(LIDO) Análise Da Absorção Acústica Da Fibra Shoddy e Comparação Com Espuma Acústica
(LIDO) Análise Da Absorção Acústica Da Fibra Shoddy e Comparação Com Espuma Acústica
(LIDO) Análise Da Absorção Acústica Da Fibra Shoddy e Comparação Com Espuma Acústica
por
por
Laura Santos Telles
Comissão de Avaliação:
ii
AGRADECIMENTOS
iii
“Somos o que repetidamente fazemos.
A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.”
Aristóteles
iv
TELLES, L. S. Análise da absorção acústica da fibra Shoddy em comparação com
espuma acústica. 2018. 15 folhas. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso em
Engenharia Mecânica) – Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
RESUMO
ABSTRACT
The present work aims to compare the acoustic absorption of the textile waste fiber,
called Shoddy, with two qualities of traditional acoustic foam. The objective is to evaluate the
possibility of replacing the foam, acoustic absorption material derived from fossil sources, by
Shoddy, material in abundance discarded in landfills. The tests are performed in an impedance
tube according to the ISO standard, then the results obtained for the absorption coefficient are
analyzed and compared. It turned out that Shoddy has great potential to become an effective,
sustainable and economically advantageous acoustic absorber. However, there are
modifications needed to make the study material fill market requirements.
v
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 1
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 1
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 2
4.1. COEFICIENTE DE ABSORÇÃO SONORA ...................................................................... 2
4.2. PROPRIEDADE DE ABSORVEDORES ACÚSTICOS ..................................................... 2
4.2.1. PROPRIEDADES ACÚSTICAS DA FIBRA E SUA APLICAÇÃO PARA SHODDY.... 3
4.3. MEDIÇÃO DE ABSORÇÃO SONORA E IMPEDÂNCIA ACÚSTICA ................................. 4
5. METODOLOGIA..................................................................................................................... 7
6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ...................................................................................... 8
6.1. TUBO DE IMPEDÂNCIA .................................................................................................. 8
6.2. AMOSTRAS .................................................................................................................... 8
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................................... 11
8. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 14
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 15
ANEXO .................................................................................................................................... 16
APÊNDICE ............................................................................................................................... 17
vi
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Após a incidência do som sobre uma superfície, uma parte da energia sonora é
refletida, enquanto a outra parte é absorvida. A energia sonora absorvida é subdividida
em energia sonora dissipada e energia sonora transmitida pela parede, podendo ser
descrita matematicamente por 𝐸𝑎𝑏𝑠 = 𝐸𝑑𝑖𝑠 + 𝐸𝑡𝑟𝑎 . A Figura 4.1 ilustra o fenômeno:
Onde:
2
acústico” quando a absorção sonora ocorre devido às características físicas do
material, por exemplo, textura superficial, densidade, entre outros.
Os materiais e sistemas absorvedores acústicos podem agrupar-se em três
grandes categorias: porosos e fibrosos, ressoadores e membranas. Como é possível
observar na Figura 4.2, a absorção varia tipicamente com a frequência do som
incidente, os materiais porosos ou fibrosos são mais eficazes em altas frequências
(acima dos 1 000 Hz), os ressoadores são normalmente mais eficazes em frequências
médias (sensivelmente entre os 400 e os 1 000 Hz) e as membranas apresentam uma
maior absorção sonora para baixas frequências. A Figura 4.2 resume os conceitos
explicitados anteriormente.
3
fluída e volume total do material. Resistividade ao fluxo é a resistência que o ar
enfrenta para penetrar no material e fluir entre sua espessura. Tortuosidade é a
relação entre o grau de sinuosidade dos poros. E comprimento característico é a
relação entre os raios de poros menores e maiores.
O uso desses parâmetros para descrever o comportamento acústico do
Shoddy apresenta baixa precisão de resultados e exige conhecimento da constituição
do material que é difícil de medir. Esse fato ocorre devido à variabilidade da
composição de Shoddy quando comparado às fibras naturais ou sintéticas. Esse
material é a composição de vários diferentes tipos de fibras, presentes em diferentes
proporções e comprimentos, bem como diâmetros variados. Segue Figura 4.3
identificando esse fenômeno de arranjo de fibra aleatória e as setas apontando cada
uma para uma fibra diferente. Há também figuras complementares quanto à
visualização microscópica do Shoddy em Anexo
4
testada, além de dois microfones para captação do sinal sonoro, como mostrado na
Figura 4.2:
Legenda:
1. Microfones
2. Ondas planas
3. Amostra
4. Parede rígida
5. Alto falante
1,84𝑐0
𝑓𝑐 = (4.2)
𝜋𝑑
0,1𝑐0 0,8𝑐0
<𝑓< (4.4)
2𝑠 2𝑠
𝑃2 (𝑓)
𝐻(𝑓) = (4.5)
𝑃1 (𝑓)
5
sendo 𝑃1 (𝑓) e 𝑃2 (𝑓) as pressões coletadas pelos Microfones 1 e 2, respectivamente,
no domínio da frequência.
Entretanto, recomenda-se que haja uma espécie de calibração da função de
transferência visando minimizar as características de amplitude e diferença de fase
entre os microfones. Essa correção é realizada a partir da troca de posições entre os
microfones e uma repetição da medição com as posições invertidas; assim, resulta em
uma nova função de transferência calculada pela Equação 4.6, 𝐻 ∗ (𝑓). A calibração é
obtida com a seguinte função de transferência calibrada 𝐻12 (𝑓), dada pela Equação
4.7:
𝐻12 − 𝑒 −𝑖𝑘0 𝑠 2𝑘 𝑠
𝑟 = 𝑖𝑘 𝑠 𝑒 0 (4.7)
𝑒 0 − 𝐻12
𝑤 √𝑓
𝑘0 = ( ) − 𝑗0,0194 ( ) (4.8)
𝑐0 𝑐0 𝑑
1−𝑟
𝑍𝑠 = (4.9)
1+𝑟
𝛼 = 1 − |𝑟|2 (4.10)
6
Legenda:
1. Microfone 1
2. Microfone 2
3. Amostra
4. Tubo de Impedância
5. Alto falante
6. Amplificador
7. Gerador de sinal
8. Analisador de sinal e
Computador
5. METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta monografia é de caráter experimental,
abrangendo o referencial bibliográfico e pesquisas efetuadas até o momento voltadas
para a absorção acústica em Tubos de Impedância.
Os ensaios foram realizados no Laboratório de Vibrações e Acústica (LVA) da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e as amostras de Shoddy foram
coletadas com o objetivo de avaliar a possibilidade de aplicação desse material
sustentável como um absorvedor acústico em um experimento que fornecesse
resultados de absorção acústica. Entretanto, além das amostras do material de
estudo, é de grande valia comparar as mesmas com materiais específicos utilizados
como absorvedores acústicos. Para o experimento foram utilizadas espumas acústicas
de poliuretano, facilmente encontrada em casas especializadas na venda de soluções
em tratamento acústico de ambientes. O uso dessa metodologia torna mais realístico o
estudo da viabilidade do uso de um material sustentável em relação ao que o mercado
fornece atualmente tratando-se de conforto acústico.
7
6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
6.2. Amostras
8
Figura 5.2 Resíduo de tecido têxtil desfibrado em formato de manta, Shoddy.
9
Figura 5.4 – Instrumento corta amostra.
10
7. RESULTADOS E DISCUSSÕES
11
Figura 6.2. Resultados obtidos em tubo de impedância para Amostra A –
Curva média de coeficiente de absorção para as cinco amostras.
Figura 6.3 Resultados obtidos em tubo de impedância para Amostra Fibra Shoddy.
12
Figura 6.4 Resultado esperado para α segundo variação da espessura
[Fonte: Bistafa (2011)].
Figura 6.5 Coeficientes de absorção médios das amostras de Shoddy e espuma amostra B.
13
Figura 6.6 Coeficientes de absorção médios das amostras de Shoddy e espuma amostram A.
8. CONCLUSÕES
14
de espumas, pois os mesmos caracterizam a absorção segundo essa norma
especificamente.
Outra sugestão seria trabalhar no estudo da estrutura do Shoddy, ou seja,
controlar quais tecidos constituem sua matriz e a proporção de influência que cada um
apresenta na absorção acústica. Avaliando como se desloca a curva do coeficiente de
absorção sonora versus frequência dependendo da modificação das características
construtivas do material. Esse estudo também pode focar em obter método de
caracterização da porosidade, resistividade ao fluxo, tortuosidade e comprimentos
característicos para essa estrutura complexa.
Seria de grande valia, além de todos os estudos mencionados acima, estudar
como melhorar as características de mercado para a fibra Shoddy, por exemplo,
design, resistência ao fogo e durabilidade. Assim, viabilizar a comercialização da fibra
como absorvente acústico.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
15
ANEXO
16
APÊNDICE
17