Centro Universitário de Brasília: Design de Livros Infantis
Centro Universitário de Brasília: Design de Livros Infantis
Centro Universitário de Brasília: Design de Livros Infantis
Brasília
2015
Juliana Galli Afonso Silva
Brasília
2015
Juliana Galli Afonso Silva
BANCA EXAMINADORA
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Profa. Aline Parada Ribeiro
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Prof. Bruno Nalon
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Prof. André Ramos
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
1.1 Objetivo ................................................................................................................ 5
1.2 Objetivo Específico ............................................................................................. 6
1.3 Metodologia ......................................................................................................... 6
1.4 Problemática ........................................................................................................ 6
2 Desenvolvimento ................................................................................................... 7
2.1 Design Gráfico ..................................................................................................... 7
2.2 Tipografia ............................................................................................................. 8
2.2.1 As Sensações das Tipografias ........................................................................... 9
2.3 Ilustração ........................................................................................................... 11
2.3.1. As Sensações das Ilustrações ........................................................................ 16
2.4 Cores .................................................................................................................. 18
2.4.1. Sensações das cores ...................................................................................... 18
2.5 Design Editorial ................................................................................................. 20
2.5.1 Grid................................................................................................................... 20
2.6 Design Editorial Infantil .................................................................................... 21
2.7 Os Livros Infantis .............................................................................................. 23
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 24
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26
5 REFERÊNCIAS BibliografiCaS ............................................................................ 27
6 APÊNDICE ............................................................................................................. 29
7 ANEXO................................................................................................................... 39
5
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.3 METODOLOGIA
1.4 PROBLEMÁTICA
Mesmo tendo em vista que as crianças estão cada vez mais integradas no
mundo digital, o mercado de livros impressos não foi intimidado, pois existem estudos
que indicam que os livros impressos são mais eficazes no aprendizado e no
crescimento do repertório da criança, trabalhando melhor suas capacidades cognitivas
e motoras. Além de criar um vínculo mais forte entre os pais e filhos pelo fato de
estarem interagindo um com o outro, como já vimos anteriormente.
Segundo Logan (1939, p.219) a leitura de textos em papel é muito mais
proveitosa e favorável para as crianças do que em telas eletronicamente configuradas.
A razão desta afirmação se dá pelo fato de que usamos um hemisfério do cérebro
para ler em livros impressos enquanto usamos os dois hemisférios para ler em
aparelhos digitais.
O hemisfério esquerdo é o responsável pelo raciocínio lógico, produção
analítica e pela interpretação da linguagem e escrita enquanto o hemisfério direito é o
responsável pela criatividade, reconhecimento de imagens, processamento sintético,
percepção espacial e musical. Logo, durante a leitura na tela, os dois hemisférios do
cérebro processam a informação diferentemente, pois como é um meio digital e
luminoso, para que cada elemento seja construído nesse meio, é necessário que o
lado direito construa as linhas de pixels formando a imagem (ou mancha gráfica) das
palavras. Após a identificação da forma da palavra, o hemisfério esquerdo efetua a
leitura dela em seu significado literal e assim de frases e textos.
Já na leitura de um texto impresso no papel o esforço do hemisfério direito é
poupado, pois não é necessário que o cérebro faça a conversão de pixels como em
uma tela de computador, o lado esquerdo já faz o trabalho de identificar as palavras e
frases por si só, montando assim a linha de raciocínio, a lógica e o significado do texto.
2 DESENVOLVIMENTO
Com isso, o designer tem como função juntar textos, imagens e cores de forma
harmoniosa em uma diagramação para que o leitor se sinta atraído pela peça gráfica
e confortável ao ler. Sua intenção é encontrar a melhor solução para cada caso, para
isso é preciso que ele utilize a melhor maneira seus conhecimentos acerca das cores,
tipografias, estética, produção gráfica, além de sua criatividade, para que o projeto
comunique visualmente, além de textualmente, o que se quer passar de informação.
Logo, o Design Gráfico é uma arte na qual o designer está inserido para solucionar os
problemas de comunicação.
2.2 TIPOGRAFIA
Fonte: https://www.emaze.com/@ALRLWTCO/-copy3
Tão importante quanto às imagens é a tipia com que o texto é escrito nos livros
infantis. Existem muitas dificuldades em encontrar uma tipografia perfeita para ser
10
usada no processo de aprendizagem de uma criança, pois cada uma tem uma
capacidade cognitiva e motora diferente, logo possuem facilidades e dificuldades
diferentes.
Segundo Strunck (1999), em seu livro “Viver de Design”, a legibilidade das
letras se refere à facilidade de identificação correta de um grupo de caracteres, ou
seja, ler palavras inteiras de maneira mais flúida, o que depende dos espaços das
entreletras, entrepalavras e entrelinhas. Entretanto, Niemeyer (2003) afirma que a
legibilidade se refere à forma das letras e o quão fácil é o reconhecimento de cada
caractere individualmente o que é importante para a escolha da tipia para o livro
infantil, pois no começo de suas vidas, as crianças têm a necessidade e maior
facilidade de ler letra por letra, montando assim as palavras.
Existem tipografias especificamente feitas para o mundo infantil, tendo como
característica de letras manuscritas e com caracteres especiais para a melhor
identificação das crianças, como por exemplo, a letra “A” e “G” com pequenas
diferenças para a maior facilidade de as crianças lerem. De fato, as crianças sentem
a diferença entre letras com características “infantis” e com características “adultas”,
mas tal diferença não afeta seu desempenho, pois elas identificam que a tipia “infantil”
é como elas escrevem e a “adulta” é como elas leem. Com isso podemos perceber
que é importante que a tipia infantil seja apresentada à criança anteriormente à sua
alfabetização, que são as letras bastonadas e manuscritas, pois é a forma mais
simples e sintetizada, é também a forma que a criança irá aprender a escrever na
alfabetização, e aos poucos introduzir a tipia adulta, para que depois ela consiga ler
de forma mais fluida em textos maiores.
Fonte: http://blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/artigos/69440.pdf
Fonte: http://dialogoentreprofesores.blogspot.com.br/2012/06/la-importancia-de-la-caligrafia-en-
el_09.html
2.3 Ilustração
De acordo com Silvia Adela Kohan (2013, p.34) a ilustração mostra o que o
texto diz, cumprindo um objetivo comercial: atrair a atenção do público. Um bom
desenho ajuda o leitor a descobrir, a entender o texto, é uma orientação em sua leitura.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48771
Fonte: http://followthecolours.com.br/art-attack/bruna-assis-brasil-girafa-listrada/
Fonte: http://ocurioso.biz/quadros-decorativos/
14
Fonte:https://projetomomotaro.wordpress.com/2013/10/13/diagramacao-de-livro-infantil-ilustrado/
Fonte: http://turmadamonica.uol.com.br/chadeoutromundo/
Fonte: http://cristinabottallo.art.br/blog2/?p=5496
o ouvinte. A imagem pode ser introduzida tanto para complementar um texto quanto
para contar a história por si só, sem adição de elementos textuais, mas em cada uma
dessas opções é importante que haja detalhes que sejam relevantes e úteis, para que
a ideia a ser passada não seja confundida.
Segundo CRENZEL; CLARO (2010, p.77):
2.4 CORES
Cor é uma percepção visual causada pela luz quando é refletida em um objeto
e vista pelo nosso olho. A cor de um objeto é distinguida de acordo com o comprimento
da onda que o objeto reflete, por exemplo, quando observamos um objeto vermelho,
esse absorve todas as outras cores e isso resulta na reflexão da onda de cor vermelha.
Existem vários sistemas de cores, porém as mais utilizadas no meio gráfico são
duas, chamadas de RGB e CMYK, e nessa área é necessário conhecê-las a fundo.
O sistema de cores RGB é composto por três cores primárias, o vermelho
(Red), o verde (Green) e o azul (Blue). Esse modelo é utilizado na reprodução de
cores em dispositivos que emitem luz, como televisões, computadores, celulares e
tablets, logo nossos olhos vêem essas cores transmitidas por comprimentos de luz.
Já o sistema CMYK é utilizado na indústria gráfica, utilizadas no processo de
impressão. As cores primárias desse modelo são: Ciano (Cyan), magenta (Magenta),
amarelo (Yellow) e preto (Black “Key”). O CMYK funciona pela absorção e não
absorção da luz, nossos olhos percebem a cor que o objeto não absorve, logo, esse
reflete a cor que enxergamos.
Além disso, cada cor independente de ser cor luz ou cor pigmento, tem sua
característica própria e pode transmitir sensações e sentimentos à pessoa que a
observa, sendo assim, o uso das cores deve ser cautelosa, cuidando para que a
combinação delas transmita a ideia que foi planejada. Logo “as cores podem ter
efeitos depressivos ou excitantes e ‘levantar dados relacionados à preferência por
cores (...) não é mera especulação, mas ciência fundamentada’.” (Tiski-Franckowiak,
apud, 2000) (CRENZEL; CLARO, 2010, p.71).
Azul: A cor azul é uma cor fria e utilizada para acalmar, transmite tranquilidade
e remete ao céu.
Verde: O verde é uma cor secundária fria que remete à natureza e à saúde.
O design editorial é uma área do design gráfico onde se realiza, por exemplo,
o projeto gráfico de uma peça impressa, como livros e jornais.
O papel do designer na editoração de um material impresso como um livro vai
além da diagramação dos textos, deve-se também inserir imagens que contribuam
para a transmissão do conceito ou da ideia que se quer passar, escolher o papel mais
apropriado para a impressão do projeto gráfico, a melhor tipografia, que implica no
movimento e fluidez de leitura, a qualidade e nitidez dos elementos inseridos no
documento impresso, tendo em vista o público alvo.
2.5.1 Grid
Exemplo de grid:
Fonte:http://thiagonasc.com/desenvolvimento-web/desenvolvendo-com-bootstrap-3-um-
framework-front-end-que-vale-a-pena
pelas imagens conseguem ditar o movimento e o ritmo de leitura das crianças, mas
precisam ser dispostos e moldados de forma favorável.
Quanto à literatura infantil, é importante que essa massa de texto seja legível e
facilmente reconhecida pelos pequenos. Os elementos textuais utilizados na
composição dos livros também são moldáveis, e isso é feito mudando configurações
como tipografia, espaço entrelinhas, entreletras e entrepalavras, para que o conjunto
visual não fique pesado e cansativo e seja um convite à leitura. Combinado com
ilustrações é essencial que exista harmonia entre os elementos, cuidando para que
sempre tenha área de respiro suficiente na diagramação.
Fonte: http://blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/artigos/69440.pdf
Os livros infantis devem sempre estar em uma estante a seu alcance, para que
na hora que ela sentir vontade ou se sentir atraída, a criança escolha e pegue o objeto
sem dificuldades e folheie como quiser. Durante vários momentos do dia ela necessita
de estímulos diversos, tendo em conta isso, já existem, por exemplo, livros de plástico
para a hora do banho, livros com sons para a criança se familiarizar com as palavras
e até mesmo com cheiros e texturas. Existem também os livros para a hora de dormir,
que utilizam combinações de cores, imagens e histórias que estimulam o sono dos
pequenos.
A brincadeira é a forma que as crianças têm para crescer e aprender, logo, a
leitura deve ser apresentada como uma. Quanto mais diversão e conhecimento os
pequenos adquirirem, mais rápido será seu progresso, pois sua bagagem de
repertório estará cheia de coisas novas que irá utilizar em breve em sua vida. Brincar
é também uma forma de comunicação que ajuda no desenvolvimento da autonomia e
da criatividade, sendo assim, elas vivenciam diversas situações nas quais precisam
de respostas rápidas para serem concluídas, na leitura não é diferente, ainda no
exemplo da leitura dos pais para os filhos, tal convivência desenvolve os diálogos e a
aproximação entre eles, e é quando as crianças aprendem a respeitar e compartilhar
ideias.
O conteúdo dos livros, como sua história, ilustrações, seu formato, letra e
diagramação utilizadas nas páginas também influenciam no aprendizado, por isso
depois de certo avanço da capacidade da criança, as histórias juntamente com as
imagens, devem começar a ter mais texto, pois ela começará a interagir e se
comunicar, como imitar certar ações indicadas em imagens e sons de palavras já
ouvidas. No momento em que se começa a reconhecer as letras, formas, cores, sons
e texturas ela começa a seguir a leitura com quem está lendo, e por esse motivo a
letra utilizada deve ter o corpo do texto maior, além de ser fácil seu entendimento,
para que assim a criança comece a identificar palavras e frases inteiras.
3 METODOLOGIA
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4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
VIGNA, Carolina. “Eu Fiz as Ilustrações de meu Livro Infantil. A Editora vai
Aceitar?”.2009. Disponível em: <http://www.carreirasolo.org/respostas/editorial/eu-fiz-
as-ilustracoes-de-meu-livro-infantil-a-editora-vai-aceitar#.VkfBTnJ3NAH>
Acesso em: 27/09/2015
GODOY, Robson. “Grids: O que são e para que servem”. 2012. Disponível
em: <http://design.blog.br/design-grafico/grids-o-que-sao-e-para-que-servem>
Acesso em: 26/09/2015
KOHAN, Ailvia Adela. “Escrever para Crianças: tudo que é preciso para
saber produzir textos de literatura infantil”. São Paulo: Gutenberg, 2013.
6 APÊNDICE
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7 ANEXO
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