Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

FotoDigSmart - E-Book

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 126

FOTOGRAFIA DIGITAL

com Smartphones
FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Firjan SENAI

Diretor Regional
Alexandre dos Reis

Gerente Geral de Educação


Regina Malta

Gerente de Educação Profissional


Edson Melo

Coordenador Setorial de Desenvolvimento em Educação Profissional


Roberto da Cunha

Coordenador de Plataformas e Recursos Educacionais


Othon Gomes Lucas Neto

Elaboração
Marcos José dos Santos Silva
Vantoen Pereira Junior

Tratamento Pedagógico
Gisele Rodrigues Martins
Zuleide Ponciano de Souza Santos

Design Gráfico | Diagramação | Ilustrações


Luiz Felipe da Silva Ferreira

Abril / 2022
Sumário Enquadramento com linhas e perspectivas.. 47
Simetria................................................................. 48
O olhar dos mestres da fotografia........................48

Capítulo 1 – História da Arte – Um Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do


breve olhar sobre a pintura....................04 smartphone................................................50

Arte pré-histórica (30 mil a.C. até 4 mil a.C.)..... 04


Arte na Antiguidade (entre 4 mil a.C. e ano 476 Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação...68
d.C.)............................................................................. 06
Introdução.............................................................. 68
Arte na Idade Média (entre Séc. V e XV)............. 09
Fontes de iluminação: luz natural e artificial.... 68
Arte Renascentista na Idade Moderna (por volta
do Séc. XIV ao Séc. XVII)........................................ 10 Registros da imagem: luz natural e iluminação
artificial.................................................................. 70
Arte na Idade Contemporânea (a partir de 1789).. 12
Tipos de Luz.........................................................70
Arte Moderna (fim do Séc. XIX até meados do
Séc. XX)...................................................................... 16 A luz e o contraste..............................................72
Arte Contemporânea (a partir de meados do Tipos de Iluminação...........................................73
século XX).................................................................. 17 Equipamentos básicos de iluminação.............75
Movimentos da Arte contemporânea.................. 21 Fotografia noturna................................................... 79
Praticando.................................................................. 81
Capítulo 2 – Introdução à História da
Fotografia...................................................26 Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone
Os princípios............................................................ 26 - Edição de imagem..................................82
O princípio da câmara escura de orifício........... 26
O princípio da fotosensibilidade........................ 27 Capítulo 7 – Empreendedorismo na
Os pioneiros............................................................. 28 atividade fotográfica................................98
Joseph Nicephore Niepce (1765-1833)........... 28 Empreendedorismo na atividade fotográfica... 98
Jaques Mandé Daguerre (1787-1851)............. 29 O mercado de trabalho........................................ 99
A descoberta da fotografia no Brasil....................... 30 Fotografia dá dinheiro?......................................99
Hercules Florence.............................................. 30 Vamos conhecer o mercado de trabalho?.. 100
A evolução da fotografia......................................... 30 Qual é o seu estilo?......................................... 101
A relação da pintura com a fotografia..................... 30 Planejamento e modelo de negócio................ 103
Pesquisa de mercado.......................................... 106
Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a Planejamento e estratégias de vendas............ 108
câmera fotográfica...................................36
O Portfólio......................................................... 109
Conceitos básicos de fotografia......................... 38 Precificação........................................................... 23
Objetiva............................................................. 38 Plano de Vendas............................................... 110
Tipos de lentes................................................. 39 Atendimento ao cliente.............................. 114
Iso....................................................................... 41 Como organizar o seu Plano de Negócio
Abertura/Diafragma......................................... 41 Simplificado.................................................. 115
Movimento e velocidade................................. 42
Profundidade de campo.................................. 42 Palavra Final............................................ 121
Enquadramento................................................ 45
A regra dos terços............................................ 45 Referências.............................................. 122
Enquadramento em primeiro plano............... 47

Anexos...................................................... 124
FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 1 - História da Arte – Um


breve olhar sobre a pintura

O ser humano sempre teve a necessidade de expressar sua maneira de ver o


mundo. De retratar cenas do dia a dia, ou mesmo coisas da sua própria imagina-
ção. Para isso, ao longo do tempo, desenvolveu técnicas, instrumentos, meios,
utilizou vários materiais para executar aquilo que chamamos de arte.
Já há algum tempo, a arte alcançou o meio digital. Podemos desenhar sem
lápis, sem tinta, sem papel. Podemos fotografar sem usar filmes e expor nossas
fotos, desenhos, pinturas e outras formas de arte através da internet e alcançar
o mundo com nossa arte.
Como tudo isso começou? Como o ser humano iniciou a busca por se expres-
sar? Entender um pouco sobre isso é entender um pouco sobre nós mesmos. É
entender que somos parte de uma história de milhares de anos e tudo está ligado
com o que fazemos hoje.
Entendemos como história da arte a trajetória da cultura e da produção artísti-
ca da humanidade ao longo dos anos no mundo.
A história da arte está dividida em períodos. Vejamos, a seguir, breve resumo
desses períodos.

Arte pré-histórica (30 mil a.C. até 4 mil a.C.)


Quando falamos em arte na Pré-História, estamos falando da produção artísti-
ca durante os períodos Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais. Em geral, consis-
te em pinturas realizadas em cavernas, gravuras esculpidas em rochas, esculturas,
estatuetas, etc.

As “mãos em negativo” impressas nas paredes de cavernas. Estas imagens fo-


ram feitas utilizando um pó produzido com elementos minerais que era soprado
sobre as mãos das pessoas apoiadas nas paredes.

Fotografia Digital com Smartphones 4


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Cueva de las manos, Ar-


gentina. Arte rupestre do
período paleolítico

Arte rupestre caçada

Representação de uma caçada. Uma ação comum no dia a dia dessas comu-
nidades.
Nesse período, eram utilizados sangue, argila, terra, plantas, pedras e ossos
moídos para pintar o corpo e as paredes das cavernas.

5 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte na Antiguidade (entre 4 mil a.C. e ano 476 d.C.)


Esse período vai desde a invenção da escrita até o começo da Era Medieval.
Podemos citar entre os povos que marcaram a arte nesse período, os egípcios,
os celtas, os gregos e romanos, além da Arte Paleocristã.

Arte Egípcia
A arte de embalsamar
corpos era uma prática do
Egito Antigo

Arte egípcia exibida em museu britânico em que é pos-


sível observar a “lei da frontalidade”

Fotografia Digital com Smartphones 6


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte Grega
Predomínio do racionalismo, amor pela beleza entendida como suprema har-
monia das coisas, o interesse pelo homem, que é “a medida de todas as coisas”.

Vaso grego exibindo figuras em negro sobre fundo ver-


melho

Arte Romana
As características principais da arquitetura romana são, originalidade: urbanis-
mo, vias de comunicação, anfiteatro, termas, instalações sanitárias.

Painel escultórico romano em home-


nagem à deusa Pax

7 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Coliseu romano, constru-


ção foi finalizada no ano
82 d.C.

Arte Paleocristã ou Cristã Primitiva


A Arte Primitiva Cristã está dividida em dois períodos: antes e depois do reco-
nhecimento do Cristianismo como religião oficial do Império Romano.
O Cristianismo foi reconhecido como religião oficial do Império Romano pelo
imperador Constantino, no Édito de Milão no ano 330 d.C.

Pinturas do cristianismo
primitivo em catacumba

Fotografia Digital com Smartphones 8


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte na Idade Média (entre Séc. V e XV)


A época medieval vai desde o século V até o XV. Trata-se de um período mar-
cado por guerras e a arte sofreu alterações ao longo desses séculos.
Nesse período a representação com teor religioso ganhou força.

Painel mosaico bizanti-


no intitulado O milagre
dos pães e dos peixes
(520d.C.)

Pintura medieval

9 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte Renascentista na Idade Moderna (por volta


do Séc. XIV ao Séc. XVII)
Esse período é chamado de Renascimento porque a cultura passa a sofrer gran-
des influências de ideais da antiguidade clássica greco-romana.
Há um despertar de valores humanistas e antropocentristas, que colocavam o
ser humano como centro do universo.

A criação de Adão (1511), de Michelangelo, exibe Deus envolto em manto e ro-


deado por anjos em elemento com formato de um cérebro, simbolizando a razão

Fotografia Digital com Smartphones 10


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Uma das obras que se tornou uma marca desse período é Mona Lisa (1503), de
Leonardo da Vinci, onde podemos notar várias dessas particularidades.

Mona Lisa (1503), de Leo-


nardo da Vinci

11 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

A Arte Barroca e o Rococó surgem como um desdobramento da Arte Renas-


centista e ainda na Idade Moderna.

Johannes Vermeer. Moça


com Brinco de Pérola (ca.
1665)

Créditos: Mauritshuits via


Wiki Art

Arte na Idade Contemporânea (a partir de 1789)


A Revolução Francesa é o marco inicial da Idade Contemporânea, que se inicia
a partir do século XVIII.
Os movimentos artísticos importantes que antecederam a chamada Arte Mo-
derna, foram: Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Art Nouveau, Impressionis-
mo e Pós-impressionismo.

Fotografia Digital com Smartphones 12


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

O Neoclassicismo, final do século XVIII

A banhista de Valpinçon (1808), de Dominique Ingres, é


uma obra neoclássica que exibe com técnica e fidelida-
de a figura humana

O Romantismo (1820-1850), buscava romper com as regras clássicas, valori-


zando a imaginação, o sentimentalismo e a individualidade do artista.

Os fuzilamentos de 3 de
maio de 1808, de Fran-
cisco Goya, feito de
1814-15, é uma obra do
romantismo

13 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

O Realismo (1850-1900) busca exibir a realidade de maneira objetiva.

Moças da vila - 1852 -


Gustave Coubert

Art Nouveau
Arte Nova, ou Art Nouveau em francês, se opunha ao historicismo e tinha
como tônica a originalidade, a qualidade e a volta ao trabalho artesanal.

Alphonse Mucha - Riverie 1897

Fotografia Digital com Smartphones 14


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Impressionismo
Os pintores da Arte Impressionista pintavam suas telas ao ar livre. A intenção
era registrar as tonalidades que os objetos refletiam sob a iluminação solar em
certos momentos do dia.
Os artistas não estavam presos aos ensinamentos do Realismo acadêmico.

Impressão, nascer do sol (1872), de Monet, é a obra que


dá nome ao movimento impressionista

Pós-impressionismo
Os pós-impressionistas não buscavam somente elementos técnicos do estudo
da luz natural, como fizeram seus antecessores. Eles valorizavam a expressão do
lado subjetivo, emocional e sentimental.

Van Gong -Terraço do café a noite

15 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte Moderna (fim do Séc. XIX até meados do


Séc. XX)

Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e


Surrealismo.

Guernica (1937) de Pablo


Picasso, retrata o massa-
cre na cidade de Guerni-
ca durante a Guerra Civil
Espanhola

Exatamente Torna os Lares


de Hoje Tão Diferentes, Tão
Atraentes? (1956), de Ri-
chard Hamilton colagem
da Pop Art, movimento
que deu impulso à Arte
Contemporânea.

Fotografia Digital com Smartphones 16


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Arte Contemporânea (a partir de meados do


Século XX)

Marina Abramovic em
performance com Ulay,
em 2010. A artista per-
maneceu sentada por ho-
ras trocando olhares com
os visitantes.

Bastidores (1997), da
artista contemporânea
brasileira Rosana Paulino,
exibe retratos de mulhe-
res com bocas e olhos
costurados, mostrando o
silenciamento das mulhe-
res negras.

17 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

A artista contemporânea
Yayoi Kusama, de origem
nipônica, posa em frente
a uma de suas obras.

A Pop Art pode ser con-


siderada um “estopim”
para arte contemporâ-
nea. Aqui, obra de Andy
Warhol, Marilyn Monroe
(1962).

Fotografia Digital com Smartphones 18


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Obra integrante da série


Bichos, de Lygia Clarck,
produzida entre 1960 e
1964.

Yoko Ono em performan-


ce Cut Piece (1966), em
que o público corta as
vestes da artista.

19 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

A obra Parangolés, feita


nos anos 60 por Hélio
Oiticica, é bastante repre-
sentativa da arte contem-
porânea

Pintura Shop Until You


Drop (2011), feita em
Londres por Banksy.

Fotografia Digital com Smartphones 20


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Movimentos da Arte Contemporânea

Inserções em circuitos ide-


ológicos: Projeto Cédula
(1970), do brasileiro Cildo
Meireles é um exemplo
de arte conceitual.

Obra Escultura viva (1966),


de Marisa Merz.

21 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

I like America and Ameri-


ca likes me (1974) é uma
performance de Joseph
Beuys em que ele fica
dias com um coiote selva-
gem em um cômodo.

Plataforma espiral (1970),


de Robert Smithson é
uma famosa obra da Land
Art.

Fotografia Digital com Smartphones 22


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

Escadaria Selaron, de Jor-


ge Selaron, feita em 2013
no Rio de Janeiro, é um
exemplo de Street Art.

A série Silhuetas, da cuba-


na Ana Mendieta, foi rea-
lizada entre 1973 e 1980.

23 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

A obra “Everydays – The First 5000 Days” é uma colagem feita por Beeple, reunin-
do os desenhos publicados desde 2007 em seu Instagram. Crédito: Mike Winkel-
mann (Beeple)

Fotografia Digital com Smartphones 24


Capítulo 1 – História da Arte – Um breve olhar sobre a pintura

PETRI LEVÄLAHT/ROCKSTAR GAMES.

À medida que jogos digitais se tornam cada vez mais hiper-realistas, uma nova
geração de ‘fotógrafos virtuais’ está capturando momentos especiais de beleza e
emoção dentro deles. (BBC Brasil.)
Arte é uma porta aberta para a nossa imaginação e criatividade. Contagie-se,
crie, use novas ferramentas da arte digital, use os conceitos e os materiais da an-
tiguidade. Se expresse e faça parte da história da arte.

25 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 2 - Introdução à História da


Fotografia

Os princípios
A fotografia, tal qual conhecemos hoje, resulta de uma série de descobertas e
invenções ocorridas ao longo dos séculos e em diferentes momentos da história.
A primeira descoberta significativa foi a câmara obscura, cujos princípios ópticos
se deve ao filósofo grego Aristóteles (384 -322 A.C.) Sentado sob uma árvore,
Aristóteles observou a imagem do sol, durante um eclipse parcial, projetando-se
no solo em forma de meia lua quando seus raios passavam por um pequeno ori-
fício entre as folhas. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais
nítida era a imagem.
Independente das descobertas e inventos que marcam o surgimento da foto-
grafia, sua origem decorre da descoberta da existência de três princípios funda-
mentais: o princípio da câmara escura de orifício, o princípio da fotosensibilida-
de e os princípios da óptica.

O princípio da câmara escura de orifício


A câmara escura de orifício é uma invenção muito antiga, embora não se saiba
quem a inventou e exatamente quando. O princípio, porém, já era conhecido des-
de a Grécia antiga quando Aristóteles descreveu a formação de imagens durante
a passagem da luz por pequenos orifícios. Mas, Leonardo da Vinci (1452 -1519)
foi o primeiro a fazer uma descrição mais precisa do fenômeno da câmara escura.

Originalmente, a câmara escura de orifício era uma caixa ou mesmo um quarto


escuro, no qual uma das paredes possuía um pequeno orifício por onde passava
um filete de luz que, ao passar pelo pequeno orifício, projetava na parede oposta
uma imagem invertida e pouco nítida do que se encontrava do lado de fora.

Fotografia Digital com Smartphones 26


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

A figura a seguir ilustra uma câmara escura de orifício.

Representação da câmara
escura de orifício.

Até o final do século XVIII as câmaras escuras, de inúmeros formatos, eram


utilizadas para ampliar transparências, desenhos e para o retrato pelos artistas da
época. Não havia nenhuma outra forma de gravação das imagens formadas no
interior da câmara, a não ser pelo desenho.

O princípio da fotosensibilidade
O desenvolvimento da ciência da química possibilitou a descoberta de que as
imagens podiam ser gravadas. Em 1727, o experimentador alemão Johann Hein-
rich Schulze, pesquisando um processo para fabricação de pedras luminosas de
fósforo, constatou que folhas de papel tratadas com nitrato de prata, escureciam
quando expostas à luz do dia, ao invés de brilhar, como ele queria. Essa consta-
tação foi o primeiro passo para a descoberta da fotografia em decorrência da luz.
Em sua evolução, a câmara escura passou a receber diversos recursos mais ela-
borados como uma lente convergente no lugar do orifício, permitindo a captura
da imagem com maior nitidez e brilho. Essa possibilidade se deu a partir do inte-
resse científico pelos dos fenômenos da óptica, que é um ramo da ciência Física
que estuda os fenômenos relacionados à luz, cujos princípios fundamentais são:
• O Princípio da Propagação Retilínea: a luz sempre se propaga em linha reta;
• O Princípio da Independência de raios de luz: os raios de luz são indepen-
dentes e, mesmo que se cruzem, não provocam nenhuma alteração em rela-
ção à direção deles.
• O Princípio da Reversibilidade da Luz: os raios de luz sempre são capazes de
fazer o caminho na direção inversa.

27 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

Em síntese, a luz segue em linha reta e a uma velocidade constante, podendo


ser transmitida, absorvida e refletida. Quando a luz é refletida por um objeto, ela
se propaga em todas as direções.
A imagem a seguir mostra uma câmara escura, já com uma objetiva acoplada,
sendo utilizada para copiar desenhos. Ela está montada sobre trilhos para que
possa ser movimentada para que se consiga diferente níveis de ampliação.

Câmara escura, com ob-


jetiva, ao invés de orifício.

Fonte: Adaptado de Harrel


(2002, p. 03).

Os pioneiros

Joseph Nicephore Niepce (1765-1833)


Inventor francês responsável pela primeira fotografia permanente da história.
Em 1822, ele conseguiu copiar uma gravura em metal sobre vidro, processo de-
nominado por ele de heliografia. Em 1826, expondo uma chapa sensibilizada com
asfalto e exposta durante oito horas, ele conseguiu, enfim, uma fotografia durável.

A primeira fotografia da historia realizada por Joseph


Nicephore Niepce.

Fonte: Correa (2013, p.15).

Fotografia Digital com Smartphones 28


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

Jaques Mandé Daguerre (1787-1851)


Pintor de paisagens e gravurista. Em 1829, em busca de um meio mais fácil e
realista de fazer gravuras, associou-se a Joseph Nicephore Niepce e, posterior-
mente, ao químico Dumas, com quem realizou vários experimentos, criando a
técnica que ficou conhecida como Daguerreotipia, que era uma fotogravura feita
numa chapa de cobre. Essa técnica foi divulgada livremente pelo mundo sem
quaisquer direitos autorais. Em compensação, Daguerre recebeu uma pensão vi-
talícia do governo francês. A grande popularidade alcançada pela daguerreotipia
resultou no primeiro processo prático de fotografar.

Foto produzida por Da-


guerre.

Fonte: Neto Macedo (S/D).

A partir de 1839, o inglês William Henry Fox-Talbot desenvolveu um proces-


so fotográfico baseado no uso de um negativo de papel do que possibilitava a
realização de cópias positivas por contato. Esse processo se popularizou como
“Talbotipia” e foi por meio dele que se conseguiu obter a fotografia em série.

Saiba Mais!
O processo da Daguerreotipia consistia no uso de uma chapa de cobre
sensibilizada por uma fina camada de prata preparada numa câmara
especial contendo iodo em estado gasoso. O iodo combina va-se com a
prata para formar iodeto de prata, um material fotossensível.

A imagem latente resultante era depois revelada com vapor de mercúrio


aquecido por uma chama embaixo da chapa. O resultado era uma
fotogravura de altíssima qualidade.

29 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

A descoberta da fotografia no Brasil

Hercules Florence
Hércules Florence, franco-brasileiro, foi o primeiro a utilizar a palavra foto-
grafia. Antes mesmo de Niepce, Daguerre e Fox –Talbot, Florence desenvolveu
seus estudos no campo da fotografia utilizando-se das propriedades dos sais de
prata como substâncias sensíveis à luz.
Florence via a fotografia como sequência natural de suas pesquisas na poli-
grafia, uma forma de reproduzir documentos e desenhos de forma fiel. Exem-
plar de etiquetas para farmácia, cópia fotográfica obtida por contato sob a ação
do sol são exemplos do principal propósito buscado por ele. No entanto, Flo-
rence acabou descobrindo a aplicação mais popular da fotografia: os retratos.

A evolução da fotografia
Desde a sua criação, no século XIX, a fotografia passou por vários estágios,
até chegar à tecnologia digital utilizada nos dias de hoje. Foi a partir da criação
da câmera de filme, em 1888, por George Eastman, que a fotografia passou a
ser acessível e o seu processo se tornou mais prático, rápido e barato. A inven-
ção do filme 135, pela Kodak, em 1934, foi fator decisivo para a popularização
da fotografia. Esse processo permaneceu em uso por cerca de um século. A
figura 5 é da primeira câmera fotográfica da história.

Primeira câmera Kodak com rolo de filme.

Fonte: Correa, (2013, p. 17)

Fotografia Digital com Smartphones 30


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

Em 1948, surge a fotografia instantânea, realizada através da câmera Polaroid,


idealizada, em 1948, pelo inventor e físico Edwin Land. Esse processo possibilitou
a visualização da imagem logo após ela ter sido tirada, dispensando a necessida-
de de revelação em laboratório. E a tecnologia digital, que, embora as primeiras
imagens tenham surgido em 1965, sua comercialização só foi mais conhecida a
partir de 1981.
Com equipamentos, na maioria das vezes, automáticos, gravando as imagens
em formato digital, esse novo processo trouxe mudanças significativas para a fo-
tografia, democratizando a atividade ao permitir que grande parte da população
tenha acesso à produção fotográfica em seus mais variados objetivos.

Evolução da fotografia.

Fonte: Barboza (S/D)

O princípio de funcionamento de uma câmera digital é o mesmo de uma que


utiliza filme, ambas capturam a imagem de acordo com a quantidade de luz que
está sendo refletida pela cena ou pelo objeto a ser fotografado.
Quanto às características que permeiam a fotografia digital, Correa (2013),
destaca as seguintes:
• A câmera digital não utiliza processos químicos na captura de imagens. A luz,
ao passar pela lente, é registrada em um sensor e armazenada em um cartão
de memória.
• As imagens em formato digital são formadas em pixels, com resolução maior
ou menor, dependendo das configurações e qualidade da câmera. Geralmen-
te, um visor presente na câmera permite a visualização do enquadramento da
imagem e da fotografia depois de pronta.

31 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

• Depois de tiradas, as fotos podem ser enviadas através de um cabo ou pelo


próprio cartão de memória e visualizadas em um computador ou algum outro
dispositivo eletrônico, podendo ou não ser impressas.

Saiba Mais!

Resolução é a palavra-chave da fotografia digital. O sensor da câmera


fotográfica captura a imagem usando uma matriz de elementos sensíveis à
luz, chamados de pixels. O pixel é a menor unidade de uma imagem digital.
Da mesma forma que o grão de prata é a menor unidade de uma imagem
em filme.

Um pixel não possui dimensão física nem formato. O arquivo da imagem


digital não armazena o pixel fisicamente, mas, somente as informações
sobre as características da imagem, como quantidade de pixels horizontais
e verticais, além de informações sobre o pixel, como a sua cor e
luminosidade.

O tamanho do pixel varia de acordo com o meio em que é exibido (monitor


do computador, impressoras, etc). A medida mais usada para representar a
resolução, ou seja, o tamanho do pixel é DPI, que é a abreviatura de dots
Per inch, em inglês, ou pontos por polegadas.

Quanto mais pixels uma imagem possuir mais qualidade e resolução ela
terá. Um milhão de pixels é equivalente a um megapixel. Quando uma
imagem obtida em baixa resolução é ampliada, ela começa a mostrar
linhas serrilhadas. Esse fenômeno é denominado de pixelização. Seu efeito
lembra um mosaico, devido ao efeito em pedaços.

Fotografia Digital com Smartphones 32


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

A relação da pintura com a fotografia


Os mecanismos ópticos foram muito importantes para os pintores, por au-
xiliá-los na composição do desenho. A câmara escura é um mecanismo óptico
conhecido e aplicado ao desenho, pelos artistas, desde o Renascimento. Esses
mecanismos facilitavam a visão do artista, fornecendo um quadro e um enqua-
dramento com eixos e relações de composição que não se encontram na arte
produzida antes do uso destes recursos.
Com a invenção do daguerreotipo e, posteriormente, da fotografia, surge a
possibilidade de fixação dessas imagens diretamente em um suporte, através
de um processo químico e automático, sem a necessidade da intervenção do
artista. Até então, as gravuras só podiam ser reproduzidas pelas técnicas de
xilogravura e litografia. O surgimento da fotografia causou grande impacto na
arte da pintura e em sua forma de reprodução, pois, quando a fotografia surgiu,
muitos dos pintores da época migraram para o daguerreotipo ou para algum
outro meio de gravar imagens.
Alguns pintores que foram mais relutantes quanto ao uso da fotografia, cria-
ram um novo estilo de pintura que ficou conhecido como expressionismo, cuja
característica principal era o fato de retratar quadros e outros objetos de arte de
forma subjetiva, distorcendo formas e cores. As figuras a seguir são exemplos da
pintura realizada por artistas desse movimento.

Van Gong -Terraço do café a noite

Fonte: Correa (2013, p. 33)

33 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

Quadro expressionista O
Grito, de Edward Munch,
1893.

Fonte: Correa (2013, p. 33)

O surgimento da fotografia provocou também a criação de diversos movimen-


tos artísticos, no final do século XIX e início do século XX, trazendo novos estilos
em suas pinturas, rompendo com o padrão predominante da época, o impressio-
nismo. Fizeram parte desse movimento os pintores Édouard Manet, Edgar Degas
e Claude Monet, dentre outros. A característica principal do impressionismo era
o trabalho com imagens que causavam a impressão de estarem em movimento.
A princípio, a fotografia se apresentava nos mesmos moldes artísticos da pintura:
fotomontagens eram criadas com efeitos pictóricos e agrupamentos sobrepostos
de corpos ou objetos na composição e no enquadramento, tal qual nos quadros
dos pintores. Esse movimento artístico ficou conhecido como pictorialista (1890-

Fotografia Digital com Smartphones 34


Capítulo 2 – Introdução à História da Fotografia

1914). A figura a seguir é uma fotomontagem de Oscar Rejlander (1818- 1875),


intitulada Os dois caminhos da vida (1857), que retrata esse período.

Os dois caminhos da vida,


O. G. Rejlander, fotografia
com chapa de albumina,
40 x 78.5 cm, 1857.

Fonte: Peixoto, 1996.

Essa é uma composição clássica, renascentista. Atualmente, com o surgimen-


to de novos meios de produção de imagem digital e mecanismos de edição, as
alternativas para os artistas contemporâneos são muitas e variadas, facilitando a
produção de fotomontagens.

35 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 3 - Fisiologia do olhar e a


câmera fotográfica

Os princípios de funcionamento de uma câmera fotográfica permanecem os


mesmos desde a sua invenção, ou seja, uma câmera escura com um buraco para
a entrada de luz e uma superfície que fixa a imagem projetada. Sendo a luz uma
forma de energia caracterizada por estimular, especificamente, as células fotos-
sensíveis do aparelho de visão, a câmera é uma reprodução do olho humano. A
figura a seguir mostra essa comparação.

Iris Retina
Comparação da câmera com o olho humano.

Fonte: Correa (2013, p. 33)


Objetivo

Pupila

Cristalino

Diafragma em iris
Objetivo

Abertura

Lente

Filme/sensor

Fotografia Digital com Smartphones 36


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

A comparação câmera/olho humano funciona assim: a objetiva da câmera fun-


ciona como se fosse o cristalino do olho. É ela quem organiza os feixes de luz
para que a imagem se forme com nitidez na retina, que, por sua vez, na câmera,
é o sensor, a superfície onde a imagem é formada e fixada. No olho, a pálpebra
é quem controla a entrada de luz. Na câmera, é o obturador quem exerce essa
função. Portanto, objetiva, obturador e sensor são os elementos básicos para o
funcionamento de qualquer câmera.

Principais elementos de uma câmera

Fonte: disponível em www.fotocursonet.wordpress.com


Disparador
Processador

Objetiva

Obturador Sensor
Diafragma

Saiba Mais!
As imagens que se projetam dentro do olho, são invertidas, ou seja, ficam
de cabeça para baixo. Isso acontece em qualquer sistema óptico quando
fica disposto além da sua distância focal.

O cérebro faz a inversão da imagem, colocando-a na posição correta


causando, em quem a vê, a sensação de que estão na posição normal. Na
câmera fotográfica, esse recurso é feito pelos espelhos, prisma e sensor
que são colocados no interior da câmera.

37 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Conceitos básicos de fotografia


A câmera fotográfica possui quatro componentes importantes que irão se inte-
ragir para que a luz refletida pelo objeto seja capturada com a máxima fidelidade
pelo sensor. Esses componentes são: a objetiva, o obturador, o diafragma e o
fotômetro. A função de cada um será mostrada a seguir.

Objetiva
Sua finalidade é captar e conduzir a luz para o plano em que está o sensor da
câmera. O conjunto de lentes que se encontra no interior da objetiva é responsá-
vel pelo foco da imagem.

Objetiva.

Cada objetiva possui uma distância focal e suas características próprias. A dis-
tância focal refere-se à distância entre o ponto focal até o plano no qual está o
sensor. Para poder escolher a objetiva a ser utilizada, é necessário entender a
diferença entre a câmera fotográfica e a visão humana. A visão percebida pelo
olho é dinâmica, o cérebro humano analisa o que o olho vê em todas suas par-
tes, depois, valoriza o espaço onde se encontra o objeto e enfoca os diferentes
pontos de interesse. A imagem de uma objetiva é estática, por isso o ângulo da
tomada é limitado.
As câmeras que não possuem teleobjetivas ou zoom, possuem uma distância
focal fixa. Já as que possuem zoom permitem uma distância focal variável. As
objetivas contêm lentes, que podem ser de cristal ou de plástico; a objetiva pode
ser fixa ou intercambiável.

Fotografia Digital com Smartphones 38


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Tipos de lentes
Quanto aos tipos de lentes, as objetivas são assim denominadas:

• Objetiva normal - possui, aproximadamente, 50mm de distância focal, sendo


equivalente ao de um olho humano. Essa é a lente mais utilizada pela maioria
dos fotógrafos;

Objetiva normal

• Objetiva grande angular - possui maior capacidade de abarcar uma área de


visão do que as objetivas normais. É a mais apropriada para fotos de paisa-
gem ou em ocasiões em que se tem pouca distância para fotografar, como
em recintos pequenos ou salas em que o fotografo precisa enquadrar o máxi-
mo de área possível. Essa lente também proporciona grandes profundidades
de campo, desde pequenas distâncias até o infinito;

Objetiva Grande Angular

• Teleobjetiva - são lentes que possuem grandes distâncias focais. São apro-
priadas para fotografar a longa distância e para se fazer retratos de close,
pois, permite que o fotógrafo fique em uma maior distância.

Teleobjetiva

39 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

• Objetiva olho de peixe – é uma lente especial com as características de uma


grande angular, porém, com maior capacidade de abrangência.

Objetiva Olho de Peixe

• Objetiva macro - pode ter distância focal normal ou de uma meia teleobjetiva
(100mm). É capaz de focalizar objetos a pequenas distâncias e é ideal quando
se quer fotografar detalhes minúsculos de objetos, pequenos insetos, plantas
ou micro organismos;

Objetiva Macro

• Objetiva zoom – é um tipo de lente que pode variar a sua distância focal e
funcionar como se fosse uma lente normal, grande angular ou teleobjetiva.

Objetiva Zoom

Fotografia Digital com Smartphones 40


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Iso
O número ISO, sigla de International Standards Organization, é que determina
a sensibilidade do sensor da câmera em capturar a luz. Quanto mais alto for o
número ou fator, maiores serão as possibilidades de se fotografar cenas pouco
iluminadas e de evitar imagens tremidas ou borradas, principalmente se o objeto
ou cena a ser fotografada estiver em movimento e se o flash estiver desativado
para retratar a luz natural.
Em câmeras digitais a escala ISO costuma ir de 50 até 25.000. Quanto maior
ISO mais ruído gera na imagem e temos menos definição.
Para ajustar o ISO manualmente, pode-se seguir as seguintes orientações:
• 100 ISO para sol bem forte;
• 400 ISO para dias nublados;
• 800 ou 1600 ISO para fotos internas ou sob holofotes;

De um modo geral, quanto mais alto for o ISO, menor será a qualidade foto-
gráfica da imagem.

Abertura/Diafragma
O diafragma é a íris da objetiva. É por meio do diafragma que a luz entra na câ-
mera e, depois de atravessar o obturador, chega até o sensor. Ele é formado por
uma série de lâminas que se sobrepõem e formam um orifício, que é a abertura
central por onde passa a luz.
O obturador e o diafragma regulam a quantidade de luz que chega até o sen-
sor da câmera. Assim, quanto mais escura estiver uma cena, maior deverá ser a
abertura; e, quanto mais clara estiver a cena ou o objeto a ser fotografado, menor
deverá ser a abertura para não haver superexposição do sensor.
Existe uma escala universal para o tamanho de aberturas, que se baseia em
uma unidade chamada ponto, que é indicada pelos números f, também chamados
de parada ou f/stop, os valores mais comuns dessa escala são:

f:1, f:1.4, f:1.8, f:2, f:2.4 f:2.8, f:4, f:5.6, f:8,


f:11, f:16, f:22, f:32, f:45 e f:64.

41 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Esses números são frações, onde f:1 é “f” dividido por 1, que resulta no “f” in-
teiro, que é muito maior que o mesmo “f” dividido em 64 partes. Assim, a abertura
f/1 é a maior de todas e, na escala apresentada anteriormente, f:64 é a menor,
por onde menos luz irá passar.
A ilustração a seguir mostra alguns exemplos de abertura.

Exemplos de abertura

Movimento e velocidade
O obturador tem a função de controlar o tempo durante o qual a luz que en-
trou pela abertura do diafragma irá sensibilizar o sensor da câmera digital. Sua
velocidade é expressa em frações de segundo, décimos, centésimos e milésimos
de segundo, como mostrados a seguir:

2”, 1”, 1/2, 1/2, 1/4 , 1/8, 1/15, 1/30, 1/60,


1/125, 1/500, 1/1000, 1/2000 e 1/4000.

Os valores 1/4 e 1/500 indicam um quarto de segundo e quinhentos milési-


mos de segundo, respectivamente. A combinação da abertura do diafragma com
a velocidade do obturador chama-se exposição.
A velocidade da obturação é a duração do tempo que o obturador fica aberto
para registrar a luz no Sensor. A abertura do diafragma controla a quantidade de
luz que a lente deixa entrar. Para medir a luz existente no exterior da câmera,
tem-se o Fotômetro.
Ele faz uma leitura da cena e calcula um melhor ajuste entre o diafragma e o
obturador.

Profundidade de campo
Profundidade de campo é um termo utilizado para designar a zona que fica à
frente e atrás do assunto fotografado e que devem possuir nitidez de imagem.

Fotografia Digital com Smartphones 42


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Quanto maior for a distância que o foco conseguir atingir à frente ou atrás do ob-
jeto focado, maior será a profundidade de campo. Controlar o valor ou tamanho
da profundida de de campo é muito importante na fotografia. O principal respon-
sável pela profundidade de campo é o diafragma.
Quanto maior for a abertura do diafragma (número f pequeno), menor será a
profundidade de campo. Quanto menor for a abertura, maior será a profundidade
de campo.
As figuras a seguir mostram, na prática, como se dá a profundidade de campo.
Na primeira fotografia, a profundidade de campo é maior. A imagem é nítida do
começo ao fim. Já na segunda foto, a profundidade de campo é muito baixa, por
isso somente o objeto nas mãos da pessoa, no caso, as cartas, estão em foco. A
parte do fundo fica desfocada.

Profundidade de campo

Em síntese, abertura, velocidade e ISO podem trazer os seguintes resultados:

COMO

Quem Baixo ou pequeno Alto ou grande

Muita profundidade de Pouca profundidade de


Abertura
campo e entra menos luz. campo e entra mais luz.
Fotos sem ruídos ou Fotos com ruídos ou
ISO granulação/Precisa de mais granulação/Precisa de
luz. menos luz.
Objetos em movimento pa-
Efeito de rastro/capta mais
Velocidade recem estar parados/ capta
luz.
menos luz

43 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

As imagens a seguir também são exemplos de profundidade de campo.

Baixa profundidade de
campo.

Longa profundidade de
campo.

Fotografia Digital com Smartphones 44


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Dicas!
• Baixa profundidade de campo: um plano desfocado (primeiro ou segun-
do plano).
• Alta profundidade de campo: campos focados.

Enquadramento
Um dos fatores que mais contribui para uma boa foto é a sua composição, ou
seja, a montagem da cena e a distribuição de seus elementos pela área coberta
pela visão do fotógrafo. A condição automática da câmera pode resolver quase
tudo: analisar a luz ambiente que está incidindo sobre o assunto, calcular a aber-
tura do diafragma e a velocidade do obturador, ajustar o foco, bastando apenas
ao fotógrafo a função de clicar. Entretanto, quando a câmera está nessa condição
de automática, nem sempre ela ira retratar a visão real do fotógrafo em relação
ao enquadramento, a luz, a estética, dentre outras condições.
A noção de enquadramento é muito importante na linguagem fotográfica. En-
quadrar é decidir o que faz parte do quadro da foto em cada momento de sua
realização. É determinar o modo como se quer que aquela ideia, mensagem, in-
formação seja vista e agrade aos olhos de quem a vê.
O enquadramento depende de três elementos: o plano, a altura do ângulo e o
lado do ângulo. Escolher o plano é determinar qual é distância entre a câmera e o
objeto que está sendo fotografado, em conformidade com o tipo de lente que está
sendo usado. A composição da fotografia é muito subjetiva, portanto, o que pode
parecer uma boa foto para alguns fotógrafos, pode parecer péssima para outros.

A regra dos terços


Uma das técnicas mais aplicadas pelos fotógrafos para realizar o enquadra-
mento ou composição é a regra dos terços, que consiste em dividir a cena em
três partes, utilizando duas linhas verticais e horizontais semelhante ao “jogo da
velha”, como ilustra a figura a seguir.

45 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Esquema da regra dos


terços.

No esquema da regra dos terços, mostrado na figura anterior, pode-se observar


que a intercessão das quatro linhas cria quatro pontos focais, chamados de terços.
Aplicando:

Aplicando o esquema da
regra dos terços.

Fotografia Digital com Smartphones 46


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Os terços são os pontos para onde os olhos de quem vê a cena se fixa. A ideia
fundamental é que os quatro pontos formados no enquadramento (onde as li-
nhas se cruzam) é onde devem ficar os pontos de interesse do que está sendo
fotografado criando assim composições mais interessantes.

Enquadramento em primeiro plano


Utiliza-se esta técnica quando o que está no segundo plano estiver distante
ou quando é menos importante para o resultado final da fotografia. Obtém-se
esse resultado aplicando-se a profundidade de campo, utilizando-se uma abertu-
ra maior para tirar a atenção do que está em segundo plano. Usando esta com-
posição o que está em 2º plano torna-se apenas um elemento complementar.
Outro ponto importante é não deixar que cores fortes e vivas ou uma luz forte
que esteja segundo plano, disperse a atenção do que está no primeiro plano.

Enquadramento com linhas e perspectivas


Essa técnica de enquadramento é muito utilizada na fotografia de paisagens e
arquitetura. Consiste em utilizar-se o jogo das linhas para aumentar a profundi-
dade da fotografia. Aproveitando a convergência de linhas retas de um prédio, de
uma rua, de uma ponte, etc., obtém-se a noção de tridimensionalidade e profun-
didade para o resultado final da fotografia desejada.

Enquadramento em perspectiva.

47 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Simetria
A simetria consiste em uma técnica muito utilizada desde os tempos mais re-
motos. Tanto na pintura quanto na fotografia a simetria é muito importante para
uma visão harmônica do todo. Para uma composição simétrica, busca-se imagens
que se repitam pela fotografia e que tenham pontos de interesse que se des-
taquem deste fundo simétrico, em relação à altura, largura e comprimento das
partes necessárias para compor um todo de forma lógica e equilibrada, evitando a
poluição visual no resultado final. É a harmonia ordenada de um padrão simétrico
que satisfaz, naturalmente, o olhar.
A figura a seguir é um exemplo de simetria.

Simetria

O olhar dos mestres da fotografia


Em qualquer profissão existem aqueles que se destacam em relação ao resul-
tado final do seu trabalho destinado aos seus clientes ou ao público em geral.
Geralmente, esse destaque se dá quando esses profissionais aplicam concei-
tos, quando descobrem novas formas de aplicar regras imprescindíveis, recrian-
do-as, interpretando-as, e, assim, buscando o seu jeito de ser naquilo que se
dispuseram a fazer, ou seja, buscando uma identidade, um jeito particular de
exercer a sua profissão.
Na fotografia existem profissionais que se destacam pelo exercício do olhar em
retratar histórias, pessoas, objetos, etc., dando-lhes um sentido, uma estética e
mostrando momentos históricos a partir de um olhar particular. Olhar este que
por vezes, mudam as regras, atribuem valores, ressignificam formas de pensar e
permitem aplicar, com perfeição, os conceitos que aprendem.

Fotografia Digital com Smartphones 48


Capítulo 3 – Fisiologia do olhar e a câmera fotográfica

Para quem está começando na profissão de fotógrafo é muito importante ter


como referência o trabalho dos mestres que construíram e inovaram o fazer fo-
tográfico. Nesse sentido, pesquisar é fundamental na prática do dia a dia, pois,
os fotógrafos utilizam-se destas referências para poder inovar e repensar o seu
trabalho, constantemente. Seja ao ar livre ou em um estúdio fotográfico, quanto
mais o profissional dominar a linguagem fotográfica e à medida em for ampliando
as suas referências e pesquisas, melhor será o seu desempenho no campo da
fotografia. Quanto maior for a sua busca, melhor será a estruturação da sua iden-
tidade pessoal.
Estudar quem entende do assunto ajuda a construir um estilo, a buscar ob-
jetivos para mostrar cenas, objetos e fatos com arte, fidelidade e com beleza
realística em forma de fotografia ou a desconstrução total, criando uma imagem
fotográfica abstrata ou reinventando a realidade.

49 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 4 - Conhecendo a câmera


do smartphone

Designed by rawpixel.
com / Freepik

Depois de conhecer as principais funções e partes da câmera fotográfica ana-


lógica e digital, chegou a hora de transferir esses conhecimentos para o smar-
tphone. Veja como é por dentro a câmera do smartphone.

Fonte: Shutterstock

Como você pode ver, o tamanho do sensor da câmera smartphone é bem me-
nor que o sensor da câmera fotográfica profissional, em média ele mede 1.27 cm,

Fotografia Digital com Smartphones 50


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

podendo variar de um fabricante para outro. Isso afeta diretamente a qualidade


da imagem, pois quanto o maior o sensor, maior é sua capacidade de capturar os
detalhes da imagem.
Um sensor e um conjunto de lentes tão pequeno, em uma câmera tão compacta,
é um grande desafio assim como manter todas as funcionalidades e ajustes possíveis.

51 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Foto: Friedrich Haag - Wikimedia


commons

Câmera fotográfica DSLR sem lente deixando amostra o SENSOR tipo APS-C.
Como vimos nos módulos anteriores, uma boa fotografia depende de uma boa
composição, que é a distribuição dos elementos no quadro e de uma exposição.
Conseguimos ajustar exposição combinando três fatores:
• diafragma (abertura, representada pela letra f, seguida de dois pontos, ex.:
f:1.8);
• obturador (velocidade, representada por uma fração, ex.: 1/60 ou 1/125);
• ISO (representa a sensibilidade do sensor à luz, quanto menor o número,
menos sensível à luz e melhor a qualidade da imagem. O ISO é representado
por números a começar por ISO 50, podendo chegar em algumas câmeras a
ISO 25.000).
Nos smartphones, esses elementos são controlados pelo software da câmera
e não através de peças mecânicas como nas câmeras fotográficas convencionais.
Veja, a seguir, a foto de um diafragma dispositivo que controla a quantidade de
luz que chega ao sensor.

Fotografia Digital com Smartphones 52


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Foto: Webysther -Wikimedia commons

Na próxima imagem, vemos um obturador.

Foto: Runner1616 - Wikimedia commons

Charlie fong - Wikimedia commons

53 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Obturador, também conhecido como Shutter, é a parte mecânica que controla


o tempo de exposição à luz , sendo o responsável por congelar o movimento.

Foto: Nevit Dilmen - Wikimedia Commons

Velocidades altas do obturador (Shutter) são responsáveis por congelar o mo-


vimento. Ex. 1/250
Por sua vez, o cinema é uma sequência de fotografias tiradas com o ajuste do
Obturador (Shutter), em equilíbrio com o movimento que deseja captar, para pas-
sar a sensação de movimento ao expectador.

Foto: Nevit Dilmen - Wikimedia Commons

O ISO é o ajuste que mede a sensibilidade à luz. Quanto maior o número, mais
sensível à luz fica o sensor, precisando assim, de menos luz para captar a imagem,
porém com mais ruído. Quanto maior o ISO, maior o ruído na imagem. Veja os
exemplos a seguir.

Fotografia Digital com Smartphones 54


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Florian Lindner (Dynax_7D_iso100.jpg and Dynax_7D_iso3200.


jpg) and NeonZero - Wikimedia Commons

Na fotografia acima vemos uma comparação entre ISO 100 no lado A e ISO
3200 no lado B da imagem. Note que, no lado B, podemos ver uma espécie de
granulação na imagem, o que chamamos de ruído.
Então, precisamos combinar esses três elementos, DIAFRAGMA, OBTURA-
DOR e ISO para conseguir uma fotografia do jeito que queremos.

55 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

EXEMPLO!
Agora vamos refletir no seguinte exemplo:

Estamos numa praia de manhã em um dia ensolarado. Temos alguns amigos


jogando Futevôlei e queremos fazer uma fotografia em que a bola apareça
parada no ar. Para isso, precisamos de uma velocidade do obturador alta para
congelar o movimento. Como temos muita luz, o ISO pode estar baixo, algo
entre 100 e 400. Nas câmeras dos smartphones, não conseguimos ajustar o
diafragma, podemos apenas fazer compensações de 3 pontos para mais ou
para menos como veremos mais à frente. Nos resta agora apenas definir a
velocidade que precisa estar alta, algo entre 1/250 e 1/500 aproximadamente.

Foto: Thomas Noack - Wikimedia Commons

Cada fabricante de smartphone cria interfaces diferentes para os seus aplica-


tivos de câmera. Então, para facilitar nosso aprendizado, vamos ver como fazer
esses ajustes usando um app gratuito chamado, Câmera FV 5 Lite, que pode ser
baixado na loja de aplicativos Android ou IOS.

Fotografia Digital com Smartphones 56


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

No centro, vemos a imagem a ser capturada e nas laterais os ajustes. À es-


querda, de cima para baixo, temos um símbolo com 3 linha horizontais onde
podemos visualizar algumas configurações adicionais. Logo abaixo, temos o ícone
para ligar o flash e, abaixo dele, um ícone para mudar o formato da foto, seguin-
do do temporizador. Não vou entrar em detalhes sobre essas funções por serem
autoexplicativas e bastante intuitivas, mas vamos então conhecer mais a fundo o
histograma:

Histograma circulado em vermelho.


O histograma é esse gráfico luminoso que indica se a exposição está correta.
Quando o histograma está todo para direita, indica que tem luz demais e nossa
imagem ficará superexposta, ou seja, com mais luz do que o necessário.

Autor: Adobe Systems -Wikimedia Commons – domínio público

Quando o histograma está todo para a direita, indica que a foto ficará subex-
posta, ou seja, com menos luz que o necessário.

57 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Autor: Adobe Systems -Wikimedia Commons – domínio público

Quando o histograma está mais distribuído por toda a área e posicionada mais
ao centro, indica que exposição está correta.

Autor: Adobe Systems -Wikimedia Commons – domínio público

Esse é o instrumento de medição que usamos para saber se a exposição está


correta. Porém, temos que interpretar a imagem e a situação de luz que temos.
Se a imagem que vamos fotografar está recebendo mais luz de um lado que do
outro e se colocarmos os ajustes para que o histograma fique todo no meio, a
parte da imagem que recebe menos luz ficará escura. Por isso, temos que saber
interpretar não só o histograma, mas também a imagem e a situação de luz em
que nos encontramos. Veja o exemplo a seguir:

Fotografia Digital com Smartphones 58


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Podemos perceber que a imagem está recebendo mais luz da direita do que da
esquerda. Podemos notar isso pelo lado em que a sombra se projeta. A sombra
está sendo projetada do lado esquerdo da imagem. Por isso que, apesar da ima-
gem estar nos parecendo com uma boa exposição, o histograma está um pouco
mais para a direita, mostrando-nos que uma parte da imagem está mais exposta
que a outra, mas não chega a indicar uma superexposição.

Outra poderosa ferramenta que a câmera nos oferece é a possibilidade visua-


lizarmos a grid que nos ajuda a aplicar a regra dos terços. Utilizando a regra dos
terços, podemos tornar nossas composições mais interessantes.

59 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Passando para o lado direito, o primeiro ícone é o controle do White Balance


(WB) que, em português, quer dizer balanço de branco. A importância desse ajus-
te é informar ao sensor que tipo de iluminação está sendo usada na fotografia.
Veja, na imagem a seguir, os ícones que aparecem quando clicamos em WB.

As fontes de luz têm colorações variadas e precisamos informar para o sensor


da câmera, tendo como a base cor branca e qual coloração da fonte de luz que
estamos usando, assim o sensor pode interpretar e corrigir as cores baseado nes-
sa informação. Observe a tabela a seguir.
Configuração WB Temperatura da Cor Fonte de Luz
10000 - 15000 K Céu Azul Limpo
6500 - 8000 K Céu Nublado/Sombra
6000 - 7000 K Luz de Meio-Dia
5500 - 6500 K Luz Média
5000 - 5500 K Flash Eletrônico
4000 - 5000 K Luz Flourescente
3000 - 4000 K Começo da Manhã
2500 - 3000 K Luz Doméstica
1000 - 2000 K Luz de Velas

Você pode fazer esses ajustes manualmente conforme a tabela acima ou pode-
mos testar o modo automático da câmera. Se, na sua avaliação, o automático não

Fotografia Digital com Smartphones 60


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

está bom, você deve tentar fazer ajustes através dos ícones ou manualmente de
acordo com a tabela.

O foco pode ser feito manualmente deslizando o controle para baixo ou para
cima.

O ícone da montanha que aparece na parte de cima indica que o foco está para
mais distante da câmera.

61 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

O ícone da flor, que aparece na parte de baixo, indica que o foco está mais
perto da câmera.

Podemos também optar por outros modos de focagem. Como o modo por
toque, onde podemos tocar no ponto em que queremos focar. Ou o modo auto-
mático, conforme o assunto. Mais perto ou mais distante, ou detecção de rostos.

Fotografia Digital com Smartphones 62


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Tocando no ícone medição, podemos escolher como a câmera fará a leitura da


luz no nosso enquadramento. Pode ser através de um ponto específico que toca-
mos na tela ou através de modos em que serão considerados um ponto central do
enquadramento ou uma parte um pouco maior do centro da tela ou, ainda, uma
média de tudo que está sendo enquadrado.

Matricial Ponderado Pontual


ao Centro

63 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

O próximo item regula a velocidade do obturador. Como já vimos antes, o ob-


turador controla o tempo em que o sensor fica exposto à luz. O obturador abre e
fecha literalmente em uma fração de segundos. Quanto maior for velocidade do
obturador, menos tempo o sensor ficará exposto à luz. Veja as imagens a seguir:

Velocidade 1/755 - a imagem ficará subexposta, ou seja, escura.

Velocidade 1/250- a imagem ficará com a exposição mais equilibrada, note o


histograma.

Fotografia Digital com Smartphones 64


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Baixando mais a velocidade para 1/160, a imagem começa ficar muito clara.
É preciso ressaltar que estamos mexendo apenas no obturador o ISO está fixo
em 160. Se precisarmos fazer uma fotografia em que velocidade tenha que ficar
alta ou baixa, temos que fazer uma combinação entre ISO e velocidade. Sempre
observando o histograma e a imagem.

Vamos mudar o ISO agora, e manter a velocidade em 1/160.

65 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

Aumentando o ISO para 320, note que a imagem ficou clara demais e o histo-
grama indicando que a foto esta superxposta.

Se voltamos o ISO para 160, nesse caso, a imagem fica mais equilibrada.
Já conhecemos os principais ajustes da câmera de um smartphone. Você agora
precisa praticar para interiorizar esses conceitos e se acostumar com essas ferra-
mentas. É claro que todos esses ajustes podem ser colocados no modo automá-
tico para que você possa só se preocupar com o enquadramento, composição,
equilíbrio entre as formas e as cores da sua fotografia. Mas o modo automático

Fotografia Digital com Smartphones 66


Capítulo 4 – Conhecendo a câmera do smartphone

nem sempre faz tudo certo ou do jeito que você quer ou precisa. Por isso, é im-
portante saber como tudo funciona para fazer os ajustes necessários e ter mais
liberdade criativa.

AGORA SOLTE SUA CRIATIVIDADE!!!

Saiba Mais!
Clique nos links e amplie seus conhecimentos!
• 10 dicas para fotografar com seu smartphone | Centro Cultural
da Saúde (saude.gov.br)
• Foto de Smartphone, como funciona sua câmera (bemmaisse-
guro.com)
• O que é abertura de lente da câmera do celular? - DeUmZoom
• Exmor, Isocell e cia: entenda a importância do sensor na câme-
ra do celular | NextPit
• Image sensor format - Wikipedia
acesse o link

67 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 5 - Fotografia e Iluminação

É possível criar uma imagem fotográfica sem que haja luz?


Porque é preciso saber “pensar a luz”? O que acontece com a imagem quando
se tem muita ou pouca luz? Você sabe utilizar a luz de maneira adequada? E para
que serve o flash?
Pois, bem! Quando o assunto é fotografia, essas e muitas outras perguntas
vêm à tona, não é mesmo? É possível que nem todas as perguntas possam ser
respondidas, porém, é necessário estudar e praticar para que possamos obter e
compreender muitas das respostas pretendidas.
Ter conhecimento sobre a utilização adequada de luz é muito importante para
um fotógrafo, porque a luz pode mudar completamente o objeto da fotografia
(rostos, paisagens, coisas, etc.).
Vamos analisar o que dizem os especialistas sobre o assunto e, no decorrer
dessa leitura, vamos colocar em prática todas as orientações.

Fontes de iluminação: luz natural e artificial


A palavra fotografia vem do grego (Photos + Graphein = grafia da luz) e signifi-
ca “escrever com a luz”. Portanto, a luz é a principal matéria-prima da fotografia
e a grande influenciadora dos resultados fotográficos. A origem dessa palavra
estabelece uma intensa ligação do fotógrafo com o espectador da imagem. Essa
ligação é, ao mesmo tempo, técnica e poética porque decorre do poder da luz e
de como ela é expressa, porque se fotografar é “escrever com a luz”, cada imagem
é, por si só, uma forma de linguagem.
Como a fotografia consiste na captura de uma quantidade exata de luz, compre-
ender os elementos de uma câmera e alguns pontos específicos sobre as proprie-
dades da luz, torna-se essencial para a uma captura de imagem de boa qualidade.
Sendo assim, é basicamente impossível se falar de fotografia sem pensar em luz.

Fotografia Digital com Smartphones 68


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

A seguir, vamos conhecer os principais tipos de iluminação e como cada um


interfe re no resultado final da fotografia e o que podemos fazer para solucionar
problemas com a iluminação para conseguir capturar imagens de altíssima quali-
dade técnica.
Vamos partir do princípio de que tudo que emite luz pode ser uma fonte de
ilumi- nação para a fotografia, sendo assim, podemos classificar as fontes de luz
em três grupos importantes: luz natural, artificial e de ambiente. Vamos entender
cada tipo conforme explicado a seguir:
• luz natural – é a luz que está no ambiente natural (interno ou externo) ou
que faz parte dele. A luz do fogo e o sol são exemplos de luz natural, mas, é o
sol a maior fonte de luz natural que podemos dispor. Para muitos fotógra fos,
inclusive, existe uma “hora mágica” de luz natural que acontece, aproximada-
mente, meia hora após o nascer do sol e meia hora antes dele se pôr. A luz
solar é, também, a que mais se modifica, por isso requer maior conhecimento
por parte do profissional da fotografia para providenciar os recursos e técni-
cas necessários para o aproveitamento adequado dessa luz.
• luz artificial – é aquela gerada a partir de fontes alternativas, em diferen tes
temperaturas, como as lâmpadas, holofotes, flash, faróis, lanternas, etc. e
pode estar concentrada ou difusa dando realce ou amenizando as diferentes
áreas claras e escuras, podendo tirar e dar volume. Pode ser medida e tem
temperatura realçando as tonalidades da imagem nos tons de cinza e cores.
• luz ambiente – é a luz que está disponível no ambiente. Essa luz pode ser
composta de luz natural e artificial. Geralmente utilizam-se recursos variados,
como lâmpadas, luminárias, spots, dentre outros, para obtenção de ilumina-
ção ambiente, principalmente em estúdios.

Como você já pôde perceber, dentro de ambiente interno ou mesmo em um


estúdio apropriado para fotografia, temos um controle e domínio das fontes de
iluminação adequadas para um determinado tema fotográfico, mas quando esta-
mos fora dele é preciso trabalhar com a luz disponível do local para tirar o melhor
proveito em am- bientes externos, onde não poderemos mudar a posição do sol
e nem das nuvens quando ocorrem nestes ambientes.
Quando tiramos proveito da luz solar ou artificial, seja em ambiente externo ou
interno específico, poderemos criar imagens como as apresentadas a seguir:

69 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Registros da imagem: luz natural e iluminação artificial

Foto 1 - Vantoen Pereira Jr.

Foto 2 - Cezar, estudante


da Turma 2016057, SENAI
Laranjeiras.

Foto 3 - Emanuelle – Estudante/


Senai-RJ 2015.

Foto 4 - Amanda – Estudante/


Senai-RJ, 2015.

Saiba Mais!
A luz é uma onda eletromagnética que, no caso da luz natural, tem o sol
como fonte primária e, no caso da artificial, é uma energia gerada a partir
de fontes alterna- tivas. O surgimento da luz artificial aconteceu durante o
período da pré-história, quando o homem passou a dominar o fogo. Até o
século XIX, o fogo foi utilizado como principal fonte de iluminação noturna,
através de velas e lamparinas que utilizavam algum tipo de combustível.

(Fontes de luz - Naturais e artificiais - Estudo Kids https://www.estudokids.com.br/f ontes-de-luz-


naturais-e-artificiais. Acessado em dez/20016).

Tipos de Luz
A essa altura do curso você já deve ter experimentado, na prática, a fotografar
em horários diferentes, e, com cer­teza, já deve ter obtido resultados diferentes
também, não é mesmo? Isso acon­tece porque, como você já pôde perceber, as
luzes não são iguais. Elas possuem intensidade, cores, temperaturas e outras ca-
racterísticas que as tornam diferen­tes entre si. Além disso, toda luz vem de algum
lugar e em alguma direção. É a direção da luz que produz as sombras em uma

Fotografia Digital com Smartphones 70


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

fotografia. Essas sombras podem ser utilizadas para criar a sensação de forma e
textura nos elementos da fotografia.
Vamos nos aprofundar um pouquinho mais sobre luz?
Os principais tipos de luz que geralmente encontramos quando vamos fotogra-
far, são os seguintes:

• luz dura ou pontual - é um tipo de luz que pode ser utilizada quando quere-
mos que as sombras fiquem bem definidas na imagem. É uma luz pequena,
que vem de um único ponto, alcançando uma determinada área da cena ou
objeto iluminado. Podemos criar uma luz dura utilizando um refletor ou qual-
quer outra fonte de luz que venha de um único ponto. São exemplos de luz
dura: a lâmpada incandescente doméstica, velas e a luz do sol. Veja exemplo
nas imagens a seguir

Foto 5 - Ana Paula. Turma


2016015 SENAI.

Foto 6 - Francisco Rangel. Turma


2016015 SENAI.

71 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

• luz suave (luz difusa ou refletida) – ao contrário da luz dura, essa é um tipo
de luz que não deixa as sombras da imagem bem definida. Geralmente, ela
vem de uma fonte de luz maior que o objeto iluminado. São exemplos de luz
suave: as luminárias fluorescentes grandes, tipo calha; um dia nublado ou a
luz do sol quando passa através de uma cortina. É possível criar luz suave
utilizando grandes “cabeças de luz”, rebatendo a luz ou usando difusores.

As imagens a seguir demonstram o uso de luz suave.

Foto 7 - Francisco Rangel Turma


2016015 / SENAI

Foto 8 - Luiz Turma 2016015 /


SENAI

Foto 9 - Francisco Rangel Turma


2016015 / SENAI

A luz e o contraste
Você sabe o que é contraste?
Segundo os especialistas em fotografia Braulio Araujo e Thiago Pronunciato, o
contraste é determinado pela maior ou menor diferença da variação de luz em
um mesmo objeto. Quando essa diferença entre as duas zonas é muito dura, a
imagem fica com alto contraste, e, quando essa diferença é mais suave, a imagem
fica com baixo contraste.
Explicando de outro modo, pode-se pensar assim: quanto maior for o número
de tons de cinza presentes na imagem, menor será o contraste; e, na medida em
que esses tons de cinza aumentam, aumenta também o contraste.
Veja a aplicação de contraste nas imagens a seguir.

Muito contraste

Pouco contraste

Fotos 10 e 11 - Sara - Projeto


Porto do Saber – Senai/ SubSea
-2015/16.

Fotografia Digital com Smartphones 72


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Tipos de Iluminação
Agora que você já sabe que é a direção da luz que produz as sombras em uma
fotografia e que essas sombras podem ser utilizadas para criar a sensação de
forma, volume e textura nos elementos da fotografia, vamos entender para que
serve cada tipo de iluminação em relação à direção que devemos dar à elas e a
cena que queremos iluminar?
Nesta etapa do você vai conhecer alguns tipos de iluminação e seus efeitos.

Luz principal
Também conhecida como Luz Fundamental, Luz Chave ou Key Light é sempre
a primeira luz a ser colocada em uma cena, pois, é a partir dela que se define ele-
mentos importantes para a fotografia, tais como: a dramaticidade, a estrutura da
iluminação e a exposição. A partir dessa luz são colocadas todas as outras luzes
necessárias na cena. É, também, por meio dessa luz que se determina a existência
ou não das sombras e o seu possível direcionamento. Pode ser uma luz suave, dura,
frontal ou lateral, variando conforme o objetivo que o fotógrafo deseja alcançar.

Luz de preenchimento, Compensação ou Fill Light


É por meio dessa luz que se determina o contraste da cena. É também utilizada
para iluminar as áreas não alcançadas pela luz principal e suavizar os contrastes.
Essa luz deve partir do eixo da câmera em relação ao objeto, no sentido contrário
da luz principal. Deve ser uma luz suave para evitar a criação de novas sombras
na imagem.

Contra luz, Luz de Recorte ou Back Ligth


É a luz utilizada para destacar o objeto do fundo e para separar zonas de um
mesmo tom. Sua intensidade varia conforme os tons e as corres da cena. Deve
ser uma luz dura, iluminando o objeto no eixo oposto da câmera, o mais baixo
possível, no limite do quadro, atrás do objeto ou ao lado da luz de preenchimento,
que é onde fica o lado mais escuro do objeto.
Os especialistas em fotografia aconselham que, por essa luz não ser uma luz
que existe no cotidiano, devemos ficar atentos a ela para não corrermos o risco
de imprimir na cena uma artificialidade indesejada.

Luz de Fundo
É a luz utilizada para iluminar o fundo de uma cena ou destacar elementos
presentes ali. É ela também que cria a profundidade da cena, pois, ao destacar o

73 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

fundo, auxilia na definição e diferenciação dos planos existentes na composição


fotográfica, causando a sensação de profundidade.
De acordo com os especialistas em fotografia, Alziro Barbosa (2005), Vantoen
Jr (20016), dentre outros, não existe uma posição certa para a luz de fundo, po-
rém, quanto mais diagonal ela estiver posicionada, mais textura terá o fundo; mas,
se ela estiver posicionada frontalmente ao fundo, e quanto mais difusa ela for,
menos textura haverá. Pode ser utilizada, também, para dar alguma coloração ao
fundo. Quando numa cena só existir a luz de fundo, teremos somente a silhueta
do objeto principal.

EXEMPLO!
Note, nas imagens a seguir, que em uma mesma cena podemos ter vários
esquemas de luz de acordo com a movimentação do modelo ou objeto a
ser fotografado e da câmera.

Foto 12 - Vantoen Pereira JR.

Foto 13 - Emanuelle - SENAI/


SubSea 2015.

Fotografia Digital com Smartphones 74


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Equipamentos básicos de iluminação


Como você já sabe, na luz natural a inclinação dos raios luminosos sobre o
objeto ou motivo a ser fotografo é definida de acordo com o horário. Já na ilu-
minação artificial, principalmente em estúdio fotográfico, o efeito desejado só é
conseguido quando posicionamos as luzes de maneira correta e com o equilíbrio
adequado entre elas. dos para iluminação artificial são os seguintes:

Iluminador flash compacto e flash gerador (tocha eletrônica)

O flash no formato de tocha eletrô-


nica possui dois tipos de lâmpada: uma
lâmpada halógena ou de tungstênio e
uma lâmpada de pirex ou quartzo. São
ligados a um gerador de energia que,
geralmente, está ligado em uma toma-
da elétrica

Gerador de energia ou flash gerador

São utilizados para conectar até três


tochas eletrônicas (flashes) ao mesmo
tempo. Usa-se um cabo de sincronismo
para conectar a câmera. Quando o ob-
turador é acionado, um sinal eletrônico
é enviado, ao mesmo tempo, para o ge-
rador que dispara as tochas que estão
conectadas nele.

75 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

A seguir serão apresentados alguns acessórios modificadores de iluminação


que podem ser utilizados tanto em ambientes internos quanto em externos:

Softbox

É um acessório muito utilizado em


fotografia de estúdio, principalmente
na fotografia de produtos e de pesso-
as. Pode ser encontrado, no mercado,
em tamanhos e formas variados. Serve
para criar luz suave, pois, geralmente,
possui dois tipos de tecido translúcido,
interno e externo, capazes de suavizar
a luz do flash, garantindo que imagem
possua grande riqueza de detalhes.

Sombrinha

A sombrinha é muito utilizada para


se criar uma luz geral, pois, possui um
extenso ângulo de cobertura. Sua par-
te interna pode ser branca, prateada
ou dourada. Cada uma dessas cores é
capaz de gerar um feito luminoso dife-
rente: se for prateada ou dourada, vai
gerar uma luz mais dura, mas, e se for
branca, tornará a luz mais suave.

Fotografia Digital com Smartphones 76


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Refletores
Refletor parabólico

Permite uma iluminação mais dire-


cionada ao objeto ou motivo da cena a
ser fotografada.

Colméia

Cria uma aérea de iluminação mais


concentrada, arredondada e bem defi-
nida entre as partes claras e escuras do
objeto ou cena a ser fotografada.

Barn-door

O Barn-door é também conhecido


como bandeira quádrupla. É mais uti-
lizado quando se quer direcionar e li-
mitar a propagação da luz. Com ele é
possível o uso de gelatina colorida, uti-
lizada, geralmente, quando se quer para
alterar a temperatura de cor de fontes
luminosas.

77 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Snoot

O snoot é um acessório muito utiliza-


do para iluminação de pequenos obje-
tos ou para peque- nas áreas da cena.
É um concentrador de luz que pode ser
utilizado também com colmeias.

Rebatedores

Os rebatedores podem ser utilizados


com qual- quer tipo de iluminação. Sua
função é produzir uma luz de preen-
chimento e rebater a luz principal, para
minimizar as regiões de sombra. No
mercado são encontrados em diversos
formatos e nas cores branco, para se
obter luzes mais suaves; prateado, para
se obter luzes mais duras; e dourado,
para se obter luzes mais duras e mais
quentes em tonalidade. Um efeito de
rebatedor também pode ser alcançado
com o uso improvisado de espelhos e
folhas de isopor.

Fotografia Digital com Smartphones 78


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

Fotografia noturna
Agora, sim, vamos para mais um desafio: fotografia noturna! Será que tem mui-
ta diferença? À noite quase não tem luz não é mesmo? Como fazer, então?
Nessa etapa você receberá dicas de especialistas em fotografia e orientações
teóricas básicas para reforçar a sua prática.
Para começar, é muito importante que você compreenda que os critérios técni-
cos são os mesmos da fotografia diurna, porém, à noite, temos menos luz natural
e, por essa razão, será necessário aplicar algumas técnicas específicas para fotos
noturnas e utilizar equipamentos que facilitarão o seu trabalho e que irão melho-
rar muito a qualidade do seu trabalho.
Até aqui você já deve estar muito familiarizado com os controladores de luz:
ISO, diafragma e velocidade do obturador (ou tempo de exposição). Essa é uma
combinação que, com certeza, já faz parte da sua prática até aqui.
Na fotografia noturna também será necessário estabilizar a câmera em um tri-
pé para evitar imagens tremidas, e, por incrível que pareça, utilizar o flash com
muita cautela ou até mesmo não utilizá-lo.

79 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

RELEMBRANDO!
Antes de sair para a sua prática de fotografia noturna, vamos fixar bem as
condições técnicas.

Acessórios - é muito importante usar um tripé ou deixar a câmera


em alguma superfície plana, pois, em fotografia noturna, é necessário
diminuir a velocidade do obturador para captar mais luz ambiente e
fotos com pouco movimento. Fotografar com a câmera na mão, usando
velocidades abaixo de 1/15, vai tremer e vai borrar. Já o flash é um
acessório que deve ser utilizado minimamente. Na verdade, ele é mais
útil para fotografias em curtas distâncias, pois, a sua potência não tem
grandes alcances. Para regulá-lo siga as orientações contidas no seu
manual. O ideal é que o flash não seja utilizado para fotografias noturnas,
pois, você deve treinar utilizando os controladores de luz, até que encontre
o seu “tom ideal”.

ISO – quanto maior for o ISO, menor será a definição da foto. ISO alto
costuma causar ruído (granulações) na foto. Com o ISO configurado a partir
de 100 é possível conseguir boas fotos noturnas. Vá regulando a nitidez
até que você consiga o efeito ou nitidez desejada.

Abertura do diafragma e velocidade do obturador – lembre-se de que


quanto maior for a abertura do diafragma, maior será a captação de luz
e menor será a profundidade de campo (proximidade da imagem) obtida
na fotografia. Assim, em fotografias noturnas devemos evitar fotos muito
distantes para não fechar o diafragma e diminuir a quantidade de luz
captada. Uma configuração muito recomendada é deixar a abertura do
diafragma em f:2 ou f:4 e configurar a a velocidade do obturador entre
2,5s e 8s.

Composição e criatividade - Não se esqueça de aplicar as regras de


composição, pois, isso faz toda a diferença no resultado final das suas
fotos. Aproveite para experimentar novos Ângulos, novos motivos, etc. Se
necessário, reveja leituras sobre o tema. Tenha sempre em mente que você
deve pensar em como quer que a foto fique, antes de clicar. Isso fará com
que você não desperdice cliques e que adquira, cada vez mais, segurança e
assertividade na sua prática diária.

Fotografia Digital com Smartphones 80


Capítulo 5 – Fotografia e Iluminação

PRATICANDO
Como você viu até aqui, existem várias técnicas de iluminação que são
utilizadas por fotógrafos profissionais, tanto em ambientes externos
quanto em internos, e para fotografia noturna. O aprendizado dessas
técnicas requer um estudo mais específico e aprofundado.

Até aqui você obteve noções básicas que já vão auxiliar, e muito, na
sua atividade fotográfica. Porém, é muito importante que você procure
evoluir nesse assunto para ampliar suas ações futuras. Pesquise, inscreva-
se em cursos de aperfeiçoamento sobre Esquemas de iluminação
ou Direção de fotografia, Fotografia de longa exposição, etc., e siga
aprendendo. Independente de qualquer coisa, pratique! É por meio da
prática que os conceitos vão se materializando e levando você para altos
níveis de evolução.

Divirta-se praticando, também, a técnica de Light paint. Essa mistura de


desenho com fotografia será muito útil para o seu aprendizado com as
luzes em fotografia de longa exposição.

Bom trabalho!!!!

81 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 6 - Fotografia com


smartphone – Edição de imagem

Dando continuidade aos estudos, agora vamos falar sobre a edição ou trata-
mento de imagem. Algumas vezes ao fazer uma fotografia, por mais que tenhamos
cuidado em fazer os ajustes de forma correta e tenhamos nos concentrado no
equilíbrio da nossa composição, observando a regra dos terços, alguma coisa pode
ter saído levemente de um jeito diferente do queríamos ou mesmo, só depois de
analisarmos aquela imagem, percebemos a necessidade de fazer alguns ajustes.
Por outro lado, muitas vezes queremos estilizar uma imagem mudando sua co-
loração ou atenuando ou ressaltando algum detalhe. Para isso, podemos utilizar
um app de edição de imagem. Certamente o mais famoso deles é o Photoshop,
mas existem outros com versões para smartphone e para computador que podem
funcionar de forma online sem exigir uma máquina de alta performance. Você
pode usar o aplicativo que preferir, normalmente eles têm ferramentas bastante
parecidas, mas para facilitar nosso aprendizado, vamos usar o aplicativo gratuito
chamado PIXLR. Você pode fazer o download dele na loja de aplicativos do seu
smartphone ou você pode usá-lo online em um computador. Para o nosso curso,
vamos demonstrar a interface da versão para smartphone.

Fotografia Digital com Smartphones 82


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Tela inicial:
Na tela inicial você pode escolher de onde vai importar a foto que deseja editar,
ou se deseja fazer uma composição com várias fotos.

83 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Ao escolher fotos, você importará alguma foto da sua galeria de fotos, de uma
pasta ou cartão de memória.

Depois de escolher a foto vamos conhecer as principais ferramentas para editar


nossas fotos.

Fotografia Digital com Smartphones 84


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

O escolher o primeiro ícone da


esquerda que se parece com
uma caixa de ferramentas, vamos
encontrar várias possibilidades.

85 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Algumas ferramentas têm nomes


autoexplicativos como o recortar
e podemos recompor a nossa foto
usando a referência da regra dos
terços, mudando a proporção para
melhor se adequar a uma arte ou
tela em que pretendemos utilizar
nossa imagem.

Fotografia Digital com Smartphones 86


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Outras ferramentas, como autocorreção ou contraste automático, fazem


“correções” rápidas que nem sempre atingem o resultado que esperamos,
mas que podem ser úteis em alguns casos em que não temos tempo
para fazer ajustes mais detalhados. Em dupla exposição, podermos fazer
sobreposição de uma ou mais imagens.

Em ajuste, encontramos um
conjunto de ferramentas com
as quais podemos customizar
nossa foto de um jeito mais
personalizado.

87 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Em ajuste, encontramos um
conjunto de ferramentas com
as quais podemos customizar
nossa foto de um jeito mais
personalizado.

Fotografia Digital com Smartphones 88


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Em temperatura, podemos alterar


a temperatura de cor da nossa
imagem, da mesma forma que
fazemos o White balance da
câmera quando vamos capturar a
foto. Fazemos isso deslizando o
controle para direita para as cores
mais quentes e para direita para
cores mais frias.

89 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Em contraste, acentuamos a
distância entre as áreas mais
escuras e as mais claras da
imagem, assim temos tons pretos
mais escuros e o brancas mais
claros.

Em brilho, ajustamos as altas


luzes, não interferindo nas áreas
mais escuras da imagem.

Fotografia Digital com Smartphones 90


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Em vibração, acentuamos a cores


e a definição tornando mais
intensos esses dois atributos da
imagem.

91 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Saindo do menu ferramentas,


encontramos outra interessante
função chamada pincéis. Como
podemos ver na imagem, temos
pinceis que podem clarear,
escurecer, pixealizar ou desenhar
em partes específicas da imagem.

Fotografia Digital com Smartphones 92


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Em todas as ferramentas, vemos


setas para direta e para esquerda,
em que podemos desfazer e
refazer uma ação e a palavra
concluído, onde podemos
confirmar o que foi feito.

93 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

No ícone moldura, podemos


também aplicar molduras em
nossas fotos.

Fotografia Digital com Smartphones 94


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

E no ícone texto, podemos inserir


textos, alterar as fontes e a
posição do texto na imagem.

95 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Temos disponível um banco de


fontes que podemos utilizar,
sendo possível alterar a cor do
texto, e a posição.

Fotografia Digital com Smartphones 96


Capítulo 6 – Fotografia com Smartphone - Edição de imagem

Depois de clicar em concluído,


você pode publicar a sua imagem
ou salvar em seu smartphone.

Como disse no começo, conhecemos as principais ferramentas que estão dis-


poníveis na grande maioria dos apps de edição de imagem. Explore ao máximo,
permita-se exagerar, experimentar para se sentir familiarizado com a ferramentas
e entender suas possibilidades. Com o tempo, de acordo com seu estilo e seg-
mento de mercado, você poderá usar essas opções para se comunicar com seu
público-alvo.

Boa sorte e fotos!!!

97 Fotografia Digital com Smartphones


FOTOGRAFIA DIGITAL
com Smartphone

Capítulo 7 - Empreendedorismo na
atividade fotográfica

Você sabe o que é empreendedorismo? O que é ser empreendedor? Por que


ser empreendedor na sua atividade fotográfica?
Se você chegou nessa etapa do estudo e essas e outras perguntas sobre como
exercer sua profissão vem se apresentando, a cada passo dado, significa que você
já saiu do automático e já está pronto para exercer a sua atividade fotográfica de
maneira cada vez mais profissional
Essa etapa do estudo servirá para orientar as suas ações iniciais ou para aper-
feiçoar as que você já possui. Sempre lembrando que em toda profissão a con-
tinuidade dos estudos faz toda diferença, na de fotógrafo é primordial, pois, a
tecnologia avança sem parar e os segmentos de atuação são inúmeros.
Mas o que significa ser profissional? O que diferencia um fotógrafo profissional
de um “não profissional” ou amador?
Para fins desse nosso estudo, vamos considerar como profissionais todos os
fotógrafos que já saíram do automático e que já possuem um nível básico e um
avançado no estudo da fotografia. Nessa nossa categorização não entra a rele-
vância de quem faz a melhor ou a pior foto, pois, fotógrafos de todas as categorias
podem fazer excelentes fotos, mas não viver disso como um trabalho principal
Portanto, vamos considerar, aqui, a categoria que já saiu mesmo do automáti-
co, tem domínio técnico da sua câmera e demais equipamentos, domina as técni-
cas de com- posição da fotografia, já definiu seu segmento de atuação, investiu o
mínimo necessário em equipamentos imprescindíveis e já se prepara para adquirir
a visão de negócio para atuar nessa área.
E o que isso tem a ver com empreendedorismo?
Pois, bem! Vamos por parte para entendermos melhor todos os elos da ques-
tão. Segundo os pesquisadores Filon (1991) e Dornelas (2001), a palavra Empre-
endedorismo vem do inglês entrepreneurship (empreendimento, em português)
e designa a qualidade daquele que realiza alguma coisa no mundo dos negócios.
Trata-se da capacidade que o ser humano tem de transformar uma ideia, inova-
dora ou não, em reali dade. Nesse sentido, empreendedor é uma pessoa que
imagina, desenvolve e realiza missões, podendo ser empresário ou não.

Fotografia Digital com Smartphones 98


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

No Brasil, costuma-se chamar de empreendedor toda pessoa que consegue


viver, de forma autônoma (sem vínculo empregatício), a sua profissão. Nesse
sentido, mesmo existindo inúmeras empresas onde os fotógrafos possam atuar,
como Editoras, Agências de comunicação, Estúdios de fotografia, dentre outros,
a maioria dos fotógrafos são empreendedores e costumam trabalhar de forma
autônoma. Nessa condição, além do domínio técnico, é importante que esse pro-
fissional saiba:
• planejar o seu trabalho;
• publicar os seus trabalhos;
• prospectar clientes;
• calcular custos para saber quanto cobrar;
• atender ao cliente.

Antes de falarmos de cada uma dessas etapas, vamos tocar em um ponto que
é crucial para o seu desenvolvimento e crescimento profissional como fotógrafo:
o mercado de trabalho.

O mercado de trabalho
Sempre que a questão é mercado de trabalho, seja em qualquer profissão, é
muito comum que as pessoas se preocupem com os seus ganhos em relação à
esta ou aquela atividade. No caso da fotografia, então, nem se fala! Afinal...

Fotografia dá dinheiro?
Essa é uma pergunta muito comum para quem está começando no mundo dos
negócios em fotografia. Não é uma pergunta de respostas fáceis, porém, vale à
pena analisar a opinião de especialistas na área e concluir por você mesmo. A esse
respeito, veja o que nos diz a fotógrafa Lorrayne Mavromatis, no vídeo a seguir.
Como você viu no vídeo da Lorrayne - Fotografia dá dinheiro? -, são inúmeras
as atividades que você precisa empreender para aumentar as suas chances de
sucesso. Vamos entender cada etapa e, sempre que necessário, reveja esse vídeo.

99 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Vamos conhecer o mercado de trabalho?


O mercado de trabalho em fotografia é bastante segmentado, ou seja, é um
merca- do organizado em torno de diversas atividades, também chamadas de ni-
cho de mercado, significando que é em torno desses acontecimentos que estão
os possíveis clientes potenciais para o consumo dos serviços de um fotógrafo.
Dentre os principais segmentos, destacam-se os seguintes:
• Retratos e eventos (casamento, shows, peça de teatro, esporte, infantil, sen-
sual, etc.);
• Moda e decoração;
• Arquitetura;
• Natureza;
• Gastronomia
• Jornalismo;
• Publicidade;
• Estúdio.

É possível atuar em todos esses segmentos ao mesmo tempo?


É claro que dá para desenvolver habilidades técnicas para atuar em cada um
desses segmentos, porém, é necessário desenvolver um estilo e especializar-se
nele, ter foco, identificar-se, por completo, com uma modalidade específica ou
mais de uma, desde que estejam interligadas, para que o seu trabalho ganhe mais
qualidade, identidade e pertinência.
Fazer tudo ou de tudo um pouco não é o mais aconselhável para ser um em-
pree dedor ou para ter um negócio.
Escolher um estilo não significa excluir os demais, apenas vai delimitar o seu
campo de atuação e, assim, você ficará mais consciente para realizar investimen-
tos em equipamentos, prospectar seus clientes e divulgar a sua marca.
Ter uma referência é ser lembrada ou lembrado por ela na hora em que o clien-
te deseja determinado tipo de trabalho. Seja em qual for a profissão, o fato é que
não dá pra ser tudo de uma só vez. Escolher um estilo e dedicar-se nele é uma
decisão muito importante para quem quer ter um retorno gratificante e permane-
cer na profissão com condições ideais para competir no mercado.

Fotografia Digital com Smartphones 100


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Qual é o seu estilo?


Você já tem um estilo? Já experimentou o suficiente para decidir?
Definido o seu estilo é hora de colocá-lo em prática! Você vai precisar, dentre
outras coisas, de profissionalismo, marketing para o seu negócio, visão de negó-
cio e gestão. Vai precisar, também, de uma estrutura mínima composta de:

computador – segundo os especialistas em fotografia, o


ideal é montar uma máquina, com um especialista de in-
formática, que seja capaz de suportar o “peso” das ima-
gens e softwares para tratamento de fotos. Essa máquina
é equipada com placas, HD e me- mória HAM especificas
para quem trabalha com imagem. Mas, se você já tem um
equipamento assim, não precisa investir nisso agora.

monitor profissional – o monitor tem que ser profissional


porque os comuns, geralmen- te, não possuem a fidelida-
de luz/cor neces- sária para quem trabalha com imagem.

HD externo – não dá pra ficar sem uma garantia durante


o desenvolvimento de um trabalho. Um HD externo, ou
mais de um, é imprescindível para o armazenamento e a
segurança dos arquivos de imagens.

máquina fotográfica – os especialistas indicam as DSRL


para quem quer começar com tranquilidade. No entanto,
a escolha da câmera, como você já sabe, depende de vá-
rios fatores, dentre eles, a sua finalidade com a câmera, o
seu estilo. Veja o vídeo da fotógrafa Lorrayne Mavromatis
sobre isso, logo adiante.

flash dedicado – como você já sabe, o flash é uma fonte


artificial de iluminação e você vai precisar de um sempre
que a luz local não for suficiente para a realização da foto
e ele tiver que ser a sua luz principal.

101 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

lente luminosa – segundo os especialistas, as lentes que


vem nos kits cumprem o seu papel durante os primeiros
treinos. Passada essa etapa, é necessário investir em uma
lente mais luminosa, como a 50mm f/1.8, que você irá
utilizar por muito tempo, mesmo que adquira outro tipo
de lente para finalidades mais especificas.

portfólio impresso e digital – é por meio dele que você


se apresentará para o seu cliente e para fechar as suas
vendas.

cartão de visitas – é imprescindível você ter um, pois,


sempre que fizer algum contato, visitar uma empresa, seja
em que ocasião for, tenha o seu cartão de visita com a
sua marca, seus dados de redes sociais, telefones, enfim,
todas as formas possíveis de alguém entrar em contato
com você.

site – o seu cliente precisa saber onde você está e, se pos-


sível, já ter uma pequena amostra do seu trabalho, e, para
isso, nada melhor que um site. Segundo os especialistas
da fotografia, um site é um canal que gera credibilidade
quando o cliente acessa e vê os seus dados, seu trabalho,
seus contatos, etc.

Bom, agora que você já sabe do que vai precisar para iniciar como um profissio-
nal da fotografia, vamos em frente!

Mas, por onde começar?

Vamos falar, primeiramente, do Planejamento.

Fotografia Digital com Smartphones 102


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Planejamento e modelo de negócio


O Planejamento do trabalho consiste em definir as etapas e métodos e os
meios necessários para a realização de um trabalho dentro de um conjunto inte-
grado de ações a serem aplicados em serviços, como nas coberturas fotográficas
sociais, eventos jornalísticos, campanhas publicitárias, dentre outros objetivos.

Mas, antes mesmo que ações de planejamento aconteçam, é necessário e mui-


to importante, definir o seu Modelo de Negócio. Para muitos especialistas, o
modelo de negócio deve ser construído antes mesmo do plano de negócio.

Mas, o que é um modelo de negócio?


Nessa etapa, você precisa se perguntar como vai ser a sua empresa, que carac-
terísti cas precisará imprimir nela e em qual nicho irá atuar. É muito importante
fazer uma pesquisa minuciosa sobre esse assunto, pois, você encontrará muitas
informações que vão ajudar nessa decisão. Mesmo que você não opte por abrir
uma empresa, criar um modelo de negócio é fundamental para o seu desempe-
nho como fotógrafo profissional.
Segundo a definição da Wikipédia, um Modelo de negócio “é a forma pela qual
uma empresa cria valor para todos os seus principais públicos de interesse. Sua
utilização ajuda a ver de forma estruturada e unificada os diversos elementos que
compõe todas as formas de negócios”. (Modelo de negócio – Wikipédia, a enci-
clopédia livre. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_negócio.
Acessado em Jan/2017).
O Modelo de Negócio é também chamado de Business Model Canvas (termo
em inglês), que é uma ferramenta de estruturação de negócios, também chamada
de Planejamento Estratégico, proposta por Alexander Osterwalder, em 2008, que
permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou já existentes.
Por meio dessa ferramenta é possível definir e descrever tudo que é importan-
te para um negócio, considerando nove áreas que devem ser minuciosamente
analisadas e que podem ser demonstradas em único quadro, ou mapa visual, cha-
mado de Canvas. As nove áreas a serem pensadas, são as seguintes:
• segmento de clientes. É o agrupamento dos seus clientes conforme as carac-
terísticas, necessidades e atributos que possuem.
• oferta de valor. É saber quem é ou quem será o seu cliente final, dentro do
segmento no qual você se posicionou, e como a sua empresa se diferencia
das demais para oferecer algo único, em termos de novidade, para o segmen-

103 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

to de clientes definido.
• canais de comunicação e distribuição. É a forma pela qual os seus serviços
chegarão até os seus clientes. Você precisa pensar em uma estrutura de co-
municação, reunindo ações de marketing e de logística de acordo com a ne-
cessidade.
• relacionamento. É a maneira pela qual a sua empresa irá interagir com o seg-
mento de clientes escolhidos.
• fontes de receita. Refere-se “ao como” a sua empresa vai gerar receita dentro
da estrutura do negócio e como você cobra ou pretende cobrar pelos seus
serviços.
• recursos-chave. Trata-se de tudo a sua empresa vai precisar, em relação aos
recursos humanos e materiais, para funcionar.
• atividades-chave. É a definição das ações essenciais que serão necessárias
para a empresa funcionar corretamente.
• parcerias. É a seleção das possíveis empresas, organizações e qualquer outro
público que possa apoiar ou facilitar o funcionamento da sua empresa.
• estrutura de custos. Essa é a etapa que descreve os custos da empresa rea-
tivo ao do modelo de negócio que você pretende implantar.

Exemplo de Modelo de negócio utilizando a ferramenta Canvas


1. Divisão das áreas em blocos mapeamento das áreas

Fotografia Digital com Smartphones 104


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

2. Descrição das áreas ou blocos

Por meio da representação das ideias em blocos, é possível conceituar o ne-


gócio e prever a forma como ele será operacionalizado para que gere receita. O
desenho permite, também, a visualização e definição dos principais fluxos e pro-
cessos a serem adotados na prática.
Feito o desenho do seu modelo de negócios é hora de você começar a apren-
der a fazer a sua Projeção de Receitas, Estrutura de custos e Indicadores do seu
modelo (incluindo a rentabilidade anual, receita por cada tipo de serviço, custos
por tipo e a pontuação geral do modelo), porém, essa é uma etapa mais avançada,
que você precisará continuar estudando daqui pra frente. Atualmente, existem
diversos aplica- tivos grátis que irão facilitar, e muito, a sua organização. Depen-
dendo do fluxo do seu negócio, vale à pena investir, futuramente, em um aplica-
tivo personalizado.

Em síntese, o seu planejamento é uma forma de você controlar as suas ações:


tempo, recursos financeiros e humanos, mensurar resultados por meio de pla-
nilhas dos custos operacionais em relação à receita e por meio de relatórios de
retorno de satisfação dos seus clientes.

105 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Antes de prosseguirmos com os tópicos sobre o que você precisa saber ou


os cinco comportamentos que você precisa adotar para ser um profissional da
fotografia, assista aos vídeos a seguir, da fotógrafa Lorrayne Mavromatis, sobre
Cinco conselhos para fotógrafos iniciantes e Como evitar pesadelos. São dicas
que irão ajudá-lo, e muito, a se planejar melhor para a realização das suas ativi-
dades fotográficas.

Pesquisa de mercado
É por meio da Pesquisa de Mercado que você levanta informações sobre for-
necedo rres, concorrentes e a clientela de seu setor de negócio. Todo mercado
é um ambien te de competição. Por isso, para conseguir se manter no mercado,
qualquer empresa precisa ser competitiva sempre. A competitividade da empresa
depende, basicamente, de quatro fatores:
• que ela atenda com qualidade às necessidades de seus clientes;
• que ela tenha um diferencial de atendimento em relação à concorrência;
• que ela estabeleça bom relacionamento com os fornecedores; e
• que existam barreiras à entrada de novos concorrentes.

Como esses fatores valem para todas as empresas, é preciso identificar quais
são as Forças e Fraquezas presentes no mercado e como elas ajudam a estabe-
lecer uma estratégia competitiva que evite as ameaças e transforme as oportuni-
dades em vantagens sobre a concorrência.
Mas o que deve ser observado primeiro? As ameaças que afetam todos os con-
correntes que disputam o mesmo mercado. Elas são conhecidas como as forças
competitivas.
Observe cada uma delas e anote o resultado nos respectivos quadros:
Depois de analisar o que afeta a todos, observe as Forças e Fraquezas de cada
um de seus concorrentes. Você aprenderá como enfrentam de modo variado as
mesmas ameaças. Mas, o que observar?
Observe:
• os produtos e sua qualidade;
• os canais de distribuição e sua operação;
• a competência em vendas;
• a capacidade financeira;
• os recursos humanos;
• os custos e suas tendências.

Fotografia Digital com Smartphones 106


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Prepare uma ficha para cada concorrente, distribuindo os itens conforme sua
observação. Demonstre que os itens anteriores caracterizam uma força ou fra-
queza daquela empresa.
Com essas informações em mãos, você pode agora definir quais serão os pon-
tos fracos e fortes do seu produto em relação à concorrência e pode, também,
identificar em que vantagem basear sua estratégia competitiva.
Existem dois tipos básicos de vantagem competitiva: baixo custo e diferenciação.
Para ter um custo de produção menor que a concorrência, a empresa precisará
ser mais eficiente em sua operação: comprar mais barato, produzir em quantida-
de, possuir melhor tecnologia. Tudo isso para também vender mais barato.
Já a diferenciação é o desenvolvimento de uma competência específica, que é
percebida pelo cliente e que acrescenta valor ao produto. A vantagem competi-
tiva também pode ser obtida pelo Marketing Mix, que é uma combinação de es-
tratégias de produto, preço, promoção, ponto e atendimento que nenhum outro
concorrente oferece.
Mas, qual é a classe econômica que você pretende atingir?
Em fotografia, assim como em outros ramos de negócio, temos três classes
econô- micas distintas: classe A, B ou C. Essa classificação é feita, apenas, para
se definir o perfil do consumo e não para determinar o poder aquisitivo, pois, é
muito comum que pessoas de uma determinada classe consuma em outra classe,
ou seja, você pode encontrar pessoa da classe C consumindo no padrão classe A
ou B e assim sucessivamente.
Podemos caracterizar o perfil das classes econômicas A, B ou C, da seguinte
forma:
CLASSE CARACTERÍSTICAS

C Foco no preço, segurança e qualidade.

Foco na segurança, qualidade e preço médio, justo; e na


B
garantia da realização do trabalho.

C Foco no estilo, preço alto, segurança e exclusividade.

Definiu seu público-alvo? Vamos prosseguir!

107 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Planejamento e estratégias de vendas


Como você viu durante esse estudo, planejar é a primeira atividade básica na
gestão de qualquer negócio.
Planejar é antecipar todos os detalhes e registrar essa previsão (visão prévia,
antecipada) em um documento, um instrumento de comunicação: o plano. A par-
tir desse momento, seus cálculos e projeções começarão a tomar a forma dos
planos que irão compor o seu Plano de Negócio.
Planejar traz muitas vantagens, como as mostradas a seguir:

PLANEJAR

Clareia nossa com-


preensão sobre o Aumentar nossa produtividade. Facilita a comunicação.
trabalho a fazer.

• Identificamos a melhor • Mostramos o que está no


Percebemos as maneira de agir; pensamento e o caminho
dificuldades e facili- • Evitamos erros, interrup- que vemos seguir;
dades. ções e trabalho dobrado; • Geramos compromissos e
• Reduzimos os riscos. responsabilidades.

A essa altura da nossa conversa, o seu planejamento já deve estar bem encami-
nhado. Você já sabe pra quem vai vender (público-alvo) dentro do nicho que você
escolheu para atuar e já sabe, também, “o que você vai vender”.
Então, se você já tem em mente, e no papel, o desenho do seu Modelo de Ne-
gócio, já definiu os recursos mínimos necessários em termos de equipamentos e
materiais, já adquiriu noções de como se organizar para realizar um contrato, uma
sessão de fotos, selecionar e organizar seus equipamentos e acessórios, arquivar
e proteger seus arquivos de fotos para evitar pesadelos, enfim, se já está traba-
lhando e pronto para assumir novos desafios, chegou a hora de você se mostrar,
não é mesmo? Para começar, você vai precisar de um portfólio.

Fotografia Digital com Smartphones 108


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

O Portfólio
Você sabe para que serve um portfólio? Você já pensou sobre isso? Esse é um
assunto que merece a máxima atenção do profissional da fotografia. A partir de
agora você vai precisar de um. Sabe por quê?
O seu portfólio é uma amostra do seu trabalho. Nele está a sua “identidade
profissional”, o seu estilo de atuação no segmento você escolheu para trabalhar.
Ele é um dos seus principais instrumentos de negociação na hora de fechar um
negócio com o seu cliente. Ele é, também, o próprio retrato das suas habilidades,
do seu desempenho, da sua seriedade com o trabalho que exerce. O portfólio é
como um projeto de vida, ele deve ser pensado e estruturado de acordo com as
suas expectativas de vendas, ou seja, como você quer ser visto pelo seu cliente.
Antes de montar o seu portfólio, crie um projeto fotográfico que retrate o seu
estilo e o seu segmento de atuação. Selecione, criteriosamente, as fotografias e a
forma de apresentação tanto por meio impresso quanto digital. Crie um portfólio
simples, porém, capaz de impactar o seu cliente, destacar e confirmar as suas ha-
bilidades com a fotografia.
A seguir você verá outras dicas de especialistas que o ajudarão a pensar e a
organizar o seu portfólio. Fique atento!
Atençã
o
quanti para a
fotos: dade
agero
s! é o sufi de
ex para e cie
Evi t e
o s imple
s, ntre de nte
tifó l i ro vinte f za
r i e u m por emociona cansar
otos n
ão
C de
a s , capaz ente. o clien
te.
m cli ara
o r t a nte p
p e
é m uito im serviços d
Iss o r a
comp .
quem fotografia É muit
t e m i sturar o impo
rta
Evi criar u
l o rida c
om m portf nte
o co e que si ólio
fot preto
e m orienta da a mesma
foto o. ção
branc ao fim , do começo
ns ,o
l i n guage um sen u seja, em
o
Sã entes
. horizo tido único:
differ ntal ou
vertica
l.

ição Evite t
v i t e a polu oto extos.
E f Coloqu
l: uma e
visua gina é o curtas frases
á , quan
por p al. for nec do
ide essário
.

109 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Esses são apenas alguns conselhos. Você pode pesquisar mais sobre esse as-
sunto. Quanto maior for a sua busca, maior também será a quantidade de in-
formações que você encontrará. Porém, fique atento para não aceitar qualquer
coisa. Busque, por exemplo, fotógrafos que são referência na área.
O mais importante de tudo, no entanto, é que o seu portfolio não seja uma
mistura de tudo que você já fez, inclusive com temas diversificados. É importante
que ele transmita uma ação com início, meio e fim. A parte técnica você já sabe!
Então, luz, composição, configuração e... clique!
Antes de começar a montar o seu portfólio, assista aos vídeos a seguir, elabo-
rados pela fotógrafa Lorrayne Mavromatis, contendo orientações que vão fazer
toda a diferença na organização da sua sessão de fotos para o seu portfólio e
eventos futuros.

Precificação
Quanto custa?
Portfólio pronto, vamos falar de preços!
Geralmente, para quem está em inicio de carreira, é muito difícil encontrar um
preço justo ou adequado para o seu trabalho. Muitos especialistas afirmam que
o fotografo iniciante costuma cobrar sem avaliar, e, por vezes, acaba cobrando
um preço muito abaixo do mercado, sem perceber que não conseguirá nem se
valorizar para concorrer no mercado, nem permanecer nele. Isso porque a pre-
cificação depende de uma série de fatores, sendo o principal de todos o cálculo
dos custos. Ele é fundamental para a vida do seu negócio.
Sim, pode parecer o óbvio, mas você precisa conhecer todas as despesas para
saber se vai ter como pagá-las, e de modo que ainda sobre algum (o lucro), que é
para valer a pena o trabalho investido.
É esse o percurso econômico de um negócio:

CUSTOS PREÇO LUCRO

A diferença entre
Todas as despesas do O valor de venda do
os custos e a venda
processo. produto.
total dos produtos.

Fotografia Digital com Smartphones 110


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

É necessário considerar cada um desses fatores (custo, preço e lucro) com a


sua devida importância e organizar tudo em uma tabela de valores para produtos
e serviços. Atualmente, existem sites que oferecem a planilha gratuitamente.
Você vai precisar calcular todas as despesas para estabelecer um preço que
cubra os custos passados e garanta a continuidade futura do negócio.
A etapas seguintes orientam um Plano de Negócio genérico do produto ou
serviço em fotografia:
1. Investimentos: máquinas, equipamentos, acessórios, impressão, álbuns, etc.
2. Custos:
• de produção - todos os gastos necessários para realizar o produto;
• de comercialização - todos os gastos necessários para vender a produção,
por exemplo: pagamento de anúncios, cartão de visita, site, etc.
• de administração - todos os gastos necessários para manter o negócio orga-
nizado;
• tributários: os impostos a pagar; e
• financeiros: os gastos para pagar os juros de eventuais empréstimos.

Os custos podem ser divididos em duas partes: custos fixos e custos variá-
veis. Os custos fixos são aqueles que existem mesmo que você não esteja traba-
lhando: aluguel, água, luz, internet, telefone, salários de funcionários (incluindo
o seu), alimentação, dentre outros. Eles permanecem constantes, independentes
da quantidade produzida.
O exemplo mais típico de custo fixo é o aluguel, que deve ser pago todo mês,
qualquer que tenha sido a quantidade produzida. Mesmo quando, em um deter-
minado mês, a produção for zero, ainda assim o aluguel terá que ser pago. Por
isso, os custos fixos são calculados pelos seus valores mensais, pois envolvem
despesas que permanecem constantes, seja qual for a quantidade produzida.

CUSTOS FIXOS

Quantas pessoas serão necessárias para atingir a produção planejada?


O que cada uma vai fazer?
O uso das máquinas e equipamentos exige conhecimento técnico? Será
Salários e
necessário treinamento? Como fazê-lo?
encargos
Vai existir mão-de-obra remunerada? Qual vai ser a forma de pagamen-
to (salário fixo, por hora, por produção, diária, prestação de serviço)?
Quanto será pago a cada pessoa?

111 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Gastos com a manutenção das máquinas (lubrificantes, consertos etc)


e conservação das instalações. O cálculo do valor mensal desses custos
Manutenção e depende de uma certa experiência com o tipo de produção.
conservação A visita a outros empreendimentos semelhantes pode ajudar a estimar
esse custo. Na falta total de informações, entre 0,5% a 1% do valor
das máquinas e equipamentos deve cobrir esses gastos.

Uma máquina não dura a vida toda. A depreciação é a reserva para que,
após um determinado período de uso, se possa trocar o equipamento,
já muito usado, por outro mais novo.
Isso é importante porque máquinas velhas produzem pouco e apresen-
tam alto custo de manutenção.
Depreciação Para calcular a depreciação, é preciso saber:
(veja o exemplo
após o quadro) • o preço de compra da máquina (já indicado no quadro de
investimento);
• a sua vida útil, ou seja, a quantidade de anos durante os
quais ela consegue operar bem; e
• o seu valor residual, ou seja, por quanto poderá ser vendi-
da essa máquina quanto a sua vida útil chegar ao fim.

Convém estabelecer um percentual (até 10% da rubrica) para custos


Outros
fixos que são pequenos demais para serem calculados.

Os custos variáveis são os relacionados com a realização do trabalho, ou seja,


quando não houver trabalho, eles deixam de existir. Variam também de acordo
com o trabalho a ser executado, por isso diz-se que são variáveis. Esses custos
incluem:
• Fotógrafos auxiliares e outros assistentes (dependendo do seu ramo de ne-
gócio, você pode precisar de um auxiliar);
• Depreciação de equipamentos: câmeras, lentes, flashes, etc. Uma forma sim-
ples de fazer esse cálculo é somar o valor que você pagou por cada item e
dividir por um tempo aproximado de três anos. Isso significa que você estará
prevendo a reposição de cada item, dentro desse tempo, portanto, essa pre-
visão deve fazer parte do valor que você cobrará pelos seus serviços.
• Álbuns e impressão de fotos: de acordo com o que você prometeu entregar
e conforme registrado em contrato.

Fotografia Digital com Smartphones 112


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

RESUMINDO
Para saber quanto exatamente você vai cobrar pelo seu trabalho, é
necessário que você faça algumas contas. Pra começar, você deve pensar
sobre algumas questões:
• quanto vai me custar? (Devemos pensar em equipamentos e demais re-
cursos, incluindo a depreciação dos equipamentos e acessórios);
• quantas pessoas na equipe?
• quanto tempo precisarei para realizar? (Isso inclui pré-produção, exe-
cução e pós-produção, ou seja, o tempo gasto nos preparativos, na re-
alização da sessão de fotos ou cobertura de eventos, e no tratamento
impressão de fotos;
• qual é o nível de responsabilidade? Alto ou baixo? Considere nível baixo,
fotos que você pode refazer; como as fotos de objetos feitas em estúdio.
Se o clien- te não gostar, dá pra fazer de novo. Já as fotos de aniversário,
casamento, batizado e outros eventos, não tem como refazer, não é?

A maioria dos fotógrafos profissionais costuma oferecer pacotes, entretanto, é


muito importante saber quanto vale a sua hora trabalhada antes de oferecer seus
serviços a qualquer preço.
Primeiramente, você deve listar todos os seus custos fixos, todos mesmo. In-
clua cursos, livros e as despesas fixas já mencio- nadas anteriormente. Inclua,
também, a depreciação dos equipamentos. Isso é muito importante!
Pois você precisará colocar os valores correspondentes a essas despesas men-
sais em uma conta separada. Faça, também, uma listagem completa dos seus
equipamen- tos e instalações (câmeras, flashes, computador, monitor, tripé, obje-
tivas, insta- lações elétricas e hidráulicas do estúdio, pintura, etc.). Coloque tudo
em uma planilha única e some.

Veja uma forma simples de calcular a depreciação:

Você adquiriu uma câmera fotográfica profissional pelo valor de R$ 8.000, 00.
Independente da quantidade de cliques, você sabe que o uso dessa máquina
será intenso
e, portanto, você deve trocá-la dentro de um prazo de 2 anos, no máximo!
Então, basta dividir o valor da compra pela quantidade de meses que que
cabem em 2 anos.

113 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Portanto, a sua câmera perde, ou melhor, deprecia o valor R$ 333, 33 a cada


mês. Esse mesmo cálculo deve ser feito para todos os itens que sofrem deprecia-
ção, como computador, impressora, objetivas, baterias, pilhas, cartões de memó-
ria, veículos, etc.
Em caso de dificuldade, procure orientações com quem entende do assunto,
no caso, um contador. Na Internet é possível encontrar vários sites e blogs de em-
preen- dedores confiáveis, tratando desse assunto. Pesquise e crie a sua tabela
de valores.
Como você pôde perceber a precificação, principalmente na fotografia, é algo
muito complexo e que requer uma série de cálculos para que você obtenha resul-
tados positivos e consiga sobreviver dessa profissão.
Segundo alguns profissionais (já empresários) em fotografia, você pode ter uma
estratégia de preços do tipo penetração de mercado, que consiste basicamente
no seguinte: você pesquisa os preços de fotógrafos referência (os lideres do mer-
cado) no ramo de fotografia que você pretende atuar, coloca o seu preço numa
média dentro dessa liderança e, posteriormente, você pode chegar a um preço
até maior do que os praticados, porém, com o seu diferencial de trabalho e a sua
experiência já solidificada.
Concluído o caminho para chegar ao seu preço final, vamos organizar o nosso
Plano de Vendas!
Mas, e o desconto? Porque o desconto não entra na precificação? Sobre esse
assunto, assista agora ao vídeo da fotografa Lorrayne Mavromatis!

Plano de Vendas
Você viu que, antes de começar a calcular as despesas mensais, é preciso de-
finir o volume de produção que você prevê. Afinal, é essa quantidade que vai
determinar a maior parte dos seus custos com investimento e produção.
Depois de tudo listado e devidamente organizado, digamos que você chegou
ao seu cálculo definitivo. Mas, será que ele está compatível com o mercado?
Como saber? Porque isso é importante?

Fotografia Digital com Smartphones 114


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Em primeiro lugar, é necessário fazer uma Pesquisa de Mercado! É necessário


pesquisar para poder ajustar preços e outros comportamentos, de acordo com a
concorrência, mas sem prejudicar os seus ganhos, afinal ninguém paga para tra-
balhar, não é mesmo? Após a pesquisa é possível que você necessite ajustar horas
e outros esforços. Vamos ver!

Atendimento ao cliente
Por falar em atendimento, você percebeu que o cliente começa a ser o ponto
principal do seu negócio? Sim, pois, independente da sua organização e da estru-
turação do seu negócio, o cliente ou comprador dos serviços de fotografia, pos-
suem características diferentes de um cliente comum de outros tipos de serviços
considerados como essenciais.
A atenção desse cliente deve ser despertada para os seus serviços de forma
que ele sinta segurança, necessidade e encantamento pelo trabalho de fotografia
que você está prometendo.
Geralmente, os primeiros contatos para contratação dos serviços de um fotó-
grafo são feitos pelo telefone. Esse tipo de contato, assim como qualquer outro,
requer uma série de cuidados que você precisa ter para despertar o interesse do
seu cliente e fidelizá-lo para trabalhos futuros em um ciclo dinâmico em que am-
bos estão ganhando.
Sobre o atendimento ao cliente, veja as dicas da fotógrafa Lorrayne Mavroma-
tis, no vídeo a seguir.
Pronto. Você já tem todos os elementos para definir seu Plano de Vendas. Va-
mos preencher!
Mãos à obra!

Como organizar o seu Plano de Negócio Simplificado


O Plano de Negócio é um documento que reúne todas as características do
negócio, suas táticas e estratégias operacionais, o Plano Financeiro e o Plano de
Marketing. Funciona como um roteiro que permite antecipar problemas, organi-
zar soluções e economizar recursos.
É também um instrumento de comunicação junto ao público externo à empre-
sa, inclusive os possíveis financiadores ou instituições de crédito.
Segundo os especialistas, um objetivo escrito aumenta em 60% a possibilida-
de de que seja atingido. O plano acrescenta à dedicação a inteligência porque
identifica os recursos necessários e o caminho para obtê-los. Além disso, o plano
aumenta a motivação e reduz o stress de ser um empreendedor.

115 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Comece a organizar o Plano de negócio considerando todas as etapas que es-


tuda- mos até aqui. Construa um documento dividido em partes ou etapas. Vai
ficar mais ou menos assim:
Trazer elementos visuais para cada parte
1ª parte
Descreva, em um parágrafo, o tipo de negócio que você escolheu. (Lembra
do Canvas que fizemos no inicio? Tá tudo lá).
2ª parte
Coloque nessa etapa, tudo o que você apurou na sua Pesquisa de Mercado,
ou seja, descreva qual a demanda existente para o seu produto, o tamanho
estimado do mercado, as tendências dominantes, os pontos fracos e fortes
de seus concorrentes, o comportamento de seus clientes potenciais.
3ª parte
Descreva as margens de lucro contidas nos preços, o capital e os recursos
necessários coloque esse título: Custos e Planejamento Financeiro.
4ª parte
Descreva sua estratégia competitiva e a vantagem comparativa, as for-
mas de propaganda e promoção, a organização dos recursos huma-
nos, os equipamentos necessários e chame isso de Plano de Marketing.
Você já tem tudo isso na parte em estudamos a Pesquisa de Mercado.
Acrescente um parágrafo sobre a relação com os fornecedores.
5ª parte
Prepare um Anexo com a Ficha de Contas e as projeções que você fez no
Planejamento Financeiro (Necessidade de Empréstimo, Ponto de Equilíbrio,
Demonstrativo de Resultado Anual).
6ª parte
Prepare uma Conclusão descrevendo o formato institucional e as providên-
cias jurídicas para iniciar o funcionamento. Acrescente um Cronograma com
a previsão de datas para iniciar o funcionamento.

É claro que as etapas 5 e 6 do nosso Plano de Negócio precisam ser aprofun-


dadas quanto ao cálculo do ponto de equilíbrio e demonstrativo de resultados
anual, pois, são estudos mais complexos e precisam de uma abordagem mais
profunda em outros cursos de aperfeiçoamento. Porém, todas as dicas e etapas
mencionadas nesse estudo têm como objetivo prepará-lo para que você inicie na
sua atividade profissional de forma mais organizada e consciente de como funcio-
nam as coisas no mercado formal.

Fotografia Digital com Smartphones 116


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Pesquisas apontam que poucos fotógrafos iniciam a sua carreira como pro-
fissional. A maioria apenas estuda a técnica e se lança de qualquer jeito. Porém,
poucos vencem a concorrência se não tiver o devido preparo para empreender e
se manter no mercado. Se preparar significa, dentre outras coisas:
• Fazer pesquisa de mercado;
• Desenvolver uma boa marca;
• Escrever seu plano de negócio, mesmo que seja de forma simplificada;
• Construir um portfolio que esteja de acordo com a suas estratégias de vendas;
• Saber o que o cliente quer de verdade;
• Saber colocar o seu preço.

Na medida em que você for crescendo, é importan- te que aprofunde seus


estudos, principalmente, na gestão do seu negócio e faça seu registro como MEI
(Micro Empreendedor Individual), se você achar que é vantajoso. Para entender
melhor acesse o site:
• http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
• http://www.programadogoverno.org/cadastro-no-mei-pela-internet/
acesse o link

http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
http://www.programadogoverno.org/cadastro-no-mei-
-pela-internet/

Não se esqueça de construir a sua marca! Ter uma logomarca, uma identida-
de visual é muito importante para empreender no negócio. Pesquise mais sobre
esse assunto antes de fazer qualquer coisa e achar que tem uma logomarca que
comuni- ca bem a sua ideia, com cores que traduzem, de fato, tudo o que você
imaginou quando definiu o seu estilo, seu modelo de negócio, seu público-alvo,
enfim, sua nesse negocio chamado fotografia!
Muito bem! Estamos chegando ao final dessa etapa do nosso estudo! É claro
que aqui você somente teve uma noção da amplitude e do leque de oportunida-
des onde você poderá atuar. Mas, esse assunto não deve parar aqui. Pesquise,
leia mais, converse com outros profissionais da área, enfim, assista quantos vídeos
forem necessários, mas acima, de tudo, conheça esse mercado e seus segmentos,
principalmente aquele que você escolheu para atuar.

117 Fotografia Digital com Smartphones


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Está pronto? Vamos fazer um cheklist para saber?


Considere-se pronto para começar se você já:

Escolheu
Pesquisou o
o seu
mercado
segmento

Definiu o
público-alvo

Domina
a técnica
fotográfica

Tem o
mínimo de
equipamento
necessário
• Tem um computador • Tem cartão de visita.
com capacidade para • Tem um portfólio profissional.
Photoshop ou outro • Tem um Site.
software similar. • Esté nas redes sociais.
• Possui um sistema de backup. • Fez a precificação.
• Tem um espaço para trabalhar, • Tem um plano de vendas.
mesmo que seja em casa. • Sabe se vestir para trabalhar.
• Tem uma marca, logotipo, identi- • Sabe criar um contato.
dade visual. • Já sabe como se formalizar.

Fotografia Digital com Smartphones 118


Capítulo 7 – Empreendedorismo na atividade fotográfica

Parabéns por você ter chegado até aqui!


Continue se aperfeiçoando e desenvolvendo, cada vez mais, suas habilidades
com a fotografia!

Bom trabalho e muito sucesso!

119 Fotografia Digital com Smartphones


Fotografia Digital com Smartphones 120
Palavra Final

Parabéns!

Você chegou ao final do seu curso de fotografia com smartphone. Esperamos


que os conhecimentos oferecidos aqui sejam úteis para que você possa atuar no
mercado fotográfico. O caminho recomeça agora que seu olhar já está treinado, e
vai recomeçar cada vez que você aceitar um novo desafio fotográfico.

Fotografar pessoas é muito diferente de fotografar alimentos, shows, eventos.


Cada área de atuação da fotografia é um campo de estudo, é um recomeço de
aprendizado.

E esse será seu caminho para o sucesso profissional, continuar aprendendo e


recomeçando sempre.

Esperamos por você nos nossos próximos cursos.

Sucesso e até a próxima!

Saudações!
Equipe GEP da Firjan SENAI.

121 Fotografia Digital com Smartphones


Referências

AIDAR, Laura – História da Arte: um guia cronológico para entender os perí-


odos artísticos. Disponível em: https://www.culturagenial.com/historia-da-arte-
-guia-cronologico/ - Cultura Genial, Acessado em Ago/2022.
ALMEIDA, Sérgio. KLINK, Amyr. Gestão de sonhos: riscos e oportunidades:
entrevis- ta de Amyr Klink a Sérgio Almeida. Salvador: Casa da Qualidade, 2000.
ARAUJO, Braulio; PRONUNCIATO, Thiago. Apostila de direção de fotografia –
Básico. 2006. Disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAR5cAD/
apostila-fotografia. Acessado em jan/20017.
ARFOC-SP - Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no
Estado de São Paulo. Descoberta da fotografia no Brasil faz 180 anos desper-
cebida por brasileiros. Publicado em 13/Mai/20013. Disponível em: http://www.
arfoc-sp.org.br/ index.php/noticias/livros/item/53-descoberta-da-fotografia-no-
-brasil-faz-180-anos-despercebida-por-brasileiros. Acessado em fev/2013.
BARBOSA, Alziro. Apostila de direção de fotografia. 2005. Disponível em
http:// docslide.com.br/documents/microsoft-word-apostila-dir-fotografia-pdf.
html. Acessado em Jan/Fev, 2007.
BARBOZA, Daniel. Curso básico de fotografia. PDF, S/D. Disponível em www.
daniel- barboza.com.br. Acessado em Jan/2016.
CUNHA, Adriana B. Ferreira. Iluminação fotográfica. PDF. UFMG, 2006. Dis-
ponível em http://www.adrianaferreira.com.br/ensino/apostilas/iluminacao.pdf.
Acessado em Jan-Fev/2017.
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. Tradução Marina Appen-
zeller. Campinas, SP: Papirus, 2012. 14. ed.
EASTERBY, John. Cento e cinquenta lições para você aprender a fotografar.
Tradução Christiane Fenyö São Paulo: Europa,2012. 2. ed.
HARRELL, Thomaz W. M. Manual de fotografia. Cap. I. Universidade Federal
de Uber- lândia. Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais. Departamento
de Artes Plás- ticas. 5ª Versão, 2002.
KOSSOY, Boris. Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Bra-
sil. 3ªe- dição. São Paulo: Edusp, 2006.

Fotografia Digital com Smartphones 122


LANGFORD, Michael. Fotografia. Tecnologia e Linguística. Tradução: Liza mel-
ler. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.
MENDONÇA, Carlos Alberto Veríssimo de; PINTO, Paulo César Ferreira. Ges-
tão estratégica: Série Contabilizando o sucesso. Brasília. Sebrae, 2003. 47 p.
NETO MACEDO. Fotografia. Teoria e técnica. PDF, S/D. Disponível em www.
netomacedo.com. Acessado em Dez/2015.
NEVES, Leandro. Equipamentos de iluminação. Artigo. Publica-
do em 01/03/2010. Disponível em h t t p s : //d o fo t o g r a fo .w o rd p re s s .
com/2010/03/01/equipamentos-de-iluminacao/ Acessado em Fev/2017.
PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Urbanas. São Paulo: SENAC, Marca
D’água, 1996.
PELLEGRIN, Ricardo de; GOMES, Paulo César Ribeiro. Fotografia e pintura:
aspec- tos da representação na visualidade contemporânea. Artigo em PDF. PP-
GART/UFSM, UFRGS1, 2003.
PEREIRA JR, Vantoen. Uma conversa sobre fotografia. Texto. SENAI-RJ, 2016.
RAMALHO, José Antônio. Fotografia digital. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
RAMALHO, José Antonio. Fotografia digital. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
SONTAG, Susan. Sobre a fotografia. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo. Com-
panhia das Letras. 2004.

123 Fotografia Digital com Smartphones


Mapa de Jornada de Projeto

Mapa de Jornada de Projeto – Pesquisa,


autoconhecimento e realização do sonho
Vamos colocar em prática tudo que aprendemos? Você viverá uma jornada, na
qual você poderá aplicar os conceitos e técnicas do desenvolvimento de Fotogra-
fia com smartphone. Pergunte ao seu professor as datas de início e fim de cada
etapa e fique atento. Na medida em que você for desenvolvendo as tarefas, irá
perceber que estará mais próximo de um portfólio de sucesso.

É muito importante que cada etapa, por mais simples que pareça, seja realizada
por você, pois se trata, também, de uma maneira leve de avaliação constante do
aprendizado, onde a sua mente despertará para o autoconhecimento, a criativi-
dade e a superação do seu estado inicial no curso.

A sua avaliação acontecerá sobre os tópicos lidos em conjunto com o seu pro-
fessor e turma em sala de aula, com as entregas das etapas do seu projeto final.

1 Ampliando a minha visão


Entrega da etapa:
Apresentação e participação nas seguintes atividades:
Pesquisar sobre o tema escolhido.
Promover um brainstorm (tempestade de idéias) sobre como
retratar o tema.
Criar um mood board com idéias e referências.

Fotografia Digital com Smartphones 124


2 Concepção e criação
Entrega da etapa:
Entrega de um documento e apresentação das seguintes atividades:
Cronograma projeto.
Definir funções da equipe que vai executar o projeto.
Fotografar a produção.

3 Seleção, tratamento e edição das imagens


Entrega da etapa:
Selecionar as melhores fotografias de acordo com a concep-
ção do projeto.
Tratamento e edição das imagens.
Preparar a apresentação do projeto.

Apresentar o projeto
Entrega da etapa:
Conceituar o projeto de acordo com o tema e as pesquisas.
Defender conceituando as escolhas.
Justificar a escolha do meio de publicação. site, blog, rede
social (qual rede), impresso.

Pontuação de projeto
Entrega Tarefa Questão
Apresentação Somatório
da etapa Criativa Discursiva
(8 pt) (3 pt) (6pt) (3 pt)

Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3 Não possui (X)
Etapa 4

125 Fotografia Digital com Smartphones

Você também pode gostar