TCC Final Bio-Mc
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ABSTRACT
Cortisol, also known as the stress hormone, is produced in the adrenal or adrenal glands,
secreted in response to the hormone. The secretion of glucocorticoid hormones, are steroid
hormones that are synthesized in the cortex of the adrenal gland, such as Cortisol. In the
morning cortisol levels are highest for energy supply and throughout the day they drop until
they become low at night. When the individual is exposed to long and prolonged stress,
cortisol increases, with a decrease in lymphocytes, preventing the production of antibodies,
leading to a greater risk of infectious diseases due to a decrease in immunity. The objective
of this review is to understand the mechanism of action of cortisol on the immune system.
The study was carried out based on the bibliographic review method using Google Scholar,
Scientific Electronic Library Online (Scielo) and National Library of Medicine (PubMed) as
a database. Based on what has been studied, cortisol has an important influence on the
immune system, high levels of stress alter the functions of T lymphocyte production,
harming the immune system.
Keywords: Cortisol; Immune System; Stress.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
O estudo foi feito a partir do método de revisão bibliográfica, utilizando como fonte
de pesquisa para levantamento de dados o Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library
Online (Scielo) e National Library of Medicine (PubMed).
As palavras chaves utilizadas foram as seguintes: “Cortisol”, “Sistema Imune”,
“Estresse” e “Síndrome Cushing”.
Pesquisas feitas entre 2014 e 2022, nas línguas inglesa e portuguesa, utilizando
como critério de inclusão textos pertinentes ao tema no formato de revistas, artigos e livros.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Após a ativação da amígdala, o corpo reage diante a resposta neural e estimula a resposta
hormonal do hipotálamo induzindo a liberação do fator liberador de corticotropina (CRH),
que estimula a hipófise ou pituitária a liberar outro hormônio o adrenocorticotrófico (ACTH)
na corrente sanguínea, que estimula as glândulas adrenais a liberar cortisol (Figura 2)
(OLIVEIRA; LOPES, 2014).
Figura 2 Estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e sistema nervoso autônomo
em uma situação de estresse. As respostas fisiológicas são guiadas pelo sistema nervoso
autônomo (SNA), e pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), o sistema nervoso
autônomo é responsável pela resposta imediata no estresse, modificando o estado
fisiológico, já o eixo HHA, aumenta a circulação de glicocorticóides (OPPERMANN, 2022).
McEwen (2009), cita as alterações provocadas pelo cortisol no organismo, como: ação
no metabolismo dos carboidratos, disponibilizando alta quantidade de glicose cerca de,
50% ou mais acima do normal no plasma sanguíneo, sendo um hormônio importante no
jejum prolongado pois age no catabolismo proteico no músculo, deixando os músculos
mais fracos.
A liberação do cortisol segue um ritmo diário normalmente semelhante, onde no
período da manhã o nível é elevado onde precisamos de mais energia então aumenta a
taxa de glicose no sangue, para que seja fornecido energia, os níveis diminuem até se
tornarem mais baixos no período da noite, onde acontece um aumento de melatonina
(VALLE; 2011). Esse ciclo é conhecido como ciclo circadiano (Figura 2), que pode ser
alterado de acordo com o estresse que o indivíduo é exposto (TEIXEIRA et al., 2021).
O termo estresse foi utilizado na área da saúde pela primeira vez no ano de 1936,
pelo pesquisador Hans Selye e por dois fisiologistas Bernard e Cannon, que realizavam
pesquisas sobre os mecanismos de equilíbrio interno do corpo (OLIVEIRA; LOPES, 2014).
Ocorre quando o indivíduo recebe estímulos e o interpreta como algo que pode prejudicar
o equilíbrio interno. Ele promove a motivação aos indivíduos, estimulando para a motivação
dos desafios do dia a dia (ROCHA, 2018).
O estresse pode ser classificado como agudo, onde o estresse se cessa logo após
a remoção do estímulo estressor, e crônico, onde de um período de tempo muito maior
(OLIVEIRA; LOPES, 2014).
O organismo passa por três fases de estresse, fase de alerta (o corpo reconhece o
estressor e estimula o sistema neuroendócrino), a fase de adaptação ou resistência (o
organismo restaura os danos causados pela primeira fase e reduz os níveis hormonais) e
a fase de exaustão (onde ocorre o surgimento de doenças associadas ao estresse, caso
o estressor permaneça presente) (OLIVEIRA; LOPES, 2014).
Em situações que o indivíduo é exposto por um período muito longo de agentes
estressores, o organismo é sobrecarregado pela demanda metabólica, devido aos
esforços do corpo para se manter em homeostasia (ROSA, 2016), que é regulado pelo
cortisol, como funções metabólicas, imunológicas, entre outros (NÓBREGA et al, 2020).
A função fisiológica deste aumento de cortisol, após o estímulo de estresse, é de
proteger contra as respostas de defesa ativadas (e não somente contra a fonte causadora
do estresse) (OLIVEIRA; LOPES, 2014).
O aumento do cortisol pode ocasionar em fraqueza muscular, pois as fibras musculares
podem ficar fracas devido a redução da síntese proteica e do aumento do catabolismo das
proteínas musculares, com seus aminoácidos desviados para o processo de
gliconeogênese (processo que os precursores como lactato, piruvato, glicerol e
aminoácidos são convertidos em glicose); osteoporose, pois quando o glicocorticoide
deprime a atividade osteoblástica, o osso passa a ser mais reabsorvido do que depositado
passando a ficar mais enfraquecido; obesidade, o estresse crônico pode desregular o eixo
HHA e promover um aumento da ingestão de alimentos que são agradáveis ao paladar e
deposição de gordura, podem diminuir a produção de hormônios tireoidianos, fazendo
com que diminua a taxa de metabolismo basal de forma que favoreça o ganho de peso
(ROCHA, 2018).
Além de causar um aumento de inflamações, pois sua exposição prolongada ao
cortisol com níveis aumentados, torna as células imunológicas insensíveis aos seus efeitos
anti-inflamatórios e por sua ação imunossupressora ocorre inibição das vias de sinalização
pró-inflamatórias, reduzindo a ação das células de defesa. Pode também estar relacionado
com casos de depressão, fadiga e efeitos imunológicos como inflamação (NÓBREGA et
al., 2020).
Quando o cortisol está baixo (causado pela insuficiência adrenal primária e
secundária), pode ocasionar um aumento da resposta das células natural killer (NK),
células do sistema imunológico com papel fundamental no combate células atípicas e
carcinogênicas (NÓBREGA et al., 2020).
A exposição excessiva e prolongada de cortisol, pode acarretar no aumento da
concentração sérica de cortisol, e uma patologia clínica está associada a essa condição
conhecida como Síndrome de Cushing, onde acontece a perda da contra-regulação normal
do eixo HHA, alterando o ritmo circadiano de secreção do cortisol (TRAINER et al.,
NEWELL-PRICE et al 1998).
Pode ser classificada como primária, sendo a causa endógena caracterizada pela
hipersecreção de ACTH no eixo HHA, ou como secundária, por causas exógenas devido
ao uso crônico de medicamentos que contenham glicocorticóides (TEIXEIRA et al., 2021).
A causa mais frequente da SC endógena é subdividida em dependente de ACTH,
que está relacionada a adenoma hipofisário secretor de ACTH, e independente de ACTH,
onde um adenoma benigno que produz cortisol de forma autônoma e suprime a liberação
de ACTH por feedback negativo, induzindo a atrofia das células adrenais (TEIXEIRA et
al., 2021).
Os sintomas que o indivíduo pode possuir apresenta muitos sintomas e alterações
fenotípicas, como obesidade centrípeta, acne, hipertensão arterial, diabetes mellitus,
rápido ganho de peso (TEIXEIRA et al., 2021), calvície, fraqueza da musculatura proximal,
pele fina, irregularidade menstrual nas mulheres, entre outros, onde dependem da
intensidade e do tempo de exposição (CORRÊA, 2018).
O diagnóstico da SC se inicia com exames para a confirmação do hipercortisolismo
(cortisol urinário 24h), da perda do ritmo circadiano normal pela secreção do cortisol
(cortisol salivar noturno) e da autonomia relativa da secreção do cortisol (teste de
supressão com dose baixas de dexametasona overnight). Na etapa subsequente, deve ser
realizado o diagnóstico diferencial da SC, ACTH-dependente ou independente
(MACHADO, 2018).
Podendo ser útil ao tratamento, a terapia com cetoconazol em doses elevadas
mostrou inibir a síntese de cortisol, reduzindo o hipercortisolismo (TEIXEIRA et al., 2021).
Estes mecanismos podem ser quebrado, devido os efeitos que o estresse traz
ocorre um efeito modulador na ativação no eixo HHA, através de alterações no Th1/Th2,
através de altos níveis de glicocorticóides produzidos durante o estresse as respostas do
Th2 são favorecidas (ALVES, 2007).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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