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Gestão Patrimonial - Ativo Imobilizado

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Gestão Patrimonial

Ativo Imobilizado – CPC nº 27


Sumário do curso
Tópicos

1 • Objetivo e alcance da Norma

2 • Definições e conceitos

3 • Do reconhecimento do ativo imobilizado

4 • Da mensuração do valor do ativo imobilizado

5 • Dos critérios de depreciação

6 • Da reavaliação do valor do ativo imobilizado

7 • Resumo dos principais pontos do CPC 04


Base bibliográfica
Referências

❑ NBC TG 27 (R4): Ativo Imobilizado (CPC 27 / IAS 16)


❑ NBC TG 01 (R4): Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01 R1 / IAS 3)
❑ Art.3º da Lei 10.833/02
❑ Manual de contabilidade societária. Autores: Eliseu Martins, Ernesto Rubens
Gelbcke, Ariovaldo dos Santos, Sérgio de Ludícibus. 2. ed. – São Paulo: Atlas,
2013. FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e
Financeiras, FEA/USP.
Objetivo e alcance da Norma
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Objetivo e alcance da Norma
Estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os
usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre
o investimento da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas
mutações.

Os principais pontos a serem considerados:


1) O reconhecimento dos ativos;
2) A determinação dos seus valores contábeis;
3) Os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem
reconhecidas em relação aos mesmos.
Objetivo e alcance da Norma
Arrendamento
Contrato de Mercantil
Construção
Estoques

Recursos
Minerais Exceções
Ativos
Biológicos

Ativos imobilizados
mantidos para venda Propriedade para
Investimento
Definições e conceito
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Definições e conceitos
Ativo é um bem ou direito controlado pela entidade, resultante de eventos e
transações passadas, do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros à
entidade. (Conceito presente em ativo contingente, CPC 25)

Ativo imobilizado é o item tangível, isto é, é um bem de natureza corpórea:

(a) mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para


aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) que se espera utilizar por mais de um período.

Ou mesmo correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o
controle desses bens.
Definições e conceitos
Características essenciais do ativo:

Identificável ou separável
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo,
quando:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo
ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente
de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos
e obrigações. ( Concessões, direitos de exploração)
Do reconhecimento do ativo
imobilizado
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Do reconhecimento do ativo
imobilizado
O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo
se, e apenas se:
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item
fluirão para a entidade; e
(b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso


interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera
usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser
utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também
são contabilizados como ativo imobilizado.
Do reconhecimento do ativo
imobilizado
O CPC 27 não prescreve a unidade de medida para o reconhecimento, ou
seja, aquilo que constitui um item do ativo imobilizado.
A entidade deve avaliar, segundo princípios de reconhecimento, todos os
seus custos com ativos imobilizados no momento em que eles são
incorridos.
Princípios de análise para reconhecimento do ativo:
Separabilidade;
Geração de benefícios econômicos;
Materialidade;
Vida útil;
Métodos e periodicidade de reavaliação pela natureza do grupo de ativos.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor
justo de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data
da sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído
ao ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições
específicas de outros Pronunciamentos, como, por exemplo, o
Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
O custo de um item do ativo imobilizado compreende:
(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e condição necessários para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e
de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
• (a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no
Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
• (b) custos de preparação do local;
• (c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
• (d) custos de instalação e montagem;
• (e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente,
após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item
produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como
amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
• (f) honorários profissionais.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
Custos não atribuíveis ao ativo:
• (a) custos de abertura de nova instalação;
• (b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
• (c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
• (d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo
imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na
transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor
contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:
• (a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas
condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
• (b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
• (c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as
operações da entidade.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
Ativo imobilizado construído internamente:
O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se
utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido.
Se a entidade produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas
operações, o custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de
construir o ativo para venda (ver o Pronunciamento Técnico CPC 16 –
Estoques). Lucros gerados internamente, são eliminados para determinar
tais custos.
O custo de valores anormais de materiais, de mão-de-obra ou de outros
recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é
incluído no custo do ativo.
Da mensuração do valores do ativo
imobilizado
De forma geral, custo financeiro não pode ser reconhecido no ativo
imobilizado. Devem ser reconhecidos como despesas mensalmente em
suas respectivas competências.

O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece


critérios para o reconhecimento dos juros como componente do valor
contábil de um item do ativo imobilizado construído pela própria empresa.
Determinação de critérios de
depreciação
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Determinação de critérios de
depreciação
Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o
custo, menos o seu valor residual.

Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com


a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o
ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao


longo da sua vida útil.
Determinação de critérios de
depreciação
O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática
ao longo da sua vida útil estimada.

Vida útil é:
(a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter pela utilização do ativo

O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao


final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas
anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de
estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
Da reavaliação dos ativos imobilizados
Ativo Imobilizado – CPC nº 27
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao
final de cada exercício e
Deve-se avaliar o valor do ativo por dois métodos:

Valor específico para a entidade (valor em uso) é o valor presente dos


fluxos de caixa que a entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um
ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou (ii) incorrer para a
liquidação de um passivo.

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
• Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de
venda de um ativo e seu valor em uso.

• Se o valor recuperável de um ativo é menor do que o valor contábil, é


necessário o reconhecimento de perdas por impairment, reconhecendo
o valor da perda no resultado e em conta específica de patrimônio
líquido.
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, o valor contábil do ativo deve
ser ajustado para o valor reavaliado. Na data da reavaliação, o ativo deve ser
tratado de uma das seguintes formas:
(a) o valor contábil bruto deve ser ajustado de forma que seja consistente com a
reavaliação do valor contábil do ativo. Por exemplo, o valor contábil bruto pode ser
ajustado em função dos dados de mercado observáveis, ou pode ser ajustado
proporcionalmente à variação no valor contábil. A depreciação acumulada à data
da reavaliação deve ser ajustada para igualar a diferença entre o valor contábil
bruto e o valor contábil do ativo após considerar as perdas por desvalorização
acumuladas; ou
(b) a depreciação acumulada é eliminada contra o valor contábil bruto do ativo.

O valor do ajuste da depreciação acumulada faz parte do aumento ou da


diminuição no valor contábil registrado de acordo com os itens 39 e 40.
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
Se o valor contábil do ativo aumentar em virtude de reavaliação, esse aumento
deve ser creditado diretamente à conta própria do patrimônio líquido. No
entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado quando se tratar da
reversão de decréscimo de reavaliação do mesmo ativo anteriormente
reconhecido no resultado.
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
• 29. Quando a opção pelo método de reavaliação for permitida por lei(1),
a entidade deve optar pelo método de custo do item 30 ou pelo método
de reavaliação do item 31 como sua política contábil e deve aplicar essa
política a uma classe inteira de ativos imobilizados.
• (1) A reavaliação de bens tangíveis e intangíveis não é permitida devido
às disposições contidas na Lei n.º 11.638/2007, que alterou a Lei n.º
6.404/1976. (Incluída esta nota pela Revisão CPC 13)
Da reavaliação dos ativos
imobilizados
CPC 13 - Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no
449/08

38. A Lei nº 11.638/07 eliminou a possibilidade de reavaliação espontânea


de bens. Assim, os saldos existentes nas reservas de reavaliação
constituídas antes da vigência dessa Lei, inclusive as reavaliações reflexas
de controladas e coligadas, devem: (a) ser mantidos até sua efetiva
realização; ou (b) ser estornados até o término do exercício social de 2008.
Resumo dos principais
pontos do CPC nº 27
Resumo dos principais pontos do
CPC nº 27
• O CPC nº 27 trata de princípios e diretrizes para que cada entidade avalie com critérios sólidos as
características de suas operações próprias e adote os métodos consistentes dadas as características
1 específicas de cada grupo de ativos.

• A entidade deve adotar para cada grupo de ativo ou ativo específico: método de reconhecimento e
mensuração conforme as diretrizes do CPC nº 27; método para definição de vida útil, valor residual e
2 taxas de depreciação; métodos de reavaliação periódica de seus ativos ou grupo de ativos

• O CPC nº 27 não atende exceções previstas em outras normas que tratam de ativos biológicos,
estoque, propriedade para investimentos, dentre outras.
3
Obrigado.
Contatos:
Emerson Chenta
E-mail: emersonhenriques@gmail.com
Celular: 11 98242-8853

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