresa

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ESCOLA SECUNDÁRIA SAMORA MOIÉS MACHEL

FILOSOFIA 12ª CLASSE TURMA "A"


GRUPO "A" GD

Tema:
FILOSOFIA POLÍTICA NA IDADE MODERNA

Discente: Docente:
Esmildo Gabriel drº Esmael Jussub
Eugénio Benedito
Francisco Luciano
Kely Da Luz
Teresa Vicente

Mocuba, Maio de 2024


Índice
I. Introdução.................................................................................................................. 1

1.1.Objectivos............................................................................................................... 1

1.1.1.Geral .................................................................................................................... 1

1.1.2.Específicos........................................................................................................... 1

II. Metodologia .......................................................................................................... 1

III. Filosofia Política na Idade Moderna ..................................................................... 2

3.1 Nicolau Maquiavel (1469–1527)............................................................................ 2

3.2. O Príncipe.......................................................................................................... 3

3.2.1. Critica a "O Príncipe" .................................................................................... 4

3.2.Thomas Hobbes ( 1588 - 1679) .............................................................................. 4

3.3.Os filósofos contratualistas .................................................................................... 6

IV. Conclusão .......................................................................................................... 8

V. Referencia Bibliográfica .......................................................................................... 9


I. Introdução

Neste presente trabalho iremos abordar em torno do tema Filosofia Politica em que
iremos buscar os pensamentos dos filósofos Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes, e
falar em torno das suas concepções sobre a filosofia politica e fazer citações que vai
realçar o mesmo. Neste contexto, este presente trabalho visam a trazer o pensamento
políticos segundos os filósofos acima referidos. Portanto, em o Príncipe, Maquiavel
desenha as linhas gerais do comportamento de um príncipe que pudesse unificar a sua
Itália.. Para Hobbes, a origem do Estado é fruto de um «contrato social, decorrendo de
conflitos entre os indivíduos. Na sua óptica, o Homem conheceu dois estados: o
primeiro é natural e o segundo contratual.

Assim, a época moderna, em síntese, apresenta três características fundamentais: a


libertação do Homem em relação as explicações teológicas da realidade, através da
razão; a libertação do Homem dos regimes ditatoriais, através da democracia e a
libertação do Homem da dependência da Natureza, através da técnica. Esta tripla
emancipação do Homem permitirá aos filósofos pensar sem que tenham de obedecer a
regras previamente estabelecidas, como acontecia na época precedente.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Abordar a cerca da Filosofia Política na Idade Moderna

1.1.2.Específicos

 Caracterizar o pensamento de Maquiavel e Hobbes;


 Identificar as principais obras de Maquiavel e Hobbes;
 Explicar tipo de contrato social, estado de sociedade e estado de natureza.

II. Metodologia

Para a realização do trabalho foi a partir da consulta bibliográfica, que consistiu na


leitura e análise das informações de diversas obras, e com auxilio da internet.

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III. Filosofia Política na Idade Moderna

A Filosofia moderna surge no início do século XVI e termina no fim do século


XVIII, período extremamente rico em acontecimentos políticos (fim do significado
político do império e do papado, afirmação das potencias nacionais, primeiro da
Espanha, depois da França, da Inglaterra, da Holanda, e outros países, contestação do
poder absoluto dos soberanos e introdução dos governos constitucionais, etc.).

A época moderna, em síntese, apresenta três características fundamentais:


a) a libertação do Homem em relação as explicações teológicas da realidade,
através da razão;
b) a libertação do Homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;
c) a libertação do Homem da dependência da Natureza, através da técnica.
Esta tripla emancipação do Homem permitirá aos filósofos pensar sem que
tenham de obedecer a regras previamente estabelecidas, como acontecia na época
precedente, o que resultará numa pluralidade de visões sobre os temas tradicionais da
Filosofia política.

3.1 Nicolau Maquiavel (1469–1527)

Com o fim do império cristão e com o enfraquecimento do poder político do


papado, surgem, fora de Itália, Estados nacionais e, em Itália, as repúblicas e as
senhorias. Eram regimes onde se respirava o ar de liberdade e onde se procurava, acima
de tudo, o bem-estar material dos cidadãos, em detrimento do bem-estar espiritual.

Maquiavel viveu em Florença no tempo dos Médici. Observava com apreensão a


falta de estabilidade da Vida política numa Itália dividida em principados e condados,
onde cada um possuía a sua própria milícia. Esta fragmentação do poder transformava
Itália numa presa fácil de outros povos estrangeiros, principalmente franceses e
espanhóis. Maquiavel, que aspirava ver a Itália unificada, esboça a figura do príncipe
capaz de promover um Estado forte e estável.

Por isso, em O Príncipe, Maquiavel desenha as linhas gerais do comportamento


de um príncipe que pudesse unificar a sua Itália. Para tal, Maquiavel parte do
pressuposto de que os homens, em geral, seguem cegamente as suas paixões,
esquecendo-se mais depressa da morte do pai do que da perda do património.

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As paixões que se colocam em primeiro lugar são, além da cobiça e do desejo
de prazeres, a preguiça, a vileza, a duplicidade e a insolência. Por isso torna-se
imperioso que o governante da república prepare as leis segundo o pressuposto de que
todos os homens são réus e que procedem sempre com malicia em todas as
oportunidades que tiverem.

O Príncipe deve impor-se mais pelo temor do que pelo amor, para alcançar os
seus objectivos: preservar a sua Vida e a do Estado. Porém, Maquiavel adverte que o
príncipe não deve esquecer a sua reputação.

3.2. O Príncipe

A obra “O Príncipe”, escrita por Maquiavel em 1513, e publicada postumamente


em 1532, se transformou em sua obra-prima. O livro, um manual sobre a arte de
governar, foi inspirado no estilo político de César Bórgia um dos mais ambiciosos
comandantes italianos, que ficou conhecido por seu poder e atrocidades que cometeu
para conseguir o que queria. Maquiavel viu nele o modelo para os demais governantes
da época.

A obra revela a preocupação de Maquiavel com o momento histórico da Itália,


fragilizada pela falta de unidade nacional e alvo de invasões e intrigas diplomáticas.
Indignado com a decadência política e moral da Itália, o autor dirige conselhos a um
príncipe imaginário, com o único objetivo de unificar a Itália e criar uma nação
moderna e poderosa.

Para Maquiavel, o importante era realizar o desejo projetado, mesmo sob


qualquer forma de governo – monarquia ou república, e por qualquer meio, inclusive a
violência. Considerava os fatores morais, religiosos e econômicos, que operavam na
sociedade, como forças que um governante hábil poderia e deveria utilizar para
construir um estado nacional forte.

Assim, o príncipe com seu exército nacional que substituísse as precárias forças
mercenárias, deveria ser capaz de estender seu domínio sobre todas as cidades italianas,
acabando com a discórdia.

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3.2.1. Critica a "O Príncipe"
Escrito em 1513, O Príncipe popularizou-se e foi alvo de inúmeras
interpretações. Acredita-se que Maquiavel era apologista do absolutismo e do mais
completo imoralismo, pois afirmava que «é necessário que um príncipe, para se manter,
aprenda a ser mau e que se valha ou deixe de se valer disso segundo a necessidade».
Mas, na óptica de Rousseau, trata-se de uma sátira, e a intenção verdadeira de
Maquiavel seria o desmascaramento das práticas despóticas, ensinando (...) o povo a
defender-se dos tiranos.
Alguns hermeneutas de Maquiavel postulam a necessidade de se desfazer o mito
do maquiavelismo para se entender Príncipe. Na linguagem comum, chama-se
pejorativamente maquiavélica a uma pessoa sem escrúpulos, traiçoeira, astuciosa que,
para atingir os seus fins, usa todos os meios possíveis ao seu alcance, incluindo a
mentira e a má-fé. Em síntese, a filosofia política de Maquiavel tem em vista a
unificação da Itália fragmentada.

3.2.Thomas Hobbes ( 1588 - 1679)


Inglês, oriundo de uma família pobre, conviveu com a nobreza, da qual recebeu
apoio e condiqöes para estudar, e defendeu fortemente a direito absoluto dos reis,
ameaçado pelas novas tendências liberais. Teve contacto com Descartes, Francis Bacon
e Galileu. Preocupou-se com a problemática do conhecimento e da política. A sua
doutrina política encontra-se patente nas obras De Cive e Leviatã.

Para Hobbes, a origem do Estado é fruto de um «contrato social, decorrendo de


conflitos entre os indivíduos. Na sua óptica, o Homem conheceu dois estados: o
primeiro é natural e o segundo contratual. A situação dos homens deixados entregues a
si próprios é de anarquia, geradora de insegurança, angústia e medo.

Os interesses egoístas predominam e o homem torna-se um lobo para o outro


homem (homo homini lupus). As disputas geram uma guerra de todos contra todos
(bellum omnium contra omnes). A situação de guerra não acomoda o Homem. O medo
e o desejo de paz levaram o homem a fundar um estado social e a autoridade política,
abdicando dos seus direitos em favor do soberano, que, por sua vez, terá um poder
absoluto.

A renúncia de poder deve ser total, caso contrário, se se conservar um pouco que
seja da liberdade natural do Homem, instaura-se de novo a guerra. Este poder exerce-se

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ainda pela força, pois só a iminência do castigo pode atemorizar os homens. Cabe ao
soberano julgar sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto; ninguém pode discordar,
pois tudo que o soberano faz é resultado do investimento da autoridade consentida pelo
súbdito.

Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre
a necessidade de um governo e de uma sociedade forte. No estado natural, embora
alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se
ergue tão acima dos demais de forma a estar isento do medo de que outro homem lhe
possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo e, uma vez que todas as
coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos (Bellum omnia
omnes). No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de
acabar com a guerra e, por isso, formam sociedades através de um contrato social

De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os
membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, de forma que a autoridade
possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este soberano, quer seja um monarca
ou uma assembleia (que pode, até mesmo, ser composta de todos, caso em que seria
uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria
política do Leviatã mantém, no essencial, as ideias de suas duas obras anteriores, os
elementos da lei e do cidadão (em que tratou a questão das relações entre Igreja e
Estado).

Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens só podem viver em


paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. O Estado não
pode estar sujeito às leis por ele criadas pois isso seria infringir sua soberania. Para ele,
a Igreja cristã e o Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca,
que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o
culto.

Neste sentido, critica a livre interpretação da Bíblia na Reforma Protestante por, de


certa forma, enfraquecer o monarca. Sua filosofia política foi analisada pelo cientista
político Richard Tuck como uma resposta para os problemas que o método cartesiano
introduziu para a filosofia moral. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do
mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele ("Só existe o que meus
sentidos percebem"). Esta filosofia é vista como uma tentativa de embasar uma teoria

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coerente de uma formação social puramente no fato das impressões em si, a partir da
tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir no sentido de
preservar sua própria vida. A partir desse imperativo, Hobbes constrói toda sua filosofia
política.

Segundo Hobbes, o ser humano não nasce livre, pois somente podemos nos
considerar realmente livres quando somos capazes de avaliar as consequências, boas ou
más, das nossas ações.

Hobbes ainda escreveu muitos outros livros falando sobre filosofia política e
outros assuntos, oferecendo uma descrição da natureza humana como cooperação em
interesse próprio. Foi contemporâneo de Descartes e escreveu uma das respostas para a
obra Meditações sobre filosofia primeira, deste último.

3.3.Os filósofos contratualistas


John Locke e Jean-Jacques Rousseau são filósofos contratualistas porque
defendem a origem do Estado na base de um contrato social que permitiu o homem a
sair do estado de natureza para o estado de sociedade, assim como o Hobbes.

1. John Locke (1632-1704)

a) Obra com relevância política - “Dois Tratados sobre o Governo”

b) Estado de natureza

 Os homens são bons, livres, independentes, iguais, pacíficos e seguros;

 Estado de paz e harmonia;

 Reina a lei da razão que ensina que sendo todos iguais ninguém deve
causar danos ao outro;

 Direitos limitados à vida, à propriedade privada e à família.

c) O tipo de contrato Social

Pacto de consentimento (delegação de poderes): os membros da sociedade


preservam seus direitos inalienáveis, a saber: direito à vida, à liberdade e aos bens,
protegendo-os sob no quadro da lei para evitar actuação arbitrária do governante)

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d) Estado de sociedade

 O legislativo é o poder supremo;

 O governo é controlado pela sociedade.

2. Jean Jacques Rousseau (1712 -1778)

a) Obra com relevância política - “Contrato Social”

b) Estado de natureza

 Os homens são bons, livres, espontâneos, moralizados e felizes (O


homem é um bom selvagem;)

 No início tudo era de todos, a propriedade privada é o início dos males da


sociedade;

 O desentendimento e as misérias humanas começaram quando se


implantou a primeira cerca.

c) O tipo de contrato Social

Pacto de sociedade (alienação): tendo perdido a liberdade natural, os homens


passam a ganhar a liberdade civil, estabelecendo leis para si mesmo;

d) Estado de sociedade

Deve ser democrático, com respeito pela Vontade Geral. Só a Vontade Geral,
vontade do Povo é soberana.

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IV. Conclusão
Conclui-se, portanto, que a idade moderna é marcada por diversas
transformações notadas pela segregação de acontecimentos históricos. Assim sendo, em
Maquiavel aprende-se que os factores morais, religiosos e econômicos, que operavam
na sociedade, como forças que um governante hábil poderia e deveria utilizar para
construir um estado nacional forte.
E Hobbes, afirmou que os homens só podem viver em paz se concordarem em
submeter-se a um poder absoluto e centralizado. O Estado não pode estar sujeito às leis
por ele criadas pois isso seria infringir sua soberania.

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V. Referencia Bibliográfica

1. BIRIATE, Manuel e GEQUE Eduardo, Pré-Universitário – Filosofia 12, Ed.


Longman Moçambique,1.ª Edição, Maputo, 2010.
2. GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª
Edição. Longman Moçamique, Maputo, 2010.

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