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Aula 03 - Bacia Hidrográfica

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: HIDROLOGIA
DOCENTE.: LOURENA BARBOSA CAVALCANTE PAIVA

AULA 03 – BACIA
HIDROGRÁFICA
lourena.paiva@ufersa.edu.br
1. Bacia Hidrográfica
Precipitação

Bacia hidrográfica
Escoamento Interceptação
Uma divisão natural de solo
que tem grande influência:
Ciclo da  Armazenagem;
água  Movimentação;
Armazenamento Evapotranspiração
 Destino da água que
passa pela superfície
terrestres.
Percolação Infiltração

2
1. Bacia Hidrográfica
A bacia hidrográfica é uma área para a qual, em virtude do
relevo e da geografia, a água da chuva escoa, formando um
rio principal e seus afluentes.

A área de uma bacia é separada das demais por um


divisor de águas – uma formação de relevo, normalmente a
crista das elevações do terreno – que separa a rede de
drenagem (ou seja, a captação de água da chuva) de uma
bacia da outra.
Atenção!
De acordo com a Agência
Nacional de Águas (ANA), são
os divisores topográficos que
definem a área de origem do
deflúvio superficial da bacia.
Deflúvio superficial é a
quantidade de água que chega
até uma bacia após ter
passado pelo escoamento
superficial.

Fonte: Freire e Omena (2009) apud Oliveira (2016) 4


1. Bacia Hidrográfica O que é uma
Bacia
Hidrográfica?

É a área de captação natural


dos fluxos de água,
originados a partir da
precipitação, que faz
convergir os escoamentos
para um único ponto de
saída, seu exutório.
2. Bacia Hidrográfica
A precipitação que cai sobre as
vertentes infiltra-se totalmente nos
solos até haver saturação superficial
destes, momento em que começam a
decrescer as taxas de infiltração e
a surgir crescentes escoamentos
superficiais, se a precipitação
persistir.
2. Bacia Hidrográfica
A bacia hidrográfica pode ser
considerada um sistema físico onde a
entrada é o volume de água precipitado
e a saída é o volume de água escoado
pelo exutório.

EXISTEM PERDAS?

•Volumes infiltrados profundamente


•Volumes evaporados e transpirados
2. Bacia Hidrográfica

Uma bacia hidrográfica pode ser


dividida em sub-bacias e cada uma
das sub-bacias pode ser
considerada uma bacia
hidrográfica.
12 REGIÕES HIDROGRÁFICAS:

•Região Hidrográfica Amazônica


•Região Hidrográfica do Tocantins-
Araguaia
•Região Hidrográfica Atlântico Nordeste
Ocidental
•Região Hidrográfica do Parnaíba
•Região Hidrográfica Atlântico Nordeste
Oriental
•Região Hidrográfica do São Francisco
•Região Hidrográfica Atlântico Leste
•Região Hidrográfica do Paraguai
•Região Hidrográfica do Paraná
•Região Hidrográfica do Sudeste
•Região Hidrográfica do Uruguai
•Região Hidrográfica Atlântico Sul
Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental  Tem uma importância singular em
relação à ocupação urbana ao
contemplar cinco importantes
capitais do Nordeste.
 A região tem uma área de 287.348
km², o equivalente a 3% do território
brasileiro. 21,6 milhões de pessoas
habitam essas bacias, o que
representa 12,7% da população do
País. Seguindo a tendência urbana
do País, 76% desse contingente
estão nas capitais e regiões
metropolitanas de Recife, Fortaleza,
Maceió, Natal e João Pessoa, além
de grandes cidades como Caruaru,
Mossoró e Campina Grande, entre
outras
Bacias Hidrográficas do RN
DELIMITAÇÃO DE UMA
BACIA HIDROGRÁFICA
2. Delimitação de uma bacia hidrográfica

Como já mencionado, a delimitação da


bacia é realizada pelos divisores topográficos
que:
 Definem o tamanho e a posição da bacia;
 Formam as linhas de separação que
definem em qual exutório a água, que cai
em forma de chuva na região, será
armazenada.
Fonte: https://www.gograph.com (2018) 13
2. Delimitação de uma bacia hidrográfica
Corte transversal através de duas bacias adjacentes hipotéticas

14
2. Delimitação de uma bacia hidrográfica
Divisores topográficos

 Divisor de águas – delimita, fisicamente, a bacia em tamanho e


capacidade de armazenar recursos hídricos.
 Vertentes – são os caminhos seguidos pelo escoamento de água.
Influenciam na velocidade e no volume de líquido e sedimentos
movimentados pela bacia.
 Rede hidrográfica – é o conjunto de rios (afluentes e subafluentes)
que se unem em um rio principal.
 Seção de controle – local por onde toda a água que é captada e
armazenada na bacia é drenada antes de seguir seu caminho.

15
2. Delimitação de uma bacia hidrográfica
Divisores topográficos (continuação)
 Rede de drenagem – é composta por todos os corpos de água da
bacia e canais de escoamentos que a formam.

Água subterrânea
 Divisores freáticos – limitam os reservatórios de recurso
hídricos subterrâneos.

16
Localização da bacia do rio Traçado divisor de bacia
Jacarecica em Maceió

Fonte: Freire e Omena (2009) apud Oliveira (2016) 17


Para delimitar a bacia
hidrográfica, devem ser
traçados os divisores de águas
que separam a área na qual o
escoamento superficial tem
como destino o exutório da
bacia, do restante do mapa.
Assim, no processo de
delimitação de uma bacia
hidrográfica o divisor de águas
cruza o curso d’água apenas
uma vez e, exatamente , em
seu exutório. Exemplo de uma bacia hidrográfica
delimitada sobre um mapa topográfico
18
O divisor de águas, apresentado
como uma linha tracejada, separa as
regiões do mapa em que a água da
chuva escoa até o exutório, das
regiões em que a água da chuva não
escoa até esse local, mas para outros
pontos do mapa.
Pode – se observar na figura que o
divisor de águas passa, em geral,
pelas regiões mais elevadas do
entorno do curso d’agua principal e
de seus afluentes, mas não
necessariamente inclui os pontos
Exemplo de uma bacia hidrográfica
mais elevados do terreno.
delimitada sobre um mapa topográfico
19
O divisor de águas separa as regiões do
mapa em que a água da chuva vai
escoar até a seção da ponte das regiões
em que a água da chuva não vai escoar
até esta seção.
O divisor de águas passa, em geral,
pelas regiões mais elevadas do entorno
do Arroio Quilombo e de seus afluentes,
mas não necessariamente inclui os
pontos mais elevados do terreno. O
divisor de águas intercepta a rede de
drenagem em apenas um ponto, que
corresponde ao exutório da bacia (no
A bacia delimitada corresponde à bacia
exemplo é a seção da ponte).
do Arroio Quilombo, próximo a Lomba
Grande e Novo Hamburgo, até a seção
que corresponde a ponte da estrada
vicinal indicada no mapa. 20
2. Delimitação de uma bacia hidrográfica
Delimitação da bacia topográfica

 O divisor não interrompe nenhum curso de água.


 Os pontos mais altos da bacia (pontos cotados)
também fazem parte desse divisor de água.
 Sempre que estiver entre duas curvas de mesmo
nível, o divisor de água deve estar igualmente
afastado de ambas.
 Ao cortar as curvas de nível, ele deve ser traçado
da forma mais perpendicular possível.

21
3. CARACTERÍSTICAS DA
BACIA HIDROGRÁFICA
3. Características da bacia hidrográfica

É importante considerar as características de


uma bacia hidrográfica para entender a
formação e o comportamento do solo e do
ecossistema de determinado local.
PORQUE

A bacia abriga nascentes, tributários,


leitos, interflúvios e foz de rios.

23
Representação
dos
constituintes de
uma bacia
hidrográfica

Fonte: Oliveira
24
(2016)
3. Características da bacia hidrográfica

Forma Fatores morfométricos


 Relacionados ao movimento da água
Características
morfológicas

Topografia na bacia.
 Características morfométricas são
Geologia associadas ao relevo e incluem:
 Área de drenagem;
Cobertura  Comprimento do curso de água
Vegetal principal;
Solo  Declividade.
25
3. Características da bacia hidrográfica
Área da bacia hidrográfica
 Normalmente é representada por 𝑨.
 É fundamental pois é um dado que define a potencialidade
hídrica da bacia hidrográfica, porque o seu valor multiplicado
pela lâmina de chuva precipitada define o volume de água
recebido pela bacia ao longo de um intervalo de tempo.
 É o elemento básico para o cálculo das outras características
físicas.
 A área de uma bacia hidrográfica pode ser estimada a partir da
delimitação dos divisores da bacia em um mapa topográfico.

26
3. Características da bacia hidrográfica

Área: É a superfície em
projeção horizontal,
delimitada pelo divisor de
águas¹.

¹É uma linha imaginária,


que passa pelos pontos de
maior nível topográfico, e
separa a bacia hidrográfica
em estudo de outras bacias
hidrográficas vizinhas.
3. Características da bacia hidrográfica
Amplitude altimétrica
 Diferença entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da bacia.
 Está relacionada com a velocidade do escoamento e com taxas
de erosão.
Perfil longitudinal do rio principal
 Gráfico da altitude pela distância ao longo do curso principal.
 Descreve a forma como a altitude varia ao longo da distância.
 A distância pode ser medida: foz-montante ou cabeceira-jusante.

28
3. Características da bacia hidrográfica
Comprimento de drenagem principal

 Curso de água principal pode ser


definido como o mais longo caminho
que a água pode percorrer dentro de
uma bacia hidrográfica.
 É calculado somando os principais
trechos do rio desde o ponto mais
distante do exutório onde é possível
identificar o início da rede de drenagem
superficial (um pequeno canal, ainda
que temporário) até o exutório.
29
3. Características da bacia hidrográfica

Declividade da drenagem principal


 A declividade média da bacia e do curso d’água principal também
são características que afetam diretamente o tempo de viagem
da água ao longo da bacia hidrográfica.
 Existem diversas formas de estimar a declividade da drenagem
principal.

30
3. Características da bacia hidrográfica
Consiste em identificar a altitude da rede de drenagem principal (𝑧100 ) do início
da rede de drenagem e a altitude (𝑧0 ) do próprio exutório e calcular a diferença
entre elas, dividida pelo comprimento da drenagem principal (𝐿).

Declividade da bacia (Forma 01) Erros


 Qualidade dos
𝒛𝟏𝟎𝟎 − 𝒛𝟎 mapas.
𝑺= Equação 01
𝑳  Dificuldade de
identificar a
Onde: altitude do início
e do final da
𝑆 - declividade do curso d’água principal, adimensional. rede de
𝒛𝟏𝟎𝟎 , 𝒛𝟎 - cotas do início e final da rede de drenagem, m. drenagem.
𝐿 - comprimento total de drenagem, m.
31
3. Características da bacia hidrográfica
Declividade da bacia (Forma 02)

Estima-se a declividade da drenagem principal com base na


diferença de altitude entre dois pontos localizados um pouco a
jusante do início da rede de drenagem na parte alta da bacia e um
pouco a montante do exutório.
𝒛𝒊_𝒓𝒆𝒅𝒆 − 𝒛𝒇_𝒓𝒆𝒅𝒆
𝑺𝒊_𝒓𝒆𝒅𝒆−𝒇_𝒓𝒆𝒅𝒆 = Equação 02
∆𝒓𝒆𝒅𝒆 ∙ 𝑳
Onde:
𝑆𝑖_𝑟𝑒𝑑𝑒−𝑓_𝑟𝑒𝑑𝑒 - declividade do curso d’água principal do trecho
analisado, adimensional.
∆𝑟𝑒𝑑𝑒 - valor decimal considerado do comprimento total da drenagem
principal. 32
3. Características da bacia hidrográfica

Fonte: Collischonn e Dornelles (2015) 33


3. Características da bacia hidrográfica
Declividade da bacia (Forma 02)

No exemplo mostra a declividade calculada utilizando dois pontos,


sendo o primeiro localizado a 10% da distância total do exutório à
cabeceira, e o segundo localizado a 85% da distância total do exutório.

𝒛𝒊_𝒓𝒆𝒅𝒆 − 𝒛𝒇_𝒓𝒆𝒅𝒆
𝑺𝒊_𝒓𝒆𝒅𝒆−𝒇_𝒓𝒆𝒅𝒆 =
∆𝒓𝒆𝒅𝒆 ∙ 𝑳

34
3. Características da bacia hidrográfica
Forma da bacia
 Característica capaz de explicar o comportamento da bacia
em termos de resposta às chuvas.

Alguns cálculos quantitativos ajudam a entender tanto a


morfologia quanto os fatores importantes, como o
coeficiente de capacidade e o fator de forma.

35
3. Características da bacia hidrográfica
Índices empíricos relacionados a forma da bacia

Fator de compacidade (circular)


 Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro de um
círculo de mesma área.

𝑷
𝑲𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟖 Equação 03
𝑨

 𝐾𝑐 > 1,5 – a bacia não estará sujeita a grandes enchentes


36
3. Características da bacia hidrográfica
Índices empíricos relacionados a forma da bacia
Fator de forma (alongado)
 Relação entre a largura média e o comprimento axial.

𝑨
𝑲𝒇 = 𝟐 Equação 04
𝑳

 𝐾𝑓 ≅ 1,0 – maiores os riscos de


enchentes.
 Quanto mais alongada a bacia,
menores os riscos de
enchentes. 37
3. Características da bacia hidrográfica
Índices empíricos relacionados a forma da bacia
Fator de forma (alongado)
 Relação entre a largura média e o comprimento axial.
𝑨
𝑲𝒇 = 𝟐 Equação 04
𝑳
Este índice indica a maior ou menor tendência
para enchentes de uma bacia. Uma bacia com
Kf baixo, ou seja, com o L grande, terá menor
propensão a enchentes que outra com mesma
área, mas Kf maior. Isto se deve a fato de que,
numa bacia estreita e longa (Kf baixo), há menor
possibilidade de ocorrência de chuvas intensas
cobrindo simultaneamente toda a sua extensão. 38
Exemplo 01 – Forma da Bacia

EXEMPLO 01: A bacia do Riacho do Faustino apresenta os seguintes


dados:
A = 26,4 km² = 26.413.000 m²
L = 10.500 m
P = 25.900 m

39
Exemplo 02 – Forma da Bacia

EXEMPLO 02:Calcular o fator de forma da bacia abaixo.

Uma bacia com um fator de forma baixo é


menos sujeita a enchentes que outra de
mesmo tamanho porém com maior fator de
forma. 40
3. Características da bacia hidrográfica
Densidade de drenagem
 É a soma do comprimento de todos os cursos d’água no interior
da bacia, incluindo cursos efêmeros ou intermitentes, dividida
pela área da bacia.
σ𝐿
𝐷𝑑 = Equação 05
𝐴𝐷
Onde:
𝐷𝑑 - densidade de drenagem, 1/𝑘𝑚;
𝐿 - comprimento de cada um dos trechos das drenagem, km;
𝐴𝐷 - área da drenagem da bacia, 𝑘𝑚²
Índices em torno de 0,5 km/km² indicaria uma drenagem pobre, índices
maiores que 3,5 km/km² indicariam bacias excepcionalmente bem drenadas.
41
3. Características da bacia hidrográfica
Densidade de drenagem
• Bacias com drenagem pobre → Dd < 0,5 km/km² σ𝐿
𝐷𝑑 =
𝐴𝐷

• Bacias com drenagem regular → 0,5 ≤ Dd < 1,5 km/km²

• Bacias com drenagem boa → 1,5 ≤ Dd < 2,5 km/km²

• Bacias com drenagem muito boa → 2,5 ≤ Dd < 3,5 km/km²

• Bacias excepcionalmente bem drenadas → Dd ≥ 3,5 km/km²


42
3. Características da bacia hidrográfica
EXEMPLO: Calcular a densidade de drenagem da bacia abaixo.

σ𝐿
𝐷𝑑 =
𝐴𝐷
43
3. Características da bacia hidrográfica
Classificação dos cursos de água

Quanto à constância do escoamento:


 Perenes: contêm água durante todo o tempo.
 Intermitentes: em geral, escoam durante as estações chuvosas
e secam nas estações de estiagem.
 Efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os
períodos de precipitação e só transportam escoamento
superficial.

44
Rio Amazonas

Fonte: Google Imagens (2018)

45
3. Características da bacia hidrográfica
Ordem dos cursos de água
Método de Strahler (1957) é o método
de Horton (1945) modificado.
 Ordem 1: um curso de água a partir
da nascente.
 Ordem 2: quando dois cursos de
ordem 1 se encontram.
 Ordem 3: quando dois cursos de
ordem 2 se encontram, e assim por
diante.

Fonte: Monteiro, Kobiyama e Zambrano


46 (2015)
3. Características da bacia hidrográfica

 A ordem de uma bacia, é definida


como a maior ordem de drenagem
encontrada em uma bacia.

 Então, uma bacia de Primeira


ordem é uma bacia em que o
curso d’água principal não tem
efluentes reconhecíveis.

47
Ordem dos cursos de água

Fonte: Google Imagens (2018) 48


4. Tempo de concentração
Início

Tempo de concentração
É o tempo de viagem de
uma gota de chuva que
atinge a região mais remota
da bacia hidrográfica, desde
o início do escoamento até
o momento em que atinge o
exutório

Exutório 49
4. Tempo de concentração

Análise do tempo de
concentração Bacias grandes
Bacias montanhosas

Bacias pequenas
Bacias planas

50
4. Tempo de concentração
Características
que influenciam
o tempo de
concentração de
uma bacia
hidrográfica

Fonte:
http://www.hidromundo.com.br/te
mpo-de-concentracao/ (2018)
51
4. Tempo de concentração
 Cobertura do Solo
Floresta Área Urbana

USO DO SOLO X ENCHENTE


4. Tempo
Cobertura de concentração
do Solo

 FLORESTAS:

Durante as maiores precipitações


evitam que o escoamento
superficial atinja o curso d’água
num curto intervalo de tempo,
evitando, assim, uma enchente.
4. Tempo de concentração
 Cobertura do
Solo
SOLO IMPERMEABILIZADO,
COMPACTADO OU DESMATADO:

A chuva, que antes se infiltrava no


solo, pode provocar enchentes nunca
vistas.
4. Tempo de concentração
 Cobertura do
Solo
Solos quase (ou • Impede a infiltração facilitando o escoamento
totalmente) superficial e originando cheias de crescimento
impermeáveis repentino.

Solos • Ocasionam o retardamento do escoamento


permeáveis devido à infiltração, amortecendo as cheias.
4. Tempo de concentração
 Forma da Bacia
Após ter seu contorno definido, a bacia hidrográfica apresenta um formato.

O efeito pode ser melhor demonstrado através da apresentação de 3 bacias d


formatos diferentes, porém de mesma área e sujeitas a uma precipitação de mesm
intensidade.
Quem tem o menor tempo de
concentração???

A = 10 horas
B = 5 horas
C = 8,5 horas
4. Tempo de concentração

Em uma bacia circular, toda a água escoada tende a


alcançar a saída da bacia ao mesmo tempo.

Uma bacia elíptica, com área igual a da bacia circular,


o escoamento será mais distribuído no tempo,
produzindo portanto uma enchente menor.
4. Tempo de concentração
Em bacias do tipo radial ou ramificada, formadas
por conjuntos de sub-bacias alongadas que
convergem para um mesmo curso principal, uma
chuva uniforme em toda a bacia, origina cheias nas
sub-bacias, que vão se somar, mas não
simultaneamente, no curso principal.

Portanto, a cheia crescerá, estacionará, ou


diminuirá a medida em que forem se fazendo sentir
as contribuições das diferentes sub-bacias.
4. Tempo de concentração
Revelo – Declividade da bacia e do rio principal

Qual a relação entre a


declividade e o tempo
Declividade média da
de concentração??? bacia e do curso d’água
principal.

Afetam diretamente o
tempo de viagem da
água ao longo do
sistema, além de ter
relação com o processo
de infiltração.
O tempo de concentração de uma bacia
diminui com o aumento da declividade.
4. Tempo de concentração
Revelo – Declividade da bacia e do rio principal

Quanto maior a declividade;

Maior a velocidade de
escoamento;

E mais pronunciados e estreitos


serão os gráficos de vazão x
tempo das enchentes.
5.Representação digital de uma bacia
hidrográfica
Tradicionalmente, os estudos de hidrologia estiveram baseados em mapas
topográficos para a caracterização de bacias hidrográficas. A partir da década
de 1970, foram criadas formas de representação digital do relevo.
 Primeira: representada em um computador utilizando linhas digitalizadas
representando as curvas de nível. Geração de mapas.
 Segunda: representada através de faces triangulares inclinadas formadas a
partir de três pontos com cotas e coordenadas conhecidas.
 Terceira: utilização de uma grade ou matriz em que cada elemento contém
um valor que corresponde à altitude local (Modelo Digital de Elevação -
MDE).

61
5. Representação digital de uma bacia
hidrográfica

Representação do
relevo na forma de
uma matriz (MDE)
com sobreposição
das curvas de nível
separadas por 10
Representação digital do terreno m
por meio de triângulos (TIN) 62
5. Representação digital de uma bacia
hidrográfica
Determinação das direções de
escoamento sobre o relevo
apresentado na forma de grade
(MDE):
a) altitudes;
b) altitudes com vista isométrica;
c) códigos numéricos utilizados para
representar as direções de fluxo;
d) grade com direções de fluxo
codificadas;
e) grade com direções de fluxo
indicadas por setas.
63
5. Representação digital de uma bacia
hidrográfica

Delimitação de uma bacia


hidrográfica sobre uma grade
com direções de fluxo
calculadas a partir do MDE:
a) célula do exutório da bacia;
b) células que pertencem à
bacia.

64
5. Representação digital de uma bacia
hidrográfica

Aproximação do contorno de uma


bacia hidrográfica utilizando MDE de
baixa resolução (1 km²). A linha preta
tracejada é o contorno real da bacia
e a linha escura é o contorno
apropriado.

65
5. Representação digital de uma bacia
hidrográfica

Aproximação do contorno de uma bacia


hidrográfica utilizando um MDE de
resolução um pouco mais alta (0,25
km²). A linha preta tracejada é o
contorno real da bacia e a linha escura
é o contorno apropriado.

66

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