Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Curso Luthier Completo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 47

CN Cursos

Luthier Completo
Índice
Prefacio______________________________________

Introdução___________________________________

.Algumas madeiras para instrumentos___________________

.Guitarras_______________________________________________

.Anatomia da Guitarra__________________________________

.Baixos__________________________________________________

.Violões_________________________________________________

1. Ajustes Iniciais
 1. Regulagens do braço____________________________
 2. Observando os trastes__________________________
 3. Ajustes na pestana_____________________________
 4. Ajustes na ponte, altura das cordas_____________

2. Primeiros reparos
 1. Estado das cordas______________________________
 2. Retirando cordas em pontes Floyd-rose_________
 3. Cordas desafinando____________________________
 4. Cordas quebrando_____________________________
 5. Refazendo buracos de parafuso________________
 6. Manutenção de parafusos______________________
 7. Troca de tarraxas______________________________
 8. Nivelando trastes______________________________

3. Reparos parte elétrica


 1. Não tem som___________________________________
 2. Limpando Chave seletora______________________
 3. Consertando Chave seletora___________________
 4. Trocando Chave seletora______________________
 5. Truques para uma boa solda___________________
 6. Soldas e fiação________________________________
 7. Limpando Potenciômetros_____________________
 8. Trocando Potenciômetro_______________________
 9. Limpando Jack_________________________________
 10. Trocando Jack__________________________________
 11. Barulhos e ruídos_______________________________
 12. Blindando o circuito____________________________
 13. Diagrama de Circuitos__________________________
Introdução
Luthier ou lutier é um profissional especializado na construção e no reparo de
instrumentos de corda com caixa de ressonância, mas não daqueles dotados de
teclado. Isto inclui violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, violas da gamba e
todo tipo de guitarras (acústica, elétrica, clássica), alaúdes, archilaúdes, tiorbas,
e bandolins. A palavra luthier é francesa e deriva de luth ("alaúde"). O termo
luteria (do francês lutherie) ou luteraria designa a arte da construção de
instrumentos de cordas ou, por metonímia, o ateliê ou loja desses instrumentos.

Uma grande referência de luthier é Antonio Stradivari, ou Stradivarius, como era


conhecido. Outros luthiers famosos são Nicolò Amati (1596 — 1684), que foi o
mestre de Stradivari, e Giuseppe Guarnieri (1698 – 1744), também discípulo de
Amati - todos cremoneses.

Origem: Wikipédia.
MADEIRAS PARA INSTRUMENTOS MUSICAIS

As madeiras para instrumentos musicais tradicionalmente foram


selecionadas por “luthiers” de acordo com critérios anatômicos como
grã direita, textura fina, baixa densidade e aspectos visuais. Pranchas
com estruturas regulares são uma exigência básica e um critério geral
para os “luthiers”, porém, a regularidade das estruturas da madeira para
guitarras não são tão exigentes como para instrumentos de orquestras
(BUCUR, 1995).
Os “luthiers” desenvolveram habilidades e procedimentos para
verificar e analisar suficientemente bem as propriedades físicas das
madeiras sem equipamentos caros nem sofisticados (MULLER, 1986). Os
resultados provenientes de testes e métodos científicos podem
contribuir na escolha das madeiras, contudo a habilidade dos
construtores é o que contribui para o objeto artístico que é o
instrumento musical.
O comportamento do instrumento musical é influenciado tanto
pelo seu desenho e dimensões como pelas propriedades das madeiras
usadas na sua construção (WOODHOUSE, 1993 a, b; 1994). O maior
aspecto na arte dos “luthiers” é a habilidade de produzir instrumentos
musicais com uma qualidade tonal pré-determinada. A variabilidade das
madeiras usadas na sua construção tem um importante papel na
qualidade tonal do instrumento. Critérios mais objetivos para seleção da
matéria-prima poderiam auxiliar “luthiers” na sua escolha
(RICHARDSON 1988).
O comportamento acústico da madeira sob vibração está
relacionado com a elasticidade do material paralelo ou perpendicular às
fibras, sob tração ou flexão e relacionado com a fricção interna causada
pela dissipação da energia proveniente da vibração (BUCUR, 1995).
Madeiras com altos valores de velocidade de propagação sonora paralela
às fibras geralmente são madeiras de baixa densidade (BARDUCCI &
PASQUALINI, 1948; HAINES, 1979).
Os principais parâmetros para escolha de uma madeira de
qualidade são: a densidade do material, a velocidade de propagação
sonora e o decaimento logaritmo (BUCUR, 1995).
O decaimento logaritmo seria uma forma de expressão do
amortecimento em um sistema ressonante. A amplitude das vibrações
de um sistema ressonante amortecido, excitado por uma fonte senoidal,
decai de forma logarítmica com o tempo ao se interromper a excitação
(I.P.T, 1985).
Portanto, quanto menor o valor do decaimento logaritmo, por mais
tempo o som se sustentará após a interrupção da fonte. SCHELLENG
(1982) descreveu os mais importantes parâmetros acústicos das
madeiras usadas para violinos, usando pequenas amostras, através do
método frequencia de ressonância.
Algumas Madeiras para instrumentos

Mogno
Informações técnicas: madeira de cor avermelhada, pesada (densidade 0.63
g/cm3), dura, resistente e com baixa velocidade de som, boa sustentação, chega
a ter 30 metros de altura com 80 centímetros de diâmetro (diâmetro). Madeira
fácil de trabalhar por isso também é muito usada para fazer instrumentos com
perfeitos detalhes em acabamento. Infelizmente com o mau uso desta madeira
ela é protegida no Brasil.
Preço: Madeira Ilegal
Usado geralmente em: Corpo e braço de guitarras e baixos e em tampos de
instrumentos acústicos.

Imbuia
Informações técnicas: Madeira de cor variada com muitos veios (próximo ao
marrom), pesada (densidade 0.65 g/cm3), dura, resistente e de ótima
sustentação do som, difícil de cortar e chega até 20 metros de altura e 150
centímetros diâmetro, apesar de ser uma madeira difícil de cortar, ela consiste
em um acabamento perfeito pela sua bela cor que quando envernizada fica
perfeito.
Preço: R$ 2.700 m3
Usado geralmente em: Corpo e braço de guitarras e baixos, tampos, laterais e
fundos de instrumentos acústicos como o violão e o piano.
Marfim
Informações técnicas: O Pau-Marfim mais conhecido simplesmente como marfim
é de cor clara, pesada (densidade 0.84 g/cm3), dura e não tão resistente,
propicia um som claro e brilhante, de fácil trabalhabilidade e também é uma
madeira muito usada em instrumentos nacionais, chega a ter 20 metros de
altura com tronco de 90 centímetros de diâmetro.
Preço: R$ 2.100 m3
Usado geralmente em: Braços e escalas.

Cedro
Informações técnicas: O cedro é uma das madeiras mais leves com uma cor
próxima a um bege escuro, com média resistência, não é permeável como o
marfim e fácil de se trabalhar, o cedro apesar de ser de baixa densidade tem um
som bem característico e encorpado.
Preço: R$ 2.400 m3
Usado geralmente em: Corpo e braço de guitarras e baixos, tampos e braços de
instrumentos acústicos.

Marupá
Informações técnicas: A famosa caxeta, aquela mesmo usada para fazer palitos
de fósforo, caixotes, madeira de cor clara, leve (densidade 0.38 g/cm3), tem
ótima velocidade do som fácil de se trabalhar, com pouca resistência, pode
chegar até 25 metros de altura com tronco de 80 centímetro de diâmetro, é uma
madeira muito usada para fazer instrumentos nacionais, o marupá tem um ótimo
resultado quando usado como tampo de violão.
Preço: R$ 1.600 m3
Usado geralmente em: Corpo e braço de guitarras e baixos, tampo de violão.
Maple
Informações técnicas: Maple é uma madeira clara usada em muitas guitarras da
Jackson, pesada e com baixa velocidade sonora, ela tem um som bem peculiar e
gordo, ótima resistência, pode chegar 75 metros de altura com tronco de 80
centímetros de diâmetro.
Preço: Sem informações concretas de custo.
Usado geralmente em: Corpo e braço de guitarras e baixos, tampo, lateral e
fundo de instrumentos acústicos, e pra fugir um pouco do assunto instrumento
essa madeira também é usada para fazer pinos de boliche.

Jacarandá
Informações técnicas: O Jacarandá da Bahia é de uma cor escura próximo ao
marrom com muitos veios na madeira, pesada, pode chegar até 25 metros de
altura e 80 centímetros de tronco, o jacarandá é uma madeira dura e resistente,
tem uma ótima sustentação sonora e por isso é tão usado em cavaletes, é uma
das principais madeiras utilizadas em violões, seu timbre é gordo e inigualável
porem hoje em dia ela é uma madeira protegida aqui no Brasil.

Preço: Madeira Ilegal

Usado geralmente em: Escalas de instrumentos em geral, tampos, braços,


laterais, fundo de instrumentos acústicos.

Ébano
Informações técnicas: Madeira escura e pesada é uma das principais madeiras
usadas na luthieria, possui um timbre brilhante, gordo e intrigante, o ébano é
uma das madeiras que tem a menor velocidade sonora.
Preço: R$ 59.000 m3
Usado geralmente em: Escala de instrumentos acústicos como violão, violino,
contrabaixo e também é usado bastante em escalas de guitarra e baixo elétrico.

Pinho
Informações técnicas: Madeira macia usada em alguns instrumentos acústicos e
elétricos nacionais e internacionais, de cor bege passando a ficar próximo ao
amarelo quando envernizada, é uma madeira que quando usada em tampo de
instrumentos acústicos produz um som claro e brilhante e muito singular.
Preço: R$ 1.800 m3
Usadas geralmente em: Tampo de violão, corpo e braço de guitarra e baixos.

Ash
Informações técnicas: Madeira de densidade baixo-média, ou seja,
moderadamente leve, muito usada em instrumentos americanos em geral, traz
ao musico um ótimo desempenho quanto a sua velocidade sonora, ou seja,
rápida propagação do som produz um som agudo e brilhante único.
Preço: Sem informações concretas de custo.
Usadas geralmente em: Corpos, braços de guitarras e baixos, essa madeira já foi
muito utilizada pela fender para fazer a belas telecasters e algumas stratos já
vieram a ser feitas dessa mesma madeira pelo seu característico som estalado.
Pau-Ferro
Informações técnicas: Madeira pesada de cor escura próxima a um marrom,
mais avermelhada que o jacarandá da Bahia, com ótima velocidade sonora é
uma madeira muito utilizada em instrumentos tais quais como: Tagima, Jackson
e outras marcas famosas nacionais e internacionais, considerada uma madeira
macia e resistente pelos ensaios realizados nesse material.
Preço: Sem informações concretas de custo. Usadas geralmente em: Escala de
instrumentos sólidos e acústicos também pode ser usada como ponte de
instrumentos acústico propiciando um ótimo desempenho.

Basswood
Informações técnicas: Madeira de baixa densidade, som macio e de baixo custo,
muitos instrumentos internacionais foram construídos com essa madeira como a
própria B. C. Rich fez muitas guitarras desse tipo de material por apresentar bom
desempenho com captadores de peso (alto ganho).
Preço: R$ 1.700 m3
Usadas geralmente em: Corpos, braços de instrumentos sólidos em geral.
GUITARRAS

A guitarra elétrica (também chamada apenas de guitarra) é um instrumento musical


pertencente à família das guitarras, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. É
um Instrumento de cordas (ou cordofone), ou seja, o som é produzido manualmente
pela vibração das cordas como no violão, porém é transformado em sinal elétrico
devido à ação de captadores magnéticos (na maioria dos modelos).

Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um alto-falante


que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser
novamente convertido em som pelo alto-falante.

Por sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrônica de diversas


características de seu timbre, as guitarras elétricas são utilizadas principalmente no
rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros gêneros
musicais.

Modelos de guitarras
Pode-se dividir as guitarras elétricas em dois modelos básicos: Guitarras Maciças e
Guitarras Semi-acústicas.

Guitarras maciças

São guitarras de construção maciça, não possuem caixa de propagação acústica, seu
som natural é pouco intenso e consegue ter mais sustentabilidade na nota. Podem ter o
braço embutido ao corpo (quando inteiramente feito de uma única peça de madeira),
colado ou ainda parafusado. Pelo fato de não apresentarem caixa acústica, a madeira
com que são construídas é a principal responsável pelo timbre que elas entoarão. As
guitarras maciças são preferidas por músicos que necessitam adicionar efeitos sonoros
(principalmente distorção) e tem seu uso mais realizado para produção de músicas dos
estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as
guitarras maciças são as Fender Telecaster e Stratocaster, as Gibson Les Paul e SG,
bem como as guitarras Ibanez, Jackson, ESP, Washburn, muito utilizadas no heavy
metal.
Guitarras semi-acústicas

São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, seu tamanho é relativamente
maior que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica
pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado
(maior influência com captadores passivos e menores, ou nenhuma com captadores
ativos. São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos
na produção de músicas jazz e blues tradicional.

Captadores
Captadores magnéticos

A maioria das guitarras atuais utiliza captadores desta natureza. O captador de guitarra
tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente
produzidas por cordas, em ondas elétricas. Existe uma grande quantidade de tipos e
qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em
conta suas características técnicas: Quanto à alimentação, dividem-se em captadores
ativos e captadores passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em captadores
simples (single-coils), captadores duplos (humbuckings) ou quádruplos (quad-rail);
podem ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e
captadores de alnico;
Captadores passivos

Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem.


Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade
de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências
diversas com facilidade.

Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados


por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de
metal ao vibrarem em frequencias diferentes, tal perturbação no campo magnetico
gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).

Captadores ativos

Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da


guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor
interferência por terem menor impedância.

Captadores cerâmicos

São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.

Captadores de Alnico

São feitos com materiais mais caros e selecionados, sua qualidade normalmente é
superior aos cerâmicos. Os imãs dos núcleos são feitos de uma liga de Alumínio, Niquel
e Cobalto. Existem vários tipos de Alnico dependendo da percentagem dos
componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os Alnico II e o V.
Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comumente
mais caros devido à materia prima.

Captadores simples (single-coils)

São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que
causam ruídos. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante,
estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de
captadores single é o timbre das guitarras Fender.
Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)

São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas


funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da
outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere
um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre
resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os
single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas
guitarras Gibson Les Paul.

Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos


captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos
HS-2 e HS-3 da Dimarzio e a série Noiseless da Fender.

Captadores quad-rail

São estruturados com quatro bobinas em um só corpo.

Anatomia da Guitarra
As guitarras são divididas em corpo, braço, escala, “headstock”, tirante,

ponte, trastes, tarraxas, captadores, parte elétrica e cordas.


Baixos
O baixo elétrico chamado também de contrabaixo elétrico, viola baixo ou
simplesmente baixo é um instrumento de cordas semelhante a uma guitarra elétrica,
maior em tamanho e com um som mais grave. A evolução do contrabaixo acústico é
utilizado por diversos gêneros musicais modernos.

O baixo elétrico tradicional e popular que a maioria das bandas de rock usam é muito
similar a uma guitarra elétrica, mas com o corpo maior, um braço mais longo e uma
escala mais extensa. Em geral, os baixos elétricos mais comuns possuem quatro
cordas, e estas são afinadas, tradicionalmente, da mesma maneira que os contrabaixos
de orquestra, sendo as mesmas notas que as quatro cordas finais de uma guitarra (Mi,
Lá, Ré, e Sol), mas cada uma destas cordas são afinadas uma oitava mais graves, em
tom, do que a guitarra.

A fim de evitar o uso excessivo de linhas suplementares inferior na pauta da partitura,


a notação musical do baixo/contrabaixo é feita na clave de baixo (em Fá) e a anotação,
em si, das notas musicais deve ser feita em transposição de uma oitava acima,
relativamente ao som que o baixo deve emitir. Isto é, o som do baixo quando lendo de
uma partitura para baixo, vai soar uma oitava mais grave do que as notas escritas na
pauta. similarmente a uma guitarra, para se tocar o baixo elétrico com seu potencial
sonoro total, este é conectado a um amplificador específico para contrabaixos; isto é
essencial para as apresentações ao vivo, uma vez que o som do baixo elétrico sem
amplificação é demasiadamente baixo por via dele ter um corpo sólido.

Um pouco da Historia do Baixo


Nos anos 50, o grande problema dos contrabaixistas da época era o transporte de seu
instrumento, delicado (por ser feito de madeira) e extremamente pesado, até que no
ano de 1951 um técnico em eletrônica de 42 anos chamado Leo Fender criou o baixo
elétrico. O instrumento, batizado de Precision, ficou rapidamente conhecido como
Fender Bass. Seu modelo era mais dinâmico e diferente do que o modelo do
contrabaixo clássico.

O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery


(irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery) em turnês ao vivo com a
banda de jazz de Lionel Hampton. Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis
Presley, adotou o Fender Precision em 1957.

Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser
criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um
amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser
usadas para alterar o timbre do instrumento.

Design dos Baixos


O baixista atual tem um amplo campo de escolha para seu instrumento, como por
exemplo:

• Número de cordas (e afinação):


o Como o modelo original de Leo Fender, que tinha quatro cordas afinadas
em EADG.
o Cinco cordas, geralmente BEADG, podendo em alguns casos ser (EADGC)
o Seis cordas geralmente (BEADGC).
o Alcance estendido envolvendo cordas semelhantes às de uma guitarra e
cordas de maior espessura para reproduzir sons mais graves

o Baixo Piccolo –(EADG) (uma oitava acima da afinação normal)

• Captadores:
o Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples.
Atualmente pode-se encontrar:
 Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para
aumentar o sinal)
 Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
 Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou
do braço do instrumento
 Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas Lightwave, que
permitem ao baixista usar cordas não metálicas

• Formato e cor do instrumento:


o Existem diversas opções de cor, desde a cor da própria madeira do
instrumento a efeitos visuais muito interessantes
o Diferentes formatos de corpo (que afetam a maneira de tocar)
o Com ou sem mão (nos modelos sem mão, a afinação é feita na ponte)

• Trastes:
o Com trastes (fretted) - como a maioria das guitarras
o Sem trastes (fretless) - como a maioria dos contrabaixos acústicos
Violão
A guitarra clássica, (no Brasil conhecido como violão e em Portugal como
viola), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicialmente
para a interpretação de peças de música erudita.

O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a
tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis
cordas de nylon, mas há violões com outras configurações, como o violão de
sete cordas e o violão baixo, com quatro cordas, afinadas uma oitava abaixo
das quatro cordas mais graves do violão.

Características gerais
A sua configuração moderna e desenho foram confeccionados na Espanha.
Presente hoje em quase todos os gêneros musicais populares, sua abrangência
só se compara à do piano. Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes
evoluções e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos,
cada qual mais apropriado a um estilo de execução. Entre os gêneros que mais
utilizam a guitarra clássica estão a música erudita, o flamenco espanhol, o vals
peruano, a cumbia colombiana, o joropo venezuelano, as rancheras mexicanas, a
MPB, o fado português, a modinha, a morna, o choro, a bossa nova, as gaitas,
entre outros.

Sobre o nome
Na língua portuguesa, o nome "guitarra" se aplica ao instrumento acústico
ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a
designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o
nome derive diretamente do termo "viola", que designa vários
instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma
evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de
cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor.
É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola
grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra,
a origem linguística do nome "violão" foi o termo "viola", acrescido do
sufixo de aumentativo "—ão".

Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do


vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a
guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem
sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil
para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século
XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas
apenas para designar a versão eletrificada.
Ajustes Iniciais
1
Quando o instrumento está confortável para se tocar, sem desafinar e trastejar ele se encontra
perfeitamente regulado.

Para isso acontecer ele deve passar por ajustes minuciosos no braço, pestana e na ponte, siga
sempre os ajustes necessários nesta sequencia: BRAÇO, PESTANA, PONTE.

A base para a perfeita regulagem do instrumento é o braço, se ele estiver bem regulado os
demais componentes poderão ser regulados com facilidade.

As cordas de uma guitarra geram uma grande tensão no braço do instrumento, forçando-o a se
curvar como em um arco. Em violões com cordas de nylon a tensão é menor do que em cordas
de aço.

Por isso fabricar um violão de nylon com um braço grosso já é o suficiente para evitar que ele se
curve em excesso. Para guitarras e violões com cordas de aço, onde o esforço é maior, é
necessário existir um tensor dentro do braço.

TENSOR
O tensor é composto de uma barra metálica que é colocada dentro do braço do instrumento
durante sua fabricação. Essa barra tem um sistema de ajuste que permite ao braço ficar mais
curvo ou mais plano de acordo com a necessidade.

Pode parecer meio estranho, mas o ideal é que o braço da guitarra não fique totalmente plano e
sim com uma suave curvatura. Tão suave que é necessário examinar o braço com muita
atenção para perceber isso.

Um braço muito curvo pode deixar o instrumento duro de tocar e com notas fora de tom e um
braço muito reto pode fazer as cordas trastejarem demais.
1.Regulagens do braço
Deve-se primeiramente afinar o instrumento do jeito que você está acostumado a tocar,
se for o instrumento de um amigo ou cliente pergunte qual a afinação que ele usa.

Observe:

 Com o instrumento já afinado apóie o corpo do instrumento em alguma bancada, com


uma mão no centro braço do instrumento e com a outra mão perto das tarrachas.

 Faça como se fosse mirar em uma arma observando o braço em direção ao corpo e veja
a envergadura do braço

Você poderá ter alguns resultados que são:

Envergado

Envergado para

baixo (CÔNCAVO) para cima (CONVEXO)


Torcido. Reto

A posição certa de um braço de guitarra ou violão é quase reto, porém com uma
pequena curvatura côncava.

O braço necessita ser um pouco côncavo, pois as cordas vibram mais no centro do
instrumento, por isso se o braço estiver um pouco curvado elas não trastejarão quando
forem tocadas.

Existe um modo muito eficaz de verificar a curvatura de um braço:

Digite a primeira corda na primeira casa com o dedo indicador e com o indicador da
outra mão no fim do braço depois do último traste.
Agora pressione com o seu mínimo em cima do quinto traste e veja se existe uma folga
entre a corda e o traste. A folga ideal é em média 0,5mm.

Se for preciso faça o ajuste do tensor, se o braço estiver empenado ou não tiver tensor
será necessário fazer um nivelamento da madeira, se for um empeno leve pode-se fazer
um nivelamento de topo de trastes.

O grau de dificuldade desse ajuste é difícil e perigoso. Se você estragar o tensor com um ajuste errado a única solução será
trocar o braço.

2.Observando os trastes
O nivelamento de todos os trastes é imprescindível para que não ocorra trastejamentos no
instrumento.

Trastes que não estão com um bom estado de conservação (amassados ou gastos) também
podem provocar trastejamentos.
Geralmente com as mudanças bruscas de temperatura, a falta de carinho ao se construir o
instrumento ou até seu estado de conservação podem levar os trastes a se descolarem da
escala provocando os trastejamentos.

Uma dica boa para verificar esse problema seria observar com cuidado as pontas dos trastes
com os dedos pressionando-os contra a escala para descobrir possíveis folgas.

É muito comum nivelar os trastes com limas e lixas, mas é preciso tomar cuidado, pois o
procedimento rebaixa os trastes a uma altura menor a cada operação de nivelamento podendo
interferir na tocabilidade do instrumento.

Se já foi feito algum nivelamento ou os trastes estiverem velhos e gastos a melhor opção será a
troca deles.

3.Ajustes na pestana
A pestana é a peça que guia as cordas da guitarra das tarrachas até a escala.
Geralmente é feita de plástico, osso, grafite (mais raro) e metal (sistemas com
microafinação como Floyd Rose, por exemplo).

O ajuste será feito na altura em que a pestana vai elevar as cordas sobre a escala.

Se a pestana ficar muito alta a guitarra vai ficar dura de tocar e as notas entre o 1º e 3º
trastes vão soar fora de tom. Se a pestana ficar muito baixa a guitarra vai trastejar nas
cordas soltas.

Para conferir a regulagem da pestana é fácil, deve-se seguir este procedimento:

Afine com cuidado o seu instrumento.

Digita-se a nota do terceiro traste de cada corda, verificando se a corda está distante ou
encosta no primeiro traste. A regulagem perfeita é a qual, durante o teste, a corda
praticamente encosta no primeiro traste.

Aperte a corda em cima do primeiro traste para verificar o espaço. Faça o teste em todas
as cordas.
Se a corda durante o teste estiver encostada no primeiro traste provavelmente trastejará
e se ela estiver muito distante ficará muito duro de tocar.

Quando as cordas estiverem distantes dos trastes deverá ser regulada a altura da
pestana, deve-se lixar a parte debaixo da mesma com uma lixa de madeira n° 100.
Primeiramente retire a pestana do braço com cuidado e depois lixe a parte de baixo
sempre testando para não lixar demais.

Quando as cordas estiverem muito perto ou encostando nos trastes deverá ser
feito um calço ou apoio para levantar um pouco a pestana, pode-se usar algum pedaço
de plástico devidamente cortado nas proporções do espaço que se deve preencher. Não
tem como fugir deve-se fazer e sempre testar até encontrar a configuração perfeita para
cada caso.
Ajustes na ponte, altura das cordas
Com cordas muito baixas o instrumento trastejará.

Com cordas muito altas ficará muito desconfortável tocar e ainda desafinará o
instrumento devido à força para tocá-lo.

Em cada instrumento existem medidas padrão para uma boa regulagem, vamos conferir:

Guitarra ou violão Violão nylon Baixo


aço

Corda mais fina 1,8mm 2,0mm 2,2mm

Corda mais grossa 2,0mm 2,2mm 2,4mm

Note que as cordas mais grossas são mais afastadas, pois sua amplitude de vibração é
maior.

Pode se variar a altura das cordas em até 0,2mm para mais ou para menos.
Primeiros Reparos
2
1.Estado das cordas
Quando se compra um instrumento novo na loja eles em geral estão com as cordas
velhas e enferrujadas porque estão a um longo tempo nele ou porque as cordas não
são de boa qualidade. Portanto será necessário uma troca.

Existem músicos que suam muito e por isso as cordas enferrujam com mais rapidez.

O ideal é trocar as cordas uma por uma, pois corremos o risco de entortar o braço do
instrumento se tirarmos todas de uma vez, já que um encordoamento com cordas
0.11 com afinação tradicional exerce peso equivalente a 55kg sobre o braço do
instrumento.

Se trocarmos as cordas por outras de espessuras diferentes devemos regular o tensor


do instrumento. Cordas. 009 têm peso equivalente a 38 kg sobre o instrumento. Se
formos colocar cordas 0.11 em um braço ajustado para. 009 existe uma diferença de
uns 17 kg,

Isso com certeza é um bom motivo para se regular o tensor.

Trocando cordas de um violão


Existem diferentes maneiras e técnicas de se colocar cordas em violões, porém vou
explicar uma que creio ser a mais fácil.

Nesta explicação vou utilizar dois exemplos de violões, este violão abaixo tem um
estilo diferente de se colocar as cordas no começo, porém as próximas etapas são as
mesmas para qualquer violão.
Coloque a corda pelo orifício como indicado:

Dê uma pequena volta:

Com o polegar e o indicador aperte a corda até ficar uma dobra. É preciso calcular o
tamanho certo da posição desta dobra, continue vendo as próximas figuras para ter
uma idéia de qual tamanho deve deixar.
O número de laçadas deve ser conforme indicado abaixo

Agora já pode esticar um pouco. Está na hora de começar a outra extremidade


Gire a tarraxa até deixar o orifício na posição indicada e passe a corda por entre ele.

Coloque a corda de maneira que não escorregue quando for apertada, esta como é
uma corda grossa não precisa dar um tipo de nó, porém quando for colocar as mais
finas faça um nó para firmar a corda.
Aperte a volta dada na corda e coloque-a no lugar certo da pestana, agora comece a
apertar a corda e parta para outra.
2.Trocando cordas em pontes Floyd-Rose

Tenha consciência de que trocar cordas de uma guitarra que tenha Floyd-Rose é um
grande desafio.

Como já foi dito as cordas não devem ser retiradas ao mesmo tempo, mas se o
instrumento precisar de uma limpeza mais profunda vá em frente, retire as cordas e
faça a limpeza.

Se a ponte afundar no “Back Box” não se assuste, pois ele voltará ao normal com a
afinação.

Para não alterar a regulagem use cordas do mesmo calibre de cordas.


Coloque todos os micro-afinadores no meio de seu curso para que tenham uma boa
ação tanto para afinar para cima ou para baixo quando se travar o nut.

(1) Regulagens da micro afinação. (2) Carrinhos (3) Rosca da Alavanca

Coloque a corda no carrinho respectivo, no meio exatamente, até no fundo do


compartimento do chumbinho quadrado, ele tem que estar em perfeitas condições,
caso contrário, ele tem que ser substituído.

Aperte o parafuso principal, mas ATENÇÃO não exagere na força senão há um sério
risco de quebrar o carrinho.

Afine a guitarra várias vezes, esticando bem as cordas com a mão entre cada
operação para que elas se assentem.

Com a afinação feita e estável é hora de conferir a altura das cordas, as oitavas e o
paralelismo da ponte.

A altura das cordas fica regulada em dois pivôs de fixação.


Ele se encontra a altura recomendável olhando-se nos últimos trastes por volta do
21°, por exemplo. Esta altura ideal é de 1,5mm nas primas e 3mm nos bordões, mas
varia conforme o gosto pessoal.

Como as oitavas dependem da altura, elas devem ser reguladas depois.

O paralelismo é assim: a base da ponte tem que estar paralela com as cordas.

Se estiver inclinada para frente:

os parafusos que seguram o prendedor de molas, atrás da guitarra devem ser


apertados, reafine a guitarra e repita até que a ponte fique paralela as cordas.
Se a ponte estiver inclinada para trás siga o mesmo procedimento, mas ao invés de
apartar os parafusos você deve afrouxá-los.

Com tudo certo trave o locking-nut e afine a guitarra com a micro afinação.
3. Cordas desafinando
Cordas para se manterem afinadas devem estar em boas condições, bem presas na
ponte nas tarraxas e amaciadas.

Cordas novas sempre cedem nos primeiros dias, não se preocupe.

Sempre que afinar o instrumento vá com a mão na altura do 12º traste e puxe a
corda, veja se desafinou, repita o procedimento até que se estabilize.

Lembrando que todas as partes do instrumento (braço, pestana e ponte) devem estar
perfeitamente reguladas para que a afinação das cordas se de com satisfação.

4.Cordas quebrando
Verifique o estado das cordas. Se estiverem velhas troque-as imediatamente.

Os pontos de apoio das cordas devem ser observados, pois alguns criam “dentes” ou
quinas que podem cortar as cordas como se fossem facas.

Um exemplo é o próprio nut.


Se for notado esse problema tente arredondar estes pontos de apoio com uma lima.

Repare onde a corda se partiu, se ela se parte mais ou menos no meio do


instrumento é um grande indício de que existe algum traste que não esteja bem
arredondado e quebrando a corda.

5.Refazendo buracos de parafuso


Quando os parafusos não apertam mais é uma situação terrível, conheço pessoas que
trocam a largura do parafuso mas isso só piora a situação pois o acabamento fica
prejudicado. Esta que colocarei aqui é uma técnica muito simples, observe:

Materiais: Superbonder, palitos de madeira, alicate de corte.

Como fazer:

a) Retire o parafuso;
b) Pegue o pedaço de madeira, pode ser palito de dente, palito de churrasco e etc...
vai depender do tamanho do buraco;
c) Coloque superbonder na ponta;
d) Coloque o pedaço de madeira dentro do buraco espalhando a cola por dentro;
e) Corte o excesso;
f) Lixe as sobras de cola;
g) Espere secar;
h) Com uma broca refaça o buraco do parafuso, a broca deve ser mais fina que o
parafuso;
i) Coloque a peça no lugar e aperte o parafuso.

6. Manutenção de parafusos

Muitos parafusos que ficam enferrujados precisam ser trocados, mas alguns, geralmente,
podem ser recuperados ou pelo menos melhorado seu aspecto, fazendo o seguinte:

1. Retire o parafuso a ser recuperado.


2. Com uma escova de aço retire a ferrugem acumulada.
3. Outro modo é lixar a cabeça dos parafusos tirando a ferrugem.

Dicas:

 Se os parafusos forem pretos, pinte a sua cabeça com uma caneta de cor preta.
 A sujeira e a ferrugem podem tampar a cabeça de alguns parafusos impedindo o ajuste.
Tente retirar a sujeira.
 Em parafusos difíceis de retirar, lubrifique com óleo desengripante e tente novamente.
7. Troca de tarraxas

Veja se as novas tarraxas se encaixam e são compatíveis com o instrumento.

Se os buracos dos parafusos não forem compatíveis tampe os anteriores e refaça os


buracos. É simples.

Depois destas verificações é só trocar as tarraxas velhas ou quebradas pelas novas.


8. Nivelando trastes

Os trastes são originalmente arredondados fazendo com que o ponto de apoio das cordas seja
no seu centro. Após um nivelamento, o traste torna-se quadrado no seu topo e é necessário
arredondá-lo novamente.

Ferramentas e materiais necessários:

• Fita adesiva

• Pedaço de papel cartão ou acetato


• Régua de medição
• Caneta hidrocor
• Bloco de nivelamento com a mesma curvatura do braço
• Lixas 220, 320, 400, 500, 600
• Lima
• Lâmina para proteger o braço

Procedimento:

1. Retire as cordas para poder trabalhar Veja: Retirando e colocando as cordas.


2. Se o braço do instrumento for colado ao corpo, proteja a pintura com o papel cartão ou
acetato e prenda com a fita adesiva.

3. Se o braço for parafusado, retire os parafusos de fixação (Observe os tamanhos dos


parafusos, pois, em alguns instrumentos, podem existir diferença de espessura nesta
região do corpo e os parafusos não devem ser trocados quando forem recolocados).

4. Segure a junção do braço com o corpo e com cuidado vire o instrumento e retire o braço.
Tome cuidado para não danificar a pintura do corpo. Um macete é fazer uma alavanca,
empurrando a mão do instrumento para trás.
5. Coloque um pedaço de fita adesiva ao longo de uma das laterais do braço e proteja a
escala com pedaços de fita adesiva.
6. Pinte o topo dos trastes com a caneta hidrocor para que possa regular seu desgaste.
7. Retire a pestana com o pedaço de madeira e/ou a ponteira, tomando cuidado para não
danificar a madeira e a pintura do instrumento. (Em braços com a escala clara ou se a
pintura da mão estiver encostando na pestana, faça com o estilete um corte na pintura
ao redor da pestana. Isso evitará que o acabamento se rompa quando a pestana for
retirada.

8. Deixe o braço o mais reto possível ajustando-o pelo tirante e verificando com a régua
9. Coloque a lixa 220 na base do bloco de nivelamento e lixe o topo dos trastes tomando
cuidado para não desalinhar o bloco em relação ao braço do instrumento ou diretamente
sobre os trastes Verifique onde os trastes estão mais gastos (a tinta da caneta hidrocor
acusa os pontos mais profundos e continue lixando o topo dos trastes até os pontos mais
profundos serem atingidos.

10. Pinte novamente o topo dos trastes com a caneta hidrocor.


11. O nivelamento deixa os trastes com os topos achatados, com uma superfície. Com a mesma lixa 220
se arredonda os topos novamente.
12. Arredonde as laterais dos trastes e as suas bordas, tomando cuidado para não limar o
centro dos trastes onde será o ponto de apoio das cordas.
13. Uma lâmina de aço pode ser usada para aumentar a proteção da escala uma vez que a
fita pode se romper durante esta operação.
14. Com um pedaço de lixa 200, retire as marcas deixadas nos trastes pela lima e pela
caneta hidrocor
15. Repita o processo com a lixa 320.
16. Com as lixas 400, 500 e 600, faça um polimento geral.
17. Use a palha de aço para dar brilho aos trastes.

18. Retire as fitas de proteção levantando a fita que foi colocada ao longo do braço. Limpe o
braço. Coloque as cordas e faça os ajustes iniciais.
Reparos parte Elétrica
3
1. Não tem som

Verificando a parte elétrica:

1. Ligue o cabo no instrumento;

2. Ligue o cabo do instrumento no amplificador;

3. Ligue o amplificador e regule o volume em uma altura razoável;

4. Toque o instrumento e gire os knobs de volume do mesmo para verificar;

5. Se não tiver som do instrumento no amplificador desconecte o cabo do instrumento e


toque com o dedo polegar na ponta do cabo para verificar se o problema está no
cabo;

6. Se batendo com o dedo na ponta do cabo não sair som provavelmente o problema é o
cabo.

2.Limpando Chave seletora


Quando se verifica que a chave seletora está em boas
condições com chances de ser reaproveitada podemos
fazer uma limpeza com óleo desengripante, álcool
isopropílico e uma lixa fina de número 600 ou mais;

O óleo tem uma boa ação contra a ferrugem, mas não


devemos deixá-lo dentro da chave por muito tempo,
pois o óleo e a poeira podem se transformar em uma
substância grudenta que pode estragar a chave;

Devemos retirar o óleo da chave com álcool isopropílico para finalizarmos o serviço.

Como fazer:

1. Desmonte a chave por completo para expor o circuito e poder trabalhar com
mais facilidade, preste atenção na disposição das peças para poder montar
perfeitamente depois de terminado;

2. Se a chave não tiver parafusos ela terá travas, com o auxilio de um alicate de
bico, abra-as e desmonte a chave;

3. Lixe todos os contatos com uma lixa número 600 e use o óleo desengripante,
limpe tudo com o álcool isopropílico;
4. Monte a chave do jeito que estava antes, coloque-a no instrumento e teste
várias vezes.

Se não resolver o problema troque a chave por uma nova.

3. Trocando Chave seletora

Existem dois pontos a serem examinados ao se trocar uma chave:

• Número de posições

• Número de terminais

Como fazer:

1. Exponha o circuito para trabalhar com facilidade;

2. Solte a chave do instrumento;

3. Coloque a chave nova no lugar;

4. Transfira os fios que estavam na chave velha para a chave nova e teste várias vezes.

4. Truques para uma boa solda

• Em peças novas lixe e estanhe a área a ser soldada.


• Usar um sugador de solda para limpar soldas antigas e restos de fios
• Esfregue com a ponta do ferro de solda o componente a ser soldado pois isso melhora a
absorção da solda pela peça e diminui o tempo de execução do serviço.
• Estanhar as partes a serem soldadas.
• Esquentar bem as partes a serem soldadas com a ponta do ferro de solda e só depois
encostar o fio de solda. (O ponto ideal de temperatura é quando a parte da peça a ser
soldada tem calor suficiente para derreter o fio de solda.
• Dependendo da área do metal a ser soldado, o tempo de aquecimento varia, por exemplo: Os
terminais dos potenciômetros aquecem muito mais rápido do que a sua carcaça.
• Quando uma gota de solda fica completamente líquida unindo as partes a serem soldadas é
que se pode garantir que fará uma boa conexão quando esfriar e endurecer.
• Evite mover as partes enquanto a solda endurece.
• Para isolar emendas de fios, o ideal é que se usem isolantes termo-retráteis para fazer o
isolamento da junção. Para se descascar fios, pode-se usar um isqueiro para evitar que
alguns condutores sejam rompidos, o que é comum quando se usa alicates para este fim.
5.Limpando Potenciômetros

A umidade do ar ou a falta de uso dos potenciômetros podem provocar oxidações nos seus
componentes internos causando falhas e ruídos.

Fios mal instalados ou soldas mal feitas também podem provocar problemas.

Quando se verifica que potenciômetro está em boas condições com chances de ser
reaproveitado podemos fazer uma limpeza com óleo desengripante e álcool
isopropílico.

O óleo tem uma boa ação contra a ferrugem, mas não devemos deixá-lo dentro do
potenciômetro por muito tempo, pois o óleo e a poeira podem se transformar em
uma substância grudenta que pode estragar o potenciômetro;

Devemos retirar o óleo do potenciômetro com álcool isopropílico para finalizarmos o


serviço.

Você vai precisar de:

• Chave Philips
• Óleo Desengripante
• Álcool isopropílico em Aerosol

Procedimento:

1. Exponha o fundo dos potenciômetros para poder trabalhar.


2. Verifique o estado de fios e soldas. Veja: Verificando soldas e fiação
3. Coloque o óleo desengripante dentro do potenciômetro
4. Gire várias vezes o knob do de um lado para o outro.
5. Coloque álcool isopropílico dentro do potenciômetro para retirar o óleo e a sujeira.
6. Gire várias vezes o knob do de um lado para o outro.
7. Faça testes.

Se o problema não foi solucionado, Veja: troque o potenciômetro.

6.Trocando potenciômetros

Quando as providências para se recuperar um potenciômetro não foram eficazes então será
necessário trocá-lo.

Observe as características do potenciômetro a ser trocado:

• O valor em ohms impresso na sua carcaça (A250K, B250K, A500K, B500K, 25K, 100K). Em
circuitos passivos, para o volume, usam-se potenciômetros tipo B e para tonalidade, tipo A.
• O comprimento do eixo (Os potenciômetros que atravessam a madeira do instrumento, têm
o eixo mais comprido do que aqueles projetados para atravessar uma placa ou o escudo,
porém, potenciômetros com eixo mais comprido podem ser regulados através de uma porca
extra para regular a projeção externa do seu eixo).
• A largura do eixo: Alguns potenciômetros têm o seu eixo mais largo que outros. Nesse caso
será necessário abrir um pouco o buraco por onde o eixo atravessa.
• Se possível, adquira um potenciômetro idêntico ao original para fazer a troca.

Como fazer:

1. Retire o knob do potenciômetro.


2. Exponha o circuito para poder trabalhar
3. Retire a porca e a arruela que prendem o potenciômetro segurando-o por baixo para que não
gire e prejudique a fiação existente.
4. Retire o potenciômetro tomando cuidado para não forçar a fiação.
5. Coloque o novo potenciômetro no lugar, coloque as arruelas e a porca e aperte bem.
6. Retire cada fio da peça com defeito e transfira imediatamente para a nova, para evitar troca
de fios e ligações incorretas.
7. Não se esqueça de ligar um dos terminais na sua própria carcaça se assim estiver na peça
original.
8. No caso de estar se trocando um potenciômetro de tonalidade, retire o capacitor de filtro e
solde no novo potenciômetro nos mesmos pontos em que estavam.
9. Recoloque o knob, observando posicionamento da numeração.
10. Faça testes.

7.Limpando Jack
A umidade do ar ou a falta de uso dos jacks podem provocar
oxidações nos seus componentes internos causando falhas e
ruídos.

Fios mal instalados ou soldas mal feitas também podem provocar


problemas.

Quando se verifica que o Jack está em boas


condições com chances de ser reaproveitado
podemos fazer uma limpeza com óleo
desengripante e álcool isopropílico.

O óleo tem uma boa ação contra a ferrugem, mas não devemos deixá-lo dentro do
Jack por muito tempo, pois o óleo e a poeira podem se transformar em uma
substância grudenta que pode estragar o Jack;

Devemos retirar o óleo do Jack com álcool isopropílico para finalizarmos o serviço.

Vamos precisar de:

• Um pedaço de lixa No. 600 (10x10cm)


• Óleo desengripante
• Álcool isopropílico
• Algodão
• Cabo e Amplificador

Procedimento:

1. Coloque um pouco de óleo desengripante dentro do Jack,


2. Enrole a lixa e lixe os terminais e as paredes internas do Jack,(Não use lixas de grão abaixo
de 600, para evitar a retirada da camada de proteção do metal do Jack) Limpe o local com
álcool isopropílico e algodão.
3. Faça testes.
8.Trocando o Jack
Quando as providências para se recuperar o output Jack não são eficazes, então será necessário
trocá-lo.

Observe as características do Jack a ser trocado:

• Se é estéreo ou mono.
• Se é lacrado ou aberto.
• Adquira de preferência um idêntico para fazer a troca.

Procedimento:

1. Exponha o circuito para poder trabalhar

(Em violões, vá para o passo 2)

2. Retire a porca e a arruela que prendem o Jack segurando-o por baixo para que não gire e
retire a peça
3. Corte os fios bem próximos ao Jack.
4. Coloque o novo Jack no lugar com uma arruela de pressão, coloque uma arruela lisa a porca
e aperte a porca e a arruela segurando-o por baixo para não gire. Descasque a ponta dos fios
e enrole bem os condutores.
5. Solde os fios na nova peça.
6. Feche o circuito.
7. Faça testes.

9. Barulhos e ruídos

Você imagina onde possa estar o defeito?

No Jack. Veja: Consertando Jack


Nos potenciômetros. Veja: Consertando os potenciômetros
Na chave seletora. Veja: Consertando chave seletora

10.Blindando circuito

Precisaremos de:

• Ferro de solda
• Chave Phillips
• Solda
• Fita para blindagem

Procedimento:
1. Exponha o circuito.
2. Verifique se existe blindagem no instrumento.
3. Se existir verifique se a blindagem está aterrada e verifique também o aterramento das
carcaças dos potenciômetros, do Jack, da ponte e dos captadores.
4. Se não existir libere a cavidade.
5. Marque onde será feita o corte da fita para colocá-la no fundo da cavidade.
6. Nas laterais, antes de colocar a fita, marque os lugares por onde os fios entram na
madeira e faça um corte nos pontos marcados

7. Coloque a fita e retire as sobras. Coloque a fita também na tampa que protege o circuito.

8. Aterre a blindagem soldando a ponta de um fio em algum ponto de terra do circuito e a


outra na blindagem feita.
9. Coloque um pedaço da fita de uma forma que, quando a tampa for fechada, esta se
encoste ao pedaço de fita colocado e seja aterrada também.
10. Monte a parte elétrica lembrando que agora existem vários pontos de terra onde o sinal
pode encostar-se à blindagem ser aterrado causando o seu cancelamento. Proteja estes
pontos se necessário com algum material isolante. Fique atento principalmente à base
dos potenciômetros.
11. Teste o instrumento.
11. Diagrama de circuitos

Você também pode gostar