Dissertação - Gilsimar de Lima - Versão 11.06
Dissertação - Gilsimar de Lima - Versão 11.06
Dissertação - Gilsimar de Lima - Versão 11.06
GILSIMAR DE LIMA
CAMPO MOURÃO - PR
2024
GILSIMAR DE LIMA
CAMPO MOURÃO - PR
2024
GILSIMAR DE LIMA
Data de Aprovação
25/03/2024
Campo Mourão - PR
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação à minha esposa Ana Maria, meus filhos Alice e Gustavo, meus
pais Antônio e Maria Aparecida, meus sogros Artur e Ivone por todo incentivo e apoio e por
não me deixar desistir frente aos desafios e obstáculos encontrados.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The use of Information and Communication Technologies in society and education has been
intensified by the Covid-19 pandemic, which began in 2020. This fact has brought about
modifications in the way people communicate, study, relate to others, especially in terms of
social contact. Based on this observation, the general objective of this research is to
understand the relationship between the continuous professional development of teachers and
the use of Digital Information and Communication Technologies during the pandemic period.
Therefore, the guiding question of this research is: how did the process of Continuous
Professional Development occur during the Covid-19 pandemic at a state school in Querência
do Norte, PR, and in what ways could ICTs contribute to this process? To answer this, several
specific objectives were formulated, namely: 1) to discuss how the pandemic influenced the
process of continuous professional development of teachers at a state school in Querência do
Norte, PR; 2) to explain the practices of continuous professional development adopted by
teachers during the pandemic, identifying both the advances and challenges encountered, as
well as the pedagogical adaptations made by these educators; 3) to interpret teachers'
perceptions of the role of technologies and technological tools in enhancing teaching during
the pandemic, aiming to understand their experiences and concepts. Through a qualitative
methodological approach, the research technique used was the Case Study. Firstly, the
guiding documents published at the federal and state levels, which provided guidance for
educational actions of teachers in the school years of 2021 and 2022, were systematized;
secondly, online questionnaires were administered to thirteen teachers who teach in the third
year of high school at the school; finally, the results, analyzed from the reports of the teachers,
highlight how the training contributed, or not, to their continuous professional development.
The contributions of this research include an interdisciplinary understanding of the continuous
professional development process and the use of ICTs during the pandemic period, as well as
the analysis of how ICTs can contribute to the teaching and learning process in a context of
increasingly accelerated social and technological changes.
Quadro 1 - Análise dos Documentos da SEED/PR - Avaliação de Aprendizagem durante a Pandemia (2020-
2021) ..........................................................................................................................................55
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11
2 O PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES (AS) DA
EDUCAÇÃO BÁSICA...........................................................................................................16
2.1 Formação Continuada de professores (as): breve histórico e pressupostos teóricos da
pesquisa....................................................................................................................................16
2.2 Políticas Públicas para Formação Continuada de professores (as): ausência em
tempos necessários..................................................................................................................27
2.3 Formação Continuada e Formação Continuada em Serviço: Modelo implantado pela
Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná..............................................................33
3 AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NO
CONTEXTO PANDÊMICO..................................................................................................41
3.1 Ferramentas e recursos digitais na educação: aspectos históricos...............................41
3.2 Formação Continuada de Professores (as) e as mediações tecnológicas......................46
3.3 Abordagens Interdisciplinares em Educação.................................................................47
4 APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA E ENSINO REMOTO
EMERGENCIAL....................................................................................................................50
4.1 Modalidades de Ensino Remoto Emergencial ofertados na Rede Estadual de
Educação do Paraná...............................................................................................................50
4.2 Organização do trabalho, atendimento dos alunos e legislação para atendimento da
demanda de trabalho..............................................................................................................55
5 PESQUISA E ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................61
5.1 Formação e experiências do entrevistado(a)..................................................................61
5.1.1 Formação Inicial: Elementos-chave e qualificações adquiridas....................................62
5.1.2 Experiências Profissionais Anteriores: Experiências na área da educação...................63
5.1.3 Níveis de Ensino e Disciplinas Atuadas: Áreas e séries de atuação nos anos de 2021 e
2022...........................................................................................................................................64
5.2 Resgate histórico do processo de formação continuada de professores(as).................65
5.2.1 Desafios na Formação Continuada Pré-Pandemia: Dificuldades enfrentadas pelos
professores(as)..........................................................................................................................66
5.2.2 Avanços Notáveis na Formação Continuada: Progressos ao longo dos anos................70
5.2.3 Avanços e Retrocessos Pós-Pandemia: Mudanças no período pós-pandemia...............72
5.3 Contribuição das TDICs no processo de formação continuada de professores(as)....74
5.3.1 Uso de TDICs na Formação Continuada na Pandemia: Ferramentas utilizadas durante
a pandemia................................................................................................................................74
5.3.2 Contribuições Específicas das TDICs: Impacto no desenvolvimento profissional.........76
5.3.3 Desafios no Uso das TDICs na Formação: Dificuldades ao incorporar as TDICs........77
5.4 Contribuição das TDICS visando o perfil de alunos(as) da era digital.......................78
5.4.1 Perfil dos Alunos(as) da Era Digital...............................................................................79
5.4.2 Características e como as TDICS podem ajudar............................................................81
5.4.3 Integração de TDICS nas Práticas Pedagógicas: Exemplos de integração nas práticas
pedagógicas..............................................................................................................................83
5.5 Rendimento dos alunos(as) do Colégio selecionado para a pesquisa durante a pandemia.85
5.5.1 Tecnologias/Ferramentas no Ensino-Aprendizagem: Impacto no rendimento dos
alunos(as)..................................................................................................................................85
5.5.2 Evidências de Melhorias ou Desafios: Dados relacionados ao rendimento dos
alunos(as) durante a pandemia................................................................................................88
6 CONSIDERAÇÕES.............................................................................................................91
REFERÊNCIAS......................................................................................................................95
APÊNDICES.........................................................................................................................109
12
1 INTRODUÇÃO
Escola, entre os estudantes, há alunos que passam cerca de quatro horas (04), dentro do
ônibus escolar, entre o trajeto de suas casas até a escola, ida e volta.
No ano letivo de 2021 (dois mil e vinte e um), de acordo com os dados do Ministério
da Educação (2023), o índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB) da escola, para
o Ensino Médio, foi de 4,5, e para as séries finais do Ensino Fundamental, foi de 5,2.
Ressalta-se que o horário de funcionamento ocorre nos três turnos: manhã, tarde e noite. Em
relação ao Município de Querência do Norte, este foi um distrito criado com a tal
denominação pela lei municipal n.º 13, de 05/08/1953. Até este período, era subordinado a
Paranavaí.
Contudo, foi elevado a município pela lei estadual n.º 253, de 26/11/1954. Destaca-se
que está localizado na região Noroeste do Estado do Paraná e, de acordo com os dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a população da cidade é de 12.257
(Censo de 2021). A área territorial é de 914.763 km² (Censo de 2021), e ao todo são mais de
dois mil e cem (2.100) quilômetros de estradas rurais, sem pavimentação asfáltica, o que as
tornam intransitáveis nos períodos chuvosos.
Querência do Norte é conhecida como a Capital do Arroz Irrigado, com destaque para
a tecnologia aplicada, e evidencia sua marca durante a tradicional Festa do Arroz, que é um
importante meio para divulgação da cidade como importante polo agrícola. Entre os produtos
cultivados no município, também estão o arroz orgânico e o ginseng, uma raiz com
propriedades medicinais vendida para vários países.
A cidade também conta com o famoso “encontro das águas” dos Rios Paraná e Ivaí,
que contornam o município, o que atrai turistas de diversas regiões em visitas aos portos e às
praias de água doce. A cidade é considerada também como “Pantanal Paranaense” em função
da biodiversidade, da fauna e flora (Querência do Norte – 2016). Querência do Norte sempre
foi um local conflituoso, e um cenário marcado pela luta pela terra, devido a grandes áreas de
reforma agrária do MST (movimento dos trabalhadores rurais sem-terra) existentes na cidade.
São mais de 700 (setecentas) famílias que vivem em áreas de assentamento e acampamentos,
que contribuem diretamente com a economia local do município (Emater, 2011).
É, portanto, nessa cidade que buscamos compreender como se deu o processo de
formação continuada de professores/as, no período pandêmico, cujos profissionais abordaram
o ensino durante uma pandemia, de forma emergencial, através de aulas síncronas e
assíncronas, por meio de plataformas digitais que mudaram a forma de ensinar e aprender, de
se comunicar e relacionar-se. Desse modo, a pesquisa visa apresentar o processo de formação
15
ações. Nesse período, a formação contínua de professores era voltada principalmente para
aqueles que fizeram Licenciatura Curta.
Na década de 1980, houve uma crise de formação docente no Brasil e os educadores
brasileiros começaram a se organizar para a construção de uma política de formação do
profissional da educação. Nesse período, a I Conferência Brasileira de Educação foi
considerada muito importante quanto às discussões sobre a formação e atuação dos
professores e pedagogos. A partir de então, a formação continuada passou a ser mais
valorizada e incentivada por políticas públicas (Libâneo; Pimenta, 1999).
A Constituição de 1988 apresentou inovações e compromissos com a educação e a
Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien (Tailândia) em 1990,
reconheceu que a educação é um direito fundamental e que deveria ser democrática quanto ao
acesso e às aprendizagens. A formação continuada de professores passou a ser vista como
uma necessidade e um direito dos profissionais da educação (Libâneo; Pimenta, 1999).
Ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990 3, a formação continuada de professores
sofreu grandes alterações, passando de projetos de treinamento, reciclagem, atualização ou
mesmo adestramento para projetos de parceria entre formadores de professores e professores.
Atualmente, a formação continuada de professores é uma necessidade inquestionável e é vista
como um processo contínuo, que deve dialogar com a prática docente e ser incentivada por
políticas públicas que criem condições para a participação ativa dos professores na construção
de suas próprias formações (Libâneo; Pimenta, 1999).
A reforma do Estado brasileiro na década de 1990 teve como resultado uma
redefinição do papel do Estado, consolidada em leis, decretos, resoluções, pareceres e atos
normativos, que geraram mudanças na configuração da educação nacional com a LDBEN -
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, de dezembro de 1996. A formação
contínua dos professores passou a ser vista como um processo de atualização dos
conhecimentos em consonância com as políticas delineadas para a América Latina pelos
Organismos Internacionais. A LDBEN estabeleceu a necessidade de garantir aos profissionais
da educação o aperfeiçoamento contínuo, incluindo a realização de programas de capacitação
para todos os professores em exercício, utilizando também recursos da educação a distância.
(Durli, 2007).
O artigo também destaca a importância da formação contínua para a valorização dos
profissionais da educação. Vários programas foram criados para atender essa necessidade,
3 Cabe circunstanciar que nessas décadas as demandas do setor produtivo passaram por um
processo de reestruturação das bases científicas e tecnológicas que demandou para o campo da
Educação.
22
curso online são responsáveis por até 20 colegas, tanto do Quadro Próprio de Magistério
quanto do Processo Seletivo Simplificado.
Os temas de estudo incluem Metodologias Ativas, Recursos Educacionais Digitais,
Projeto de Vida, Observação de Sala de Aula, Pedagogo Formador, Educação Especial,
Pensamento Computacional, Programação ETI, Avaliação para a Aprendizagem, Gestão de
Sala de Aula e Componentes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio (Paraná, 2022c).
Esses temas refletem as tendências e metodologias presentes no Canal do Professor – SEED-
PR no YouTube.
Em 2021, o programa contou com a participação de 14 mil cursistas no primeiro
semestre e 11 mil no segundo, abrangendo 13 componentes curriculares e pedagógicos, com
1.259 formadores. Apesar dos números expressivos, a falta de liberação de carga horária para
a participação na formação levanta preocupações sobre a sobrecarga de trabalho e estudo para
os professores, que podem dedicar apenas até duas horas semanais de seu planejamento para
os encontros e atividades propostas. A certificação obtida pelos professores habilitados tem
impacto na distribuição de aulas e remoção para o ano letivo seguinte.
Tozzeto e Domingues (2023) apontam que a formação continuada, conforme proposta
pela SEED-PR, pode ser inserida em uma lógica burocrática, dando mais ênfase à formalidade
da certificação do que aos efeitos na qualidade do desempenho docente. A relação entre a
participação na formação e benefícios como escolha de turmas ou escolas pode induzir os
professores a participarem mais por interesse nessas vantagens do que pelo desenvolvimento
profissional.
Outro programa que destacamos é o Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), destinado a professores QPM, que visa proporcionar subsídios metodológicos para
aprimorar a prática em sala de aula. O PDE passou por reformulações, adotando um modelo à
distância, sem afastamento das atividades laborais e com carga horária reduzida, mantendo a
duração total em dois anos. No entanto, a mudança para um formato online eliminou a
possibilidade de afastamento docente para dedicação exclusiva ao estudo, diferente do modelo
original que permitia licença remunerada no primeiro ano e dispensa de parte da carga horária
no segundo ano.
Tozzeto e Domingues (2023) destacam que a proposta atual do PDE, ao não permitir o
afastamento docente, compromete a imersão reflexiva no estudo e desenvolvimento
profissional. A relação entre teoria e prática, fundamental para o desenvolvimento
profissional, é prejudicada pela falta de suspensão do cotidiano.
37
Quanto à carga horária e certificação, são três momentos de oferta ao longo do ano
letivo, com carga horária de 40 horas em cada temática. No ano letivo de 2022, uma medida
imposta pela gestão da Secretaria de Estado da Educação, determinou que os servidores
efetivos e contratados que não realizar a formação, teriam suas classificações alteradas, caso
não cumprissem mínimo de 80 horas, imposição esta que gerou indignação por parte dos
servidores. Entretanto, sabe-se que os encontros semanais são realizados e que os roteiros de
estudos específicos para os pedagogos/as foram criados no ano letivo de 2021. Também foi
criada a Escola de Formação Continuada Formadores em Ação no ano letivo de 2022, que
ofereceu formação presencial para tutores e formadores do GE, com novas temáticas e áreas
de especialização que foram implementados.
A imposição de exigências, como a obrigatoriedade de 80 horas de formação para os
servidores, demanda uma análise aprofundada sobre sua comunicação, implementação e
propósito subjacente. O modo como essa imposição é transmitida pode influenciar
diretamente na recepção e aceitação por parte dos profissionais envolvidos.
Em primeiro lugar, a transparência na comunicação é essencial. Caso os servidores
percebam a medida como imposta sem uma explicação clara sobre os motivos que a
fundamentam, o risco de desconfiança e insatisfação é iminente. Uma comunicação
transparente, elucidando os benefícios e objetivos da formação, não apenas esclarece dúvidas,
mas também contribui para construir confiança e apoio por parte dos colaboradores.
Outro ponto é o reconhecimento do trabalho já realizado pelos servidores. Se a
imposição da formação for interpretada como uma falta de valorização das competências
adquiridas, é fundamental que a gestão destaque como o desenvolvimento contínuo se alinha
com a melhoria da qualidade do serviço educacional. Desta forma, é possível demonstrar que
40
a formação não é uma negação do mérito passado, mas sim uma estratégia para aprimorar
ainda mais as habilidades dos profissionais.
A relevância e utilidade da formação também merecem atenção. Caso os servidores
percebam que o conteúdo oferecido não atende às suas necessidades práticas e profissionais, a
insatisfação pode se tornar generalizada. Avaliar cuidadosamente a qualidade e a adequação
do programa de formação é imperativo para assegurar que ele realmente contribua para o
desenvolvimento dos servidores, refletindo positivamente no sistema educacional como um
todo.
A participação ativa dos profissionais da educação nas decisões que afetam
diretamente suas atividades é um princípio fundamental. Se a imposição das 80 horas de
formação ocorreu sem a inclusão dos servidores no processo decisório, isso pode intensificar
os sentimentos de descontentamento. Promover a participação ativa cria um ambiente
colaborativo, onde as preocupações dos servidores são consideradas e as decisões são tomadas
de forma mais coletiva.
Ao abordar a imposição de exigências como a formação obrigatória, é imperativo
adotar uma abordagem que valorize a transparência na comunicação, o reconhecimento do
trabalho atual, a adequação da formação e a participação nas decisões. Somente através desses
elementos, a gestão educacional poderá construir um ambiente mais colaborativo e receptivo
às necessidades dos servidores, promovendo, assim, uma abordagem eficaz para o
desenvolvimento profissional no contexto educacional.
Além disso, destacamos a necessidade de avaliar constantemente os resultados da
formação continuada, a fim de identificar seus impactos na qualidade do ensino e na prática
dos professores/as. Essa avaliação deve ser feita por meio de indicadores objetivos, como
desempenho dos alunos/as taxas de evasão escolar, entre outros, e deve ser usada para
aprimorar continuamente o modelo de formação. O Grupo de Estudos Formadores em Ação
tem como foco a formação em serviço dos profissionais da educação, com base em situações
que acontecem diariamente nas Instituições de Ensino, o que demonstra que o modelo
implantado no Paraná, mesmo diante de falhas, está em consonância com as contribuições
mencionadas acima. Ademais, destaca-se a criação da Escola de Formação Continuada
Formadores em Ação e do I Congresso do Grupo de Estudos Formadores em Ação, que
demonstram a preocupação da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná em
aprimorar constantemente o modelo de formação continuada, avaliar seus resultados e
socializar as ações desenvolvidas em meio às trocas de experiências.
41
fundamental que essa modalidade de formação seja crítica e reflexiva, orientada para a
resolução de problemas e considerando o contexto social e cultural em que os profissionais
estão inseridos, além de ser uma estratégia de desenvolvimento profissional ao longo da vida.
43
aprendizagem. A incursão das ferramentas e recursos digitais na educação, longe de ser uma
mera efeméride tecnológica, constitui um fenômeno de magnitude histórica.
Desde as suas primeiras manifestações, as tecnologias digitais se delinearam como
catalisadoras de mudanças substanciais nos paradigmas educacionais. O início desse
fenômeno remonta às décadas iniciais do século XX, quando a disseminação de rádio e
televisão proporcionou um acesso sem precedentes a conteúdos educacionais. Contudo,
somente nas últimas décadas do século passado é que as ferramentas digitais, perpassando a
ascensão da internet, assumiram um papel central na educação (Valente, 2014).
A convergência de dispositivos tecnológicos, plataformas interativas e a ubiquidade da
conectividade redefiniram o cenário educacional contemporâneo. O advento da chamada era
digital catapultou o surgimento de ambientes virtuais de aprendizagem, promovendo a
virtualização do espaço educacional e fomentando uma abordagem mais flexível e
personalizada do ensino (Valente, 2014).
Os recursos digitais, desde seu desenvolvimento, não são meros artefatos tecnológicos,
mas instrumentos de transformação social e cultural. A pedagogia digital, ao integrar tais
ferramentas, demanda uma análise crítica de seu impacto histórico na prática educativa. A
multiplicidade de plataformas, aplicativos e ambientes virtuais inaugurou uma nova era de
possibilidades pedagógicas, promovendo a individualização do aprendizado, a colaboração
global e a expansão do acesso ao conhecimento (Cani, 2020).
Entretanto, é imperativo reconhecer que, sob a égide da digitalização educacional,
emergem desafios complexos. A equidade no acesso, a formação docente adequada e a
necessidade de uma abordagem reflexiva na integração de ferramentas digitais são aspectos
cruciais que demandam atenção (Nascimento, 2023).
À luz dessa análise histórica, torna-se evidente que as ferramentas e recursos digitais
na educação constituem um fenômeno multifacetado, cujas raízes mergulham nas vicissitudes
da evolução tecnológica e nas dinâmicas transformadoras da sociedade. A compreensão
desses aspectos históricos não apenas delineia uma trajetória evolutiva, mas também lança luz
sobre as interseções entre educação, tecnologia e sociedade.
Com o desenvolvimento e a popularização da tecnologia digital, várias ferramentas
começaram a ser incorporadas na educação. As primeiras calculadoras eletrônicas e os
primeiros computadores tiveram um impacto significativo no processo de ensino e
aprendizagem, trazendo mudanças importantes na maneira como os educadores e os alunos
interagiam com os conteúdos e conceitos educacionais.
45
apenas a adaptação ao ensino pautado por competências, mas também a busca por alternativas
que considerem o novo perfil dos estudantes (Santos, 2020).
No entanto, para que a escola possa estar conectada ao ambiente tecnológico das
redes, é preciso, antes de tudo, possuir infraestrutura adequada, incluindo computadores em
número suficiente e formas velozes de conexão, representando um desafio especialmente para
escolas públicas que muitas vezes enfrentam limitações nesse aspecto (Kenski, 2003).
vez que os estudantes são desafiados a buscar soluções para problemas complexos e a integrar
diferentes perspectivas.
No panorama educacional contemporâneo, a perspectiva interdisciplinar emerge como
uma abordagem paradigmática para aprimorar a formação de indivíduos conscientes e
engajados. Conforme delineado por Luck (2001), os benefícios intrínsecos associados a essa
abordagem transcendem a esfera acadêmica, refletindo uma resposta proativa aos desafios
complexos e interconectados que permeiam a sociedade contemporânea.
A interdisciplinaridade, segundo Luck (2001), não apenas propicia a formação de
profissionais mais preparados e adaptáveis, mas também se erige como catalisadora de uma
educação mais atraente e relevante. A sincronia entre diversos domínios do conhecimento
fomenta uma aprendizagem significativa, conectada à realidade vivenciada pela sociedade,
corroborando a assertiva de que a interdisciplinaridade contribui para a formação de cidadãos
dotados de uma compreensão holística e contextualizada.
Contudo, vale ressaltar que a implementação efetiva de abordagens interdisciplinares
enfrenta desafios substantivos, destacando-se a necessidade premente de coordenar e integrar
várias disciplinas de maneira eficaz. Essa coordenação demanda uma colaboração estreita
entre educadores, administradores e gestores escolares, impondo uma reflexão conjunta para
criar uma experiência de aprendizado integrada e significativa para os alunos (Luck, 2001).
À luz das contribuições de Severo (2016), a interdisciplinaridade não apenas oferta
uma oportunidade singular para a consecução de uma educação mais completa, mas também
desvela-se como um catalisador para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e
competências transferíveis, transcendendo as fronteiras entre o acadêmico e o profissional.
A perspicácia crítica e criativa cultivada por meio da integração disciplinar instiga os
alunos a abordar questões complexas sob diferentes prismas, capacitando-os a enfrentar os
desafios multifacetados do mundo real (Thiesen, 2008). Ao internalizar habilidades
interdisciplinares, os estudantes fortalecem sua prontidão para os desafios inerentes à vida
profissional e pessoal.
Não obstante as vantagens elencadas, é imperativo reconhecer as limitações e críticas
inerentes às abordagens interdisciplinares em educação. A implementação em larga escala,
por exemplo, emerge como um desafio complexo, demandando transformações significativas
na estrutura curricular, organização escolar e na capacitação docente.
A exigência de competências específicas por parte dos educadores também não pode
ser subestimada. A colaboração eficaz entre profissionais, a habilidade de integrar diversas
51
preocupação com os custos de dados para os estudantes e suas famílias, promovendo assim
uma educação mais acessível e inclusiva.
A combinação dessas medidas indica uma abordagem por parte do estado do Paraná,
visando atender às diversas necessidades dos alunos durante o ensino remoto emergencial. A
ênfase na transmissão por TV e na oferta de um aplicativo sem custos adicionais revela um
comprometimento com a equidade educacional, reconhecendo e abordando as variadas
realidades socioeconômicas e de acesso à tecnologia presentes na população estudantil.
Essas práticas não apenas refletem a prontidão do Paraná em enfrentar os desafios
impostos pela pandemia, mas também estabelecem um modelo a ser considerado por outros
estados e regiões em busca de estratégias eficientes para a continuidade do ensino em tempos
de crises sanitárias.
Cabe mencionar que durante a pandemia, as capacidades administrativas dos órgãos
públicos educacionais tornaram-se mais evidentes, destacando-se a habilidade do estado em
lidar com os desafios impostos pela crise. A sociedade observou atentamente a resposta das
autoridades educacionais, avaliando sua eficácia na resolução dos problemas emergentes
(Rossi, 2022).
No contexto regulatório, as Secretarias Municipais de Educação (SMEs) basearam
suas ações, principalmente, na Portaria do MEC nº 343/2020 e no Parecer do CNE nº
05/2020, que forneceram diretrizes e suporte para a reorganização do cenário educacional
diante da pandemia. Nesse aspecto, o estado do Paraná se destacou ao oferecer um robusto
suporte às SMEs por meio da edição de normas e orientações, fornecendo respaldo aos
municípios na tomada de decisões cruciais.
A capacidade de readequação do calendário escolar de 2020 é um indicador claro da
eficiência das SMEs do Paraná. Conseguiram concluir o ano letivo conforme o planejado
antes da pandemia, sem prejuízo para o próximo ano letivo. Esse feito demonstra não apenas a
agilidade na resposta, mas também a capacidade de gestão para minimizar os impactos
negativos no processo educacional (Rossi, 2022).
O Paraná, ao apoiar ativamente as SMEs e ao promover a reorganização do calendário
escolar, revela uma postura proativa e comprometida com a manutenção da qualidade do
ensino, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras. A capacidade do estado em fornecer
diretrizes claras e eficazes destaca-se como um fator para o sucesso na adaptação do sistema
educacional às demandas impostas pela pandemia (Rossi, 2022).
O "Pacote de Ações" divulgado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte
(SEED-PR) englobou estratégias diversas, como a transmissão de aulas por canais de TV
55
aberta e YouTube, o aplicativo Aula Paraná, e a parceria com o Google Classroom. O uso de
múltiplos canais para a disseminação de conteúdo pedagógico é digno de nota, pois reconhece
a diversidade de acessos à informação por parte dos alunos. A inclusão de aulas por TV,
YouTube e aplicativo oferece alternativas abrangentes para diferentes realidades de
conectividade e tecnologia (Spadacini; Ramos; Melo, 2023).
Entretanto, é imperativo observar que, apesar dessas iniciativas, persistem desafios
relacionados ao acesso tecnológico. A entrega de materiais impressos e a parceria com o
Google Classroom foram estratégias adotadas para mitigar essas disparidades, mas os dados
indicam que ainda houve dificuldades, especialmente para estudantes de classes
desfavorecidas, que por sinal é a mais expressiva na rede pública. A abordagem de aulas
remotas ministradas por professores desconhecidos, transmitidas por canais de TV e
YouTube, levanta questões sobre a eficácia dessa modalidade de ensino. A falta de interação
direta com os professores da turma pode influenciar negativamente a motivação e o
envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem (Spadacini; Ramos; Melo, 2023).
A Resolução Seed nº 1.016, de 03/04/2020, estabelece um regime especial para a
oferta de atividades escolares na forma de aulas não presenciais em virtude da pandemia
causada pelo COVID-19. A resolução, publicada no Diário Oficial nº. 10663 de 6 de Abril de
2020, é uma resposta às circunstâncias extraordinárias enfrentadas pelas instituições
educacionais.
O documento, assinado pelo Secretário de Estado da Educação e do Esporte,
fundamenta-se em diversas legislações, como a Lei Federal n.º 13.979, de 6 de fevereiro de
2020, e o Decreto Estadual n.º 4.320, de 20 de março de 2020. A Deliberação do Conselho
Estadual de Educação n.º 01, de 31 de março de 2020, também é mencionada como base para
as decisões contidas na resolução.
O artigo 1º estabelece o regime especial, retroativo a 20 de março de 2020, para a
oferta de atividades escolares não presenciais, que serão finalizadas por ato do Governador do
Estado do Paraná ou por manifestação do Conselho Estadual de Educação.
O artigo 2º atribui à mantenedora da Rede Pública Estadual de Ensino a
responsabilidade pela oferta de atividades não presenciais para o Ensino Fundamental – anos
finais e Ensino Médio.
O artigo 3º define as atividades escolares não presenciais, abrangendo uma variedade
de métodos, como orientações impressas, estudos dirigidos, quizzes, plataformas virtuais,
correio eletrônico, redes sociais, videoaulas, audiochamadas, entre outros.
56
4De acordo com Libâneo e Pimenta (1999) a didática trata dos objetivos, condições e meios de
realização do processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos educacionais. O
trabalho docente é a parte integrante do processo educativo mais global, e o professor tem como
compromisso formar alunos críticos, reflexivos e participativos na vida social. A didática, assim como
a pedagogia, tem o compromisso com a transformação social por meio de um ensino eficiente que
ocorre a partir de projetos alargados.
57
evidencia desafios significativos, com 96,5% de acesso nas classes A e B, enquanto nas
classes D e E esse índice cai para 59%.
Para mitigar a desigualdade de acesso, a Secretaria de Estado da Educação e do
Esporte (SEED/PR) propôs a entrega quinzenal de atividades em formato impresso, alinhada à
distribuição do kit de merenda para alunos do programa Bolsa Família. Contudo, esse modelo
não aborda completamente as complexidades do ensino remoto e destaca a necessidade de
soluções mais abrangentes.
Quanto à legislação e organização do trabalho, a reforma trabalhista de 2017
normatizou o teletrabalho (Lei 13.467/2017, artigos 75-A ao 75-E). Essa modalidade,
caracterizada pela prestação de serviços fora das dependências do empregador com o uso de
tecnologias, demanda responsabilidades específicas quanto aos equipamentos e infraestrutura,
conforme o artigo 75-D.
No entanto, a realidade dos professores da Rede Estadual de Ensino do Paraná revela
lacunas na aplicação dessa legislação. A falta de apoio financeiro para aquisição de
equipamentos tecnológicos e a necessidade de adaptação da residência dos docentes sem
suporte adequado evidenciam desafios não previstos pela legislação. O relatório técnico da
pesquisa "Trabalho Docente em Tempos de Pandemia" destaca a adaptação dos professores a
novos contextos, inclusive virtuais, com a necessidade de desenvolver habilidades para lidar
com ferramentas e metodologias inusitadas.
As dificuldades são agravadas quando os docentes não recebem formação adequada
para a utilização das ferramentas tecnológicas, ressaltando a importância da capacitação nesse
contexto. O distanciamento social impôs uma nova rotina aos professores, desafiando-os a
utilizar diferentes recursos tecnológicos sem uma preparação prévia. Esse cenário destaca a
necessidade urgente de políticas que enderecem as lacunas na legislação e proporcionem
suporte efetivo aos profissionais da educação, garantindo equidade no acesso ao ensino
remoto.
A suspensão das aulas presenciais no estado do Paraná, em decorrência do decreto nº
4.258 de 17 de março de 2020, levou a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte
(SEED) a organizar o Ensino Remoto Emergencial (ERE) para atender cerca de 1 milhão de
estudantes da rede pública estadual. Esse processo envolveu um investimento de
aproximadamente 22 milhões de reais, conforme respaldado pela Lei n. 13.979, de 6 de
fevereiro de 2020, que autoriza compras sem licitação para combater a pandemia.
Destaca-se a diferenciação entre aulas remotas e educação a distância (EAD): as
primeiras se assemelham a aulas presenciais, enquanto a segunda pressupõe um ambiente
60
dos professores não tinha experiência prévia com o ensino remoto (Spadacini; Ramos; Melo,
2023).
No entanto, as mudanças ao longo do processo, como a Resolução nº3.817/2020, que
exigiu aulas online em tempo real, indicam uma tentativa de maior controle e registro das
atividades dos professores. Essa abordagem levanta questões sobre a aprendizagem, pois a
ênfase parece se concentrar mais na documentação das atividades do que na promoção da
apropriação dos conteúdos pelos alunos (Spadacini; Ramos; Melo, 2023).
A análise revela o impacto nas condições de trabalho e no bem-estar dos professores,
que, em sua maioria, são mulheres. Guimarães (2021) destaca a transição do trabalho
presencial para o remoto, indicando que, com o uso de dispositivos pessoais, os professores
passaram a receber mensagens e notificações constantes, resultando em uma jornada de
trabalho virtual em tempo integral.
A sobrecarga imposta aos professores é agravada pela pressão para atingir metas e
índices estabelecidos, destacando a exaustão causada pelo acúmulo de responsabilidades,
tanto profissionais quanto pessoais. A pressão da mantenedora, a mídia e as expectativas de
retorno às aulas presenciais acentuaram o estresse dos docentes, já impactados pela pandemia.
Guimarães (2021) aborda a complexa situação das mães e professoras, que enfrentam
o desafio de equilibrar trabalho remoto e tarefas domésticas, sem uma formação específica
para essa nova dinâmica. A falta de separação nítida entre "o que é trabalho" e "o que não é
trabalho" no ambiente doméstico contribui para uma jornada contínua e, muitas vezes,
esgotante.
Além disso, as desigualdades sociais e digitais preexistentes foram acentuadas durante
a pandemia, conforme apontado por Santos (2020) e Macedo (2021). O acesso desigual às
tecnologias digitais pelos estudantes, particularmente nas famílias mais pobres, evidencia uma
nova camada de desigualdade social, refletindo a falta de infraestrutura e formação
adequadas.
Diante desses desafios, ressaltamos a necessidade de repensar o acesso às tecnologias
digitais como um bem comum e um direito, aliado a um amplo processo de formação de
professores. Destaca-se que a conectividade, por si só, não garante uma educação de
qualidade, e é essencial considerar a interação, interatividade, criação e partilha como
elementos fundamentais do processo educacional, mesmo em ambientes virtuais. O estudo
alerta para a importância de pensar a educação para além da pandemia, visando a promoção
de igualdade e justiça no acesso à educação.
63
Essa progressão de papéis pode ter contribuído para sua formação prática antes de
assumir responsabilidades mais amplas na docência. P8 apresenta uma trajetória diversificada,
desde o trabalho em uma fábrica de torneiras até a atuação como conselheiro tutelar e,
finalmente, sua carreira na docência.
Essa diversidade de experiências fora da educação pode ter influenciado sua
abordagem pedagógica e compreensão das necessidades dos alunos. P9 destaca o
envolvimento com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) pelo programa Pronera,
demonstrando uma experiência singular na alfabetização de adultos em assentamentos e
acampamentos. Esse contexto específico pode ter impactado a abordagem do entrevistado em
relação à educação. A amplitude de atuação de P10, que já trabalhou em diferentes níveis e
modalidades de ensino, destaca a versatilidade do profissional na educação. Essa experiência
variada pode contribuir para uma compreensão mais holística das demandas educacionais.
P11 relata uma trajetória que envolveu diversos segmentos da educação, desde o
Ensino Fundamental I até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa diversidade de
experiências pode ter influenciado a capacidade do entrevistado de compreender as distintas
fases do processo educacional.
P13 destaca que sua atuação na educação ocorreu após a aprovação em concurso,
evidenciando uma entrada formal na carreira docente. Isso sugere uma trajetória mais
convencional, com a estabilidade proporcionada pela efetividade após aprovação em
concurso.
A análise das experiências profissionais anteriores revela um mosaico rico de
vivências, influenciando a forma como esses profissionais abordam a educação. A diversidade
de contextos contribui para uma compreensão mais ampla das condições de produção e
recepção das mensagens no âmbito educacional (Araújo, 2020)
5.1.3 Níveis de Ensino e Disciplinas Atuadas: Áreas e séries de atuação nos anos de 2021 e
2022
A análise das áreas e séries de atuação nos anos de 2021 e 2022 dos entrevistados
revela uma variedade de experiências e desafios no contexto educacional. Cada depoimento
reflete as diferentes demandas e particularidades das disciplinas e níveis de ensino em que os
profissionais estiveram envolvidos.
68
Por outro lado, a conciliação de agendas é outra preocupação central. Professores têm
agendas intensas, muitas vezes preenchidas com atividades escolares, responsabilidades
familiares e outras obrigações pessoais. Encontrar tempo disponível para participar de
formações presenciais pode ser um desafio, especialmente quando estas ocorrem durante o
horário de trabalho ou em horários que conflitam com outras responsabilidades.
Teoricamente, essa dificuldade está relacionada ao conceito de sobrecarga de trabalho, que
destaca a importância de equilibrar as demandas profissionais e pessoais para evitar o
esgotamento e o burnout (Avelino; Mendes, 2020).
Diante desses desafios, a flexibilidade nas abordagens educacionais emerge como uma
solução teoricamente embasada. Ao reconhecer as diversas restrições enfrentadas pelos
professores, as instituições educacionais podem adotar estratégias flexíveis que se ajustem às
necessidades individuais dos educadores (Branco; Adriano; Zanatta, 2020). Isso pode incluir a
oferta de opções de formação em locais estrategicamente localizados, o uso de tecnologias de
comunicação para permitir a participação remota, a flexibilização dos horários de formação e
o desenvolvimento de abordagens de aprendizagem assíncrona que permitam aos professores
acessarem materiais de formação em seu próprio ritmo e tempo. Essa abordagem é
fundamentada em teorias de aprendizagem centradas no aluno, que reconhecem a importância
de adaptar os métodos de formação às necessidades e circunstâncias individuais dos
educadores (Ana; Pinto, 2024).
A experiência relatada por P6 ressalta a mudança ao longo do tempo, destacando a
diminuição das oportunidades de formação continuada. A citação "Nos últimos anos,
infelizmente, isso foi se perdendo, tem ficado nas discussões com seus pares" sinaliza uma
transição nas práticas de formação, indicando a importância de revitalizar e diversificar esses
processos.
A experiência relatada por P6 reflete uma preocupação importante relacionada à
evolução das práticas de formação continuada ao longo do tempo. A citação "Nos últimos
anos, infelizmente, isso foi se perdendo, tem ficado nas discussões com seus pares" evidencia
uma mudança significativa nas oportunidades de formação continuada, sugerindo uma
transição das práticas tradicionais para abordagens mais informais e centradas na colaboração
entre colegas. Neste contexto, uma análise teórica pode esclarecer os motivos dessa transição
e destacar a importância de revitalizar e diversificar os processos de formação continuada
(Alves, 2018).
72
A fala de P10 revela uma mudança no foco da formação continuada antes e durante a
pandemia. O destaque para a necessidade de reinvenção do ensino e a adaptação rápida às
novas tecnologias evidenciam a importância de abordagens flexíveis e dinâmicas diante de
contextos imprevistos. A questão temporal é destacada por P11, que menciona o tempo de
deslocamento como um desafio nas formações presenciais. A citação "Os desafios
encontrados eram o tempo de deslocamento entre os locais de realização das mesmas"
evidencia a importância de otimizar o tempo dos profissionais, especialmente quando se trata
de atividades presenciais.
P12 aponta a falta de tempo disponível como um desafio para a participação em cursos
diversificados de formação continuada. A breve citação "Tempo disponível, falta de cursos
diversificados" destaca a necessidade de considerar a carga horária e a diversidade de temas
nas ofertas de formação.
As dificuldades enfrentadas pelos professores na formação continuada pré-pandemia
abrangem questões logísticas, tempo, acesso a recursos tecnológicos e a necessidade de
atualização das abordagens. Esses desafios são relevantes para entender as condições de
produção e recepção das mensagens nesse contexto, indicando a importância de estratégias
flexíveis e adaptáveis para promover o desenvolvimento profissional dos educadores (Couto,
2020).
A análise dos avanços notáveis na formação continuada dos professores ao longo dos
anos revela uma diversidade de percepções, evidenciando tanto progressos quanto desafios
nesse processo.
A fala de P1 destaca a inserção de formadores via meet como um avanço significativo,
proporcionando uma ampla troca de experiências entre professores de diferentes cidades. A
citação "A inserção dos formadores via meet tem me proporcionado uma ampla troca de
experiências, uma vez que discuto diversos assuntos com professores de outras cidades e
visualizo a realidade de cada espaço escolar e seus avanços em meio às dificuldades
apresentadas" destaca a importância da tecnologia na promoção da interação e na superação
de barreiras geográficas.
75
A análise dos desafios no uso das TDICS na formação continuada revela um conjunto
de barreiras que impactam tanto os professores quanto os alunos. As citações dos
entrevistados fornecem informações sobre as dificuldades enfrentadas nesse contexto.
O depoimento do P1 destaca a resistência de alguns professores em aceitar as TDICs,
a falta de recursos, como equipamentos, e a necessidade de assistência para alguns públicos
leigos. A citação "A resistência de alguns professores em aceitar, falta de recurso, pois muitas
pessoas não possuem os equipamentos necessários, além do público leigo que necessitou de
assistência para se encaixar no novo processo" evidencia como a adaptação às TDICs enfrenta
obstáculos relacionados à atitude, infraestrutura e inclusão digital.
P3 menciona o desafio do acesso dos estudantes às plataformas digitais e seu interesse
em participar de forma online. A citação "O acesso dos estudantes às plataformas digitais e o
interesse deles em participar de forma online" ressalta a importância de garantir a participação
efetiva dos alunos na formação, o que pode ser afetado por questões de acessibilidade.
P5 destaca a limitação da internet, a falta de recursos nos celulares dos alunos e a
dificuldade de acesso à internet como desafios significativos. A citação "Internet com sinal
ruim, alunos sem recursos no celular e falta de acesso a internet" aponta para obstáculos
práticos que impactam diretamente a eficácia das TDICs na formação.
P6 e P7 apontam para a falta de familiaridade com as TDICs como um desafio, tanto
por parte dos professores quanto dos alunos. A citação "Pouca familiaridade com as TDICs"
destaca a importância da capacitação e do desenvolvimento de habilidades digitais para
superar esse desafio.
P8 aborda a falta de condições adequadas de uso das TDICS, mencionando a falta de
equipamentos descentes, sinal de internet adequado e a necessidade de fornecer recursos
condizentes com as realidades locais. A citação "O maior desafio sem dúvidas, foi ter
condições de utilizá-las de fato, com equipamentos descentes para professores e alunos, sinal
de internet adequado, tinha capacitação técnica, mas não foi fornecido equipamentos
condizentes com as realidades ímpares de cada localidade, principalmente a socioeconômica"
destaca a importância da infraestrutura adequada para a efetiva incorporação das TDICS na
formação.
P10 menciona a falta de formação adequada, destacando a necessidade de aprender a
usar as TDICS quase que sozinhos. A citação "Como já mencionei, a falta da formação. Teve
que começar a utilizar e aprender a usar quase que sozinhos, nós professores e alunos" ressalta
a importância de investir em programas de capacitação para superar esse desafio.
84
Tabela 4 – Categorias de análise: Contribuição das TDICS visando o perfil de alunos(as) da era digital
CATEGORIA DE ANÁLISE CÓDIGOS FREQUENCIA
Perfil dos Alunos(as) da Era Digital ● Formação de profissionais de TI 1
● Acesso à informação 1
● Diversidade de recursos 1
● Conciliar formações remotas e 2
presenciais
● Necessário afastar os jovens do uso 2
excessivo dessas tecnologias
● Gamificação 5
● Rapidez com que os alunos absorvem 1
informações
● Quanto mais tecnologia, mais 1
passividade
● Rapidez das mudanças tecnológicas 1
● Aulas mais dinâmicas e da verificação 5
em tempo real
Características e como as TDICS podem ● Aulas mais interativas e participativas 5
ajudar ● Facilitadoras da formação continuada 5
de professores
● Conciliação da formação virtual com 3
a carga horária de trabalho
● Novidades 1
● Quebra de preconceitos 1
● Buscar conhecimento além dos livros 1
● Formação continuada dos professores 1
● Acesso rápido à informação 1
● Contato com profissionais de 2
diferentes regiões
● Facilitaram o trabalho em sala de aula 1
● Causaram desconforto 1
85
5.4.3 Integração de TDICS nas Práticas Pedagógicas: Exemplos de integração nas práticas
pedagógicas
P12 traz uma análise crítica sobre a dependência excessiva dos alunos em tecnologia,
sugerindo que, em alguns casos, a passividade gerada pelo uso excessivo pode prejudicar o
rendimento. A citação "aqueles que se envolveram até que conseguem mais trabalhar nos
processos tecnológicos, porém, aquilo que é o contexto da cultura da sociedade de hoje, as
crianças tem liberdade para interagir com o que quiser na tecnologia, eles usam os recursos
que existem para melhorar sua atuação em jogos, em redes sociais, pouquíssimos estão
atuando com a tecnologia para absorver cultura" aponta para a necessidade de equilíbrio no
uso das tecnologias para garantir o aproveitamento pleno do processo educacional.
P13 ressalta desafios como a falta de participação efetiva dos alunos nas aulas online e
atividades de cópia e cola. A citação "Não vejo rendimento, pois não podemos aferir a
aprendizagem eficaz durante a pandemia, visto que os próprios alunos dizem que nem
estudaram. Atividades de cópia e cola. A forma mais efetiva era na oralidade através das aulas
online, mas poucos alunos participaram de forma eficiente dessas ferramentas (entravam na
aula online e NÃO deixavam a câmera ligada). Estavam presentes estando ausentes" destaca
as dificuldades de engajamento e participação ativa dos alunos em ambientes virtuais.
Em resumo, as respostas revelam uma gama de experiências e desafios associados ao
uso de tecnologias no ensino durante a pandemia, sugerindo que o impacto no rendimento dos
alunos é multifacetado e dependente de diversos fatores, incluindo a disponibilidade de
recursos, engajamento dos alunos e adaptação dos professores às novas condições de ensino.
primeiro no Ensino Médio" sugere que essas ferramentas podem ter contribuído
positivamente para o rendimento dos alunos.
P12 destaca uma preocupação sobre como a tecnologia pode ter contribuído para uma
atitude passiva em relação aos estudos, com alunos utilizando truques para evitar o
aprendizado efetivo. A citação "Em conversas com os alunos, a própria tecnologia lhes ajudou
a não estudar, muitos utilizam da esperteza para copiar e colar informações" ressalta a
importância de considerar não apenas os benefícios, mas também os possíveis efeitos
negativos do uso intensivo da tecnologia.
P13 aponta desafios relacionados à inclusão digital, destacando a barreira existente
para alguns alunos em termos de acesso a equipamentos e internet. A citação "Ficou evidente,
ainda, que após algum tempo e pela dificuldade muitos foram migrando para o material
impresso" destaca a importância de superar desafios relacionados à inclusão para garantir que
todos os alunos possam se beneficiar das tecnologias.
Em síntese, as respostas revelam uma variedade de experiências e desafios
relacionados ao rendimento dos alunos durante a pandemia, indicando que o impacto das
tecnologias é multifacetado e dependente de diversos fatores, incluindo a conscientização
sobre o uso adequado, o engajamento dos alunos e a superação de barreiras de acesso.
97
6 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
ALVES, Maria das Dores Gouveia; FIGUEIREDO, Mônica Vieira Ramos; FERNANDES,
Ricardo de Mattos. Educação à distância: o ensino e a aprendizagem para além das paredes da
sala de aula numa perspectiva vygotskyana. Educação, Escola & Sociedade, v. 3, n. 3, p.
115-134, 2010. Disponível em:
https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rees/article/view/101/106.
ANA, Wallace Pereira Sant; PINTO, Umberto Andrade. Análise Histórico-social do Curso de
Pedagogia e dos Campos de Atuação do Pedagogo: Da Regulamentação em 1939 à Resolução
CNE/CP n. 1/2006. TEXTURA-Revista de Educação e Letras, v. 26, n. 65, 2024.
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. A Produção Acadêmica sobre Formação Docente:
um estudo comparativo das dissertações e teses dos anos 1990 e 2000. Revista Brasileira de
Pesquisa sobre Formação de Professores, Autêntica, v. 1, n. 1, ago./dez. 2009.
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Tendências no Ensino de Didática no Brasil. In:
PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Didática e Formação de Professores: percursos e
perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez, 1997. P. 215-230.
ARAUJO, Manoel Messias Pereira; JUNGER, Alex Paubel. Dialogando com a formação
continuada de professores: uma revisão sistemática da literatura. Cuadernos de Educación y
Desarrollo, v. 16, n. 1, p. 1446-1463, 2024.
ARAÚJO, Marcus Vinicius Neves et al. A formação de professores no contexto da pandemia
do COVID-19. In: PALÚ, Janete; SCHÜTZ, Jenerton Arlan; MAYER, Leandro (org.).
Desafios da educação em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. p. 105-128.
ISBN 978-65-991146-9-4. DOI: 10.46550/978-65-991146-9-4.
BACICH, Lilian; MORAN, José. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem téorico-prática [recurso eletrônico]. – Porto Alegre: Penso, 2018
BATISTA, Lorena Maria; JUNIOR, Mikael Frank Rezende. Desafios e descobertas docentes
sobre suas práticas pedagógicas com tecnologias digitais de informação e comunicação
durante a pandemia de COVID19. Cuadernos de Educación y Desarrollo, v. 16, n. 1, p.
347-368, 2024.
BRASIL. Parecer CNE/CP n.º 4, de 6 de julho de 2004. Adiamento do prazo previsto no art.
15 da Resolução CNE/CP 1/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de
graduação plena. Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação
Superior, 2004.
BRASIL. Parecer CNE/CP n° 3/2006 - Reexame do Parecer CNE/CP nº 5/2005, que trata
das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia.
BRASIL. Parecer CNE/CP nº 15/2009 BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer
CNE/CP nº 15/2009, aprovado em 4 de agosto de 2009 - Consulta sobre a categoria
profissional do professor de curso livre e de Educação Profissional Técnica de Nível Médio,
com base no Plano Nacional de Educação. Brasília, DF: MEC, 2009.
BRASIL. Parecer CNE/CP nº 21, de 6 de agosto de 2001. Duração e carga horária dos
cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de
licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, Câmara de
Educação Superior, 2001.
BRASIL. Parecer CNE/CP nº 27, de 2 de outubro de 2001. Dá nova redação ao item 3.6,
alínea c, do Parecer CNE/CP 9/2001, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura,
de graduação plena. Brasília, DF: Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação
Superior, 2001.
BRASIL. Parecer CNE/CP nº 9/2007 - Reorganização da carga horária mínima dos cursos
de Formação de Professores, em nível superior, para a Educação Básica e Educação
Profissional no nível da Educação Básica.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1/2005 - Altera a Resolução CNE/CP nº 1/2002, que institui
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em
nível superior, curso de Licenciatura de graduação plena.
CANI, Josiane Brunetti et al. Educação e covid-19: a arte de reinventar a escola mediando a
aprendizagem “prioritariamente” pelas TDIC. Revista Ifes Ciência, v. 6, n. 1, p. 23-39, 2020.
CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de. A educação básica brasileira e as novas relações
entre o Estado e os empresários. Revista Retratos da escola, Brasília, v. 11, n. 21, p. 525-
541, jul./dez. 2017. Disponível em:
http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/800. Acesso em: 01 jul. 2020.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1442-8.pdf.
DE MATOS, Antonia Poliana Rufino; SOARES, Maria de Nazaré Moraes; BRAZ, Milena
Marcintha Alves. UMA ANÁLISE SOBRE A PERSPECTIVA DE AVALIAÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO DE
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL. Enepcp, 2023.
FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação. 10 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GALVAO, Maria Cristiane Barbosa; PLUYE, Pierre; RICARTE, Ivan Luiz Marques.
Métodos de pesquisa mistos e revisões de literatura mistas: conceitos, construção e critérios
de avaliação. InCID Revista de Ciência da Informação e Documentação, v. 8, n. 2, p. 4, 2017.
DOI 10.11606/issn.2178-2075.v8i2p4-24. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v8i2p4-24.
GATTI, Bernardete A. Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na
última década. Revista Brasileira de Educação, v. 13, p. 57-70, 2008.
GATTI, Bernardete Angelina; SHAW, Gisele Soares Lemos; PEREIRA, Jocilene Gordiano
Lima Tomaz. Perspectivas para formação de professores pós pandemia: um diálogo. Revista
Práxis Educacional, v. 17, n. 45, p. 511-535, 2021.
109
HAHN, Fábio André; MEZZOMO, Frank; PÁTARO, Cristina Satiê de Oliveira (Orgs.).
Interdisciplinaridade: perspectivas e desafios. Guarapuava: Ed. Unicentro, 2020. Disponível
em: https://drive.google.com/file/d/11ExumxmF6GhbRkv5XcHmhzlzEc2f7Nf/view
Ilustração, 2020. p. 129-146. ISBN 978-65-991146-9-4. DOI: 10.46550/978-65-991146-9-4.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e internet no Brasil. Cad Adenauer, v. 16, n. 3, p. 133-
150, 2015. Disponível em: https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=cfbf2881-
e6e9-5724-4da9-d61e8dcd7a7c&groupId=265553.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 4. ed. São Paulo:
Papirs, 2003. Disponível em:
https://books.google.com.br/books/about/Tecnologias_E_Ensino_Presencial_E_a_Dist.html?
hl=pt-BR&id=dWdWPHkGCEkC&redir_esc=y.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=BqB9h-W8AeUC&pg=PA3&hl=pt-
BR&source=gbs_selected_pages&cad=3#v=onepage&q&f=false.
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 7. ed. São
Paulo: Cortez, 2009.
MELO, Elda Silva do Nascimento; SANTOS, Camila Rodrigues dos. A formação continuada
de professores(as) no Brasil: do século XX ao século XXI. Revista Humanidades e
Inovação, v. 7, n. 11, p. 60-73, 2020.
MORAN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. In: Convergências midiáticas,
educação e cidadania: aproximações jovens. 2015. Disponível em: Acesso em: 17 ago. 2021.
OLIVEIRA, Sandra de; BAHIA, Sabrine Borges de Mello Hetti; NEVES, Antônia Regina
Gomes. PROFESSORES INICIANTES E COFORMAÇÃO: INDICAÇÕES PARA AS
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA. ETD Educação Temática
Digital, v. 24, n. 4, p. 882-902, 2022.
PALÚ, Janete; SCHÜTZ, Jenerton Arlan; MAYER, Leandro (org.). Desafios da educação
em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. 324 p.; 21 cm. ISBN 978-65-991146-
9-4. DOI: 10.46550/978-65-991146-9-4.
PEREIRA, Maria das Graças de Oliveira Pereira. TIC’se TDIC’s: um estudo da realidade
brasileira durante a pandemia na educação infantil. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
SALES, Mary Valda Souza (Org.). Tecnologias digitais, redes e educação: perspectivas
contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 2020.
SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antonio.
(Org.). Os professores e sua formação. Ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
SILVA, Dion Leno Benchimol da et al. Perspectivas de docentes da região sul e sudeste do
Pará sobre a modalidade remota de ensino no período de pandemia da Covid-19. Journal of
Education, Science and Health, Teresina, p. 1–10, 2023. Disponível em:
https://jeshjournal.com.br/jesh/article/view/179/80. Acesso em: 13 jan. 2023.
SILVA, Katia Curado da. Professores com formação stricto sensu e o desenvolvimento da
pesquisa na educação básica da rede pública de Goiânia: realidade, entraves e
possibilidades. 2008.292f. Tese de doutorado (Programa de Pós-graduação em Educação) –
Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2008.
SOUSA, Robson Pequeno; BEZERRA, Carolina Cavalcanti; SILVA, Eliane de Moura Silva;
MOITA, Filomena Maria Gonçalves da Silva. orgs. Teorias e práticas em tecnologias
educacionais [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2016, 228 p.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 12. ed. Petrópolis: Vozes,
2010.
TINÉ, Maria Augusta Dias; DE MOURA, Mychelle Ramos Ferreira; DOS SANTOS, Maria
Pricila Miranda. Avanço Tecnológico E Educação: Impactos E Transformações No Período
Da Pandemia Do Covid-19. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e
Educação, v. 10, n. 1, p. 615-625, 2024.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
115
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
ZABALA, Antonio. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
1. Poderia compartilhar um pouco sobre sua formação inicial como professor(a)? Quais
foram os elementos-chave e qualificações adquiridas ao longo desse processo?
1. Considerando o perfil dos alunos(as) da era digital, de que maneira as TDICS podem
contribuir para a formação continuada? Quais benefícios específicos podem ser
observados?