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NG7 DR3 - 23 - 24

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Escola Secundária Poeta Joaquim Serra

Curso EFA - Nível Secundário

Área de Competência-Chave: Cultura, Língua e Comunicação (CLC)

Núcleo Gerador 7: Fundamentos da Cultura, Língua e Comunicação

Domínio de Referência: DR3 - Contexto Institucional Tema: Ciência e Controvérsias Públicas

Competência: Formular opiniões críticas mobilizando saberes vários e competências culturais, linguísticas e
comunicacionais

Critérios de Evidência: • Atuar perante debates públicos reconhecendo a multiplicidade de instituições,


agentes e interesses em presença.

• Atuar individual e/ou coletivamente entendendo a língua e sua utilização – língua portuguesa e/ou língua
estrangeira – como forma de intervenção cívica e social e campo de conhecimento científico.

• Atuar nas sociedades contemporâneas reconhecendo o papel central dos sistemas de comunicação nas
formas de intervenção e construção da opinião pública mundial.

Formadoras: Maria Carla Silva / Zita Espadinha

Plano de Trabalho
Documento 1
Graffiti de Lisboa eleito um dos dez melhores exemplares de arte urbana

Nos últimos anos aumentou o número de visitas guiadas por locais da capital onde a arte urbana ocupou já muros e
paredes e os turistas estrangeiros são os principais
interessados.

"Sabemos pela dinâmica de atividades turísticas que


observamos e pelas respostas aos inquéritos que fazemos
que a arte urbana é já um dos motivos de agrado
importantes nas viagens de city breaks e de touring", apesar
de não haver "dados que permitam suportar a opinião de
que a arte urbana é já uma motivação primária de viagens a
Portugal", disse à Lusa o presidente do Turismo de Portugal,
João Cotrim Figueiredo.

Também a coordenadora do Gabinete de Arte Urbana


(GAU), da Câmara de Lisboa, Sílvia Câmara, considera que o
interesse dos turistas neste tipo de oferta tem aumentado. No entanto, "não temos números, nem estatísticas,
porque é algo que está no espaço público, não é fácil de controlar ou contabilizar, como acontece num museu",
ressalva.

A pintura das fachadas de prédios devolutos na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, em 2010, por Os Gémeos
(Brasil), Blu (Itália) e Sam3 (Espanha) foi o "momento de viragem", aponta Sílvia Câmara, para quem foram essas
obras, realizadas no âmbito do projeto Crono, que "fizeram o olhar do mundo virar-se para Lisboa". Um ano depois o
jornal britânico The Guardian fez um top 10 das melhores obras de street art do mundo. As que estavam nas paredes
daqueles prédios faziam parte da lista.

As visitas guiadas dedicadas ao tema e a edição, em Julho do ano passado, do primeiro volume de uma coleção de
livros sobre a arte urbana em Lisboa, "um pequeno roteiro turístico-cultural que contém um mapa", da Zest - Books
for Life, são, para Sílvia Câmara, provas do "interesse turístico na arte urbana" e também por parte de jornalistas
internacionais. Outro sintoma de que a arte urbana de Lisboa está bem e recomenda-se é o facto de o roteiro
turístico alemão sobre lisboa ter dedicado uma secção ao tema.

O presidente do Turismo de Portugal confirma que, no trabalho diário da equipa do portal de promoção turística
Visitportugal, reconhece-se o impacto que causam os conteúdos relativos à arte urbana, pela interação e pelo
envolvimento que geram entre a comunidade. "Destacar o tema nalgumas ações de promoção é uma forma de
refletir o crescente interesse que o tema tem suscitado nos últimos anos, sendo também um meio eficaz de chamar a
atenção sobre o património nacional", afirmou João Cotrim de Figueiredo.

Disponível em: http://www.publico.pt/local/noticia/arte-urbana-de-lisboa-e-cada-vez-mais-uma-atraccao-turistica-


1693672,26/04/2015

1. Explique, a partir do documento 1, a importância da Arte Urbana, referindo aspetos positivos e alguma
controvérsia que possa existir.
2. Reconheça, a partir do documento 1, o papel dos sistemas de comunicação (publicidade, revistas,
jornais, programas de TV, redes sociais…) nas formas de intervenção artística e na construção da opinião
pública mundial.

Documento 2
Preservação do legado histórico e cultural dos
Estados-Membros da CPLP
Hoje, a CPLP, através da língua que compartilhamos, tornou-se uma
grande família composta por milhões de homens e mulheres. (…)
O legado da língua se preserva falando a própria língua, conversando,
cantando nessa língua; mas se conserva, sobretudo, pensando nessa língua.
Porque, como dizia certo filósofo, a ideia é a expressão da ideia, ou seja, as
ideias existem quando são expressas e a expressão das ideias é,
precisamente, o que enriquece uma língua.
(…) o futuro depende em larga medida do estabelecimento de parcerias entre
arquivos, bibliotecas, universidades, centros de investigação e demais
entidades, públicas e privadas, empenhadas na defesa e promoção da
memória comum dos nossos povos – visando, essencialmente, a
salvaguarda e tratamento da documentação que, precisamente suporta essa
memória.
Disponível: https://www.cplp.org/id-4950.aspx: “Os Arquivos Históricos e as Bibliotecas Nacionais na Preservação do Legado
Histórico e Cultural dos Estados-Membros da CPLP”, Atas do Encontro 3 e 4 de maio de 2018, Sede da CPLP, Lisboa.

Consulte mais informação no seguinte endereço: https://www.cplp.org/id-4950.aspx


3. Mostre, a partir do documento 2, a importância da língua e das novas tecnologias da comunicação
na preservação do legado histórico-cultural e nas prioridades de intervenção/ação/cooperação entre
os Estados Membros da CPLC.
Documento 3
A entrada da Guiné Equatorial na CPLP
A Guiné Equatorial – que é uma antiga colónia espanhola e também não tem laços culturais com os
países lusófonos — aderiu formalmente ao bloco lusófono durante a Cimeira de Chefes de Estado e
de Governo da CPLP em Díli, em 2014.
É, de acordo com o diplomata Lauro Moreira, “um país desconsiderado pela comunidade internacional,
isolado pela língua (o único a falar espanhol em toda a África), cuja história, cultura e
comportamento nada tem a ver com os ideais que presidiram a criação da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa, em 1996”. Lauro Moreira afirmou que a CPLP ficou desfigurada com a estrada
da Guiné Equatorial para o bloco lusófono, pois é “um país que nada fez na prática para merecer essa
concessão a não ser introduzir às pressas o português como língua oficial, ao lado do espanhol e
do francês, e acenar com os seus petrodólares de novo-rico”.
Disponível em: http://observador.pt/2016/11/20/guine-equatorial-envergonha-a-cplp-no-cenario-internacional/

Documento 4
Grupo de cidadãos quer Guiné Equatorial fora da CPLP, 15.07.2021
Um grupo de ativistas angolanos, portugueses, e cabo-verdianos deseja ver a Guiné Equatorial
expulsa da Comunidade dos Países de Língua (CPLP). A reivindicação consta de uma carta aberta
dirigida à presidência da organização lusófona.
O ex-candidato às presidenciais em Portugal em 2016, Paulo de
Morais, afirma ser inaceitável a permanência da Guiné Equatorial na
CPLP (…) qualificou Teodoro Obiang como um "ditador" e
"conhecido predador da imprensa, porque persegue jornalistas".
Segundo o jornalista angolano William Tonet, outro signatário da
carta, o que os subscritores querem é um procedimento legal que vise
aproveitar esta "soberana oportunidade" de ouvir a voz dos cidadãos.
(…). "Mancha aquilo que se pretende na CPLP, que seja um berço de uma comunidade de Estados,
onde o exercício permanente é o respeito pelos direitos humanos, pela vida humana, pela não pena
de morte e pela democracia".
As inquietações dos signatários da carta estão próximas das posições públicas da Amnistia
Internacional Portugal. O diretor-executivo, Pedro Neto, defende que, face ao incumprimento dos
pressupostos que levaram à admissão do país na CPLP, "tem de haver uma revisão entre os pares
sobre o que é que falta para que isso possa ser cumprido". A Amnistia Internacional não encontra
justificação válida para que isto não seja feito, nem argumentos válidos para os outros países
membros não tomarem as devidas medidas (…)
Ana Lúcia Sá, professora de Estudos Africanos no Instituto Universitário de Lisboa (refere) "A Guiné
Equatorial entrou para a CPLP sem que o roteiro de adesão tivesse sido cumprido. Nos estatutos da
CPLP, entre as medidas sancionatórias, não se prevê a expulsão. Prevê-se sim medidas que serão
aplicadas em caso de violações graves de ordem constitucional, o que não se está a passar neste
momento na Guiné Equatorial".
Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/grupo-de-cidad%C3%A3os-quer-guin%C3%A9-equatorial-fora-da-cplp/a-
58280829

4. Pesquise informação sobre a história e política governativa da Guiné Equatorial.


Fundamente, a partir dos documentos 3 e 4 e de outra informação, o seu posicionamento crítico face à
integração da Guiné Equatorial na CPLC.

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