Cartilha Professor
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Assim, a fim de contribuir com essa educação, criamos este material, que é um
complemento do projeto Sustentabilidade: da Escola ao Rio - uma parceria
entre a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a Secretaria de Estado da
Educação (Seed) e a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre).
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2. EDUCACAO
, AMBIENTAL
A Educação Ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe
atingir todos os cidadãos por meio de processos pedagógicos participativos permanentes.
Por meio dela pretende-se conscientizar as pessoas sobre a problemática socioambiental,
desenvolver novos valores e a consciência ambiental crítica, reflexiva e participativa voltada
para a conservação do meio, e a melhora da qualidade de vida.
Esta forma de educação pressupõe enxergar as questões socioambientais por meio de uma
visão holística. Ela se baseia na participação e favorece decisões que melhorem a qualidade do
meio natural, social e cultural (LOPES, 2002). Ao resgatar valores humanos, propicia o exercício
da ecocidadania, a qual descreve os comportamentos individuais ou coletivos que seguem os
princípios da preservação do meio ambiente e da justiça social.
Segundo site Ecodebate (2008), no Brasil, cerca de 50% da água tratada é desperdiçada.
Diariamente nas capitais brasileiras, o desperdício de água potável equivale a uma média de 2,5
milhões de litros de água, o suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas. Some-se a isso
o aumento da demanda, o desperdício e a falta de iniciativa pública para resolver os problemas
ambientais, e o resultado são milhões de pessoas sem acesso às suas necessidades básicas ao
redor do mundo.
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Percebe-se que os problemas ambientais são muitos, ao mesmo tempo em que é cada
vez mais evidente a necessidade de iniciativas que contribuam para mitigação dos problemas
ambientais e para a melhoria da qualidade de vida.
Portanto, a Educação Ambiental é uma ação fundamental para a conservação dos recursos
e para conscientização das autoridades e da população. É necessário um amplo investimento
em educação para o desenvolvimento da sociedade, melhorando a gestão dos recursos,
evitando o desperdício e, assim, protegendo a capacidade do planeta de gerar novos recursos.
Diante do exposto, pode-se concluir que se torna cada vez mais importante o fato de que
a crise socioambiental não será resolvida apenas por meio de inovações tecnológicas. Faz-
se necessário uma mudança comportamental relacionada a cada sujeito e sua relação com a
sociedade e o meio ambiente.
3. SUSTENTABILIDADE
Fala-se muito sobre Sustentabilidade. Mas o que é isso?
Segundo a ONU (1987), sustentabilidade é “a capacidade de melhorar as condições de
vida atuais, sem comprometer a capacidade de gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades”. Este conceito, apresentado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, no Relatório Brundtland, de 1987, apresenta a principal diretriz da
sustentabilidade: promover o desenvolvimento causando o menor impacto possível e
favorecendo o equilíbrio entre os seres humanos e o ambiente.
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• Socialmente justo: busca pela equidade social, cidadania, diversidade cultural e
engajamento das partes interessadas.
• Economicamente viável: gera valor econômico e busca lucro ótimo ao invés de lucro
máximo.
Observando a figura anterior, propomos as seguintes reflexões:
Para que uma ação seja sustentável basta que um dos pilares se desenvolva de forma
positiva? O crescimento econômico compensa a degradação do meio ambiente?
Diante desse quadro, para que possamos agir de forma sustentável, precisamos priorizar
modelos de sociedade e de economia baseadas no bem-estar e em boas condições de vida
para todos. Devemos realizar práticas que respeitem a capacidade do planeta de sustentar a
vida de todas as espécies existentes. Por exemplo:
Assim, todos contribuirão para que tenhamos acesso à água, ao alimento, à moradia, às
oportunidades de desenvolvimento e aos ambientes saudáveis e preservados.
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4. CONSERVACAO
, DOS RECURSOS NATURAIS
Sustentabilidade é um conceito importante para o desenvolvimento de ações que
conservem os recursos naturais e a qualidade de vida das populações. No entanto, é preciso
respeitar a capacidade de regeneração dos sistemas naturais; incentivar o plantio diversificado;
usar formas de adubagem orgânicas e tecnologias ecologicamente corretas; respeitar a
legislação trabalhista; entre outras ações.
A criação do Código Florestal em 1934 representou um grande avanço nas relações com
o meio ambiente. As definições propostas norteiam as ações de profissionais ligados à área
ambiental e auxiliam a validação técnica de qualquer empreendimento. O Código estabelece o
percentual referente a mata ciliar destinada a proteger a qualidade da água dos corpos hídricos.
Em sua última revisão, Lei n.º 12.651/12, o Código define, no 3o artigo, 2o parágrafo, a Área
de Preservação Permanente (APP) como:
Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas (BRASIL, 2012).
Outra normativa que orienta a conservação de recursos naturais é a Lei n.º 9.985/00, que
foi criada para garantir a manutenção de unidades de conservação. Ela estabelece alguns
aspectos importantes, como a restauração e a recuperação do ambiente natural. Esta lei
regula as formas de relação entre as espécies e trata do uso direto e indireto do solo, do uso
sustentável, do extrativismo, da recuperação e da restauração de áreas degradadas. Enfatiza,
ainda, a importância de garantir os direitos das populações tradicionais, valorizando aspectos
socioculturais e as formas de uso responsáveis dos recursos naturais.
Estas leis contribuem para a proteção de áreas cujo potencial natural são importantes para
a manutenção do planeta, pois nelas encontram-se cadeias complexas de inter-relações que
mantém o equilíbrio dos ecossistemas.
5. RECURSOS HÍDRICOS
A disponibilidade hídrica é um dos principais fatores limitantes ao desenvolvimento
das cidades e da manutenção dos ecossistemas naturais. A quantidade de água de nosso
planeta é constante, porém, a maneira como a utilizamos exerce impactos que afetam
países, ecossistemas e pessoas, podendo causar secas, doenças e mortes de espécies
animais e vegetais. Portanto, é preciso que usemos esse recurso de forma responsável.
Entre os fatores que têm afetado os recursos hídricos estão o crescimento populacional
e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria.
Esses fatores exercem pressão sobre os mananciais. Os rios e os lagos usados para
o abastecimento público, muitas vezes, são degradados pela destinação inadequada de
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resíduos sólidos, canalização de esgoto doméstico e efluentes industriais não tratados,
impermeabilização do solo, o desmatamento e a contaminação por defensivos agrícolas.
Todos esses impactos têm apresentado reflexos na qualidade das águas, com altos custos
econômicos e sociais.
Diante deste panorama, em 1997, foi criada a Lei n.º 9.433 (MMA, 2013), que instituiu
a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) - pacto nacional para a definição de
diretrizes e políticas públicas voltadas para a manutenção da qualidade e melhoria da
oferta de água.
Este documento propõe que a água, bem de domínio público, dotado de valor
econômico, é um elemento estruturante para a implementação de políticas setoriais que
favoreçam o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.
Ainda, segundo esta lei, a bacia hidrográfica é a unidade territorial em que o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos atua, e sua gestão cabe ao Poder
Público, aos usuários e as comunidades.
Desenho esquemático de uma Bacia Hidrográfica, sendo que os pontos marcados correspondem a:
1) nascente, 2) margem esquerda, 3) meandro, 4) margem direita, 5) afluente, 6) foz.
Fonte: GEOGRAFIAPARATODOS, 2009 (Adaptado).
FONTE
PRINCIPAIS ESGOTOS DRENAGEM SUPERFICIAL
POSSÍVEL
POLUENTE EFEITO
PARÂMETROS
doméstico industrial reutilizado urbana agricultura POLUIDOR
pastagens
Matéria orgânica
biodegradável
Demanda bioquímica
de oxigênio
xxx
‹‹ x x Consumo de oxigênio
Mortandade de peixes
Condições sépticas
Nutrientes Nitrogênio
xxx
‹‹ x
Doenças de
Fósforo veiculação hídrica
xxx Toxicidade
Espumas (detergentes)
Patogênicos Coliformes Redução de transferência de
oxigênio (detergentes)
Não biodegradabilidade
Maus odores (Ex.: fenóis)
Toxicidade
‹‹ xx
Inibição do tratamento biológi-
Matéria orgânica não Matéria orgânica co dos esgotos
biodegradável não biodegradável Problemas na disposição do
lodo na agricultura
Contaminação da água
subterrânea
Toxicidade
‹‹ Inibição do tratamento biológi-
Metais pesados Elementos específicos co dos esgotos
(As, Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Problemas na disposição do
Pb, Zn, etc) lodo na agricultura
Contaminação da água
subterrânea
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Além dos indicadores de poluição da água observada na tabela, para avaliação de
qualidade da água visando seu uso para abastecimento público, utilizamos o Índice de
Qualidade das Águas (IQA).
Este índice é composto por seis parâmetros químicos: Oxigênio Dissolvido (OD),
Potencial Hidrogeniônico (pH), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Resíduo Total,
Nitrogênio total, Fósforo total; dois parâmetros físicos - Temperatura da água e Turbidez; e
um parâmetro biológico - Coliformes termotolerantes (Agência Nacional de Águas, 2013).
Cada um destes parâmetros está especificado a seguir:
PARÂMETROS QUÍMICOS
• Oxigênio Dissolvido (OD): O teor de oxigênio dissolvido indica poluição por matéria
orgânica. Assim, uma água não poluída por matéria orgânica é saturada de oxigênio. Por
outro lado, baixo teor de oxigênio dissolvido pode indicar que houve uma intensa atividade
bacteriana decompondo matéria orgânica lançada na água.
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PARÂMETROS FÍSICOS
• Temperatura da água: Medida da intensidade de calor. É um parâmetro importante,
pois influi em algumas propriedades da água, como densidade, viscosidade, oxigênio
dissolvido, com reflexos sobre a vida aquática.
PARÂMETROS BIOLÓGICOS
• Coliformes termotolerantes: São bactérias que além de estarem presentes em fezes
humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes
ambientais que não tenham sido contaminados por material fecal.
Para este projeto, as análises realizadas serão de: oxigênio dissolvido - OD, amônia,
fosfato, pH, coliformes fecais e E. coli.
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A resolução classifica as águas em três categorias: doces, salinas e salobras. As
três categorias, por sua vez, foram divididas em classes de acordo com os níveis de
potabilidade.
A Resolução Conama n.º 430/2011 (BRASIL, 2011), ainda institui algumas proibições,
como o lançamento dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) nos efluentes, diluição
de efluentes com águas de melhor qualidade, lançamento de qualquer tipo de fonte
poluente (mesmo que tratado) nas águas de classe especial, lançamento de efluente que
cause efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor.
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O saneamento ambiental é um dos fatores determinantes para a saúde e qualidade de
vida da população. Quanto maior a cobertura dos municípios em saneamento, menor é o
índice de mortalidade infantil e de outras doenças transmitidas pela água.
Manancial superficial
Os mananciais superficiais podem ser córregos, rios, lagos, represas e todos
os meios de captação e contenção de águas pluviais. Dependendo da cota da
manancial superficial, a captação pode ser feita com simples tomada de água em
barragem de elevação de nível, ou por meio de bombeamento da água a partir de
poços de sucção ou flutuadores dispostos na superfície da água. A água captada
em mananciais superficiais passa por grades para retenção do material grosseiro,
como folhas e pedaços de madeira e animais. (ABNT, 1990 apud PHILIPPI JR. et
al., 2005, p.126).
Manancial subterrâneo
As camadas subterrâneas, que podem conter água, são chamadas de aquíferos,
sendo formações geológicas com poros ou espaços abertos (fraturas ou fissuras)
em seu interior.
Assim, a Sanepar capta, trata e distribui a água para a população. A água utilizada se
torna efluente que é coletado pelas redes de esgotamento sanitário e retorna à Sanepar.
A empresa, em suas estações de tratamento de esgoto (ETE), o trata e o lança em corpos
hídricos, completando o ciclo do rio ao rio. Como demonstrado na figura a seguir:
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Coleta e tratamento
de esgoto
Lançamento
Distribuição
de efluente
de água
tratado no rio
Tratamento Mananciais de
de água abastecimento
Captação de água
• Remoção de odor e sabor: Para remover substâncias que produzem odor e sabor
desagradáveis na água, se necessário, é aplicado o carvão ativado.
reservatório elevado
reservatório
rede de distribuição adutora
reservatório
de água
floculação decantação filtração filtrada
Ilustração do processo de captação, tratamento convencional e distribuição da água.
Fonte: ARAÚJO, 2013.
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DICAS PARA USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA
Além do tratamento da água, para conservá-la e prevenir doenças,
é fundamental manter limpa as caixas d’água. Elas devem ser lavadas
e desinfetadas a cada seis meses.
6. ESGOTO SANITÁRIO
O esgoto sanitário é uma fonte de poluição que se origina do consumo de água tanto
em processos domésticos quanto industriais, e não pode ser despejado diretamente em
corpos hídricos, sem tratamento prévio, pois os contamina.
A característica dos esgotos varia em função dos usos à qual a água foi submetida, o
clima, a situação social e econômica, e os hábitos da população.
A Política Nacional de Meio Ambiente de 1981 (BRASIL, 2013) define “poluição” como a
degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que:
ÁGUA DA CHUVA
CAIXAS
DE INSPEÇÃO
ÁGUA
PLUVIAL
REDE SECAGEM
COLETORA GRADEAMENTO
MECÂNICA
MECÂNICO
DE IODO
DESARENADOR
Tratamento Anaeróbio: O esgoto é tratado por meio de bactérias que não necessitam
de oxigênio. Um exemplo deste tipo de tratamento é o Sistema RALF (Reator Anaeróbio
de Lodo Fluidizado) como pode ser observado na figura abaixo. Neste caso, o líquido
sofre tratamento anaeróbio por meio de um manto de lodo rico em bactérias que se forma
no fundo do tanque. A matéria orgânica presente no esgoto percorre o manto, é retida e
decomposta.
Queimador de
Gás Descartado
Válvula Corta
Chamas
Distribuidor Central
Decantador
Vertedor Periférico Cortina Defletora de Vazão
Periférico
do Efuente de Escuma Gasômetro
Excedente
Colchão de Lodo
Tubos Alimentadores
Segundo o Decreto Estadual n.º 5.771/02 (BRASIL, 2002), que regulamenta o Código
de Saúde do Paraná, Lei n.º 13.331/01, em seus artigos 179 e 194, capítulo 3, fica
estabelecido que: “todas as edificações localizadas em áreas servidas por sistemas de
abastecimento de água e coleta de esgotos devem fazer as respectivas ligações ao
sistema”.
embalagens
e materiais
sólidos plástico óleo usado água da
água da
maquina ou do
descarga
tanque
Para garantir a eficiência da fossa séptica, deve-se utilizar caixa de gordura na saída da
tubulação da cozinha, separar a água de chuva (esta deve ser encaminhada para a galeria
de águas pluviais, ou diretamente para o solo) e realizar a retirada do lodo anualmente ou
conforme a necessidade (este deverá ser retirado por empresa licenciada).
Apenas a fossa séptica não garante a qualidade para lançamento do esgoto no meio
ambiente, faz-se necessário também a utilização de filtro anaeróbio, o qual é composto de
um tanque com pedra britada em seu interior. O efluente da fossa séptica passando pelo
leito de pedras entra em contato com as bactérias adsorvidas neste meio filtrante, o que
favorece a decomposição do restante da matéria orgânica ainda presente no esgoto.
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7. RESÍDUOS SÓLIDOS
O mundo moderno marcado pela acelerada evolução tecnológica tem propiciado o
desenvolvimento de uma infinidade de bens de consumo, que possuem o objetivo de
facilitar a vida das pessoas. No entanto, o pós-uso desses bens gera um grande volume de
resíduos sólidos, que são destinados, na maioria das vezes, inadequadamente, seja porque
as pessoas ainda não separam corretamente seu resíduo, seja devido a falta de sistemas
adequados de coleta e disposição final dos resíduos nos municípios.
Seguindo esses princípios, separar nosso lixo, reutilizá-lo ou, ainda, encaminhá-lo
para a reciclagem se torna um ato importante para a preservação do meio ambiente, tanto
no que concerne ao uso racional de recursos naturais quanto à redução de descarte em
aterros sanitários.
A destinação incorreta dos resíduos faz com que estes percam o seu valor comercial,
gerando impactos socioambientais que vão desde a proliferação de moscas, baratas e
ratos e, consequentemente, o aumento da incidência de zoonoses, até a contaminação do
solo, da água e das pessoas que trabalham com o lixo.
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7.1 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS aborda questões cruciais e
estabelece as seguintes metas:
• Acabar com lixões até 2014, transformando-os em aterros sanitários ou aterros
controlados.
• Destinar aos aterros somente os rejeitos, ou seja, resíduo que não pode ser
reciclado. Os resíduos orgânicos deverão ser encaminhados para compostagem e
os resíduos recicláveis destinados de acordo com sua natureza.
• Criar Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, obrigando o
poder público e a sociedade a dar a destinação correta aos resíduos urbanos.
• Implantar e planejar a logística reversa, ou seja, os fabricantes deverão dar
destinação final correta aos produtos, embalagens e resíduos de seus produtos.
• Instituir o prazo até agosto de 2014 para os municípios apresentarem seus Planos
Municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; após esta data, estes ficarão
fora das linhas de créditos federais.
Nele também é informado que lançamento in natura, em praia, mar ou corpos hídricos,
queima de resíduos a céu aberto ou instalações não licenciadas para esta finalidade são
as formas inadequadas de destinação final. Ademais, proíbe o descarte em áreas de
disposição final, a utilização dos resíduos para alimentação, catação, criação de animais
domésticos e fixação de habitações e a importação de resíduos sólidos perigosos e de
rejeito.
De acordo com o Instituto Ambiental do Paraná – IAP (2012), nos 399 municípios do
Paraná a situação da destinação de resíduos sólidos urbanos é a seguinte:
Este diagnóstico revela que os 214 municípios (53,6%) destinam seus resíduos
de forma inadequada (aterro controlado e lixões) e 62 destes estão em processo de
licenciamento no IAP para implantação do aterro sanitário, indicando, portanto, que a
grande maioria dos municípios estão buscando adequação ambiental para este problema.
Neste cenário, iniciativas como as propostas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos
podem contribuir para a solução destes problemas e para a melhoria da qualidade de vida
das pessoas.
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REFERÊNCIAS
ANA. Agência Nacional de Águas. Índice de Qualidade das Águas. Disponível em:
<http://pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/IndiceQA.aspx> Acesso em: 19 de julho de
2013.
BRASIL. Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981. Política Nacional de Meio Ambiente.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 25 jul.
2013.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Lei n.º
9.433 de 8 de janeiro de 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/agua/recursos-
hidricos/plano-nacional-de-recursos -hidricos>. Acesso em: 25 jul. 2013.
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