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Aula 01 e 02

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE SÃO


PAULO

HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO


Conceituação Geral.

Acidentes do Trabalho

PROFESSOR:
Felipe Mulazzani Melo
Instituto Federal de São Paulo - VTP
Mestre em Projetos e Sustentabilidade

CÂMPUS VOTUPORANGA - SP
Sumário
• Acidentes do Trabalho;
• Contexto material e humano da segurança;
• NR 18 – PCMAT;
• NR 5 - CIPA;
• NR 6 - EPI;
• NR 7 - PCMSO;
• NR 9 – PPRA;
• Procedimentos de Primeiros socorros;
• NR 17 – Ergonomia;
• Doenças ocupacionais;
• NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’s).
Histórico da segurança do Trabalho
Noções Históricas:
• No século X a.c, foi criada a lei “dente por dente, olho por olho” (lei de talião); esta
lei tinha a finalidade de fazer com que as pessoas que cometessem uma penalidade
fossem obrigadas a pagá-las da mesma forma.

CABRELON, 2014

• Apesar de muito radical, era a forma que, na época, os governantes acharam para
que as pessoas tivessem o comprometimento e responsabilidade ao construir
qualquer equipamento ou estabelecimento
Histórico da segurança do Trabalho
Noções Históricas:
• Os anos foram passando e os senhores da época medieval foram
adquirindo fórmulas de se proteger quanto aos riscos existentes nas
batalhas; e, mesmo sem saber, inventaram os primeiros equipamentos
que seriam utilizados como modelos para proteção individual, tais como:
Luvas de malha de aço, armaduras, perneiras de aço, coletes de ferro, o
que, atualmente, chamamos de EPIs – Equipamentos de Proteção
Individual.
• A primeira profissão alvo de pesquisa foi a dos escribas, que trabalhavam
fazendo escritas em livros, e, apesar de usarem penas para elaborar as
escritas, a quantidade de atividade repetidas diárias resultavam em lesões
nas mãos.
CABRELON, 2014
Histórico da segurança do Trabalho

fonte: Imagens do google


Histórico da segurança do Trabalho

Contexto:
• Revolução Industrial: A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças
que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal
particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal
pelo uso das máquinas;
• Até então não havia a preocupação com a Segurança do Trabalho, o Direito
do Trabalho ou quaisquer outros direitos sociais, gerando graves
problemas.
Histórico da segurança do Trabalho
Contexto:
• Em função do crescimento da industrialização, os galpões, velhos armazéns e
estábulos, eram rapidamente transformados em fábricas, colocando-se, no seu
interior, o maior número possível de máquinas de fiação e tecelagem. Surgiu, então,
em consequência disto, as seguintes anomalias nas instalações das fábricas, tais
como:
• Eram improvisadas, sem oferecer quaisquer garantias de segurança;
• O lay-out não era definido, aumentando assim, o risco de acidentes;
• O ambiente de trabalho era fechado, onde a ventilação era precária;
• A iluminação era deficiente;
• Local de trabalho sujo e sem quaisquer condições higiênicas;
• Condições gerais de trabalho agressivas;
• Exploração do trabalho (15h a 16h; mão de obra infantil).
Histórico da segurança do Trabalho

fonte: Imagens do google


Histórico da segurança do Trabalho
Nos dias de hoje, é impossível uma empresa não levar em conta o tripé
básico de sustentação.

Fonte: CABRELON, 2014


Introdução
Acidente de Trabalho: Qualquer evento indesejável, relacionado com o
exercício do trabalho, que provoque lesão nas pessoas, danos ao meio
ambiente, à propriedade da empresa, de terceiros ou até mesmo aos bens
públicos, conforme definição da NBR 14280 (ABNT, 2001).

Observações:

• Um acidente pode mudar totalmente a rotina e a vida de uma pessoa,


modificar sua razão de viver ou colocar em risco seus negócios e
propriedades;

• Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o acidente não é obra do


acaso e nem da falta de sorte;
Definições
A seguir são apresentadas algumas definições relativas aos acidentes de
trabalho:

• Acidente: Evento indesejável que resulta em morte, doença, lesão, dano


ou outras perdas. Exemplo: Ao fazer a usinagem de uma peça, se esta
soltar um pedaço muito grande, vindo de encontro ao rosto do trabalhador,
causando o corte e queimadura;

• Incidente: É um evento que tenha o potencial de levar a um acidente (não


necessariamente ocorreu o acidente). Exemplo: Uma peça está sendo
transportada por uma ponte rolante e cai, vindo a atingir o piso, porém, o
trabalhador não sofreu nenhuma lesão e a peça não sofreu nenhum dano;
Definições
A seguir são apresentadas algumas definições relativas aos acidentes de
trabalho:

• Acidente sem lesão: Acidente (ocorreu dano material), porém não


ocasionou nenhuma lesão pessoal.

• Acidente de trajeto: Acidente sofrido pelo empregado no percurso da


residência para o local de trabalho, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não
haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho;
Definições
A seguir são apresentadas algumas definições relativas aos acidentes de
trabalho:

• Circunstância indesejada: condição, ou um conjunto de condições, com


potencial de gerar acidentes ou incidentes. Exemplo: trabalhar embaixo de
locais com risco de queda do teto;

• Perigo: Fonte ou situação com potencial para provocar danos;

• Risco: Exposição de pessoas aos perigos. O risco pode ser dimensionado


em função da probabilidade e da gravidade do dano possível.
Definições

• Negligência: Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou


apresentar conduta que era esperada para a situação. Age com descuido,
indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções; → Omite;

• Imprudência: A imprudência, por sua vez, pressupõem uma ação


precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma
conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma
uma atitude diversa da esperada; → Não toma cuidado;
Definições

• Imperícia: Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a


inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou
ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Um
médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e
cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia → Não tem
conhecimento;
Definições
Classificação dos acidentes conforma sua gravidade:

• Fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao


trabalho;

• Grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença


que leve a perda permanente de funções orgânicas (por exemplo:
pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que necessitem
de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de causar
incapacidade permanente, queimaduras que atinjam toda a face ou mais de
30% da superfície corporal ou outros agravos que resultem em
incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias;
Definições
Classificação dos acidentes conforma sua gravidade:

• Moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações


anteriores e que a pessoa afetada fique incapaz de executar seu trabalho
normal durante três a trinta dias;

• Leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada


fique incapaz de executar seu trabalho por menos de três dias;

• Prejuízos: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento,


meio ambiente ou perdas na produção.
Definições
Observações:

• Não devemos nos ater simplesmente às atividades laborais, justamente


porque o acidente pode ser caracterizado desde o momento em que
profissional sai de sua residência em destino à empresa ou vice-versa.

• “Um funcionário que viaja pela empresa com destino a um determinado


local para executar atividades e, neste interim, ocorre um acidente, o qual
lhe traz prejuízo físico ou mental, será caracterizado como acidente de
trabalho, pelo simples fato deste profissional estar neste local por
solicitação da empresa, caso contrário, não teria se deslocado para o
ambiente.”
Definições
Diversas são as causas de acidentes do trabalho, porém, são agrupadas em
duas categorias:

• Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceitos de segurança,


podem causar ou favorecer as ocorrências;

• Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do


meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.
Definições
Características dos atos inseguros
• Estatisticamente, sabe-se que os atos inseguros são responsáveis por
mais de 90% dos acidentes das mais diversas naturezas;
• O ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como
por terceiros;
• A pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo
inseguramente;
• O ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às
normas ou regras constantes de regulamentos formalmente adotados,
mas também se caracteriza pela não observância de práticas de
segurança aceitas.
Definições
O ato inseguro normalmente decorre de situações, como:

• Deixar de tomar precauções na execução de determinadas tarefas;

• Não seguir normas de trabalhos existentes;

• Não seguir as normas de segurança existentes;

• Trabalhar em ritmo perigoso (muito lento ou muito rápido);

• Trabalhar sem que os dispositivos de segurança estejam


funcionando
Definições
O ato inseguro normalmente decorre de situações, como:

• Trabalhar com ferramentas inadequadas;

• Não usar equipamentos de proteção individual adequados;

• Distrair-se ou brincar no local de trabalho;

• Limpar máquinas em movimento;

• Realizar movimentos que podem causar lesões, como exibir


força com levantamento de peso;

• Descer ou subir escadas correndo;

• Usar ar comprimido para limpeza pessoal;


Definições
O ato inseguro normalmente decorre de situações, como:

• Jogar objetos em direção a outros colaboradores;

• Comer alimentos ou guarda-los em locais impróprios;

• Improvisar escadas (ex: subir em tambores);

• Lubrificar maquinas em movimento;

• Subir em escadas mal apoiadas;

• Fumar em local proibido;

• Usar EPI’S incorretamente.


Definições
Características das condições ambientais inseguras

• Ao longo dos anos, grande parte das indústrias deixam de trabalhar nas
manutenções preventivas, as quais levaram a ocorrência de diversos
acidentes. Estas situações geradas são consideradas como Condições
Ambientais de Insegurança.

• A negligência de muitos profissionais na ação efetiva de correção de riscos


evidentes, em máquinas e equipamentos, fez com que estes números
aumentassem cada vez mais em relação aos acidentes por condições
indevidas de trabalho.
Periculosidade e Insalubridade
Apesar dos termos serem bem parecidos, existem diferenças entre
periculosidade e insalubridade que devem ser consideradas pelo empregador
no momento do registro e contracheque:
Periculosidade: está relacionada ao risco de vida em que o trabalhador fica
exposto para executar sua função. Um exemplo são os colaboradores que
atuam com explosivos, segurança pessoal ou patrimonial.
• A periculosidade é determinada pelo risco iminente de morte durante o
trabalho. A permanência constante ou habitualidade não é relevante para a
caracterização da periculosidade, uma vez que, poucos minutos
submetidos às condições perigosas são suficientes para fazer com que o
empregado fique inválido ou esteja sob risco de vida.
• O trabalho em situações perigosas garante ao trabalhador um adicional de
30% incidente sobre o salário-base.
Periculosidade e Insalubridade

Insalubridade: é caracterizada quando o empregado está exposto, durante o


dia a dia de trabalho, a agentes nocivos à saúde como produtos químicos,
ruídos, exposição ao calor, dentre outros;

• O trabalho insalubre é aquele que coloca em risco a saúde, o bem-estar e a


integridade física e psíquica do funcionário ao longo do tempo. Esse tipo de
exposição é regulamentado pelos artigos 189 e 192 da CLT e pela Norma
Regulamentadora (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego;
• O funcionário que atua em condições insalubres tem direito a um adicional
que varia entre 10% e 40% do salário mínimo, dependendo do grau de
insalubridade a que está exposto: mínimo, médio e máximo
Periculosidade e Insalubridade
Ambientes: Periculosidade e Insalubridade

Fonte: imagens do google


Quadro para cálculo do nível de risco
Quadro para cálculo do nível de risco
A tabela é muito utilizada no momento de liberações de trabalhos através da ART-
Análise de Riscos de Trabalho e PT – Permissão de Trabalho, os quais auxiliam os
profissionais da área de Segurança do Trabalho a identificar os níveis de riscos de cada
tarefa e definir ações necessárias para saná-los.

Exemplo 1: O trabalhador irá acessar um uma


plataforma acima de 10 metros sem utilização de
equipamentos de segurança.

Avaliar a
correção
custo/benefí
cio

Multiplica-se as linhas e colunas


Comunicação de Acidentes
Comunicação de Acidentes
Comunicação de Acidentes
Comunicação de Acidentes
Comunicação de Acidentes
Comunicação de Acidentes

Como obter o
formulário de
Comunicação de
Acidente de
Trabalho?
https://www.gov.br/pt-
br/servicos/registrar-comunicacao-de-
acidente-de-trabalho-cat
Comunicação de Acidentes

Como obter o
formulário de
Comunicação de
Acidente de
Trabalho?
https://www.gov.br/pt-
br/servicos/registrar-comunicacao-de-
acidente-de-trabalho-cat
Referências Bibliográficas
Bibliografia Básica:
• ADDIS, Bill. Edificação - 3000 Anos de Projeto, Engenharia e Arquitetura.
Porto Alegre: Bookman, 2009.
• YAZIGI, W. Técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: PINI, 2009.
• SEGURANÇA e medicina do trabalho. 67. Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
(Manuais de Legislação Atlas)
Introdução: DOENÇAS OCUPACIONAIS
Acidentes de Trabalho X Doenças do trabalho:

O acidente de trabalho representa uma interrupção súbita no processo de


trabalho, traumática para o acidentado, diferente das doenças profissionais ou
do trabalho que tem caráter progressivo e em boa parte dos casos
irreversíveis, implicando um processo lento de degeneração orgânica do qual
muitas vezes o próprio trabalhador não se dá conta.

Pela ausência inicial de sintomatologia clínica, as patologias profissionais


permitem – ao contrário dos acidentes – que o indivíduo prossiga trabalhando
até que se torne inútil para a produção e seja substituído por outro.
Introdução

Há muito tempo se sabe que o trabalho, quando executado sob


determinadas condições, pode causar doenças, encurtar a vida ou matar
os trabalhadores.

O desgaste do corpo durante o processo produtivo gera patologias


específicas para cada tipo de atividade ocupacional.
Introdução

Em relação às condições de trabalho, as doenças ocupacionais estão divididas


em quatro categorias:
• Riscos Biológicos;
• Riscos Químicos;
• Riscos Físicos;
• Riscos Ergonômicos;
1 – Riscos Biológicos

Definição: Os riscos biológicos ocorrem por


meio de microorganismos que, quando entram
em contato com o ser humano, podendo
causar diversas doenças.
1 – Riscos Biológicos

As doenças infecciosas e parasitárias relacionadas


ao trabalho apresentam algumas características
que as distinguem dos demais grupos:

• Os agentes não são de natureza ocupacional, e sim as condições ou


circunstâncias em que o trabalho é executado e que são
favorecedoras do contato, contágio ou transmissão.

• São causadas por agentes que estão disseminados no meio


ambiente, dependentes de condições ambientais e de saneamento.
1 – Riscos Biológicos
Alguns agentes infecciosos que podem ter relação com o trabalho
sendo eles:
• Vírus;
• Bactérias;
• Parasitas;
• Protozoários;
• Fungos;
• Bacilos.

Fonte: imagens do google


1 – Riscos Biológicos
Para que uma substância seja nociva ao homem, é preciso que ela
entre em contato com o organismo, podendo acontecer:
• Ingestão de a água e alimentos contaminados em geral;
• Inalação através das vias respiratórias superiores: gotículas
expelidas pela boca e pelo nariz contendo vírus diversos;
• Penetração através das mucosas;
• Penetração através de solução de continuidade: feridas cirúrgicas,
ferimentos acidentais, tecidos necrosados e queimaduras;
• Introdução no organismo com auxílio de objetos e instrumentos;
• Introdução em tecido muscular ou na corrente sanguínea, por
picadas de inseto ou por mordedura de animais
1 – Riscos Biológicos
1 – Riscos Biológicos
2 – Riscos Químicos
Definição: são substâncias ou produtos que podem
contaminar o ambiente de trabalho e,
consequentemente, o organismo humano.
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho
encontram-se na forma sólida, líquida e gasosa e
classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases,
vapores, neblinas, substâncias compostas e produtos
químicos em geral.
2 – Riscos Químicos

As vias de penetração dos agentes químicos são: via cutânea


(pele); via digestiva (boca) e via respiratória (nariz).
A penetração dos agentes químicos no organismo depende de
seu modo de utilização.
2 – Riscos Químicos
Exemplo de doenças ocupacionais devido a agentes químicos

Dermatose ocupacional
A dermatose é uma doença de pele caracterizada por manifestações alérgicas
constantes. Essas manifestações podem se dar por meio da formação de
bolhas, coceiras, inflamações e descamação da pele.
A exposição prolongada a agentes nocivos químicos, podem afetar o
trabalhador. Alta luminosidade ou radiação também podem ser causadores da
doença.
2 – Riscos Químicos
Exemplo de doenças ocupacionais devido a agentes químicos

Câncer
Apesar de ser uma doença que afeta grande parte da população, o que
muitos não sabem é que um câncer pode ser desenvolvido em ambientes
de trabalho. Tumores de pulmão, pele, fígado, bexiga, laringe e até
leucemia podem estar ligados às condições laborais dos operários.

Há uma gama de possibilidades quanto às causas dessa doença, mas a


exposição diária a agentes químicos cancerígenos como níquel, cromo,
urânio e vinil pode ser uma delas.
2 – Riscos Químicos

Doenças respiratórias
Entre todas as doenças ocupacionais, as respiratórias são as mais
frequentes, porque muitos fatores podem contribuir para o aparecimento
de problemas.

Inalar agentes químicos tóxicos por longos períodos, por exemplo, pode
resultar em uma alergia crônica. Caso não seja solucionada, essa
alergia pode causar a obstrução das vias respiratórias do colaborador.
2 – Riscos Químicos

Problemas de visão
Dependendo da função ou da atividade exercida pelo trabalhador, seus
olhos podem estar vulneráveis a vários riscos.

A exposição a agentes físicos e mecânicos costuma ser bem conhecida,


mas devemos nos atentar também aos agentes químicos, biológicos e ao
esforço demasiado.

Essas doenças podem se tornar perceptíveis quando o funcionário começa


a sentir leves desconfortos nos olhos, podendo progredir para transtornos
mais graves, catarata ou cegueira.
3 – Riscos Físicos
Definição: são resultantes da troca de energia entre o organismo e o
ambiente de trabalho, em quantidade que pode causar o desconforto,
acidentes ou doenças do trabalho;

Fonte: imagens do google


3 – Riscos Físicos
3 – Riscos Físicos
Ruído
Os termos som e ruído são definidos: som é utilizado
para as sensações prazerosas como música ou fala,
enquanto que ruído é usado para descrever um som
indesejável como buzina, explosão, barulho de trânsito e
máquinas.

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas emitem ruídos


que podem atingir níveis excessivos, podendo, a curto, médio e longo
prazos provocar sérios prejuízos à saúde dos empregados. Conforme
o tempo de exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual, as
alterações danosas podem manifestar-se imediata ou gradualmente.
3 – Riscos Físicos
Ruído
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição
ocupacional. Considerando que a audição humana é sensível para cada
frequência de som, entre 20 a 20.000Hz, é importante considerar esse fator
que compõe o ruído, e não apenas sua intensidade.
3 – Riscos Físicos
Ruído

Vídeo sobre os efeitos do ruído no corpo:

https://www.youtube.com/watch?v=0uMAdHGmwgE
4 – Riscos Ergonômicos
Definição: são as condições de trabalho que não são adaptadas às
características físicas e psicofisiológicas das pessoas;

Fonte: imagens do google


4 – Riscos Ergonômicos
Podemos descrever risco ergonômico como aqueles resultantes da
falta de adaptação do trabalho ao homem, gerando sobrecarga nas
estruturas musculoesqueléticas como esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequadas, repetitividade, controle rígido de produtividade,
imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno,
jornada de trabalho prolongada, e que geralmente dão origem à
fadiga, à lombalgia, a doenças osteomusculares.
4 – Riscos Ergonômicos
Lesões por esforços repetitivos (LER) / distúrbios Osteomusculares
relacionados ao trabalho (DORT)
LER é uma síndrome que inclui um grupo de doenças com sintomas como dor
nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los,
formigamento, fadiga muscular e redução na amplitude do movimento;
LER (Lesão por Esforço Repetitivo) não é propriamente uma doença. É uma
síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite,
bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do
desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta
músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e
sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dor e
inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida
4 – Riscos Ergonômicos
Lesões por esforços repetitivos (LER) / distúrbios
Osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT)
A incidência de LER/DORT em membros superiores aumentou
dramaticamente ao longo das últimas décadas em todo o mundo.
Estudos realizados nos EUA apontam que cerca de 65% de todas as
patologias registradas como ocupacionais são de LER/DORT.
No Brasil, o aumento na incidência de LER/DORT pode ser observado
nas estatísticas do INSS de concessão de benefícios por doenças
profissionais. Segundo os dados disponíveis, respondem por mais de
80% dos diagnósticos que resultaram em concessão de auxílio-
acidente e aposentadoria por invalidez pela Previdência Social em
1998.
4 – Riscos Ergonômicos
Tempos modernos→ Trabalho repetitivo:

Explicação do conceito de LER/DORT:


https://www.youtube.com/watch?v=7Nxw_nZUFZI

Tempos Modernos (Trabalho repetitivo):


https://www.youtube.com/watch?v=yAXdP3StGSc
Introdução: NORMAS REGULAMENTADORAS (NR’s)
As Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e medicina do
trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;

• “O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre


segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação
das penalidades previstas na legislação pertinente.”
Introdução

Características:
• Atualmente existem 37 NR’s, sendo a NR 37 última norma regulamentadora
incluída em 20/12/2018 e trata Segurança e saúde em plataformas de
petróleo;
• Foram aprovadas pela Portaria 3214, de 8 de junho de 1978;
• Cada NR abordará um tema específico relacionado a higiene e segurança
no trabalho;
• Devido à relação entre as NR’s, de nada adianta atender uma NR sem
levar em consideração a outra.
Introdução
As NR’s estão dispostas, gratuitamente, no site:

http://www.guiatrabalhista.com.br/l
egislacao/nrs.htm
Introdução
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR1: Disposições Gerais


Objetivos principais das normas
regulamentadoras
NR2: Inspeção Prévia
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR3: Embargo ou Interdição


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR4: SESMT

É constituído por profissionais da área da saúde, que têm como


função principal proteger a integridade física dos trabalhadores
dentro das empresas.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR5: CIPA
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR6: EPI
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR7: PCMSO
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR8: Edificações
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR9: PPRA

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR10: Eletricidade
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR11: Materiais
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR12: Máquinas
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR13: Caldeiras
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR14: Fornos
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR15: Insalubridade
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR16: Periculosidade
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR17: Ergonomia
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR18: Construção Civil


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR19: Explosivos
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR20: Combustíveis
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR21: Céu Aberto


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR22: Mineração
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR23: Incêndios
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR24: Higiene e Conforto


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR25: Resíduos
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR26: Sinalização
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR27: Registro Profissional


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR28: Fiscalizações
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR29: Portuária
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR30: Aquaviário
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR31: Rural
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR32: Serviços de saúde

NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de


medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde em geral.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR33: Espaços Confinados


Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR34: Naval

NR34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção e Reparação Naval

Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e


ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção, reparação e
desmonte naval.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR35: Trabalho em Altura

NR35 - Trabalho em Altura

Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em


altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR36: Frigoríficos
NR36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados

Estabelece os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos


riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a
garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho,
sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras –
NR do Ministério do Trabalho e Emprego.
Objetivos principais das normas
regulamentadoras

NR37: Plataforma de Petróleo

NR37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo

Estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no


trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais
Brasileiras – AJB.
Referências Bibliográficas
Bibliografia Complementar:
• ABDALA, R. V. Ergonomia, know how, São Paulo, 2014;
• ALVES, A. C.; PHILIPPI Jr.; A.; ROMÉRIO, M de A.; BRUNA, G. C. – Meio
Ambiente, Direito e Cidadania- São Paulo: Signius Editora, 2002.
• CABRELON, J. Introdução à engenharia do trabalho, know how, São Paulo,
2014;
• CHING, Francis D. K. Técnicas de construção ilustradas, 4.ed.Porto Alegre:
Bookman, 2010.
• DELBONO, B. F. E. Legislação e Normatização Aplicada, know how, São
Paulo, 2013;
• PEREIRA, M. E. Higiene Laboral, know how, São Paulo, 2015;
• SALIBA,Tuffi, Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional, LTr
Editora, São Paulo, 2004.

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