Bioetica Na Escola (6277)
Bioetica Na Escola (6277)
Bioetica Na Escola (6277)
na escola:
ensinando os caminhos da
deliberação para as crianças
Autores
Marta Luciane Fischer
Thierry Betazzi Lummertz
Robiran José dos Santos-Junior
Natalia Aline Soares Artigas
Bioética
na escola:
ensinando os caminhos da deliberação
para as crianças
© 2022 – Bioética na escola: ensinando os caminhos da deliberação para as crianças
Autores:
Marta Luciane Fischer
Thierry Betazzi Lummertz
Robiran José dos Santos-Junior
Natalia Aline Soares Artigas
Ficha catalográfica:
Catalogação na fonte - Gisele Terezinha Liegel Glock – CRB 9ª Região/1178
ISBN 978-65-997425-1-4
CDD 174.9574
Bioética
na escola:
ensinando os caminhos da deliberação
para as crianças
Autores
Marta Luciane Fischer
Thierry Betazzi Lummertz
Robiran José dos Santos-Junior
Natalia Aline Soares Artigas
Curitiba, 2022
Sumário
9 Prefácio Dra. Caroline Filla Rosaneli
125 Capítulo 5 E agora, professor? O que fazer com toda essa informação?
134 Referências
10
CAPÍTULO 1
O que entendemos
por ferramentas
de comunicação no
ensino da bioética
11
1
A
humanidade nunca teve ao seu dispor uma acessibi-
lidade à informação como na atualidade. A internet
trouxe a oportunidade de saber em tempo real o que
está acontecendo em qualquer parte do mundo, de ter acesso
a resultados de pesquisas científicas, que antes deveria passar
pelo crivo de especialistas, e, principalmente de qualquer
pessoa, independentemente do seu status social ou econômico,
poder criar e disseminar conteúdo1. Esse processo é compreen-
dido como uma democratização do conhecimento. Será mesmo?
12
O acesso físico à informação não quer dizer necessariamente que a pessoa
conseguiu alcançar a mensagem. Existem muitos processos intrínsecos a elabo-
ração e recepção de uma mensagem que demandam tanto de processos cogni-
tivos quanto de representações mentais que são construídas e influenciadas
por condicionantes culturais, econômicas, sociais, ambientais ou pessoais.
Logo, o contato com a informação não quer dizer que de fato se concretizou a
comunicação. Consequentemente, ao mesmo tempo em que vivemos na era na
informação, nunca na história evolutiva da humanidade houve tanto problemas
de comunicação2.
13
CAPÍTULO 1
14
Porém, as sociedades possuem as regras morais como outro coibidor impor-
tante, no qual mesmo as regras não estando escritas também determinam a
aceitação ou rejeição do indivíduo daquele grupo. Como exemplo podemos citar
o assassinato e a traição de um amigo. No primeiro caso, a lei diz que é crime
matar outra pessoa; por outro lado, a lealdade não está nas normas legais, mas
caso seja identificada pela sociedade, pode culminar no julgamento social8.
Agora que já está clara a importância das regras na integridade de uma socie-
dade e como são importantes na decisão pela coletividade em vez de ponderar
apenas os desejos individuais, nosso questionamento é como acessar os valores
que o indivíduo carrega. Caso esses valores não estejam de acordo com os
valores da coletividade, será necessário que ele os reveja e mude sua perspec-
tiva, essa mudança de comportamento, denominada de aprendizado, é conse-
quência de um processo de educação9. O processo da educação também ocorre
em níveis. Em um primeiro momento o indivíduo tem a informação, que pode ou
não ocasionar a mudança, estando muitas vezes condicionada a um processo de
sensibilização para a questão trabalhada. A sensibilização conecta o indivíduo
ao problema e ele se sente parte na busca de resolução. Contudo, a educação só
se concretiza quando o indivíduo toma consciência do seu papel na questão e de
fato entende que sua mudança resultará em um bem maior para coletividade.
15
CAPÍTULO 1
A bioética é uma área do saber recente, ela existe há cerca de 50 anos e nasceu
junto com a educação ambiental. Inicialmente, a ideia da bioética era preservar
a vida no planeta diante da exploração predatória de nossos recursos naturais,
que geraria grandes perdas de biodiversidade e poluição, que poderia tornar a
vida no futuro impossível. Um dos principais nomes da bioética nessa fase foi
de Van Rensselaer Potter, um bioquímico norte-americano que trabalhava com
oncologia11. Ao observar como as células cancerígenas poderiam comprometer a
sobrevivência do organismo de uma pessoa se não tratada a tempo, ele projetou
para um contexto maior, entendendo as atitudes da humanidade como um
câncer para o planeta. Para o bioquímico, a solução era dialogar! Para que assim
todos aqueles que estavam tomando decisões tivessem a oportunidade de serem
ouvidos, para que expusessem seus argumentos, e coletivamente chegassem a
uma solução comum e boa para todos. Para isso, Potter considerou imprescin-
dível que fossem ouvidos os argumentos tanto da perspectiva da biomedicina
quanto das humanidades, mas entendia que ambas as áreas possuíam valores,
linguagens e procedimentos próprios, que eram incompreensíveis para outras
perspectivas. Assim, a bioética teria um outro papel: traduzir para os atores de
um conflito ético o que cada um pensava, quais eram seus interesses e neces-
sidades e intermediasse um diálogo para que se encontrassem valores e inte-
resses comuns e por consenso se chegasse a uma solução. Para bioética não há
certo ou errado, pois a deliberação sobre um conflito ético é tomada pelo grupo
que está debatendo e pode mudar caso as condições mudem. Por isso, a bioé-
tica não deve julgar, apenas acolher, e deve estar aberta a repensar as decisões,
normas e diretrizes traçadas para determinada situação11.
16
Figura 1. Esquema da utilização da bioética na resolução de conflitos éticos.
O nivelamento moral tem sido desde então utilizado como medida conside-
rando as ideias de Kohlberg em associação com o desenvolvimento cognitivo de
Piaget. Para os pesquisadores há uma associação entre o desenvolvimento físico
do cérebro e os referenciais para julgamento de escolhas, para uma determinada
situação são certas ou erradas13. A junção dessas duas perspectivas resultou
no estabelecimento de três níveis e seis estágios de desenvolvimento moral
(Figura 2). Segundo a proposta, todo ser humano inicia seu desenvolvimento no
nível 1, porém o processo deve percorrer cada estágio, sendo mais ou menos
demorado dependendo das condições ambientais onde o indivíduo cresceu.
17
CAPÍTULO 1 O que entendemos por ferramentas de comunicação no ensino da bioética
18
mas vislumbra um percurso tão longo para se aproximar de tais condutas que
justifica e acata a sua limitação.
19
CAPÍTULO 1
20
CAPÍTULO 2
A bioética ambiental
na prática do ensino
básico
21
2
O
ato de educar ambientalmente é um
grande desafio. Trata-se de um processo
profundo no âmbito ideológico de um
indivíduo para outro, que transcende as meto-
dologias de ensino-aprendizagem formal, pois
fundamenta-se no campo da valoração e da
formação ética e moral dos sujeitos.
22
Especialmente em um momento histórico que, como nunca, avançou tão rapi-
damente em tecnologias, e na exploração dos recursos naturais a fim de subsidiar
esses avanços, a demanda por uma nova fundamentação ética e multidisciplinar
conduziu à inserção da bioética nesse contexto a fim de complementar essa
lacuna no educar ambiental.
23
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
24
preservação da natureza, uma vez que o mundo natural constitui um recurso
limitado, susceptível de poder ser utilizado para os mais diversos fins humanos,
tais como o agrícola, o industrial e o medicinal.
O biocentrismo, por outro lado, defende o valor intrínseco dos seres vivos, inde-
pendentemente do seu interesse para a espécie humana. Assim, a preservação
da natureza revela-se fundamental para o florescimento dos seres vivos das dife-
rentes espécies. Mas, apesar desta centralidade na vida não humana, algumas
teorizações biocêntricas focalizam-se nos seres de maior complexidade16.
25
CAPÍTULO 2
26
receptividade ecológica está profundamente enraizado em uma “compreensão
sensível, ética e holística” do mundo e suas complexidades, incluindo o papel da
humanidade na ecosfera28.
27
CAPÍTULO 2
28
DESENVOLVENDO A BIOÉTICA NO CHÃO DA ESCOLA
A escola é um ambiente plural em todos os aspectos. Nela se encontram as
diferentes realidades dos grupos sociais e suas manifestações culturais e ideoló-
gicas sem floreios ou maquiagem. Nessa realidade os pressupostos acadêmicos
e as teorias educacionais são veementemente testadas. Consequentemente, a
mitigação da dicotomia entre a teoria e a prática se frustra ou é consagrada.
29
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
O Estudo foi realizado tendo por base a metodologia da Pesquisa Ação, cujo
educador teve como propósito a implementação de um departamento mirim
de bioética ambiental na promoção da EA. Foram aplicados entrevistas, instru-
mentos de autorrelato e autoavaliação em relação às atividades propostas na
intervenção a fim de mensurar possíveis avanços em relação à EA.
30
Figura 2. Esquema do percurso metodológico da ação
31
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
A aplicação das atividades na casa de cada estudante foi uma das prioridades
do projeto. Partindo do princípio de que as famílias são as células-base da socie-
dade, o programa focou em fazer de cada participante um agente bioeticista em
sua família, alcançando desta forma a sociedade. A ação utilizou-se de um sistema
de insígnias em bótons para identificar os estudantes que realizavam ações socio-
ambientais em suas casas. Ao término de cada reunião, foram sorteados prêmios,
que compreenderam sementes, mudas de ornamentais, árvores frutíferas, horta-
liças, plantas medicinais e espécies nativas da região, de modo que todos os alunos
levassem plantas para serem cultivadas em suas residências (Figura 5).
32
Figura 5. Ilustração Projeto Ambiental Formiguinha. Sorteio de mudas ao término da reunião,
trabalhando o consumo consciente de energia elétrica, passeios de sensibilização e atividades
recreativas em meio às araucárias.
33
CAPÍTULO 2
34
Figura 6. História em quadrinho que contextualiza a temática (Ilustração: Danilo Poremski
Soares)
35
36
Figura 7. Opções de desfecho baseado na escala de Sauvé10: Opção 1 - ambiente como natu-
reza, Opção 2 - ambiente como recurso, Opção 3 - ambiente como problema, Opção 4 -
ambiente como lugar para se viver, Opção 5 - ambiente como biosfera, Opção 6 - ambiente
como projeto comunitária. (Ilustração: Danilo Poremski Soares)
Por fim, foi realizada uma autoavaliação dos alunos em grupo focal, objeti-
vando avaliar as concepções dos estudantes em relação ao seu aprendizado e
os principais valores agregados após um semestre de intervenções. Os dados
em geral foram analisados a partir de uma abordagem qualitativa, no entanto
as respostas foram também quantificadas apenas para ajudar a situar os resul-
tados importantes.
37
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
TIPOS DE INTELIGÊNCIA
O resultado do pré-teste dos tipos de inteligência aplicado aos estudantes que
ingressaram no projeto ambiental mostrou que 15% dos alunos já apresentavam
inteligência naturalista, enquanto no teste aplicado ao grupo externo, referente
aos alunos que não participavam do projeto ambiental, não houve ocorrência
para a inteligência naturalista (Figura 8). A comparação entre os resultados do
pré-teste e do pós-teste mostrou uma diferença significativa em relação à inteli-
gência naturalista, que se apresentou maior após um semestre de intervenções de
EA (Figura 8), sendo que 23% dos discentes modificaram sua tendência vocacional
para a inteligência naturalista. O pós-teste do grupo externo, relativo aos estu-
dantes da escola, porém que não participaram da ação, apresentou diferenças
com relação ao pré-teste, contudo com prevalência da inteligência corporal cines-
tésica e nenhuma ocorrência para a inteligência naturalista (Figura 8).
38
Figura 8. Frequência do teste dos tipos de inteligência.
39
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
40
Capra salientou a necessidade de uma alfabetização ecológica, conhecendo
as diversas redes de interação que constituem a teia da vida. Através dela é
possível compreender as múltiplas relações que se estabelecem entre todos os
seres vivos e o ambiente onde vivem, e que tais relações constituem a teia que
sustenta a vida do planeta. Para Orr40, uma pessoa ecologicamente alfabetizada
seria aquela que possui o senso estético de encantamento com o mundo natural
e com a teia da vida. O indivíduo portador do sentimento da biofilia, descrito por
Wilson32, em busca de uma maior intimidade com o mundo natural. A alfabeti-
zação ecológica se basearia então na possibilidade de nutrir esse sentimento de
afinidade para com o mundo natural, ou seja, despertar a biofilia nos educandos.
PERCEPÇÃO DO AMBIENTE
Os resultados do instrumento sobre a percepção do ambiente aplicado a todos
os estudantes mostraram que a maioria tinha a percepção do ambiente como
recurso (Figura 9), enquanto as crianças que passaram pela intervenção de EA
demostraram entender o ambiente como um local para se viver (Figura 8).
41
CAPÍTULO 2
42
Sobre o assunto, Georgescu-Roegen42, ao propor a relação entre a entropia
termodinâmica, a economia e a ecologia, elucida que o único fator limitante
do processo econômico é a natureza. Como o planeta é finito e materialmente
fechado, o sistema econômico não pode existir indefinidamente, mesmo que
não aumente de tamanho. O autor fundamentou sua teoria na lei da entropia
da termodinâmica física em que a quantidade de matéria e energia incorporada
aos bens finais é menor do que aquela contida nos recursos utilizados na sua
produção. Assim uma parte da energia e do material de baixa entropia trans-
formados se torna imediatamente resíduo42. Segundo Georgescu-Roegen42,
a quantidade de baixa entropia desperdiçada no processo depende do estado
da tecnologia de produção em um dado momento, uma vez alcançado o limite
termodinâmico da eficiência, a produção fica totalmente dependente da exis-
tência do provedor de recursos adicionais, que é o capital natural, ou seja, os
recursos naturais. O autor salientou que à medida que se chega mais perto desse
limite a dificuldade e o custo de cada avanço tecnológico aumentam, deste modo
propõe um “decrescimento econômico”, dado o seu caráter inevitável, conse-
quência da limitação material da Terra. Georgescu-Roegen42 sugeriu que esse
processo seja voluntariamente iniciado, em vez de vir a ser uma decorrência da
escassez de recursos, e alertou que, o quanto antes o encolhimento da economia
for iniciado, maior será a sobrevida da atividade econômica da espécie humana.
43
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
44
que haja a superação da heteronomia pela autonomia e isso só é possível
mediante as perturbações que ocorrem durante a interação do sujeito
com o que se deseja conhecer36.
45
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
todavia deve incluir consciência e atitudes éticas através da reflexão crítica sobre
situações, pois podem exigir a tomada de posição.
CONSOLIDAÇÃO DA EA
O grupo focal realizado com os alunos que já participaram do projeto ambiental
em anos anteriores e seus pais denotou que a maioria dos estudantes continuava
a realizar atividades ecológicas e cultivavam algum tipo de plantas em suas
residências, verificou-se também que metade dos ex-participantes demons-
trava zelo pela natureza (Tabela 2). Os pais relataram redução no consumo de
água, energia elétrica e que os filhos demonstraram mais responsabilidade com
as questões ambientais, como a separação do lixo doméstico, e auxiliando a se
desvencilhar das tecnologias (Tabela 2). Todos os estudantes e seus pais afir-
maram que o projeto ambiental significou uma experiência muito positiva.
Tabela 2. Percentual dos benefícios e valores agregados pelos ex-alunos e atuais participantes
da ação.
46
A análise desses dados confirmou a hipótese de que a intervenção de EA
proporcionaria a consolidação prática dos valores apreendidos após o término da
intervenção. Consolidar valores ambientais na prática cotidiana dos educandos,
refletindo, consequentemente, em uma mudança significativa nas pessoas se
constitui em um dos maiores desafios da EA na atualidade45. Segundo Layrar-
gues46, muitos programas de EA na escola são implementados de modo redu-
cionista, alguns apenas em função da reciclagem, desenvolvem apenas a Coleta
Seletiva de Lixo, em detrimento de uma reflexão crítica e abrangente a respeito
dos valores culturais da sociedade de consumo, do consumismo, do industria-
lismo, do modo de produção capitalista e dos aspectos políticos e econômicos
da questão do lixo.
47
CAPÍTULO 2 A bioética ambiental na prática do ensino básico
48
Para além disso, a falta de apoio da instituição, a falta de infraestrutura
adequada e a falta de recursos foram dificuldades observadas na implemen-
tação da ação50. Uma escola de médio ou grande porte atua geralmente com
muitos projetos de maior ou menor interesse dependendo da organização da
instituição. Via de regra a maioria dos projetos desenvolvidos na escola carecem
de recursos da mantenedora como espaços apropriados, materiais para o desen-
volvimento da prática e material humano. Este pode ser considerado um fator
complicador, uma vez que demanda recursos próprios do idealizador para o seu
desenvolvimento.
49
CAPÍTULO 2
50
AGRADECIMENTOS
Agradecemos imensamente a todos os alunos, familiares e comunidade escolar
que participaram do Departamento Mirim de Bioética Ambiental – Projeto
Formiguinhas e colaboraram de forma tão significativa para o desenvolvimento
desta pesquisa, sem os quais não seria possível a concretização desses objetivos.
51
52
CAPÍTULO 3
O zoológico como
recurso diádico para
ensino da Bioética
53
3
54
QUE PROJETO É ESSE?
V
ocê já deve saber o que é a Educação Ambiental (EA), mas só para relem-
brarmos seu conceito podemos utilizar a seguinte definição: é o apren-
dizado sobre os sistemas ambientais na sua totalidade, conhecendo
seus valores, percepções, processos naturais ou artificiais e identificando ações
para resolvê-los, melhorando a relação dos seres humanos com o meio ambiente
de forma sustentável1. Entre um de seus objetivos está a conscientização, com o
dever de mostrar aos indivíduos os problemas do meio ambiente que afetam toda
a sociedade2. Ela tem grande importância para o ensino no Brasil, porque acarreta
no diálogo ético, moral e de respeito das pessoas com a natureza3. Porém, para
que tudo isso funcione, é preciso muita reflexão, elaboração apropriada e apli-
cação adequada. Dessa forma, este capítulo vai apresentar uma ação ambiental
educativa no Zoológico Municipal de Curitiba, que incluiu os processos mencio-
nados anteriormente, baseando-se no comprometimento do bem-estar animal
(BEA) de animais selvagens. Contudo, a incapacidade de transpor para questões
relacionadas a humanização de animais de companhia sugere que devido a boa
intenção da prática as vulnerabilidades estejam sendo encobertas.
55
CAPÍTULO 3
À vista disso, nossa proposta foi a seguinte: realizar uma visita ao zoológico,
utilizando o simples método de conversação para chamar a atenção aos recintos
mais precários, para analisar se a vivência da situação-problema promoverá o
desenvolvimento moral. Ao final do passeio, duas histórias em quadrinhos (HQ)
(recomendadas por autores como benéficas ao ensino didático)11,12 foram apre-
sentadas aos estudantes, com diferentes desfechos que eles deveriam colocar
em ordem de importância. Enquanto uma história abordou a problemática de
manter animais selvagens cativos, a outra abordou o problema da humanização
dos animais de companhia. Dessa forma, a análise se baseou no fato de que os
estudantes não são capazes de perceber o comprometimento do BEA entre as
diferentes situações. Vale ressaltar que a experiência foi realizada em uma escola
pública e outra particular e esperava-se que os resultados fossem distintos
devido à crença de que há abordagem educacional diferenciada nas escolas.
56
animais e sua observação pode estabelecer uma boa relação de convivência e
contribuir para a obtenção do conhecimento13. Portanto, professor, lembre-se:
uma experiência divertida e com boa aplicação e planejamento faz com que a
aprendizagem flua normalmente, sendo ao mesmo tempo eficiente, suave e
descontraída.
ONDE FOI?
O estudo foi realizado no Zoológico Municipal de Curitiba (ZMC), Paraná.
Segundo informações do site da Prefeitura Municipal de Curitiba, o local foi inau-
gurado em 1982 e fica localizado no Parque Municipal do Iguaçu. O local recebe
cerca de 650 mil visitantes por ano e é aberto ao público de terça a domingo e
aos feriados, sem cobrar taxa de entrada. Conta com aproximadamente 1.000
animais de 80 espécies e desenvolve projetos com Universidades e outras insti-
tuições, voltados a reprodução com enfoque nos animais nativos e em risco de
extinção. O ambiente conta com o Centro de Educação Ambiental, com ativi-
dades lúdicas e de sensibilização, pensadas na conservação da natureza, além de
realizar atendimentos personalizados mediante agendamento14.
QUEM PARTICIPOU?
O projeto contou com a participação de duas escolas que tinham estu-
dantes do Ensino Fundamental II, uma escola particular e outra escola pública,
mediante aceitação na participação do projeto, assinatura do TCLE pelos pais e
do termo de assentimento pelas crianças e autorização para uso de imagens em
publicações.
57
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
Figura 1. Estudantes da escola particular nas fotos de cima, com o uniforme de cor verde
(percebe-se a pouca quantidade de estudantes). E os estudantes da escola pública nas fotos
abaixo, com o uniforme de cor vermelha (percebe-se a grande quantidade de estudantes).
59
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
Para uma coleta de dados inicial, foi solicitado aos grupos de estudantes um
desenho do zoológico, pelo menos uma semana antes da visitação. Essa soli-
citação foi simples, realizada em sala de aula pelo professor de ciências, sem
nenhum embasamento sobre o assunto ou sobre o local, para que assim os estu-
dantes não tivessem motivações para o desenho. Também não foi mencionado
nada sobre como fazer o desenho, ou seja, se era necessário pintar, ser em folha
sulfite, entre outras menções, pois, posteriormente, foi analisado o cuidado do
estudante nos desenhos entregues.
A visita ao ZMC foi uma atividade de EA que combinava o passeio com ques-
tões ambientais, ela foi orientada conforme a percepção dos próprios estu-
dantes e não conforme a nossa visão do local ou dos educadores do zoológico.
Dessa forma, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco
mais sobre os animais selvagens e a importância da sua preservação. Para a
visita ao ZMC foi desenvolvido um roteiro de visitação (Figura 3), as paradas
nos recintos foram estratégicas, por isso desenvolvemos dois roteiros de visi-
tação para os grupos, considerando em cada um deles dois recintos “bons” e dois
recintos “ruins” (Quadro 1 e 2). Quanto aos outros recintos, os grupos puderam
parar normalmente, porém a ação não foi desenvolvida naquele ambiente. Todas
as escolhas tiveram embasamento devido ao tamanho do recinto, quantidade
de animais, locais para forrageamento, abrigo, artefatos naturais e distrações
para os animais e principalmente devido ao fato de esses animais chamarem
a atenção do público infantil por serem grandes, coloridos e fazerem parte de
desenhos animados (Figura 4).
Figura 3. Mapa do Zoológico Municipal de Curitiba. Indicação dos recintos determinados como
paradas obrigatórias para a visitação dos estudantes.
60
Quadro 1. Recintos considerados “bons” escolhidos para visitação dos estudantes participantes
da ação de Educação Ambiental.
Quadro 2. Recintos considerados “ruins” escolhidos para visitação dos estudantes participantes
da ação de Educação Ambiental.
61
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
62
E A HISTÓRIA EM QUADRINHOS?
A HQ utilizada foi baseada nas correntes éticas da bioética e foi construída
a partir da validação de um questionário aplicado em estudantes de gradu-
ação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, da avaliação de painelistas
relacionados às áreas de estudo do projeto e de crianças participantes de um
projeto ambiental.
63
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
64
Figura 7. As seis opções de fechamento da história em quadrinhos do zoológico, cada uma com
sua equivalência na corrente ética (Ilustração Marta L. Fischer).
65
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
No caso da categorização das falas no entorno dos recintos, elas foram sepa-
radas conforme as condições de cada um dos recintos. Ordenando em uma
análise positiva ou negativa quanto ao espaço físico, alimentação/hidratação,
companhia e comportamentos/emoções.
66
A intervenção com a escola pública aconteceu em agosto de 2018, também
no período da tarde, considerando o tempo do transporte, a ação teve duração
de cerca de duas horas. Nesse grupo havia mais estudantes, dessa forma a ação
demandou mais agilidade, contando sempre com a colaboração dos estagiá-
rios e do professor da turma. Mesmo assim foi possível visitar todos os recintos
determinados, e para o primeiro grupo foram Arara, Aves, Leão, Girafa e Felinos;
nesse dia três estagiários comigo auxiliaram na aplicação do teste, mas mesmo
assim não conseguimos aplicar o teste em todos os estudantes devido ao horário
determinado para a volta à escola. No segundo grupo os recintos visitados para
realização da ação foram: Leão, Tigre, Macacos-aranha, Chimpanzé e Felinos e
nesse dia 4 estagiários auxiliaram na aplicação, além disso a aplicação foi dife-
renciada, os estagiários tiveram a ideia de colar as cartilhas em folhas sulfite,
assim os estudantes podiam ver todas ao mesmo tempo, com isso tivemos mais
rapidez na aplicação e todos os estudantes participaram.
Além das limitações que puderam ser corrigidas a tempo nas aplicações,
também tivemos algumas dificuldades no decorrer da ação, como: a) a falta de
atenção de alguns alunos devido à distração com os animais, principalmente
com o grupo maior; b) nem todos opinavam levantando os cartões coloridos;
c) muitos não saíram nas fotos para a contagem dos cartões; d) e em algumas
gravações não foi possível escutar a voz de alguns alunos ou a sobreposição de
falas dificultou o entendimento das opiniões devido aos estudantes falarem ao
mesmo tempo, também houve vezes em que o vídeo foi gravado distante e em
alguns momentos o barulho no entorno, principalmente das aves, e também em
um dos dias ventava muito, tudo isso interferiu na escuta das ideias ditas pelos
estudantes. Além disso, a necessidade de falar alto para que todos escutassem
foi um empecilho, primeiro, porque nem todos escutavam, e, segundo, porque
no zoológico não se deve gritar, senão chamamos mais a atenção dos animais e
eles podem ficar mais estressados. Sendo assim, concluímos que ações desse
tipo devem ser aplicadas em um máximo de 30 estudantes, assim a probabili-
dade de conversação, participação e aprendizado é maior.
67
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
68
Na categoria que relacionava os desenhos para as correntes éticas, a grande
maioria correspondeu às correntes antropocêntrico/utilitarista, posteriormente,
encontram-se as correntes biocêntrico/ecocêntrico e, por último, a categoria
abolicionista, em que nenhum EPA relacionou seu desenho a essa corrente e
poucos EPU o fizeram (o quadro 3 apresenta modelos referentes às categorias).
Também categorizamos os desenhos que correspondiam com as cartilhas da
HQ, o resultado para os dois grupos foi igual, sendo maiores para as cartilhas
antropocêntrico/utilitarista, depois as biocêntrico/ecocêntrico e nenhuma delas
era abolicionista (Tabela 1).
Tabela 1. Categorização dos desenhos realizados pelos estudantes antes da ação no zoológico
no total (T) e originados de escola particular (PA) e pública (PU).
T PA PU T PA PU
Visão Humano 94,7%* 100%*a 92,6%*a Feições Não 49,5%* 51,9%a 48,5%*a
humanas
Animal 5,3% 0%a 7,4%a Sim 33,7% 37%a 32,4%a
Sentimento Ausente 49,5%* 55,6%*a 47,1%*a Quantos Vários 41,1%* 66,7%*a 30,9%b
do animal animais
Feliz 24,2% 22,2%a 25%a Dois 22,1% 14,8%a 25%b
Companhia Preso 61,5%* 75%*a 55,9%*a Espaço Desenhou o 73,7%* 77,8%*a 72,1%*a
lugar e o animal
Solto 24% 17,9%a 26,5%a Desenhou o 14,7% 7,4%a 17,6%b
lugar
Inexistente 14,6% 7,1%a 17,6%b Desenhou o 11,6% 14,8%a 10,3%a
animal
Quantidade Inexistente 88,4%* 92,6%*a 86,8%*a Capricho Sulfite 35,7%* 52,1%*a 29,9%b
de pessoas
Família 6,3% 3,7%a 7,4%a Pintou 40,1%* 25%a 45,5%*b
Corrente Antropo- 71,9%* 63%*a 75,4%*a Remete Antropocêntrico 92,6%* 92,6%*a 92,6%*a
Ética cêntrico / a qual / Utilitarista
Utilitarista cartilha
Ecocêntrico / 22,9% 37%a 17,4%b Ecocêntrico / 7,4% 7,4%a 7,4%a
Biocêntrico Biocêntrico
Abolicionista 5,2% -a 7,2%a Abolicionista - - -
69
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
70
Tabela 2. Descrição da análise dos estudantes sobre os recintos determinados pela autora como
“bons” e “ruins”.
PA PU
Recintos Arara Referências negativas Espaço pequeno / Eles estão Limpar o recinto / Não dá
bons quanto ao espaço físico presos / Falta árvores, folhas e pra se movimentar muito
Girafa flores / Colocar um lugar para bem
ele se exercitar / Precisa de
Tigre
brincadeiras
Macaco-aranha Referências positivas Legal / Ela tem um lugar pra Bastante verde / Recinto
quanto ao espaço físico morar / Tem muita coisa pra legal / Muito espaço /
eles fazer / Dá pra eles correr / Muitas árvores
Tudo o que um macaco precisa /
É grande / A casinha é grande
Referências negativas Não tem água Nenhuma inferência
quanto a alimentação/
hidratação
Referências positivas Ela recebe fruta selecionada Nenhuma inferência
quanto a alimentação/ / Não falta comida pra ele /
hidratação Precisa equilibrar a quantidade
de alimento
Referências negativas As girafas vivem em grupos / Eles deviam ficar juntos
quanto a companhia Ela está sozinha / Ela não tem
nenhum amigo
Referências positivas Nenhuma inferência Tem vários animais
quanto a companhia
Referências negativas Nenhuma inferência Ele é sedentário
quanto ao comportamento/
emoções dos animais
Referências positivas Nenhuma inferência Nenhuma inferência
quanto ao comportamento/
emoções dos animais
Recintos Aves Referências negativas Espaço pequeno / Sem sombra Não é legal / Espaço
ruins quanto ao espaço físico / Ele nem consegue andar pequeno / Poderia ter
Leão direito / Sem espaço para correr uma piscina / Colocar
e andar / Tinha que ser maior brinquedos
Felinos
pra um leão / O recinto não tem
Chimpanzé lugar pra andar e correr / Ela
não para de andar
Referências positivas Tem sombra Nenhuma inferência
quanto ao espaço físico
Referências negativas Não tem água Não tem água
quanto a alimentação/
hidratação
Referências positivas Nenhuma inferência Nenhuma inferência
quanto a alimentação/
hidratação
Referências negativas Ela fica muito sozinha / Tinha Podia ter mais amigos /
quanto a companhia que ter mais leões com ele, ele Deveria ter uma colega,
está sozinho assim poderiam acasalar
Referências positivas Se ele tivesse uma namorada ele Nenhuma inferência
quanto a companhia seria feliz
Referências negativas Ela fica depressiva / Sozinha e Por que ela fica rodando? /
quanto ao comportamento/ presa ela fica muito brava / Não Ela tá com raiva?
emoções dos animais gostei / Está triste
Referências positivas É bonito Nós estamos fazendo
quanto ao comportamento/ muito barulho, por isso ela
emoções dos animais ficou nervosa
71
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
Tabela 3. Análise qualitativa dos cartões verdes e vermelhos demonstrados pelos estudantes
frente aos recintos.
PA PU
Recintos bons Arara Destaque cartões vermelhos Destaque cartões verdes
Girafa
Tigre
Macaco-aranha
Recintos ruins Aves Destaque cartões vermelhos Destaque cartões vermelhos
Leão
Felinos
Chimpanzé
Figura 10. Amostras de inferências dos estudantes nos recintos bons e ruins e registro fotográ-
fico da intervenção.
72
OS ESTUDANTES SÃO CAPAZES DE PERCEBER AS
QUESTÕES ÉTICAS?
Analisando o exposto nesse título, através da aplicação da HQ, nós compre-
endemos que os alunos podem ser capazes sim de perceber as questões éticas e
que isso leva ao desenvolvimento moral pessoal. Também foi verificado se a situ-
ação de bem-estar dos animais selvagens de zoológico foi transposta aos animais
de companhia e o resultado demonstrou que isso infelizmente não aconteceu.
73
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
NO ZOOLÓGICO
Para os EPU a cartilha mais encontrada nas primeiras colocações foi a mesma
que do valor total, a cartilha A/U relativa aos passeios nos zoológicos. Nas colo-
cações médias nenhuma cartilha obteve valor significativo, porém, para as
últimas colocações, a cartilha mais exposta foi sobre a que diz respeito a má
alimentação e vivência dos animais na natureza.
Sendo assim, observa-se que os EPU têm a capacidade moral mais voltada
para valores A/U e o pensamento de que os animais não estão sendo bem
alimentados e que deveriam estar na natureza fica em último plano para eles.
Portanto, percebe-se que a visão moral dos EPA é mais voltada ao pensa-
mento ECO/BIO, sendo que nenhuma das opções escolhidas foi significativa para
o A/U. Comparando-se as variáveis EPU e EPA para zoológicos, identificaram-se
valores significativos para a cartilha relativa à visão A/U maior para EPU, que diz:
“Aqui eu posso passear nos finais de semana e me divertir vendo os animais e a
natureza”. E ainda, para a cartilha ECO/BIO, maior para EPA, que dispõe: “Parece
que os animais não comem direito. Assim eles vão ficar doentes. Seria mais legal
se eles vivessem na natureza”.
74
Figura 11. Categorização relativa às respostas dadas pelos estudantes de ensino fundamental II
conforme a ordem de importância das cartilhas da história em quadrinhos do zoológico.
* Os valores absolutos foram comparados por meio do teste do qui-quadrado, tendo como
hipótese nula a homogeneidade da amostra. Os valores significativamente diferentes (P<0,05)
resultantes da comparação entre cada variável foi acompanhado de asterisco (*) entre as variá-
veis os valores distintos foram acompanhados de letras diferentes.
Figura 12. Categorização relativa às respostas dadas pelos estudantes de ensino fundamental
II conforme a ordem de importância das cartilhas da história em quadrinhos dos animais de
companhia.
* Os valores absolutos foram comparados por meio do teste do qui-quadrado, tendo como
hipótese nula a homogeneidade da amostra. Os valores significativamente diferentes (P<0,05),
resultantes da comparação entre cada variável foi acompanhado de asterisco (*) entre as variá-
veis os valores distintos, foram acompanhados de letras diferentes.
76
observada entre estudantes de escolas públicas e particulares demonstrou que
o acesso à informação é distinto para os dois grupos, além de o grupo menor
aproveitar mais e conhecer e identificar os fatores da vivência realizada no zooló-
gico com mais facilidade. A ideia inicial sobre os estudantes não serem capazes
de estender a questão da forma de vida nos animais de zoológico e nos animais
de companhia confirmou-se ao verificar que a visão antropocêntrica/utilitarista
ficou nos primeiros lugares nas posições relativas aos animais domésticos.
77
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
Dessa forma, VOCÊ pode fazer uma ação ambiental, desde que saiba traba-
lhar os valores ambientais de forma consciente, por exemplo: uma experiência
vivida no zoológico, em uma aula de campo ou uma aula diferenciada pode levar
os indivíduos a pensar de maneira diferente e alcançar valores éticos para o meio
ambiente, fazendo com que o próprio indivíduo não apenas detenha conforto,
mas também carregue consigo a ideia de ser protagonista ao proteger o meio
ambiente como um todo, inclusive os animais.
78
Pesquisas13, 27 apontam que em torno dos 12 anos os estudantes se empenham
em ações desenvolvidas fora da sala de aula se interessando pelos novos assuntos
e são muito comunicativos. Então, sabendo que a idade escolar do ensino funda-
mental é a mais indicada para ações ambientais, é preciso recriar aulas dife-
renciadas; além disso, essa nova geração está mais aberta para a educação
ecológica28. É preciso considerar também que testes podem ser aplicados para
analisar o quanto o participante teve afinidade com o assunto exposto, porém,
também, deve-se considerar que a qualidade das respostas para os testes pode
estar atrelada a diversos fatores, entre eles a motivação do participante (quanto
mais motivado, maior a qualidade das respostas), a compreensão das instruções
e as características dos participantes (o conhecimento já adquirido)29.
Deste modo, a aplicação de testes (importante lembrar que aqui não se aplicam
provas, apesar de não haver problema em dar uma notinha pelos testes) após a
realização de atividades ambientais pode exprimir o conhecimento obtido pelos
participantes e auxiliar em possíveis alterações na proposta da atividade que
foi aplicada ou até mesmo transformá-la, assim como realizado pelos pesquisa-
dores desse estudo; dessa forma, as ações são mais eficazes e podem alcançar
com mais facilidade o objetivo determinado.
80
dades extraclasse voltados a EA realizadas por professores33, no entanto alguns
também apresentam desmotivação, mesmo concordando que essas ativi-
dades melhoram as práticas pedagógicas34. Além de saídas de campo, também
se pode trabalhar com outros tipos de atividades lúdicas, como histórias em
quadrinhos11, jogos35,36, e esses materiais podem ser significativos e estimular o
interesse dos alunos. Percebe-se que muitos estudos são realizados visando ao
meio ambiente e à conscientização de estudantes. Assim, verifica-se que o uso
de estratégias, seja pelos professores ou pelas escolas, leva ao desenvolvimento
cognitivo e afetivo dos educandos.
81
CAPÍTULO 3
82
Muitos estudos já comprovam que o público é um fator estressante para os
animais e que, se as práticas ambientais e os recintos fossem melhor elaborados,
os animais não apresentariam baixos níveis de bem-estar42,43. Já existem alter-
nativas para a extinção de zoológicos, como parques temáticos, jardins sensi-
tivos, animais taxidermizados, hologramas, realidade virtual, santuários com
condições seminaturais, entre outros44, 45, 33, 26, 20, 46.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este texto foi escrito para mostrar aos professores, pedagogos, escola, enfim...
Como é possível você levar um conhecimento diferenciado aos seus estudantes,
de uma forma que seja mais fácil, a compreensão e o estudo se tornem diver-
tido, não só para quem está ali aplicando, mas para todos ao redor, tentando
mostrar para outros professores o que é possível mesmo que não tenham muitos
recursos, bem como que o conhecimento escolar não precisa ser apenas aquele
rotineiro do aluno sentado na sala de aula e o professor falando sem parar
coisas que às vezes os alunos não estão nem ouvindo (por estarem no mundinho
83
CAPÍTULO 3
deles, looonge!). É possível mudar essa visão escolar e trazer aulas diferentes
que podem levar à obtenção de conhecimento, um conhecimento ainda maior
do que nas aulas teóricas e que pode ser lembrado para o resto de sua vida
e ainda ensinado aos colegas em uma conversa informal no recreio. Claro que
podemos estar pensando longe, que esse tipo de conhecimento ainda está longe
de entrar na cabeça das crianças e dos adolescentes, mas por que não tentar?
Nós tentamos e deu certo! E tenho certeza de que os nossos alunos e os parti-
cipantes dessa atividade ainda lembram o que aprenderam, provavelmente não
100%, mas muitas coisas eles ainda têm na memória.
84
tância da natureza para os futuros tomadores de decisões do planeta. Assim
sendo, a inclusão de Comitês de Bioética com a combinação de áreas diferentes,
como professores, educadores ambientais, biólogos, veterinários, psicólogos,
pedagogos, entre outros profissionais, pode alargar o diálogo nesses espaços
e contribuir para um cidadão que pense eticamente e biologicamente a impor-
tância do cuidado com todos os seres viventes do meio ambiente48.
ASPECTOS ÉTICOS
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Univer-
sidade Católica do Paraná (Parecer n. 2.211.306) e pelo Comitê de Ética no Uso
de Animais da PUCPR (Parecer n. 01234/2018). Para a aprovação dos estu-
dantes que participaram do projeto, o TCLE foi assinado pelos pais ou respon-
sáveis, juntamente com a autorização de passeio ao zoológico. Todos os TCLE
assinados estão arquivados no Laboratório Núcleo de Estudos do Comporta-
mento Animal – PUCPR.
85
CAPÍTULO 3 O zoológico como recurso diádico para ensino da Bioética
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos estudantes participantes e seus responsáveis pela acei-
tação no projeto. Aos estagiários Henrique Trigo de Castro Junior, Beatriz Akemi
Spitzenbergen e Monike Aparecida Matias de Souza, que auxiliaram em todo
o processo de aplicação do instrumento nos estudantes e passeio ao longo do
zoológico, além dos que também ajudaram nos outros dias, mas que não tenho
os nomes aqui comigo. Ao professor e colega Robiran José dos Santos Junior,
pelo comprometimento e disponibilização de suas turmas para participação no
projeto. Ao Colégio João Paulo I, por disponibilizar suas turmas de ensino funda-
mental II para participação e visita ao Zoológico. Ao Colégio Estadual Deputado
Arnaldo Faivro Busato, por disponibilizar suas turmas de sétimo ano do ensino
fundamental II para participação e visita ao zoológico. E ao Zoológico Municipal
de Curitiba, pela liberação da pesquisa no local.
86
CAPÍTULO 4
87
Ilustração Marta L Fischer
88
4
C
aro educador, este capítulo é para você que acredita,
assim como eu, que a arte é uma ferramenta educacional
extremamente importante para a formação da criança.
Se você tem em seu objetivo a utilização das artes e principal-
mente do teatro em suas atividades pedagógicas, mas tem
dúvidas de como utilizar tal ferramenta, venha mergulhar neste
relato de uma experiência utilizando o teatro como ferramenta
de inserção da Bioética no ensino básico.
89
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
90
O texto do espetáculo foi construído, depois de todos os embasamentos, e
recebeu o nome de: “As Descobertas de Juca e Potter, que não era Harry”,
fazendo uma brincadeira com o nome do famoso personagem infantojuvenil
Harry Potter e o autor âncora da peça. O espetáculo conta a história de Potter,
um humano do futuro lutando para sobreviver a um planeta devastado pela ação
de sua própria espécie. Eis que Potter, magicamente, se teletransporta para o
presente com o intuito descobrir o motivo da destruição do planeta no futuro.
Como o pai de Juca está doente e o postinho de saúde está lotado, ele decidiu
ficar no lugar do pai. Utilizando os princípios do Teatro do Oprimido, ocorre
uma quebra na cena e a médica do postinho e a política aparecem para contar o
seu lado da história. Nesse momento, as crianças da plateia são instigadas por
meio de perguntas sobre suas realidades e vivências a responder os questiona-
mentos levantados pelos personagens. Então Juca, pensativo sobre tudo o que
aprendeu, se esbarra com Potter, que estava observando-o o tempo todo.
Potter conta sua história e explica que ele é um bioeticista do futuro e começa
a falar sobre os princípios da bioética e sua importância na sobrevivência dos
seres vivos do planeta. Fazendo com que o menino perceba as atitudes e deci-
sões, individuais e coletivas, como decisivas para salvar o meio ambiente, os
dois, então, vão em busca das respostas de seus questionamentos e se deparam
com a real situação. Como o menino vendia morangos sem saber a procedência e
qualidade do produto, ele acabou vendendo morangos contaminados com agro-
tóxicos para pessoas inocentes e assim ele poderia prejudicar muitas pessoas.
91
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
Laércio. Seu Laércio é uma pessoa com pouca informação e, influenciado pela
mídia, aderiu ao agrotóxico Agropop. Então, surge o grande vilão da história:
a Indústria, que, arrogantemente, afirma que apenas atende aos desejos das
pessoas, dando a elas o que elas querem, sempre se beneficiando no final. O
fim da história chega quando Potter mostra para Juca que suas atitudes podem
contribuir para que as pessoas no futuro tenham melhores oportunidades e que
o menino pode contribuir para isso, informando-se e compartilhando tudo o
que descobriu, contribuindo, assim, para que as pessoas despertem com sua
mensagem. Assim, Potter pode voltar para o futuro com esperanças de que as
coisas mudem por lá.
Potter é um bioeticista que faz uma viagem do futuro para o passado tentando
entender o porquê de os seres humanos estarem tão doentes no futuro. Como não
existem mais animais, nem vegetação, o figurino do Potter do Futuro é baseado
em roupas futurísticas cobrindo o corpo todo, pois as condições no futuro não
permitem expor a pele ao ambiente. Sua respiração é feita por meio de um cilindro
de oxigênio que abriga uma árvore, dando oxigênio e vida a ele (Figura 2).
92
Juca é um menino bom, mas que às vezes não entende algumas coisas da
vida e acaba se metendo em confusões. Ele ajuda seu pai nas tarefas de casa,
no trabalho e teve que assumir a renda da família porque seu pai ficou doente,
representando o lado mais puro e sonhador do jovem, o qual acredita que o futuro
será melhor; no entanto, para isso, ele precisa trabalhar e ajudar seu pai, que é o
único que provê sustento a casa. Juca representa a esperança e o paciente moral
que, muitas vezes, não compreende as responsabilidades de seus atos, deixando
não só a si, mas também outras pessoas na vulnerabilidade (Figura 3).
A Professora de Juca tem muito carinho por ele, tentando sempre lhe mostrar
melhores atitudes. Ela representa a bioética, a sabedoria e o conhecimento,
buscando direcionar o caminho do respeito ao próximo e ao planeta (Figura 4).
93
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
94
Laércio, o Fazendeiro, representa o desconhecimento e a ignorância, utilizan-
do-se de produtos que ele nem sabe o que podem causar em outras pessoas. A
Indústria representa toda a ganância, colocando o lucro acima da qualidade de
vida das pessoas e dos seres vivos do planeta e que é responsável pelos processos
que degradam a biosfera (Figura 7).
RELATO DA EXPERIÊNCIA
A pesquisa aconteceu em um colégio estadual do município de Pinhais e contou
com a ajuda de alunas do PIBIT e PIBIC-JR (Andressa Azevedo e Natália Ferreira
Siqueira), além do professor responsável Robiran José dos Santos Junior, ideali-
zador do Projeto Ambiental Formiguinha, em funcionamento desde 2015, o qual
foi laureado com o Prêmio Jovem Bioeticista durante o XI Congresso Brasileiro
de Bioética em Curitiba. O público-alvo foi crianças do ensino fundamental entre
11 e 13 anos. A participação no processo ocorreu por meio de um convite feito
pelo professor para que as crianças participassem de um processo teatral e da
apresentação de um espetáculo. No dia combinado, apareceram 10 crianças inte-
ressadas e autorizadas pelos pais para participar do espetáculo, sendo proposta
95
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
uma missão para que elas pudessem ajudar o personagem “Potter do Futuro” a
salvar o planeta.
As crianças ainda pareciam tímidas, mas atentas à história que estava sendo
contada e, aos poucos, foram relaxando. Elas precisam se sentir seguras e confiar
no adulto que está trabalhando com elas, por isso devemos deixar um ambiente
leve, principalmente no primeiro contato. Começamos as atividades práticas e
tudo acabou sendo muito divertido, com exercícios que, a princípio, eram “brin-
cadeiras”, mas que estimulam habilidades importantes para o processo teatral.
Todos participaram das atividades e da construção do cenário programada para
que as próprias crianças o executassem com materiais reciclados. Nesse primeiro
dia, já conseguimos analisar um pouco o perfil de cada participante, e foi um dia
muito produtivo (Figura 9).
96
Figura 9. Registro de atividades dos encontros.
O processo iniciado nos ensaios foi baseado nos conceitos da bioética, objeti-
vando preparar os participantes para a contextualização do espetáculo. Também
ocorreu uma preparação do processo teatral embasada na técnica, como:
expressão corporal e vocal, conceitos de estruturas de cena e construção de
personagens. O cenário foi proposto para os participantes previamente, sendo
a sua construção realizada no final de todos os encontros, e o figurino proposto
97
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
98
4 Bioética; Bioética: ok. Não marquei a Faltaram 4 crianças, mas notei
Definição dos Nem todos entre- peça, fiz a leitura que 6 crianças estão indo prati-
personagens; garam a história do dos personagens camente a todos os encontros.
personagem; definidos. Defini a peça por consideração
Tarefa de casa: História
às crianças que não faltam e não
do Personagens; Defini os
marquei a peça porque é muito
Marcação da peça; personagens;
ruim marcar com faltas. Eles
Construção cenário. Não marquei a peça; estão muito empolgados e empe-
Construção do nhados, inclusive terminamos a
cenário. construção do cenário.
5 Bioética; Bioética: ok. Não marquei, mas 3 faltas, pedi para chamar mais
Aquecimento; Aquecimento não pedi para eles lerem crianças.
deu certo; o texto de pé e que Elas não gostam de fazer exer-
Apresentação do
improvisassem uma cícios de preparação, o que é
personagem; Deu certo a
marcação. fundamental para o processo
Marcação da peça. apresentação
do teatro, mas lembraram dos
Não marquei a peça.
conceitos da bioética, e percebo
que estão lendo seus persona-
gens em casa. Ficaram tímidas
com a apresentação da história
do personagem, mas quando eu
comecei a perguntar, mostraram
que sabiam do personagem. Não
marquei o espetáculo.
6 Bioética; Bioética: ok. Focamos na 4 faltas, mas as 6 crianças que
Aquecimento; Não fiz aquecimento; marcação da peça. sempre vão estão empolgadas
e focadas. Menino que ia fazer
Marcação do Marcamos a peça.
o personagem do Juca não
espetáculo.
apareceu, tomei a decisão de
chamar uma amiga atriz. Eles
estão executando muito bem as
tarefas.
7 Aquecimento; Não fiz aquecimento. Continuei priori- Todas as crianças que ficaram
Marcação da peça. Marquei a peça. zando a marcação. com personagens foram, só uma
criança que não, e estou tendo
problema com ela, pois desde os
primeiros encontros essa criança
não faz as atividades, não ajuda
e não lê o texto. Eles estão indo
bem, mas eu acredito que são
poucos ensaios e eles precisariam
de mais preparo. Muitos já estão
com o texto decorado.
8 Passar a peça. Passamos a peça. Sem. Passamos a peça e os textos indi-
viduas tentando focar na projeção
das falas. A maioria está com o
texto parcialmente decorado.
9 Aquecimento; Passar a peça: ok. Só 3 crianças foram, mas estão
Passar a peça. com o texto decorado. Passamos
a peça várias vezes.
99
CAPÍTULO 4
10 Passar a peça. Exercício relaxa- Passamos a peça. 3 crianças faltaram. Tentei fazer
mento: não. um relaxamento, mas elas são
muito resistentes a esses exer-
cícios. Passamos a peça duas
vezes. Decidi adiar o espetáculo
para que elas tenham mais tempo
de preparação, e tivemos que
marcar o espetáculo para o dia
de semana, pois não conseguirí-
amos as crianças para assistir no
final de semana. Por conta disso,
a atriz que ia fazer teve que sair e
tive que chamar outro ator. Ainda
tivemos a notícia de que talvez as
escolas entrariam em greve.
11 Passar a peça. Passamos a Peça. Sem. Muitos faltaram por conta da
greve. Passei as instruções para o
novo ator.
12 Passar a peça. Passamos a peça. Sem. Fiquei muito feliz, porque esse
ensaio não era pra acontecer
por conta das férias, mas todos
quiseram fazer esse encontro.
Estão indo muito bem, com os
textos decorados e executando
tudo muito bem. Tive que dar
mais um personagem a uma das
crianças que estão sempre indo,
porque a criança que fazia o
personagem não aparece.
13 Ensaio Geral. Passamos a peça Sem. Conseguimos passar o espetáculo
com tudo. com todos os elementos da peça,
só uma criança não foi. Todos
estavam com o texto decorado
e preparados. Eles estão indo
muito bem e já comentaram que
querem mais.
14 Apresentação. Ok. Sem. Como a peça era num lugar
aberto, no dia, a previsão do
tempo era de chuva e fiquei
apreensivo. Todos chegaram com
os figurinos e textos decorados.
A apresentação foi um sucesso,
todos se saíram muito bem,
apesar de falarem um pouco
baixo. As crianças que assistiram
pareciam empolgadas e focadas,
nem os barulhos externos atra-
palharam a concentração. Estou
muito feliz e orgulhoso com o
resultado.
100
A leitura do texto do espetáculo é outro ponto importante do processo teatral,
no qual as crianças se mostraram empolgadas e motivadas na primeira vez que
o leram, mas, quando descobriram que teriam que ler muitas vezes o mesmo
texto, elas se frustraram ou se desmotivaram. Por isso devemos mostrar a elas
que o sucesso só é alcançado quando trabalhamos, estudamos e nos dedicamos
a tudo o que nos propomos a realizar. É normal essa reação, mas o educador, que
entende as etapas necessárias a seguir, deve motivar o estudante, mostrando a
ele que será um caminho longo, mas que no final tudo isso valerá a pena. Também
é fundamental ao educador que utiliza essa ferramenta ter total controle de
tudo o que está acontecendo no projeto, inclusive nas tarefas que eles devem
executar sozinhos (Figura 10).
101
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
Em uma última análise, foi feito um relato acerca dos participantes que desis-
tiram ao longo do processo. O projeto começou com 11 crianças e algumas delas
apareceram só no primeiro encontro. Por conta da desistência do participante
que faria o personagem Juca, um ator foi chamado para viver o personagem. Um
103
CAPÍTULO 4
Ator 2. Era a participante mais tímida, porém muito esforçada. Decorou muito
bem os dois personagens propostos, sendo um deles em tão pouco tempo, já
que foi dado a ela depois da desistência de uma criança. Ao longo do processo,
mostrou responsabilidade, a qual não apresentou inicialmente, além da aquisição
de concentração e muito cuidado com o processo e os participantes. Apesar da
timidez e de falar um pouco mais baixo, teve um ótimo desempenho no processo
e na apresentação.
105
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
compreensiva e progrediu cada vez mais em seu senso crítico e seu pensamento
sustentável. Teve excepcional desempenho no processo e na apresentação.
Criatividade/iniciativa
Posicionamento ético
Trabalhou em equipe
Comprometimento
Sustentabilidade
Protagonismo
Senso Critico
Autocuidado
Cooperação
Autonomia
Alteridade
Precaução
Paciência
Respeito
Recusou
Cuidado
Sozinho
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
Dia 14
106
Dia 1
Dia 3
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 11
Dia 12
Dia 13
Dia 14
Dia 1
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
Dia 14
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 11
Dia 14
107
CAPÍTULO 4
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 12
Dia 13
Dia 14
Enfim chegou o grande dia. Como qualquer dia de estreia, o clima é sempre
tenso, apreensivo, para que tudo corra da melhor maneira possível. As crianças
estavam preocupadas, mas concentradas, e conseguimos realizar todos os
procedimentos pré-espetáculo. O teatro é mágico, e, quando o espetáculo vai
108
começar, essa magia toma conta de todos; a adrenalina no corpo e o nervosismo
transformam-se em arte, em magia que encanta o espectador. Vocês querem
sentir o que foi esse dia? Pode acessar aqui nesse endereço (Link: https://youtu.
be/sejktbzZ9bg).
Figura 14. Registros da apresentação do espetáculo (Link para ver como foi: https://youtu.be/
sejktbzZ9bg).
AVALIAÇÃO FINAL
Logo após a encenação, foi aplicado pós-teste, que foi dividido em 3 grupos
focais com 5 crianças em cada. O primeiro grupo foram as crianças que partici-
param do espetáculo, os Atores, no segundo grupo foram os Espectadores que
apenas assistiram à apresentação e os Espect/Atores que assistiram e parti-
ciparam do espetáculo interagindo com o mesmo. O pós-teste foi dividido em
109
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
110
Quadro 4. Respostas dos participantes da contação de história − pergunta 1: O que você vê
nesse caminho?
111
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
Quadro 5. Respostas dos participantes da contação de história − pergunta 2: O que você faz
nesse caminho?
Esta foi a terceira pergunta da contação de história: Quais são as decisões que
você toma para combater as injustiças que você vê? Novamente, nos grupos
do Atores e Espectadores, apareceu o protagonismo em compartilhar o conhe-
cimento adquirido para as pessoas ou as ações que cada um pode fazer efeti-
vamente. Já no grupo dos Espect/Atores, surgiu o questionamento referente ao
governo ou às profissões que possam assegurar mudanças (Quadro 6).
Quadro 6. Respostas dos participantes da contação de história − pergunta 3: Quais são as deci-
sões que você toma para combater as injustiças que você vê?
Quais são as decisões que você toma pra combater as injustiças que você
vê?
Atores Espect/Atores Espectadores
Espalhe para os outros Gente com falta de comer, muita gente Faria justiça.
saberem a sua opinião. morando na rua.
Chamar a atenção, catar as O governo não faz nada, tão sem Catar o lixo.
coisas. dinheiro.
Ajudar a pessoa a ver se tá Vou ser professora. Falar que tá poluindo o lugar,
fazendo certo. fazer uma propaganda.
Ajudar ela a ver o ato. Bióloga. Fazer cartazes.
Cientista.
112
A última pergunta foi: Chegando lá no final da estrada, o que você diz para
o Potter? Para os Atores, as respostas demonstraram conscientização por meio
dos ensinamentos do personagem, o que gerou mudanças. Os Espect/Atores
também tiveram uma conscientização apresentando esperança na possibilidade
de mudar as atitudes; além disso, alguns participantes se desculparam com o
personagem pelas ações da humanidade, no presente, terem contribuído para
um futuro tão triste. Já o grupo dos Espectadores agradeceram pela volta do
personagem ao passado, contribuindo, assim, para uma transformação nas
atitudes dos humanos (Quadro 7).
113
CAPÍTULO 4
114
Quadro 8. Frases dos desenhos do pós-teste dos três grupos.
115
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
Tabela 1. Categorização e comparação dos desenhos dos três grupos focais no pré-teste e pós-teste.
(N=56)
Danos 25% 0 1 1 0 1 0
Natureza 31,3% 1 5 0 5 0 5
Preservação 7,8% 2 5 0 1 1 5
Animais 7,8% 0 2 0 4 2 1
Coletivo 54,7% 4 5 4 5 1 5
Consumo 11,9% 0 1 4 3 2 1
Tecnologia 19% 4 0 3 1 3 1
Elementos da peça 0 0 3 0 0 0 2
Esperança 0 0 5 0 1 0 3
Conscientização 0 0 5 0 5 0 5
116
Os desenhos foram selecionados de acordo com a categorização da análise e
comparados entre pré e pós-teste. Depois, as imagens foram escolhidas quanto a
sua relevância para cada categorização e analisadas, mostrando que os desenhos
representam as atitudes da criança em relação a si por meio de figuras significa-
tivas do seu ambiente em um determinado momento da vida (Quadro 9).
117
CAPÍTULO 4
118
A pesquisa validou o uso do teatro como ferramenta educativa de comuni-
cação e de inserção da Bioética no ensino fundamental, uma vez que atestou
que a transposição da percepção do futuro infactível e individualista para o real
e comunitário pelas crianças independe do nível de participação na peça.
119
CAPÍTULO 4
Outro ponto importante tem a ver com o teatro e o seu potencial educacional,
que cria no espectador uma visão de outra perspectiva, adicionando simbolismo
e subjetividade. Chamamos de Catarse no teatro quando o espetador é puri-
ficado pela magia da encenação e isso faz com que desperte na realidade dos
participantes uma transformação de comportamento e conscientização, porque
transpõe o palco à realidade de quem participa2.
120
jado, autonomia e senso crítico, principalmente porque a técnica é estruturada
no acolher das realidades e experiências, dando voz a muitas pessoas que não
são ouvidas. Dessa maneira, dificilmente um ator reproduziria tão bem os anseios
e questionamentos vividos por aqueles que estão inseridos naquela realidade,
despertando soluções reais em uma realidade real2.
121
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação é o caminho necessário para a sobrevivência da espécie humana
e de todo o planeta, pois é por meio dela que se constrói conhecimento. Além
de criar afeto, respeito, cidadania, permite também que o estudante perceba
seu papel na sociedade. Este projeto conseguiu transpassar os muros da escola,
oportunizando uma perceptiva de futuro, além de contribuir na formação e no
desenvolvimento moral dos estudantes.
122
A Bioética é extremamente importante e deve ser inserida em todos os níveis
de ensino, assim como o Teatro, pois é por meio dele que conseguimos entender
que, sem a cooperação do outro, a dedicação, o comprometimento, o respeito e
o amor, o Teatro não acontece.
O Teatro caminha com o ser humano desde que ele se conhece no mundo,
porque o Teatro é o ser humano; o ser humano é capaz de se ver realizando e a
arte proporciona o olhar de outro olhar. O Teatro constrói sonhos, assim como
responsabilidade e empatia, também salva vidas, reconstrói confiança, estimula
a criatividade, o protagonismo, a boa leitura e a interpretação. O Teatro é uma
ferramenta que permite formar um ser humano integralmente, o ser humano do
futuro que precisa ter consciência dos seus atos, responsabilizando-se por eles e
entendendo que o desejo individual não pode ultrapassar a necessidade coletiva,
pois os humanos são parte desse sistema, e não superior a isso.
123
CAPÍTULO 4 Bioteatro: o teatro como ferramenta na inserção da bioética no ensino básico
AGRADECIMENTOS
À PUCPR e ao PPGB, pelo espaço e pelas ferramentas para a construção de
conhecimentos relevantes a todos. À Adriana Sottomaior, pelo carinho, dispo-
nibilidade e sensibilidade na construção do texto do espetáculo. Ao Professor
Robiran José dos Santos Junior, que com toda a disponibilidade e paciência,
auxiliou na execução do projeto e que brilhantemente realiza o Projeto Formi-
guinha com as crianças no colégio. À Andressa Azevedo e à Natália Ferreira
Siqueira, pelo amor, carinho e dedicação que tiveram em ajudar a concretizar
este projeto. Ao Colégio Estadual Deputado Arnaldo Faivro Busato, pelo espaço
e confiança. E claro, um agradecimento mais que especial, às crianças que parti-
ciparam do projeto, pelo respeito, comprometimento, carinho, e à criatividade
que dedicaram a esse projeto, tomando como seu o sonho do outro. Os estu-
dantes participaram voluntariamente da pesquisa.
Afinal, “A Arte é troca! Eu lhe dou todo o meu sangue e volto com um pouco
de seu coração!” (TUGREN)
124
CAPÍTULO 5
E agora, professor?
O que fazer
com toda essa
informação?
125
5
E
ntão, professor, animado para começar a colocar as suas
ideias em ação? A intenção desta obra é justamente
contribuir para que novas ferramentas de comunicação
sejam criadas, testadas, validadas e replicadas. Para que, dessa
forma, consigamos alcançar uma comunicação efetiva com a
criança e ensinar as bases bioéticas para uma deliberação justa.
126
A deliberação é uma técnica trabalhada na bioética, como podemos ver em
diferentes conflitos existentes em sociedades de diferentes culturas. Esse é
um ponto importante, a bioética é compreendida como uma ética prática e
sua função é ajudar na tomada de decisão para conflitos éticos decorrentes do
rápido avanço tecnocientífico da humanidade. Esses problemas são novos, logo
a sociedade não tem referencial ético, moral ou legal para saber o que é certo ou
errado. Outra característica desses conflitos, principalmente os que envolvem o
meio ambiente, é que são muito complexos. Possuem muitos agentes morais,
ou seja, muitas pessoas tomando decisões, embora os agentes morais tomem
decisão, como um cidadão que decide se vai ou não economizar água deixando
de lavar o quintal. Em outras situações eles são pacientes morais, pois políticos
e gestores dos recursos hídricos decidem se haverá racionamento ou o preço da
tarifa. Nessa situação ele não tem escolha, pois escolheram por ele. Então ele
passa de agente para paciente moral. A questão é justamente os critérios que
os agentes morais estão usando para embasar suas decisões. Casos esses crité-
rios sejam apenas baseados em seus interesses pessoais, os pacientes morais
que dependem de sua decisão podem estar em condição de vulnerabilidade.
Por exemplo, se o saneamento básico não é oferecido para uma determinada
parcela da população em decorrência do local de moradia não contemplar o uso
de recurso público, pode comprometer a integridade física dessa população, que
pode desenvolver doenças debilitantes e até morrerem.
127
CAPÍTULO 5
As comissões devem ter um contexto local, mas com um olhar global, pois
geralmente essas questões não são específicas de uma região, mas globalizadas.
Embora o problema seja global, a forma como é percebido e as soluções devem
ser locais, pois componentes culturais, sociais, econômicos e pessoais são condi-
cionantes do envolvimento da população com a questão e no comprometimento
da sua solução.
Para deliberar, ou seja, tomar uma decisão de como o grupo deve se posi-
cionar com relação àquela questão, demanda ouvir o outro. É fundamental ouvir
a todos, sem julgamento, acolhendo suas justificativas, interesses e valores.
Muitas vezes as pessoas tomam determinadas atitudes sem pensar, pois sempre
foi assim. Por exemplo, jogar lixo nos rios. A partir do momento em que ouve o
que o protetor das águas tem a dizer, do impacto da sua atitude na natureza
e no futuro, a pessoa tem uma chance de rever suas condutas e mudar cons-
cientemente. Durante o debate é importante buscarmos exemplos de como
situações de conflitos foram tomadas em outros momentos da história ou em
outros países. Entender quais eram as crenças e os valores que predominavam
naquele contexto, e avaliar se cabem ou não na situação que estamos vivendo.
Por exemplo, antigamente as pessoas dependiam dos animais para servirem
como método de transporte e até para fazer o serviço pesado de carga, mas será
que se justifica hoje diante da existência de veículos como caminhões, tratores,
carros, motos ou bicicletas?
128
Ressaltamos que também enxergamos as vulnerabilidades em que os profes-
sores se encontram, em que muitas vezes desejam de fato contribuir para um
mundo melhor, porém se veem destituídos de ferramentas pedagógicas, de
apoio das instituições, de capacitação técnica, e até mesmo de qualidade de
vida pessoal. Entendemos que, para fazer o bem para o outro, é necessário
estar bem. Por isso acolhemos todas os argumentos dos professores e intencio-
namos criar espaços para que sua voz alcance outros territórios. Nós confluímos
nas nossas pesquisas e nesta obra os olhares de professores que estão na linha
de frente, que lidam com o desafio das escolhas públicas e privadas, com as
angústias dessa nova geração ansiosa, com as consequências sociais, físicas e
emocionais da pandemia de covid-19. Por isso, convidamos vocês a se juntarem
a nós, a construirmos coletivamente, a criarmos e divulgarmos nossos sucessos
e, também, o que não deu muito certo. Escolhemos ser professores, pois nossa
alma conclama por essa oportunidade de plantar sementes de esperança de
um futuro possível, uma sociedade justa e inclusiva, para que todos os seres
vivos deste planeta – do presente e do futuro – tenham a oportunidade de viver
em um ambiente saudável com toda sua diversidade de experiências, sabores,
odores e sons! Contamos contigo!
129
Ilustração Marta L Fischer
130
Posfácio
Gerson Zafalon Martins¹
COMO A MARTA
131
Posfácio
“Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: ‘Veja!’ e, ao
falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo
se expande. Ele fica mais rico interiormente… E ficando mais rico interiormente
ele pode sentir mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.
Quero ensinar às crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são
dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a
capacidade de se assombrar diante do banal.
132
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos
palavras para melhorar os olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada
veem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente
abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro
da gente. São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas
não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida. Quem
não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança, jamais
será sábio.”
133
REFERÊNCIAS
Capítulo 1
1. TEIXEIRA, A.C. Internet e democratização do conhecimento: repensando o processo de exclusão social. Universi-
dade de Passo Fundo: UPF Editora: 2002.
2. LIDÓRIO, R., LIDÓRIO, R. Comunicação, Interculturalidade e Ética. Revolução eBook, 2016.
3. CALVO, P., SAHI, V.P., TREWAVAS, A. Are plants sentient?. Plant, Cell & Environment, 40(11), pp.2858-2869, 2017.
https://doi.org/10.1111/pce.13065.
4. CARTHY, J.D., HOUSE, P.E. Comportamento animal. São Paulo: EDUSP, 1980.
5. HARARI, Y.N. Sapiens: A Graphic History: The Birth of Humankind (Vol. 1). Harper Collins Publishers, 2020.
6. ABRANTES P. Evolução humana: estudos filosóficos. Revista de Filosofia Aurora, 3;25(36):75-105, 2013.
7. CARVALHO, A.M. Etologia e comportamento social. Psicologia: Reflexões (im) pertinentes. 195-224, 1998.
8. DEAG, J.M. O comportamento social dos animais. São Paulo: EDUSP, 276p, 2003.
9. CITELLI, A. Comunicação e educação: implicações contemporâneas. Comunicação & Educação, 30;15(2):13-27, 2010.
10. FISCHER, M.L., PAROLIN, L.C, VIEIRA, T.B., GARBADO, F.R. Bioética Ambiental e Educação Ambiental: levantando a
reflexão a partir da percepção. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 31;12(1):58-84, 2017.
11. FISCHER, M.L., FURLAN, A.L.D. Interfaces entre a Bioética Ambiental e a Educação Ambiental. In Sganzerla, Rauli
e Renk (org.) Bioética ambiental. Curitiba: PUCPRESS, 2018.
12. LUMMERTZ, T.B., FISCHER, M.L. Ferramentas de comunicação na bioética e sua sinergia com a Educação Ambiental.
Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 5;16(2):69-87, 2021.
13. FISCHER, M.L., MOSER, A.M., FURLAN, A.L.D. Bioética e Educação: a Utilização do Nivelamento Moral como Bali-
zador para Construção de um Agente Moral Consciente, Autônomo e Reflexivo. In RENK, V.E. Bioética e Educação:
Múltiplos Olhares Curitiba: Prisma, p. 33-67, 2016c.
14. SANTOS-JUNIOR R.J., FISCHER, M.L. Análise da fundamentação ética e legal das intervenções de Educação
Ambiental sob a perspectiva da Bioética Ambiental. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 1;19(3), 2020.
15. SANTOS-JUNIOR, R.J., FISCHER, M.L. A vulnerabilidade do professor diante dos desafios da educação ambiental.
Cadernos de Pesquisa, 50(178), pp.1022-1040, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/198053147037.
16. FISCHER, M.L., ZANATTA, A.A., FURLAN, A.L.D., ARTIGAS, N.A.S., SANTOS-JUNIOR, R.J., LUMMERTZ, T.B. A
sinergia da Biofilia e da Educação Ambiental no ensino básico. In: Valquiria Elita Renk. (Org.). Educação e bioética:
olhares plurais. 1ed. Curitiba: CRV, pp.65-84, 2020.
17. ARTIGAS, N.A.S., FISCHER, M.L. Limitações no cativeiro quanto a promoção de bem-estar em primatas na percepção
do visitante do Zoológico de Curitiba. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 14, n.1, pp. 49-68, 2019.
18. ARTIGAS, N.A.S., FISCHER, M.L. O Zoológico como recurso didático para Educação Ambiental. Revista Brasileira De
Educação Ambiental (RevBEA), v. 14, n.4, pp. 219-239, 2019.
19. LUMMERTZ, T. B., FISCHER, M.L. O Teatro como ferramenta de promoção de Educação Ambiental. Revista Brasileira
de Educação Ambiental (RevBEA), v. 12, n. 5, p. 56-72, 2017.
20. FISCHER, M.L., TRIGO-JUNIOR, H.T., VAN SPITZENBERGENE, B.A., ARTIGAS, N.A., LUMMERTZ, T.B. Educação
Ambiental e Bioética Ambiental: uma reflexão a partir dos instrumentos de avaliação. Revista Intersaberes,
13;14(33):609-, 2019.
21. FISCHER M.L., MARTINS, G.Z. O caminho do diálogo: proporcionando a vivência da Bioética no ensino fundamental,
CRM 2017. https://www.crmpr.org.br/uploadAddress/Livro_O-Caminho-do-Dialogo[3674].pdf
22. FISCHER M.L., Martins, G.Z. O Caminho do Diálogo 2: Promovendo a sinergia entre a Bioética, os Objetivos do Desen-
volvimento Sustentável e os estudantes do ensino médio. CRMPR, 2019. https://www.crmpr.org.br/uploadAddres-
s/O-Caminho-do-Dialogo-2[4204].pdf
134
23. FISCHER, M.L., CUNHA, T.R., ROTH, M.E., MARTINS, G.Z. Caminho do Diálogo: uma experiência bioética no ensino
fundamental. Revista Bioética, 25, 1, 2017.
24. FISCHER, M.L., CUNHA, T.R., LUMMERTZ, T.B., MARTINS, G.Z. Caminho do diálogo II: ampliando a experiência bioé-
tica para o ensino médio. Revista Bioética. 28(1):47-57, 2000.
25. FISCHER, M.L., FURLAN, A.L.D. Bioética e Educação: Concepção da Terminologia Bem-Estar-Animal por estudantes
do ensino básico. Revista Brasileira De Pesquisa Em Educação Em Ciências, 17: 399, 2017.
26. FISCHER, M.L., FURLAN, A.L.D. Metodologias ativas no ensino superior: é possível a substituição do uso de animais
nas aulas práticas de zoologia? In: Patricia Maria forte Rauli; Leide da Conceição Sanches, Ivete palmira sanson
Zagonel, Izabel Cristina Meister Martins Coelho, Rosiane Guetter Mello. (Org.). Bioética e Metodologias ativas no
ensino-aprendizagem. 1ed.Curitiba: CRV, p. 175-191, 2018.
27. FURLAN, A.L.D., FISCHER, M.L. Métodos Alternativos ao uso de animais como recurso didático: um novo paradigma
bioético para o ensino da zoologia. Educação Em Revista, 36: 1-16, 2020. https://doi.org/10.1590/0102-4698230590.
Capítulo 2
1. POTTER, V.R. Bioética: ponte para o futuro. 2016.
2. FISCHER, M.L., CUNHA, T., RENK, V., SGANZERLA, A., ZACARKIN, J.S. Da Ética Ambiental à Bioética Ambiental:
antecedentes, trajetórias e perspectivas. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. 24 (2): 391-409, 2017.
3. SGANZERLA, A., SCHRAMM, F.R. (Org.). Fundamentos da Bioética. 1. ed. Curitiba: CRV, v. 1. 290p, 2016.
4. FISCHER, M.L., MOLINARI, R.B. Bioética Ambiental: a retomada do cunho ecológico da Bioética. In: SGANZERLA, A.
SCHRAMM F.R. Fundamentos da Bioética. Série Bioética, vol. 3. Curitiba: CRV, p. 233-253, 2016.
5. HUME, D., Essays M. Political and Literary. Ed. Eugene F. Miller. Liberty Fund: Indianapolis, 1985.
6. WILLIAMS, B. Person’s, Character, and Morality. In: Moral Luck: Philosophical papers 1973-1980.
7. WILLIAMS, B. Cambridge: Cambridge university press, P. 1-19, 1981.
8. JONAS, H. O princípio da responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contra-
ponto Editora, PUC, 2006.
9. LAYRARGUES, P.P. (coord.). Identidades da Educação Ambiental Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente,
2004.
10. LOUREIRO, C.F.B. Premissas teóricas para uma Educação Ambiental transformadora. In: Ambiente & Educação –
Revista de Educação Ambiental da FURG, v.8, Rio Grande: Editora da FURG, 2003.
11. SAUVÉ, L. Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável: uma análise complexa. UFMT, 1996. Disponível em:
www.ufmt.br/revista/arquivo/rev10/educaçãoambientaledesenvolvimento. Acesso em: 15 mar. 2008.
12. ATTFIELD, R. Environmental Ethics: An overview for the twenty-first century. John Wiley & Sons, 2014.
13. KAHN P.H.J. The human relationship with nature: development and culture. Cambridge: MA: The MIT Press, 1999.
14. DRIVER, B.L., Dustin, D., Baltic, T., Elsner, G., Peterson, G. Nature and the human spirit: toward an expanded land
Management Ethic. State College, PA: Venture Publishing. 1996.
15. WILSON, E.O. Biophilia and the Conservation Ethic. In: Kellert S. a Wilson E.O. (eds.): The Biophilia Hypothesis. Shea-
rwater Books, Washington, D.C., pp.31–40, 1993.
16. WILSON, E.O. The meaning of human existence. WW Norton & Company, 2014.
17. ALMEIDA, A. Como se posicionam os professores perante manifestações culturais com impacto na natureza. Resul-
tados de uma investigação. Revista Electrónica Enseñanza de las Ciencias, v. 8, n. 2, 2009.
18. JUNGES, J.R. Ética Ecológica: Antropocentrismo ou Biocentrismo? Perspectiva Teológica, v. 33, n. 89, p. 33, 2001.
135
REFERÊNCIAS
19. GUSSOLI, F.K. A natureza como sujeito de direito na Constituição do Equador: considerações a partir do caso Vila-
camba. Jornada de Iniciação Científica, na Universidade Federal do Paraná, 2014.
20. ALMEIDA, A. Como se posicionam os professores perante a existência e utilização de zoológicos e parques afins.
Educação e Pesquisa, 34(2): 327-342, 2008.
21. BENTHAM, J. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. 2a ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (Os
Pensadores).
22. GUILLÉN, D.M.G. Ecología y bioética. Madrid, Universidad Pontificia Comillas, 1991.
23. KELLERT, S.R., BERRY, J.K. Knowledge, affection and basic attitudes toward animals in American society. Phase III.
1980.
24. SAUNDERS, C.D. The emerging field of conservation psychology. Human Ecology Review, p. 137-149, 2003.
25. GOMES, L.R. Moralidade e Moral Ecológica: contribuições para a prática docente. Educação: Teoria e Prática, 20(34),
151-168, 2010.
26. KOHLBERG, L. Psicologia del Desarrollo Moral. Bilbao: Desclée. 1992.
27. GARDNER, H. Frames of mind: The Theory of Multiple Intelligences. Basic Books. 1983.
28. GARDNER, H. Reflections on Multiple Intelligences: myths and messages. Phi Delta Kappan. 1995.
29. MORRIS, M. “Ch. 8. The Eight One: Naturalistic Intelligence”. In Kincheloe, Joe L. Multiple Intelligences Reconsi-
dered. Peter Lang. 2004.
30. LOUV, R. Last child in the woods: saving our children from nature-deficit disorder. Algonquin books, 2008.
31. CHARLES, C., LOUV, R. Children’s nature deficit: what we know and don’t know. Children and Nature Network, p. 1-32,
2009.
32. INHELDER, B., & PIAGET, J. The growth of logical thinking from childhood to adolescence: An essay on the construc-
tion of formal operational structures. New York: Basic Books, 1958. Doi:10.1037/10034-000.
33. WILSON, E.O. Biophilia. Cambridge: Harvard University Press, 1984.
34. LEOPOLD, A. A sand country almanac: with essays on conservation from round river. New York: Oxford University
Press. 1949.
35. SCHWEITZER, A. The Philosophy of Civilization. Prometheus Books, March 1, 1987.
36. SGANZERLA, A., RENK, V.E., RAULI, P.M.F. Bioética Ambiental. PUCPRess, 2018.
37. GOMES, L. R. Moralidade e respeito ao meio ambiente em crianças e adolescentes. Unpublished. Doutorado, Univer-
sidade Estadual Paulista, Araraquara. 2007.
38. ARMSTRONG, T. Multiple Intelligences in the classroom. Ascd, 2009.
39. WILSON, Edward O. A criação: como salvar a vida na Terra. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
40. CAPRA, F. Alfabetização Ecológica. Editora Cultrix, 2006.
41. ORR, D.W. et al. Ecological literacy: education and the transition to a postmodern world. Suny Press, 1992.
42. NACONECY, C.M. Sobre uma ética da vida: o biocentrismo moral e a noção de bio-respeito em ética ambiental. Tese
(Doutorado em Filosofia) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, Rio Grande do Sul, 2007.
43. GEORGESCU-ROEGEN, N. O decrescimento. Entropia–Ecologia–Economia. São Paulo: Ed. Senac, 2012.
44. BIAGGIO, A.M.B. Desenvolvimento Moral: análise psicológica. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, Rio de
Janeiro, v. 24, n. 1, p. 7-40, fev. 1972. ISSN 0004-2757. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/
abpa/article/view/16817/15628>. Acessado em 30 out. 2018.
45. LIMA G.F.C. Formação e dinâmica do campo da Educação Ambiental no Brasil: emergência, identidades, desafios.
2005.
46. BRÜGGER, P. Educação ou adestramento ambiental? 2ªedição. Florianópolis (SC): Letras contemporâneas, 1999.
47. LAYRARGUES, P.P., CASTRO, R.S. (Orgs.). Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Cortez,
p. 179-219, 2002.
48. SORRENTINO, M. De Tbilisi a Tessaloniki, a Educação Ambiental no Brasil. In: JACOBI, P. et al. (Orgs.). Educação,
meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA. p.27-32, 1998.
49. JACOBI, P.R. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, n. 118, p. 189-205, 2003.
50. SANTOS JUNIOR, R. J. Bioética na escola: batalhão mirim de Bioética Ambiental. In: Marta Luciane Fischer e Gerson
Zafalon Martins. (Org.). O Caminho do Diálogo: Proporcionando a Vivência da Bioética no Ensino Fundamental. 1ed.
Brasília: CFM, v. 1, p. 7-222, 2017.
51. SANTOS JUNIOR, R.J., FISCHER, M.L. A vulnerabilidade do professor diante dos desafios da educação ambiental.
Cadernos de Pesquisa, 50(178):1022-40, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/198053147037.
136
Capítulo 3
1. EFFTING, T.R. Educação Ambiental nas escolas públicas: realidade e desafios. Monografia (Pós-Graduação em “Latu
Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento Sustentável) Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do
Oeste, 2007.
2. REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. Brasiliense, Books Google, 2017.
3. ZICARDI, A., BRITO, L.M., PEDROSO, H., FILHO, A.R., ROSA, W.M. Abordagem da Educação Ambiental em escolas
particulares em São José Dos Campos. XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino
Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2007.
4. CARDOSO, K.M.M. Educação Ambiental nas escolas. Monografia de Graduação de Biologia, 2011.
5. MEDEIROS, M.C.S., RIBEIRO, M.C.M., FERREIRA, C.M.A. Meio Ambiente e Educação Ambiental nas escolas
públicas. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 92, 2011.
6. NARCIZO, K.R.S. Uma análise sobre a importância de trabalhar Educação Ambiental nas escolas. REMEA-Revista
Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 22, jan./jul. 2009.
7. BEREZUK, P.A., INADA, P. Avaliação dos laboratórios de Ciências e Biologia das Escolas Públicas e Particulares de
Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, Maringá, v. 32, n. 2, p. 207-215, 2010.
8. SENICIATO, T., CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em ciências: um estudo com
alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação (Bauru), v. 10, n. 1, p. 133-147, 2004.
9. PROFICE, C.C., PINHEIRO, J.Q., FANDI, A.C., GOMES, A.R. Janelas para a percepção infantil de ambientes naturais.
Psicologia em estudo, Maringá, v. 18, n. 3, p. 529-539, jul./set. 2013.
10. GONÇALVES, M.L.Q., REGALADO, L.B. A relação entre o homem e o animal silvestre como uma questão de Educação
Ambiental. Fórum Ambiental da Alta Paulista, Revista Eletrônica, v. 3, p. 309-330, 2007.
11. REBOLHO, M.C.T., CASAROTTO, R.A., JOÃO, S.M.A. Estratégias para ensino de hábitos posturais em crianças: história
em quadrinhos versus experiência prática. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 46-51, 2009.
12. ALVES, J.M. Histórias em quadrinhos e educação infantil. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 21, n. 3, p. 2-9,
2001.
13. ACHUTTI, M.R.G., BRANCO, J.O., ACHUTTI, W. A visão dos estudantes de ciências das 6ª séries sobre o papel do
Zoológico. II Simpósio Sul Brasileiro de educação Ambiental, I Encontro da Rede Sul Brasileira de Educação
ambiental e I Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul, UNIVALI/Itajaí, SC, 2003.
14. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Secretaria municipal do Meio Ambiente. Parque Iguaçu e Zoológico.
Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/parque-iguacu-zoologico/313. Acesso em: 21 jan. 2021.
15. WILSON, E.O. Biophilia. Cambridge: Harvard University Press, 1984.
16. POTTER, V.R. Bioética Global: construindo a partir do legado de Leopold. Tradução Cecília Camargo Bartalotti. São
Paulo, Edições Loyola, 2018.
17. JUNGES, J.R. What is the future of ethics teaching in the environmental sciences. International Journal of Ethics
Education, v. 1, p. 127-135, 2016.
18. FISCHER, M.L., CUNHA, T., RENK, V.E., SGANZERLA, A., SANTOS, J.Z. Da Ética Ambiental à Bioética Ambiental: ante-
cedentes, trajetórias e perspectivas. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 391-409,
2017a.
19. FISCHER, M.L., FURLAN, A.L.D. Interfaces entre a Bioética Ambiental e a Educação Ambiental. In SGANZERLA, A.,
RAULI, P.M.F., RENK, V.E. Bioética ambiental. Curitiba: PUCPRess, p. 135-163, 2018.
20. FISCHER, M.L., RENK, V.E., MOSER, A.M., ARTIGAS, N.A.S. Diálogos entre Bioética e Saúde Global: análise de usuá-
rios e usos de parques urbanos como indicadores éticos na promoção de bem-estar. Cadernos Metrópole, São Paulo,
v. 20, n. 42, p. 471-492, 2018.
21. NASCIMENTO, S.S., COSTA, C.B. Um final de semana no zoológico: um passeio educativo? Ensaio Pesquisa em
Educação em Ciências, v. 4, n. 1, jul. 2002.
22. JACOBI, P.R. Educação Ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação
e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 233-250, 2005.
23. INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS - IHU. Educação Ambiental – entrevista com Maria Cornélia Mergulhão. Dispo-
nível em: <http://www.ihu.unisinos.br/?q=educa%C3%A7%C3%A3o%20ambiental>. Acesso em: 30 de jan. 2019.
137
REFERÊNCIAS
24. OLIVEIRA, K.A., CORONA, H.M.P. A percepção ambiental como ferramenta de propostas educativas e de políticas
ambientais. Revista Científica ANAP Brasil, v. 1, n. 1, 2008.
25. FERREIRA, F., BOMFIM, Z.A.C. Sustentabilidade Ambiental: visão antropocêntrica ou biocêntrica? Ambientalmente
sustentable, ano V, v. I, n. 9-10, p. 37-51, 2010.
26. FISCHER, M.L., PROHNII, S. S., ARTIGAS, N.A.S., SILVERIO, R.A. Os zoológicos sob a perspectiva da bioética
ambiental: uma análise a partir do estudo de caso dos felídeos cativos. Revista Iberoamericana de Bioética, n. 4, p.
1-17, 2017b.
27. RECIO, M.A.L., MADRUGA, K.C.R., BILÉSIMO, T., ROSSI, C.R., BERNARDY, A.R., MUSSI, R. Educação ambiental e
implementação de políticas públicas: a experiência em Araranguá/SC, Revista Políticas Públicas & Cidades, v. 3, n. 2,
p. 100-119, 2015.
28. REIS, P., DALLAFAVERA, R.B. A influência midiática e do setor publicitário no consumo precoce: um olhar a partir da
educação ecológica para um consumo sustentável. Revista de Direito, Globalização e Responsabilidade nas Relações
de Consumo, Curitiba, v. 2, n. 2, p. 40-60, 2016.
29. RAYMUNDO, V.P. Construção e validação de instrumentos: um desafio para a psicolinguística. Letras de Hoje, Porto
Alegre, v. 44, n. 3, p. 86-93, 2009.
30. FISCHER, M.L., MOSER, A.M., DINIZ, A.L.F. Bioética e Educação: a utilização do nivelamento moral como balizador
para construção de um agente moral consciente, autônomo e reflexivo. In RENK, V.E. Bioética e educação: múltiplos
olhares. Curitiba: Prisma, p. 33-67, 2016.
31. DEMO, P. Escola pública e escola particular: semelhanças de dois imbróglios educacionais. Ensaio: avaliação e polí-
ticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 55, p. 181-206, 2007.
32. IACOB, M. Environmental Education: policy and practice. Revista de Gestão e Avaliação Educacional, v. 2, n. 4, p.
63-71, 2013.
33. CUNHA, I.V.P., ARANDAS, M.J.G., ARANDAS, J.K.G., ALVES, E.C.B.A., SOUSA, I.D.D., DIAS, S.M.S., SANTOS, K.R.P.
Avaliação da Educação Ambiental em escolas vinculadas a uma usina de cana-de-açúcar na Mata Sul de Pernambuco.
Biotemas, v. 26, n. 3, p. 221-229, set. 2013.
34. BEZERRA, T.M.O., FELICIANO, A.L.P., ALVES, A.G.C. Percepção Ambiental de alunos e professores do entorno da
Estação Ecológica de Caetés – Região Metropolitana do Recife-PE. Biotemas, v. 21, n. 1, p. 147-160, 2008.
35. CANDIDO, C., PRAMPERO, A.C., SOARES, C.A.P., GOMES, T.H.P. Recursos de ensino e aprendizagem: elaboração de
um material didático sobre o tema artrópodes destinado a alunos do ensino fundamental e médio. Cadernos da Peda-
gogia, São Carlos, v. 5, n. 10, p. 83-91, 2012.
36. DOURADO, L. Concepções e práticas dos professores de Ciências Naturais relativas à implementação integrada do
trabalho laboratorial e do trabalho de campo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 5, n. 1, p. 192-212,
2006.
37. PESSINI, L., BARCHIFONTAINE, C.P. Bioética, Frankenstein e a aposta em um futuro sustentável: desafios, temores
e esperança. São Paulo, Edição Loyola, 2018.
38. SOUZA, J.F.J., SHIMIZU, H.E. Representação Social acerca dos animais e bioética de proteção: subsídios à construção
da educação humanitária. Revista Bioética, v. 21, n. 3, p. 546-556, 2013.
39. FISCHER, M.L., TAMIOSO, P.R. Bioética Ambiental: concepção de estudantes universitários sobre o uso de animais
para consumo, trabalho, entretenimento e companhia. Ciências & Educação, v. 22, n. 1, p. 163-182. 2016.
40. FISCHER, M.L., OLIVEIRA, G.M.D. Ética no uso de animais: a experiência do Comitê de Ética no uso de animais da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Estudos de Biologia, v. 34, n. 83, p. 247-260, 2012.
41. TOMAS, S.R., CROMPTON, J.L., SCOTT, D. Assessing service quality and benefits sought among zoological park visi-
tors. Journal of Park & Recreation Administration, v. 21, n. 2, p. 105-124. 2003.
42. FERNANDEZ, E.J., TAMBORSKI, M.A., PICKENS, S.R., TIMBERLAKE, W. Animal – visitor interactions in the modern
zoo: conflicts and interventions. Applied Animal Behaviour Science, v. 120, p. 1-8, 2009.
43. MARINO, L., LILIENFELD, S.O., MALAMUD, R., NOBIS, N., BROGLIO, R. Do zoos and aquariums promote attitude
change in visitors? A critical evaluation of the American zoo and aquarium study. Society and Animals, v. 18, n. 2, p.
126-138, 2010.
44. SILVA, L.M. MARCHI, P.M. Realidade aumentada como meio de atração e ampliação da experiência nos zoológicos de
São Paulo. Revista de Iniciação Científica, Tecnológica e Artística, São Paulo, v. 5, n. 4, p. 33-45, 2015.
45. STAUDT, V.F., CUNHA, A.M. Parques temáticos como espaços de lazer e turismo: o caso do Alpen Park em Canela-RS.
Fólio-Revista Científica Digital-Jornalismo, Publicidade e Turismo, v. 17, n. 1, p. 111-131. 2016.
138
46. WILSON, E.O. O futuro da vida: um estudo da bioesfera para a proteção de todas as espécies, inclusive a humana.
Editora Campus. Tradução de Ronaldo Sérgio de Biasi – Rio de Janeiro, 2002.
47. GOMES, L.H., GARCIA, R.C.M., MALDONADO, N.A.C., VIEIRA, A.M.L., ALMEIDA, M., NUNES, V.F.P., CHIOZZOTTO,
E.N., ABDALLA, C.S.S., MAGNABOSCO, C., ANDRADE, R.L., SOUZA, T.C., CARREIRO, E.R. Formação de oficiais de
controle animal, um modelo inovador de aprendizagem / Animal control officers upgrading program: an innovative
apprenticeship model. BEPA- Boletim Epidemiológico Paulista, v. 6, n. 61, p. 4-9. 2009.
48. FISCHER M.L, ARTIGAS N.A. O Zoológico como recurso didático para Educação Ambiental. Revista Brasileira De
Educação Ambiental (RevBEA). 10;14(4):219-39, 2019. DOI: https://doi.org/10.34024/revbea.2019.v14.9645.
Capítulo 4
1. VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
2. BOAL, A. O arco-íris do desejo, método Boal de teatro e terapia. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro: Record, 2002.
3. POTTER, V.R. Bioética: Ponte para o futuro. São Paulo: Edições Loyola, 2016.
4. BIAGGIO, Â.M.B., VARGAS, G.A.O., MONTEIRO, J.K., SOUZA, L.K., TESCHE, S.L. Promoção de atitudes ambientais
favoráveis através de debates de dilemas ecológicos. Estudos de Psicologia, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 221-238, 1999.
5. KOHLBERG, L. Psicología del Desarrollo Moral. Bilbao: Desclée de Brouwer, 1992.
6. SPOLIN, V. Improvisações para o Teatro. São Paulo, Perspectiva, 1979.
7. BRECHT, B. Bertolt Brecht. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
8. LUMMERTZ, T.B., FISCHER, M.L. O Teatro como ferramenta de promoção de Educação Ambiental. Revista Brasileira
de Educação Ambiental (Revbea), São Paulo, V. 12, n 5: 56-72, 2017.
9. POTTER, V.R. Bioética Global: Construindo a partir do legado de Leopold. Editora Loyola, 2018.
10. KELLERT, S.R. The Value of Life. New York: Island Press, 1996.
11. GUILLÉN, D.M.G. Ecologia y Bioética. In: GAFO, Javier (ed.) Ética y ecologia. Universidade Pontifícia Comillas, Madrid,
1991.
12. WILSON, E.O. Biophilia. Cambridge MA: Harvard University Press, 1984.
13. LUQUET, G.H. O Desenho Infantil. Porto: Ed Minho, 1969.
14. KOPPITZ, E.M. El dibujo de la figura humana em los ninõs. Evolución Psicológica. B. Aires, Guadalupe. p. 391, 1976.
15. FISCHER, M.L., FURLAN, A.L.D. Interfaces entre a Bioética Ambiental e a Educação Ambiental. In: SGANZERLA,
Anor; RAULI, P.M.F., RENK, V.E. (org.). Bioética ambiental. Curitiba: Pucpress, 2018.
16. GARRIDO, R.G. Da Bioética Clínica à Bioética Ambiental. Diálogo & Ciência, v. 6, p. 11-24, 2008.
17. JONAS, H. O princípio da responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contra-
ponto, 2006.
18. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos. Editora Santos, J.E. Rima. ISBN: 85-86552-27-2, 2003.
19. FISCHER, M.L., MOSER, A.M., DINIZ, A.L.F. Bioética e Educação: utilização do nivelamento moral como balizador
para construção de um agente moral consciente, autônomo e reflexivo. In: RENK, V.E. (org.) Bioética e educação:
Múltiplos Olhares. Curitiba: Prismas, 2016.
20. FISCHER M.L., MARTINS, G.Z. O caminho do diálogo: proporcionando a vivência da Bioética no ensino fundamental,
CRM 2017. https://www.crmpr.org.br/uploadAddress/Livro_O-Caminho-do-Dialogo[3674].pdf.
21. SANTOS, M.M.O. A Bioética no processo de ensino aprendizagem na educação básica. Governo do Estado do Paraná,
Secretaria da Educação, 2014.
22. DUMARESQ, M.I.A., PRIEL, M.R., ROSITO, M.M.B. A Educação Bioética no ensino fundamental: um estudo a partir da
LDB e do PCN. Revista Contrapontos, Itajaí, v. 9, n. 2 p. 66-76, 2009.
23. MITRE, S. et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais.
Ciência e Saúde Coletiva, 13 (Sup 2): 2133-2144, 2008.
139
ÍNDICE REMISSIVO
A D
abolicionistas, 66, 75 decisões, 6, 7, 8, 9, 79, 84, 101, 102, 103, 116, 118, 119, 120
Acantonamento, 50 deliberação, 1, 8, 11, 115, 118, 120
adolescentes, 9, 37, 46, 76, 78, 120, 128 desenvolvimento tecnocientífico, 4
agentes morais, 14, 118 diálogo, 8, 14, 18, 40, 46, 54, 71, 74, 77, 79, 116, 125, 136
Alfabetização Ecológica, 32, 128 docentes, 20
animais não humanos, 4, 75
animal, 5, 9, 46, 51, 54, 58, 60, 62, 64, 68, 71, 75, 76, 77, 79,
123, 130, 134
E
aprendizado, 6, 7, 9, 11, 12, 29, 32, 36, 41, 45, 46, 60, 67, 71, EA, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 21, 30, 31, 33, 34, 36, 38, 39, 40, 42,
73, 78 43, 45, 46, 47, 50, 51, 70, 72, 73, 74, 75, 78
áreas urbanas, 18 ecocentrismo, 16
arte, 1, 81, 100, 116 ecologia, 35, 38, 135
aulas práticas, 46, 125 educação, 1, 6, 7, 10, 11, 14, 20, 21, 32, 35, 40, 48, 51, 71, 72,
autoavaliação, 21, 29, 38, 42 73, 76, 115, 116, 122, 123, 124, 129, 131, 132, 133, 136
autonomia, 5, 9, 19, 36, 37, 38, 41, 42, 70, 97, 98, 103, 113, Educação Ambiental, 15, 45, 48, 53, 57, 123, 124, 125, 126,
114, 116, 120 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135
avaliação, 7, 12, 50, 51, 55, 73, 111, 112, 125, 133 educador ambiental, 20, 34
entretenimento, 11, 133
equipe multidisciplinar, 12, 119
B equipe pedagógica, 46
biocentrismo, 16, 128 escola, 11, 14, 20, 21, 30, 34, 39, 40, 41, 43, 47, 48, 49, 50, 58,
biodiversidade, 7 59, 60, 62, 72, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 115, 122, 129, 133
bioética, 1, 3, 7, 8, 10, 11, 13, 14, 18, 19, 20, 21, 40, 41, 42, 43, escolhas, 6, 9, 52, 58, 66, 120
54, 70, 77, 81, 82, 84, 86, 89, 90, 92, 118, 119, 120, 124, estudante, 7, 11, 12, 20, 22, 24, 29, 41, 51, 93, 115, 116
125, 127, 132, 133 estudantes, 1, 7, 8, 10, 11, 12, 19, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 29, 30,
Bioética Ambiental, 11 31, 33, 34, 36, 38, 41, 42, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53,
biomedicina, 7 54, 55, 56, 59, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 68, 69, 71, 72, 73,
74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 97, 115, 117, 120, 125, 131, 133
C
F
cérebro, 4, 5, 9, 31, 32
fundamentação ética, 13, 15, 124
cidadão, 17, 19, 42, 70, 71, 79, 82, 118, 120
futuro, 7, 38, 82, 83, 84, 85, 87, 89, 101, 102, 104, 105, 106,
ciências, 12, 13, 19, 38, 51, 120, 130, 131
109, 110, 112, 115, 116, 119, 121, 126, 133, 134, 135
comissões, 119
comportamento, 6, 7, 17, 37, 54, 63, 64, 112, 123 H
comunicação, 1, 3, 4, 5, 6, 7, 11, 19, 83, 104, 106, 110, 111,
história, 1, 4, 26, 33, 43, 47, 50, 54, 55, 56, 57, 58, 68, 69, 78,
118, 124
83, 84, 85, 86, 89, 91, 92, 97, 100, 101, 102, 103, 104,
comunidade, 5, 20, 21, 43, 44, 46, 74, 75, 79 120, 130
conflito ético, 7 história em quadrinhos, 26, 33, 43, 50, 54, 57, 58, 68, 69, 78,
conscientização, 46, 47, 70, 73, 74, 75, 77, 79, 102, 104, 113 130
cooperação, 36, 37, 38, 42, 97, 99, 116 HQ, 47, 54, 55, 56, 61, 65, 66
criança, 4, 7, 32, 37, 50, 81, 83, 90, 92, 93, 97, 98, 108, 112, humanidade, 3, 4, 5, 7, 18, 34, 70, 104, 109, 118
115, 118, 123 humanidades, 7, 13
cultura, 6 humanos, 4, 5, 16, 18, 29, 31, 34, 46, 60, 70, 75, 77, 79, 85,
104, 105, 107, 109, 111, 116
140
I R
impacto social, 11 recurso didático, 11, 124, 126, 134
indivíduo, 5, 6, 7, 9, 13, 15, 16, 17, 19, 31, 33, 37, 71, 73, 76, recursos naturais, 7, 13, 16, 35
77, 82, 100 reflexão, 8, 11, 14, 22, 25, 38, 39, 46, 71, 111, 112, 115, 116,
instrumentos, 11, 12, 21, 30, 49, 125, 132 123, 125
integridade na pesquisa, 29 representações mentais, 3
inteligências, 14, 17, 18, 31
internet, 3, 4, 73
S
intervenções, 15, 26, 29, 30, 51, 54, 63, 111, 124
Sauvé, 34
senso crítico, 36, 42, 97, 98, 99, 113, 114
K sociedade, 5, 6, 11, 14, 15, 17, 18, 21, 24, 35, 39, 40, 42, 43, 47,
Kohlberg, 8, 17, 49, 83 70, 72, 74, 75, 76, 78, 87, 111, 115, 118, 121
socioambientais, 17, 21, 24, 35, 74
L
T
linguagem simbólica, 4
TCLE, 29, 48, 80
teatro, 1, 11, 81, 82, 85, 90, 91, 92, 94, 100, 110, 111, 112, 113,
M 135
meio ambiente, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 34, 35, 37, 40, 42, 46, Teatro, 81, 82, 83, 91, 100, 111, 116, 125, 135
47, 70, 71, 72, 73, 74, 84, 104, 105, 106, 115, 118, 128, 129 técnicas pedagógicas, 12
metodologia, 21, 25, 41, 50, 111 trabalho em grupo, 9, 98
N U
natureza, 4, 5, 15, 16, 17, 18, 19, 24, 29, 31, 32, 34, 35, 36, 37, Utilitarismo, 16
38, 40, 42, 47, 48, 66, 67, 70, 78, 79, 82, 95, 102, 103,
105, 106, 108, 109, 111, 112, 119, 127
nivelamento moral, 8, 10, 132, 136
V
valores, 6, 7, 8, 9, 11, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 25, 29, 30, 35,
P 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 45, 51, 61, 62, 66, 67, 68, 69,
71, 72, 76, 78, 82, 99, 111, 115, 119
pensamento científico, 11 valores morais, 6, 8, 17, 19, 37, 39, 42, 51, 82
percepção, 5, 10, 11, 15, 19, 26, 33, 34, 38, 42, 46, 49, 51, 68, vida, 5, 6, 7, 9, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 23, 25, 32, 33, 34, 36, 38,
71, 72, 76, 79, 82, 110, 115, 124, 130, 132 42, 51, 54, 70, 71, 75, 76, 78, 85, 87, 88, 94, 97, 101, 102,
percepção do ambiente, 15, 19, 26, 33, 34, 42 104, 106, 108, 111, 115, 116, 120, 122, 123, 128, 134
pesquisas científicas, 3 vulnerabilidades, 11, 14, 18, 43, 46, 75, 120
planeta, 7, 15, 33, 35, 75, 79, 82, 83, 84, 86, 88, 89, 105, 106,
112, 115, 116, 121
Z
Potter, 7, 70, 82, 83, 84, 85, 89, 91, 101, 102, 104, 105, 106
profissionalismo, 12 zoológico, 11, 45, 47, 50, 51, 54, 55, 56, 57, 59, 60, 62, 65, 67,
68, 70, 71, 76, 78, 79, 80, 131
Programa de Pós-graduação em Bioética, 1, 11, 44, 49
protagonismo, 36, 42, 97, 98, 103, 113, 114, 116
público-alvo, 88, 111
141