Apostila 4
Apostila 4
Apostila 4
AULA 4
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riscos de derrame de petróleo ou derivados, no caso de navios; o seguro
cobre cascos (embarcações), com coberturas extras de responsabilidade
civil e de poluição;
riscos advindos da prospecção e produção de petróleo; o seguro é de
riscos do petróleo, tanto onshore quanto offshore;
riscos da produção de energia nuclear; o seguro refere-se a riscos
nucleares;
riscos comerciais/industriais (conservação de plantas comerciais e/ou
industriais):
poluição súbita: seguro de responsabilidade civil – estabelecimentos
comerciais e/ou industriais (RCG);
poluição súbita/gradual: seguro de responsabilidade civil de poluição
ambiental.
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Extensão provável: vizinhança, densidade populacional, valores
ambientais já acumulados na vizinhança, condições ambientais da
vizinhança.
Emissão dos poluentes e os riscos representados pelo segurado.
Possibilidade de ocorrência de sinistros na vizinhança da empresa.
Juntando esses fatores, faz-se uma pontuação. O risco então será aceito
ou não pela seguradora. Essa pontuação ainda pode ser utilizada como uma
espécie de fator agravante, aumentando o prêmio do seguro.
2.1 Erosão
Onde:
CREP = custo de reposição ou recuperação
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RIMO = recuperação dos índices de matéria orgânica
RFQS = recuperação da fertilidade química do solo
LC = lucros cessantes
DR = depreciação do remanescente
CRF = custos com recobertura florística
CD = custo de desmonte
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2.3 Desmatamento
Devemos lembrar que, ao adquirir uma área com algum tipo de passivo
ambiental, a empresa compradora assume todos os ônus que porventura sejam
decorrentes desse passivo, ou seja, ela assume responsabilidade cível e
criminal.
A rigor, temos duas fases básicas da inspeção ambiental imobiliária.
1. Inspeção inicial. Nesta fase faz-se uma verificação visual do atual estado
do imóvel. Ainda podem ser feitas indagações (questionários) aos atuais
e antigos proprietários, funcionários, vizinhos etc. Deve-se levantar, nesta
fase, todas as informações possíveis sobre a área: o tipo de ocupação
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(atividade) atual e anteriores, plantas baixas, notícias na imprensa da
região, eventuais reclamações junto à prefeitura e aos órgãos ambientais,
autuações, multas ambientais anteriores e assim por diante. É preferível
levantar um grande número de informações do que ficarem lacunas no
histórico da área, assim podemos definir se essa área é suspeita ou não
de contaminação. Se ela for considerada não suspeita, paramos por aqui.
Mas se a área for considerada suspeita ou provável de contaminação,
devemos ir para a próxima fase.
2. Inspeção confirmatória. Se a área for declarada como suspeita de
contaminação na primeira fase, então definem-se os trabalhos para a
segunda etapa. Nessa etapa deve-se fazer visitas à área em questão,
coletando-se amostras do material suspeito de contaminação, como solo,
água ou o que for necessário. Deve-se fazer um plano de coleta de
material levando-se em conta o compartimento ambiental contaminado, a
extensão da contaminação, o tipo de contaminante provável,
equipamentos de proteção individual, equipamentos de coleta, como
enviar as amostras para o laboratório etc. Para tal, utilizam-se
informações obtidas na primeira fase. Os resultados obtidos nesta fase
devem ser, então, comparados com a legislação ambiental vigente no
local examinado. Preste atenção à legislação municipal, se houver, e às
legislações estadual e federal.
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é muito difícil. A valoração ambiental ainda é uma ciência muito nova, que vem
da economia ambiental. Para valorar o meio ambiente, devemos, em primeiro
lugar, determinar qual é o valor econômico total do meio ambiente (Figura 1).
Valor econômico
total
Valor de
Direto
existência
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método é utilizado quando queremos avaliar um imóvel urbano em relação
as suas vantagens ambientais sobre outros imóveis.
2. Custo de viagem. Você tem vontade de conhecer um atrativo ambiental?
Por exemplo, você gostaria de conhecer as cataratas do Iguaçu? O
método de custo de viagem é utilizado para valorizar ambientalmente um
local que já existe, um local que as pessoas desejam conhecer. Aí está o
valor ambiental desse local. Para tal, consideramos o quanto uma pessoa
gastaria (despesas) para visitar esse local. Incluem-se aí horas de
trabalho trocadas pela visita e todos os custos da viagem propriamente
ditos (hotel, alimentação, ingressos, transporte etc.).
3. Valor associado ou avaliação contingente. Quando damos um preço a
um produto qualquer, devemos considerar não somente os custos desse
produto, mas nossa vontade de lucro. Mas tem algo que alguns
comerciantes esquecem: o quanto as pessoas estão dispostas a pagar
pelo produto. Isso é muito importante. Então, no valor associado ou
avaliação contingente, perguntamos às pessoas o quanto elas estão
dispostas a pagar para que os recursos naturais sejam preservados,
mesmo que elas não utilizem ou não venham a utilizar esses recursos.
Esse método baliza-se pelo mercado real, o mesmo que utilizamos para
definir o preço de uma mercadoria real. Essa técnica pode ser utilizada
para qualquer caso que envolva recursos naturais, então ela é muito
flexível. Pode ser utilizada, por exemplo, para determinar os valores de
existência.
4. Produção sacrificada. Podemos medir também os efeitos ambientais, de
forma monetária, pelos impactos negativos diretos ou indiretos em termos
de produção que foi sacrificada ou perdida por causa desses impactos.
Essa técnica é utilizada quando temos efeitos ambientais bem
localizados, como o efeito das mudanças climáticas provocadas pelo ser
humano na agricultura, notadamente os eventos climáticos extremos, que
estão ficando cada vez mais frequentes. Também é empregada em danos
causados por uma tempestade em uma cidade: casas destruídas,
sistemas elétricos apagados, carros com árvores caídas em cima e assim
por diante. Mas, veja bem, esse método não leva em conta impactos
econômicos no futuro.
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
Nesta etapa vimos alguns dos tipos principais de perícia ambiental que
podem ser realizadas: securitária, quando trabalhamos com seguros ambientais;
rural, com os danos causados basicamente pela atividade rural; inspeção
ambiental imobiliária, quando trabalhamos principalmente com indústrias no
meio urbano. Mas também tecemos alguns comentários sobre a valoração
ambiental. Como podemos dar valor aos danos que causamos ao meio
ambiente? É uma pergunta ainda difícil de ser respondida com exatidão. Mas já
temos alguns métodos nos dando um bom caminho para chegarmos a essa
resposta.
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REFERÊNCIAS
_______; ALMEIDA, S. M. de. Perícia ambiental: uma visão geral. In: PINTO
NETO, M. C.; ARANTES, C. A.; NADALINI, A. C. V. Perícia ambiental. São
Paulo: Pini, 2011.
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