Regulamento Nacional Do Ordenamento Do Territorio e Planeamento Urbano 1a Alteração 2018
Regulamento Nacional Do Ordenamento Do Territorio e Planeamento Urbano 1a Alteração 2018
Regulamento Nacional Do Ordenamento Do Territorio e Planeamento Urbano 1a Alteração 2018
BOLETIM OFICIAL
2 620000 004832
ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto-lei nº 61/2018:
Procede à primeira alteração do Decreto-Lei n.º 43/2010, de 27 de setembro, que aprova o Regulamento
Nacional de Ordenamento do Território e Planeamento Urbanístico............................................. 1956
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–––––– Alterações
Decreto-lei nº 61/2018 São alterados os artigos 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 12.º, 13.º, 14.º,
19.º, 21.º, 23.º, 25.º, 26.º, 28.º, 29.º, 30.º, 33.º, 34.º, 38.º, 41.º,
de 10 de dezembro 42.º, 43.º, 46.º, 48.º, 50.º, 52.º, 55.º, 58.º, 60.º, 63.º, 67.º,
69.º, 70.º 71.º, 74.º, 75.º, 78.º, 81.º, 84.º, 85.º, 86.º, 89.º, 90.º,
As bases gerais da política de ordenamento do território 91.º, 92.º, 93.º, 94.º, 97.º, 98.º, 99.º, 103.º, 104.º, 115.º, 116.º,
e planeamento urbanístico instituídas pelo Decreto-
Legislativo n.º 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelo 117.º, 118.º, 119.º, 121.º, 122.º, 123.º, 125.º, 127.º, 128.º,
Decreto-Legislativo n.º 6/2010, de 21 de junho, foram 129.º, 131.º, 132.º, 133.º, 136.º, 139.º, 141.º, 143.º, 144.º,
recentemente alteradas mediante Decreto-Legislativo 146.º, 149.º, 152.º, 153.º, 166.º, 167.º, 178.º, 180.º, 191.º,
n.º 4/2018, de 6 de julho, com o fito de no plano legal, 194.º, 195.º, 197.º, 199.º, 200.º, 201.º, 202.º, 204.º, 206.º e
possibilitar, sobretudo, um desenvolvimento nacional 207.º do Decreto-Lei n.º 43/2010, de 27 de setembro, que
harmonioso e sustentável, com base em processos mais passam a ter a seguinte redação:
ágeis, simplificados e adequados aos desafios e exigências “Artigo 6.º
atuais.
[…]
Nesta conformidade, importa, na sequência, proceder
à adequação do Regulamento Nacional de Ordenamento 1. […]
do Território e Planeamento Urbanístico (RNOTPU),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 43/2010, de 27 de setembro, a) […]
aos princípios e regras que nortearam a alteração das b) […]
mencionadas bases.
c) Dos riscos de desastres aos quais esta sujeito o
No essencial, essa adequação passa por definir o regime território (perigos, exposição e vulnerabilidade) e
de coordenação de âmbito nacional, regional, intermunicipal os impactos previsíveis das mudanças climáticas.
e municipal do sistema de gestão territorial, o regime
geral do uso do solo e o regime de elaboração, aprovação, d) [Anterior alínea c)]
execução e avaliação dos instrumentos de gestão territorial.
e) [Anterior alínea d)]
Verifica-se, conforme o mencionado, que as últimas
alterações às bases de ordenamento do território e f) [Anterior alínea e)]
planeamento urbanístico procuraram imprimir uma
reforma no sentido de simplificar e agilizar o processo de 2. […]
planeamento e gestão territorial, reforçando as competências
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Artigo 7.º
e responsabilidades municipais nestas matérias, a
descentralização administrativa, a subsidiariedade como […]
fator de reforço do poder local.
1. […]
As alterações introduzidas no RNOTPU, bem como os seus
motivos são, entre outros, proceder (i) ao alargamento do 2. Os instrumentos de gestão territorial asseguram a
âmbito territorial do Esquema Regional do Ordenamento harmonização dos vários interesses públicos com expressão
do Território, podendo abranger um conjunto de municípios espacial, tendo em conta as estratégias de desenvolvimento
da mesma ilha e (ii) à explicitação do conteúdo material económico e social, bem como a sustentabilidade, resiliência
e documental dos projetos de loteamento, suprindo assim e a solidariedade intergeracional na ocupação e utilização
a lacuna anteriormente existente, além de reduzir os do território.
prazos de consulta pública dos instrumentos de gestão 3. […]
territorial para sessenta dias, no sentido de conferir maior
celeridade e flexibilidade do planeamento territorial, 4. […]
incluindo o reforço os mecanismos de participação, com
a obrigatoriedade de apresentação do resumo não técnico Artigo 8.º
da proposta do plano e a descentralização da consulta […]
pública junto das comunidades através dos métodos
mais robustos. 1.[…]
Foram ouvidos o Instituto Nacional de Gestão do 2. Excetuam-se do disposto no número anterior os
Território e a Associação Nacional dos Municípios de interesses respeitantes à defesa nacional, à segurança,
Cabo verde. a redução de riscos de desastres, à saúde pública e à
proteção civil, cuja prossecução tem prioridade sobre os
Assim, demais interesses públicos.
Ao abrigo do Decreto-Legislativo n.º 4/2018, de 6 de 3.[…]
julho, que procede à segunda alteração ao Decreto-
Legislativo n.º 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelo Artigo 9.º
Decreto-Legislativo n.º 6/2010, de 21 de junho, que aprova […]
as Bases do Ordenamento do Território e Planeamento
Urbanístico; e […]
No uso da faculdade conferida pela alínea c) do n.º 2 do a) […]
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
b) Os recursos, ecossistemas e valores naturais, os
Artigo 1.º sistemas indispensáveis à utilização sustentável
Objeto do território, as medidas básicas e os limiares de
utilização que garantem a renovação e valorização
O presente diploma procede à primeira alteração do do património natural, bem como os recursos
Decreto-Lei n.º 43/2010, de 27 de setembro, que aprova territoriais com relevância estratégica para
o Regulamento Nacional de Ordenamento do Território a sustentabilidade ambiental, resiliência e a
e Planeamento Urbanístico (RNOTPU). solidariedade intergeracional, tais como a orla
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a) […] […]
b) […] 1. […]
3. […] a) […]
4. […] b) […]
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d) […] […]
e) […] 1.[…]
f) Os mecanismos de articulação entre as políticas de 2. [Revogado]
ordenamento do território, de redução de riscos
de desastres e de ambiente que assegurem as 3. […]
condições necessárias à concretização de uma
estratégia de desenvolvimento sustentável, de 4. A Comissão de Acompanhamento é presidida pelo
resiliência aos riscos e de utilização parcimoniosa membro do Governo responsável pela área do ordenamento
dos recursos naturais; do território, coadjuvado pela Presidente do Conselho
Diretivo do Serviço Central responsável pelo Ordenamento
g) […] do Território que o substitui nas suas faltas e impedimentos.
2. […] 5. […]
Artigo 29.º
Artigo 34.º
[…]
[…]
1. […]
1. […]
a) […]
a) […]
b) […]
c) […] b) […]
2. […] c) […]
a) […] d. […]
i. […] e) […]
ii. […] f) Um representante da Plataforma Nacional de
iii. […] Redução de Riscos de Desastres;
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c) […] […]
d) […] 1. […]
e) […] 2. Até o fim do prazo previsto no número anterior, a DNOT deve
ser avaliada e, caso se revelar necessário, alterada ou revista.
f) […]
Artigo 30.º Artigo 42.º
[…] […]
A elaboração da proposta técnica da DNOT deve promover O Esquema Regional de Ordenamento do Território
ativamente a coordenação e a mútua compatibilização com (EROT)é o instrumento de planeamento que estabelece as
instrumentos de gestão territorial e programas com incidência opções estratégicas de organização do território regional,
territorial, existentes e previstos, da iniciativa dos organismos servindo de referência para a elaboração de instrumentos
e entidades da Administração direta e indireta do Estado. de gestão territorial intermunicipal e municipal.
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[…] […]
1. Emitidos os pareceres das entidades consultadas, bem 1. Ao longo da elaboração dos PEOT, a entidade pública
como da comissão de acompanhamento, quando exista, responsável deve facultar aos interessados todos os elementos
e, quando for o caso, decorrido o período de concertação, a relevantes para que estes possam conhecer o estádio dos
entidade pública responsável procede à abertura de um trabalhos e a evolução da tramitação procedimental, bem
período de discussão pública da proposta de plano sectorial como formular sugestões à entidade pública responsável
através de aviso a publicar no Boletim Oficial e a divulgar e à comissão de acompanhamento.
através da comunicação social. 2. […]
2. Durante o período de discussão pública, que não pode Artigo 71.º
exceder 30 (trinta) dias, os documentos referidos no número
anterior podem ser consultados nas sedes da entidade […]
pública responsável pela elaboração e dos Municípios
incluídos no respetivo âmbito de aplicação. 1. […]
2. O período de discussão pública deve ser anunciado
3. […] com a antecedência mínima de 8 (oito) dias e não pode
exceder 30 (trinta) dias.
4. […]
3. […]
Artigo 63.º
a) […]
[…]
b) […]
1.Os Planos Especiais de Ordenamento do Território
(PEOT) são instrumentos de natureza regulamentar, c) […]
constituindo um meio de intervenção do Governo, visando
a prossecução de objetivos considerados indispensáveis à d) […]
tutela de interesses públicos e de recursos de relevância 4. […]
nacional com repercussão no território, estabelecendo
exclusivamente o regime de salvaguarda de espaços, 5. […]
recursos e valores naturais.
6. […]
2.[…] Artigo 74.º
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a) […] […]
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[…]
3. [Revogado]
Artigo 85.º
3. A elaboração de planos urbanísticos municipais
[…] obriga a identificar e a ponderar, nos diversos âmbitos,
os planos, programas e projetos com incidência na área
1.Os Planos Municipais de Ordenamento do Território em causa, considerando os que já existam e os que se
são instrumentos de natureza regulamentar, que encontrem em preparação, por forma a assegurar as
estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos necessárias compatibilizações.
de evolução da ocupação humana e da organização de redes
e sistemas urbanos e, na escala adequada, parâmetros 4. […]
de aproveitamento do solo, da garantia da qualidade
ambiental e da resiliência urbana. Artigo 91.º
[…]
2. Os Planos Municipais de Ordenamento do Território
são o Plano Diretor Municipal e o Plano Detalhado, e A participação das entidades públicas e dos particulares
podem ser designados por planos urbanísticos municipais. no processo de elaboração dos planos urbanísticos municipais
Artigo 86.º faz-se nos termos da Base XXI do Decreto-Legislativo
n.º 1/2006, de 13 de fevereiro, alterado pelos Decretos-
[…] Legislativos n.ºs 1/2006, de 13 de fevereiro, 6/2010, de
21 de junho, e 4/2018, de 6 de julho, e sem prejuízo do
[…] disposto nos artigos seguintes.
a) […] Artigo 92.º
b) […] […]
c) […] 1. […]
d) […] a) […]
e) […] b) […]
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Artigo 93.º
11.O relatório da consulta pública deve acompanhar a
proposta do plano apresentado pela Camara Municipal
[…] à Assembleia Municipal.
1. Concluída a elaboração, a Câmara Municipal remete, Artigo 97.º
para parecer, a proposta do plano, acompanhada do parecer
da comissão de acompanhamento dos planos urbanísticos, […]
às entidades que, no âmbito da mesma, hajam formalmente 1. O Plano Diretor Intermunicipal e o Plano Diretor
discordado das soluções projetadas. Municipal devem, no prazo máximo de 15 (quinze) dias,
2. Os pareceres aos quais se refere o número anterior a contar da data da sua aprovação serem submetidos
incidem sobre as razões da discordância oposta à proposta à ratificação do Governo, através do departamento
do plano. governamental responsável pelo Ordenamento do Território.
3. Os pareceres referidos nos números anteriores são 2. A ratificação pelo Governo do Plano Diretor Intermunicipal
emitidos no prazo de 15 (quinze) dias, interpretando- destina-se a verificar a sua conformidade com as disposições
se a falta de resposta dentro desse prazo como parecer legais e regulamentares vigentes, bem como com quaisquer
favorável que sana a discordância anteriormente oposta. outros instrumentos de gestão territorial eficazes.
4. Recebidos os pareceres, a Câmara Municipal promove a 3. A ratificação é dada por portaria do membro do
realização de reuniões com as entidades que os tenham emitido Governo responsável pelo Ordenamento do Território no
tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data da
as objeções formuladas, nos 15 (quinze) dias subsequentes. receção do processo no serviço central competente.
5. [Revogado] 4. [Anterior n.º 3]
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[…] g) […]
[…] 4. […]
a) […] a) […]
b) […] b) […]
c) […] 5. [Revogado]
d) […] Artigo 115.º
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a) […] b) […]
c) A adequação à prossecução dos interesses que a
b) Adaptação e pormenorização das disposições do Administração prosseguiria com um plano ou
PDM, quando aquele não exista; projeto da mesma natureza.
c) […] Artigo 123.º
d) […] […]
a) O extrato do PDM em vigor para a área, assinalando 3. A revisão dos instrumentos de gestão territorial decorre
as disposições adaptadas ou pormenorizadas; da necessidade de adequação das opções estratégicas
que determinaram a sua elaboração, e da adequação à
b) […] evolução, a medio e longo prazo, das condições ambientais,
económicas, sociais e culturais, que determinaram a
c) […] respetiva elaboração e ainda de suspensão dos instrumentos
de gestão territorial e da necessidade da sua adequação à
5. […] prossecução dos interesses públicos que a determinaram.
6. [Revogado] 4. […]
Artigo 121.º Artigo 128.º
[…] […]
1. […]
1. As entidades públicas e privadas podem, mediante
protocolo de colaboração celebrado com a Câmara Municipal, 2. […]
elaborar propostas de Planos Detalhados e projetos de
loteamento. 3. As alterações de regime simplificado previstas no
artigo 131.º estão sujeitas apenas à aprovação da Assembleia
2. […] Municipal, registo e publicação.
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a) […] 4. […]
b) […] 5. […]
c) […] 6. […]
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1. O Governo deve elaborar, de 3 (três) em 3 (três) anos, 2. Os planos sujeitos a ratificação são remetidos uma
um relatório sobre o estado do ordenamento do território única vez para efeitos do número anterior e dentro do
a submeter à apreciação da Assembleia Nacional. prazo de ratificação.
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execução, alteração, revisão, suspensão e avaliação dos a) Construção de novas edificações e a reconstrução,
instrumentos de gestão territorial e projetos de loteamento alteração, ampliação ou demolição das edificações
que se encontre em curso à data da respetiva entrada em vigor. existentes, quando tal se revele necessário ao
exercício das atividades autorizadas no espaço
Artigo 202.º
rural;
[…]
b) Implantação de novas infraestruturas de circulação
A elaboração de instrumentos de gestão territorial de veículos, de animais e de pessoas, e de novos
e projetos de loteamentos em curso à data da entrada equipamentos, públicos ou privados, de utilização
em vigor do presente Regulamento pode prosseguir nos coletiva, e a remodelação, ampliação ou alteração
termos da legislação anterior, desde que a aprovação e dos existentes;
ou ratificação ocorra no prazo máximo de 6 (seis) meses
a contar daquela data. c) Criação ou beneficiação de espaços de utilização
coletiva, públicos ou privados, e respetivos
Artigo 204.º acessos e áreas de estacionamento;
[…]
d) Criação de condições para a prestação de serviços
No prazo de 2 (dois) anos, a contar da data da aprovação complementares das atividades autorizadas no
deste diploma, todas as Câmaras Municipais do país espaço rural
que não disponham de planos diretores municipais
regularmente aprovados e ratificados, devem promover e) Operações de proteção, valorização e requalificação
a respetiva elaboração e aprovação nos termos e com os da paisagem natural e cultural.
condiciona- lismos estabelecidos no presente diploma. Artigo 118.º-B
Artigo 206.º Plano detalhado de reabilitação urbana
[…]
1.O plano detalhado de reabilitação urbana abrange
1. Decorridos 3 (três) anos sobre a data de entrada em solo urbano o qual é reconhecida a vocação para processo
vigor do presente Regulamento, o Governo procede à sua de urbanização e edificação correspondente à totalidade
revisão, caso se revelar necessário. ou a parte de:
2. […] a) Centro histórico delimitado em plano diretor
municipal eficaz;
3. […]
Artigo 207.º
b) Área de reabilitação urbana constituída nos termos
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da lei.
[…]
2.O plano detalhado de reabilitação urbana estabelece
[…] nomeadamente:
a) [Revogado] a) A delimitação das unidades de execução, para
efeitos de programação da execução do plano;
b) [Revogado]
c) [Revogado] b) A identificação e articulação, numa perspetiva
integrada e sequenciada, dos principais projetos
d) [Revogado] e ações a desenvolver em cada unidade de
execução; e
e) […]
c) Os princípios e as regras de uso do solo e dos
f) […] edifícios, com vista à:
g) […] i. Valorização e proteção dos bens patrimoniais,
h) […] culturais, naturais e paisagísticos existentes
na sua área de intervenção; e
i) Regulamento da taxa do registo e depósito dos
instrumentos de gestão territorial e dos projetos ii. Sua adequação à estratégia de revitalização
de loteamento; económica, social e cultural da sua área de
intervenção, em articulação com as demais
j) Critérios de localização, programação e dimensionamento políticas urbanas do município.
de equipamentos coletivos; e
iii. Sua adequação a estratégia de redução de
k) Portaria dos parâmetros de dimensionamento de riscos de desastres municipal e ao princípio
Cedências ao domínio público.” de reconstruir melhor aplicável ao processo de
recuperação pós-desastre.
Artigo 3.º
Aditamento iv. A identificação e classificação sistemática
dos edifícios, das infraestruturas urbanas, dos
São aditados os artigos 118.º-A, 118.º- B, 118.º- C, 120.º-A, equipamentos e dos espaços urbanos e verdes de
120.º-B, 120.º-C e 120.º-D ao Decreto-Lei n.º 43/2010, de utilização coletiva de cada unidade de execução,
27 de setembro, com a seguinte redação: estabelecendo as suas necessidades e finalidades
de reabilitação e modernização ou prevendo a
“Artigo 118.º-A
sua demolição, quando aplicável.
Plano de intervenção na área rural
3. Os planos detalhados de reabilitação urbana cuja
O plano de intervenção na área rural abrange o solo com área de intervenção contenha ou coincida com património
vocação para as atividades agrícolas, pecuárias, florestais cultural imóvel classificado ou em vias de classificação, e
ou minerais, assim como os que integram espaços naturais respetivas zonas de proteção, prosseguem os objetivos e
de proteção ou de lazer e estabelece as regras relativas a: fins dos planos detalhados de salvaguarda de património
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O loteamento é um conjunto ações que tem por objeto ou l) Identificação dos técnicos autores dos projetos.
por efeito a constituição de um ou mais lotes destinados 3. O regulamento incide sobre o regime específico
imediata ou subsequentemente á edificação urbana, da edificação e parcelamento da propriedade urbana,
e que resulte da divisão de um ou vários prédios, ou a distribuição de funções e a definição de parâmetros
emparcelamento ou reparcelamento. urbanísticos.
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c) Obter informações sobre as disposições constantes c) Dos riscos de desastres aos quais esta sujeito o
de instrumentos de gestão territorial, bem território, designadamente (perigos, exposição
como conhecer as condicionantes e as servidões e vulnerabilidade) e os impactos previsíveis das
aplicáveis ao uso do solo; mudanças climáticas;
d) Adquirir cópias e obter certidões dos elementos d) Da dinâmica demográfica e migratória;
do processo.
e) Das transformações económicas, sociais, culturais
3. Se o interessado requerer a passagem de certidões e ambientais;
ou reproduções autenticadas de documentos, é devida
uma taxa nos termos do presente Regulamento. f) Das assimetrias regionais e das condições de acesso
às infraestruturas, aos equipamentos, aos serviços
4. Os deveres que resultam da aplicação do presente e às funções urbanas.
artigo são extensivos às entidades privadas que elaborem
planos detalhados de iniciativa particular a que se refere 2. O disposto no número anterior é aplicável a quaisquer
a Base XVIII do Decreto Legislativo n.º 1/2006, de 13 de medidas de ordenamento do território e, em especial,
fevereiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto quando sejam restritivas dos direitos e interesses legítimos
Legislativo n.º 6/2010, de 21 de junho, e Decreto Legislativo dos cidadãos.
n.º 4/2018, de 6 de julho.
Secção III
Artigo 4.º
Interesses públicos com expressão territorial
Direito de participação
Subsecção I
1. Todos os cidadãos e as associações representativas
das ordens profissionais e dos interesses económicos, Harmonização dos interesses
sociais, culturais e ambientais têm o direito de participar
na elaboração, alteração, revisão, execução e avaliação Artigo 7.º
dos instrumentos de gestão territorial. Princípios gerais
2. O direito de participação referido no número anterior
compreende a possibilidade de formulação de sugestões, 1. Os instrumentos de gestão territorial identificam os
objeções, pedidos de esclarecimento e outras observações interesses públicos prosseguidos, justificando os critérios
que julgarem convenientes ao longo dos procedimentos utilizados na sua identificação e hierarquização.
de elaboração, alteração, revisão, execução e avaliação, 2. Os instrumentos de gestão territorial asseguram a
bem como a intervenção na fase de discussão pública que harmonização dos vários interesses públicos com expressão
precede obrigatoriamente a aprovação. espacial, tendo em conta as estratégias de desenvolvimento
económico e social, bem como a sustentabilidade, resiliência
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b) Os recursos, ecossistemas e valores naturais, os públicos com expressão territorial impõe ao Estado e às
sistemas indispensáveis à utilização sustentável autarquias locais o dever de coordenação das respetivas
do território, as medidas básicas e os limiares de intervenções em matéria de gestão territorial.
utilização que garantem a renovação e valorização
do património natural, bem como os recursos 2. A elaboração, aprovação, alteração, revisão, execução
territoriais com relevância estratégica para e avaliação dos instrumentos de gestão territorial obriga a
a sustentabilidade ambiental, resiliência e a identificar e a ponderar, nos diversos âmbitos, os planos,
solidariedade intergeracional, tais como a orla programas e projetos, designadamente da iniciativa da
costeira e zonas ribeirinhas, as águas públicas, Administração Pública, com incidência na área a que
as áreas protegidas, a rede hidrográfica e outros respeitam, considerando os que já existam e os que se
recursos territoriais relevantes para a redução encontrem em preparação, de forma a assegurar as
de riscos de desastres, conservação da natureza necessárias compatibilizações.
e da biodiversidade;
Subsecção II
c) As áreas agrícolas e florestais, bem como as áreas Coordenação das intervenções
fundamentais para a valorização da diversidade
paisagística, designadamente as áreas de reserva Artigo 12.º
agrícola;
Coordenação interna
d) A estrutura ecológica constituída pelas áreas,
valores e sistemas fundamentais para a proteção 1. As entidades responsáveis pela elaboração, aprovação,
e valorização ambiental dos espaços rurais e alteração, revisão, execução e avaliação dos instrumentos
urbanos, especialmente as áreas de reserva de gestão territorial devem assegurar, nos respetivos
ecológica; âmbitos de intervenção, a necessária coordenação entre
as diversas políticas com incidência territorial e a política
e) O património arquitetónico e arqueológico constituído por de ordenamento do território e urbanismo, mantendo uma
elementos e conjuntos construídos que representam estrutura orgânica e funcional apta a prosseguir uma
testemunhos da história da ocupação e do uso do efetiva articulação no exercício das várias competências.
território e assumem interesse relevante para
a memória e a identidade das comunidades; 2. A coordenação das políticas nacionais consagradas na
Diretiva Nacional de Ordenamento do Território DNOT),
f) As redes de acessibilidades constituídas pela rede no Esquema Regional do Ordenamento do Território (EROT),
rodoviária nacional, as estradas municipais, nos planos setoriais e nos planos especiais de ordenamento
os portos e aeroportos, bem como a respetiva do território incumbe ao Governo.
articulação com as redes locais;
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c) Aprovação prévia da proposta de plano; necessários para realização das medições, classificações e
outros trabalhos necessários ou impostos pela elaboração
d) Exposição pública; e execução de plantas, desenhos e outros documentos que
e) Consulta das entidades interessadas; integrem o plano.
Secção II
f) Esclarecimentos e respostas aos interessados;
g) Aprovação final do plano; Diretiva Nacional de Ordenamento do Território
2. Nas equipas técnicas participam técnicos das c) Coesão territorial, assegurando a equidade no
especialidades que se revelem indispensáveis ou acesso à provisão pública de bens e serviços de
aconselháveis à elaboração do plano. interesse geral, em articulação com a promoção
da coesão económica e social;
3.As equipas multidisciplinares dispõem de um coordenador
técnico, designado de entre os seus membros. d) Coordenação das atuações dos organismos e entidades
da Administração direta e indireta do Estado
Artigo 23.º com impacte territorial significativo;
Verificação das qualificações
e) Complementaridade das atuações do Estado e das
1. A verificação das qualificações a que se reporta o entidades privadas e organizações da sociedade
presente diploma incumbe à entidade competente para civil na valorização do território;
a respetiva elaboração, no caso dos planos urbanísticos, e f) Participação dos cidadãos e das organizações da
competente para o licenciamento, no caso das operações sociedade civil na preparação das decisões de
de loteamento. desenvolvimento territorial e na implementação
2. As qualificações oficiais devem ser verificadas mediante das políticas de ordenamento do território;
a apresentação de:
g) Organização policêntrica do território nacional,
a) Título emitido por associação pública profissional promovendo a estruturação e a consolidação
comprovando a inscrição, sempre que o exercício do sistema insular e, em particular, do seu
da profissão esteja legalmente dependente da sistema urbano, numa ótica de preservação da
inscrição nessas associações; e diversidade territorial e de pleno aproveitamento
do potencial territorial;
b) Certificado de habilitações e currículo comprovativo,
nos restantes casos. h) Conservação do solo e da biodiversidade, através
de medidas ativas de organização dos usos do
3. A experiência profissional é comprovada pelo respetivo solo no território nacional e de diretrizes para a
currículo. proteção e utilização dos solos agrícolas, para
a proteção e valorização do coberto vegetal,
4. A prova das qualificações a que se reporta o n.º 2 deste para a preservação da biodiversidade e para a
artigo fica dispensada quando o técnico estiver integrado prevenção da contaminação dos solos nas áreas
na função pública nessa qualidade. rurais e urbanas;
Artigo 24.º
i) Uso eficiente da água, através de medidas ativas
Direito de passagem de racionalização da ocupação do território e
diretrizes para a urbanização e edificação, que
A publicação da Resolução ou Deliberação que determina otimizem os consumos e minimizem as perdas a
a elaboração do instrumento de gestão territorial confere eles associadas, permitam a reutilização segura
às entidades competentes o direito de passagem e ocupação das águas residuais e reduzam a contaminação
temporárias dos terrenos e edifícios com os equipamentos dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos
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2. Os representantes das entidades da Administração A DNOT deve ser objeto de exposição pública em todos
Local e da sociedade civil referidos no número anterior os municípios do país durante 60 (sessenta) dias antes
são designados por despacho do membro do Governo da sua aprovação final, para cumprimento do disposto
responsável pelo Ordenamento do Território, sob proposta na Base IV do Decreto Legislativo n.º 1/2006, de 13
da entidade que representam. de fevereiro, alterado pelos Decretos-Legislativos n.ºs
6/2010, de 21 de junho, e 4/2018, de 6 de julho, e demais
3. As personalidades de reconhecido mérito referidas disposições aplicáveis.
na alínea h) do n.º 1 do presente artigo são escolhidas e
Artigo 39.º
nomeadas por despacho do membro do governo responsável
pelo Ordenamento do Território. Aprovação Final
4. A Comissão Consultiva é presidida pelo membro do A DNOT é aprovada pela Assembleia Nacional, mediante
Governo responsável pelo Ordenamento do Território, proposta do Governo.
coadjuvado pelo presidente do Conselho Diretivo do serviço
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1. A proposta da DNOT deve ser submetida à apreciação 1. O EROT identifica os interesses públicos de nível
e aprovação prévia do Conselho de Ministros no prazo regional por ele protegidos e estabelece as previsões e
máximo de 18 (dezoito) meses, a contar da data de entrada restrições relativas à transformação das áreas por ele
em vigor da Resolução que determinar a sua elaboração. abrangidas.
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e) Um representante da Ordem dos Engenheiros; Com a Resolução do Conselho de Ministros que aprova o
EROT são publicados o regulamento e o modelo territorial.
f) Três peritos nomeados pelo Ministro responsável
pelo ordenamento do território, sendo um deles Artigo 54.º
presidente da Comissão; e
Vigência
g) Representantes de outras entidades consideradas
relevantes. O EROT vigora pelo período que nele for fixado, mas
nunca superior a 12 (doze) anos.
5. A atividade da Comissão é determinada por Portaria
do membro do Governo responsável pelo ordenamento do Secção IV
território a quem compete aprovar, previamente, o EROT.
Planos setoriais de ordenamento do território
6. Concluída a elaboração, o Governo abre um processo
de concertação da proposta com as entidades que, no Artigo 55.º
âmbito da mesma, hajam formalmente discordado das
orientações do futuro plano. Noção
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Elaboração
Artigo 62.º
1. A elaboração dos PSOT compete às entidades públicas
que integram a administração central direta ou indireta. Vigência
2. Quando a pluralidade dos interesses a salvaguardar o Os PSOT vigoram pelo período que neles for determinado.
justifique, a elaboração dos PSOT é ainda acompanhada por
Secção V
uma comissão de acompanhamento cuja composição deve
traduzir a natureza daqueles interesses e a relevância Plano Especial de Ordenamento do Território
das implicações técnicas a considerar.
Artigo 63.º
3. A elaboração dos PSOT obriga a identificar e a
ponderar, nos diversos âmbitos, os planos, programas e Noção
projetos designadamente da iniciativa da Administração
Pública, com incidência na área a que respeitam, considerando 1. Os Planos Especiais de Ordenamento do Território
os que já existam e os que se encontrem em preparação, (PEOT) são instrumentos de natureza regulamentar,
por forma a assegurar as necessárias compatibilizações. constituindo um meio de intervenção do Governo, visando
a prossecução de objetivos considerados indispensáveis à
Artigo 59.º tutela de interesses públicos e de recursos de relevância
nacional com repercussão no território, estabelecendo
Acompanhamento e concertação exclusivamente o regime de salvaguarda de espaços,
recursos e valores naturais.
1. A elaboração dos PSOT é acompanhada pelos
Municípios cujos territórios estejam incluídos no respetivo 2. Os PEOT são, designadamente os seguintes:
âmbito de aplicação.
a) Planos de ordenamento de áreas protegidas ou
2. Quando a pluralidade dos interesses a salvaguardar outros espaços naturais de valor cultural,
o justifique, a elaboração dos PSOT é ainda acompanhada histórico ou científico;
pela comissão mista de coordenação cuja composição deve
traduzir a natureza daqueles interesses e a relevância b) Planos de ordenamento das zonas turísticas especiais
das implicações técnicas a considerar. ou zonas industriais;
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1. Os PEOT são constituídos, designadamente, por: 2. A entidade pública responsável deve publicitar,
através da divulgação de avisos, a Portaria Conjunta
a) Regulamento; dos membros do Governo que determina a elaboração do
plano por forma a permitir, durante o prazo estabelecido
b) Relatório que justifica a disciplina definida; na mesma, o qual não deve ser inferior a 15 (quinze) dias,
a formulação de sugestões, bem como a apresentação de
c) Planta de condicionantes; informações sobre quaisquer questões que possam ser
consideradas no âmbito do respetivo procedimento de
d) Planta de síntese; elaboração.
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6. Findo o período de discussão pública, a entidade pública existência, ao nível municipal, de planos territoriais do
responsável divulga e pondera os respetivos resultados e mesmo tipo, na área por eles abrangida, sem prejuízo
elabora a versão final da proposta para aprovação. das regras relativas à dinâmica de planos territoriais.
Artigo 72.º Artigo 76.º
1. A aprovação prévia e final do PEOT é da competência Os municípios podem elaborar PIMOT que visam a
dos membros do Governo referidos no n.º 1 do artigo 68.º. articulação estratégica entre áreas territoriais que, pela
sua interdependência, necessitam de uma gestão integrada.
2. O ato de aprovação final do PEOT reveste a forma de
Portaria Conjunta e com ele são publicados o regulamento Artigo 77.º
e as peças gráficas ilustrativas mais significativas.
[Revogado]
Artigo 73.º
Artigo 78.º
Vigência
Conteúdo material
Os PEOT vigoram enquanto se mantiver a indispensabilidade
de tutela por instrumentos de âmbito nacional dos Aos Planos Diretor e Detalhado intermunicipais são
interesses públicos que visam salvaguardar devendo aplicáveis, com as necessárias adaptações, as regras
ser reavaliados e, caso se revelar necessário, revistos no previstas para os Planos Diretor e Detalhado municipais.
prazo máximo de 12 (doze) anos.
Artigo 79.º
Artigo 74.º
[Revogado]
Remissão
Artigo 80.º
Em tudo o que não estiver regulado nesta secção é
aplicável ao PEOT, com as devidas adaptações, o disposto Elaboração
no presente Regulamento para os demais instrumentos de
gestão territorial, de acordo com o seu âmbito e natureza. 1. A elaboração dos PIMOT compete aos municípios
Secção VI
associados para o efeito ou às associações de municípios,
após aprovação respetivamente, pelas assembleias
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1. O regime de uso do solo é definido nos planos 2. Nos termos do disposto no número anterior, compete
urbanísticos de ordenamento do território através da à Câmara Municipal a definição da oportunidade e dos
classificação e da qualificação do solo. termos de referência dos PD.
1. A classificação do solo determina o destino básico 4. As Deliberações referidas no n.º 1 são publicadas
dos terrenos, assentando na distinção fundamental entre na II Série do Boletim Oficial e divulgadas através dos
solo rural e solo urbano. órgãos e comunicação social.
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Concertação
2. O acompanhamento da elaboração dos planos urbanísticos
é assegurado por uma comissão de acompanhamento, 1. Concluída a elaboração, a Câmara Municipal remete,
cuja composição deve traduzir a natureza dos interesses para parecer, a proposta do plano, acompanhada do parecer
a salvaguardar e a relevância das implicações técnicas da comissão de acompanhamento dos planos urbanísticos,
a considerar, integrando técnicos oriundos de serviços da às entidades que, no âmbito da mesma, hajam formalmente
administração direta ou indireta do Estado, do Município, de discordado das soluções projetadas.
outras entidades públicas cuja participação seja aconselhável
2. Os pareceres a que se refere o número anterior incidem
no âmbito do plano, bem como de representantes dos sobre as razões da discordância oposta à proposta do plano.
interesses económicos, sociais, culturais e ambientais.
3. Os pareceres referidos nos números anteriores são
3. A comissão de acompanhamento fica obrigada a emitidos no prazo de 15 (quinze) dias, interpretando-
um seguimento assíduo e continuado dos trabalhos de se a falta de resposta dentro desse prazo como parecer
elaboração do futuro plano, devendo, no final, apresentar um favorável que sana a discordância anteriormente oposta.
parecer escrito, assinado por maioria dos seus membros com
menção expressa da orientação defendida, que se pronuncie 4. Recebidos os pareceres, a Câmara Municipal promove
sobre o cumprimento das normas legais e regulamentares a realização de reuniões com as entidades que os tenham
aplicáveis e, ainda, sobre a adequação e conveniência das emitido tendo em vista obter uma solução concertada que
soluções defendidas pela Câmara Municipal. permita ultrapassar as objeções formuladas, nos 15 (quinze)
dias subsequentes.
4. O parecer da comissão de seguimento é vinculativo e
exprime a apreciação realizada pelas diversas entidades 5. [Revogado]
representadas e substitui os pareceres, aprovações ou
autorizações que estas entidades devam emitir, havendo Artigo 94.º
lugar a posterior audiência pela Câmara Municipal Participação e discussão pública
daquelas que formalmente hajam discordado das soluções
projetadas. 1. Ao longo da elaboração dos planos urbanísticos, a
Câmara Municipal deve facultar aos interessados todos os
5. O parecer final da comissão de acompanhamento elementos relevantes para que estes possam conhecer o estado
deve acompanhar a proposta de plano apresentada pela dos trabalhos e a evolução da tramitação procedimental,
Câmara Municipal à Assembleia Municipal. bem como formular sugestões ao Município e à comissão
de acompanhamento.
6. A Câmara Municipal deve comunicar ao serviço central
do ordenamento do território o teor da Deliberação que 2. A Câmara Municipal publicita, através da divulgação
haja determinado a elaboração, alteração ou revisão do de avisos, a deliberação que determina a elaboração do
plano e solicitar a marcação de uma reunião preparatória plano por forma a permitir, durante o prazo estabelecido
que deve acontecer no prazo máximo de 10 (dez) dias. na mesma, num período máximo de 15 (quinze) dias, a
formulação de sugestões, bem como a apresentação de
7. A constituição da comissão de acompanhamento informações sobre quaisquer questões que possam ser
dos planos urbanísticos é constituída por deliberação da consideradas no âmbito do respetivo procedimento de
Câmara Municipal em articulação com do serviço central elaboração.
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9. Findo o período de discussão pública, a Câmara 1. Os atos da Ratificação e aprovação final são publicados
Municipal divulga e pondera os respetivos resultados e no Boletim Oficial, sendo os custos ou encargos resultantes
elabora a versão final da proposta para aprovação. da publicação suportados pela entidade proponente.
10. São obrigatoriamente públicas todas as reuniões 2. Os planos urbanísticos devem ainda ser publicados
da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal que nos sítios da Internet e, sempre que possível, nos Boletins
respeitem à elaboração ou aprovação de qualquer categoria ou Revistas dos Municípios e outros meios adequados
de instrumento de gestão territorial. que permitam a sua mais ampla divulgação no seio da
população.
11. O relatório da consulta pública deve acompanhar a
proposta do plano apresentado pela Câmara Municipal Subsecção II
à Assembleia Municipal. Plano Diretor Municipal
Artigo 95.º Artigo 99.º
Aprovação prévia Noção
1. A aprovação prévia da proposta de plano urbanístico 1. O PDM é o instrumento de gestão de território que
a submeter à Assembleia Municipal é da competência da rege a organização espacial da totalidade do território
Câmara Municipal. municipal.
2. Sem prejuízo do disposto nas subsecções seguintes, 2. O PDM, com base na estratégia de desenvolvimento
a proposta de plano urbanístico é reformulada sempre local, estabelece a estrutura espacial, a classificação e
que as suas soluções fundamentais suscitem profundas qualificação básica do solo, bem como os parâmetros
divergências entre os cidadãos e as entidades nelas de ocupação, considerando a implantação resiliente dos
interessadas. equipamentos sociais e das infraestruturas.
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Noção
a) A especificação qualitativa e quantitativa dos
índices, indicadores e parâmetros de referência, O Plano Detalhado (PD) é o instrumento de gestão
urbanísticos ou de ordenamento, a estabelecer territorial que define com detalhe os parâmetros de
por planos de hierarquia inferior, bem como aproveitamento do solo de qualquer área delimitada do
as normas provisórias aplicáveis na ausência território municipal, de acordo com o uso definido por PDM.
destes;
Artigo 116.º
b) O regime das unidades operativas de planeamento e
gestão, indicando os respetivos condicionamentos Objeto
e normas provisórias que regem até o cumprimento
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c) Os critérios de intervenção nos elementos construídos os centros urbanos mais importantes, extratos
e naturais; da faixa adjacente à fronteira dos PD das zonas
envolventes, quando existir, e outros elementos
d) A cartografia e o recenseamento de todas as partes considerados relevantes;
integrantes do bem imóvel e zona especial de
proteção; b) A Planta da situação existente, à escala 1:1.000 ou
1:500, na qual se assinala os principais elementos
e) As linhas estratégicas de intervenção, nos planos do coberto vegetal, a divisão da propriedade,
económicos, social e de requalificação urbana as construções e as infra- estruturas gerais e
e paisagística; locais existentes;
f) A delimitação e caracterização física, arquitetónica, c) A Planta de condicionantes, que identifica as servidões
histórico-cultural e arqueológica da área de e restrições de utilidade pública em vigor que
intervenção; possam constituir limitações ou impedimentos
a qualquer forma específica de aproveitamento;
g) A situação fundiária da área de intervenção, procedendo,
quando necessário, à sua transformação; d) A Planta legal, à mesma escala da planta da situação
existente, na qual se registam, através de símbolos
h) As regras de alteração da forma urbana, considerando gráficos convencionados, a incidência especial das
as operações urbanísticas e os trabalhos de medidas indicativas e das disposições vinculativas
remodelação de terrenos; do plano nomeadamente o loteamento, os limites
das áreas de construção, o sistema de acesso,
i) As regras da edificação, incluindo a regulação de incluindo a organização do estacionamento, e os
volumetrias, alinhamentos e cérceas, o cromatismo espaços públicos;
e os revestimentos exteriores dos edifícios;
e) A Planta síntese, incorporando as principais soluções
j) As regras específicas para a proteção do património adotadas no planeamento.
arqueológico, nomeadamente, as relativas a
medidas de carácter preventivo de salvaguarda 4. O Relatório deve fundamentar as principais soluções
do património arqueológico; adotadas e a sua integração no planeamento e na
programação da atividade do Município, integrando
k) As regras a que devem obedecer as obras de ainda, designadamente, o seguinte:
construção, reconstrução, ampliação, alteração,
conservação e demolição; a) O extrato do PDM em vigor para a área, assinalando
as disposições adaptadas ou pormenorizadas;
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b) A situação fundiária da área de intervenção procedendo, 4. O projeto de loteamento é constituído pelas seguintes
quando necessário, à sua transformação, ao peças gráficas fundamentais:
parcelamento, reparcelamento e emparcelamento
da propriedade; a) Planta de enquadramento, assinalando devidamente
os limites da área objeto de intervenção;
c) Constituição de lotes para construção;
b) Planta da situação existente, à escala 1:1.000
d) A definição dos espaços públicos, de circulação ou superior, correspondente ao uso atual do
viária e pedonal, de estacionamento, bem terreno e de uma faixa envolvente com dimensão
como do respetivo tratamento, alinhamentos, adequada à avaliação da integração da operação
implantações, a localização dos equipamentos na área em que se insere, com indicação dos
e zonas verdes; elementos ou valores naturais e construídos,
de servidões administrativas e restrições de
e) A definição de parâmetros urbanísticos, designadamente utilidade pública, e ainda as infraestruturas
dimensão dos lotes, índices, densidade de fogos, existentes;
número de pisos e cérceas;
c) Planta de implantação, à escala 1:1.000 ou superior,
f) A identificação do sistema de execução a utilizar contendo o loteamento, a dimensão dos lotes,
na área de intervenção. os limites das áreas de construção:
Artigo 120.º-C i. Subdivisão das quadras em lotes, com as
respetivas dimensões e numeração;
Conteúdo documental
ii. Sistema de vias com a respetiva hierarquia;
1. Um projeto de loteamento deve ser constituído por:
iii. Sistema de acesso, incluindo a organização do
a) Memória descritiva e justificativa; estacionamento, e os espaços públicos.
b) Regulamento; 5. O projeto de loteamento deve ser acompanhado
ainda pelos projetos de especialidade nos domínios de
c) Peças gráficas; infraestruturas viárias, de abastecimento e de saneamento.
d) Programa de execução. Artigo 120.º-D
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b) As alterações aos planos urbanísticos decorrentes b) Por deliberação, da Assembleia Municipal, sob
da incompatibilidade com a estrutura regional do proposta da Câmara Municipal, quando se
sistema urbano, das redes, das infra- estruturas verifiquem circunstâncias excecionais resultantes
e dos equipamentos de interesse regional definida de alteração significativa das perspetivas de
em Esquema Regional de Ordenamento do desenvolvimento económico e social local ou de
Território posteriormente aprovado; situações de fragilidade ambiental incompatíveis
com a concretização das opções estabelecidas
c) As alterações de natureza técnica que traduzam no plano.
meros ajustamentos do plano;
3. A Resolução do Conselho de Ministros, o decreto
d) As alterações aos planos diretores municipais que regulamentar e a deliberação referidos nos números
decorram da aprovação do Plano Detalhado. anteriores devem conter a fundamentação, o prazo e a
2. As alterações referidas na alínea c) do n.º 1 consistem, incidência territorial da suspensão, bem como indicar
designadamente, em: expressamente as disposições suspensas.
a) Correções de erros materiais nas disposições 4. Os instrumentos de gestão territorial suspensos são
regulamentares ou na representação cartográfica; obrigatoriamente revistos ou alterados.
b) Acertos de cartografia determinados por incorreções 5. A suspensão dos planos urbanísticos não produz
de cadastro, de transposição de escalas, de efeitos quanto às servidões legais ou as que decorram do
definição de limites físicos identificáveis no plano na área a suspender.
terreno, bem como por discrepâncias entre plantas
de condicionantes e plantas de ordenamento; Artigo 134.º
1. A revisão dos instrumentos de gestão territorial 1. O órgão competente para determinar a elaboração,
pode decorrer: alteração ou revisão de instrumentos de gestão territorial
pode estabelecer que uma área, ou parte dela, que se
a) Da necessidade de adequação à evolução, a médio e presuma vir a ser abrangida por esse instrumento seja
longo prazo, das condições económicas, sociais, sujeita a medidas preventivas, destinadas a evitar alteração
culturais e ambientais que determinaram a das circunstâncias e condições existentes que possa
respetiva elaboração, tendo em conta os relatórios comprometer a execução do plano ou empreendimento
bianual de avaliação da execução dos mesmos; ou torná-la mais difícil ou onerosa.
b) De situações de suspensão do plano e da necessidade 2. Durante a suspensão do plano urbanístico é obrigatório
da sua adequação à prossecução dos interesses o estabelecimento de medidas preventivas.
públicos que a determinaram.
3. O estabelecimento de medidas preventivas por
2. A revisão prevista na alínea a) do número anterior motivo de revisão e alteração de um plano determina
só pode ocorrer decorridos 3 (três) anos sobre a entrada a suspensão da eficácia deste, na área abrangida por
em vigor do instrumento de gestão territorial. aquelas medidas.
Artigo 133.º
4. As medidas preventivas podem consistir na proibição,
Suspensão dos instrumentos de gestão territorial na limitação ou na sujeição a parecer vinculativo das
e dos instrumentos de política setorial seguintes ações:
1. A suspensão, total ou parcial da DNOT, do EROT, a) Operações de loteamento e obras de urbanização;
plano setorial e plano especial é determinada por
Resolução do Conselho de Ministros quando se verifiquem b) Obras de construção civil, ampliação, alteração
circunstâncias excecionais resultantes de alteração e reconstrução, com exceção das que estejam
significativa das perspetivas de desenvolvimento económico- sujeitas apenas a um procedimento de comunicação
social incompatíveis com a concretização das opções prévia à Câmara Municipal;
estabelecidas no plano, ouvidas as Câmaras Municipais
dos municípios abrangidos. c) Trabalhos de remodelação de terrenos;
2. A suspensão, total ou parcial, de planos urbanísticos d) Obras de demolição de edificações existentes, exceto
é determinada: as que, por regulamento municipal, possam ser
dispensadas de licença ou autorização;
a)Por Decreto-Regulamentar, em casos excecionais de
reconhecido interesse nacional ou regional, ouvida e) Derrube de árvores em maciço ou destruição do
a Câmara Municipal do Município em causa; solo vivo e do coberto vegetal.
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A imposição de medidas preventivas não confere o 3. A execução dos sistemas gerais de infraestruturas
direito a indemnização, salvo nos casos expressamente e equipamentos públicos municipais e intermunicipais
previstos no presente regulamento. determina para os particulares o dever de participar no
seu financiamento.
Secção II
Artigo 148.º
Suspensão de concessão de licenças
Artigo 146.º Princípios de atuação
2. Cessando a suspensão do procedimento, nos termos c) Observar as disposições programáticas dos planos
do número anterior, o pedido de informação prévia, de urbanísticos.
licenciamento ou de autorização é decidido de acordo com
as novas regras urbanísticas em vigor. Subsecção II
2 620000 004832
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1. A transformação dos terrenos integrados numa c) Cedência à Câmara Municipal de terrenos dotacionais.
unidade de execução do planeamento urbanístico é operada 2. Se a edificabilidade do lote ou da parcela for nula
mediante o recurso a um dos seguintes sistemas: ou inferior à edificabilidade suscetível de aquisição pelo
a) Sistema de execução programada; seu titular, essa edificabilidade ou a parte que não é
materializável no lote ou na parcela pode ser objeto de
b) Sistema de execução contratada. acordo de cedência a proprietário em situação inversa ou
à Câmara Municipal.
2. Os terrenos não integrados numa unidade de execução
do planeamento urbanístico podem ser transformados 3. Na falta do acordo referido no número anterior, a
mediante atuações não sistemáticas. edificabilidade não suscetível de materialização deve ser
expropriada pela Câmara Municipal.
Artigo 152.º
Artigo 155.º
Sistema de execução programada
Informação sobre as obras públicas
1. O sistema de execução programada é aplicável às
áreas de construção prioritária abrangidas por plano As entidades públicas e os particulares mantêm as
detalhado. câmaras municipais informadas sobre o faseamento das
obras respeitantes a infraestruturas e equipamentos
2. O sistema de execução programada pode implicar públicos cuja realização não tenha motivado a celebração
a expropriação dos terrenos e edifícios integrados nas de contrato-programa ou acordo com o Município.
unidades de execução do plano detalhado.
Secção II
3. A Câmara Municipal pode propor a expropriação dos
terrenos e edifícios a favor do adjudicatário de concurso Instrumentos de programação urbanística
público que vise a transformação de uma ou várias
unidades de execução do planeamento. Subsecção I
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aproveitamento urbanístico.
3. O programa municipal de atuação urbanística é Artigo 163.º
submetido a inquérito público.
Reserva de terrenos e edifícios
4. Compete à Assembleia Municipal aprovar o programa 1. A Câmara Municipal, por iniciativa própria ou a pedido
municipal de atuação urbanística. da entidade atuante, pode reservar terrenos e edifícios
Subsecção III
destinados a infraestruturas ou equipamentos públicos.
2. A Câmara Municipal delimita a área reservada, fixa
Contratos-programa de urbanização o prazo de vigência da reserva, não superior a 4 (quatro)
anos, e identifica a entidade expropriante.
Artigo 159.º
3. Nos terrenos e edifícios reservados é vedada a
Regime realização de quaisquer obras que não representem
benfeitorias indispensáveis à sua conservação.
1. No caso de operações de parcelamento e de obras de
urbanização se preveja a intervenção de outras entidades 4. A reserva de terrenos e edifícios não determina a
além do interessado e da Câmara Municipal, as recíprocas sua expropriação imediata, no todo ou em parte, nem
obrigações podem ser objeto de contrato-programa. o pagamento de quaisquer indemnizações, a título de
perdas e danos, salvo o disposto nos números seguintes.
2. Os contratos-programa podem ter por objeto, 5. Os proprietários dos terrenos e edifícios reservados
designadamente: têm o direito de requerer, no prazo de vigência da reserva,
que sejam feitas as expropriações.
a) O financiamento das obras de urbanização;
6. No caso previsto no número anterior, terrenos e
b) A cedência de terrenos dotacionais ou destinados edifícios reservados entram imediatamente na posse da
à construção de equipamentos públicos e de entidade expropriante, que, até ao pagamento do valor da
casas de habitação social; expropriação, assegura aos expropriados, em cada ano,
uma indemnização igual ao juro daquele valor, calculado
c) A construção de equipamentos públicos e de casas pela taxa de desconto do Banco de Cabo Verde.
de habitação social;
Secção IV
d) A transferência do aproveitamento urbanístico Instrumentos de execução dos planos
dos terrenos para edificação;
Artigo 164.º
e) A remodelação de construções em desconformidade
com o plano; Direito de preferência
1. O exercício do direito de preferência visa assegurar:
f) As garantias destinadas a assegurar os encargos
decorrentes do impacto da atuação nos espaços a) A criação ou remodelação de espaços públicos,
públicos, infraestruturas urbanísticas, equipamentos infraestruturas urbanísticas e equipamentos
coletivos e serviços existentes. coletivos;
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A aprovação do PDM e do PD, pode legitimar a expropriação vinculativos dos particulares determinem restrições
por utilidade pública e a posse administrativa dos terrenos significativas de efeitos equivalentes a expropriação,
e dos edifícios necessários à sua plena execução, nos termos a direitos de uso do solo preexistentes e juridicamente
e de harmonia com o estabelecido no diploma legal que consolidados que não possam ser compensados nos termos
regula a expropriação por utilidade pública. do número anterior.
Artigo 167.º Subsecção II
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2. O direito concreto de construir resulta dos atos de b) Parcelas de terrenos destinadas a zonas verdes
licenciamento de operações urbanísticas, os quais devem urbanas, equipamentos e vias sem construção
ser conformes aos índices e parâmetros urbanísticos adjacente, conforme o previsto no plano.
estabelecidos no plano.
4. Quando a área de cedência efetiva for superior à
3. A edificabilidade média é determinada pelo quociente cedência média, o proprietário deve, quando pretenda
entre a soma das superfícies brutas de todos os pisos acima urbanizar, ser compensado de forma adequada.
e abaixo do solo destinados a edificação, independentemente 5. A compensação referida no número anterior deve ser
dos usos existentes e admitidos pelo plano e a totalidade prevista em regulamento municipal através das seguintes
da área ou sector abrangido por aquele. medidas alternativas ou complementares:
4. Para efeitos da determinação do valor da edificabilidade a) Desconto nas taxas que tem de suportar;
média prevista no número anterior, incluem-se, na soma das
superfícies brutas dos pisos, as escadas, caixas de elevadores, b) Aquisição da área em excesso pelo Município, por
alpendres e varandas balançadas e excluem-se os espaços livres compra ou permuta.
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Repartição dos custos de urbanização 1. O cedente tem direito à reversão das parcelas
integradas em áreas dotacionais sempre que haja desvio
1. A comparticipação nos custos de urbanização pode da finalidade da cedência ou de fim de utilidade pública
ser determinada pelos seguintes critérios, isolada ou que a determinou.
conjuntamente:
2. À reversão de parcelas aplica-se, com as necessárias
a) O tipo ou a intensidade de aproveitamento urbanístico adaptações, o disposto quanto à reversão de bens expropriados
determinados pelas disposições dos planos; nos termos da lei de expropriações por utilidade pública.
Artigo 182.º
b) A superfície do lote ou da parcela.
Destino das parcelas revertidas
2. O pagamento dos custos de urbanização pode realizar-
se, por acordo com os proprietários interessados, mediante As parcelas que, nos termos do artigo anterior, tenham
a cedência ao Município, livre de ónus ou encargos, de revertido a favor do cedente ficam sujeitas às mesmas
lotes ou parcelas com capacidade aedificandi de valor finalidades a que estavam afetas quando integradas no
equivalente. domínio municipal, salvo existência de plano urbanístico
que disponha em sentido em contrário.
3. São designadamente considerados custos de urbanização
Artigo 183.º
os relativos às infraestruturas gerais e locais.
Construções erigidas na parcela revertida
Subsecção II
As construções erigidas na parcela revertida seguem
Indemnização o regime aplicável às benfeitorias.
Operações de realojamento
2 620000 004832
Dever de indemnização
Artigo 184.º
1. As restrições determinadas pelos instrumentos de
gestão territorial vinculativos dos particulares apenas Dever de realojamento dos moradores
geram um dever de indemnizar quando a compensação
nos termos previstos na secção anterior não seja possível. A Câmara Municipal ou a entidade atuante não
pode desalojar os moradores das casas de habitação
2. São indemnizáveis as restrições singulares às que tenham de ser demolidas ou desocupadas, embora
possibilidades objetivas de aproveitamento do solo, temporariamente, para a execução do planeamento
preexistentes e juridicamente consolidadas, que comportem urbanístico ou para a realização de qualquer trabalho,
uma restrição significativa na sua utilização de efeitos sem que tenha providenciado, quando tal se mostre
equivalentes a uma expropriação. necessário, pelo realojamento dos mesmos.
Artigo 185.º
3. As restrições singulares às possibilidades objetivas
de aproveitamento do solo resultantes de revisão dos Casas desmontáveis
instrumentos de gestão territorial vinculativos dos
particulares conferem direito a indemnização quando a O realojamento pode ter lugar através de casas desmontáveis,
revisão determina a caducidade ou a alteração das condições quando esse método seja o mais aconselhável ou quando
de um licenciamento prévio válido, ou informação previa não haja possibilidade de recurso a outro processo.
constitutivo de direito.
Artigo 186.º
4. Nas situações previstas nos números anteriores, o
Entidades concessionárias
valor da indemnização corresponde à diferença entre o
valor do solo antes e depois das restrições provocadas Quando se verifique expropriação em benefício de
pelos instrumentos de gestão territorial, sendo calculado entidade concessionária de serviço público ou do domínio
nos termos da lei das expropriações por utilidade pública. público, a Câmara Municipal ou a entidade atuante devem
construir as habitações necessárias ao realojamento
5. Nas situações previstas no n.º 3, são igualmente dos moradores, suportando o expropriante os encargos
indemnizáveis as despesas efetuadas na concretização de respetivos, conforme estiver estabelecido no contrato de
uma modalidade de utilização prevista no instrumento concessão.
de gestão territorial vinculativo dos particulares se essa
utilização for posteriormente alterada ou suprimida por CAPÍTULO V
efeitos de revisão ou suspensão daquele instrumento e
essas despesas tiverem perdido utilidade. VIOLAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
DE GESTÃO TERRITORIAL
6. É responsável pelo pagamento da indemnização prevista
Artigo 187.º
no presente artigo o órgão beneficiado com a execução do
instrumento de gestão territorial que determina direta Princípio geral
ou indiretamente os danos indemnizáveis.
1. A compatibilidade entre os diversos instrumentos
7. [Revogado]. de gestão territorial é condição da respetiva validade.
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2. A conformidade dos atos praticados com os instrumentos b) Pelo membro do Governo responsável pela área
de gestão territorial aplicáveis é condição da respetiva do ordenamento do território, quando violem
validade. plano especial de ordenamento do território;
Artigo 188.º c) Pelo membro do Governo responsável pelo ordenamento
do território, quando esteja em causa a prossecução
Invalidade dos planos de objetivos de interesse nacional ou regional.
1. São nulos os planos elaborados e aprovados em violação 2. Quando se verifique a realização de trabalhos ou obras
de qualquer instrumento de gestão territorial com o qual não precedidos do licenciamento legalmente devido que
devessem ser compatíveis. violem plano urbanístico, o membro do Governo responsável
pelo ordenamento do território deve participar o facto ao
2. Salvo menção expressa em contrário, acompanhada Presidente da Câmara Municipal, para os efeitos previstos
da necessária comunicação do dever de indemnizar, a no número anterior.
declaração de nulidade não prejudica os efeitos dos atos
administrativos entretanto praticados com base no plano 3. As despesas com a demolição correm por conta do
dono das obras a demolir e, sempre que não forem pagas
Artigo 189.º voluntariamente no prazo de 20 (vinte) dias a contar da
notificação para o efeito, são cobradas coercivamente,
Invalidade dos atos servindo de título executivo, certidão passada pelos
serviços competentes, donde conste, além dos demais
São nulos os atos praticados em violação de qualquer requisitos exigidos, a identificação do dono das obras e o
instrumento de gestão territorial aplicável. montante em dívida.
Artigo 190.º Artigo 192.º
Contraordenações Desobediência
1. Constitui contraordenação punível com coima a O prosseguimento dos trabalhos embargados nos termos
realização de obras e a utilização de edificações ou do solo do artigo anterior constitui crime de desobediência, nos
em violação de disposições de plano urbanístico ou de plano termos do Código Penal.
especial de ordenamento do território.
CAPÍTULO VI
2. No caso de realização de obras, o montante da coima é
fixado entre o mínimo de 300.000$00 (trezentos mil escudos) AVALIAÇÃO
e o máximo de 10.000.000$00 (dez milhões de escudos).
2 620000 004832
Artigo 193.º
3. No caso de utilização de edificações ou do solo, montante
da coima é fixado entre o mínimo de 150.000$00 (cento Avaliação
e cinquenta mil escudos) e o máximo de 5.000.000$00
(cinco milhões de escudos). 1. As entidades responsáveis pela elaboração dos
instrumentos de gestão territorial promovem a permanente
4. Tratando-se de pessoas coletivas, as coimas referidas nos avaliação da adequação e concretização da disciplina
n.ºs 2 e 3 podem elevar-se até aos montantes máximos de: consagrada nos mesmos.
a) 12.000.000$00 (doze milhões de escudos), em caso 2. Para os efeitos do disposto no número anterior, pode
de negligencia; e o membro do Governo responsável pelo ordenamento do
território e planeamento criar um observatório do território
b) 25.000.000$00 (vinte e cinco milhões de escudos) com a incumbência de recolher e tratar a informação
em caso de dolo. de carácter estatístico, técnico e científico relevante, o
qual elabora relatórios periódicos de avaliação incidindo
5. Do montante da coima, 60% (sessenta por cento) reverte nomeadamente sobre o desenvolvimento das orientações
para o Estado e 40% (quarenta por cento) reverte para a fundamentais do DNOT e em especial sobre a articulação
entidade competente para o processo de contra- ordenação entre as ações sectoriais, recomendando, quando necessário,
e aplicação da coima. a respetiva revisão ou alteração.
6. A tentativa e a negligência são sempre puníveis. 3. O observatório a que se refere o número anterior
promove:
7. São competentes para o processo de contraordenação
e aplicação da coima: a) As consultas necessárias aos diversos serviços da
administração central e municipal, os quais
a) O Presidente da Câmara Municipal, no caso de devem prestar atempadamente as informações
violação de plano urbanístico; solicitadas, e faculta aos mesmos a informação
por este solicitadas;
b) As entidades competentes em razão de matéria, no
caso de violação de plano especial de ordenamento b) Os contactos necessários com a comunidade científica;
do território;
c) A participação dos cidadãos na avaliação permanente
Artigo 191.º dos instrumentos de gestão territorial.
Embargo e demolição 4. O observatório integra um grupo de peritos, constituído
por especialistas e personalidades de reconhecido mérito
1. Sem prejuízo da coima aplicável, pode ser determinado no domínio do ordenamento do território, a designar pelo
o embargo de trabalhos ou a demolição de obras nos Governo.
seguintes casos:
5. Sempre que a entidade responsável pela elaboração
a) Pelo Presidente da Câmara Municipal, quando o considere conveniente, a avaliação pode ser assegurada
violem plano urbanístico; por entidades independentes de reconhecido mérito,
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2. A Câmara Municipal deve elaborar, de 2 (dois) em 2 2. O registo e depósito referido no número anterior estão
(dois) anos, um relatório sobre o estado do ordenamento sujeitos à uma taxa a regulamentar pelo serviço central
do território a nível municipal, a submeter à apreciação responsável pelo ordenamento do território.
da Assembleia Municipal. 3. As Câmaras Municipais devem criar e manter um
sistema que assegure a possibilidade de consulta pelos
3. Os relatórios sobre o estado do ordenamento do interessados dos instrumentos de gestão territorial e dos
território referidos nos números anteriores traduzem o projetos de loteamento com incidência sobre o território
balanço da evolução do sistema territorial, da execução dos municipal.
instrumentos de gestão territorial, bem como dos níveis
de coordenação interna e externa obtidos, fundamentando 4. A consulta dos instrumentos de gestão territorial e
uma eventual necessidade de revisão. dos projetos de loteamentos prevista neste artigo deve
igualmente ser possível em suporte informático adequado
4. Concluída a sua elaboração, os relatórios sobre o e através da Internet.
estado do ordenamento do território são submetidos a um
período de discussão pública de duração de 30 (trinta) dias. Artigo 200.º
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Consequência pela não elaboração de planos i) Regulamento da taxa do registo e depósito dos
instrumentos de gestão territorial e dos projetos
de loteamento;
2 620000 004832
1. Decorridos 3 (três) anos sobre a data de entrada em O presente diploma entra em vigor no prazo de 90
vigor do presente Regulamento, o Governo procede à sua (noventa) dias contados a partir da data da sua publicação.
revisão, caso se revelar necessário.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
2. Durante o período referido no número anterior as
câmaras municipais e todas as entidades encarregadas José Maria Pereira Neves - Manuel Inocêncio Sousa -
da sua execução estão vinculadas a submeter ao serviço Maria Cristina Lopes de Almeida Fontes Lima - Cristina
central responsável pelo ordenamento do território e Isabel Lopes da Silva Monteiro Duarte - Lívio Fernandes
planeamento urbanístico todas as dúvidas e sugestões Lopes - Marisa Helena do Nascimento Morais - José Maria
que suscitar a sua aplicação. Fernandes da Veiga - Sara Maria Duarte Lopes
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II SÉRIE
BOLETIM
O F I C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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