Estudo Dirigido - Prova Pratica NEURO
Estudo Dirigido - Prova Pratica NEURO
Estudo Dirigido - Prova Pratica NEURO
Roteiro de questões para orientar o estudo para a primeira avaliação prática da disciplina:
1) Como realizar a avaliação do nível sensitivo, de acordo com a ASIA, no caso de pacientes com
lesão medular? (é preciso saber os dermátomos-chave).
R: Com o paciente em DD, realizar a avaliação da sensibilidade superficial, para duas
modalidades (tato protopático com o pincel e dor com a agulha), sempre no sentido cranial para
caudal, bilateralmente.
- C2: protuberância occipital
- C3: fossa supraclavicular
- C4: articulação acromioclavicular
- C5: borda lateral do cotovelo
- C6: dedo polegar (dorso da mão)
- C7: dedo médio (dorso da mão)
- C8: dedo mínimo (dorso da mão)
- T1: borda medial do cotovelo
- T2: ápice da axila
- T3: terceiro espaço intercostal
- T4: linha intermamilar
- T5: quinto espaço intercostal
- T6: processo xifóide
- T7: sétimo espaço intercostal
- T8: rebordo costal
- T9: nono espaço intercostal
- T10: cicatriz umbilical
- T11: região abaixo da cicatriz umbilical
- T12: ligamento inguinal no ponto médio
- L1: região da virilha
- L2: terço médio anterior da coxa
- L3: côndilo femoral medial
- L4: maléolo medial
- L5: região dorsal do pé até 3º metatarso
- S1: face lateral do calcâneo
- S2: fossa poplítea
- S3: tuberosidade isquiática (perguntar para o paciente “você consegue sentir a pele da
região glútea / do bumbum?”)
- S4-S5: área perianal (perguntar para o paciente “você consegue sentir a pele da região
ao redor do ânus?”)
2) Quais modalidades de sensibilidade são avaliadas na pesquisa do nível sensitivo? Por que
devemos avaliar duas modalidades?
R: São avaliados o TATO PROTOPÁTICO e DOR. Deve-se avaliar duas modalidades porque são
vias aferentes que levam informações, mas a condução é diferente. Pode lesar uma via e a outra
não, ou seja, o paciente pode perder o tato protopático, mas continuar sentindo dor, ou
vise-versa.
4) Como realizar a avaliação do nível motor, de acordo com a ASIA, no caso de pacientes com
lesão medular? (é preciso saber os músculos-chave).
R: Com o paciente em DD, realizar a avaliação da FM, sempre no sentido cranial para caudal,
bilateralmente.
6) Como realizar a avaliação do nível neurológico, segundo a ASIA, no caso de pacientes com
lesão medular?
R: A avaliação do nível neurológico se dá quando é realizada a avaliação do nível sensitivo pelos
dermátomos e do nível motor pelos os miótomos. O nível neurológico vai ser onde o motor e o
sensitivo estão preservados em ambos os lados do corpo (último segmento caudal da medula
espinal com funções motora e sensitiva normais), na mesma altura.
7) Relembre como classificar a lesão medular, em completa (ASIA A) ou incompleta (B, C e D).
→ Lesão Completa: ASIA A - Ausência total das funções motora, sensitiva e autonômica abaixo
do nível da lesão, inclusive nos segmentos sacrais (S4-S5).
→ Mobilização passiva dos MMII em DD, para minimizar as alterações de tônus. O terapeuta,
ajoelhado no tablado, posiciona os pés do paciente em sua pelve e suas mãos junto aos joelhos
do paciente, e realiza movimentos de circundução dos quadris do paciente, de forma lenta e
contínua, explorando a maior ADM possível, no sentido da abdução e rotação externa de quadril.
10) Um dos objetivos no tratamento do paciente com lesão medular é “manter/ melhorar a mobilidade
articular (ADM) e a flexibilidade muscular dos MMSS, tronco e/ou MMII”. Como podem ser realizados
os alongamentos dos MMSS, tronco e MMII do paciente? Relembre os posicionamentos do paciente e
do terapeuta, e os músculos que podem ser alongados em cada posição. (importante saber realizar
exercícios de alongamento muscular em diferentes posturas).
→ Alongamentos passivos dos grupos musculares de MMII (adutores de quadril; iliopsoas e quadríceps;
glúteos; rotadores de quadril; IT e TS; TFL) e de tronco (musculatura lateral) em DD; *** Cuidado durante os
alongamentos! Lembre-se que o paciente com lesão medular tem perda de massa óssea e pode desenvolver
osteoporose, com risco aumentado para fratura, em casos de exercícios e posicionamentos incorretos.
Atenção especial durante o alongamento de IT: não forçar o fêmur para baixo em direção ao acetábulo, para
não ocorrer subluxação da articulação do quadril (coxofemoral).
C8 até T1 Flexores Extrínsecos dos Dedos, Flexor Inervação completa dos músculos dos
Ulnar do Carpo, Flexor Longo e Curto membros superiores, incluindo
do Polegar, Flexor Intrínsecos de Dedos coordenação fina e preensão forte
L2, L3, L4 Grácil, Íliopsoas, Quadrado Lombar, Flexão de Quadril, Adução do Quadril,
Reto Femoral, Sartório Extensão do Joelho
→ Treino da passagem de postura de DD para DL, com movimentos dos MMSS para os lados
e/ou com auxílio do terapeuta, de acordo com o nível motor. Pacientes paraplégicos devem
conseguir realizar de forma independente, assim como os tetraplégicos com nível C7 ou mais
baixo. Tetraplégicos com nível C6 ou acima precisarão de auxílio do terapeuta no MS, ou
adaptação próximo à cama.
→ Treino das passagens de postura: DD para DL para DV (rolar) com movimento dos MMSS
jogados com velocidade para os lados, ou com apoio no MS fornecido pelo terapeuta.
→ 1) da cadeira de rodas para o tablado: com a cadeira de frente para o tablado, primeiramente
passa os MMII e depois o tronco (realizando push-up);
→ 2) do tablado para a cadeira de rodas: de costas para a cadeira (que está de frente para o
tablado), primeiramente passa o tronco e depois os MMII (realizando push-up);
→ 3) da cadeira de rodas para o tablado: com a cadeira de lado para o tablado, primeiramente
passa o tronco e depois os MMII ou primeiro os MMII e depois o tronco; (treinar também o
retorno para a cadeira)
→ 5) uso de cinta para realizar a transferência, que poderá ser realizada com auxílio de uma pessoa
apenas, que deverá estabilizar os MMII do paciente.
★ - IMPORTANTE: o paciente deve ter boa FM de m. grande dorsal e m. tríceps braquial. Deve-se
avaliar se a preservação de FM apresentada pelo paciente permite que ele se transfira sozinho
(o ideal é ter pelo menos nível motor C7). Deve-se orientar o paciente a manusear as partes da
cadeira de rodas.
14) Um dos objetivos no tratamento do paciente com lesão medular é “promover ortostatismo”.
Relembre como deve ser realizado o posicionamento do paciente na mesa ortostática, e os
cuidados que devem ser tomados durante essa conduta. Quais são os benefícios da realização
do ortostatismo para pacientes com lesão medular?
→ Cuidados com o posicionamento dos MMII: pés na largura do quadril, sem rotações do quadril,
calcanhar em contato com o apoio da mesa, cinta de velcro posicionada “acima” e não “em cima”
da patela, usando um travesseiro sobre os joelhos.
→ O cinto passa por debaixo dos braços e fica sobre o peito do paciente.
→ Elevar a mesa ortostática aos poucos, sempre verificar como o paciente está.
★ ATENÇÃO com a hipotensão postural: deve-se aferir a pressão arterial e assumir a posição
vertical gradativamente, na fase inicial, até a adaptação do paciente; indicar o uso de cinta
abdominal elástica e meia elástica compressiva (para tetraplégicos e paraplégicos altos);
→ 2) treino da passagem da posição sentada para em pé, com apoio das mãos nas barras
paralelas, terapeuta auxilia com apoio na pelve (quando o paciente estiver na posição ortostática,
lembrar da postura mantida com hiperextensão de quadril e tronco levemente inclinado para
trás).
→ 3) treino de equilíbrio na posição em pé: - primeiro com apoio das duas mãos nas barras; -
progredindo para retirada de uma mão do apoio; - retirada das duas mãos do apoio; -
deslocamentos do tronco para frente, para trás e para os lados;
→ 4) exercícios para melhora do controle pélvico, na posição em pé, com órtese: - rotação e
inclinação lateral da pelve; - flexão e extensão de quadril;
→ 5) treino do passo para frente e para trás, com alvo marcado no chão;
→ 6) deambulação para frente, para trás e para os lados: - treino do giro e mudança de direção; -
início nas barras paralelas; - progressão pode ser feita para andador e muletas canadenses;
→ Treino de equilíbrio sentado: com MMII estendidos e abduzidos, com MMII estendidos e
aduzidos, com MMII fletidos e cruzados (buda), com MMII fletidos na beirada do tablado. De
acordo com o nível motor, a dificuldade será menor ou maior para esta atividade. O paciente
pode estar segurando bola ou bastão com as mãos; alcançando bola em várias direções; jogando
bola com as mãos; ou, para lesões altas, o simples levantar das mãos do apoio será suficiente
para o treino.