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LOMBALGIA

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UM ESTUDO ACERCA DA RELEVÂNCIA DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

NO MANEJO DE PACIENTES ACOMETIDOS POR LOMBALGIA

A study on the relevance of physiotherapeutic intervention in the management of patients


affected by Lombalgy

Marília Pereira Barbosa Pinheiro1, Gabriely Mota Machado2, Keyla De Melo Albuquerque3, Yonara
Julia de Castro Teles4, Willian Tihago Quirino Sales5

RESUMO
Este artigo investiga a acuidade da intervenção fisioterapêutica referente ao tratamento da lombalgia, uma
condição que causa desconforto na região lombar da coluna, caracterizada por dor de intensidade variando de
moderada a severa. Sendo assim, a lombalgia pode ser categorizada em três tipos diferentes: aguda, em que o
paciente experimenta dor aguda e persistente por cerca de seis semanas; subaguda, com duração entre seis e
doze semanas; e crônica, marcada por sintomas contínuos que perduraram por mais de doze semanas. As
causas da lombalgia são diversas, incluindo fatores mecânicos e não mecânicos. Essa condição é
incapacitante, ocasionando desconforto específico ao paciente devido à dor, limitações funcionais e
restrições nas atividades. Neste contexto, este artigo se baseia em uma revisão abrangente da literatura
existente. A análise dos estudos revisados destacou que uma intervenção fisioterapêutica, particularmente
por meio de terapias manuais, tem se mostrado na eficácia significativa no gerenciamento da lombalgia.
Palavras-chave: Lombalgia. Fisioterapia. Intervenção. Terapias manuais.

ABSTRACT
This article investigates the acuity of physiotherapeutic intervention regarding the treatment of low back pain,
a condition that causes discomfort in the lumbar region of the spine, characterized by pain ranging in
intensity from moderate to severe. As such, low back pain can be categorized into three different types: acute,
in which the patient experiences sharp, persistent pain for around six weeks; sub-acute, lasting between six
and twelve weeks; and chronic, marked by continuous symptoms lasting for more than twelve weeks. The
causes of low back pain are diverse, including mechanical and non-mechanical factors. This condition is
disabling, causing specific discomfort to the patient due to pain, functional limitations and restrictions on
activities. In this context, this article is based on a comprehensive review of the existing literature. The
analysis of the studies reviewed highlighted that physiotherapeutic intervention, particularly through manual
therapies, has been shown to be significantly effective in the management of Lombalgy.
Keywords: Lombalgy. Physiotherapy. Intervention. Manual therapies.

1 INTRODUÇÃO
O presente estudo é dedicado ao exame da contribuição da fisioterapia no tratamento da
lombalgia, patologia que se destaca como um dos mais frequentes problemas de saúde na população
em geral. Neste contexto, é relevante ressaltar que aproximadamente 80% da população global já
experimentou episódios de dor na região lombar baixa ao menos uma vez na vida, estabelecendo-se
como a segunda maior prevalência entre os distúrbios relacionados à dor (Van Der Roer et al.,
2004).
Este fato elucida sua posição como a principal razão para o absenteísmo laboral em nações
de perfil industrializado. A lombalgia, caracterizada pela dor na região inferior da coluna lombar,
erguer-se como consequência de um complexo inter-relacionamento de estruturas na coluna
vertebral, incluindo, tendões, ligamentos, músculos, ossos, articulações e discos intervertebrais,

1
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Cathedral. Boa Vista–RR. E-mail: mariliahonorario26@gmail.com
2
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Cathedral. Boa Vista–RR. E-mail: gaby.mmachado1@gmail.com
3
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Cathedral. Boa Vista–RR.E-mail: keyla_albuquerque@outlook.com
4
Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Cathedral de Ensino Superior. Pós-graduada em Fisioterapia
Pneumofuncional e cardiovascular, e em Fisioterapia Dermatofuncional. E-mail: yonara_julia@hotmail.com
5
Docente da Faculdade Cathedral de Ensino Superior, Especialista. E-mail: willian.tihago@outlook.com.br
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entre outros, cada um contribuindo com diversos potenciais etiológicos para a dor (Van Der Roer et
al., 2004).
No âmbito deste estudo, evidencia-se que a lombalgia figura como uma condição
excessivamente prevalente, impactando maior número de indivíduos em comparação a qualquer
outra patologia. Ela se posiciona como uma das causas mais análogas de consultas médicas em
geral, superada apenas pelo resfriado comum. Notoriamente, o aspecto mais distintivo da lombalgia
consiste na manifestação de dor aguda na região lombar, estendendo-se frequentemente aos glúteos
e/ou à sacral (Guimarães, 2014).
Portanto, frente ao exposto, surge a precisão de buscar tratamentos que transcendam os
métodos farmacológicos tradicionais com o alvo de mitigar e abordar tanto os sintomas quanto as
causas subjacentes da lombalgia. Nesse sentido, a fisioterapia como intervenção assume um papel
crucial no manejo dessa condição, promovendo uma revisão abrangente da literatura e destacando-
se como detentora de um arsenal terapêutico eficaz para a melhoria do quadro inflamatório
doloroso. Assim, enfatizamos que a fisioterapia não somente contribui claramente para o
rompimento da dor, contudo, igualmente favorece um aprimoramento específico na qualidade de
vida e bem-estar (Guimarães, 2014).
Portanto, o intuito primordial do tratamento fisioterapêutico reside na gestão do quadro
inflamatório, muitas vezes caracterizado por dor lombar, objetivando a extensão da extensão de
movimento e mobilidade, o fortalecimento e o aprimoramento do equilíbrio, entre outros aspectos
relevantes. Dentro deste panorama, o presente artigo aborda o papel vital da fisioterapia no manejo
da lombalgia, sublinhando sua posição como chave instrumental na reversão de pacientes afetados
por essa situação. Consequentemente, enfatiza a fisioterapia como uma via para a designação de um
melhor predicado de bem-estar e vida ao paciente (Guimarães, 2014).
Neste contexto e diante da problemática acima, este artigo tem como intuito: analisar que
benefícios a fisioterapia acarreta pacientes em tratamento da lombalgia? Portanto, os resultados e
discussão deste artigo foi efetuada de forma criteriosa, buscando identificar padrões, tendências e
lacunas no conhecimento existentes sobre o tema conforme à luz da teoria de autores renomados da
área.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 BREVE CONTEXTO DA LOMBALGIA
A termologia "lombalgia" descreve uma condição dolorosa localizada na coluna lombar,
manifestando-se no dorso inferior, encontrada entre o último arco costal e a prega glútea. Essa
condição é notada como uma das mais frequentemente expostas no âmbito da coluna vertebral e
suas patologias. A lombalgia é um problema que afeta igualmente mulheres e homens e pode ser
classificada, em concordância com a sua duração, em três intensidades: aguda, caracterizando-se
por uma duração de até seis semanas; subaguda, se estendendo ainda doze semanas; e crônica,
quando persiste por um período superior (Pires; Samulski, 2006).
No entanto, a lombalgia pode ser descrita como uma condição que engloba diferentes
feições de dores na região lombar, lombossacra ou sacroilíaca. Portanto, a dor lombar representa um
sério fator de incapacidade, impactando como um todo a sociedade e afetando expressivamente a
vida da população referente a qualidade e bem-estar (Silveira et al., 2010).
Desse mesmo modo, atarraca com assiduidade a vida das pessoas no intervalo mais
produtivo, forjando de maneira econômica a sociedade em geral e, principalmente, tem percas
pertinentes ao afastamento no trabalho, nos atestados médicos, no pagamento de seguro social por
invalidade, seguro de inaptidão e indenização ao trabalhador (Robbins; Cotran, 2000).
Dessa forma, a lombalgia frequentemente interrompeu a vida das pessoas durante seu
período mais produtivo, acarretando impactos econômicos significativos na sociedade como um
todo. Especificamente, as perdas associadas a essa condição incluem ausências no ambiente de
trabalho, emissão de atestados médicos, custos de seguro social por invalidez, compensações ao

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trabalho (Silva; Mejia, 2016).


Da mesma forma, a lombalgia crônica é um prenúncio caracterizado por dor e pode ter uma
diversidade de causas implícitas. No entanto, devido à complicação das lombalgias, elas estão
fundamentalmente associadas a questões estruturais, musculoesqueléticas, traumáticas,
degenerativas, reumáticas, acarretadas por imperfeições inatas, inflamatórios, neoplásicas, reflexas
de órgãos viscerais (Silveira et al., 2010).
Portanto, a dor na lombar pode apresentar complexidade neurologicamente variadas, sendo
categorizadas como lombociatalgia, descrições por dor lombar associada à propagação para os
membros inferiores ao longo de uma raiz nerval ou dermátomo, usualmente (Silveira et al., 2010).
Além disso, há uma variedade de fatores que prejudicam as causas dessa condição, incluindo
aspectos sociodemográficos (como idade, gênero, renda e escolaridade), hábitos de comportamento
(como sedentarismo e tabagismo), atividades cotidianas (como trabalho físico intenso, exposição a
vibrações, posturas condicionadas e movimentos repetitivos) e outros importantes fatores (Brazil et
al., 2004).
Segundo Pereira (2002), a dor na lombar e sua intensidade tende a aumentar
progressivamente ao longo do tempo, resultado de fatores como alterações degenerativas,
sobrecarga no trabalho e falta de massa muscular, entre outras causas. Consequentemente, a
incidência mais significativa de lombalgia é observada em países desenvolvidos (variando de 60% a
80%), afetando diversas faixas etárias com frequência mais elevada (entre 13% e 49%), e
impactando especialmente a população.
Apesar disso, a manifestação clínica predominante em cada fase é a dor, sobretudo, acarreta
que o diagnóstico da lombalgia muitas vezes dependa da apresentação espontânea do sintoma, já
que o indivíduo pode se encontrar incapacitado para trabalhar devido sua mobilidade restrita.
Portanto, o diagnóstico essencial é previsto através da apreciação da história clínica e exame físico.
Durante a anamnese, é crucial obter uma enumeração pormenorizada de dor e suas particularidades
(Pereira, 2002).
Não obstante, a coluna vertebral é formada por vértebras, músculos, ligamentos e discos
intervertebrais. Assim sendo, entre as vertebras do corpo, é onde estão localizados os discos, cuja
função é amortecer as tensões e sustentar o peso exercido sobre a coluna. No decorrer da coluna,
essas discotecas variam em forma e densidade, adotando um formato cuneiforme nas regiões
cervical e lombar. Assim, as circunflexões da coluna permitem que ela desempenhe seus exercícios
de elasticidade e estreitamente específicas (Braccialli; Vilarta, 2000).
A região lombar, um segmento anatômico da coluna vertebral compreendido por cinco
vértebras (L1 a L5), destaca-se pela presença de discos intervertebrais posicionados entre cada uma
dessas estruturas ósseas. Estes discos, constituídos por um núcleo pulposo composto por uma
substância intrínseca rica em água, colágeno e glicosaminoglicanas, encontram-se envolvidos por
um anel fibrocartilaginoso. A complexa arquitetura dessas estruturas desempenha um papel crucial
na mobilidade e flexibilidade da coluna, simultaneamente resistindo às forças impostas durante os
movimentos, revelando-se como elementos indispensáveis para a sustentação biomecânica saudável
da coluna como um todo (Greve; Amatuzzi, 1999).
Nesse contexto, é imprescindível salientar a relevância desempenhada pelos músculos
paravertebrais, abdominais e quadrado lombar no processo de estabilização da coluna lombar. A
fáscia toracolombar, por sua vez, surge como um componente crucial, desempenhando um papel
significativo ao restringir a flexão da coluna e os movimentos associados. Intrincadamente
constituída por três camadas que abarcam as fáscias e aponeuroses de músculos proeminentes, tais
como o dorsal grande, serrátil posterior inferior, oblíquos internos e transversos abdominais, essa
estrutura complexa desempenha uma função determinante na manutenção da estabilidade
biomecânica da coluna lombar (Kisner; Colby, 1998).
Além disso, a coluna lombar possui uma curvatura fisiológica anterior conhecida como
lordose. Além disso, existem outras curvaturas, como a cifose torácica e a lordose cervical, e um

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desvio em uma delas pode variar tanto quanto demais, leve (Kisner; Colby, 1998).
Assim, uma coluna de cada indivíduo é constantemente submetida a diferentes forças e
segurança, muitas vezes nervosa de maneira direcionada à gravidade, o que pode decorrer em
questionamento e diversas formas de estresse, predispondo as condições da coluna. Por
conseguinte, a administração de uma postura legislativa requer flexibilidade e equilíbrio para
contrabalançar eficazmente as forças da gravidade (Dutton, 2006).
No cenário atual do mundo moderno, manter uma postura apropriada sem comprometer as
estruturas de suporte da coluna tem se agendado. Muitas pessoas têm encontrado práticas simples,
como a maneira correta de sentar-se, para evitar possíveis dificuldades de saúde no futuro. É
fundamental que a população esteja consciente da importância disso (Toscano; Egypto, 2001).
Dessa forma, quando o indivíduo assume uma posição sedentária, observa-se uma
redistribuição do peso nos tecidos moles e nas tuberosidades isquiáticas, culminando em variações
assimétricas em distintas áreas. Esse desequilíbrio potencialmente conduz à diminuição da
flexibilidade dos músculos isquiotibiais e iliopsoas, fenômeno que pode contribuir para uma
amplificação da lordose lombar. Essas alterações biomecânicas evidenciam a interdependência
entre a postura sentada prolongada e os efeitos adversos sobre a musculatura e a curvatura lombar,
ressaltando a importância de considerações ergonômicas e práticas posturais na manutenção da
saúde da coluna vertebral (Kisner; Colby, 1998).
Da mesma forma, de acordo com Kisner e Colby (1998), em encadeamento à dor lombar,
pessoas de ambos os sexos foram selecionados, sendo divididos em adultos por faixa etária de meia-
idade e idosos. A literatura demonstra uma maior prevalência desse quadro nas mulheres em
comparação aos homens.
No entanto, entre diversos autores, algumas pesquisas indicam que as mulheres são mais
suscetíveis ao desenvolvimento de lombalgias, devido a aspectos como estatura menor, menor
massa muscular, densidade óssea reduzida, fragilidade articular e menor tolerância ao esforço
físico. Desse modo, os riscos são aumentados devido à concretização das tarefas domésticas,
juntamente com as responsabilidades de trabalhar fora de casa (Reis et al., 2008).
Dessa forma, a recuperação de pacientes com lombalgia envolve não apenas a melhoria dos
aspectos corpóreos, como a força muscular, mobilidade e flexibilidade, todavia igualmente visa
melhorar o funcionamento global do indivíduo, permitindo o regresso ao trabalho e às atividades
seculares do cotidiano (Ocarino, 2009).
Para tanto, Fisioterapia e sua intervenção, conforme Kisner e Colby (1998), é adaptada de
acordo com o tipo de lombalgia apresentada pelo paciente, considerando se está em uma fase inicial
(aguda) ou crônica. Além disso, após a avaliação, é elaborado um plano de reabilitação que aponta
atenuar a dor e diminuir a tensão muscular, incluindo tranquilidade na fase aguda, orientação sobre
a postura adequada ao serviço empregado pelo paciente. Na crônica, a origem é aliviar a dor e a
tensão, restabelecer a amplidão de movimento por meio de exercícios de alongamento e
flexibilidade, ajustes a simetria muscular e a resistência (Silveira et al., 2010).
Portanto, o tratamento fisioterapêutico inclui uma variedade de abordagens, como
exercícios, utilização de calor ou frio, ultrassom ou estimulação elétrica. Durante a fase aguda da
dor, um aspecto crucial é a execução de exercícios para fortalecimento muscular (Silveira et al.,
2010).
Nesse cenário, estão incluídos no tratamento os exercícios de Williams, os quais, para
Imamura et al., (2001), demonstram a capacidade de reduzir as forças de alongamento nas
articulações zigoapofisárias, promover a extensão dos flexores do quadril e dos extensores
lombares, fortalecer os músculos do abdome e glúteos, além de diminuir as forças compressivas.
Nesse contexto, de acordo com Teodori (2011), a teoria do comportamento da dor aplicada
ao uso do TENS de forma positiva, revela que as impulsões nervosas centrípetas são modificadas ou
bloqueadas por uma "comporta" localizada na medula espinhal.
Dessa maneira, no método de Reeducação Postural Global (RPG), não são permitidas

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compensações, uma vez que se baseia na dilação global de músculos antigravitários estruturados em
cadeias musculares por um período. Dessa forma, as técnicas de terapia manual apoiadas em
manobras miofasciais têm instruções terapêuticas e podem ser utilizadas no tratamento de lombalgia
aguda, destacando que a terapia manual demonstra benefícios prejudiciais em comparação com a
terapia de exercícios em portadores de lombalgia crônica (Teodori, 2011).
Portanto, estudos apontam que a abordagem multidisciplinar da terapia, com foco em
movimentações, há o melhoramento do exercício física dos pacientes, embora os efeitos sobre a dor
sejam modestos. De maneira geral, os exercícios têm sido benéficos para pacientes com lombalgia
crônica (Silveira et al., 2010).
Assim, os pacientes que padeciam de lombalgia ficaram divididos em dois grupos: um
realizou exercícios do procedimento Pilates e o outro grupo fez exercícios tradicionais. A
intensidade da dor e o nível de disfunção foram monitorados por meio de entrevistas e questionários
(Silveira et al., 2010).
Assim, no resultado final do tratamento, a intensidade da dor era de 18,3 e o escore de
disfunção de 2,0 no grupo que praticava Pilates, enquanto no grupo controlava os valores
correspondentes eram de 33,9 e 3,2. Esses resultados levaram os autores a desfechar que os
exercícios baseados no método Pilates são mais eficientes do que os métodos convencionais no
tratamento da lombar (Silveira et al., 2010).

2.2 BIOMECÂNICOS DA COLUNA VERTEBRAL E O ASPECTOS ANATÔMICOS


É fato que a coluna vertebral compõe um eixo ósseo fundamental para proporcionar
sustentação e flexibilidade aos movimentos humanos. Estende-se ao longo de aproximadamente 80
cm, composto por 33 vértebras, sendo sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e
quatro coccígeas. Além disso, desempenha diversas funções cruciais, tais como permitir a
mobilidade e sustentação da cabeça, possibilitar movimentos do tronco em diferentes estruturas,
amparar a medula espinhal e servir de ponto de fixação de músculos (Spence, 1991).
Nesse contexto, a coluna e sua fisiologia apresentam quatro curvaturas sagitais que se
projetam em especificidades específicas, nomeadas como lordose cervical, cifose torácica, lordose
lombar e curvatura sacral. Estudos demonstram que alterações, como a ampliação da cifose torácica
e o decrescimento da lordose lombar, resultam em desafios funcionais e impactam a qualidade de
vida (Silveira, 2010).
Da mesma forma, as vértebras fornecem uma estrutura fundamental e se diferenciam umas
das outras em propriedades características de concordância com a região em que estão localizadas.
Cada vértebra é assinalada por um anel ósseo que forma o forame vertebral, por onde passa a
medula espinhal. A parte anterior desse anel é o corpo vertebral, com facetas superiores e inferiores
planas, enquanto a parte posterior é o arco vertebral, composto por duas lâminas e dois pedículos
que se conectam na superfície mediana (Dangelo et al., 2007).
De acordo com Moore (2001), as faces superiores e inferiores dos pedículos apresentam
aberturas que se conectam com as vértebras adjacentes, formando assim um forame intervertebral
que permite a passagem de vasos e nervos espinhais. Na resolução das lâminas, forma-se o processo
espinhoso, enquanto os processos transversos derivam da união dos pedículos e lâminas. As
vértebras são separadas uma das outras por um disco intervertebral formado por cartilagem.
Portanto, algumas regiões da coluna suportam mais fardo do que outras, o que resulta na
necessidade de as vértebras terem tamanhos variados, apesar de compartilharem a mesma
disposição básica e desempenhando as mesmas funções (Moore, 2001).
As vértebras dorsais são sumas e mais largas em comparação com a região cervical, ou seja,
são refletidas por absorver o peso do tronco quando o corpo está na posição ereta. O corpo vertebral
fornece suporte à coluna, enquanto os métodos espinhosos e transversos atuam como pontos de
fixação (Hall, 2013).
Cada vértebra é constituída por um processo espinhoso, processos transversos, processo

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articular superior e inferior, e pedículo que conecta o arco ao corpo vertebral. As vértebras lombares
são as maiores da coluna vertebral, com corpo vertebral maciço e em forma de borda, e apresentam
forames vertebrais de formas variadas. Os processos espinhosos são largos e densos; nos processos
transversais (Kapandji, 2013).
Os ligamentos executam um papel crucial no assentamento da coluna vertebral,
harmonizando estabilidade para suas partes móveis. O ligamento longitudinal anterior e posterior
percorre ao longo dos corpos de todas as vértebras; o ligamento espinhal conecta os processos
espinhosos; e o ligamento amarelo uma das lâminas das vértebras (Hall, 2013).
A estabilização anterior do tronco é fornecida pelo reto do abdome, transversal do abdome,
oblíquo externo do abdome e oblíquo interno do abdome, enquanto a estabilização posterior é
realizada pelos músculos eretores da espinha (iliocostal, longuíssimo e espinhal), transversos
espinhais (semiespinhais, multifídios e rotadores). Esses músculos são inervados pelos nervos
espinhais (Lippert, 2013).
As articulações vertebrais são definidas como diartroses, pois entre as peças articulares há a
presença de líquido sinovial que permite a penetração necessária para a realização dos movimentos,
sendo assim denominadas como articulações sinoviais (Neumann, 2011).
A coluna vertebral fornece movimentos em três planos, e a amplitude de movimento em
cada região é determinada pela anatomia. Os movimentos de flexão e extensão/hiperextensão são
mais pronunciados na região cervical e lombar, com amplitudes menores na região torácica. A
flexão lateral e a rotação são mais evidentes na região cervical, com uma amplitude reduzida na
região torácica e praticamente zero na região lombar. Portanto, as colunas cervicais e lombares são
consideradas mais móveis, desempenhando um papel importante na funcionalidade da coluna verde
(Hall, 2013).

2.3 A BIOMECÂNICA DA COLUNA LOMBAR


A região inferior da coluna vertebral apresenta uma curvatura natural conhecida como
lordose lombar, caracterizada por uma concavidade. A biomecânica da lombar e sua região é
influenciada pela variedade de movimentos das vértebras do tronco, que resultam em uma zona
neutra com uma amplitude média de movimento. Essa funcionalidade é derivada da tensão
adequada das articulações durante a mobilidade (Siqueira; Silva, 2011).
Nesse contexto, o tamanho dos processos vertebrais varia ao longo da coluna, contribuindo
para diferenças na Amplitude de Movimento (ADM) em cada segmento. Os processos articulares
das vértebras permitem movimentos como flexão, extensão e flexão lateral. Assim, a maior das
vértebras lombares, L5, é também a mais móvel e desempenha um papel crucial na transferência do
peso do corpo para a base do sacro S1 (Moore, 2001).
Logo, a coluna vertebral apresenta movimentos em todos os planos, com uma Amplitude de
Movimento (ADM) normal de 60° para flexão, sendo 12° por segmentos, 35° para extensão, com 7°
em cada segmento, flexão lateral de 20° com 4° por segmento, e mínimas intensidades para rotação
com 10° em todo arco de movimento (Hall, 2013).

2.4 PATOLOGIAS DA COLUNA LOMBAR


Devido à sua alta mobilidade, a coluna lombar é frequentemente associada à morbidade e
inabilidade, sendo afetada por diversas condições patológicas, sendo a maioria delas relacionadas a
dores que dissimulam de forma direta o homem (Malta et al., 2017).
A hérnia de disco resulta da ruptura do anel fibroso do disco intervertebral, sendo uma
condição comum que gera dor intensa, frequentemente localizada na região lombar devido à sua
ampla mobilidade. A hérnia de disco intervertebral costuma ocorrer com mais frequência nos níveis
L4-L5 e L5-S1, podendo resultar em sintomas de lombociatalgia. Neste caso, a lombociatalgia é
específica por dor difundida para os membros inferiores de origem nervosa, podendo ser unilateral
ou bilateral (Milani et al., 2009).

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Para Kuhl (2010) A escoliose é caracterizada por um desvio lateral e rotatório anormal da
coluna vertebral, podendo afetar um ou vários segmentos da coluna. Geralmente surge durante uma
fase de crescimento, sendo mais comum nas mulheres.
O crescimento excessivo das vértebras, conhecido como osteófitos marginais, desempenha
inicialmente um papel de proteção, todavia em alguns casos pode resultar em problemas, como
complicações de raízes nervosas e, situações em mais graves, até a mesma cartilagem de órgãos.
Especificamente na região lombar, esse desenvolvimento é mais comum e afeta mais
frequentemente o sexo feminino (Zavanele et al., 2010).
A lombalgia, caracterizada pela dor na região lombar, é uma condição de saúde comum que
pode ter um choque considerável em diferentes ares da vida, incluindo aspectos pessoais, sociais e
econômicos. Sendo assim, seu aumento pode resultar em diversas limitações, e fatores como má
postura, excesso de fardo de trabalho e execução incorreta de atividades diárias ou laborais podem
ser leves (Frasson, 2016).

2.5 CONCEITO DE DOR E SEU CONTEXTO


A dor desempenha um papel crucial na vida humana, podendo estar ou não relacionada a
uma lesão tecidual, e manifesta-se de forma sensorial, emocional e cognitiva. Estímulos
provenientes de lesões resultam em dor, que podem ter origens diversas, desde sensações de calor
até movimentos bruscos, sendo considerados por alguns autores apenas como um aspecto sensorial.
Essa sensação dolorosa pode surgir em qualquer região do corpo ou também mesmo no sistema
nervoso central (SNC), porque o sistema sensorial é bem extenso (Silva; Ribeiro Filho, 2011).
Da mesma forma, a dor aguda, conquanto não seja ponderada tão complexa como uma dor
crônica devido à sua natureza temporária, até agora tem um impacto considerável na vida das
pessoas. Os principais efeitos associados incluem aumento da contração muscular, medo, ansiedade
e podem levar a dificuldades para dormir, respirar e outros sintomas relacionados. Entretanto, é
importante considerar fatores inflamatórios ou infecciosos que, caso não tratados podem vir a se
cronificar (Sallum et al., 2012).
A dor crônica é considerada um grande desafio de saúde pública e é caracterizada por uma
duração média de seis meses ou mais. Essa dor persistente é capaz de impactar expressivamente a
qualidade de vida dos indivíduos afetando o sono, o apetite, o desempenho no trabalho, o
relacionamento familiar e outros aspectos. Além disso, a dor crônica pode acarretar prejuízos
econômicos, pessoais e até psicológicos na população afetada, tornando-se uma busca (Kreling;
Cruz; Pimenta, 2006).

2.6 DORES NA REGIÃO DA LOMBAR


Seguindo o contexto, dores na região da lombar é uma disfunção muscular-esquelética muito
comum na sociedade, afetando ambos os sexos, sendo mais prevalente nas mulheres. Essa condição
geralmente está relacionada a um desequilíbrio entre o potencial e a capacidade funcional para
atividades, com sua ocorrência frequentemente relacionada à ocupação e ao trabalho. A intensidade
da dor pode variar de intensa em aguda ou crônica (Pires; Dumas, 2008).
Da mesma forma, a dor lombar não detém uma razão claramente definida, podendo estar
associada a má postura, traumas, sobrecarga mecânica, passar longos períodos na mesma posição,
disfunção incorreta de atividades, falta de atividade física e fatores psicossociais relacionados à
ocupação do indivíduo. Por exemplo, o estresse pode desencadear dores que, com frequência de
ocorrência, podem se tornar crônicas (Briganó; Macedo, 2005).
A dor lombar crônica pode se manifestar em várias estruturas anatômicas da região lombar,
incluindo nervos, músculos, fáscias, discos intervertebrais, articulações facetárias e até mesmo
ossos e isso significa que as vértebras também podem ser um local de dor (Briganó; Macedo, 2005).
A dor lombar crônica é versada como uma questão de saúde pública significativo que
impacta de maneira abrangente a vida diária daqueles que são afetados, sendo uma das causas mais

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análogas de absenteísmo no trabalho e motivando uma grande procura por tratamento em clínicas e
hospitais. Essa condição afeta severamente a qualidade de vida (Silva; Fassa; Valle, 2004).

2.6.1 Epidemiologia
Para tanto, a dor crônica na coluna, especialmente na região lombar, é um lamento comum
que provoca um grande esbarro na vida da população, tanto em balizas da vida e sua qualidade
quanto na economia, sendo um fator relevante em muitos casos de aposentadoria precoce. Por essa
razão, essa condição gera uma demanda (Malta et al., 2017).
A lombalgia é uma das queixas mais recorrentes em relação à coluna, com uma incidência
de aproximadamente 65% na população, podendo atingir até 85% das pessoas em alguma
circunstância de suas vidas. Essa condição tem causa intimamente relacionada às atividades do
cotidiano (Nascimento; Costa, 2015).
Segundo Santana Júnior e Gigante (2017) a Organização Mundial da Saúde (OMS),
apresentou dados que relata que aproximadamente 80% da população mundial sofre de dor lombar,
o que significa que entre 70% a 85% das pessoas experimentarão isso em algum momento de suas
vidas, independentemente de sexo e idade. No entanto, as mulheres são as mais afetadas por essa
condição. Dessa forma, a dor ataca uma grande porção da população economicamente ativa.

2.6.2 Sinais, Sintomas e Diagnóstico


A experimentação da dor pode estar catalogada a sintomas fisiológicos específicos, bem
como a fatores psicológicos, sociais, culturais, comportamentais e posturais que podem influenciar
diretamente o surgimento da dor. A percepção é interpretada pelo individuo de forma subjetiva de
acordo com a vivencia (Silva; Ribeiro Filho, 2011).
A dor pode se manifestar como travamento articular, espasmos musculares, tensão na pele e
músculos da região afetada. Além do efeito na qualidade de vida, pode resultar em distúrbios de
sono e questões emocionais. Suas intensidades podem variar e até interferir na usança de trabalho e
atividades (Toscano; Egypto, 2001).
O diagnóstico da lombalgia crônica é estabelecido por meio de uma avaliação detalhada, que
se inicia no primeiro contato entre terapeuta e paciente, envolvendo uma anamnese completa. Esse
processo segue por todas as etapas possíveis para advir a um resultado preciso, utilizando
instrumentos e testes selecionados em concordância com as características de cada caso, uma vez
que o nível de dor e as limitações funcionais podem variar (Machado; Bigolin, 2010).

2.7 DOR LOMBAR E SEU TRATAMENTO GERAL


No caso de dores na região da lombar aguda, é recomendado manter a rotina e evitar a
segurança total, sendo também indicado o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e
relaxantes musculares. A terapia manual, quando concretizada por um profissional qualificado,
pode ser infalível no tratamento (Garcia Filho et al., 2006).
A fisioterapia tem se tornado cada vez mais semelhante e bem aceita pela população, pois
tem demonstrado resultados positivos no refrigério da dor lombar crônica, muitas vezes
complementando o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), analgésicos e até
antidepressivos. Além disso, a orientação para a prática de atividades aeróbicas é de suma
importância. A cirurgia só é adequada em casos graves, como síndrome da cauda equina, déficit
neurológico agudo grave e em certos casos de hérnia de disco (Trevisani; Atallah, 2002).

2.8 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO


Para Machado e Bigolin (2010), a fisioterapia é comumente recomendada para o tratamento
da dor lombar, com o objetivo principal de atenuar a dor e restabelecer a funcionalidade. Após uma
avaliação e diagnóstico cinético-funcional, a fisioterapia emprega uma variedade de recursos e
técnicas para abordar a condição de forma abrangente. Atuando no curto, médio e longo prazo, os

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métodos não invasivos utilizados visam não somente aplacar a dor, contudo, similarmente melhorar
a funcionalidade, estabilizar a região lombar.
Segundo Kisner (2005), uma intervenção fisioterapêutica que se destaca por seus potenciais
benefícios no intervalo da dor, aumento da resistência e fortalecimento muscular é a
hidrocinesioterapia. Este tipo de atividade envolve práticas realizados em água aquecida e integrado
com a cinesioterapia. Além disso, o alongamento muscular representa uma prática que pode ser
realizada pelo próprio paciente e contribui significativamente para a melhoria da mobilidade dos
tecidos, tensionada na fáscia e no músculo. Esse processo também promove a flexibilidade e por
conseguinte, atentando relaxamento.
Sendo assim, a Reeducação Postural Global (RPG) é uma abordagem terapêutica que se
centraliza na correção de posturas em diferentes segmentos do corpo, com o objetivo de tratar
diversas condições que o indivíduo possa apresentar. Por meio desse método, é possível promover o
alongamento de cadeias encurtadas, especialmente, coopera para o melhoramento de lesões e
disfunções relacionadas (Da Silva Maia et al., 2015).
A acupuntura é um exercício da medicina tradicional chinesa que se destaca por ser não
invasiva e ter eficácia comprovada no rompimento da dor. Esta técnica demonstra ser bastante
eficaz a curto prazo, sendo frequentemente utilizada para esse fim. Para tanto, a acupuntura pode ser
convencionada com a eletroterapia, ampliando suas possibilidades terapêuticas (Cecin, 2008).
Para Carmo et al., (2004), considere-se a liberação miofascial como uma abordagem
altamente eficaz no tratamento de dores, devido à sua capacidade de liberação na liberação de
liberação e aderências que resultam em relaxamento de tecidos e músculos. Esse processo de
liberação contribui significativamente para reduzir as dores, acarretando melhora na qualidade de
vida.
Diante disso, um manual de terapia pode ser aplicado durante a fase aguda do tratamento, ao
andamento que os exercícios de consolidação da região afetada podem e devem ser incorporados
em algum momento, uma vez que demonstraram ser extremamente eficazes (Cecin, 2008).
Não obstante, a modalidade da eletroterapia é uma forma terapêutica que circunda o uso de
correntes elétricas com capacidade de ajustar diversos parâmetros. Essas correntes podem ser
aplicadas com diferentes objetivos, tais como indução de contração muscular, acarreta uma melhora
na circulação sanguínea, redução da dor, estimulação da transição linfática, estimulação do processo
de cicatrização tecidual, promoção do relaxamento (Malta et al., 2017).
A fisioterapia executa um papel capital que abrange desde a prevenção até a reabilitação,
sendo particularmente significativa nos tratamentos de doenças que afligem a região da coluna,
especialmente a região lombar. Esta área da coluna, por ser uma das mais móveis e suscetíveis ao
desenvolvimento de disfunções, exige uma intervenção fisioterapêutica especializada. A fisioterapia
oferece uma ampla variedade de recursos terapêuticos para o todo (Almeida, 2008).

3 MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica descritiva, cujo Teórico Referencial foi
construído por meio de um extenso levantamento bibliográfico focado no tema proposto. Para essa
finalidade, foram consultadas distintas bases de dados renomadas, tais como o SciELO (Scientific
Eletronic Library Online), PubMed, e Google Acadêmico, no período compreendido entre agosto e
outubro de 2023.
Esta pesquisa foi norteada com a utilização de descritores pertinentes, em particular
Tratamento; Algia; Lombalgia; Fisioterapia. Os critérios de inclusão adotados englobam artigos
científicos publicados em inglês ou português, disponíveis gratuitamente nos suportes de dados,
com dados de publicação entre os anos de 1999 e 2017.
A pesquisa científica deve fazer uso de métodos que são eficazes à sua natureza e ao
problema que se deseja solucionar. Assim, os métodos – e, por imediato as técnicas – agregados
pela ciência permitem a escolha da abordagem mais apropriada para a solução de determinado

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problema (Ramos, 2014).


Nas concepções de Lakatos e Marconi (2014) o aspecto metodológico é a forma em que a
verificação da metodologia empregada. Sendo assim, quais os métodos e técnicas utilizadas pelo
autor e se são pertinentes ou não e se pertencem à própria ciência ou outras. Ainda Para Lakatos e
Marconi (2014, p. 81) a abordagem é elucidada como a “maneira pela qual os estudiosos
interpretam uma situação. Posição em face de determinada situação”.
Para Fachin (2013), O ser humano, ao buscar compreender e interatuar com o ambiente ao
seu redor, adquiriu conhecimentos racionais significativos sobre o mundo e as formas de influenciá-
lo para o benefício da sociedade a quem pertence. Essa constante busca por adquirir e processar
conhecimentos racionais que refletem a realidade se cognomina ciência.
A pesquisa qualitativa tem como alvo descrever o objeto de estudo de modo mais
aprofundada e detalhada, buscando compreender as nuances, contextos e significados envolvidos no
fenômeno, deste modo, a ênfase na exploração de ideias concede os resultados mais precisos da
investigação, desenvolvendo e definindo o problema de uma abordagem, ou seja, cabe-lhe a
enfrentar as incertezas do contexto ambiental a ser pesquisado, pois é muito comum para estudos de
comportamento de um indivíduo ou um grupo social, ou seja, há uma apreensão clara para
desempenhar um papel relevante para o alcance das expectativas com resultados irrefutáveis
(Mascarenhas, 2012).
O presente estudo acarretou uma abordagem qualitativa que analisou a importância da
fisioterapia no tratamento de pacientes com lombalgia.
Para Gil (2017), as pesquisas qualitativas têm como foco primordial a descrição detalhada
das características de uma determinada ou específica população, bem como o estudo das conexões
entre mudanças. Nesse sentido, são diversos os estudos que se enquadram nessa categoria, e uma de
suas particularidades mais marcantes está no uso de técnicas padronizadas de coleta de dados.
Este estudo adota uma abordagem descritiva, como evidenciada pelo objetivo de explorar a
ação da fisioterapia referente ao tratamento da lombalgia com base na literatura relevante. Além
disso, buscou-se analisar a função da fisioterapia no tratamento da lombalgia que promove a
melhoria do dor e da qualidade de vida dos pacientes. Outro foco da pesquisa é examinar os
benefícios da fisioterapia para os pacientes com lombalgia.
Para Bortoloti (2015) a pesquisa bibliográfica baseia-se na consulta de fontes que são
especificadas por materiais elaborados por diversos autores, tais como livros, teses, enciclopédias,
almanaques. Assim, um dos procedimentos técnicos a ser utilizado foi a pesquisa bibliográfica, foi
através de artigos, sites especializados, livros, sobre Fisioterapia dando ênfase no tratamento de
pacientes com lombalgia, colaborando na construção deste estudo, através de obras já publicadas e
que abordam sobre a temática.
A pesquisa bibliográfica foi um fator importante para embasamento referente aos
tratamentos fisioterapêuticos aos pacientes com lombalgia. A pesquisa foi de forma metódica,
conduzindo em ponderação a pesquisa bibliográfica que será de extrema importância para a
elaboração do TCC.
Portanto, neste artigo foi apresentado os resultados obtidos a partir de dados bibliográficos
analisados que serão referentes a temática do estudo, onde os mesmos serão relacionados de forma
comparativa aos objetivos estabelecidos da presente pesquisa.

4 DISCUSSÃO
Para Guimarães (2014), a lombalgia se manifesta principalmente como dor na região
lombar, sendo uma condição que frequentemente persiste em muitos pacientes sem uma resolução
imediata, o que pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo questões sociais e emocionais. As
pessoas que sofrem de lombalgia geralmente experimentam dor, espasmos musculares na região
lombar e restrição nos movimentos de tronco.
Neste contexto, com apoio em pesquisas realizadas por meio de içamentos bibliográficos,

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verifica-se que em torno de 70% dos adultos já experimentaram, estão vivenciando atualmente ou
ainda vivenciarão episódios de lombalgia. Estudos validados demonstram que mundialmente a
prevalência média é de aproximadamente 23,5%. Assim, a grande maioria das pessoas enfrentará
tais sintomas em algum momento, enquanto uma minoria consegue manter-se livre desses
desconfortos e prazeres de uma vida saudável. Para os profissionais de saúde, o tratamento da
lombalgia representa um desafio significativo, onde o controle e o rompimento da dor, a melhoria
ou a conservação da capacidade funcional e a redução de outros sintomas.
Na região lombar da coluna, encontramos cinco vértebras lombares que se combinam para
formar a curvatura naturalmente côncava na parte posterior. Essa curvatura se fortalece em resposta
ao suporte de peso que sucede quando uma criança inicia uma fase de locomoção em pé e
caminhada, influenciada também pelo posicionamento pélvico e pela tensão com o
desenvolvimento humano (Moreira; Russo, 2005).
Ainda de acordo com Moreira e Russo (2005), a musculatura da coluna vertebral lombar
desempenha um papel fundamental na estabilização de todo o segmento lombar. Nesse contexto, o
músculo multífido possui a capacidade de ajustar a tensão e controlar os movimentos na zona neutra
da coluna. A região lombar é uma parte essencial do complexo lombo-pélvico, frequentemente
referida na literatura como o "centro". Essa designação deve ser feita pelo fato de que essa área está
localizada no centro de gravidade e é um registro onde a universalidade dos movimentos se inicia.
Com efeito, o centro do corpo é constituído por uma cinta muscular que atua na
estabilização da coluna vertebral e do tronco, tanto durante movimentações dos membros quanto em
repouso. O fortalecimento destes músculos, aliado ao trabalho concomitante da musculatura
abdominal e dos membros superiores e inferiores, desempenha um papel crucial na prevenção e
regeneração de desordens musculoesqueléticas (Reinehr, 2008).
Para Cecin (2008), existem aproximadamente 120 condições que podem resultar em lesões
na coluna lombar, e a hérnia de disco intervertebral é um exemplo dessas patologias. Os sintomas
mais comuns associados a essas condições incluem dor lombar, lombociatalgia, cruralgia e ciática.
As lombalgias e lombociatalgias podem ter origem mecânica ou traumática, sendo causadas por
fatores como trabalho repetitivo, atividades de empurrar e puxar, quedas, posturas estáticas e
sentadas, exposição a vibrações intensas, tarefas que envolvem agachamento, torção ou levantadura
frequente de objetos pesados, especialmente quando as cargas superam a capacidade física do
indivíduo (Briganó; Macedo, 2005).
A lombalgia pode causar dor, desconforto, tensão ou estresse na região localizada sob as
costelas inferiores e acima da dobra glútea, alcançando a altura da cintura pélvica. A presença de
lombalgia exerce uma influência considerável na qualidade de vida dos indivíduos afetados, uma
vez que quadros de dor crônica e incapacitante associados a esse sintoma estão frequentemente
correlacionados com a ocorrência de problemas psicológicos ou distúrbios emocionais, como a
depressão. Dessa forma, é comum que pacientes com lombalgia enfrentem sintomas de depressão
devido a limitações de mobilidade e ao impacto negativo em seu bem-estar geral, o que muitas
vezes resulta na incapacidade de realizar suas próprias atividades profissionais e de vida diária
(Briganó; Macedo, 2005).
A manutenção prolongada de uma postura sentada pode resultar na diminuição da
flexibilidade muscular e da mobilidade articular, bem como na fadiga dos músculos extensores da
coluna vertebral. Esses fatores combinados afetaram a firmeza e o alinhamento da coluna, tornando-
os importantes para o surgimento da dor lombar. Dessa forma, distúrbios biomecânicos como esses
são reconhecidos como relevantes fatores etiológicos para o desenvolvimento da dor lombar.
Apesar disso, a dor lombar pode ser ocasionada por fatores internos, como condições tumorais,
mecânica postural convencional, processos inflamatórios, infecciosos, degenerativos e congênitos; e
por motivos externos, como esforço repetitivo (Briganó; Macedo, 2005).
Além dos fatores mencionados, a dor lombar muitas vezes está relacionada a fatores
psicológicos, tais como estresse, ansiedade e depressão, que frequentemente são desencadeados ou

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agravados pela insatisfação no trabalho, podendo influenciar o quadro de dor. As causas da dor
lombar podem ser variações mecânicas-degenerativas, englobando alterações estruturais,
biomecânicas, vasculares ou uma combinação desses fatores; e como causas não mecânicas, que
incluem condições como lombalgia inflamatória, neoplásica, infecciosa, metabólica, miofascial e
psicossomática. A forma mais comum de dor lombar em adultos jovens e atletas é a mecânica-
postural (Kisner; Colby 2005).
No contexto da lombalgia, existem diversos tipos de distúrbios clínicos, sendo comumente
associados ao início dos sintomas à fadiga e desequilíbrios musculares decorrentes de posturas
confortáveis e movimentos repetitivos. A dor persistente resulta da liberação de substâncias
irritantes, da distensão dos tecidos, da redução da mobilidade devido ao inchaço nos tecidos e da
contração muscular reflexa – características semelhantes ao que ocorre em outras partes do corpo.
Na ausência de fixação apropriada da coluna, a contração dos músculos das regiões abdominais
transmite forças próximas e gera movimentos na coluna que impõem cargas excessivas para a
estabilização da pelve (Kisner; Colby 2005).
Para diagnosticar a lombalgia, geralmente é observada a presença de sintomas como dor,
dificuldade de movimento, perda de amplitude de movimento e incapacidade para realizar
atividades laborais. O diagnóstico mais preciso é obtido por meio da avaliação da história clínica e
do exame físico. Durante a anamnese, ocorre a coleta de informações sobre a dor, suas
características e fatores desencadeantes. No exame físico, são realizados testes para tentar
reproduzir os sintomas do paciente por meio de movimentos e ações específicas (Pereira, 2002)
No âmbito do processo de reabilitação, a Fisioterapia assume um papel principal,
empregando uma diversidade de recursos destinados a intervir de forma direta sobre a dor, a
incapacidade e a qualidade de vida dos pacientes. Dentre as técnicas empregadas, destacam-se a
terapia manual, cinesioterapia, eletrotermoterapia, hidrocinesioterapia, reeducação postural,
manipulação osteopática, acupuntura, entre outras abordagens terapêuticas. Estas metodologias
proporcionam uma redução significativa nos sintomas associados à lombalgia, promovendo a
quebra do ciclo doloroso e contribuindo para a melhoria do estado clínico dos indivíduos em
processo de tratamento e recuperação (Pereira, 2002).
A fisioterapia dispõe de uma variedade de recursos para alívio da dor, melhoria da
funcionalidade e promoção do bem-estar físico, mental e social, facilitando o retorno do indivíduo
às suas atividades diárias. A prática de atividade física, em conjunto com o fortalecimento da
musculatura profunda do tronco por meio de exercícios resistidos, pode reduzir os sintomas
dolorosos. Isso ocorre devido ao fato de que as contrações musculares intensas ativam os receptores
de tensão muscular, desencadeando a liberação de opioides endógenos que ajudam a modular a dor
(Pereira, 2002)
Assim, acredita-se que a ampliação dos níveis de endorfina durante o treinamento pode
contribuir para a diminuição tanto da dor central quanto da periférica. Além disso, a prática de
exercícios de força e resistência pode estimular o crescimento dos capilares sanguíneos, melhorando
assim a oferta de oxigênio, a remoção de resíduos metabólicos que causam dor, e promovendo uma
melhor nutrição do tecido muscular (Kisner; Colby, 2009).
Ao analisar as abordagens fisioterapêuticas no tratamento da lombalgia, observa-se que a
cinesioterapia tradicional, combinada com outras técnicas de terapia manual, é amplamente
utilizada. Entre essas técnicas, o alongamento muscular se destaca, sendo uma estratégia terapêutica
focada em ampliar a compridez dos tecidos moles que estão encurtados (Kisner; Colby, 2009).
A prática de atividade física é uma das abordagens mais benéficas para o tratamento de
problemas na coluna vertebral, demonstrando eficácia tanto a curto quanto a longo prazo. Os
exercícios concebidos por Joseph Pilates revelaram-se extraordinariamente eficientes, incorporando
os princípios de contração do músculo multífido e transverso abdominal, aliados a uma meticulosa
atenção à respiração (Kisner; Colby, 2009).
O método desenvolvido por Pilates foi meticulosamente concebido para fomentar a

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flexibilidade abrangente do corpo, fortalecer o núcleo central de força, aprimorar a postura e


sincronizar a respiração com os movimentos. Este sistema fundamenta-se em seis princípios
essenciais: respiração, controle, concentração, organização articular, fluidez de movimento e
soluções (Kisner; Colby, 2009).
No método Pilates, os exercícios focam em avigorar a musculatura abdominal com baixo
impacto e tensão, o que auxilia a melhorar a estabilidade e o suporte da coluna vertebral. A
utilização da fisioterapia é essa abordagem para aliviar a dor, restabelecer a função e melhorar a
qualidade de vida, considerando a natureza biopsicossocial do paciente. Dessa forma, a fisioterapia
aborda não apenas os aspectos físicos da patologia, mas também os aspectos psicológicos e sociais,
observando que essa condição pode afetar tanto a saúde física quanto a mental (Kisner; Colby,
2009).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo conveio para corroborar com a importância da análise da fisioterapia no
tratamento de pacientes com lombalgia. A fisioterapia é fundamental no tratamento de lombalgias,
abordando diversas causas da dor lombar e reunindo informações sobre intervenções terapêuticas.
Resumidamente, é importante considerar o conceito da lombalgia, sua etiologia, sintomas e
tratamento. Além disso, a fisioterapia desempenha um papel crucial nesse processo patológico.
Entretanto, existem evidências científicas bastante persuasivos que demonstram que a
realização de exercícios sutis, específicos e em disposição neutra podem ser correspondentes para
ajustar a musculatura estabilizadora do indivíduo, harmonizando assim efeitos positivos e relevantes.
Assim sendo, destacando o fortalecimento da musculatura “central” do corpo e ajustando o sujeito a
uma melhor sinergia muscular. Desse mesmo modo, foi notado que o protocolo de Fisioterapia
nomeado nesta pesquisa alcançou um grande resultado, apontando através de estudos bibliográficos
a importância do quadro álgico e o tratamento de pacientes que buscam aperfeiçoar as alterações
posturais, no que tange ao tratamento fisioterapêutico é de suma importância em que se pode
verificar que os objetivos deste artigo foram alcançados com o objetivo de abordar a temática do
estudo.
É excelente perceber que a fisioterapia desempenha um papel crucial na reabilitação de
pacientes com lombalgia. A continuidade das sessões de fisioterapia é fundamental para manter os
ganhos e aprimorar ainda mais o quadro clínico, que agora se encontra em um estado estável.
Procurar o acompanhamento contínuo e seguir as orientações pode contribuir ainda mais com o
quadro clínico atual que se apresenta estável e isso é uma conclusão significativa.
Este estudo busca direcionar a aplicação da fisioterapia no tratamento da lombalgia,
contribuindo com conhecimentos adicionais sobre o tema no âmbito científico, especificamente na
área da fisioterapia. A lombalgia é uma condição que sempre impõe mais informes e revisões como
as apresentações neste estudo. Por fim, o presente estudo pode servir de base para novas pesquisas,
fornecendo, assim, com toda a comunidade acadêmica e sociedade em geral poderão desfrutar desta
pesquisa científica que é um tema de suma importância.

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