Jogo e Brincadeira RR
Jogo e Brincadeira RR
Jogo e Brincadeira RR
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CARAPICUIBA
Novembro 2019
JOGO, BRINQUEDO E BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO.
RESUMO
INTRODUÇÃO
Esse interesse pelo novo, pela descoberta identifica-se nas crianças das escolas
estaduais, municipais e particulares, os professores os quais sentem a necessidade
de buscar atualização constante para conseguir interagir e transmitir o conhecimento
necessário para seus alunos.
Segundo Canário (2006, p. 59-60) “Nas últimas décadas e em todo o mundo, face os
problemas enfrentados pelos contextos escolares, a mudança e a inovação
educativa ganharam um papel central nas preocupações daqueles que ensinam ou
gerem tais sistemas [...]”.
Um fator que contribuiu para isto acontecer é certamente a ausência dos pais, onde
os mesmos estão focados no trabalho, no crescimento pessoal e profissional para
que assim possam oferecer melhores condições de vida para a sua família.
Comportamento visto pela sociedade em geral como sendo algo normal e
necessário, pois atualmente as condições de vida são mais caras e as necessidades
de uma criança hoje não são as mesmas do que há a 10 ou 20 anos atrás.
Todos nós nos recordamos de jogos, brinquedos e brincadeiras que fizeram parte da
nossa infância, eram nestes momentos que experimentávamos, interagíamos e
criávamos regras, tanto individuais quanto coletivas, memórias que fazem parte das
narrativas lembradas e repassadas para nossos filhos, sobrinhos e afilhados.
Os brinquedos devem ser usados de acordo com a faixa etária da criança. Os bebês
podem interagir e serem estimulados através da música, da contagem de histórias,
entre outros, já as crianças a partir dos primeiros anos de vida, com o uso de jogos
coletivos e/ou individuais que os coloque em contato com os colegas ou pessoas de
forma geral e com as regras existentes do jogo ou da brincadeira, adquirindo assim
conhecimento e compreensão sobre as mesmas.
História do jogo
A história do jogo é bastante antiga não encontramos uma data exata para o seu
início, segundo Nallin (2005, p. 03) “o jogo advém do século XVI, e os primeiros
estudos foram realizados em Roma e na Grécia, destinados ao aprendizado das
letras. Esse interesse decresceu com o advento do cristianismo, que visava uma
educação disciplinadora, com memorização e obediência.” A partir deste momento
histórico, os jogos foram vistos como sendo delituosos, ou seja, que levam à
prostituição e à embriaguez. (NALLIN, 2005).
Mas, a partir do Renascimento que o jogo ganha uma nova visão, deixa de ser algo
vinculado à reprovação para ver visto como algo que envolve diversão, entrando
assim no cotidiano dos jovens.
Segundo Bloch e Choe (1990) apud Nallin (2005, p. 04) nos Estados Unidos “os
programas froebelianos buscavam enfatizar o brincar supervisionado, encorajando a
uniformidade e o controle nos estabelecimentos destinados a imigrantes pobres, e o
brincar livre pôde prevalecer nas escolas particulares de elite”. Desta forma, com o
aumento da sociedade norte-americana, causados pela industrialização,
urbanização e imigração, o brincar supervisionado nas creches fez parte do século
XIX durante a Guerra Civil.
Conceito de Jogo
Vários autores abordam sobre o tema jogo, alguns trazem a definição sobre jogo,
mas para Huizinga apud BUENO (2010, p. 24) “o jogo para a criança não é igual ao
jogo dos adultos, pois é preciso pensar que para a criança trata-se de um momento
em que, em geral ocorre aprendizagem e, em geral, para o adulto, é recreação.”
O jogo para as crianças tem uma importância muito grande, pois é através dele que
a mesma pode aprender sobre diversos aspectos que se tornam importantes para o
desenvolvimento do ser humano.
Mas, segundo Nallin (2005, p. 13) “nem todos os jogos e brincadeiras são sinônimos
de divertimento, pois a perda muitas vezes pode ocasionar sentimentos de
frustração, insegurança, rebeldia e angústia”. Sendo assim, devem ser bastante
trabalhados pelas escolas e entendidos pelas crianças.
Atualmente existem vários tipos de jogos, são eles: jogos de mesa, de caneta e
papel, de cartas, de dados, de tabuleiro, musicais e jogos interativos. Os jogos de
mesa são jogos que estão confinados a uma área pequena, geralmente em mesas e
que exigem pouco esforço físico, pois basicamente os movimentos são para pegar e
mover peças, como por exemplo: o jogo de damas, o tamgram, entre outros.
Os jogos de caneta e papel são aqueles que não exigem nenhum equipamento
específico a não ser os materiais de escrita, podemos citar alguns exemplos como:
caça palavras, sudoku, entre outros. Já os jogos de cartas têm como equipamento
principal as cartas, como: pôquer, truco, canastra, buraco, uno, entre outros, alguns
exemplos desta modalidade.
Os jogos musicais são atividades que envolvem um som ou ruído, sendo que o
coordenar ou educador deverá coordenar e estipular as regras do jogo. E por fim,
atualmente existem os jogos interativos, ou seja, aqueles jogos que utilizam de
recursos tecnológicos para serem jogados, como é o caso de jogos de paciência,
copas, futebol, entre outros.
História do brinquedo
O brinquedo tem uma história muito antiga sendo impossível delimitar data e ano
para a sua fundação, mas sabe-se que desde antigamente os homens já utilizavam
objetos que serviam para a brincadeira. O pião, o balanço e a bola são brinquedos
muito antigos e fáceis de serem produzidos, a bola pode ser feita de papel ou até
mesmo de meias. (LIRA, 2009)
Antigamente, o brinquedo era entendido como uma preparação para a vida, ou seja,
os pais ensinavam e preparavam seus filhos homens para as dificuldades da vida,
eles aprendiam a caçar, montar, atirar, pescar, entre outros. Já as meninas ficavam
aos cuidados das mães, onde aprendiam a cuidar da casa e dos irmãos menores.
Sendo estas atividades e afazeres que ainda verificamos nos dias atuais.
Brinquedos artesanais
Geralmente estes brinquedos são feitos pelas avós, babás, pais ou ainda são
encontrados para comprar em lojas de artesanatos feito por outras pessoas. Os
mesmos são fabricados por matéria-prima doméstica, em que um retalho, um copo
de iogurte, entre outros, podem viram uma roupinha de boneca, uma flor, um vaso,
um carrinho, entre tantos outros brinquedos.
Brinquedos industrializados
Brinquedos pedagógicos
Desta forma, segundo o autor, o que se deve tornar importante é que a criança
compreenda que o seu envolvimento e a sua interação com os colegas no momento
da criação e da brincadeira é o que realmente interessa, e não a qualidade artística
do que ela fez, pois segundo ele o que mais vale é a experiência, ou seja, a criança
realizar a atividade e se divertir com a sua produção.
Conceito de Brinquedo
De acordo com o dicionário Aurélio brinquedo é: “1. Objeto que serve para as
crianças brincarem: brinquedo mecânico; loja de brinquedos. 2. Jogo de crianças;
brincadeira: brinquedo de amarelinha; brinquedo de pegas. 3. Divertimento,
passatempo, brincadeira: [...]”.
Segundo Oliveira (1984) apud Bueno (2010, p. 25) “o brinquedo educativo se auto
define como agente de transmissão metódica de conhecimentos e habilidades que,
antes de seu surgimento, não eram veiculadas às crianças pelos brinquedos.” O que
simboliza uma atividade voltada para o lazer infantil ou o entretenimento da criança.
Segundo Carneiro (2012, p. 19) “O brinquedo será entendido como objeto, suporte
de brincadeira, seja ela qual for. O brinquedo tem sempre como referencial à criança
e sua história está ligada com a história da criança.” Os piões, as bonecas, os
carrinhos, entre outros, são exemplos de brinquedos, podendo ser estruturados ou
não estruturados.
Kishimoto (2003) comenta que o uso do brinquedo/ jogo educativo com fins
pedagógicos remete para a relevância desse instrumento para situações de ensino
aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança
aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos
envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e
interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para
desenvolvê-la.
Conceito de Brincadeiras
Para Nallin (2005, p. 13) a brincadeira “[...] é a atividade mais típica da vida humana,
por proporcionar alegria, liberdade e contentamento. É a ação que a criança
desempenha ao concretizar as regras do jogo e ao mergulhar na ação lúdica. Pode-
se dizer que é o lúdico em ação.”
De acordo com o dicionário Aurélio, brincadeira é definida como sendo: “1. Ato ou
efeito de brincar; brinco. 2. Divertimento, sobretudo entre crianças; brinquedo, jogo.
3. Passatempo, entretimento, entretenimento, divertimento: [....]”
Desta forma, é através da brincadeira que a criança poderá desenvolver sua própria
liberdade em pensar, refletir e representar pela sua imaginação e expressão.
Para Oliveira (2002, p. 160) “por meio da brincadeira, a criança pequena exercita
capacidades nascentes, como as de representar o mundo e de distinguir entre
pessoas, possibilitadas especialmente pelos jogos de faz-de-conta e os de
alternância respectivamente.” Ainda, segundo Oliveira (2002, p. 160)
Sendo assim, a brincadeira tem uma função específica na vida das crianças, torna-
se imprescindível para a interação e construção dos conhecimentos da realidade
das crianças, ou na realidade compreendida por elas.
Para Bueno (2010, p. 27) “As brincadeiras se constituem como lazer e ensinamento
para a própria criança, porque é justamente por meio delas que as crianças podem
discernir situações, resolvê-las e aprender ao mesmo tempo”. Ou seja, é através da
brincadeira que a criança irá reproduzir a forma que compreende o mundo em que
vive, a forma que convive em grupo, sua autonomia, entre outros.
Algumas brincadeiras são mais populares como, por exemplo: brincar de casinha,
ladrão e polícia, brincar de carrinho, entre outras, elas podem ser tanto coletivas
quanto individuais. Durante a brincadeira a criança poderá modificar regras com
maior facilidade do que em jogos, por exemplo, inventar novas regras ou modifica-
las, incluir novos membros, ou seja, terá mais autonomia durante a brincadeira.
Para Teles (1997, p. 49) “a criança brinca para descarregar sua energia, para se
preparar para a vida, para dar expansão às suas tendências reprimidas, para afirmar
- se, para realizar suas aspirações, para aprender a lidar com a realidade”.
É pelo ato de brincar que a criança começa a aceitar a existência de outras pessoas
(colegas ou adversários), organiza suas relações emocionais (perdas e ganhos) e
sociais (adaptação ao ambiente), entre outros. (CAMPOS, 2009).
Ao ser inserida no ambiente escolar, a criança poderá passar por muitas dificuldades
e/ou facilidades para se adaptar a este novo ambiente, dependendo certamente de
suas características pessoais e estímulos recebidos por familiares. A escola pode
ser ou não um ambiente desconhecido para a criança, pois caso a mesma já tenha
irmãos que frequentem este lugar está adaptação poderá ser mais fácil, pois a
mesma já visualizou e/ou frequentou este recinto.
A brincadeira faz parte do universo infantil, sendo assim faz parte do ambiente
escolar também e ela é de suma importância para o desenvolvimento da criança,
desde seus primeiros dias de vida até a fase adulta. “O brincar já nasce com a
criança, é algo espontâneo, e é por meio desse ato que ela desenvolve suas
habilidades e acumula conhecimentos. Por isso, se faz necessária no contexto
escolar.” (SANTOS, 2008, p. 16).
Toda criança tem uma forma e/ou tempo diferente para aprender, de acordo com
Santos (2008, p. 16) “cada criança aprende do seu jeito e aprende algo diferente”.
Ou seja, cada criança é única na sua forma de aprender, agir, pensar, refletir,
demonstrar, entre outros.
Cada ser humano é único em todos os aspectos sejam eles psicológicos e/ou
comportamentais.
Desta forma, conseguimos perceber que cada criança tem sua forma única de
aprender e de se sentir estimulada por um determinado objeto, assunto, jogo,
brinquedo, brincadeira, entre outros. Sendo assim, cabe a nós adultos aprendermos
a identificar quais aspectos ou objetos às crianças sentem-se estimuladas a
interagirem com nós.
Alguns jogos, brinquedos e brincadeiras variam de uma região para outra, pois em
um país com várias culturas, crenças e tradições como o Brasil é muito difícil termos
um conceito único sobre qualquer assunto e sobre este não seria diferente. Existem
alguns jogos, brinquedos e brincadeiras conhecidos e praticados no Sul do país e
totalmente desconhecidos e/ou adaptados na região Norte, e vice e versa, sendo
este um fator totalmente natural em virtude às várias culturas existentes.
Com toda esta variedade de cultura, crença e tradição presente em nosso país, as
escolas estão inseridas e nelas os profissionais da educação. De acordo com Mattos
(1999, p.51) “o professor tem que ser um especialista em interagir com o aluno sua
preocupação deve ser o como fazer para possibilitar uma aprendizagem mais
eficiente e menos trabalhosa para a criança”. Ou seja, o professor é a pessoa mais
recomendada para estimular as crianças a aprenderem, a se desenvolverem
intelectualmente e a interagirem com seus amigos, colegas, familiares, entre outros.
Para o mesmo autor (2011, p. 35) “o papel do educador é de propor regras, sem
impô-las para que a criança tenha possibilidade de elaborá-las, proporcionando a ela
o direito de tomar decisões para ser trabalhar o desenvolvimento social e político”. O
professor deverá orientar, propor, estimular, trocar ideias, entre outros, mas jamais
impor as regras do “jogo” ou as que ele considera como certas e adequadas a uma
determinada realidade escolar.
Desta forma, podemos concluir que os jogos, brinquedos e brincadeiras “[...] não
devem ser utilizados ao acaso, mas sim como meios para se alcançar determinados
objetivos didáticos”. (SANTOS, 2008, p.18). Ou seja, para fazer uso dos jogos,
brinquedos e brincadeiras é necessário que o educador tenha um planejamento e
objetivos claros para que assim os resultados sejam positivos e prazerosos para
todos.
Atualmente os jogos, brinquedos e brincadeiras são fundamentais no processo
ensino aprendizagem tanto que fazem parte diariamente no âmbito escolar. Ao
utilizar o lúdico dentro da sala de aula, o professor provavelmente chamará a
atenção de seus alunos, o que despertará o interesse, a participação e cooperação
dos mesmos para com os educadores.
Metodologia
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vários são os jogos, brinquedos e brincadeiras que podem ser usadas durante as
aulas e em diversas disciplinas, o que necessita de forma geral é um cuidado e
atenção por parte do professor no momento de escolher e de explicar as regras para
seus alunos, mas nada que comprometa a sua utilização em sala de aula.
Por fim, considero que este trabalho foi fundamental, pois através dele conseguimos
realizar algumas leituras e criar/desenvolver um tema para a elaboração do artigo
científico, sendo este um requisito obrigatório para o término desta especialização e
para a reflexão e conhecimento pessoal a cerca do tema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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