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Fascículo de Armamento Equipamento e Técnica de Tiro

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FASCÍCULO DE ARMAMENTO

EQUIPAMENTO E TÉCNICA DE TIRO

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Elaborado pelo Instrutor Edmar Lourenço Vuda
INDICE

UNIDADE I
Conceito das Armas
Manuseio seguro com as armas de fogo
Regras de segurança
Regulamento do uso e porte das armas de fogo pelos agentes da PNA
Arma de fogo
Conceito
Classificação
Quanto à alma do cano
Quanto ao tamanho
Quanto ao sistema de carregamento
Quanto ao sistema de funcionamento
Quanto ao sistema de acionamento
Subdivisão da Arma de fogo

UNIDADE II
Armas automáticas e semiautomáticas Galil´s
Pistolas submetralhadoras Uzi, Mini Uzi & Uzi Pro
Pistola semiautomática Jericho

UNIDADE III
Fundamentos do Tiro
Postura de Tiro com arma Curta e Arma longa
Disparo
Tipos de tiros

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Elaborado pelo Instrutor Edmar Lourenço Vuda
1. CONCEITO DAS ARMAS
Qualquer objeto pode ser utilizado como uma Arma quando usado para atacar ou
ameaçar um ser bem como para autodefesa. A utilização de um objeto como arma, não
transforma a natureza desse objeto numa arma por si, mas atribui-lhe essa característica
durante a utilização. É o caso da expressão arma do crime, em que o objeto, qualquer
que ele seja utilizado para cometer um crime, foi utilizado como arma. As armas podem
ter várias utilidades, passando a ser consideradas como tipos de armas. Neles se
incluem as armas de caça, as armas de tiro desportivo, as armas de guerra, as armas de
defesa, etc. Alguém que detenha uma arma está armado, do contrário, desarmado.
Armas também podem ser usadas não só em seres como também em objetos, para
destruí-los ou danificá-los. Armas são muitas vezes causas de morte: constituem meios
para a prática de homicídio e suicídio. São divididas em diferentes tipos, mostrados a
seguir:

• Arma branca - Tipo de arma que serve para simples ataque, embora possa
causar morte. Não são capazes de disparar projéteis.
(exemplos: bastões, facas, espadas);
• Arma de fogo - Arma capaz de lançar projéteis, a partir de explosão interna.
(exemplos: revólveres, pistolas, espingardas, metralhadoras);
• Arma de airsoft - Arma, de uso recreativo ou esportivo, capaz de lançar BBs
(Ball Bearing), a partir de pressão, molas, injeção de gás ou eletricidade
• Arma não letal - Arma capaz de ferir uma pessoa, sem provocar morte.
(exemplos: eletrochoque, pistola ou revólver com projéteis de borracha);
• Arma de efeito moral - Arma destinada a causar grande incômodo para uma
pessoa, dificultando sua a reação. (exemplos: barulhos altos ou luzes fortes);
• Arma química - Arma capaz de irritar ou danificar, por meio de gases e outros
elementos, o organismo de uma pessoa. (exemplos: spray de pimenta, gás
lacrimogêneo, gás mostarda);
• Arma biológica - Arma que libera doenças capazes de impor danos graves a um
ser (exemplos: vírus, carbúnculo);
• Arma ocasional - Objetos que não são armas em si mas que podem ser utilizados
como armas e são frequentemente confundidas com armas, que são hoje
ferramentas ou que foram armas em tempos primitivos
(exemplos: pau, pedra, machado, arpão de pesca subaquática, dardo de
atletismo);
• Arma de mão - Arma usada em combate corpo a corpo, com a força do braço,
às vezes com as duas mãos;
• Arma de haste - Arma usada em combate de formação, só excepcionalmente
em combate corpo a corpo, sempre com as duas mãos;
• Arma de arremesso - Arma lançada à distância com as mãos ou algum
arremessador;

Arma de choque - Arma que causa dano pelo impacto (choque) direto contra o alvo,
sem serem arremessadas.

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1.1. MANUSEIO SEGURO COM ARMAS DE FOGO

- Conceito: O homem deve conhecer as regras indispensáveis à segurança com armas


de fogo. As normas seguintes devem ser incutidas pela repetição constante na
instrução, até que sua observância se torne um ato reflexo no manuseio com armas de
fogo.
1.3. REGRAS DE SEGURANÇA
1. Escolher local seguro para o manuseio de uma arma de fogo;
2. A arma de fogo, carregada ou não jamais deverá ser apontada para alguém;
3. A arma nunca deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
4. Trate a arma de fogo como se ela sempre estivesse carregada;
5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la;
6. Guarde a arma sempre em local seguro;
7. Ao manusear uma arma, faça-o sempre com o dedo estendido ao longo da arma;
8. Sempre se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer
manuseio;
9. Nunca deixe uma arma de forma descuidada;
10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de curiosos;
11. Nunca teste a patilha de segurança da arma, acionando-o o gatilho;
12. As patilhas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não
substitutos do bom senso;
13. Nunca atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem
ricochetear;
14. Nunca pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
15. Ao mostrar uma arma para alguém, faça-o com o ferrolho aberto e a arma sem o
carregador e com a câmara vazia;
16. Aquilo que estiver no ângulo de 180º à frente da boca do cano será sempre
passível de ser atingido;
17. Sempre que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;
18. Sempre que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
19. Sempre nesta ordem: Retirar o carregador e depois o cartucho da câmara ao
descarregar uma arma de fogo. Não inverta nunca a sequência;
20. Nunca transporte arma com o cão armado.

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1.4. REGULAMENTO DO USO E PORTE DAS ARMAS DE FOGO
PELOS AGENTES DA PNA.

• Objetivo de porte de arma de fogo

O pessoal da Polícia em exercícios das suas funções são portadoras de armas


distribuídas pelas suas unidades, as que visa proteger os seus portadores, e defender
os terceiros eventualmente, e ser usada na detenção ou captura de indivíduos que
cometem ilícitos criminais puníveis pela lei penal com a pena de prisão superior há
1 ano.

3 Principais orientações no uso da arma de fogo

O uso da arma de fogo por parte dos funcionários e agentes da Polícia tem de
obedecer aos três grandes princípios:

1. Princípio da Necessidade
2. Princípio da Adequação e
3. Princípio da Proporcionalidade

Recurso a arma de fogo

1. O recurso ao uso da arma de fogo pelo pessoal só é permitido com medida


extrema no uso previsto.
2. No exercício das funções, o pessoal com a função policial das forças de serviço
de segurança só pode fazer o uso da arma de fogo que lhe estão distribuídas nos
seguintes casos:

a) Em legitima defesa, própria ou alheia


b) Para efetuar uma detenção ou impedir a fuga de individuo fortemente suspeito
de ter cometido crime grave, designadamente com a utilização da arma de
fogo, bombas, granadas ou explosivos.
c) Para efetuar a detenção de individuo sob mandato de captura pela prática de
crime que corresponde a pena de prisão superior há 1 ano.
d) Para libertar os reféns
e) Para impedir um atentado grave eminente contra as instalações públicas ou
social, cujo a destruição provoque um grande prejuízo.
3. Para defender seus postos de serviços ou estações a sua guarda, a ordem nos seus
superiores hierárquicos em situações de grave alteração da paz e da segurança
pública.
4. Os agentes da polícia se não dispõe de outros meios podem utilizar as armas de
fogo para os seguintes casos:
a) Para o abate de animais perigosos quando não for possível na sua captura ou
neutralização.

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Como meio de alarme, tanto no que concerne os atos criminosos como para avisar
na existência de um sinistro.

2. ARMA DE FOGO

2.1 Conceito: É um dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano


pela pressão de gases em expansão produzidos por uma carga propelente em
combustão.
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1. Quanto à alma do cano: A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma
de fogo, que vai geralmente desde a culatra até a boca do cano, destinada a resistir à
pressão dos gases produzidos pela combustão da pólvora e outros explosivos e a
orientar o projétil. Pode ser lisa ou raiada, dependendo do tipo de munição para o qual
a arma foi projetada. Alma raiada A alma é raiada quando o interior do cano tem
sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um
movimento de rotação.
Alma lisa: É aquela isenta de raiamentos, com superfície absolutamente polida,
como, por exemplo, nas espingardas. As armas de alma lisa têm um sistema redutor
(choque), acoplado ao extremo do cano, que tem como finalidade controlar a
dispersão dos bagos de chumbo.
2.2.2. QUANTO AO TAMANHO
Armas Curtas: Pistolas – Modernamente podemos conceituar pistola como arma
curta, raiada, portátil, semiautomática ou automática, de ação simples, ação dupla,
dupla ação e híbrida, com câmara no cano, a qual utiliza o carregador como
receptáculo de munição. Existem pistolas de repetição que não dispõem de carregador
e cujo carregamento é feito manualmente pelo atirador. Seu nome provém de Pistoia,
um velho centro de armeiros italianos
Revólveres – Arma curta de alma raiada ou lisa, portátil, de repetição, na qual os
cartuchos são colocados em um cilindro giratório (tambor) atrás do cano, podendo o
mecanismo de disparo ser de ação simples ou dupla.
Armas Longas – Alma Raiada: Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa,
que significa o mesmo que fuzil. Arma longa, portátil que pode ser de uso militar /
policial ou desportivo; de repetição, semiautomática ou automática.
Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um
fuzil propriamente dito e uma carabina.
Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões
compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente
entre 16 e 18 polegadas).

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Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é
classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar
cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semiautomáticas.
Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou
superiores aos dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.
Armas Longas – Alma Lisa: Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza
cartuchos de projéteis múltiplos ou de caça.
2.2.3. QUANTO AO SISTEMA DE CARREGAMENTO
Ante carga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.
Retro carga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.

2.2.4. QUANTO AO SISTEMA DE FUNCIONAMENTO


Repetição ou mecânica – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que
seja necessário recarregá-la, as operações de realimentação são feitas pela ação do
atirador. Pode ser equipada com carregador, tambor ou receptáculo (tubo).
Semiautomático – Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador
(um acionamento da tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração,
ejeção e realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada
disparo.
Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e
enquanto esta estiver premida, atira continuamente, extraindo, ejetando e
realimentando a arma até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a
pressão sobre o gatilho.
2.2.5. QUANTO AO SISTEMA DE ACIONAMENTO
Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo;
sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes.
Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o
armar do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito.
Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples,
como em ação dupla.
Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas,
uma antes e outra depois do disparo.

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2.2.6. SUBDIVISÃO DAS ARMAS DE FOGO
As armas de fogo estão subdivididas em duas partes; que são:
Armas de artilharia e armas de infantaria.

Armas de Artilharia: São aquelas que disparam projétil de grandes calibres e de


longo alcance.
Ex.: Tanque de Guerra, D25, D30, morteiro 64.etc

Armas de Infantaria: São aquelas que disparam projétil de curto calibre e alcance
relativo.
Ex: PKM, Pistola Jericho, Ak-47, Galil etc.

NB: As armas de infantaria são as que se enquadram com tipo de trabalho do efetivo
do PNA especialidade.

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4. METRALHADORAS GALIL´S ARM, SAR, MAR & AR

A Galil (em hebraico: ‫ )גליל‬é uma família de fuzis de assalto israelitas Foi desenvolvido
por Yisrael Galil e Yaacov Lior no final dos anos 60 e produzido pela Israel Military
Industries (IMI) (atualmente, pela Israel Weapon Industries (IWI)). O sistema de armas
consiste de uma linha de calibre para o intermediário 5,56×45mm com o cartucho
esférico M193 ou SS109 e vários modelos projetados para uso com o cartucho
de fuzil 7,62×51mm. Esta arma está em uso em pelo menos, 25 países.

Tipo ............................................................................. Fuzil de assalto Fuzil de batalha


Local de origem .................................................................................................... Israel

História operacional

Em serviço .............................................................................................. 1972 –Presente

Histórico de produção

Criador …………………………………….…………...…. Yisrael Galil, Yakov Lior


Fabricante ………………………………….. Fabricado por:Israel Military Industries
Licenciado ……………………………………………………………. por: Bernardelli
Indumil
Ka Pa Sa State Factories
Denel Land Systems
Punj Lloyd Raksha Systems
NWM De Kruithoorn N.V.

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Especificações
Peso …………………………………………………………… SAR 5,56mm: 3,75 kg
AR 5,56mm: 3,95 kg
ARM 5,56mm: 4,35 kg
SAR 7,62mm: 3,85 kg
AR 7,62mm: 3,95 kg
ARM 7,62mm: 4,45 kg
Comprimento
do cano ……………………………………………………….. SAR 5,56mm: 332 mm
AR, ARM 5,56mm: 460 mm
SAR 7,62mm: 400 mm
AR, ARM 7,62mm: 535 mm

Cartucho
5,56mm: ……………….… 35-, 50-, ou 65-cartuchos carregador de caixa descartável
7,62mm: ………………………………………………. 25-cartuchos carregador caixa
Calibre ……………………………….………………………………...…. 5,56×45mm
7,62×51mm

Ação
Ação por ………………………………………………………………..…………. gás
Velocidade de saída ………………………… SAR 5,56mm: 900 metros por segundo
AR, ARM 5,56mm: 950 metros por segundo
SAR 7,62mm: 800 metros por segundo
AR, ARM 7,62mm: 850 metros por segundo
Alcance efetivo ……………………………………………………….…. 300 a 500 m
Cadência de tiro máximo ……………………………………….………… 650 t.p.m

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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA ARMA METRALHADORA
GALIL, S CONSTRUÇÃO GERAL
1 -Cano com ponto de mira e caixa dos mecanismos; com o grupo do punho e coronha.

2- Tampa da caixa dos mecanismos com alça de mira

3-Mecanismo recuperador; com retém fixador da tapa dos mecanismos

4- Base da culatra com os pistons dos gases manipula

5- Culatra móvel com a agulha percutora e a unha extratora

6- Cilindro dos gases

7- Mecanismo de disparo

8- Guarda -mão inferior

9- Sabre

10- Carregador

OPERAÇÃO DESARME E ARME DA ARMA AUTOMATICA

1. um lugar livre e seguro


2. uma mesa para colocação dos mecanismos
3. retira o carregador e desmuniciar
4. inspecionar arma uma ou duas vezes e fazer o tiro de controlo
5. retira a tampa da caixa dos mecanismos, pressionado o retém do mesmo
6. retira o mecanismo recuperador com haste de guia e retém da tampa do
mecanismo
7. retira a culatra móvel com a agulha percutora com a unha extratora
8. retira o cilindro dos gases ...

OBS: A arma está parcialmente desmontada.


A sua operação total de desarme só́ é feita na oficina geral de reparações (U.G.R).
NOTA: a operação arme é o inverso da operação desarme.

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5. METRALHADORA SEMI-AUTOMÁTICA E
AUTOMÁTICA UZI, MINI UZI & UZI PRO

A Submetralhadora UZI E Mini UZI De Fabrico Israelita Obtém 9mm no diâmetro


do Cano e são utilizadas nas Guerras Urbanas, Elas Possuem Dois Tipos De Cano,
Umas de cano longo e outras de cano curto. A metralhadora (UZI e MINI-UZI) destina-
se para defesa pessoal e de terceiro.

A metralhadora funciona através do aproveitamento da energia dos gases da pólvora.


Ela para o tiro utiliza três tipos de cartuchos que são:

1- Cartuchos semi blindados


2- Cartuchos blindados
3- Cartuchos auxiliares (salvas)

Nota: Os dispositivos de segurança são:

1-Selector de fogo
2-empunhadura de segurança
3- Segurança retrátil

Estes dispositivos é importante uns dos outros, e que minimiza a possibilidade de


disparo acidental.

Tipo ………………….… Submetralhadora pistola automática (Mini Uzi, Micro Uzi)


Local de origem ……………………………………………………………....… Israel
Criador ……………………………...…………………………………….... Uziel Gal
Data de Criação …………………………………….……………..…………………………….. 1950

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Fabricante ………………………………………...………... Israel Military Industries
Israel Weapon Industries
FN Herstal
Norinco
Lyttleton Engineering Works (sobre Vektor Arms)
RH-ALAN
Group Industries
Em serviço …………………………………………...……………....... 1954-Presente
Quantidades produzidas ………………………………..…………….… 10.000.000
Variantes ……………………………….…. Mini Uzi, Micro-Uzi, Pistola e Carabina

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA ARMA UZI E MINI UZI


QUALIDADE COMBATIVA
Modelo Uzi Mini Uzi

Calibre 9mm 9mm

Velocidade inicial 400 m\s 362 m\s

Cadência de tiro teórico 600 d\m 600 d\m

Cadência de fogo aproximado 150 d\m 150 d\m

Alcance máximo 200 m 200 m

Qualidade de estrias 4 est. 4 est.

Comprimento das armas com a coronha metal aberta 650 mm 600 mm

Comprimento das armas com a coronha metal dobrada 470 mm 360 mm

Peso total da arma 350 grs. 265 grs.

Peso do carregador de 25 cartuchos vazio 200 grs. 200 grs.

Peso do carregador de 25 cartuchos cheio 500 grs. 500 grs.

Peso do carregador de 32 cartucho vazio 200 grs. 200 grs.

Peso do carregador de 32 cartuchos cheio 600 grs. 600 grs.

Peso do carregador de 20 cartuchos vazio 160 grs. 160 grs.

Peso do carregador de 20 cartuchos cheio 400 grs. 400 grs.

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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA ARMA UZI E MINI UZI
CONSTRUÇÃO GERAL
1- Cano

2- Porca fixadora do cano

3-Tampa da caixa dos mecanismos com manipulo

4- Caixa dos mecanismos com órgão de pontaria e seletor de fogo

5- Retém fixador da tampa da caixa dos mecanismos

6- Culatra ou ferrolho com agulha percutora e unha extratora

7- Mola recuperadora

8- Coronha móvel

9- Ponho com empunhadura de segurança e guarda mato

10- Gatilho

11- Retém Fixador Do Carregador

12- Carregador

DESARME E ARME DE FORMA PARCIALMENTE


Para se proceder a desmontagem da UZI e da MINI UZI, deve-se efetuar alguns
procedimentos individuais de segurança, nomeadamente:

1. Um local limpo e seguro.


2. Uma mesa para colocarmos os mecanismos e o material de limpeza.
3. Retirar o carregador a traves do retém fixador do carregador;
4. Inspecionar a arma duas ou mais vezes com o cano apontado para o alvo ou numa
aria segura;
5. Efetuar o disparo de segurança (tiro de controle) para um local limpo e seguro.
6. Retirar a tampa da caixa dos mecanismos, pressionando primeiro retém da tampa
da caixa de mecanismo.
7. Retirar o conjunto do ferrolho e separar a mola recuperadora
8. Retirar a porca fixadora do cano pressionando o retém fixador do mesmo.
9. Retirar o cano
10. Retirar o grupo do punho com o gatilho e o guarda mato.

A arma está parcialmente desmontada para montagem é a ordem inversa da


desmontagem, mais lembrando que podemos utilizar a primeira peça ou vice-versa
diferente da Metralhadora Galil ou AK-47.
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ESTUDO DA SUB METRALHADORA UZI PRO

Descrição
A submetralhadora (SMG) Uzi pro pertence à famosa família da submetralhadora UZI
destina-se a ser usada por forças especiais. A uzi pro é uma arma leve e disparada a
partir do ombro ou da anca e pode ser disparada nos modos automático e
semiautomático.
O funcionamento e manutenção são bastante simples, tal como em todos os modelos
UZI. O compartimento do carregador situa-se na pega da pistola, tornando a
substituição do carregador às escuras muito simples.
A uzi pro possui três calhas picatinny para mira e acessórios.
A uzi pro possui três mecanismos de segurança mecânicas: Seletor de fogo, segurança
da empunhadura do punho (que deve estar devidamente pressionada antes da arma ser
disparada) bloqueador do pino de disparo (impede a saliência do pino de disparo exceto
quando na posição mais dianteira).
A coronha pode ser dobrada e possui um descanso para face ajustável. Na parte inferior
dianteira existe uma pega de salto dobrável e disponível em vários comprimentos de
cano; Substituição simples de cano por parte do operador.
Dados técnicos
Calibre 9mm Parabellum
Método de funcionamento Disparo (Posição de câmara fechada)
Modo de fogo Automático ou semiautomático
Método de alimentação 25 ou 32 cartuchos por carregador
Quantidade de estrias 4 estrias

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Dimensões e pesos
Peso (apenas arma) 3,50 kg (cano c) 3,60 kg (cano longo)
Peso do carregador de 25 & 32 vazio 0,2 kg / 0,22 kg (cano longo)
Peso do carregador de 25 & 32 carregado 0,5 kg / 0,6 kg (cano longo)
Comprimento do cano 170 mm / 210 mm (cano longo)
Comprimento geral coronha esticada 539 mm / 579 mm (cano longo)
Comprimento geral da coronha dobrada 317 mm / 357 mm (cano longo)
Velocidade inicial do tiro 370 m/s
Cadencia do tiro 1200 – 1500 tpm
Raio da linha de visão 184 mm (7,24 polegadas)
Mira dianteira Tipo poste, iluminado ajustável para
elevação
Mira traseira Abertura dobrável “L” iluminada

Tipo de munições
Existem dois tipos de munições para o uso desta arma que são:

a) - As blindadas e as semi-blindadas.

As blindadas – São aquelas que fazem o impacto e mudam de direção


As semi-Blindadas – São aquelas que fazem o impacto e não mudam de direção.

Principio de funcionamento geral


Este capitulo explica as peças da arma, o ciclo de funcionamento, as seguranças
mecânicas e o mecanismo do gatilho.
Peças da Arma:

1. Cano
2. Porca de retenção do cano
3. Engate da porca de retenção do cano
4. Órgãos de pontaria (Ponta e alça de mira)
5. Tampa de mecanismo
6. Segurança da tampa de mecanismo
7. Descanso para face
8. Calha picatinny
9. Bloqueio da calha picatinny
10. Pega de assalto
11. Segurança da pega de assalto
12. Gatilho
13. Seletor de fogo
14. Engate do carregador
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15. Empunhadura de segurança
16. Botão do descanso para face
17. Coronha
18. Conjunto da culatra móvel

Ciclo de funcionamento
Quando a submetralhadora estiver para ser disparada, a culatra está na posição dianteira,
a bala está na câmara, a agulha percutora está segura na posição traseira e a mola de
retorno está comprida.
Após premir o gatilho, a agulha percutora é solta e desloca-se para frente de mola
comprida.
O pino de disparo acede ao premir, a pressão desenvolvida na câmara empurra a bala
atrás do cano estreado. A culatra em conjunto com a agulha percutora é puxada para
trás. O cartucho vazio é extraído da câmara e expelido do receptor após ser atingido
pelo ejetor. A mola recuperadora e a agulha percutora são novamente comprimidas.
Quando a culatra atingir a sua posição mais traseira a mola recuperadora comprimida
empurra a culatra para frente e a agulha percutora e mantida na sua posição traseira. A
culatra carregadora e carrega-a na câmara.
DESARME E ARME DA SUBMETRALHADORA UZI PRO
PARCIALEMENTE. Seguindo passo a passo:

1. Retirar a tampa de mecanismo


2. Retire à culatra segurando no manípulo
3. Retirar a mola recuperadora
4. Retirar agulha percutora
5. Pressione o engate da calha picatnny
6. Retire a calha picatinny
7. Pressione o engate de segurança da porca de retenção do cano
8. Retire a porca de retenção do cano
9. Tire o cano elevando para cima

Assim a nossa arma esta parcialmente desmontada, para o arme da mesma podemos
começar a montar pela primeira peça que foi desmontada ou começar pela última.

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4. PISTOLAS SEMI AUTOMATICA JERICHO

Origem da Pistola Jericho

A Jericho 941 (apelidada de Baby Eagle) é uma pistola semiautomática de ação


dupla / ação simples desenvolvida pela Israel Military Industries (agora Israel
Weapon Industries) que foi lançada em 1990.

Historial operacional

Em serviço ________________________________________1990 – atualmente

Especificações
Cartucho 9x19mm Parabellum
40 S&W
41 Action Express
45 ACP
Ação Ação de recuo curto
Cadência de tiro Semiautomática

Sistema de suprimento Carregador para


16 munições em 9mm;
12 munições em 40 S&W
E 10 munições em 45 ACP

Mira de ferro fixa (versão


combate) ou opcional
ajustável ou ótica noturna

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QUALIDADE COMBATIVA DA PISTOLA
DADOS TÉCNICOS.

Calibre 9mm

Velocidade inicial 80 m/s

Alcance efetivo 50m

Alcance máximo 100 m

Quantidades de estrias 6 estrias

Designação 941 941-F 941-PSL 941-PL

Comprimento da pistola 207mm 207mm 192mm 207mm

Comprimento do cano 128mm 112mm 96mm 112mm

Comprimento da linha mira 150mm 150mm 141mm 156mm

Altura da pistola 140mm 140mm 138mm 138mm

Altura da alça de mira 3,3mm 3,3mm 3,3mm 3,3mm

Largura da pistola 35mm 35mm 35mm 35mm

Peso do carregador vazio 90gr 90gr 90gr 90gr

Peso do carregador cheio 293gr 282gr 280gr 280gr

Peso da pistola sem o carregador 1.000gr 1.000gr 1.000gr 1080gr

Peso total da pistola 1293gr 1282gr 1.000gr 1080gr

Capacidade do carregador 16 cartuchos 16 cartuchos 16 cartuchos 16 cartuchos

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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA PISTOLAS CONSTRUÇÃO
GERAL
1- Corrediça com os órgãos de Pontaria unha extratora e agulha Percutora

2- Cano com estrias

3-Mola recuperadora com haste de guia

4-Reten fixador da Corrediça

5-Grupo do Ponho com caixa dos mecanismos

6-Mecanismo de Disparo

7-Retem Fixador do Carregador

8-Carregador

PROCEDIMENTOS DE DESARME E ARME PARCIAL


Para se proceder à desmontagem da Jericho, devemos primeiramente inspecionar a
arma seguindo os seguintes procedimentos de segurança, nomeadamente.

1. Retirar o carregador;
2. Puxar varias vezes a corrediça a retaguarda;
3. Verificar se existe munição no interior da câmara de explosão (visual ou
fisicamente);

De seguida e após verificar que a arma se encontra livre de munições e, pode- se


iniciar os procedimentos de desmontagem, a saber:

1. Com a mão forte, desloca-se a corrediça à retaguarda cerca de 3mm (acertando


em linha os pontos de referencia existente na corrediça e no conjunto do punho);
2. Com o indicador e o polegar da mão fraca, pressionam-se ambos o retém fixador
da corrediça;
3. Liberta-se a corrediça, deixando-a deslocar-se para a frente, fazendo com que a
mesma se desligue do punho;
4. Pressiona-se amola recuperadora de modo que a mesma se retire dos entalhes
existentes na corrediça e na base do cano.
5. Desloca-se ligeiramente o cano para a frente, eleva-se ligeiramente e, puxando-
o na direção da janela de ejecção, retira-se o mesmo.

A arma está parcialmente desmontada para montagem é a ordem inversa da


desmontagem.

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6. OS 5 FUNDAMENTOS DO TIRO
Estou aqui diante de questões aparentemente básicas, afinal, parece óbvio que
qualquer pessoa apresentada à pratica do tiro, seja recreativo, esportivo ou defensivo,
deveria, antes de mais nada, saber quais são os fundamentos daquilo que está prestes
a fazer.
Mas a realidade não é essa. Afinal, muito antes de aprender os fundamentos do futebol,
do basquete ou do voleibol, as crianças são apresentadas às modalidades esportivas.
Só muito depois, nas aulas de educação física, os alunos serão apresentados aos
respectivos fundamentos.
Quase todos os atiradores que conheço foram primeiramente apresentados ao tiro
recreativo, depois ao esporte e depois às técnicas de defesa. Sei que há muitos outros,
começando pelas técnicas de defesa e outros ainda começando pelo esporte, mas
acredito, com base em experiência pessoal, que a maioria segue a ordem que me é
mais comum: recreação, esporte e defesa.Cabe aqui uma importante desambiguação:
as regras de segurança, assim como a obrigatoriedade da utilização dos equipamentos
de proteção individual, NÃO integram os fundamentos do tiro esportivo e com eles não
devem ser confundidos. Isso porque as regras de segurança devem ser passadas ao
atirador antes mesmo de ele tocar nas armas para iniciar os disparos, enquanto os
fundamentos do tiro são as técnicas a serem observadas durante a prática, para
maximizar a eficiência e a precisão dos disparos.
Dito isso, passo aos fundamentos propriamente ditos:

1. POSICIONAMENTO;
2. EMPUNHADURA;
3. VISADA;
4. RESPIRAÇÃO;
5. CONTROLE DO GATILHO.

Embora não seja correto falar em fundamentos mais ou menos importantes (afinal todos
são fundamentais), é bem certo afirmar que a respiração e o controle de gatilho, quando
mal treinados, são as principais causas de obtenção de pobres resultados na prática do
tiro.
Importante ter a noção de que os 5 (cinco) fundamentos são apresentados na mesma
ordem que o atirador vai seguir na pista de tiro: primeiro ele se posiciona, depois
empunha a arma, para depois fazer a visada, feita a visada, volta sua atenção à respiração
e, finalmente, deve se concentrar ao máximo no controle do gatilho, pois este é o
momento em que pode desperdiçar todo o seu esforço. Vou abordá-los um a um:

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▪ POSICIONAMENTO:

Tudo começa por aqui, pois antes de empunhar a arma, o atirador chega à linha de tiro
e se posiciona diante do alvo.

Existem diversos posicionamentos de tiro, que também podem ser chamados de


posturas de tiro. Vou me deter apenas em dois deles, os mais comuns no mundo todo
para as armas curtas. Para posicionamentos de tiro com armas longas.

Os dois posicionamentos, ou posturas, mais comuns para armas curtas são: Weaver e
Isósceles.

[1.1] Weaver: posição ou postura de tiro desenvolvida pelo Xerife Jack Weaver, de Los
Angeles, Califórnia, EUA, no final da década de 1950, para competições de estilo livre
com armas curtas. Esta técnica possui dois componentes básicos.

como primeiro componente, destaca-se que é uma técnica de duas mãos, para buscar
mais estabilidade com a arma curta, pois neste equipamento não há apoio para o ombro.
A mão que efetua o disparo é usada para segurar a arma, enquanto a outra mão envolve
a primeira. O cotovelo do braço que faz o disparo fica ligeiramente dobrado, quase
esticado, enquanto o cotovelo do braço de suporte fica um pouco mais dobrado. O
atirador deve empurrar para frente a mão que fará o disparo, enquanto puxa para trás a
mão de suporte, exercendo o que é chamado de “tensão isométrica” sobre a arma. O
objetivo da tensão isométrica é o de diminuir o tempo de recuperação da visada do
atirador, possibilitando sequencias mais rápidas de disparos.

O segundo componente é o posicionamento dos pés do atirador, em postura


quadrangular, com o pé correspondente à mão de suporte um pouco mais à frente do pé
correspondente à mão que efetua o disparo. O pé correspondente à mão que efetua o
disparo, além de estar um pouco mais para trás, também deve estar um pouco virado
para fora, fazendo um ângulo de aproximadamente 45 (quarenta e cinco) graus com a
linha de visada do atirador. O tronco do atirador deve estar ligeiramente angulado, com
o ombro correspondente à mão que faz o disparo um pouco mais para trás, em relação
ao ombro correspondente à mão de suporte. Para buscar a estabilidade da base, os
joelhos do atirador devem estar ligeiramente flexionados e o tronco um pouco inclinado
para frente, como se o atirador estivesse esperando ser empurrado para trás.

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Posicionamento (ou postura) do tipo Weaver. Note que nenhum dos braços fica
totalmente esticado, os pés não ficam paralelos, o ombro da mão de suporte fica mais
para frente do que o ombro da mão dominante. A posição busca a estabilidade na
estrutura muscular do atirador.

Isósceles: posição ou postura de tiro que se tornou popular a partir da década de 1980,
quando os atiradores Brian Enos e Rob Leatham começaram a utilizá-la, com muito
êxito, nas provas de IPSC, modalidade de tiro prático.

Assim como a Weaver, a Isósceles é uma postura que segura a arma curta com as duas
mãos, para melhor estabilizá-la. A mão que efetua o disparo segura a arma, enquanto a
mão de suporte envolve a primeira. Os dois braços ficam completamente esticados, com
os cotovelos travados nesta posição. Vista por cima, esta posição faz o desenho de
triangulo isósceles, composto pelos dois braços do atirador, de igual tamanho, ambos
formandos os dois catetos maiores, com o cateto menor do triângulo formado pelo tórax
do atirador.

A pressão exercida pelas mãos do atirador não é uniforme: a mão de suporte deve ser
responsável por aproximadamente 70% (setenta por cento) da força de estabilização da
arma. Resta para a mão que efetua o disparo apenas 30% (trinta por cento) da força de
estabilização da arma.
A postura Isósceles busca sua estabilidade na estrutura óssea do atirador, ao contrário
da Weaver, que busca estabilidade na estrutura muscular.
Os pés ficam posicionados paralelamente, ambos apontados para frente, com os joelhos
levemente flexionados e com o tronco um pouco inclinado para frente, como se o
atirador estivesse esperando um empurrão para trás.
Quase todas as posturas existentes, com exceção das posturas que seguram a arma curta
com apenas uma das mãos, são variações ou modificações dessas duas posturas básicas.
O atirador deve experimentar ambos os posicionamentos e decidir qual deles se adequa
melhor às suas necessidades, assim como à postura natural de seu corpo.

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Posicionamento (ou postura) do tipo Isósceles. Note que os braços e o tórax do atirador
formam o desenho dos catetos de um triângulo isósceles. A posição busca a estabilidade
na estrutura óssea do atirador.

▪ EMPUNHADURA:

Estou falando de armas curtas, empunhadas com as duas mãos, portanto fico restrito às
duas empunhaduras utilizadas: uma para os revólveres e outra para as pistolas. Sim, elas
são diferentes e a utilização da empunhadura inadequada para a arma é capaz de arruinar
o resultado dos tiros, podendo até lesionar o atirador.

Revólver: o revólver deve ser empunhado com a mão dominante, com o dedo fora do
gatilho, depois disso, a mão dominante deve ser envolvida pela mão de suporte,
buscando-se preencher os espaços vazios que “sobraram” na empunhadura da arma. O
polegar da não dominante deve ficar flexionado, quase apontado para o chão, com o
polegar da mão de suporte posicionado sobre o polegar da mão dominante.

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Empunhadura de duas mãos correta para o revólver. Note os polegares cruzados, com
o polegar da mão dominante flexionado, quase perpendicular ao chão, enquanto o
polegar da mão de suporte repousa, também flexionado, sobre o polegar da mão
dominante.

Pistola: deve ser empunhada com a mão dominante, com dedo fora do gatilho, depois
disso a mão de suporte deve envolver a mão dominante, buscando o preenchimento dos
espaços que “sobraram” na empunhadura da arma. O polegar da mão dominante deve
ficar esticado, apontado para frente, em direção ao alvo, podendo também ser
descansado sobre a trava de polegar da arma (se a arma tiver essa trava, como a 1911),
ou sobre o apoio que algumas pistolas possuem para o polegar. A mão de suporte deve
ficar torcida para baixo, com o polegar igualmente apontado para o alvo. A pistola
corretamente empunhada apresenta os dois polegares sobrepostos, ambos apontados
para o alvo.

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Empunhadura de duas mãos correta para pistola. Note os polegares esticados de forma
sobreposta, ambos apontados para o alvo, com o polegar da mão dominante repousando
sobre o polegar da mão de suporte.

▪ VISADA:

Em primeiro lugar devo deixar claro que o atirador precisa buscar atirar sempre com os
dois olhos abertos, optando por fechar um deles em último caso, se realmente não puder
obter uma imagem razoável com ambos abertos. O ser humano possui visão binocular,
com ambos os olhos voltados para frente, dispostos desta forma para capacitá-lo à
percepção de profundidade. Atirar sem a percepção de profundidade é perfeitamente
possível, mas desaconselhável, pois toda a percepção de tridimensionalidade fica muito
prejudicada, podendo até ficar totalmente obliterada.

A visada é uma linha reta que parte dos olhos do atirador, passando pelo aparelho de
pontaria da arma (neste caso, assumo ser a alça e a massa de mira, por ser o aparelho
mais comum) e terminando na parte do alvo que se busca acertar com o projétil.

Destra forma, o atirador fica com três planos de visão sobrepostos à sua frente: o mais
próximo, onde está a alça de mira, o intermediário, onde está a massa de mira, e,
finalmente, o mais distante, onde está o alvo.
Os olhos humanos são capazes de focar em apenas um desses três planos de visão!
Então, em qual deles devo focar minha visão em busca de um disparo acurado? A
resposta é: na massa de mira!
A visada corretamente efetuada deve mostrar a alça de mira fora de foco, a massa de
mira perfeitamente focada e o alvo desfocado.

A imagem mais à direita mostra a visada correta. Note que apenas a massa de mira está
nitidamente focada pelos olhos do atirador.

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▪ RESPIRAÇÃO:

A respiração implica necessariamente na oscilação da postura do atirador, pois os ciclos


de inspiração e expiração provocam grande variação no volume do tórax, fazendo com
que a posição dos braços sofra grande variação em altura.

Por isso, o ideal seria parar de respirar para atirar com mais precisão. Mas isso é
impossível, pois com apenas poucos segundos de respiração presa, a pressão arterial do
atirador começa a subir e ele passa a tremer, perdendo a estabilidade e o ponto de visada.

A respiração não deve parar, mas sua cadência deve ser controlada pelo atirador,
diminuindo a frequência e permanecendo um pequeno intervalo de tempo com os
pulmões vazios, sem, contudo, parar de respirar.

Deve-se buscar o disparo neste momento, de pouca oscilação do tórax, quando os


pulmões estão vazios, antes da próxima inspiração. Caso a respiração atrapalhe a
estabilidade da postura e da visada, não atire, em vez disso, respire novamente e tente
efetuar o disparo no próximo momento de pouca oscilação do tórax.

▪ CONTROLE DO GATILHO:

Este é o fundamento mais difícil de dominar, é a técnica mais essencial para o bom
disparo e o momento em que quase todos os atiradores, iniciantes ou experientes,
estragam o disparo.
Ao premer do gatilho, inicia-se uma série de movimentos mecânicos, assim como uma
série de reações químicas e/ou físicas, que devem culminar na expulsão do projétil. Para
a percepção humana, o disparo acontece em um só momento, quando tudo ocorre
instantaneamente. Nada poderia estar mais equivocado! A grande sequência de
acontecimentos entre o premer do gatilho e a expulsão do projétil é tão longa e
demorada, que permite a ocorrência da maior parte dos erros capazes de empobrecer o
resultado obtido pelo atirador. Não cabe aqui discorrer sobre tudo que acontece nesse
momento, acredite, o texto ficaria muito longo. Em vez disso, vou passar ao fundamento
para o bom acionamento do gatilho, que deve ser treinado exaustivamente, durante toda
a vida do atirador:
O dedo do atirador deve tocar o gatilho com a porção compreendida entre a última
falange do indicador e o pomo digital do dedo indicador.

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O primeiro desenho mostra como o gatilho deve ser espremido, com a força sendo
exercida apenas para trás. Os demais desenhos, com setas vermelhas, mostram formas
erradas de acionamento do gatilho, o que ocasiona o deslocamento do ponto de impacto
para os lados direito ou esquerdo do ponto visado. Note que o ponto de contato entre o
dedo e o gatilho é de fundamental importância: se o dedo entrar demais, a arma é puxada
para o mesmo lado da mão dominante, e, se entrar pouco, a arma é empurrada para o
lado da mão de suporte.

O gatilho deve ser lentamente espremido num movimento gradual e constante para trás,
tomando-se todo o cuidado para jamais exercer forças com componentes diagonais,
capazes de puxar ou de empurrar a arma para os lados.

O atirador não deve comandar o momento do disparo, pois isto gera a antecipação do
recuo, deslocando a arma para cima ou para baixo, antes mesmo do projétil sair pela
boca do cano. Em vez disso, o atirador deve ser surpreendido pelo momento do disparo,
pois a surpresa evita qualquer reação antecipada ao recuo, mantendo a arma estável em
suas mãos.
O diagrama abaixo demonstra os erros mais comumente cometidos, por falta de controle
do gatilho:

Diagrama usado para relacionar os erros mais comuns com os pontos de impacto dos
projéteis nos alvos.
Bem, meus amigos, esses são os 5 (cinco) fundamentos do tiro. Existem muitas outras
técnicas, para disparos em provas de precisão ou em provas de velocidade, mas esses 5
(cinco) fundamentos devem estar sempre bem treinados, pois todas as técnicas partem
deles.
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Por fim, cabe sempre lembrar que, para tudo na vida, as técnicas avançadas são as
técnicas básicas treinadas à exaustão.
Lembre-se: segurança em primeiro lugar.

7. POSTURA DE TIRO COM ARMA CURTA E ARMA LONGA

Postura de Tiro com arma curta


Você pode ter a melhor arma, uma perfeita empunhadura, um saque incrivelmente
rápido, uma visada incrível e até mesmo noções perfeitas de estratégia de combate.
Todavia, se tudo isto estiver montado sobre uma base ruim, será muito pouco eficiente
na hora da necessidade.
1. Isósceles

Foto: Posição Isósceles

A posição de tiro conhecida como Isósceles consiste em formar um triângulo isósceles


(dois lados congruentes) entre os braços do atirador. Para isso, é necessário que os pés
estejam paralelos e apontando direto para o alvo, mais ou menos na largura dos ombros.
Nessa posição, os joelhos devem estar ligeiramente flexionados.
A grande vantagem deste método é a precisão horizontal dos disparos: com os pés
apontados para o alvo e a arma centralizada em relação ao tronco do atirador, é bem
provável que a visada necessite de muito pouco ajuste horizontal. Todavia, o
alinhamento vertical pode ficar comprometido, usualmente errado para um local mais
baixo em relação a onde se deseja atingir.
Trata-se de posição importante para quem utiliza colete balístico, pois “oferece” ao
inimigo a porção mais protegida do acessório (frontal).
Infelizmente, ao mesmo tempo, a posição isóscele também deixa a silhueta do atirador
enorme, facilitando a vida de quem deseja acertá-lo.

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2. Weaver

Foto: Posição Weaver

Inventada por Jack Weaver, a construção desta posição consiste em produzir um


afastamento anteroposterior das pernas do atirador, girando ligeiramente o tronco ao
apontar o ombro da mão de suporte em direção ao alvo.
Nessa posição, os cotovelos devem permanecer um pouco flexionados e a mão de
suporte pressiona a arma contra a mão que efetuará os disparos, mantendo a arma presa.
A vantagem da posição é reduzir a silhueta do atirador, todavia, para aqueles que
utilizam colete balístico, tem a desvantagem de “oferecer” ao inimigo exatamente a
lateral, menos protegida, do acessório.
Weaver Modificado

Foto: Esq.: Weaver Original, Dir.: Weaver Modificado

No Weaver Modificado, o braço da mão principal do atirador fica totalmente estendido,


proporcionando maior estabilidade à arma, quanto aos recuos.

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Isósceles Modificado
Há quem fale ainda na posição “Isósceles Modificado”, que se diferencia da Isósceles
Original na medida em que o centro de gravidade do atirador é deslocado para a frente.
Existe uma celeuma sobre as vantagens e desvantagens desta modificação, portanto
vamos nos ater à simples menção da técnica.
Tática

Recentemente “oficializada” no mundo do tiro, a posição que ficou conhecida como


“Tática” é a consequência óbvia das observações citadas até o presente.
Ela consiste em um pequeno afastamento anteroposterior das pernas do atirador, porém,
mantendo o tronco voltado para o alvo. Isso implica a continuidade da cobertura do
atirador pela veste balística e é o padrão que vem sendo mais utilizado por grupos táticos
modernos.

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3. Posição de pé com uma das mãos

- Adotada na impossibilidade de ser empregada a empunhadura com duas mãos e em


algumas modalidades esportivas.
- Tem como características: ser bastante utilizada, boa flexibilidade e apresentar
maior silhueta ao inimigo.
Tomada da posição:
- Corpo ereto;
- Abertura dos pés da mesma largura que a dos ombros;
- Pés formam um ângulo de aproximadamente 45 graus com a linha atirador-
alvo;
- Cabeça ereta, gira na direção do ombro do braço que sustenta a arma de
maneira a permitir a visada das miras;
- Corpo relaxado, mantendo as pernas distendidas sem enrijecê-las;
- Cotovelo do braço armado é mantido reto e não flexionado, (transmitir o recuo
ao ombro do atirador);
- Outra mão, relaxada, no cinto à frente do corpo.

4. Variação para o tiro rápido

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Tomada da posição:
- Tronco ligeiramente inclinado para frente;
- Cotovelo trancado;
- Mão que não atira com o punho cerrado pressionando o peito, junto ao
ombro oposto.
Obs.: Realização de tiros com a mão que não atira, a arma fica ligeiramente
inclinada para dentro, sem a quebra do pulso, buscando o alinhamento natural.

5. Posição de pé com as duas mãos

- Tem como características: ser bastante utilizada, boa flexibilidade e apresentar


maior silhueta ao inimigo.
Tomada da posição:
- Atirador de frente para o alvo;
- Pés paralelos ligeiramente afastados entre si (opção para o pé da mão que não
atira um pouco à frente);
- Pequena inclinação do corpo para frente;
- Cabeça ereta;
- Arma sustentada na altura dos olhos;
- Cotovelos retos, ligeiramente voltados para dentro.

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6. Posição de pé abrigado

Tomada da posição:
- Atirador de frente para o abrigo;
- Pés afastados entre si (igual a largura dos ombros);
- Perna do lado que atira, flexionada;
- Outra perna, a planta do pé no chão;
- Tronco ligeiramente inclinado para o lado que atira;
- Braços distendidos;
- Mãos, apoiadas ou não no abrigo.
Tiro realizado pelo lado da mão que atira, a mão auxiliar é apoiada através
do seu polegar e/ ou das partes dorsais das falanges proximais dos demais
dedos. Pelo outro lado, arma inclinada, tocando o abrigo com a lateral da
parte inferior do guarda-mato e a mão auxiliar apoia-se pelas partes dorsais
das falanges proximais dos dedos indicador e médio. É importante que nas
duas situações, o ferrolho da arma não fique encostado no abrigo, a fim de
não prejudicar o funcionamento da arma.
Obs.: abrigos arredondados, como árvores, utiliza-se o antebraço como apoio.

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7. Posição de joelho (baixo)

- Tem como características: menor silhueta, melhor apoio para a arma


(joelho) e utilização mais adequada no abrigo.
Tomada da posição:
- Atirador de frente para o alvo;
- Ajoelhado sobre o joelho da mão que atira (perna 45 graus com
direção de tiro);
- Sentado sobre o calcanhar, ponta do pé apoiada no chão (facilitar
mudança de direção);
- Outra perna na direção do alvo, pé chapado ao solo, tornozelo
abaixo e à frente do joelho e ponta do pé voltado para dentro e
paralelo à outra perna;
- Braço da mão auxiliar apoiado sobre o joelho correspondente,
cotovelo mais à frente;
- Empunhadura com duas mãos;
- Cotovelos forçados para dentro.

8. Posição de joelho Normal

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- As variações da posição básica são utilizadas para tiros rápidos e permitem a
amplitude no setor de tiro.
primeira variação:
• não utiliza o apoio no joelho;
• mantém os braços estendidos;
• manutenção da ponta do pé chapado ao solo na direção do alvo.

segunda variação:
• não utiliza o apoio no joelho;
• mantém os braços estendidos;
• não senta sobre o calcanhar;
• mantém o tronco ereto, em posição mais elevada;
• manutenção da ponta do pé chapado ao solo na direção do alvo.

Posição de joelho abrigado (com ou sem apoio das mãos no abrigo)

Tomada da posição:
- Coloca no solo o joelho correspondente ao lado pelo qual irá atirar;
- Fica abrigado;
- Inclina o tronco para o lado até ser possível visar o alvo.
- Mãos, apoiadas ou não no abrigo.

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9. Posição deitado frontal

- Tem como característica ser a posição mais estável, sendo ideal para longas
distâncias. Deve ser adotada para adaptação aos abrigos existentes ou para
reduzir ao máximo a silhueta do atirador.

Tomada da posição:
- Corpo na mesma direção da arma;
- Pernas distendidas;
- Pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos ombros;
- Dois cotovelos apoiados no solo;
- As mãos apoiadas no solo ou uma posição mais elevada, dependendo da altura do
alvo;
- Cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço armado.

10. Primeiro processo para deitar (a partir da posição de pé)

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Tomada da posição:
• flexionam-se os joelhos;
• ao tocarem o solo, o tronco é inclinado para frente;
• a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível;
• braço da mão que atira é distendido paralelo ao solo e voltado para o alvo;
• tronco continua o movimento para baixo, até que o lado do braço armado e o
tronco toquem o solo;
• mão auxiliar levada de encontro à outra, formando a empunhadura com
ambas.

11. Segundo processo para deitar (a partir da posição de pé)

Tomada da posição:

- Flexionam-se os joelhos e o tronco;


- Tocando o solo com a mão auxiliar logo à frente dos pés e com o braço
entre os joelhos;
- Braço armado é mantido flexionado com o antebraço na horizontal e a arma
apontada para frente;
- Ao tocar o solo, as pernas são lançadas distendidas para trás;
- Mão armada levada à frente;
- Corpo toca o solo inicialmente com o lado do braço armado;
- Braço armado totalmente distendido;
- Libera a mão auxiliar para formar a empunhadura.

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12.Posição deitado lateral

- Corpo inclinado em relação à direção de tiro, formando um ângulo que pode


variar até quase 90 graus, buscando o melhor aproveitamento do abrigo e uma boa
visada sobre o alvo.
Tomada da posição:
- Perna do lado da mão auxiliar flexionada, com lado interno do joelho
tocando o solo;
- Braço armado distendido apoiado no solo;
- Braço da mão auxiliar ligeiramente dobrado e apoiado a partir do
cotovelo;
- Cabeça inclinada apoiada no braço armado.
Obs.: Os cotovelos podem ser flexionados e a cabeça levemente levantada,
adaptando-se ao alvo ou ao terreno;

13.Posição deitado abrigado

- Idêntica a posição deitada lateral, aproveitando os abrigos existentes e buscando o


apoio da empunhadura.
- Na realização do tiro pelo lado da mão que não atira, pode-se empunhar a arma com
essa mão ou tomar a
posição deitando-se sobre o ombro correspondente, mantendo a arma inclinada sem
apoio no solo.
- Obs. Para total proteção basta levantar a cabeça e a empunhadura, com
acentuada flexão dos cotovelos ocultando-se atrás do abrigo.
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14.Posição deitado de costas

- Empregada em declives, em áreas desabrigadas, para proteger regiões vitais ou


buscar maior firmeza da empunhadura em tiros a longa distância.
Tomada da posição:
- Senta-se com as pernas cruzadas e flexionadas;
- Deita-se de costas, elevando-se os joelhos;
- Pernas cruzadas na altura dos tornozelos;
- Empunhadura com duas mãos colocada entre as coxas e firmada pela pressão
lateral das mesmas;
- Cabeça inclinada para a frente até adaptar-se à linha de visada, fazendo os
ombros perderem o contato com o solo.
Obs.: Em todas posições com empunhadura de duas mãos observar o ligeiro
forçamento dos cotovelos para dentro e pulsos um em direção ao outro.

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8. DISPARO

É todo aquele processo de funcionamento realizado pelo mesmo mecanismo.


OBS: partido assim do carregamento da arma, pressão do dedo no gatilho, suspensão
do martelo, pressão da agulha percutora, golpeia o fulminante, combustão da pólvora
e a saída do projetil no orifício do cano (boca do cano).

16. TIPOS DE TIROS


1.- Tiro instintivo: É́ todo aquele tipo de disparo que um atirador realiza sem o
selecionamento dos órgãos de pontarias.
Ex: quando somos surpreendidos, temos que agir com agilidade de modo a controlar a
situação.

2. Tiro de precisão: É todo aquele tipo de disparo feito sobre pressão, com um
intervalo muito curto de 3 a 4 segundos.

3. Tiro policial: É todo aquele procedimento de disparo que ocorre em circunstancia


defensivo, e em áreas corporais selecionadas, velando assim a proteção de terceiro
e de si mesmo.
4. Tiro de intervenção: É todo aquele tipo de disparo ofensivo; que ocorre em modo
de pressionar, neutralizar, e na última ocasião o aniquilamento do adversário.
5. Tiro táctico: É todo aquele disparo que são realizados com os movimentos tácticos,
e com um tempo menor de disparo 6 a 8 segundos.
6. Tiro Desportivo: É todo aquele tipo de disparo que são realizados sem nenhuns
movimentos tácticos.
7. Tiro de Pontaria: É todo aquele tipo de disparo que segue os procedimentos das
normais de pontaria.

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Elaborado pelo Instrutor Edmar Lourenço Vuda
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Elaborado pelo Instrutor Edmar Lourenço Vuda

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