Estimulação Da Capacidade de Tomada de Decisões - Livro
Estimulação Da Capacidade de Tomada de Decisões - Livro
Estimulação Da Capacidade de Tomada de Decisões - Livro
de tomada de decisões
EDITORES DA SÉRIE
Cristiana Castanho de Almeida Rocca
Telma Pantano
Antonio de Pádua Serafim
Estimulação da
capacidade de tomada
de decisões
AUTORES
Talita Helena Spada
Priscila Lima Cerqueira Ferreira Sertori
Cristiana Castanho de Almeida Rocca
Telma Pantano
Antonio de Pádua Serafim
Copyright © Editora Manole Ltda., 2021, por meio de contrato com os editores e os autores.
A edição desta obra foi financiada com recursos da Editora Manole Ltda., um projeto de iniciativa da Fundação Faculdade de
Medicina em conjunto e com a anuência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP.
1ª edição – 2021
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
EDITORES DA
SÉRIE PSICOLOGIA E NEUROCIÊNCIAS
Telma Pantano
Fonoaudióloga e Psicopedagoga do Serviço de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Vice-coordenadora do Hospital Dia Infantil do
Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP e especialista em Linguagem. Mestre e Doutora em Ciências e Pós-
doutora em Psiquiatria pela FMUSP. Master em Neurociências pela Universidade de Barcelona, Espanha.
Professora e Coordenadora dos cursos de Neurociências e Neuroeducação pelo Centro de Estudos em
Fonoaudiologia Clínica.
Telma Pantano
Fonoaudióloga e Psicopedagoga do Serviço de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Vice-coordenadora do Hospital Dia Infantil do
Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP e especialista em Linguagem. Mestre e Doutora em Ciências e Pós-
doutora em Psiquiatria pela FMUSP. Master em Neurociências pela Universidade de Barcelona, Espanha.
Professora e Coordenadora dos cursos de Neurociências e Neuroeducação pelo Centro de Estudos em
Fonoaudiologia Clínica.
Apresentação da Série
Introdução
Estrutura do treino de tomada de decisão
Objetivo
Procedimentos
Dica para o mediador
Sessões
Sessão 1 – Psicoeducação
Sessão 2 – Discutindo os prós e contras das mudanças
Sessão 3 – Choque das comparações
Sessão 4 – Montando frases
Sessão 5 – Ajudando a dar solução
Sessão 6 – Jogos para treinar o cérebro
Sessão 7 – Resolvendo labirintos
Sessão 8 – Resolvendo as situações
Sessão 9 – Criando histórias
Sessão 10 – Pensando na vida diária
Sessão 11 – Ciclo das decisões
Sessão 12 – Situações de vida diária
Anexos
Anexo A – Escala de Apoio
Anexo B – Termômetro das Emoções
Anexo C – Pensômetro para familiares
Anexo D – Pensômetro para participante do grupo
Anexo E – Ciclo da Tomada de Decisão
Anexo F – Tabela dos Pensamentos
Anexo G – Recuperando a Atividade
Anexo H – Labirintos
Referências bibliográficas
Slides
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE
Os slides coloridos para uso nas sessões de atendimento estão disponíveis no site:
manoleeducacao.com.br/conteudo-complementar/saude
(Voucher: CONCENTRACAO)
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INTRODUÇÃO
O termo função executiva passou por várias revisões ao longo dos anos. As formas de atividades
conscientes devem ser apontadas como sistemas funcionais complexos e a sua localização não deve ser
estabelecida de forma rígida, mas levando em conta que é um sistema randomizado e complexo1.
Função executiva diz respeito a um conjunto de processos cognitivos que incluem iniciação, inibição de
comportamentos, raciocínio verbal, resolução de problemas, planejamento de ações, sequenciamento,
automonitoramento, flexibilidade cognitiva e tomada de decisão, entre outros. Dessa maneira, essas funções
controlam e organizam o comportamento humano em benefício de um objetivo específico2.
As funções executivas abrangem vários comportamentos, sendo então divididas em funções frias e
quentes. As primeiras referem-se a aspectos lógicos e abstratos, não dependendo da ativação emocional para
seu desempenho afetivo; já as funções quentes estão correlacionadas a aspectos relacionados à emoção,
envolvendo de forma direta a regulação de comportamentos sociais e de conflitos. Essa diferenciação em
funções quentes e frias também está relacionada ao lado do cérebro em que estão localizadas: as quentes
estão associadas às regiões ventrais e mediais, enquanto as funções frias estão relacionadas à região
dorsolateral do córtex pré-frontal3.
Segundo Bechara4, a tomada de decisão é uma das várias funções executivas que o ser humano tem para
auxiliar seu comportamento e é uma das funções mais importantes, pois auxilia-o a conviver em sociedade,
ou seja, ajuda a emitir comportamentos mais assertivos e está devidamente interligada com a funcionalidade
do córtex pré-frontal, de modo que, com qualquer alteração nessa porção do cérebro, os comportamentos do
sujeito podem sofrer alterações. Com base na classificação já descrita, essa função está correlacionada como
uma “função quente”, pois nela são envolvidas as questões de sentimentos.
De acordo com Butman e Allegri5, a tomada de decisão pode ser definida como a capacidade de escolher
uma determinada opção de resposta entre muitas opções disponíveis, em um momento específico e uma
determinada situação. Assim, para que o sujeito consiga ter essa capacidade de decisão, torna-se necessário
o conhecimento da situação, a identificação das opções de ação, e a previsão mínima das consequências
imediatas ou futuras de cada uma das ações como opção de escolha.
Para Cardoso e Cotrena2, a tomada de decisão é concebida como função cognitiva essencial para que o
sujeito tenha uma interação adequada no contexto social. Outro ponto que esses autores ressaltam é a
definição dessa função para a psicologia cognitiva, definindo como a capacidade de optar entre várias
opções de resposta e ressaltando que, para essa capacidade de escolha, o sujeito se utiliza da lógica formal
para auxiliá-lo na resolução de problemas.
A tomada de decisão foi muito estudada ao longo do tempo, porém Antônio Damasio em meados dos
anos 1990 começou a estudar a tomada de decisão e a maneira como ela impacta na vida diária do ser
humano, assim percebendo que, juntamente com a tomada de decisão, há fatores denominados marcadores
somáticos5.
Segundo Damasio, esses marcadores somáticos são alterações corpóreas espontâneas, compreendidas
como modificações vegetativas, neuroendócrinas, musculares, que auxiliam para uma tomada de decisão
mais favorável em longo prazo. Assim, esses marcadores somáticos são influenciáveis por associações das
experiências de vida do sujeito ao longo de sua vida, tanto as atuais quanto as passadas, passando a atuar
como sinais de alerta, não conscientes, que têm a capacidade de expandir a precisão e acabam influenciando
o processo de tomada de decisão, ao adiantar as possíveis consequências de uma determinada ação.
Segundo o autor citado, o comportamento de tomar uma decisão está intrinsecamente ligado aos
processos atencionais e à memória operacional. Isso ocorre porque os sistemas que coordenam ambos estão
localizados no córtex pré-frontal e essa porção do cérebro está ligada a todo o resto da massa encefálica. A
memória operacional está ligada à tomada de decisão, porque ela ajudaria o sujeito a recordar estímulos
anteriormente vividos, naquele momento em que está sendo exigida essa habilidade4.
De acordo com Damasio, encontramos autores como Mischel6, que considera que a atenção está
intimamente ligada à tomada de decisão e às funções executivas, pois auxiliaria o indivíduo a esfriar os seus
impulsos e, assim, passar a pensar e concentrar a atenção, conseguindo flexibilizar-se e alcançar os seus
objetivos.
Para que essa função possa ser avaliada, Bechara e Damasio4 criaram uma tarefa chamada Iowa
Gambling Task (IGT), um jogo de cartas que tem o objetivo de avaliar as habilidades de tomada de decisão a
partir de uma situação da vida cotidiana.
Os treinos de uma forma geral são um dos componentes que, se integrados e bem organizados, permitem
desenvolver propostas de reabilitação. O treino de tomada de decisão constitui-se como um dos
componentes a serem considerados dentro de uma proposta de estimulação ou reabilitação das funções
executivas. A reabilitação torna-se assim um processo mais complexo e integrado do que o treino e envolve
o desenvolvimento de estratégias internas e externas, a modificação do ambiente, a orientação e a mudança
de manejo de familiares ou cuidadores e a intervenção farmacológica7.
Em acordo com a proposta acima citada, autores como Wilson9 referem que a reabilitação é um termo
mais amplo que tem como objetivo auxiliar na adaptação do sujeito no ambiente onde ele está inserido, após
alguma lesão cerebral ou devido a dificuldades decorrentes de transtornos psiquiátricos. Dessa forma, a
reabilitação objetiva resgatar a capacidade de o sujeito processar, interpretar e conseguir apresentar uma
resposta adequada aos estímulos do ambiente e também fazê-lo criar estratégias e procedimentos para
compensar as funções perdidas, necessárias nos ambientes familiar, social, educacional e ocupacional. A
reabilitação com enfoque cognitivo visa a restabelecer a memória, a linguagem, a motricidade e as funções
executivas.
Já o treino cognitivo, se usado de forma isolada, permite que seja utilizado em diversas situações uma
vez que a capacidade focada é necessária para a regulação e mehora do comportamento final. Pode ser
utilizada de forma a estimular ou aprimorar a capacidade-alvo10.
Uma das técnicas mais utilizadas para a estimulação das funções executivas é a Goal Management
Training (GMT), que tem como objetivo gerenciar as tarefas a partir de cinco passos denominados
“pensamentos básicos”:
Este trabalho denominado Estimulação da capacidade de tomada de decisões foi elaborado a partir de
um projeto institucional no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP) e seu objetivo foi estruturar um treino cognitivo para auxiliar
na reabilitação/estimulação no processo de tomada de decisão de pais e adultos acompanhados no serviço.
Foi desenvolvido em doze sessões com atividades que proporcionem o treino e a conscientização dessas
funções.
Antes de iniciar, é necessário entender a estruturação das sessões. As primeiras três atividades
encontradas a seguir referem-se a questões psicoeducacionais que envolvem principalmente a aprendizagem
necessária para que um problema possa ser reconhecido e o que pode ser considerado falha no processo de
tomada de decisão. As outras seis atividades que se seguem são relacionadas à estimulação da cognição,
contendo treinos que favorecem a atenção, a memória, o raciocínio lógico que são habilidades diretamente
relacionadas às funções executivas como um todo, mas são de fundamental importância para a tomada de
decisão. Para finalizar, são apresentadas atividades que auxiliam e orientam os participantes na hora de se
planejar e tomar decisões.
OBJETIVO
Número
da Atividade Habilidades requeridas Objetivo
sessão
Explanação de como os
Identificação das variáveis que
participantes se sentem
Discutindo os prós e contras da podem ocorrer diante das
2 realizando essa tarefa e em
mudança diferentes escolhas feitas no
outros momentos e explicação
processo de tomada de decisão
com exemplos de prós e contras
Orientar os participantes de
forma individual em relação às
Trabalha situações da vida diária
situações propostas; sempre
5 Ajudando a dar soluções que estimulam a tomada de
antes verificar o comportamento
decisão
que os participantes teriam antes
de qualquer orientação
Retomar a importância de
sempre relembrar o ciclo da
11 Ciclo das tomadas de decisões Planejamento tomada de decisões e tentar
correlacionar a tomada de
decisão com uma emoção
Retomar a importância de
sempre relembrar e usar o ciclo
Situações cotidianas para se Planejamento, tomada de
12 da tomada de decisões e tentar
planejar decisão e raciocínio lógico
correlacionar a tomada de
decisão com uma emoção
DICA PARA O MEDIADOR
Considere que os pais são modelos quanto a regulação dos comportamentos das crianças. Os temas
trabalhados neste treino têm por finalidade instrumentalizá-los quanto a recursos para que possam ajudar
seus filhos no planejamento de situações cotidianas, nas quais é preciso tomar decisões.
Para tanto é importante que o profissional que esteja na condução do grupo também seja um modelo
para eles, o que significa ficar atento para posturas ponderadas quando for necessário intervir em alguma
colocação feita pelos participantes. Críticas devem ser evitadas, abrindo espaço para questionamentos que
promovam uma atitude reflexiva. Em alguns momentos, pode ocorrer “um desvio” dos assuntos alvos das
sessões, sendo necessário fazer a ligação entre o comentário expresso daquele momento e o tema abordado.
Trabalhar com pais é lidar com expectativas e ansiedades. Neste sentido, quando o trabalho é
apresentado, os mesmos acreditam que aquilo ajudará de fato a lidar com as crianças, então é necessário
explicar que todas as informações passadas irão se acomodar com o tempo, na vida diária de cada um. Por
outro lado, há pais que percebem as intervenções como algo arbitrário, algo relacionado a “treinamento e
ensinamentos”, sendo necessário tranquilizá-los e demonstrar que o objetivo do grupo é informar e
promover uma reflexão e o desenvolvimento de melhores estratégias em situações conflituosas nas quais
precisam tomar uma decisão
SESSÕES
SESSÃO 1 – PSICOEDUCAÇÃO
Slide 1.1
É necessário o mediador explicar aos participantes do grupo sobre como serão esses 12 encontros,
investigando primeiro as ideias que eles trazem. Deste modo, é interessante perguntar: “o que vocês esperam
destes encontros? O que vocês entendem sobre tomada de decisão?”
O mediador pode promover uma conversa com o grupo, podendo assim tirar dúvidas que podem
aparecer sobre o grupo e explicar que a participação ativa (fazendo comentários) é muito importante neste
momento.
Slide 1.2
Explicar que este grupo tem como objetivo falar sobre situações do cotidiano dos participantes, sobre
como eles se percebem tomando decisões no dia a dia. As situações que serão expostas durante as sessões
poderão representar como os participantes se sentem e, caso se sintam à vontade, eles poderão dar exemplos
de situações da vida deles.
É necessário deixar claro que não há respostas certas ou erradas, mas é indicada a importância da
participação de todos.
Slide 1.3
Para que eles entendam minimamente o funcionamento do grupo, o mediador deve ler o exemplo de
uma situação do cotidiano das crianças que está no slide e perguntar o que elas fariam se fossem a pessoa do
exemplo.
“Você está no seu primeiro dia de trabalho. De manhã, você fez amizade com uma pessoa, que lhe
chamou para almoçar, mas agora você acabou de ser chamado por outra pessoa, o que fazer?”
Após a resposta, enfatizar que, para darem a resposta, eles tiveram que tomar uma decisão sobre o que
fazer.
Exemplo 2:
“Almoçaria somente com a pessoa que me chamou e não iria almoçar com a outra pessoa.” Neste
exemplo de resposta, o mediador deve questionar:
“Você acredita que esse comportamento te trará benefícios nas relações?”
“O que você pensa sobre a possibilidade de juntar os dois colegas de trabalho neste almoço?”
“Você acha que seu novo amigo ficaria chateado?”
“O que seu primeiro amigo acharia da sua atitude?”
Exemplo 3:
“Eu não faria nada!” Quando uma resposta assim aparece, o mediador deve chamar e colocar o
participante, na situação, e questioná-lo:
“Como o(a) senhor(a) agiria para ajudar a resolver o problema?” Neste exemplo em específico, o
mediador deve auxiliar o participante a instigar a resolver essa situação de forma coerente e mais
próxima de comportamentos adaptativos.
Slide 1.4
Explicar que neste momento é importante que eles respondam a Escala Likert de Apoio. O mediador
pede a eles que parem e reflitam sobre o seu dia a dia em cada resposta dada. Nesse momento será realizada
a escala de apoio. Para respondê-la é necessário que os participantes pensem nas situações do cotidiano.
O mediador pode utilizar a Escala de Apoio (Anexo A) nesta primeira sessão e reaplicá-la na última
sessão. O objetivo desta coleta de dados é aproximar o mediador do seu grupo, conhecendo as características
que são contempladas na escala. O mediador poderá quantificar as respostas para identificar mudanças de
comportamento/pensamento nos participantes do grupo ao final do processo.
Essa Escala de Apoio também é um instrumento que pode auxiliar para conhecer o tipo de público com
que você está trabalhando, servindo como norteador das intervenções.
Slide 1.5
Neste momento o mediador tem que deixar claro que o assunto enfatizado nesses 12 encontros é a
tomada de decisão, podendo realizar a seguinte pergunta também para os participantes: “Como fazemos as
nossas escolhas?”.
Slide 1.6
Este slide é utilizado para introduzir e explicar as definições de tomada de decisão (assunto do treino). O
mediador deve explicar as definições de tomada de decisão, como essa função se apresenta em nossa vida
cotidiana e o motivo de os participantes estarem inseridos neste grupo. As definições de tomada de decisão
foram retiradas de Bechara e Damasio11.
Reforçando conceitos com o mediador
Slide 1.7
Aqui é o momento de explorar possíveis falhas na tomada de decisão com o grupo. Você pode enumerar
estas três dificuldades, mas, se sentir à vontade, pode explanar mais algumas áreas. A seguir, um exemplo de
explicação com o slide:
“As dificuldades em se organizar e planejar estão relacionadas a dificuldades de entender os diferentes
passos lógicos para realizar atividades práticas. Para muitas pessoas, essa dificuldade leva ao não
cumprimento da tarefa, ao adiamento de sua realização, aos sentimentos de menos valia e de desempenho
abaixo do esperado.”
Os prejuízos ao funcionamento causado por falhas de organização e planejamento influenciam na
tomada de decisão e podem acarretar dificuldades nos ambientes familiar, laboral e social.
Nesse momento, é frequente aparecer reações dos participantes: “Sou eu! Parece comigo!”.
Slide 1.8
Agora é o momento de exemplificar as dificuldades e começar a preparar o grupo para a tarefa em si.
Leia a tabela e no final questione se conseguem se identificar com as situações.
Incentive, explicando para os participantes que essas dificuldades podem ocorrer, que aquelas que você
está pontuando são as mais comuns e que você estará lá para conversar com eles sobre exatamente isso.
Slide 1.9
Aqui o mediador pode perguntar ao grupo como eles se sentem diante dessas situações e causar uma
breve discussão, para verificar se os participantes estão se identificando com as explicações dadas até o
presente momento.
Aqui também podem surgir discussões que levam à tabela do slide 1.8, assim tendo que reforçar que
essas dificuldades são recorrentes quando não se consegue tomar uma decisão.
O mediador sempre deve oscilar nos exemplos, verbalizando conteúdos que abrangem a vida diária dos
participantes.
Aqui também o mediador deve acolher o grupo, pois é o momento em que todos começam a perceber
que têm dificuldades de se planejar, de escolher e fatidicamente de tomar uma decisão de forma correta.
Dica para o mediador
Quando falamos em acolher, estamos falando em incentivar os participantes a continuar no grupo,
porque estas ansiedades poderão ser “trabalhadas” no decorrer do processo.
Slide 1.10
Neste slide, o mediador faz perguntas abertas ao grupo, como forma de indagação/provocação, para
incentivar o grupo para a tarefa que virá adiante. É algo simples como forma de motivar o grupo a se
empenhar na tarefa.
Slide 1.11
Neste momento, o mediador deve sugerir e apresentar pela primeira vez o modelo para tomar uma
decisão, adaptado pelo Goal Management Training (GMT). Assim, começa-se a introduzir o conceito
principal para uma boa resolução de problemas tentando minimizar conflitos.
“O que você acha se diante de uma dificuldade a gente fizesse este passo a passo? Você acha que
funciona?”
Pode ocorrer que nesse momento os participantes se admirem ou demonstrem que de fato eles não
pensam assim no dia a dia, começando então a ter a sensibilidade de que esse esquema é possível de se
utilizar na vida cotidiana com seus filhos e até mesmo em suas próprias vidas.
Slide 1.12
O mediador neste momento pode brincar falando: “Chega de conversar e vamos pôr a mão na massa. Ou
como todos dizem, vamos trabalhar.”
Slide 1.13
Lápis ou caneta.
Escala de Apoio (Anexo A).
Folhas de papel sulfite.
Recuperando a Atividade (Anexo G).
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Slide 1.14
Distribuir as folhas de papel sulfite e instruir que eles façam a lista pensando no que eles esperam do
treinamento. Devem então fazer uma lista com os objetivos que eles desejam alcançar com essas
intervenções.
Comando: “Agora eu quero que vocês elaborem uma lista de desejos, do que vocês acreditam que
possam alcançar com este grupo ou de como ele será. Darei 5 minutos para isso.”
Slide 1.15
Antes de iniciar de fato a tarefa, o mediador deve relembrar o passo a passo sugerido, ou seja, o ciclo da
tomada de decisão, e orientar para que eles tentem fazer a tarefa, sempre lembrando desse breve esquema, e
que percebam se ele ajuda ou atrapalha na hora de construção da lista. No final o mediador pode reforçar
que esse esquema pode ser usado em todas as tarefas de tomada de decisão.
Slide 1.16
É importante incentivar que todos os participantes realizem a tarefa, utilizando as frases motivacionais.
Mas pode ocorrer de algum dos participantes não querer fazer a tarefa solicitada. Nesse momento o
mediador deve reforçar e incentivar a participação de todos, dizendo que eles conseguem.
Aqui neste exemplo o mediador deve explicar novamente a importância de ter claros os objetivos da
tarefa e sua importância. O aplicador tem que ser claro sobre seus objetivos, para que consiga chegar ao
final da tarefa.
Também pode acontecer de os participantes não entenderem o comando, por exemplo: “Como assim,
criar uma lista?”. Responder: “De como será o grupo, como tomar decisões mais rápido, saber argumentar
as suas escolhas, não ter medo de demonstrar as opiniões ou se você acredita que pode alcançar algum
objetivo por meio do grupo...”
Slide 1.17
O participante sempre irá nutrir alguma expectativa em relação ao grupo, mas é necessário falar que
também podem aparecer dificuldades. Nesse momento, deve-se introduzir a pergunta: “Vocês acham que
podem surgir dificuldades durante as nossas tarefas?”.
Aqui o mediador terá que lidar com as possíveis frustrações que ocorram, pois essa pergunta pode
despertar o sentimento de fracasso, de que eles não vão conseguir realizar a tarefa proposta. Caberá ao
mediador acalmá-los e falar: “Tudo é um processo e estamos aqui para construir esse processo juntos”.
No grupo experimental foi observado que os acompanhantes indagavam perguntas, por exemplo, se há
remédio para a tomada de decisão, se de fato o grupo ia resolver as dificuldades com seus filhos. A resposta
a ser dada nesses casos é: “O remédio não existe ou há medicações que podem até auxiliar a melhorar o
processo, mas há também o nosso 50% envolvido no processo. Entretanto, se pegarmos essas dicas dadas
aqui e as transpormos para nossa vida diária, há como identificar mudanças. A repetição é o melhor caminho
a ser feito”.
Slide 1.18
Neste primeiro momento você pode pedir para eles realizarem uma lista com cinco dificuldades que eles
sintam durante o dia a dia deles. Caso percebam timidez ou medo de se expor para o grupo, você pode pedir
para eles relembrarem cinco dificuldades do quadro apresentado anteriormente.
Slide 1.19
Neste slide, o mediador mostra que o processo de tomada de decisão também está ligado a atenção,
memória e aprendizagem e que, quando eles estão com dificuldade nessas áreas, isso pode indicar também
um prejuízo na tomada de decisão.
Slide 1.20
Neste slide, para começar a finalização da atividade, o mediador tem que expor que às vezes eles
também sentem dificuldades em decidir algo, pois a sua atenção pode estar voltada para outra atividade ou
pensamento que não tem nada a ver com o momento. Assim eles se dispersam e não conseguem prestar
atenção no que está sendo pedido11.
Exemplo: aqui, você pode estar olhando para mim, mas pensando em qualquer outra coisa, ou seja, sua
atenção não está voltada para o que estamos fazendo.
O mediador deve completar que, às vezes, a memória pode falhar, por exemplo, quando eles esquecem a
ordem dada ou o que lhes foi pedido e, por isso, na hora de escolher ou tomar a decisão, não conseguem
decidir11.
Exemplo: se você não está tendo a atenção direcionada ao grupo, quando eu pedir para você lembrar
cinco itens da tabela sobre as dificuldades, você não lembrará o que eu falei.
Dificuldades no processo de aprendizagem também podem ocorrer. Deste modo, se você tem um
prejuízo na tomada de decisão automaticamente a atenção, memória e aprendizagem estarão prejudicadas.
Ao longo das sessões os participantes poderão identificar a sua dificuldade e a partir disso melhorar o
rendimento nesses processos.
Exemplo: “Se você não está mantendo atenção na atividade, terá dificuldade para armazenar a
informação e evocar posteriormente, tanto no curto prazo quanto no longo prazo, o que prejudica
diretamente a aprendizagem.”
Slide 1.21
Neste slide, o mediador tem que deixar claro aos participantes que os conceitos apresentados
previamente apresentam um funcionamento interligado, mas, para facilitar a compreensão, é feita a divisão
nos conceitos. Sendo assim, quando um deles está prejudicado, todo o sistema é afetado.
Quando não se consegue decidir de forma correta, esse fato irá interferir na vida. No caso das crianças,
isso pode aparecer no processo de aprendizagem, que é a escola.
Para explicar tudo o que foi falado acima, o mediador pode verbalizar: “A atenção, a memória e a
aprendizagem são processos que precisamos utilizar para compreender uma situação e decidir o que e como
fazer, sendo necessários para se tomar uma decisão.”
Slide 1.22
A utilização do Recuperando a Atividade (Anexo G) é uma forma de o mediador reforçar essas três
funções e ir começando a estimulação para que esses processos que iremos trabalhar se fixem e se tornem
automáticos para os participantes a longo prazo.
Slide 2.1
Para iniciar a Sessão 2, o mediador pode aplicar o Termômetro (Anexo B), por meio do qual se pode
saber quais são as expectativas para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo para não chegar já
realizando a tarefa.
Slide 2.2
Neste momento podemos conversar um pouco com os participantes do grupo. Conforme eles forem
fazendo o termômetro, pode acontecer de um dos participantes falar: “Não sei como estou me sentindo!”
O papel do mediador é incentivar a participação e estimular para que olhem para si. Assim podemos
falar: “Perceba-se. Como você está? De alguma forma você está se sentindo!”
Slide 2.3
Dada a frase no slide “ficar irritado e decidir por impulso, fazer o trabalho escolar de qualquer jeito. Isso
dá certo ou errado?”, o mediador a lê e pergunta aos participantes o que eles acham, questionando se essa
conduta dá certo ou errado.
Neste momento o grupo irá dizer o que eles pensam sobre as respostas imediatas e como eles percebem
as consequências dessas situações.
Slide 2.4
Neste momento o aplicador apresentará a ideia de que uma resposta imediata pode prejudicar a
realização de planos de longo prazo.
O mediador deve introduzir a noção de comportamentos de longo versus curto prazo e que sempre há
consequências nas duas escolhas.
Nos grupos experimentais ocorreram diversos tipos de resposta, como os que se seguem.
Exemplo 1:
“É uma solução, mas talvez não a certa!” Aqui o mediador deve ir esmiuçando o que o grupo vem
trazendo, como:
“Por que vocês acham que não é o certo ainda?” Permaneça conversan- do com o grupo, deve ser
uma discussão em que eles naturalmente vão achando os prós e contras da situação.
Exemplo 2:
“Com certeza não é o certo a se fazer!” Nesse exemplo o mediador reforça esse tipo de resposta,
pois é a mais próxima de comportamentos adaptativos.
Exemplo 3:
“Está certo isso aí, eu não mudaria nada!” Em um dos grupos experimentais, um dos participantes
respondeu este diálogo. Nesse momento, o mediador deve tentar entender o porquê dessa resposta,
perguntando:
“Por que você acha que está certo?”
“Mas você não teria que refazer a tarefa depois?”
“Você resolveu o seu problema de uma vez por todas?” Se a resposta persistir, temos que trazer o
participante para a discussão, perguntando-lhe:
“Como você resolveria essa situação?”
Tente explicar para ele por que não é correta essa solução para a situação: “Você acha que essa
tomada de decisão te beneficia ou atrapalha?”
Slide 2.5
Apresentar os prós e contras antes de agir a partir do exemplo da lição de casa. Essa orientação deve ser
usada para as escolhas do cotidiano, assim, eles irão generalizar o aprendizado das sessões.
Neste slide, o mediador apresenta as vantagens de realizar uma tarefa desse modo, por exemplo, a
pessoa que solicitou a tarefa vai achar que está tudo feito, assim evitando conflitos entre você e ela. Neste
momento pode-se abrir uma breve discussão para este assunto e deixar o grupo começar a elucubrar para
esse recorte da vida cotidiana.
Slide 2.6
Neste slide, o mediador irá trazer as consequências negativas, mostrando que essa atitude pode
prejudicar em longo prazo a impressão causada na pessoa que solicitou algo, desta maneira causando
impressões sobre o seu desempenho.
Neste momento pode ocorrer de os participantes questionarem o que foi falado, assim, o mediador terá
que ir respondendo esses questionamentos, salientando que as perguntas sempre devem ser devolvidas ao
grupo, para causar uma reflexão, perguntando: “O que o grupo acha?”
Slide 2.7
Agora você deve falar que irão começar a atividade do dia e que é muito importante que eles se
empenhem para que tudo dê certo no final. Motive-os sempre.
Slide 2.8
Slide 2.9
Neste momento o mediador irá pedir para os participantes do grupo pensarem em alguma situação que
eles estejam vivendo e criarem uma lista de prós e contras da situação que eles querem decidir.
Slide 2.10
Para ajudar na compreensão de como será essa tabela de prós e contras é importante o mediador fazer
uma atividade com os participantes para eles visualizarem e entenderem como fazer na hora em que
estiverem sozinhos. O mediador lê para o grupo a situação criada para praticar.
Conforme você propuser a atividade, mostrar a folha e explicar como realizá-la. Você poderá tomar dois
rumos para a condução do grupo.
Slide 2.11
Aqui o mediador apresenta as opções disponíveis para a resolução do problema, sempre questionando os
participantes sobre as opções apresentadas.
Slide 2.12
Neste momento o mediador apresenta o que eles devem fazer na atividade, verbalizando: “Como
colocamos essa breve situação e suas opções na nossa tabela? Vamos tentar juntos?”
Slide 2.13
O mediador deve solucionar a situação dada nos slides anteriores, demonstrando como eles devem fazer
na próxima parte da tarefa.
Slide 2.14
O mediador apresenta a folha dos prós e contras em branco, sem resolução, para que eles consigam
visualizar que essa folha pode ser usada em qualquer situação.
Slide 2.15
Devem-se abrir as possibilidades de discussão sobre impressões gerais de como foi realizar a atividade.
Neste momento é importante verificar como eles se sentiram e realizar troca de experiências entre o grupo
com a leitura da decisão de cada pessoa.
A condução neste momento vai depender da condução que o grupo der para essa indagação do mediador
e também da sensibilidade do mediador em perceber qual assunto ainda é mais sensível para o grupo
discutir.
Slide 2.16
Neste momento você deve questionar o grupo de como foi fazer a tarefa solicitada.
“Agora que você já sabe os prós e contras, é mais fácil de tomar a decisão?”
Nos grupos experimentais ocorreu de os participantes se apropriarem mais desse momento, assim o
mediador pode ouvi-los. O interessante é que começam a aparecer exemplos da vida diária do grupo.
Em seguida o mediador deve verbalizar a seguinte dica “sempre que tiverem em dúvida do que escolher,
façam essa lista de prós e contra”.
Slide 2.17
Sugerir para o grupo que, para sabermos os prós e os contras das decisões a serem tomadas, também
precisamos pensar previamente.
O mediador deve ler o esquema do Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E), que facilita a tomada de
decisão.
Slide 2.18
Slide 3.1
Para iniciar a Sessão 3, o mediador pode aplicar o Termômetro (Anexo B), por meio do qual se pode
saber quais são as expectativas para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo para não chegar já
realizando a tarefa.
Slide 3.2
Slide 3.3
Aqui os familiares que estiverem participando podem se questionar: “Como posso ajudar, se já fiz de
tudo e ele não ajuda, não muda?”
O mediador poderá responder de acordo com os questionamentos que surgirem e serem apresentadas
estratégias ou intervenções para serem feitas, como forma de promover breve discussão: “Podemos
acrescentar pequenas coisas na nossa rotina e na deles, como...”
Slide 3.4
O mediador deve ler para os participantes estas breves estratégias para auxiliar no dia a dia.
Utilizar agendas/calendários.
Bilhetes na agenda.
Exercícios de respiração para acalmar em momentos de acesso de raiva.
Utilizar o ciclo de tomada de decisão e os prós e contras antes das tarefas.
Slide 3.5
O mediador deverá lembrar que diante de uma situação em que é necessário tomar uma decisão, pode-se
sempre fazer os passos do Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E), e, se possível, os responsáveis devem
demonstrar isso para as crianças/adolescentes.
O mediador pode solicitar que os participantes deem um exemplo.
Slide 3.6
O mediador deve incentivar a participação do grupo, pois agora é a hora da tarefa propriamente dita.
Slide 3.7
Slide 3.8
Slide 3.9
O mediador deve fazer as perguntas que estão no slide e ir mediando as respostas. Lembrando que não
devemos tomar partido nem do participante do grupo nem dos familiares e sim mostrar que essas duas partes
se encaixam nesse processo que estamos oferecendo e que um precisa do outro.
Pode ocorrer de os adolescentes/crianças esboçarem cansaço/falta de paciência no dia a dia por conta
dos comportamentos não assertivos dessas crianças/adolescentes, como não aguentarem mais ir ao colégio
por conta das reclamações. Nesses momentos o mediador tem que demonstrar empatia pela reclamação e
tentar conciliar, sempre verbalizando que eles são peças-chave nessa construção.
Slide 3.10
Slide 3.11
Neste momento o mediador apresenta uma forma de resolução de problema, com uma das sugestões
apresentadas para elaborar a tomada de decisão, dadas no slide anterior.
Slide 3.12
Neste slide são dadas as instruções para os familiares de como auxiliar as crianças/adolescentes na tarefa
em questão.
Também podemos aproveitar o momento e perguntar: “Essas dicas podem ser utilizadas em casa, por
exemplo?”
O mediador neste momento também pode encontrar uma negativa do grupo. Se isso ocorrer, o mediador
tem que tentar entender por que o não fazer se torna difícil para o participante, tentando sanar possíveis
dúvidas que surjam.
Slide 3.13
Apresentar o exemplo da folha e explicar que eles terão que colocar os prós e contras, tanto do lado dos
familiares/acompanhantes quanto do lado do participante do grupo. Salientar que esta é uma decisão para ser
realizada em conjunto.
Slide 3.14
Após a realização da atividade, é necessário saber como os participantes se sentiram diante da tarefa,
assim devemos questionar:
Slide 3.15
Para concretizar a mensagem do grupo, antes do término é interessante a aplicação do jogo Pega Varetas,
mas o mediador tem que falar que não é um contra um, mas sim os dois jogando juntos como se fosse eles
contra os palitinhos.
Slide 3.16
Slide 3.17
O mediador deve iniciar o fechamento do grupo questionando: “Como foi o jogo? Um precisou da ajuda
do outro na hora de fazer as jogadas? Com as dicas da outra pessoa, ficou mais fácil de mexer os palitos?
Você teria conseguido se não tivesse ajuda?”
O mediador deve indicar que, ao realizarem a tarefa juntos, fica mais fácil identificar a jogada certa e o
mesmo ocorre nas situações do cotidiano, em que pontos de vista diferentes facilitam a análise dos
problemas.
Slide 3.18
Estimular a crítica.
Estimular a construção de argumentação.
Estimular a escolha entre várias opções.
Slide 4.1
Para iniciar a Sessão 4, o mediador aplica o termômetro que é a folha do Anexo B, por meio do qual se
pode saber quais são as expectativas para essa tarefa e também quebrar o gelo para não chegar já realizando
a tarefa.
Slide 4.2
Neste momento é necessário que o mediador questione sobre como está sendo realizar a tarefa do
termômetro, pois a tendência é que com o passar das sessões o assunto fique mais natural ao ser abordado,
assim diminuindo a questão da ansiedade e do nervosismo, e as respostas dadas aos questionamentos
abordados por você fiquem mais “naturais”.
Falar de sentimentos, conforme é realizada a atividade do termômetro, com o passar das sessões, torna
mais fácil a comunicação e o controle dos comportamentos. Nos grupos experimentais os participantes
começaram a se autorregular e regular uns aos outros com relação aos pensamentos e emoções associados.
Slide 4.3
Neste momento devemos pedir para que os participantes criem/contem uma situação para impactar o
grupo sobre uma tomada de decisão deles. Então o mediador lê a situação proposta e realiza os
questionamentos apontados no grupo.
Slide 4.4
Agora o mediador começa a introduzir o ciclo de tomada de decisão, sempre lembrando que este ciclo é
uma adaptação do Goal Management Training (GMT) e perguntando aos participantes: “Será que essa
tomada de decisão ficaria mais fácil com estes passos aqui?”
Dica para o mediador
No grupo experimental, foi observado que os participantes nesse momento criam uma racionalização,
para justificar as decisões erradas que tomam no dia a dia, verbalizando sobre processos automáticos
(caminho para ir ao trabalho, sem questionar muito o que fazer). Aqui o mediador pode conversar sobre isso
que o grupo trouxe para a discussão.
Slide 4.5
Lembrando que este treino é baseado em um ciclo de estratégias, neste momento o mediador deve
reforçar o esquema para auxiliar na melhora da tomada de decisão, assim relembrando o passo a passo no
esquema proposto.
O mediador pode explorar situações do cotidiano com o grupo, assim tornando mais rica a discussão do
esquema e agindo como forma de aquecimento.
Slide 4.6
Nesse momento o mediador deve avisar os participantes que começaremos as atividades do dia. É
importante que todos se preparem.
Slide 4.7
Materiais necessários:
Lápis ou caneta.
Folha Recuperando a Atividade (Anexo G).
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Slide 4.8
“O objetivo desta atividade é sabermos argumentar diante de várias opções de escolhas, já que em
diversos momentos da nossa vida temos várias opções disponíveis que fazem sentido, mas não sabemos o
que fazer diante disso e nem colocar os prós e contras de situações parecidas.”
“Nesta atividade, todas as alternativas fazem sentido, entretanto, você terá que se contentar com somente
uma resposta. Vamos ao desafio. Argumente sobre como foi feita a escolha. Veja bem, todas as alternativas
são compatíveis, mas como você terá que escolher uma, precisará justificar. Como você explicaria o motivo
da sua escolha?”
Conforme foi dada a instrução, o mediador tem que deixar claro que o importante é argumentar.
Podemos dar por volta de 10 minutos para a atividade.
São apresentadas as frases e suas alternativas para que o mediador possa apresentar.
Nos grupos experimentais os acompanhantes das crianças associaram essas situações com
acontecimentos de vida diária deles. Não barre esse rico momento, vá mediando, conversando com o grupo
e utilizando esses exemplos para completar a atividade.
Na primeira situação de ir ao shopping ocorreu o seguinte diálogo com um dos participantes:
Participante: “Eu escolheria ir ao restaurante, de preferência no restaurante X.”
Mediador: “Por que você escolhe o X?”
Participante: “Porque os lanches são gostosos e grandes…”
Mediador: “Então, os lanches do restaurante Y são bem maiores e você compra na promoção comprando
um lanche e acaba levando dois.”
Participante: “Mas o outro você sabe a qualidade!”
Mediador: “O outro desbancou esse restaurante aonde você quer ir, porque eu até ganho um brinde, e o
lugar aonde você quer ir, não…”
Dica para o mediador
A partir dos exemplos do cotidiano surgem discussões muito ricas (como a que ocorreu no grupo
experimental), em que o mediador deve indicar que conforme tomamos decisões sempre há pessoas para
questionar as nossas escolhas e sempre teremos que estar fortes para argumentarmos essas preferências.
Como essa discussão do melhor restaurante de lanches, eles terão que saber justificar suas escolhas e
geralmente não é tarefa fácil.
Neste momento o mediador deve assumir um papel no qual questione de forma consciente tudo o que for
colocado de argumento por parte dos participantes, já que o objetivo desta sessão é causar uma reflexão
sobre questionamentos perante as nossas decisões. Não tenha medo de ser um mediador criterioso e em
alguns momentos ser considerado “chato” de tanto argumentar.
Slide 4.14
Como a atividade a priori é algo simples, temos que reforçar por que a argumentação e os
questionamentos são interessantes na hora de tomarmos uma decisão. Nesse momento temos que falar dos
benefícios de sabermos argumentar diante de situações, tanto mentalmente quanto com outra pessoa.
O mediador deve no final questionar “É mais fácil argumentar ou simplesmente agir?”. Com isso, os
participantes também poderão contar como normalmente agem, se explicam as suas escolhas, se
argumentam ou se simplesmente agem.
Slide 4.15
Slide 4.16
Neste momento o mediador questiona o grupo sobre como eles realizam a tomada de decisão no seu
cotidiano, se é algo que de fato eles param e pensam ou é algo mais mecanizado. A parte mais importante
deste momento é enfatizar a tomada de decisão, perguntando para o grupo:
Slide 4.17
Chegando ao fim da sessão, o mediador pergunta ao grupo: “Se vocês pudessem escolher uma carinha
(smile) para representar essa discussão, qual vocês escolheriam?”
Slide 4.18
Slide 5.1
Para iniciar a Sessão 5, o mediador pode aplicar o termômetro, que é a folha do Anexo B, por meio do
qual se pode saber quais são as expectativas para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo para não
chegar já realizando a tarefa do dia.
Slide 5.2
O mediador deve explicar que todas as atividades que fizemos são interligadas, e no dia de hoje
precisaremos usar o conhecimento de todas as lições já ensinadas.
Slide 5.3
Slide 5.4
Slide 5.5
O mediador tem que enfatizar com o grupo que, a partir deste momento, eles irão começar a atividade do
dia.
Slide 5.6
O mediador pode apresentar de forma breve os materiais que serão utilizados durante a atividade.
Materiais utilizados:
Lápis ou caneta.
Tabela prós e contras.
Recuperando a Atividade (Anexo G).
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Slide 5.7
Aqui o mediador apresenta a situação para o grupo, lendo o que está no slide.
Instruções
“Será apresentada uma situação em que você precisará fazer uma escolha.”
“Como escolherá?”
“Lembre-se de argumentar.”
Slide 5.8
Situação 1
Objetivo: “Cláudio, um rapaz de 18 anos, foi ao shopping para se distrair um pouco antes de outro
compromisso, só que há um porém: ele tem exatamente 2 horas e 20 minutos para fazer isso e não chegar
atrasado. Ele precisa considerar que o dinheiro que ele tem (R$ 60,00) é a quantia que deverá ser usada até o
retorno a sua casa. Esses dois fatores, tempo e dinheiro, têm que ser levados em conta, mas ele está na
dúvida diante das duas opções abaixo. Vamos ajudá-lo?”
Slide 5.9
O mediador lê as opções que o personagem tem disponível para solucionar seu problema.
Opção 1: ir a uma livraria de um shopping onde ele pode escolher o livro que quiser e sentar no cantinho
de leitura da própria livraria. Cláudio escolheu um livro de aproximadamente 39 folhas, sendo que Cláudio
demora 1 hora e 30 minutos para ler tal livro e ainda pode sair da livraria e comer alguma coisa em algum
lugar. No entanto, houve um problema nos restaurantes do shopping e só há um restaurante aberto, onde ele
irá gastar R$ 59,90 na refeição. Pelo menos, ele irá para o próximo compromisso alimentado.
Opção 2: ir ao cinema e assistir a um filme que ele quer muito ver desde que estreou, só que o filme tem
duração de 2 horas e 30 minutos, assim Cláudio irá se atrasar aproximadamente 15 minutos para o seu
próximo compromisso, só que Cláudio ganhou esse ingresso de um amigo e não gastará dinheiro nenhum
nesse dia.
No final da leitura, o mediador já pode questionar o que os participantes acharam ao ouvir as opções da
história.
Slide 5.10
Neste slide há o esboço da folha da atividade para o participante colocar os prós e contras da decisão a
ser tomada, assim conseguindo ver sua decisão de forma visual e conseguindo minimamente visualizar as
opções e ponderar as escolhas.
O mediador deve incentivar a utilização dessa tabela. Algumas vezes os participantes relatam
dificuldades para tomar uma decisão porque é muito abstrato pensar nas opções. Essa orientação de usar a
folha com o registro dos prós e contra das diferentes situações pode ajudar a tornar a decisão mais concreta,
facilitando a a resolução do problema.
Slide 5.11
O mediador apresenta a segunda situação a ser discutida, lendo o slide para o grupo.
Situação 2
“Luana, 15 anos, foi convidada para ir a um churrasco na casa da sua melhor amiga, no sábado dia 8 de
agosto às 14 horas. Entretanto, um dia antes do churrasco, a prima de Luana, que também sempre está com
ela e sua melhor amiga, convidou Luana para irem a uma sorveteria no mesmo dia e horário. Luana está
muito confusa, mas, depois de muito pensar, chegou a duas opções.”
Slide 5.12
O mediador lê as opções que a personagem tem disponível para solucionar o seu problema.
Opção 1: Luana teve a ideia de ir aos dois compromissos, indo primeiro a casa de sua melhor amiga, no
churrasco, e depois ir à sorveteria com sua prima. Assim, comeria um pouco dos dois e não decepcionaria
nenhuma delas. Alegaria para sua prima que havia trânsito para chegar na sorveteria e esse atraso seria de 30
minutos apenas.
Opção 2: falar para sua prima que não poderá ir à sorveteria com ela, pois ela tem um churrasco, no qual
ela marcou dias antes, mas que depois do churrasco, à noite, as duas podem se ver e ir tomar esse tão
desejado sorvete. Assim poderá aproveitar o churrasco com sua melhor amiga sem se preocupar com o
horário e não decepcionaria nenhuma das duas.
Qual das opções você escolheu? Pare, pense e reflita com seu grupo qual seria a melhor das opções.
Slide 5.13
Slide 5.14
Neste momento, o mediador deve pedir para o participante do grupo ilustrar situações parecidas com as
que foram colocadas, perguntando: “Com vocês já aconteceu algo parecido?”
Slide 5.15
Salientar que, na situação que estão descrevendo, eles também têm diferentes opções, como os
personagens Cláudio e Luana, e que eles devem colocar todas as opções disponíveis no papel.
Slide 5.16
O mediador pode distribuir a folha dos prós e contras das situações para que eles consigam visualizar as
opções que eles têm para resolver ou deixar de forma visual no slide para eles olharem e irem se lembrando.
Aqui o mediador investiga como foi para o grupo realizar as atividades visualizando os prós e contras da
decisão e questiona como eles se sentiram durante a tarefa.
Slide 5.18
Slide 6.1
Para iniciar a Sessão 6, o mediador pode aplicar o termômetro que é a folha do Anexo B.
Slide 6.2
Nesta tarefa, antes de iniciar os jogos, o mediador pergunta se o grupo acredita que duas atividades
como jogos e a tomada de decisão podem combinar. Permitir que o grupo se posicione.
Nos grupos experimentais, geralmente a resposta é afirmativa, então o mediador tem que instigar e
perguntar por que eles acreditam que combinam. “Porque você tem que escolher para qual casinha você vai
andar, escolher onde você vai colocar o X ou a bolinha para não perder o jogo, e isso são tomadas de
decisão.”
Mediador: “Muito bem, G! É por aí mesmo. Mais alguém quer acrescentar algo?”
Slide 6.3
Neste momento, o mediador responde a própria pergunta, devendo explicar que todas essas funções se
combinam, sim, pois todas elas estão envolvidas na tomada de decisão e no jogo.
Slide 6.4
Neste momento o mediador dá ênfase para a tarefa em questão enfatizando por que eles acreditam que
especificamente essas habilidades (atenção, memória, planejamento, criação de objetivos) são importantes
para a tomada de decisão no jogo.
Slide 6.5
O mediador explica por que essas habilidades são utilizadas durante o jogo: assim o sujeito terá que
treinar sua atenção para ficar atento às jogadas do seu adversário durante a partida, treinar a memória,
porque é preciso recordar a jogada anterior e recordar as regras do jogo, para criar sua estratégia (planejar), e
decidir/tomar a decisão do lugar da sua próxima jogada, para alcançar o objetivo, que é ganhar o jogo.
Slide 6.6
Conforme as respostas vão aparecendo, o mediador conduz as respostas e ajuda o grupo a pensar junto.
Assim, damos as possibilidades de que os próprios participantes possam dar as soluções para os seus
questionamentos e os de seus colegas.
Slide 6.7
Neste momento o mediador pontua que daremos início aos exercícios do dia.
Slide 6.8
Materiais necessários:
Slide 6.9
Neste momento o mediador deve relembrar os passos para tomar uma decisão adequada e reforçar que,
para o jogo, os participantes do grupo também podem e devem fazer esses passos para conseguir realizar as
jogadas.
Espera-se que nesta sessão de treino os passos para a resolução de problemas já estejam mais
automáticos para a recordação. Caso o mediador sinta necessidade, algum slide anterior ou sessão podem ser
retomados.
Slide 6.10
O mediador pontua para os participantes do grupo que será realizada uma atividade muito simples: Jogo
da Velha.
Slide 6.11
O mediador apresenta as regras básicas para o jogo da velha, lendo as regras para o grupo e tirando
pequenas dúvidas que venham a aparecer.
O objetivo do jogo é ser o primeiro a fazer uma sequência de três símbolos iguais, seja em uma linha,
coluna ou na diagonal.
As regras são:
Slide 6.12
O mediador neste momento dá dicas para auxiliá-los durante o jogo, dando algumas estratégias para o
início.
Estes slides são para facilitar a explicação do que foi verbalizado anteriormente, com algumas imagens
das jogadas principais. Neste momento podem surgir dúvidas, portanto o mediador terá que saná-las.
Também é possível que algum participante do grupo queira dividir alguma jogada em especial, nesse
momento é importante o mediador permitir que isso ocorra.
Slide 6.15
Antes de iniciar o jogo de fato, o mediador deve relembrar novamente o ciclo da tomada de decisão com
o grupo, incentivando-os a lembrar desse ciclo sempre que se sentirem inseguros ou com dúvidas.
Slide 6.16
Neste momento o mediador deve dar mais uma estratégia extra sobre o jogo, para eles iniciarem pelas
laterais, tentando facilitar ao máximo o interesse dos participantes pelo jogo e incentivando-os a pensar
antes de cada jogada.
Slide 6.17
O mediador pede para os participantes do grupo iniciarem o jogo, dando aproximadamente 15 minutos
para realizarem a tarefa.
Participante tentando ganhar trapaceando. Nesta situação, o mediador pode repetir as regras
estabelecidas no início da sessão ou, se sentir mais seguro, pode realizar uma interpretação de
acordo com o paciente. Geralmente essa infração da regra ocorre nos grupos por insegurança da
parte do participante, mas isso pode se modificar de acordo com o grupo.
Participante criando jogadas que não existem, assim o mediador teve que corrigir a situação. Nesee
momento, o mediador deve sinalizar para o participante, verbalizando que a jogada é inexistente, ou
até mesmo tentar entender por que o participante criou essa jogada.
Participante ficando irritadiço conforme vai perdendo. Nessa situação, deve-se conversar com o
participante, explicar para que é uma atividade de grupo e que não são todas as pessoas que podem
ganhar. Estimular para o retorno da tarefa. Pode-se tentar entender o que o deixou irritado
(pensamentos associados).
Caso essas situações ocorram, o mediador deve intervir.
Slide 6.18
Antes de iniciar o jogo de damas, o mediador pode também abrir um espaço para os participantes
contarem como foi o jogo da velha, perguntando:
Slide 6.19
Após o jogo da velha, o mediador avisa aos participantes do grupo que terão mais um jogo para treinar o
cérebro, que será o jogo de damas.
Slide 6.20
O mediador lê para os participantes do grupo as regras do jogo de damas. Conforme surgirem dúvidas, o
mediador deve saná-las.
Slide 6.21
Aqui o mediador dá dicas de estratégias de como ir bem no jogo de damas, podendo ler para os
participantes e demonstrar no tabuleiro para que os participantes entendam.
Algumas das estratégias são:
Slides 22 e 23
Neste momento o mediador mostra imagens de como devem ser feitas as jogadas, ilustrando o que foi
feito verbalizado no slide anterior, facilitando o entendimento do jogo.
Slide 6.24
Neste momento o mediador indica algumas estratégias extras aos participantes, como a possibilidade de
capturar mais de uma peça, quando possível.
Slide 6.25
O mediador pede para que as duplas iniciem o jogo e dá aproximadamente 15 minutos para sua
realização.
Slide 6.26
No meio do jogo, parar o grupo e perguntar como está indo o processo. Sempre devemos mostrar
interesse pelo que está ocorrendo durante os jogos.
Perguntar:
Slide 6.27
Após encerrados os jogos, o mediador promove uma breve discussão de como fazer essa atividade
lúdica, pensando na tomada de decisão, fazendo algumas indagações aos participantes do grupo:
Slide 6.28
Slide 7.1
Para iniciar a Sessão 7, o mediador pode aplicar o termômetro que é a folha do Anexo B.
Slide 7.2
O mediador neste primeiro momento deve explicar que a tarefa que será realizada é a de labirintos e tem
ligação com algumas funções que utilizamos para tomar decisões, como atenção, planejamento e controle
motor.
Slide 7.3
Neste slide o mediador deve explicar o motivo da atenção ter relação com a atividade de realizar um
labirinto (é necessário prestar atenção nos caminho e ouvir a instrução), a relação do planejamento com o
labirinto (saber da onde irá partir, simular o caminho mentalmente antes de riscar) e a relação entre o
controle motor e o labirinto (para não esbarrar nas linhas e ter controle do caminho que será feito).
Slide 7.4
Neste momento o mediador deve pontuar que dará início aos exercícios.
Slide 7.5
Materiais necessários:
Slide 7.6
Aqui o mediador passa a instrução para que os participantes consigam realizar os labirintos:
“Agora temos os labirintos. Fiquem atentos! Alguns têm duas formas de completar a missão, uma que é
mais rápida e fácil e outra mais demorada e mais difícil. Teremos sempre que pensar na que compensa
mais.”
Em seguida o mediador deve reforçar que é necessário que o próprio participante identifique quantos
caminhos existem naquele labirinto.
Slide 7.7
Neste momento o mediador tem que reforçar algumas regras básicas para os participantes, como:
Slide 7.8
O mediador deve passar algumas estratégias básicas para a obtenção de bons resultados, assim
facilitando a resolução dos labirintos.
Algumas estratégias são:
Entregar a folha com o labirinto para os participantes do grupo e aguardar que todos o resolvam.
Slide 7.10
No meio da resolução do labirinto e, principalmente, se identificar que algum participante está com
dificuldades, perguntar:
Mostrar a imagem com o labirinto resolvido, para confirmar que todos encontraram a entrada e a saída.
Slide 7.13
Slide 7.15
Neste momento, o mediador deve apresentar o ciclo da tomada de decisão e relembrá-los que eles
podem utilizar esse passo a passo para resolver o labirinto.
Slide 7.18
Slide 7.20
O mediador deve indagar se alguém percebeu algo de diferente na hora que foi resolver o labirinto,
abrindo espaço para breve discussão.
Slide 7.22
Reforçar o ciclo das tomadas de decisões para os próximos labirintos, que podemos ter dois modos de
resolução e que ter consciência disso nos auxilia na tomada de decisão.
Slide 7.25
Neste momento o mediador promove uma roda de discussão com o grupo, levantando algumas questões
como: “Na hora de resolver o labirinto você se lembrou de que ele poderia ter duas versões?”
Slide 7.26
Slide 7.27
Slide 8.1
Para iniciar a Sessão 8, você pode aplicar o termômetro, que é a folha do Anexo B, por meio do qual se
pode saber quais são as expectativas para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo para não chegar já
realizando a tarefa.
Slide 8.2
O mediador questiona o grupo verbalizando: “O seu nível de ansiedade ou nervosismo para tomar uma
decisão é o mesmo da primeira sessão?”
Slide 8.3
Pontuar que daremos início a um exercício. Utilizar este momento para incentivar todos a fazer a
atividade explanando que ela é importante para a continuidade das sessões. O mediador pode verbalizar:
“Vamos lá pessoal, todos conseguem solucionar este pequeno probleminha que vem pela frente!”
Slide 8.4
O mediador apresenta brevemente a lista de materiais que serão utilizados para fazer essa atividade.
Materiais necessários:
Lápis ou caneta.
Folha da situação (Anexo I).
Folha Recuperando a Atividade (Anexo G).
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Slide 8.7
O mediador neste slide apresenta as opções disponíveis para resolver esse problema. Aqui é interessante
que o mediador estimule a reflexão dos participantes do grupo e, conforme for apresentando as opções
disponíveis, vá discutindo os prós e contras de cada opção e deixe o grupo refletir, expor as suas opiniões.
Slide 8.8
Conforme a discussão vai ocorrendo, o mediador demonstra a tabela com os prós e contras de cada
opção, assim causando um momento de reflexão para o grupo. É comum que enquanto eles discutam sobre
as opções, naturalmente já relatem os prós e contras.
O mediador lê essas opções e começa a discutir.
Slide 8.9
Neste momento o mediador começa a questionar e buscar a capacidade empática dos participantes do
grupo, perguntando-lhes: “Nas opções B e D como você se sentiria após ter conseguido resolver o
problema?”
Slide 8.10
A partir das respostas que forem surgindo o mediador vai discutindo com o grupo e causando um
momento de reflexão com os participantes.
Slide 8.11
Apresentar ao grupo o ciclo da tomada de decisão e questioná-los se, conforme eles foram tentando
solucionar a situação apresentada, eles pensaram no ciclo. Refazer a leitura com o grupo.
Slide 8.12
O mediador fará a pergunta: “Você já tentou se colocar no lugar de outra pessoa diante de uma tomada
de decisão?”
Aqui irão surgir algumas histórias de vida dos participantes. O mediador deve ouvir atentamente e tentar
entender como aquela pessoa se sentiu no lugar da outra, questionar se foi para tomar alguma decisão ou
não, assim promovendo uma roda de conversa para ir finalizando o grupo.
Slide 8.13
Slide 9.1
Para iniciar a Sessão 9, o mediador aplica o termômetro que é a folha do Anexo B, por meio do qual se
pode saber quais são as expectativas dos participantes para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo.
Slide 9.2
Neste momento o mediador introduz brevemente o que será feito. Explicar que a história será criada em
duplas e haverá regras para que essas histórias sejam criadas. É importante tentar seguir essas regras. No
final de cada história a dupla poderá apresentar para o grupo, só que o grupo poderá trocar o que acontece na
história.
Slide 9.3
Para criar as histórias, o mediador lê as regras, que os participantes terão que seguir para criar suas
histórias.
Regras:
O mediador deve colocar algumas situações que podem ocorrer durante a condução do grupo, lembrando
que esse momento é uma discussão com os participantes.
Conforme os questionamentos forem surgindo e sendo direcionados para o mediador do grupo, ele deve
colocar de volta para o grupo e deixá-lo resolver essas perguntas, assim criando um momento de reflexão.
Slide 9.4
Neste momento o mediador lê com os participantes do grupo o ciclo da tomada de decisão, enfatizando
que ele está adaptado para a nossa atividade do dia.
Slide 9.5
Para enfatizar o ciclo da tomada de decisão e os participantes perceberem que podem aparecer situações
que vão exigir um passo específico do ciclo da tomada de decisão, perguntamos qual dos passos eles
acreditam que teremos que enfatizar nesta atividade.
O mediador deve questionar “Qual desses passos é o mais importante, na sua opinião?” e se eles acham
que pensar nas consequências do seu desfecho é importante ou não.
Slide 9.6
Aqui o mediador pontua para o grupo que iremos começar a nossa atividade do dia.
Slide 9.7
Materiais necessários:
Slide 9.8
Neste momento, dar a folha de papel sulfite para os participantes, apresentar o quadro com os elementos
a serem utilizados para criar a história de número 1 e dar um tempo para que a criação da história ocorra.
As palavras para história 1 são: Luciana, férias e carro.
Slide 9.9
Pedir que os participantes contem de forma breve as suas histórias. Se o grupo for grande, priorizar de
duas a três histórias e gerar uma breve discussão grupal.
Slide 9.10
Entregar os materiais para os participantes, apresentar o segundo quadro com os elementos que eles
deverão utilizar para criar a história de número 2 e dar um tempo para a produção.
As palavras para história 2 são: montanha-russa, final de semana e borboleta.
Slide 9.11
Pedir para algum dos participantes contar a sua história ao grupo e criar uma breve discussão grupal.
Entregar uma folha de papel sulfite para os participantes, apresentar o terceiro quadro com os elementos
que eles deverão utilizar para criar a história e dar um tempo para a produção.
As palavras para história 3 são: Marcelo, Marta, dia de sol, parque e Paris.
Slide 9.13
Pedir para algum dos participantes contar sua história para o grupo.
Slide 9.14
Neste momento o mediador deverá instigar a reflexão do grupo, realizando as seguintes perguntas e
causando breve discussão:
“Como você se sentiu com a interferência das pessoas sobre a sua narrativa?”
“Já aconteceu com você de estar contando algo e alguém te interromper, modificar ou fazer
interferências?”
“Como você se sentiu na realização dessa tarefa? E na situação narrada por você?”
Neste momento, promover uma breve conversa com os participantes do grupo, tentando levantar
exemplos da vida diária dos participantes.
Slide 9.15
O mediador deverá iniciar uma discussão sobre os sentimentos deles, e deverá perguntar ao grupo: “Qual
foi o sentimento que predominou quando você teve que ouvir a interferência dos seus colegas sobre o que
você estava contando?”
Neste momento, é interessante que o mediador conduza a discussão encaixando o tema da empatia na
conversa, tentando associar se esse sentimento que eles sentiram durante esta tarefa já foi sentido em algum
momento da vida deles.
Slide 9.16
Neste momento o mediador lança a pergunta para o grupo: “Você já se sentiu em perigo por alguma
decisão que você tomou?”
Discuta com o grupo conforme as respostas forem aparecendo e tente causar uma reflexão entre os
participantes.
Slide 9.17
Slide 10.1
Para iniciar a Sessão 10, o mediador aplica o termômetro que é a folha do Anexo B, por meio do qual se
pode saber quais são as expectativas do participante para essa tarefa e também quebrar um pouco o gelo.
Slide 10.2
Neste momento, o mediador começa a esquentar os ânimos dos participantes do grupo, propondo uma
breve discussão sobre uma situação, na qual eles terão que tomar uma decisão. Essa situação pode parecer
uma situação simplória, porém, é importante tomarmos uma decisão, mesmo nas coisas simples.
Situação: “O que você faria se visse uma pessoa arrancando uma árvore no parque perto da sua casa
enquanto você conversa com o seu amigo?”
Slide 10.3
Aqui conforme os participantes forem dando as respostas, o mediador as classificará como algo positivo
(prós) ou negativo (contra) e conduzirá uma breve discussão. O maior desafio do mediador neste momento é
fazer links com tudo o que já foi dado até aqui.
Slide 10.4
Após o aquecimento, perguntamos para o grupo se há mais alguma situação de tomada de decisão que
alguém queira compartilhar.
Slide 10.5
Aqui o mediador pontua para o grupo que iremos começar a nossa atividade do dia.
Slide 10.6
Neste slide, o mediador apresenta rapidamente os materiais a ser utilizados. Materiais utilizados:
Resolução de problemas.
Tabela dos Pensamentos (Anexo F).
Recuperando a Atividade (Anexo G).
Lápis ou caneta.
Folhas de papel sulfite.
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Slide 10.7
O mediador apresenta uma situação em que há um personagem chamado Pedro, que está passando por
dificuldades escolares. Ele precisa tomar uma decisão, e o grupo deve se colocar no lugar dele para fazer a
escolha.
Slide 10.8
Neste momento o mediador mostra o slide com as opções disponíveis para o nosso personagem para
tomar sua decisão. Dar um tempo de 5 minutos para que os participantes respondam a situação apresentada
na sua folha.
Slide 10.9
Após a leitura da situação e antes que comece a discussão, o mediador apresenta para os participantes do
grupo o ciclo da tomada de decisão e enfatiza sua importância para a resolução dos problemas das situações.
Slide 10.10
O mediador enfatiza que não é somente o ciclo das situações que nos auxilia a escolher, mas que,
também, dependendo da nossa escolha, há prós e contras, e isso gera consequências em longo ou curto
prazo, portanto é sempre importante que eles se lembrem disso.
Slide 10.11
Neste momento o mediador confirma com o grupo que para ter sempre uma boa resolução de problemas
e consequentemente uma tomada de decisão correta, é necessário unir os dois passos citados anteriormente e
treinados em todas as sessões até o momento.
O mediador deve incentivar que os participantes juntem as as duas fórmulas para tentar resolver o
exercício apresentado.
Slide 10.12
Aqui o mediador pergunta qual opção cada um dos participantes escolheu, assim direcionando para o
bloco, por exemplo:
O participante escolheu a opção A, ele irá para o bloco A.
O participante escolheu a opção B, ele irá para o bloco B.
Slide 10.13
O mediador lê as opções disponíveis dentro do bloco A. O mediador pode abrir janelas de prós e contras
de cada opção, assim deixando a atividade mais rica em conteúdo.
Slide 10.14
Neste slide, juntamente com os participantes, o mediador realiza as divisões de prós e contras, conforme
eles vão analisando a situação.
Slide 10.15
Slide 10.16
Após o mediador apresentar as opções que os participantes têm, dar um tempo para reflexão de forma
individual e depois começar a discutir em grupo, qual foi a escolha e por quê.
Aqui, conforme o participante verbaliza sua decisão, o mediador também pode indagar se eles se
lembraram desses conceitos na hora de tomar a decisão para ajudar o personagem.
Nos grupos experimentais a experiência foi boa, pois, conforme a situação foi apresentada aos
participantes, eles já começaram a discutir entre si e achar soluções, nem sendo necessário, assim, utilizar a
folha de papel sulfite.
Slide 10.17
Neste momento o mediador apresenta o quadro das consequências de curto e longo prazo e os
sentimentos envolvidos nessa decisão.
Slide 10.18
O mediador irá esmiuçar como foi resolver esse breve problema, realizando as seguintes perguntas ao
grupo:
Slide 10.20
Neste momento o mediador mostra o slide com as opções disponíveis que o nosso personagem tem para
tomar sua decisão. Dar um tempo de 5 minutos para que os participantes respondam na sua folha a situação
apresentada.
Slide 10.21
Aqui o mediador pergunta se, para todas as respostas dadas até o momento, eles pensaram nesse
esquema em que analisam ao mesmo tempo os prós e contras e as consequências de curto e longo prazo.
Reler o esquema para o grupo, enfatizando que geralmente as situações ocorrem dessa maneira.
Slide 10.22
Começar a indagá-los para que se inicie uma discussão grupal sobre a situação apresentada, realizando
as seguintes perguntas:
“Quais consequências de curto e longo prazo você encontrou?”
“Quais são positivas e quais são negativas?”
“Qual opção você escolheu?”
“Você teve dúvidas de como faria a atividade?”
Slide 10.23
Neste momento o mediador apresenta a situação três aos participantes. Aqui o mediador pode ler o slide
ou entregar a folha com a situação.
“João tem dois cachorros que dormem com ele, mas seus pais começaram a perceber que seu quarto
além de muito desorganizado, estava muito sujo. João erá que tomar algumas decisões em relação a sua
higiene e cuidado com o cachorro.”
Slide 10.24
O mediador lê as opções que os participantes têm para resolver a situação apresentada. Dar um tempo de
aproximadamente 5 minutos para a resolução do caso e posterior discussão.
Slide 10.25
Começar a indagá-los para que se inicie uma discussão grupal sobre a situação apresentada, realizando
as seguintes perguntas:
“Quais consequências de curto e longo prazo você achou?”
“Quais foram as consequências positivas e negativas?”
“Qual opção você escolheu?”
Slide 10.26
Agora o mediador se encaminha para o fechamento desse encontro, realizando as seguintes perguntas
aos participantes:
“Como foi realizar a tarefa do dia?”
“Qual sentimento você sentiu mais ao longo da tarefa?”
“Você mudaria algum comportamento que teve durante a tarefa? Qual?”
“Você já viveu algo parecido? Como foi?”
Slide 10.27
Slide 11.1
Para iniciar a Sessão 11, o mediador aplica o termômetro que é a folha do Anexo B, por meio do qual
conhecemos quais são as expectativas dos participantes para essa tarefa.
Slide 11.2
Neste momento, o mediador comunicará aos participantes que juntaremos todos os conhecimentos e
experiências vividas até aqui, realizando as seguintes perguntas:
Slide 11.3
Após as respostas das perguntas acima, o mediador tem que enfatizar que, para uma boa resolução de
problemas e uma tomada de decisão, sempre é necessário se lembrar dos passos do ciclo da tomada de
decisão, assim lendo os ciclos para os participantes.
Slide 11.4
Enfatizar também que todo ciclo tem um complemento e ler para os participantes esse esquema do slide,
reforçando que toda tomada de decisão tem as suas consequências em curto e longo prazo e os seus prós e
contras.
Slide 11.5
Aqui o mediador apresenta novamente a folha de prós e contras. Deve falar sobre a importância de
reconhecermos quais sentimentos estão envolvidos na tomada de decisão, assim influenciando os prós e
contras.
Slide 11.6
O mediador enfatiza que neste momento daremos início a nossa atividade do dia.
Slide 11.7
Materiais utilizados:
Neste momento o mediador apresenta de forma rápida para os participantes os materiais a serem
utilizados nesta sessão.
Slide 11.8
O mediador apresenta para o grupo a situação. Ela pode ser lida no slide ou entregue em papel impresso,
ficando a critério do profissional ou da dinâmica do grupo. Espera-se que os participantes já tenham
consolidado o ciclo de tomada de decisão, então, nesta atividade, os participantes se colocariam no lugar do
personagem (empatia) e tentariam da melhor forma resolver o problema apresentado, já pensando nos prós e
contras de cada decisão.
“Ricardo tem 17 anos e o seu aniversário é no sábado dia 11 de novembro. Ele decidiu fazer uma festa
para os seus amigos da escola e da rua de sua casa. Ricardo também resolveu colocar um tema na festa para
ficar mais divertido: “a noite da pizza”. Só que ele só conseguiu pensar no objetivo que é fazer a noite da
pizza no sábado dia do seu aniversário, mas ele ficou muito ansioso com a festa e não consegue mais pensar.
Qual é o próximo passo? Nesse momento o grupo deve discutir as possíveis etapas e tomadas de decisões
que Ricardo terá que tomar.”
Slide 11.9
Neste momento o mediador deverá explicar as sugestões para resolução da atividade para os
participantes, dando as seguintes opções:
Slide 11.10
Como estratégia para deixar os participantes mais confiantes nesta sessão, o mediador deve apresentar o
ciclo da tomada de decisão e enfatizar que eles terão que fazer este ciclo pensando na situação dada.
Slide 11.11
Slide 11.12
O mediador deve perguntar para os participantes qual passo o personagem esqueceu na hora de tomar a
sua decisão.
Slide 11.13
Aqui o mediador deve verbalizar que será dada mais uma situação, assim podendo ler o slide ou entregar
a situação impressa para os participantes. Marcela tem 11 anos e está no quinto ano da escola e daqui a duas
semanas será sua feira de ciências. Ela terá que montar uma maquete falando sobre os diferentes estados da
água e apresentar para os seus professores e seus pais. Situação que a está deixando ansiosa e nervosa,
sentimentos que estão bloqueando o seu pensamento e ela não sabe por onde começar a montar a maquete.”
Nesse momento o grupo deve discutir as possíveis etapas e tomadas de decisões que Marcela terá que
tomar.
Slide 11.14
Neste momento o mediador dá o comando para a realização da tarefa falando: “Liste os seis primeiros
passos do ciclo de tomada de decisão para auxiliar Marcela nesta tarefa.”
Slide 11.15
Neste segundo momento, após a realização da primeira instrução, o mediador fala: “Vamos anotar os
passos que Marcela deve fazer para conseguir montar sua maquete com os estados da água para apresentar.”
Slide 11.16
Durante as atividades, sempre será necessário incentivar os participantes. Este é o momento, incentive os
participantes, reforce-os a continuar a treinar com mais uma atividade.
Slide 11.17
Neste momento o mediador avisa que tentaremos mais um desafio, assim podendo-se ler a situação
número três ou entregar para os participantes a folha impressa com a situação. O ideal é que sejam feitas as
duas opções citadas.
“Rafael tem 8 anos e adora jogar futebol com os meninos que moram na sua rua. Um de seus amigos deu
a ideia deles fazerem um campeonato de futebol no final de semana e dividiram as tarefas. Rafael ficou
encarregado de trazer as bandeirinhas, para decorar, os sucos para servir na festinha do time ganhador e os
salgadinhos. Por algum motivo, Rafael confundiu as datas e quando percebeu já era sexta-feira à tarde e o
campeonato começa no sábado às 8 horas. Ele ficou tão ansioso e perdido que não consegue se organizar
para fazer as coisas e entregá-las no prazo.”
Nesse momento o grupo deve discutir as possíveis etapas e tomadas de decisões que Rafael terá que
tomar.
Slide 11.18
Aqui o mediador pode ajudar os participantes a se organizarem para fazer a atividade e incentivar a
tomada de decisão e a resolução de problemas, perguntando aos participantes:
“Como foi ter que pensar em situações que podem ocorrer no nosso dia a dia?”
“Você se identificou com alguma situação?”
“Em qual passo do nosso ciclo de tomada de decisão você pensou primeiro? Por quê?”
“Agora, durante a nossa discussão, você mudaria a sua tomada de decisão? Por quê?”
Slide 11.20
Slide 12.1
Para iniciar a Sessão 12, o mediador aplica o termômetro que é a folha do Anexo B.
Slide 12.2
“Você está preparado para utilizar tudo que foi aprendido até aqui?”
“Se não, por quê?”
Slide 12.3
O mediador repassa o que já foi apresentado ao longo das sessões, retomando os esquemas apresentados
no slide sobre a identificação dos prós e contra em uma situação específica e como isso influencia na tomada
de decisão.
Slide 12.4
Neste momento, o mediador pode ir colocando os participantes já no clima da sessão, realizando as
seguintes perguntas aos participantes do grupo:
“Nesse momento tem alguma situação que você queira decidir?”
“Você se sente mais preparado para tentar decidir essa situação? Se não, por quê?”
Slide 12.5
Slide 12.6
Materiais utilizados:
Ciclo da Tomada de Decisão (Anexo E).
Recuperando a Atividade (Anexo G).
Lápis ou caneta.
Slide 12.7
O mediador explica um pouco mais sobre tomada de decisão, mas para isso faz com que os participantes
parem e pensem nas situações do cotidiano deles. Assim o mediador indaga: “Há situações que envolvem
emoções mais fáceis ou mais difíceis de lidar, mas as emoções estão e devem estar envolvidas em todas as
nossas decisões”.
O mediador pergunta: “Em qual dessas situações você se sente melhor para tomar uma decisão? Por
quê?”
Slide 12.8
O mediador deve indicar que: “Pensando no que aprendemos durante essas 12 sessões, vamos parar e
pensar em uma situação que você gostaria de planejar, tomar a decisão e colocar em prática. Pode ser
qualquer situação que venha à sua mente.”
Slide 12.9
O mediador relembra que, para resolver essa situação que eles colocaram no papel, é necessário sempre
se lembrar do ciclo de tomada de decisão.
Slide 12.10
Neste slide, o mediador enfatiza que toda decisão que tomamos tem seu lado positivo e negativo e as
consequências a curto e a longo prazo, assim demonstrando o slide aos participantes.
Slide 12.11
Aqui iniciamos a finalização do grupo, assim o mediador deve promover a compreensão da tarefa,
perguntando:
Slide 12.13
Slide 12.14
Slide 12.15
Aqui, como sugestão, o mediador pode quantificar os dados do seu grupo, ficando a seu critério a
aplicação da Escala de Apoio (Anexo A).
ANEXO A – ESCALA DE APOIO
Antes do início das atividades, responda às perguntas a seguir de forma adequada e com sinceridade, não
tendo vergonha. Lembre-se de que não há certo ou errado.
Este questionário tem 10 afirmativas. Depois de ler cada afirmativa, circule o número (1, 2, 3, 4 ou 5),
próximo à afirmação, que melhor descreve a maneira como você pensa e se sente.
1. Quando estou diante de uma situação em que irei viajar, por exemplo, e tenho que arrumar as minhas
malas, deixar meu quarto organizado e limpar as tigelas do meu cachorro, ou seja, tenho que me
planejar, eu me sinto nervoso e irritado por não conseguir fazer as coisas certas.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
2. Quando tenho que escolher entre dois jogos divertidos para brincar com um colega e não consigo me
decidir, eu geralmente me sinto confuso e irritado.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
4. Eu me sinto ansioso quando tenho que tomar uma decisão, planejar algo ou escolher entre várias opções.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
5. Diante de uma decisão ou planejamento, eu me sinto uma pessoa ruim por não conseguir e ser diferente
das outras pessoas.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
6. Diante de uma decisão ou planejamento, eu me sinto a pessoa mais centrada naquele momento.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
7. Muitas vezes eu deixei de participar de alguma atividade por ter vergonha do meu comportamento
desajeitado.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
8. Há momentos em que eu sinto uma tristeza profunda e não consigo agir diante das situações, como se
algo me paralisasse.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
9. Quando estou em uma roda de amigos, tenho a sensação de não pertencer ao grupo que frequento,
sentindo-me sempre com medo de falar, de expor minhas opiniões.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
10. Há momentos em que percebo não prestar atenção nas coisas que faço e acabo não conseguindo me
organizar.
1. Nada a ver comigo.
2. Pouco a ver comigo.
3. Indiferente.
4. Muito a ver comigo.
5. Tudo a ver comigo.
ANEXO B – TERMÔMETRO DAS EMOÇÕES
Como você está se sentindo no dia de hoje para tomar uma decisão? Pare, pense e perceba como você está se sentindo.
ANEXO C – PENSÔMETRO PARA FAMILIARES
1. Quais são os sintomas da falta de planejamento que você considera mais problemáticos para você que
está inserido na família com ele?
2. Quais são os três aspectos mais importantes em que os sintomas (citados acima) afetaram a relação dele
com os amigos?
ANEXO D – PENSÔMETRO PARA
PARTICIPANTE DO GRUPO
1. Quais são os sintomas de falta de planejamento que você considera mais problemáticos e que dificultam
sua vida?
2. Quais são os três aspectos mais importantes em que esses sintomas (citados acima) prejudicaram seu
relacionamento com seus amigos?
ANEXO E – CICLO DA TOMADA DE DECISÃO
ANEXO F – TABELA DOS PENSAMENTOS
Prós Contras
Sentimentos envolvidos
Sentimentos envolvidos
ANEXO G – RECUPERANDO A ATIVIDADE
Agora é hora de relembrar o que você aprendeu durante a atividade proposta. Olhe as perguntas e tente
recordar-se.
1. Sobre o que a atividade de hoje falou? (Pode ser definido em uma palavra.)
3. Se você puder escolher um símbolo, qual você escolheria para definir a atividade de hoje?
5. Se um amigo muito legal, de quem você gosta muito, chegasse para você e te contasse que está tendo as
dificuldades que foram faladas neste grupo hoje e você tivesse que ajudá-lo ou até mesmo explicar o que
ele poderia fazer com base no que acabou de ser realizado, como você explicaria para ele o que foi
discutido hoje? (Pode ser da forma como você preferir: escrita ou com desenhos.)
ANEXO H – LABIRINTOS
Labirinto 1
Labirinto 2
Labirinto 3
Labirinto 4
Labirinto 5
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