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FACULDADE SÃO FRANCISCO DO CEARÁ – FASC

CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOFARMACOLOGIA 2
DOCENTE: LUIZ PAULO
DISCENTE: EMERSON OLINDA BEZERRA
PERÍODO:5 PERIODO

Congresso:"A missão e a omissão da sociedade".

IGUATU – CE
2024
“ Drogas Depressoras, Estimulantes e Perturbadoras: impactos, desafios e paradigmas na
saúde mental dos adolescentes"

Em nossa sociedade, observamos o uso indiscriminado de drogas, muitas vezes aliado à


escassa divulgação de informações precisas sobre os efeitos dos princípios ativos no
organismo. Diante desse cenário, a palestra irá focar na realidade dos adolescentes das
comunidades carentes no Brasil, destacando o impacto das drogas em suas vidas e na sua
integração social. “MARQUES (2000) mostra que pesquisas neurofisiológicas sugerem que
as drogas psicotrópicas usadas de forma abusiva estimulam a ação dopaminérgica em vias
mesolímbicas localizadas na área tegumentar ventral e no núcleo accumbens, o que teria papel
determinante no estabelecimento de dependência. Além de agir sobre vias dopaminérgicas,
cada substância age também em outros neurotransmissores, o que faz com que os vários tipos
de drogas tenham efeitos diferentes. Assim, o álcool e outros depressores do sistema nervoso
central, como os benzodiazepínicos, agem estimulando a neurotransmissão
gabaérgica ,provocando um efeito inicialmente desinibido e posteriormente depressor.do
ponto de vista farmacológica o uso de maconha deprime os sistemas dopaminérgicos a ponto
de o sujeito muitas vezes se tornar anedonico, ou seja, não sente prazer em coisas externas” da
mesma maneira que o crack se utiliza de sua composição química para tornar o usuário
incapaz de largar o vício, e muito disso é devido ao seu fácil acesso e fácil método de
utilização O crack geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de
alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande
quantidade de fumaça. A pedra, geralmente com menos de 1 grama, também pode ser
quebrada em pequenos pedaços e misturada a cigarros de tabaco ou maconha – o chamado
mesclado, Pitico ou bazuco. “Ao aquecer a pedra, ela se funde e vira gás, que depois de
inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapidamente à corrente sanguínea”,
conta Maldaner.” Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e
fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase
imediata: de 8 a 15 segundos, em média” Além desse fatos que demonstram a potência dessa
substância, também tem as consequências físicas como: tremores, falta de apetite, vômitos,
cefaleia, tosse persistente, convulsões, dor torácica, emagrecimento, agressividade,
inquietações e alucinações, além de descuidos com a aparência física e hábitos de higiene.

O fácil acesso dessas drogas para os adolescentes acarretam uma série de problemas
biopsicossociais , pois ao introjetar uma droga potente igual o crack,ectasy ou cocaína,o
cérebro em desenvolvimento passa a se condicionar em um conjunto de hábitos destrutivos
que irão perdurar na vida adulta como Interferir na capacidade de aprendizado , problemas de
memorização e Síndrome Amotivacional.

A principal questão é de que maneira implementar uma mudança em um problema que já é


uma questão de saúde publica? As abordagens de programas de prevenção podem ser
divididas, de forma geral, em duas posturas distintas: a proibicionista e a de redução de danos.
A primeira, influenciada pelo modelo e política norte-americana de Guerra às Drogas,

2
concentra-se na implementação de medidas de prevenção do uso de drogas e na promoção da
abstinência. No entanto, a partir da introdução do conceito de vulnerabilidade, os tradicionais
conceitos de grupo de risco e comportamento de risco começam a ser questionados,
ampliando-se o escopo das intervenções preventivas para incluir ações voltadas para a
redução dos possíveis danos decorrentes do consumo de drogas. Esta mudança paradigmática,
que ocorre na década de 90, é destacada por Sodelli (2011) como uma convergência entre o
conceito de vulnerabilidade e a abordagem de redução de danos, proporcionando um novo
direcionamento para a área de educação preventiva.

Uma alternativa proibicionista foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/23 que
inclui um inciso na Constituição Federal para tornar crime a posse e o porte de qualquer
quantidade de droga ilícita, como maconha, cocaína ou ecstasy. A PEC é oriunda do Senado,
onde já foi aprovada, e está em análise na Câmara dos Deputados. Em um ponto de vista
moralista isso resolveria os problemas com drogas por todo o país, mas de certo modo só iria
dificultar o uso, não iria diminuir, pois o sujeito que é dependente químico necessita de um
maior cuidado com sua saúde, o tratamento de redução de danos em dependentes químicos é
garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O SUS oferece atendimento gratuito
e acessível para dependentes químicos, por meio de centros de atenção psicossocial (CAPS),
unidades básicas de saúde e hospitais especializados. Oque possibilita ao público adolescente
e adultos uma adaptação com sua condição, reduzindo danos e melhorando pontos específicos
da psique.

Como realmente tratar o adolescente com problemas relacionados ao uso de álcool ou outras
drogas? MARQUES (2000) aponta os estudos de metanálise sobre a efetividade dos diversos
tratamentos psicoterápicos para adolescentes conseguiram reunir em torno de 400 tipos
diferentes de terapias utilizadas para adolescentes. Além dessa diversidade de intervenções, a
escolha do tratamento dependeu de fatores extrínsecos, isto é, da disponibilidade do
tratamento mais adequado para o jovem (próximo ao local de sua residência e compatível com
sua condição socioeconômica e com seu sistema familiar), como também de fatores
intrínsecos, como a motivação do jovem e a gravidade de seu diagnóstico como um todo. O
tratamento do adolescente deve levar em consideração também, o tipo da droga utilizada e a
frequência do consumo.

Concluindo o assunto proposto, é importante a propagação de métodos terapêuticos e debates


abertos acerca do uso de drogas visando uma melhora no cenário de saúde mental e física nos
adolescentes da nossa nação, pois facilitando o processo de compreensão das drogas como um
objeto de relações sociais , de amenização da dor, como válvula de escape , diminuirá o
número de casos de mortes, estrupos e roubos devido ao abuso de drogas.

REFERÊNCIAS:

3
SILVA, Aline Gomes da; RODRIGUES, Thais Christina do Lago; GOMES, Katia Varela.
Adolescência, vulnerabilidade e uso abusivo de drogas: a redução de danos como estratégia
de prevenção. Rev. psicol. polít., São Paulo , v. 15, n. 33, p. 335-354, ago. 2015 .

MARQUES, A. C. P. R.; CRUZ, M. S.. O adolescente e o uso de drogas. Brazilian Journal of


Psychiatry, v. 22, p. 32–36, dez. 2000.

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