Processo Penal - Daiane e Fernanda-1
Processo Penal - Daiane e Fernanda-1
Processo Penal - Daiane e Fernanda-1
Sumário
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Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2021 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
PONTO 1 - PROCESSO PENAL EM GERAL. FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL. SISTEMAS
PROCESSUAIS. 7
1. O QUE É PRETENSÃO PUNITIVA? 7
2. QUAIS OS SISTEMAS PROCESSUAIS EXISTENTES? 7
3. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO MODELO INQUISITORIAL? 7
4. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO MODELO ACUSATÓRIO? 7
5. COMO SE DÁ A GESTÃO DA PROVA NO MODELO ACUSATÓRIO? 7
6. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO MODELO MISTO OU FRANCÊS? 8
7. QUAL O SISTEMA PROCESSUAL ADOTADO NO ORDENAMENTO BRASILEIRO? 8
8. QUAIS AS FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL? 8
9. EXPLIQUE AS FONTES DE PRODUÇÃO OU MATERIAIS. 9
10. EXPLIQUE AS FONTES DE COGNIÇÃO OU FORMAIS. 9
11. QUAIS OS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS PREVISTOS NA CF/88? 9
12. QUAL O CONCEITO E PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA? 9
13. QUAL O LIMITE TEMPORAL DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA? 10
14. O RÉU QUE FOI CONDENADO E RECORREU, PODE SER PRESO ? 11
15. QUAL O CONCEITO E PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DO ‘NEMOTENETUR SE DETEGERE’? 12
16. QUAL O CONCEITO E PRINCIPAIS ELEMENTOS DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO? 12
19. QUAL O CONCEITO E PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA? 13
20. É PRECISO OBSERVAR A DEFESA TÉCNICA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR? 13
21. E NA FASE DE EXECUÇÃO PENAL? 14
22. NO QUE CONSISTE O PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E QUAIS OS SEUS PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS? 14
23. DISCORRA SOBRE O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE NO PROCESSO PENAL. 14
24. ONDE ESTÁ PREVISTO O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO À PROVA ILÍCITA E NO QUE CONSISTE TAL PRINCÍPIO? 15
25. O QUE É UMA PROVA ILÍCITA ? 15
26. O QUE É TEORIA DA PROPORCIONALIDADE/ TEORIA DA RAZOABILIDADE/ TEORIA DO SACRIFÍCIO ? 15
27. O QUE É TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA/TEORIA DOS FRUITS OF THE POISONUS TREE/ TEORIA DA PROVA ILÍCITA POR
DERIVAÇÃO? 15
28. O QUE É TEORIA DA DESCOBERTA INEVITÁVEL? 16
29. O QUE É TEORIA DA PROVA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE? 16
30. O QUE É TEORIA DO ENCONTRO FORTUITO DE PROVAS/ TEORIA DA DESCOBERTA CASUAL? 17
PONTO 2 - NORMA PROCESSUAL PENAL. INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO, APLICAÇÃO E EFICÁCIA TEMPORAL, ESPACIAL E
SUBJETIVA DA LEI PROCESSUAL PENAL. 17
31. PARA A DOUTRINA MAJORITÁRIA QUAL PRINCÍPIO GUIA A APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO? 18
32. DISTINGA LEIS PENAIS PURAS DE LEIS PROCESSUAIS PENAIS PURAS. 18
1. CONCEITUE LEIS PROCESSUAIS PENAIS MISTAS/ LEIS PENAIS PROCESSUAIS 18
33. QUAL PRINCÍPIO REGE A APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO? 18
34. NO QUE CONSISTEM AS NORMAS PROCESSUAIS HETEROTÓPICAS? 19
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35. ACERCA DA INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL, CONCEITUE COSTUMES E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO. 19
36. ACERCA DA INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL, CONCEITUE ANALOGIA. 19
37. ACERCA DA INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL, DIFERENCIE ANALOGIA DE INTEPRETAÇÃO ANALÓGICA. ESTA ÚLTIMA É PERMITIDA NO DIREITO
PROCESSUAL PENAL? 19
38. O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL PODE SER APLICADO NO PROCESSO PENAL? 20
39. CITE UM EXEMPLO DE PREVISÃO EXPRESSA DA APLICAÇÃO DO CPC AO CPP. 20
40. A CONTAGEM DOS PRAZOS EM DIAS ÚTEIS COMO PREVISTA NO NCPC É APLICADA AO CPP? 20
41. O NCPC NÃO TROUXE PREVISÃO DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. ELE CONTINUA SENDO APLICADO AO CPP? 21
42. E EM RELAÇÃO AOS EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE, QUE TAMBÉM FOI EXTINTO COM O NCPC? 21
PONTO 3 - INVESTIGAÇÃO CRIMINAL. SISTEMAS DE INVESTIGAÇÃO, PODERES, DEVERES, METODOLOGIAS E ATOS
INVESTIGATÓRIOS. A POLÍCIA JUDICIÁRIA. O INQUÉRITO POLICIAL. 21
43. QUAIS OS TIPOS DE SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO EXISTENTES E QUAL FOI O ADOTADO PELO BRASIL? 21
44. O QUE É INVESTIGAÇÃO CRIMINAL? 22
45. O MP É DOTADO DE PODERES INVESTIGATÓRIOS CRIMINAIS NO ÂMBITO CONSTITUCIONAL? 22
46. QUAL O CONCEITO E AS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL? 22
47. O QUE É INDICIAMENTO? 23
48. COMO FUNCIONA A INDICAÇÃO DE DEFENSOR DE INDICIADO SERVIDOR VINCULADO AS INSTITUIÇÕES DO ART. 144 DA CF? 23
49. O QUE É ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL? 24
50. QUANDO NÃO SE APLICA O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL? 24
51. O ARQUIVAMENTO DO IP PRODUZ COISA JULGADA MATERIAL? 25
52. O QUE É INQUÉRITO POLICIAL? 25
53. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO? 26
54. O QUE É TERMO CIRCUNSTANCIADO DE FATO? 27
55. O QUE É JUIZ DAS GARANTIAS? 27
56. CITE ALGUMAS COMPETÊNCIAS INERENTES AO JUIZ DAS GARANTIAS? 28
PONTO 4 - AÇÃO PENAL. AÇÃO CIVIL EXDELICTO. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA. SUJEITOS PROCESSUAIS. 29
57. QUAL O CONCEITO DE AÇÃO PENAL? 29
58. QUAL A CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVA DA AÇÃO PENAL? 29
59. QUAIS OS PRINCÍPIOS REGEM A AÇÃO PENAL PÚBLICA? 30
60. QUAIS OS PRINCÍPIOS REGEM A AÇÃO PENAL PRIVADA? 30
61. EXISTE AÇÃO PENAL POPULAR? 30
62. QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL? 31
63. O QUE É A DENÚNCIA E A QUEIXA, QUAL O SEU PRAZO E QUAIS OS SEUS REQUISITOS? 31
64. O QUE É A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO? 32
65. O QUE É AÇÃO CIVIL EXDELICTO? 32
66. QUAIS SÃO OS SISTEMAS DE APURAÇÃO DE CULPA? 32
67. QUAL O CONCEITO DE COMPETÊNCIA E SUAS ESPÉCIES? 33
68. QUAL A COMPETÊNCIA DO CRIME DE ESTELIONATO PRATICADO MEDIANTE DEPOSITO DE CHEQUE SEM FUNDOS? 34
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69. NAS AÇÕES DE CRIMES CONTRA DIGNIDADE SEXUAL, QUAIS AÇÕES SÃO VEDADAS PARA GARANTIR A INTEGRIDADE FÍSICA E PSICOLÓGICA DA
VITIMA? 34
70. QUAIS SÃO AS REGRAS DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL? 34
71. O QUE É PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA, CONEXÃO E CONTINÊNCIA? 35
72. O QUE É FORO PREVALENTE E QUAIS SUAS REGRAS? 35
73. O QUE É PERPETUATIO JURISDITIONIS? 35
74. O QUE É AVOCAÇÃO? 36
75. QUEM SÃO OS SUJEITOS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIOS DO PROCESSO PENAL? 36
76. QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE CAUSAS DE IMPEDIMENTO E CAUSAS DE SUSPEIÇÃO? 36
PONTO 5 - MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS. PRISÃO. LIBERDADE PROVISÓRIA. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. MEDIDAS
CAUTELARES REAIS. QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES. PRISÃO ESPECIAL. 36
77. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE MEDIDAS CAUTELARES? 36
78. O QUE É A AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA? 37
79. O QUE É A PRISÃO E QUAIS SUAS MODALIDADES? 38
80. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE FLAGRANTE? 38
81. QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA? 38
82. QUANDO NÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA A DECISÃO DA PRISÃO PREVENTIVA ? 39
83. QUAIS SÃO OS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO TEMPORÁRIA? 39
84. QUAL O CONCEITO DE LIBERDADE PROVISÓRIA E QUAIS AS SUAS MODALIDADES? 40
85. QUANDO É CABÍVEL A PRISÃO ESPECIAL? 40
86. QUAIS SÃO AS MEDIDAS CAUTELARES REAIS? 41
87. O QUE É QUESTÃO PREJUDICIAL? 41
88. O QUE SÃO OS PROCEDIMENTOS INCIDENTAIS? 41
89. OS BENS APREENDIDOS OU SEQUESTRADOS PODEM SER UTILIZADOS ANTES DO TRANSITO EM JUGADO? 42
PONTO 6 - COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. AS PROVAS NO DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRAZOS
PROCESSUAIS. DEFEITOS PROCESSUAIS. NULIDADES. 42
90. QUAL O CONCEITO DE INTIMAÇÃO E DE CITAÇÃO E SUAS ESPÉCIES? 42
91. QUAL O CONCEITO, A NATUREZA JURÍDICA E O OBJETO DA PROVA? 43
92. QUAIS AS CLASSIFICAÇÕES DA PROVA? 43
93. QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS RELACIONADOS A ATIVIDADE PROBATÓRIA? 43
94. QUAIS SÃO OS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE PROVAS? 44
95. O QUE É ÔNUS DA PROVA? 44
96. O QUE É PROVA EMPRESTADA? 44
97. EM QUAIS HIPÓTESES AS PROVAS ILÍCITAS SÃO VÁLIDAS? 44
98. O QUE É SERENDIPIDADE? 45
99. QUAL O CONCEITO DE PROVA PERICIAL? 45
100. O QUE É CADEIA DE CUSTODIA? 45
101. O QUE É O INTERROGATÓRIO E QUAL SUA NATUREZA? 47
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102. QUAIS AS HIPÓTESES PARA QUE O INTERROGATÓRIO POSSA SER REALIZADO POR VIDEOCONFERÊNCIA? 47
103. O QUE É O DEPOIMENTO SEM DANO? 47
104. EM QUE CONSISTE O SISTEMA DO DIRECTEXAMINATION E DO CROSSEXAMINATION? 47
105. EM QUE CONSISTE A BUSCA E APREENSÃO? 48
106. O QUE SÃO NULIDADES? 48
107. QUAL A DIFERENÇA ENTRE ATOS IRREGULARES, ATOS NULOS E ATOS INEXISTENTES? 48
108. QUAIS AS ESPÉCIES DE NULIDADE? 48
109. QUAIS OS PRINCÍPIOS REGENTES DAS NULIDADES? 48
PONTO 7 - ATOS JURISDICIONAIS. DESPACHOS. DECISÕES. SENTENÇAS. ACÓRDÃOS. DECISÕESMONOCRÁTICAS.
TRÂNSITO EM JULGADO. COISA JULGADA. 49
110. O QUE SÃO ATOS JURISDICIONAIS? 49
111. COMO O CPP CLASSIFICA OS PROVIMENTOS JUDICIAIS? 49
112. O QUE SÃO DESPACHOS DE MERO EXPEDIENTE? 49
113. O QUE SÃO DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS? COMO O CPP AS CLASSIFICA? 50
114. O QUE SÃO DECISÕES DEFINITIVAS? COMO SE SUBDIVIDEM? 50
115. O QUE SÃO SENTENÇAS, ACÓRDÃOS E ARESTOS? 50
116. O QUE SÃO DECISÕES MONOCRÁTICAS? 51
117. O QUE É EMENDATIOLIBELLI? 51
118. O QUE É MUTATIOLIBELLI? 51
119. DIFERENCIE ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS. 51
120. O QUE SÃO TRÂNSITO EM JULGADO E COISA JULGADA? DIFERENCIE COISA JULGADA FORMAL E COISA JULGADA MATERIAL. 51
PONTO 8 - RECURSOS EM GERAL. REMÉDIOSAUTÔNOMOS. HABEAS CORPUS. REVISÃO CRIMINAL. MANDADO DE
SEGURANÇA CRIMINAL. RECLAMAÇÃO. CORREIÇÃO PARCIAL. 52
121. DEFINA RECURSO. 52
122. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DOS RECURSOS? 52
123. DO QUE SE TRATA O REEXAME NECESSÁRIO? 52
124. O QUE É JUÍZO DE PRELIBAÇÃO? 52
125. QUAIS OS EFEITOS DOS RECURSOS E NO QUE CONSISTEM? 53
126. O QUE É RECURSO EM SENTIDO ESTRITO? 53
127. NO QUE CONSISTE A APELAÇÃO? 53
128. O QUE SÃO EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE? 53
129. O QUE SÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO? 54
130. O QUE É AGRAVO DE EXECUÇÃO? 54
131. DEFINA CARTA TESTEMUNHÁVEL. 54
132. O QUE SÃO REMÉDIOS AUTÔNOMOS? DIFERENCIE-OS DOS RECURSOS. 54
133. NO QUE CONSISTE O HABEAS CORPUS? 54
134. O QUE É REVISÃO CRIMINAL? 54
135. DIFERENCIE JUÍZO RESCINDENTE E JUÍZO RESCISÓRIO. 55
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136. NO QUE CONSISTE O MANDADO DE SEGURANÇA? 55
137. O QUE É RECLAMAÇÃO? 55
138. O QUE É CORREIÇÃO PARCIAL? 55
139. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA CORREIÇÃO PARCIAL? 55
PONTO 9 - PROCESSOS E PROCEDIMENTOS EM ESPÉCIE, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. DISPOSIC ̧ÕES PROCESSUAIS
PENAIS DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E DO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. 56
140. DIFERENCIE PROCESSO E PROCEDIMENTO. 56
141. INDIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PENAIS E O CRITÉRIO DE APLICAÇÃO. 56
142. COMO O PROCEDIMENTO COMUM SE SUBDIVIDE? QUAL O CRITÉRIO DE DEFINIÇÃO? 56
143. COMO AS SEGUINTES SITUAÇÕES INFLUENCIAM NA DEFINIÇÃO DO PROCEDIMENTO APLICÁVEL: CONCURSO DE CRIMES, QUALIFICADORAS,
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✔ O juiz inquisidor é dotado de ampla iniciativa probatória, tendo liberdade para determinar de
ofício a colheita de provas, seja no curso das investigações, seja no processo penal,
independentemente de sua proposição pela acusação ou pelo acusado;
✔ Trabalha-se com a ideia da verdade real e, não por outro motivo, admite-se a tortura, a utilização
de provas ilícitas. O acusado não é sujeito de direitos, sendo tratado como mero objeto do
processo, daí por que se admite, inclusive, a tortura como meio de se obter a verdade absoluta.
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9. EXPLIQUE AS FONTES DE PRODUÇÃO OU MATERIAIS.
As fontes de produção ou materiais referem-se ao ente federativo responsável pela elaboração da norma.
Nesses termos, o Direito Processual Penal é matéria que deve ser legislada privativamente pela União, na forma
do art. 22, I da CRFB/88. De outro lado, a competência para legislar sobre direito penitenciário (organização e
funcionamento dos estabelecimentos prisionais), custas e serviços forenses (preços de fotocópias e custas na
ação penal privada), criação e funcionamento dos juizados especiais criminais e procedimentos é concorrente da
União, dos Estados e do DF (art. 24, I, IV, X e XI da CRFB/88). Os Estados só excepcionalmente poderão criar leis
que tratem de questões específicas de processo penal, desde haja autorização da União por meio de Lei
Complementar, na forma do art. 22 p.ú. da CRFB/88. Por fim, ao Presidente é possível por meio de Decreto
legislar sobre indulto (art. 84, XII da CRFB/88), sendo vedada a edição de medidas provisórias sobre o Direito
Processual Penal, na forma do art. 62 § 1º, I, ‘b’ da CRFB/88.
✔ Presunção de inocência;
✔ Contraditório;
✔ Ampla Defesa;
✔ Juiz natural;
✔ Publicidade.
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Com previsão na CF/88 (art. 5º, LVII) e na Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 8º, §2º),
consiste no direito de não ser declarado culpado senão após trânsito em julgado de sentença penal
condenatória (ou, na visão do STF – HC 126.292 e ADC’s 43 e 44 e ARE 964.246 RG/SP - , após a prolação do
acórdão condenatório por Tribunal de Segunda Instância), ao término do devido processo legal, em que o
acusado tenha se utilizado de todos os meios de prova pertinentes para sua defesa (ampla defesa) e para a
destruição da credibilidade das provas apresentadas pela acusação (contraditório).
Tal princípio atua em duas dimensões:
a) Dimensão interna ao processo:
1) Regra Probatória (In dubio pro reo)
Recai sobre a acusação o ônus de comprovar a culpabilidade do acusado, além de qualquer dúvida
razoável, e não deste de provar sua inocência.
2) Regra de tratamento
A regra é que o acusado permaneça em liberdade durante o processo;a imposição de medidas
cautelares pessoais (v.g., prisão preventiva ou cautelares diversas da prisão) é a exceção.
b) Dimensão externa ao processo:
A divulgação de uma informação pela imprensa deve ter o cuidado para respeitar o tal princípio.
Assim, o princípio da presunção da inocência e as garantias constitucionais da imagem, dignidade e
privacidade demandam uma proteção contra a publicidade abusiva e a estigmatização do acusado,
funcionando como limite democrático à abusiva exploração midiática em torno do fato criminoso e do próprio
processo judicial. (Pode-se citar a Operação Lava Jato)
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1) Deve ser buscado o necessário equilíbrio entre o princípio da presunção da inocência e a efetividade da
função jurisdicional penal, que deve atender a valores caros não apenas aos acusados, mas também à
sociedade.
2) É no âmbito das instâncias ordinárias que se exaure a possibilidade de exame de fatos e provas e, sob
esse aspecto, a própria fixação da responsabilidade criminal do acusado. É dizer, os recursos de natureza
extraordinária não configuram desdobramentos do duplo grau de jurisdição, porquanto não são recurso
de ampla devolutividade, já que não se prestam ao debate da matéria fática probatória.
4) A Lei da Ficha Limpa (LC 135/10) expressamente consagra como causa de inelegibilidade a existência de
sentença condenatória por crimes nela relacionados quando proferidas por órgão colegiado.
5) Em nenhum país do mundo, depois de observado o duplo grau de jurisdição, a execução de uma
condenação fica suspensa, aguardando referendo da Corte Suprema.
Contudo, o atual entendimento do STF firmado no julgamento das ADCs 43, 44 e 54, nas quais a Suprema
Corte, em modificação de tese fixada em 2016, passou a considerar que deve prevalecer a presunção de
inocência até o trânsito em julgado da ação penal, nos termos do artigo 283 do Código de Processo Penal e do
artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal.
Assim, atualmente, não é mais possível a execução provisória da pena. O STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e
54, no ano de 2019, afirmou que a pena só pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. Também
não é possível a execução provisória das penas restritivas de direitos previstas no artigo 44 do CP. A prisão
preventiva e temporária, se presentes os requisitos previstos no artigo 312 do CPP, continuam válidas.
Os Tratados Internacionais trazem previsões e garantias mínimas que podem ser ampliadas, assim, a
previsão contida no art. 5º, LVII da CF, que assegura a presunção de inocência até o trânsito em julgado da
sentença condenatória e o artigo 283 do CPP foram declarados constitucionais pelo STF.
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Sim, mas não como um efeito automático da condenação. Se o juiz ou o Tribunal for decretar a prisão do
condenado, ele terá que demonstrar que, naquele caso concreto, estão presentes os requisitos da prisão
preventiva, previstos no art. 312 do CPP, em sua redação atual
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Vale ressaltar algumas considerações sobre a alteração do artigo 312 do CPP. Antes do pacote anticrime
tínhamos quatro hipóteses da prisão preventiva, desde que houvesse prova da existência do crime e indícios de
autoria. A nova redação resolveu colocar o periculum libertatis, que já era entendido na doutrina e
jurisprudência como uma das condições para o decreto da prisão preventiva. Agora, está de forma expressa no
CPP, que significa: perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. Era equivalente ao periculum in
mora da teoria geral das medidas cautelares, aplicada à prisão preventiva (a prisão preventiva é uma medida
cautelar).
✔ Advertência quanto ao direito de não produzir prova contra si mesmo (Aviso de Miranda);
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c) capacidade postulatória autônoma (em determinados atos, o acusado pode agir independentemente
do seu advogado, tais como: acusado pode interpor recursos (CPP, art. 577, caput), impetrar habeas corpus
(CPP, art. 654, caput), ajuizar revisão criminal (CPP, art. 623), assim como provocar incidentes relativos à
execução da pena (LEP, art. 195, caput)).
✔ Entre os Juízos pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências que exclui qualquer
Nos termos do art. 157 do CPP, provas ilícitas podem ser definidas como aquelas obtidas mediante
violação a normas constitucionais ou legais.
A doutrina diferencia prova ilícita da prova ilegítima. A primeira diz respeito àquelas realizadas com
afronta ao texto constitucional, enquanto a prova ilegítima é aquela que viola as normas legais. Contudo, o art.
157 do CPP não trouxe tal distinção.
Para Ada Pellegrini, adotando a doutrina francesa do Pietro Nuvolone, o gênero é a prova VEDADA OU
PROIBIDA, do qual fazem parte as seguintes espécies.
i) Prova ilícita: é aquela que viola do dto material (CP, legislação penal especial ou pr. constitucionais
penais). Ex: confissão mediante tortura.
ii) Prova ilegítima: é aquela que ofende dto processual penal (CPP, legislação processual especial ou pr.
constitucionais processuais). Ex: laudo subscrito por apenas 1 perito não oficial.
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29. O QUE É TEORIA DA PROVA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE?
PAI (teoria da prova absolutamente independente): a existência de uma prova ilícita nos autos não
necessariamente contamina o processo. Logo, tendo OUTRAS PROVAS absolutamente independentes, o
processo será preservado.
Conclusão: a prova declarada como ilícita será desentranhada e destruída na presença facultativa das
partes (§3 do art. 157 do CPP).
Obs: origem: ela tem nascimento na suprema corte norte-americana, e foi incorporada no §1 do art. 157
do CPP, em sua 2ª parte.
Conclusão3: o §5 do art. 157 do CPP indica que o juiz que tem contato com a prova ilícita está impedido
de julgar a causa. Tal previsão está suspensa por deliberação do STF.
iii e iv se adotadas, fazem cair por terra a ii.
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se crimes não conexos, a interceptação não valerá como prova, mas servirá como notícia crime,
permitindo que a polícia instaure IP, para apurar o crime acidentalmente revelado, mas não conexo
(serendipidade objetiva de 2 grau)
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analogia pode ser feita ainda in bonam partem (em beneficio do agente) ou in malam partem (em prejuízo do
agente). No Direito Penal, somente é admitida a analogia in bonam partem, mas para a doutrina processual
penal majoritária, ambas poderão ser realizadas no âmbito processual.
Contudo, para a aplicação do NCPC ao CPP tem-se que partir de duas premissas:
Premissa 01: verificar o silêncio por parte da legislação processual penal.
Premissa 02: havendo disposição expressa sobre o tema no CPP não é permitida a utilização do NCPC.
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos
arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil (arts.
252 a 254 NCPC) (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer,
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
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40. A CONTAGEM DOS PRAZOS EM DIAS ÚTEIS COMO PREVISTA NO NCPC É
APLICADA AO CPP?
Não, uma vez que o CPP traz previsão expressa acerca da contagem do prazo no processo penal, verbis:
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não
se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§ 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém,
considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia
em que começou a correr.
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o
dia útil imediato.
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo
judicial oposto pela parte contrária.
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a
parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou
despacho.
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Como a CF conferiu ao MP o poder-dever de processar (art. 129, I, CF), implicitamente investe o
MP com todas as ferramentas para cumprir seu papel (Caso MC Culoock x Maryland, 1819).
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Caso esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo
investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o
investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique
defensor para a representação do investigado.
Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a defesa caberá
preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou a Unidade da
Federação correspondente à respectiva competência territorial do procedimento instaurado deverá
disponibilizar profissional para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à defesa
administrativa do investigado
A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser precedida de manifestação de
que não existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com atribuição para nele
atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional que não integre os quadros próprios da Administração§
5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos interesses dos investigados
nos procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do orçamento próprio da instituição a que este
esteja vinculado à época da ocorrência dos fatos investigados.
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Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2021 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma
do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária,
a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a
entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V-
cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e
compatível com a infração penal imputada.
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atipicidade e inexistência material do fato e ainda no caso de causa excludente de ilicitude (para o STJ, pois STF
entendeu em um caso que pode desarquivar nesse caso).
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Procedimento Inquisitivo: temos concentração de poder em autoridade única. Logo, usualmente,
afastamos o contraditório e a ampla defesa.
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55. O QUE É JUIZ DAS GARANTIAS?
O juiz das garantias é uma função exercida no processo criminal por um juiz de direito, encarregado de
atuar como garantidor da eficácia do sistema de direitos e garantias fundamentais do acusado no processo penal
e, especialmente de dispor sobre a prisão provisória de uma pessoa investigada e seus respectivos pedidos
de liberdade provisória. Também é responsável por analisar os pedidos de medidas cautelares formulados
durante o inquérito. Também dispõe sobre pedidos de prorrogação de internação psiquiátrica compulsória. É
adotado em países como França, Itália, Panamá e, recentemente, previsto por lei para ser instituído no Brasil.
Na França, o juiz das garantias é chamado juiz das liberdades e da detenção (em francês, Le juge des
libertés et de la détention , ou JLD ) e analisa os pedidos formulados pelo juiz de instrução, autoriza o Ministério
Público a praticar alguns atos em certos tipos de inquéritos e também dispõe sobre a retenção administrativa de
estrangeiros.
No Brasil, essa função foi instituída pela lei número 13.964, de 24 de dezembro de 2019, como um juiz
controlador do inquérito policial e necessariamente distinto do juiz que instrui e sentencia o processo, tendo
causado polêmica. A sua instituição foi, após alguns dias, impugnada perante o Supremo Tribunal Federal (STF)
por várias entidades. No dia 15 de janeiro de 2020, Dias Toffoli por liminar prorrogou a implementação do Juiz
das Garantias denegando as ADIs 6298, 6299 e 6300, que pediam a declaração de inconstitucionalidade da
norma, cabendo recurso ao relator assim que o Supremo retornasse do recesso. Mas em 22 de Janeiro
atendendo à ADI 6305, Luiz Fux derrubou a a decisão de Toffoli e suspendeu por tempo indeterminado a Lei. O
mesmo ministro é relator das ADIs citadas.
A ideia é que esse magistrado atue na fase de inquérito policial, em todas as infrações penais que não
sejam de menor potencial ofensivo. Ele deve ser responsável pelo controle da legalidade da investigação e pela
garantia dos direitos individuais, até o recebimento da denúncia.
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IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; V - decidir sobre o
requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las,
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto
neste Código ou em legislação especial pertinente;
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral;
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões
apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua
instauração ou prosseguimento;
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da
investigação;
XI - decidir sobre os requerimentos de:
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de
outras formas de comunicação;
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico;
c) busca e apreensão domiciliar;
d) acesso a informações sigilosas;
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado;
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia;
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu
defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal,
salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento;
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia;
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada,
quando formalizados durante a investigação;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo.
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57. QUAL O CONCEITO DE AÇÃO PENAL?
A ação penal consiste no direito público subjetivo de exigir do Estado-Juiz a aplicação do direito penal
objetivo a um fato concreto. Ele tem fundamento constitucional, constituindo-se em direito fundamental, pois o
art. 5º, inciso XXXV estatui que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, o
que consagra o princípio da inafastabilidade da jurisdição e esta deve ser provocada pelo direito de ação.
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pessoas no polo passivo, apenas pode requerer a notificação do querelante para incluir dentro do prazo
decadencial, sob pena de renúncia e consequente extinção da punibilidade).
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crimes de ação privada. O prazo para o oferecimento da queixa é de 6 meses, contados a partir do conhecimento
da autoria, não se interrompendo, suspendendo ou prorrogando. No crime continuado conta-se esse prazo
individualmente para cada crime. Os requisitos da denúncia e da queixa são os mesmos, estão previstos no art.
41 CPP e no art. 282 CPC e são: 1) exposição do fato criminoso e suas circunstâncias (a acusação deve ser clara,
compreensível e objetiva, devendo expor todas as elementares e circunstâncias que interferem no agravamento
da pena – com exceção da tentativa. Só haverá inépcia se não possibilitar o direito de defesa. No crime tentado a
inicial de ve descrever todos os requisitos da tentativa, em especial as circunstâncias alheias a vontade do agente
que impediram a consumação do crime. No crime culposo a inicial deve descrever a modalidade de culpa. No
concurso de pessoas a inicial deve narrar a conduta de cada envolvido, não cabendo, como regra, a denúncia
genérica, com exceção dos crimes societários e multitudinários, devendo ser provada a conduta de cada um no
curso da ação penal. A denúncia alternativa ou imputação alternativa na denúncia não é admitida para uma
primeira corrente (Ada Grinover) pois ela inviabiliza o direito de defesa por ser acusação incerta. Uma segunda
corrente entende que é válida pois apenas torna mais complexo o direito de defesa, mas não inviabiliza (Afrânio
Silva Jardim); 2) identificação do acusado (pode ser identificado por características físicas, os dados qualificativos
podem ser corrigidos a qualquer momento, quando não há dúvida sobre a qualidade física do acusado. No caso
de nome falso o acusado comete crime e o MP pode denunciar nos próprios autos ou em autos apartados); 3)
classificação jurídica do fato (se o Mp erra na tipificação legal não gera inépcia se narra corretamente o fato) e 4)
Rol de testemunhas, se houver (não poderá arrolar depois, mas pode requerer que o juiz ouça como testemunha
do juízo.
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É a ação ajuizada pelo ofendido na esfera cível para obter indenização pelo dano causado pelo crime,
quando existente. Ela envolve a execução da sentença penal condenatória no juízo cível (a legitimidade é do
ofendido ou do CADI e apenas em face do réu) e a ação civil de conhecimento para ressarcimento do dano (essa
será em face do réu ou do responsável legal). O MP tem legitimidade expressa no caso de desassistido pobre,
mas segundo o STF a legitimidade do MP padece de inconstitucionalidade progressiva, assim o MP perde a
legitimidade na medida em que a DP for se estruturando. O dano pode ser material e/ou moral e quanto aos
danos materiais a parte pode pleitear danos emergentes, lucros cessantes ou, ainda, solicitar a restituição de
coisas.
✔ sistema da confusão: uma ação proposta no juízo criminal com duas pretensões, uma penal e uma
civil. Para alguns o Brasil passou a adotar esse sistema após a reforma de 2008. Para outros não, o
juiz criminal pode fixar valor mínimo de indenização a título de antecipação, mas não está
decidindo a área civil. O juiz criminal só poderá fixar indenização se houver pedido, segundo o STF
e STJ.
✔ sistema da solidariedade: duas ações, uma penal e uma cível decidida por um só juízo. Não foi
adotado.
✔ sistema da livre opção: a vítima expressa sua vontade para que a ação civil de reparação de dano
✔ sistema da independência absoluta: o penal decide no juízo penal e o civil decide no juízo cível.
✔ sistema da separação relativa: a área penal é independente da cível, mas determinadas sentenças
criminais farão coisa julgada no cível e a culpa não poderá ser mais discutida. Foi o sistema
adotado. A decisão do juiz que homologa o arquivamento do IP por falta de provas, por
atipicidade, no caso do investigado estar amparado por alguma causa que exclui o crime não
impedem a propositura de ação civil.
No caso de sentença condenatória com trânsito em julgado com posterior prescrição da pretensão
executória ou com posterior abolitio criminis o efeito civil permanece intacto. No caso de sentença concessiva de
perdão judicial, o STJ entende que não subsiste qualquer efeito penal ou civil e o STF entende que pode executar
no cível, sendo título.
No caso de sentença absolutória por inexistência material do fato ou por estar provado que o réu não
participou do crime faz coisa julgada no cível.
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Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2021 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
No caso da sentença absolutória por falta de prova da existência material do fato, por falta de prova a
participação do réu, em razão do fato não constituir infração penal, porque o isenta de pena ou por insuficiência
de provas, não faz coisa julgada no cível.
No caso de haver sentença absolutória por estar o réu amparado por uma causa que exclui o crime faz
coisa julgada, não se discute mais culpa, com exceção do caso de atingir terceiro por erro de execução no
exercício de uma causa de ilicitude e ainda no caso de estado de necessidade agressivo, quando causa dano a
terceiro.
69. NAS AÇÕES DE CRIMES CONTRA DIGNIDADE SEXUAL, QUAIS AÇÕES SÃO
VEDADAS PARA GARANTIR A INTEGRIDADE FÍSICA E PSICOLÓGICA DA
VITIMA?
Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra a dignidade
sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela integridade física e
psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz garantir o
cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos
fatos objeto de apuração nos autos; II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que
ofendam a dignidade da vítima ou de testemunhas.
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nulidade absoluta ou relativa, cujo rol é exemplificativo pois porque permite a expansão por razões de foro
íntimo (chamado por alguns de incompatibilidades).
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Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a
realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz
deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312
deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não
realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser
relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão
preventiva.
✔ Flagrante próprio (real, propriamente dito, perfeito ou verdadeiro): aquele que é capturado
✔ Flagrante impróprio (irreal ou quase flagrante): o agente é perseguido logo após a prática da
✔ Flagrante presumido (ficto ou assimilado): o agente é encontrado logo depois da prática do crime,
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✔ Flagrante esperado: hipótese válida de flagrante onde a polícia se antecipa e aguarda a prática do
✔ Flagrante preparado (provocado, delito de ensaio, delito putativo, imaginado por obra do agente
✔ Flagrante postergado (diferido, retardado, ação controlada): É idealizado para que se promova a
captura em momento mais estratégico. Na lei de crime organizado deve ser comunicado ao juiz,
que pode fixar limites. Na lei de drogas e de lavagem de capitais deve ser autorizado pelo juiz. Na
lei de drogas deve ser conhecido o itinerário da droga.
✔ Flagrante forjado: É a prisão de pessoa inocente que não tinha conhecimento ou dolo para a
prática do crime. A prisão é ilegal e deve ser relaxada. O a gente que forja responde por crime.
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Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão,
que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto
de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV -
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador; V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir
enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento
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ser interna ou externa (o julgamento de uma causa depende de outra causa que está sendo julgada), que pode
ser homogênea (processos de mesma natureza) ou heterogênea (processos de natureza distintas). Pode ser
obrigatória (relacionada ao estado das pessoas) ou facultativa (outras causas). A questão prejudicial está
relacionada a uma anterioridade lógica, antes da verificação do delito e tem vínculo com a existência do delito e
possui existência autônoma. A questão preliminar dilatória ou peremptória é sempre de cunho processual, são
vinculadas ao processo e decididas sempre pelo juízo criminal.
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graficamente a manifestação do pensamento) ou material (simboliza qualquer elemento que corporifica a
demonstração do fato); quanto aos meios de prova as provas são nominadas ou típicas e inominadas ou atípicas.
✔ Princípio da autorresponsabilidade das partes: cada parte é responsável por indicar a sua prova e
podem ser renováveis (repetida em juízo) ou não renováveis (não tem como repetir em juízo, são
as cautelares, as periciais e antecipadas, assim o contraditório é diferido.
✔ Princípio da comunhão: uma vez produzidas as provas não pertencem mais a quem indicou e são
✔ Princípio da oralidade: prevalece a utilização da palavra falada. Engloba a identidade física do juiz
(o juiz que preside a instrução estará vinculado ao julgamento, ressalvados caso fortuito, força
maior e exceções), a concentração (os atos de prova serão concentrados em audiência única) e a
imediatidade (as provas são produzidas imediatamente perante o juiz) e da irrecorribilidade das
decisões interlocutórias.
✔ Princípio da não auto incriminação: direito de não produzir prova contra si mesmo.
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O ônus consiste na atribuição de determinada incumbência a um sujeito no interesse desse próprio
sujeito. Ou seja, prescreve-se ao onerado uma conduta a adotar, pela qual ele poderá obter uma vantagem ou
impedir uma situação que lhe seja desfavorável.
O ônus da prova incumbe a quem alega. Assim, em regra o ônus da prova é da acusação, pelo princípio da
presunção de inocência, assim compete ao autor da acusação a demonstração da autoria e materialidade, do
dolo e da culpa e das circunstâncias que exasperam a pena. Excepcionalmente é ônus da defesa a prova das
excludentes de ilicitude e culpabilidade, as causas de extinção de punibilidade e ainda quaisquer causas que
diminuem a pena. Conforme o art. 156 do CPP, o juiz pode determinar de ofício a produção antecipada de provas
consideradas urgentes e relevantes, mesmo antes da ação penal, em atenção à busca da verdade real, sempre
observando a adequação, necessidade e proporcionalidade da medida. Durante a ação penal o juiz pode produzir
prova de ofício se houver dúvida sobre ponto relevante.
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6) teoria da visão ampla: a busca e apreensão pode ser validade mesmo sem mandado se o objeto estiver
em plena vista do policial, o policial legalmente no local onde avistou o objeto e a natureza incriminatória do
objeto for evidente.
7) teoria dos campos abertos: a busca e apreensão feita fora da propriedade do sujeito não viola a
privacidade.
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II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de
delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas
características e natureza;
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com
anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características
originais, bem como o controle de sua posse;
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no
mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de
origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia
adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá
ser formalizado em laudo produzido por perito;
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser
processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número
do laudo correspondente;
X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando
pertinente, mediante autorização judicial.
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São taxativas e considerada a ultimaratio. Assim, o interrogatório poderá ser realizado por
videoconferência: 1) para a garantia da segurança pública (o agente integra organização criminosa ou há risco
concreto de fuga); 2) impossibilidade de deslocamento do réu por enfermidade ou velhice; 3) risco de
intimidação da vítima ou testemunhas; 4) garantia da ordem pública. É necessária ordem judicial motivada,
intimação das partes com 10 dias de antecedência, direito de entrevista preliminar reservada, direito de
comunicação entre o réu e o advogado, fiscalização da sala de transmissão.
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São vícios que contaminam determinados atos processuais praticados sem a observância da forma
prevista em lei, podendo levar a sua inutilidade e consequente renovação, só existindo após ser reconhecida
judicialmente. Tem natureza jurídica de sanção, que variam segundo a maior ou menor intensidade do desvio
legal do tipo. Elas não incidem em atos praticados ao longo do IP, que é mero procedimento administrativo,
devendo a prova ser repetida em juízo.
✔ Não há nulidade sem prejuízo (art. 563 CPP): nenhum ato será declarado nulo se não houver
prejuízo. É a aplicação do princípio da instrumentalidade das formas, onde a forma prevista em lei
do ato não é um fim em si mesmo, assim, se a finalidade do ato foi atingida não há motivo para
anulação. Em tese esse princípio só seria aplicado para a nulidade relativa, pois na nulidade
absoluta o prejuízo seria presumido, mas o STF tem entendimento que sempre o prejuízo deve ser
demonstrado.
✔ Não há nulidade provocada pela parte (art. 565 CPP): nenhuma das partes poderá arguir nulidade
da qual tenha dado causa ou para a qual tenha concorrido. Ninguém pode se beneficiar da própria
torpeza, afasta-se a má-fé.
✔ Não há nulidade por omissão de formalidade que só interessa à parte contrária (art. 565 CPP): é
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✔ Não há nulidade de fato irrelevante para o deslinde da causa: (art. 566 do CPP): não será
declarada nulidade de ato que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na
decisão da causa.
✔ Princípio da causalidade (art. 573, parágrafo 1º do CPP): a nulidade de um ato, uma vez declarada,
causará a nulidade dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência, desde que
demonstrado o nexo causal entre os atos.
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apontada na inicial ao fato nela descrito, sem modifica-lo, ainda que, em consequência, tenha de plicar pena
mais grave.
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✔ Efeito obstativo significa que a interposição de um recurso tem o condão de impedir a preclusão
temporal, com o consequente trânsito em julgado, que somente ocorrerá após o julgamento da
referida impugnação.
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✔ Efeito regressivo, iterativo ou diferido implica a devolução da matéria impugnada para fins de
reexame ao mesmo órgão jurisdicional que prolatou a decisão recorrida, ou seja, permite juízo de
retratação.
interposto por um dos acusados aos outros que não tenham recorrido.
✔ Efeito substitutivo denota que o julgamento proferido pelo juízo ad quem substituirá a decisão
impugnada no que tiver sido objeto de recurso, ainda que seja negado provimento à impugnação.
✔ Efeito translativo se traduz na devolução ao juízo ad quem de toda a matéria não atingida pela
preclusão.
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Embargos de declaração são o recurso cabível no caso de haver ambiguidade, obscuridade, contradição
ou omissão na decisão proferida. A ambiguidade se caracteriza pela possibilidade de duas ou mais interpretações
da decisão. Há obscuridade quando falta clareza na redação da decisão judicial, de forma que não é possível
saber qual o entendimento exposto. A contradição importa na ocorrência de afirmações opostas entre si
constantes da decisão. A omissão, por fim, ocorre quando a decisão deixa de apreciar ponto relevante acerca da
controvérsia.
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136. NO QUE CONSISTE O MANDADO DE SEGURANÇA?
Trata-se de ação autônoma de impugnação de natureza cível, com status constitucional, com o fim de
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público. Em sede processual penal, o writ ofmandamus é utilizado de maneira residual, assumindo
contornos de impugnação recursal.
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Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2021 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
Processo é o instrumento por meio do qual o Estado exerce a jurisdição, o autor o direito de ação e o
acusado o direito de defesa, havendo entre seus sujeitos uma relação jurídica diversa da relação jurídica de
direito material, qual seja, a relação jurídica processual, que impõe a todos deveres, direitos, ônus e sujeições.
Procedimento, por sua vez, é o modo pelo qual os diversos atos se relacionam na série constitutiva do
processo, representando o modo do processo atuar em juízo; é o processo em sua forma extrínseca.
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A doutrina e a jurisprudência entendem que deve ser aplicado o procedimento que melhor assegure às
partes o exercício das suas faculdades processuais, ou seja, o procedimento comum ordinário.
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processo penal, ressalvada corrente que defende a ocorrência de tal marco quando do oferecimento da
denúncia ou queixa.
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autos a fim de influenciar o convencimento do juiz acerca da procedência ou improcedência de eventual pedido
de condenação do acusado, fornecendo-lhe subsídios para a sua decisão.
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Consiste na exclusão de qualificadoras por ocasião da pronúncia. Trata-se de hipótese excepcional, que só
pode ocorrer quando se tratar de qualificadora teratológica, sem nenhum respaldo na prova dos autos.
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Ocorre quando não é possível a formação do Conselho de Sentença com 7 jurados, seja em razão do não
comparecimento de alguns dos 25 jurados convocados, seja por conta das recusas motivadas e imotivadas. Há
adiamento do julgamento e convocação de jurados suplentes.
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