Resumo Pessoa Jurídica
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ASSOCIAÇÕES
São constituídas por pessoas que tem o objetivo de realizar fins não
econômicos.
Não há direitos e obrigações recíproco entre os membros e nem intenção de
dividir resultados.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que ser
organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos.
Art. 5, XVI, CF: liberdade de associação para fins lícitos.
A exclusão do associado só é possível havendo justa causa.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa,
assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de
recurso, nos termos previsto pelo estatuto.
É permitido ao associado retirar-se a qualquer tempo, sem necessidade de
justificar o pedido (art. 5, XX, CF).
O Estatuto pode impor condições para a retirada, mas não pode
obrigar o associado a permanecer filiado.
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá
instituir categorias com vantagens especiais.
Qualidade do associado: é intransmissível, se o Estatuto não dispuser o
contrário.
O Estatuto pode autorizar a transmissão, por ato inter vivos ou
causa mortis, dos direitos dos associados a terceiros.
- Elaboração do estatuto:
Direta ou própria: designada pelo próprio instituidor
Fiduciária: organizada por terceiro de acordo com a vontade do
instituidor
- Aprovação do estatuto: O Ministério Público aprovará o estatuto após
verificar se o objeto é lícito, se as bases fixadas respeitam a vontade do
instituidor e se os bens são suficientes.
O Ministério Público pode:
Aprovar
Denegar a aprovação
Propor modificações
O interessado poderá recorrer ao juiz se:
O Ministério Público não se manifestar no prazo de 45 dias
O Ministério Público denegar a aprovação das alterações do estatuto
Requisitos para alteração do estatuto:
Deve ser aprovada por 2/3 dos membros da administração
Não pode contrariar o fim específico
Deve ser aprovada pelo Ministério Público
*Obs: Os fins da fundação não podem ser modificados. Também não podem
ser alienáveis, pois asseguram a concretização dos fins visados pelo
instituidor.
- Registro: se faz no Registro Civil de pessoas jurídicas. É indispensável,
pois só com ele a fundação começa a ter existência legal.
Extinção das fundações: uma fundação pode ser extinta quando a finalidade
se tornar ilícita e/ou impossível e/ou inútil ou quando vencer o prazo de
existência.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério
Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção,
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato
constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que
se proponha a fim igual ou semelhante
Em caso de extinção da fundação, o patrimônio terá o destino previsto no ato
constitutivo, se essa previsão não tiver sido feita, o juiz determina que seja
incorporado em outra fundação com finalidade igual ou semelhante.
Se não existir fundação com finalidade semelhante, o patrimônio será
declarado vago e passará ao Município ou ao Distrito Federal,
incorporando-se ao domínio da União.
Desconsideração da personalidade jurídica: em casos de fraude, é
permitido ao juiz que desconsidere o princípio de que pessoas jurídicas têm
existência distinta da de seus membros, para atingir e vincular os bens
particulares dos sócios à satisfação das dívidas da sociedade.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo
desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização
da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de
atos ilícitos de qualquer natureza.
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato
entre os patrimônios, caracterizada por:
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do
administrador ou vice-versa;
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações,
exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica à
extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos
de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da
personalidade da pessoa jurídica.
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da
finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.
Não desfaz seu ato constitutivo, não o invalida, apenas suspende
temporariamente a eficácia desse ato.
Desconsideração inversa: é afastado o princípio de autonomia patrimonial
da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio.
Extinção da pessoa jurídica:
Convencional: acontece por deliberação de seus membros, conforme
quórum previsto no estatuto ou na lei.
Legal: em razão de motivo determinante na lei (ex: decretação de
falência)
Administrativa: quando dependem da autorização do Poder Público e
é cassada.
Judicial: quando se configura algum dos casos de dissolução previstos
em lei, especialmente quando há desvio de finalidade
O processo de extinção da pessoa jurídica realiza-se pela dissolução e pela
liquidação.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a
autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a
averbação de sua dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que
couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição
da pessoa jurídica.