Fascículo de Armamento Equipamento e Técnica de Tiro
Fascículo de Armamento Equipamento e Técnica de Tiro
Fascículo de Armamento Equipamento e Técnica de Tiro
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Elaborado pelo Instrutor Edmar Lourenço Vuda
INDICE
UNIDADE I
Conceito das Armas
Manuseio seguro com as armas de fogo
Regras de segurança
Regulamento do uso e porte das armas de fogo pelos agentes da PNA
Arma de fogo
Conceito
Classificação
Quanto à alma do cano
Quanto ao tamanho
Quanto ao sistema de carregamento
Quanto ao sistema de funcionamento
Quanto ao sistema de acionamento
Subdivisão da Arma de fogo
UNIDADE II
Armas automáticas e semiautomáticas Galil´s
Pistolas submetralhadoras Uzi, Mini Uzi & Uzi Pro
Pistola semiautomática Jericho
UNIDADE III
Fundamentos do Tiro
Postura de Tiro com arma Curta e Arma longa
Disparo
Tipos de tiros
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1. CONCEITO DAS ARMAS
Qualquer objeto pode ser utilizado como uma Arma quando usado para atacar ou
ameaçar um ser bem como para autodefesa. A utilização de um objeto como arma, não
transforma a natureza desse objeto numa arma por si, mas atribui-lhe essa característica
durante a utilização. É o caso da expressão arma do crime, em que o objeto, qualquer
que ele seja utilizado para cometer um crime, foi utilizado como arma. As armas podem
ter várias utilidades, passando a ser consideradas como tipos de armas. Neles se
incluem as armas de caça, as armas de tiro desportivo, as armas de guerra, as armas de
defesa, etc. Alguém que detenha uma arma está armado, do contrário, desarmado.
Armas também podem ser usadas não só em seres como também em objetos, para
destruí-los ou danificá-los. Armas são muitas vezes causas de morte: constituem meios
para a prática de homicídio e suicídio. São divididas em diferentes tipos, mostrados a
seguir:
• Arma branca - Tipo de arma que serve para simples ataque, embora possa
causar morte. Não são capazes de disparar projéteis.
(exemplos: bastões, facas, espadas);
• Arma de fogo - Arma capaz de lançar projéteis, a partir de explosão interna.
(exemplos: revólveres, pistolas, espingardas, metralhadoras);
• Arma de airsoft - Arma, de uso recreativo ou esportivo, capaz de lançar BBs
(Ball Bearing), a partir de pressão, molas, injeção de gás ou eletricidade
• Arma não letal - Arma capaz de ferir uma pessoa, sem provocar morte.
(exemplos: eletrochoque, pistola ou revólver com projéteis de borracha);
• Arma de efeito moral - Arma destinada a causar grande incômodo para uma
pessoa, dificultando sua a reação. (exemplos: barulhos altos ou luzes fortes);
• Arma química - Arma capaz de irritar ou danificar, por meio de gases e outros
elementos, o organismo de uma pessoa. (exemplos: spray de pimenta, gás
lacrimogêneo, gás mostarda);
• Arma biológica - Arma que libera doenças capazes de impor danos graves a um
ser (exemplos: vírus, carbúnculo);
• Arma ocasional - Objetos que não são armas em si mas que podem ser utilizados
como armas e são frequentemente confundidas com armas, que são hoje
ferramentas ou que foram armas em tempos primitivos
(exemplos: pau, pedra, machado, arpão de pesca subaquática, dardo de
atletismo);
• Arma de mão - Arma usada em combate corpo a corpo, com a força do braço,
às vezes com as duas mãos;
• Arma de haste - Arma usada em combate de formação, só excepcionalmente
em combate corpo a corpo, sempre com as duas mãos;
• Arma de arremesso - Arma lançada à distância com as mãos ou algum
arremessador;
Arma de choque - Arma que causa dano pelo impacto (choque) direto contra o alvo,
sem serem arremessadas.
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1.1. MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO
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1.4. REGULAMENTO DO USO E PORTE DAS ARMAS DE FOGO
PELOS AGENTES DA PNA.
O uso da arma de fogo por parte dos funcionários e agentes da Polícia tem de
obedecer aos três grandes princípios:
1. Princípio da Necessidade
2. Princípio da Adequação e
3. Princípio da Proporcionalidade
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Como meio de alarme, tanto no que concerne os atos criminosos como para avisar
na existência de um sinistro.
2. ARMA DE FOGO
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Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é
classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar
cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semiautomáticas.
Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou
superiores aos dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.
Armas Longas – Alma Lisa: Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza
cartuchos de projéteis múltiplos ou de caça.
2.2.3. QUANTO AO SISTEMA DE CARREGAMENTO
Ante carga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.
Retro carga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.
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2.2.6. SUBDIVISÃO DAS ARMAS DE FOGO
As armas de fogo estão subdivididas em duas partes; que são:
Armas de artilharia e armas de infantaria.
Armas de Infantaria: São aquelas que disparam projétil de curto calibre e alcance
relativo.
Ex: PKM, Pistola Jericho, Ak-47, Galil etc.
NB: As armas de infantaria são as que se enquadram com tipo de trabalho do efetivo
do PNA especialidade.
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4. METRALHADORAS GALIL´S ARM, SAR, MAR & AR
A Galil (em hebraico: )גלילé uma família de fuzis de assalto israelitas Foi desenvolvido
por Yisrael Galil e Yaacov Lior no final dos anos 60 e produzido pela Israel Military
Industries (IMI) (atualmente, pela Israel Weapon Industries (IWI)). O sistema de armas
consiste de uma linha de calibre para o intermediário 5,56×45mm com o cartucho
esférico M193 ou SS109 e vários modelos projetados para uso com o cartucho
de fuzil 7,62×51mm. Esta arma está em uso em pelo menos, 25 países.
História operacional
Histórico de produção
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Especificações
Peso …………………………………………………………… SAR 5,56mm: 3,75 kg
AR 5,56mm: 3,95 kg
ARM 5,56mm: 4,35 kg
SAR 7,62mm: 3,85 kg
AR 7,62mm: 3,95 kg
ARM 7,62mm: 4,45 kg
Comprimento
do cano ……………………………………………………….. SAR 5,56mm: 332 mm
AR, ARM 5,56mm: 460 mm
SAR 7,62mm: 400 mm
AR, ARM 7,62mm: 535 mm
Cartucho
5,56mm: ……………….… 35-, 50-, ou 65-cartuchos carregador de caixa descartável
7,62mm: ………………………………………………. 25-cartuchos carregador caixa
Calibre ……………………………….………………………………...…. 5,56×45mm
7,62×51mm
Ação
Ação por ………………………………………………………………..…………. gás
Velocidade de saída ………………………… SAR 5,56mm: 900 metros por segundo
AR, ARM 5,56mm: 950 metros por segundo
SAR 7,62mm: 800 metros por segundo
AR, ARM 7,62mm: 850 metros por segundo
Alcance efetivo ……………………………………………………….…. 300 a 500 m
Cadência de tiro máximo ……………………………………….………… 650 t.p.m
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA ARMA METRALHADORA
GALIL, S CONSTRUÇÃO GERAL
1 -Cano com ponto de mira e caixa dos mecanismos; com o grupo do punho e coronha.
7- Mecanismo de disparo
9- Sabre
10- Carregador
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5. METRALHADORA SEMI-AUTOMÁTICA E
AUTOMÁTICA UZI, MINI UZI & UZI PRO
1-Selector de fogo
2-empunhadura de segurança
3- Segurança retrátil
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Fabricante ………………………………………...………... Israel Military Industries
Israel Weapon Industries
FN Herstal
Norinco
Lyttleton Engineering Works (sobre Vektor Arms)
RH-ALAN
Group Industries
Em serviço …………………………………………...……………....... 1954-Presente
Quantidades produzidas ………………………………..…………….… 10.000.000
Variantes ……………………………….…. Mini Uzi, Micro-Uzi, Pistola e Carabina
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA ARMA UZI E MINI UZI
CONSTRUÇÃO GERAL
1- Cano
7- Mola recuperadora
8- Coronha móvel
10- Gatilho
12- Carregador
Descrição
A submetralhadora (SMG) Uzi pro pertence à famosa família da submetralhadora UZI
destina-se a ser usada por forças especiais. A uzi pro é uma arma leve e disparada a
partir do ombro ou da anca e pode ser disparada nos modos automático e
semiautomático.
O funcionamento e manutenção são bastante simples, tal como em todos os modelos
UZI. O compartimento do carregador situa-se na pega da pistola, tornando a
substituição do carregador às escuras muito simples.
A uzi pro possui três calhas picatinny para mira e acessórios.
A uzi pro possui três mecanismos de segurança mecânicas: Seletor de fogo, segurança
da empunhadura do punho (que deve estar devidamente pressionada antes da arma ser
disparada) bloqueador do pino de disparo (impede a saliência do pino de disparo exceto
quando na posição mais dianteira).
A coronha pode ser dobrada e possui um descanso para face ajustável. Na parte inferior
dianteira existe uma pega de salto dobrável e disponível em vários comprimentos de
cano; Substituição simples de cano por parte do operador.
Dados técnicos
Calibre 9mm Parabellum
Método de funcionamento Disparo (Posição de câmara fechada)
Modo de fogo Automático ou semiautomático
Método de alimentação 25 ou 32 cartuchos por carregador
Quantidade de estrias 4 estrias
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Dimensões e pesos
Peso (apenas arma) 3,50 kg (cano c) 3,60 kg (cano longo)
Peso do carregador de 25 & 32 vazio 0,2 kg / 0,22 kg (cano longo)
Peso do carregador de 25 & 32 carregado 0,5 kg / 0,6 kg (cano longo)
Comprimento do cano 170 mm / 210 mm (cano longo)
Comprimento geral coronha esticada 539 mm / 579 mm (cano longo)
Comprimento geral da coronha dobrada 317 mm / 357 mm (cano longo)
Velocidade inicial do tiro 370 m/s
Cadencia do tiro 1200 – 1500 tpm
Raio da linha de visão 184 mm (7,24 polegadas)
Mira dianteira Tipo poste, iluminado ajustável para
elevação
Mira traseira Abertura dobrável “L” iluminada
Tipo de munições
Existem dois tipos de munições para o uso desta arma que são:
a) - As blindadas e as semi-blindadas.
1. Cano
2. Porca de retenção do cano
3. Engate da porca de retenção do cano
4. Órgãos de pontaria (Ponta e alça de mira)
5. Tampa de mecanismo
6. Segurança da tampa de mecanismo
7. Descanso para face
8. Calha picatinny
9. Bloqueio da calha picatinny
10. Pega de assalto
11. Segurança da pega de assalto
12. Gatilho
13. Seletor de fogo
14. Engate do carregador
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15. Empunhadura de segurança
16. Botão do descanso para face
17. Coronha
18. Conjunto da culatra móvel
Ciclo de funcionamento
Quando a submetralhadora estiver para ser disparada, a culatra está na posição dianteira,
a bala está na câmara, a agulha percutora está segura na posição traseira e a mola de
retorno está comprida.
Após premir o gatilho, a agulha percutora é solta e desloca-se para frente de mola
comprida.
O pino de disparo acede ao premir, a pressão desenvolvida na câmara empurra a bala
atrás do cano estreado. A culatra em conjunto com a agulha percutora é puxada para
trás. O cartucho vazio é extraído da câmara e expelido do receptor após ser atingido
pelo ejetor. A mola recuperadora e a agulha percutora são novamente comprimidas.
Quando a culatra atingir a sua posição mais traseira a mola recuperadora comprimida
empurra a culatra para frente e a agulha percutora e mantida na sua posição traseira. A
culatra carregadora e carrega-a na câmara.
DESARME E ARME DA SUBMETRALHADORA UZI PRO
PARCIALEMENTE. Seguindo passo a passo:
Assim a nossa arma esta parcialmente desmontada, para o arme da mesma podemos
começar a montar pela primeira peça que foi desmontada ou começar pela última.
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4. PISTOLAS SEMI AUTOMATICA JERICHO
Historial operacional
Especificações
Cartucho 9x19mm Parabellum
40 S&W
41 Action Express
45 ACP
Ação Ação de recuo curto
Cadência de tiro Semiautomática
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QUALIDADE COMBATIVA DA PISTOLA
DADOS TÉCNICOS.
Calibre 9mm
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA PISTOLAS CONSTRUÇÃO
GERAL
1- Corrediça com os órgãos de Pontaria unha extratora e agulha Percutora
6-Mecanismo de Disparo
8-Carregador
1. Retirar o carregador;
2. Puxar varias vezes a corrediça a retaguarda;
3. Verificar se existe munição no interior da câmara de explosão (visual ou
fisicamente);
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6. OS 5 FUNDAMENTOS DO TIRO
Estou aqui diante de questões aparentemente básicas, afinal, parece óbvio que
qualquer pessoa apresentada à pratica do tiro, seja recreativo, esportivo ou defensivo,
deveria, antes de mais nada, saber quais são os fundamentos daquilo que está prestes
a fazer.
Mas a realidade não é essa. Afinal, muito antes de aprender os fundamentos do futebol,
do basquete ou do voleibol, as crianças são apresentadas às modalidades esportivas.
Só muito depois, nas aulas de educação física, os alunos serão apresentados aos
respectivos fundamentos.
Quase todos os atiradores que conheço foram primeiramente apresentados ao tiro
recreativo, depois ao esporte e depois às técnicas de defesa. Sei que há muitos outros,
começando pelas técnicas de defesa e outros ainda começando pelo esporte, mas
acredito, com base em experiência pessoal, que a maioria segue a ordem que me é
mais comum: recreação, esporte e defesa.Cabe aqui uma importante desambiguação:
as regras de segurança, assim como a obrigatoriedade da utilização dos equipamentos
de proteção individual, NÃO integram os fundamentos do tiro esportivo e com eles não
devem ser confundidos. Isso porque as regras de segurança devem ser passadas ao
atirador antes mesmo de ele tocar nas armas para iniciar os disparos, enquanto os
fundamentos do tiro são as técnicas a serem observadas durante a prática, para
maximizar a eficiência e a precisão dos disparos.
Dito isso, passo aos fundamentos propriamente ditos:
1. POSICIONAMENTO;
2. EMPUNHADURA;
3. VISADA;
4. RESPIRAÇÃO;
5. CONTROLE DO GATILHO.
Embora não seja correto falar em fundamentos mais ou menos importantes (afinal todos
são fundamentais), é bem certo afirmar que a respiração e o controle de gatilho, quando
mal treinados, são as principais causas de obtenção de pobres resultados na prática do
tiro.
Importante ter a noção de que os 5 (cinco) fundamentos são apresentados na mesma
ordem que o atirador vai seguir na pista de tiro: primeiro ele se posiciona, depois
empunha a arma, para depois fazer a visada, feita a visada, volta sua atenção à respiração
e, finalmente, deve se concentrar ao máximo no controle do gatilho, pois este é o
momento em que pode desperdiçar todo o seu esforço. Vou abordá-los um a um:
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▪ POSICIONAMENTO:
Tudo começa por aqui, pois antes de empunhar a arma, o atirador chega à linha de tiro
e se posiciona diante do alvo.
Os dois posicionamentos, ou posturas, mais comuns para armas curtas são: Weaver e
Isósceles.
[1.1] Weaver: posição ou postura de tiro desenvolvida pelo Xerife Jack Weaver, de Los
Angeles, Califórnia, EUA, no final da década de 1950, para competições de estilo livre
com armas curtas. Esta técnica possui dois componentes básicos.
como primeiro componente, destaca-se que é uma técnica de duas mãos, para buscar
mais estabilidade com a arma curta, pois neste equipamento não há apoio para o ombro.
A mão que efetua o disparo é usada para segurar a arma, enquanto a outra mão envolve
a primeira. O cotovelo do braço que faz o disparo fica ligeiramente dobrado, quase
esticado, enquanto o cotovelo do braço de suporte fica um pouco mais dobrado. O
atirador deve empurrar para frente a mão que fará o disparo, enquanto puxa para trás a
mão de suporte, exercendo o que é chamado de “tensão isométrica” sobre a arma. O
objetivo da tensão isométrica é o de diminuir o tempo de recuperação da visada do
atirador, possibilitando sequencias mais rápidas de disparos.
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Posicionamento (ou postura) do tipo Weaver. Note que nenhum dos braços fica
totalmente esticado, os pés não ficam paralelos, o ombro da mão de suporte fica mais
para frente do que o ombro da mão dominante. A posição busca a estabilidade na
estrutura muscular do atirador.
Isósceles: posição ou postura de tiro que se tornou popular a partir da década de 1980,
quando os atiradores Brian Enos e Rob Leatham começaram a utilizá-la, com muito
êxito, nas provas de IPSC, modalidade de tiro prático.
Assim como a Weaver, a Isósceles é uma postura que segura a arma curta com as duas
mãos, para melhor estabilizá-la. A mão que efetua o disparo segura a arma, enquanto a
mão de suporte envolve a primeira. Os dois braços ficam completamente esticados, com
os cotovelos travados nesta posição. Vista por cima, esta posição faz o desenho de
triangulo isósceles, composto pelos dois braços do atirador, de igual tamanho, ambos
formandos os dois catetos maiores, com o cateto menor do triângulo formado pelo tórax
do atirador.
A pressão exercida pelas mãos do atirador não é uniforme: a mão de suporte deve ser
responsável por aproximadamente 70% (setenta por cento) da força de estabilização da
arma. Resta para a mão que efetua o disparo apenas 30% (trinta por cento) da força de
estabilização da arma.
A postura Isósceles busca sua estabilidade na estrutura óssea do atirador, ao contrário
da Weaver, que busca estabilidade na estrutura muscular.
Os pés ficam posicionados paralelamente, ambos apontados para frente, com os joelhos
levemente flexionados e com o tronco um pouco inclinado para frente, como se o
atirador estivesse esperando um empurrão para trás.
Quase todas as posturas existentes, com exceção das posturas que seguram a arma curta
com apenas uma das mãos, são variações ou modificações dessas duas posturas básicas.
O atirador deve experimentar ambos os posicionamentos e decidir qual deles se adequa
melhor às suas necessidades, assim como à postura natural de seu corpo.
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Posicionamento (ou postura) do tipo Isósceles. Note que os braços e o tórax do atirador
formam o desenho dos catetos de um triângulo isósceles. A posição busca a estabilidade
na estrutura óssea do atirador.
▪ EMPUNHADURA:
Estou falando de armas curtas, empunhadas com as duas mãos, portanto fico restrito às
duas empunhaduras utilizadas: uma para os revólveres e outra para as pistolas. Sim, elas
são diferentes e a utilização da empunhadura inadequada para a arma é capaz de arruinar
o resultado dos tiros, podendo até lesionar o atirador.
Revólver: o revólver deve ser empunhado com a mão dominante, com o dedo fora do
gatilho, depois disso, a mão dominante deve ser envolvida pela mão de suporte,
buscando-se preencher os espaços vazios que “sobraram” na empunhadura da arma. O
polegar da não dominante deve ficar flexionado, quase apontado para o chão, com o
polegar da mão de suporte posicionado sobre o polegar da mão dominante.
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Empunhadura de duas mãos correta para o revólver. Note os polegares cruzados, com
o polegar da mão dominante flexionado, quase perpendicular ao chão, enquanto o
polegar da mão de suporte repousa, também flexionado, sobre o polegar da mão
dominante.
Pistola: deve ser empunhada com a mão dominante, com dedo fora do gatilho, depois
disso a mão de suporte deve envolver a mão dominante, buscando o preenchimento dos
espaços que “sobraram” na empunhadura da arma. O polegar da mão dominante deve
ficar esticado, apontado para frente, em direção ao alvo, podendo também ser
descansado sobre a trava de polegar da arma (se a arma tiver essa trava, como a 1911),
ou sobre o apoio que algumas pistolas possuem para o polegar. A mão de suporte deve
ficar torcida para baixo, com o polegar igualmente apontado para o alvo. A pistola
corretamente empunhada apresenta os dois polegares sobrepostos, ambos apontados
para o alvo.
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Empunhadura de duas mãos correta para pistola. Note os polegares esticados de forma
sobreposta, ambos apontados para o alvo, com o polegar da mão dominante repousando
sobre o polegar da mão de suporte.
▪ VISADA:
Em primeiro lugar devo deixar claro que o atirador precisa buscar atirar sempre com os
dois olhos abertos, optando por fechar um deles em último caso, se realmente não puder
obter uma imagem razoável com ambos abertos. O ser humano possui visão binocular,
com ambos os olhos voltados para frente, dispostos desta forma para capacitá-lo à
percepção de profundidade. Atirar sem a percepção de profundidade é perfeitamente
possível, mas desaconselhável, pois toda a percepção de tridimensionalidade fica muito
prejudicada, podendo até ficar totalmente obliterada.
A visada é uma linha reta que parte dos olhos do atirador, passando pelo aparelho de
pontaria da arma (neste caso, assumo ser a alça e a massa de mira, por ser o aparelho
mais comum) e terminando na parte do alvo que se busca acertar com o projétil.
Destra forma, o atirador fica com três planos de visão sobrepostos à sua frente: o mais
próximo, onde está a alça de mira, o intermediário, onde está a massa de mira, e,
finalmente, o mais distante, onde está o alvo.
Os olhos humanos são capazes de focar em apenas um desses três planos de visão!
Então, em qual deles devo focar minha visão em busca de um disparo acurado? A
resposta é: na massa de mira!
A visada corretamente efetuada deve mostrar a alça de mira fora de foco, a massa de
mira perfeitamente focada e o alvo desfocado.
A imagem mais à direita mostra a visada correta. Note que apenas a massa de mira está
nitidamente focada pelos olhos do atirador.
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▪ RESPIRAÇÃO:
Por isso, o ideal seria parar de respirar para atirar com mais precisão. Mas isso é
impossível, pois com apenas poucos segundos de respiração presa, a pressão arterial do
atirador começa a subir e ele passa a tremer, perdendo a estabilidade e o ponto de visada.
A respiração não deve parar, mas sua cadência deve ser controlada pelo atirador,
diminuindo a frequência e permanecendo um pequeno intervalo de tempo com os
pulmões vazios, sem, contudo, parar de respirar.
▪ CONTROLE DO GATILHO:
Este é o fundamento mais difícil de dominar, é a técnica mais essencial para o bom
disparo e o momento em que quase todos os atiradores, iniciantes ou experientes,
estragam o disparo.
Ao premer do gatilho, inicia-se uma série de movimentos mecânicos, assim como uma
série de reações químicas e/ou físicas, que devem culminar na expulsão do projétil. Para
a percepção humana, o disparo acontece em um só momento, quando tudo ocorre
instantaneamente. Nada poderia estar mais equivocado! A grande sequência de
acontecimentos entre o premer do gatilho e a expulsão do projétil é tão longa e
demorada, que permite a ocorrência da maior parte dos erros capazes de empobrecer o
resultado obtido pelo atirador. Não cabe aqui discorrer sobre tudo que acontece nesse
momento, acredite, o texto ficaria muito longo. Em vez disso, vou passar ao fundamento
para o bom acionamento do gatilho, que deve ser treinado exaustivamente, durante toda
a vida do atirador:
O dedo do atirador deve tocar o gatilho com a porção compreendida entre a última
falange do indicador e o pomo digital do dedo indicador.
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O primeiro desenho mostra como o gatilho deve ser espremido, com a força sendo
exercida apenas para trás. Os demais desenhos, com setas vermelhas, mostram formas
erradas de acionamento do gatilho, o que ocasiona o deslocamento do ponto de impacto
para os lados direito ou esquerdo do ponto visado. Note que o ponto de contato entre o
dedo e o gatilho é de fundamental importância: se o dedo entrar demais, a arma é puxada
para o mesmo lado da mão dominante, e, se entrar pouco, a arma é empurrada para o
lado da mão de suporte.
O gatilho deve ser lentamente espremido num movimento gradual e constante para trás,
tomando-se todo o cuidado para jamais exercer forças com componentes diagonais,
capazes de puxar ou de empurrar a arma para os lados.
O atirador não deve comandar o momento do disparo, pois isto gera a antecipação do
recuo, deslocando a arma para cima ou para baixo, antes mesmo do projétil sair pela
boca do cano. Em vez disso, o atirador deve ser surpreendido pelo momento do disparo,
pois a surpresa evita qualquer reação antecipada ao recuo, mantendo a arma estável em
suas mãos.
O diagrama abaixo demonstra os erros mais comumente cometidos, por falta de controle
do gatilho:
Diagrama usado para relacionar os erros mais comuns com os pontos de impacto dos
projéteis nos alvos.
Bem, meus amigos, esses são os 5 (cinco) fundamentos do tiro. Existem muitas outras
técnicas, para disparos em provas de precisão ou em provas de velocidade, mas esses 5
(cinco) fundamentos devem estar sempre bem treinados, pois todas as técnicas partem
deles.
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Por fim, cabe sempre lembrar que, para tudo na vida, as técnicas avançadas são as
técnicas básicas treinadas à exaustão.
Lembre-se: segurança em primeiro lugar.
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2. Weaver
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Isósceles Modificado
Há quem fale ainda na posição “Isósceles Modificado”, que se diferencia da Isósceles
Original na medida em que o centro de gravidade do atirador é deslocado para a frente.
Existe uma celeuma sobre as vantagens e desvantagens desta modificação, portanto
vamos nos ater à simples menção da técnica.
Tática
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3. Posição de pé com uma das mãos
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Tomada da posição:
- Tronco ligeiramente inclinado para frente;
- Cotovelo trancado;
- Mão que não atira com o punho cerrado pressionando o peito, junto ao
ombro oposto.
Obs.: Realização de tiros com a mão que não atira, a arma fica ligeiramente
inclinada para dentro, sem a quebra do pulso, buscando o alinhamento natural.
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6. Posição de pé abrigado
Tomada da posição:
- Atirador de frente para o abrigo;
- Pés afastados entre si (igual a largura dos ombros);
- Perna do lado que atira, flexionada;
- Outra perna, a planta do pé no chão;
- Tronco ligeiramente inclinado para o lado que atira;
- Braços distendidos;
- Mãos, apoiadas ou não no abrigo.
Tiro realizado pelo lado da mão que atira, a mão auxiliar é apoiada através
do seu polegar e/ ou das partes dorsais das falanges proximais dos demais
dedos. Pelo outro lado, arma inclinada, tocando o abrigo com a lateral da
parte inferior do guarda-mato e a mão auxiliar apoia-se pelas partes dorsais
das falanges proximais dos dedos indicador e médio. É importante que nas
duas situações, o ferrolho da arma não fique encostado no abrigo, a fim de
não prejudicar o funcionamento da arma.
Obs.: abrigos arredondados, como árvores, utiliza-se o antebraço como apoio.
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7. Posição de joelho (baixo)
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- As variações da posição básica são utilizadas para tiros rápidos e permitem a
amplitude no setor de tiro.
primeira variação:
• não utiliza o apoio no joelho;
• mantém os braços estendidos;
• manutenção da ponta do pé chapado ao solo na direção do alvo.
segunda variação:
• não utiliza o apoio no joelho;
• mantém os braços estendidos;
• não senta sobre o calcanhar;
• mantém o tronco ereto, em posição mais elevada;
• manutenção da ponta do pé chapado ao solo na direção do alvo.
Tomada da posição:
- Coloca no solo o joelho correspondente ao lado pelo qual irá atirar;
- Fica abrigado;
- Inclina o tronco para o lado até ser possível visar o alvo.
- Mãos, apoiadas ou não no abrigo.
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9. Posição deitado frontal
- Tem como característica ser a posição mais estável, sendo ideal para longas
distâncias. Deve ser adotada para adaptação aos abrigos existentes ou para
reduzir ao máximo a silhueta do atirador.
Tomada da posição:
- Corpo na mesma direção da arma;
- Pernas distendidas;
- Pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos ombros;
- Dois cotovelos apoiados no solo;
- As mãos apoiadas no solo ou uma posição mais elevada, dependendo da altura do
alvo;
- Cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço armado.
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Tomada da posição:
• flexionam-se os joelhos;
• ao tocarem o solo, o tronco é inclinado para frente;
• a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível;
• braço da mão que atira é distendido paralelo ao solo e voltado para o alvo;
• tronco continua o movimento para baixo, até que o lado do braço armado e o
tronco toquem o solo;
• mão auxiliar levada de encontro à outra, formando a empunhadura com
ambas.
Tomada da posição:
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12.Posição deitado lateral
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8. DISPARO
2. Tiro de precisão: É todo aquele tipo de disparo feito sobre pressão, com um
intervalo muito curto de 3 a 4 segundos.
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