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1º Fichas de Trabalho

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Índice

1. Introdução............................................................................................................................2
2. Fichas de trabalho................................................................................................................3
2.1. Fichas bibliográficas,.......................................................................................................3
2.2. FICHAS TEMÁTICAS...................................................................................................3
2.2.1. Noções Gerais..............................................................................................................3
2.2.2. Recomendações para confecção de utilização de fichas temáticas..............................4
2.2.3. A relevância da Ficha Temática...................................................................................5
2.2.4. Regras de execução da ficha temática..........................................................................5
3. FICHAS LEITURA.............................................................................................................6
3.1. A Ficha de Leitura ou de Conteúdo.................................................................................6
3.1.1. Tipos de fichas.............................................................................................................6
4. TEXTOS FUNCIONAIS OU PROFISSIONAIS:..............................................................6
4.1. SUMÁRIO.......................................................................................................................6
4.1.2. Qualidade essencial dum sumário.....................................................................................7
4.1.3. O sumário duma aula........................................................................................................7
4.1.4. Técnicas de elaboração.....................................................................................................7
4.1.5. Análise icónica..................................................................................................................8
4.1.6. Análise linguística.............................................................................................................8
4.2. RELATÓRIO...................................................................................................................8
4.2.1. Conceito.......................................................................................................................8
4.2.2. Características do relatório...........................................................................................8
4.2.3. Estrutura de um relatório..............................................................................................9
4.2.4. O Projecto do Estudo....................................................................................................9
4.2.5. Material e Métodos (Revisão teórica)..........................................................................9
4.2.6. Discussão dos Resultados.............................................................................................9
4.2.7. Conclusões...................................................................................................................9
4.2.8. Referências bibliográficas............................................................................................9
4.3. CONVOCATÓRIA..........................................................................................................9
4.3.1. Técnicas de elaboração...............................................................................................10
4.3.2. Análise icónica...........................................................................................................10
4.3.3. Análise linguística......................................................................................................11
4.4. ACTA.............................................................................................................................11
4.4.1. Técnicas de elaboração...............................................................................................11
4.4.2. Elementos Discursivos...............................................................................................12
4.5. Requerimento.................................................................................................................12
4.5.1. Estrutura do requerimento...............................................................................................12
4.5.2. Características linguísticas..............................................................................................13
4.6. CURRICULUM VITAE................................................................................................13
4.6.1. Tipos de currículo.......................................................................................................13
4.7. REGULAMENTO.........................................................................................................14
4.7.1. Tipos de regulamento.................................................................................................14
4.7.2. Estrutura do regulamento................................................................................................14
4.7.3. Características do discurso.........................................................................................14
4.7.4. Procedimentos usados na elaboração do regulamento...............................................14
4.8. CIRCULAR...................................................................................................................15
4.8.1. Características da circular...............................................................................................15
4.8.2. Estrutura da Circular.......................................................................................................15
5. Formas de Tratamento.......................................................................................................16
5.1. Conceito.............................................................................................................................16
6. Conclusão..........................................................................................................................17
7. Referências bibliográficas.................................................................................................18
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1. Introdução
Ao longo deste trabalho vamos falar sobre as fichas de trabalhos, onde vamos falar sobre as
fichas bibliográficas, fichas temáticas e fichas de leituras, e também vamos falar sobre os
textos funcionais ou profissionais, onde vamos falar de convocatória, acta, regulamentos,
curriculum vitae, requerimento, circular, relatório e sumario. A informação colectada nos
livros, assim como noutras fontes de conhecimento, normalmente deve ser devidamente
catalogada, ou seja, a sua proveniência não deve constituir segredo. Tratando-se de
documentos que veiculam ideias de outros sujeitos pensantes, estas ideias são propriedade
e/ou pertenças desses mesmos sujeitos.
Com efeito, é dever de quem pesquisa referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou fonte
de inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando todos os dados que possam
facilitar a localização da obra referida para efeitos de confrontação posterior. Estas
informações são organizadas segundo modelos universalmente convencionados, a que se dá o
nome de ficha bibliográfica.
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2. Fichas de trabalho
2.1. Fichas bibliográficas
A informação colectada nos livros, assim como noutras fontes de conhecimento, normalmente
deve ser devidamente catalogada, ou seja, a sua proveniência não deve constituir segredo.
Tratando-se de documentos que veiculam ideias de outros sujeitos pensantes, estas ideias são
propriedade e/ou pertenças desses mesmos sujeitos. Isto significa dizer que, ao se fazer uso
dessa mesma informação, dever-se-á referir a fonte que a produziu – o seu autor, sob pena de
se considerar plágio (roubo de propriedade intelectual), da ideia de outrem. Esta omissão é
considerada crime, dando direito a um processo criminal que pode ter consequências
imprevisíveis nos termos da lei dos direitos autorais.
Com efeito, é dever de quem pesquisa referir os livros que lhe serviram de suporte e/ou
fonte de inspiração para a produção das suas próprias ideias, colocando todos os dados que
possam facilitar a localização da obra referida para efeitos de confrontação posterior. Estas
informações são organizadas segundo modelos universalmente convencionados, a que se dá o
nome de ficha bibliográfica.
A construção da ficha bibliográfica obedece a regras fixas de representação, segundo o
exemplo que a seguir é apresentado (entretanto, mais detalhes sobre este assunto poderás
colher na disciplina de Metodologia de Investigação Científica MIC):
1. A disposição das informações segue uma ordem:
 Apelido em maiúsculas;
 Nome do autor;
 Título da obra (sublinhado ou em itálico ou a negrito ou em maiúsculas);
 Subtítulo da obra antecedido de dois pontos (sublinhado ou em itálico ou a negrito ou em
maiúsculas); (se tiver)
 Número da edição;
 Local (nome da cidade) em que a obra foi editada;
 Nome da editora responsável pela edição do livro;
 Indicação do ano e da(s) página(s).
EX: RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos, s.e., São
Paulo: ATLAS, 1991, p-19
2.2. FICHAS TEMÁTICAS
2.2.1. Noções Gerais
Segundo Beaud (1996:69) a ficha temática ou fichamento temático é a transcrição textual, ou
seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar na produção do texto técnico-
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científico. Eco (1991:14) diz que a Ficha Temática reúne os elementos relevantes do texto.
Este tipo de fichamento consiste basicamente em transcrever trechos dos textos a que se
refere, copiando citações importantes, e ligando-os a um breve resumo ou o registro da
interpretação do texto feita pelo leitor. É importante que as fontes sejam referenciadas com
cuidado, de forma completa e que não percam o sentido. Além disso, não se deve esquecer de
escrevê-las entre aspas, junto ao número da página de onde foram extraídas. Se for editar
alguma citação, cortando parte de uma frase, sentença ou parágrafo, coloque "[...]" para
simbolizar o que fez. Fichamentos de citação podem ser facilmente realizados em uma tabela
contendo o título, a referência e as citações de forma bem organizada.
Além disso, segundo Medeiros (2007), a transcrição directa de até três linhas deve ser contida
entre aspas duplas. Quanto às citações directas com mais de três linhas devem ser destacadas
com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que o do texto utilizado e sem
aspas.
Estrutura da ficha temática
Segundo Beaud (1996:180) a ficha temática é estruturada contendo
 Cabeçalho,
 Corpo da ficha
 Referência bibliográfica
No Cabeçalho normalmente coloca-se o título genérico ou específico e letra indicativa da
sequência das fichas se for utilizada mais de uma. Entretanto esta é uma parte que está muito
a critério do pesquisador pois é esta parte que serve de guia para as futuras buscas. O
importante é que elas estejam bem organizadas e de acesso fácil para que os dados não se
percam No Corpo da Ficha são colocadas às informações propriamente ditas, que podem ser:
 Corridas: quando se faz uma anotação do texto
 Esquemática: colocando-se esquemas
 Resumitivas : Coloca-se um resumo ou a ideia básica do texto pesquisado A referência
equivale à indicação da fonte bibliográfica do material. Esta geralmente segue às
indicações da ABNT, ou às normas do periódico que se pretende publicar.
2.2.2. Recomendações para confecção de utilização de fichas temáticas
Antes de começar a tomar nota, folhear a fonte de referência. É básica uma visão do conjunto
antes de se poder decidir o material a ser recolhido e usado. Isto economiza tempo e gasto de
material desnecessário.
Manter em cada ficha um tema ou título determinado. Não misturar temas pois a ficha serve
exatamente para organizar a revisão bibliográfica.
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Nunca esquecer a citação bibliográfica completa, pois muitas vezes não encontramos mais o
mesmo material e não teremos como localizá-lo posteriormente.
Incluir somente um tema em cada ficha e, se as notas são extensas, usar várias fichas
numeradas consecutivamente.
Antes de guardá-las, ter a certeza de que as fichas estão completas e são compreendidas com
facilidade.
2.2.3. A relevância da Ficha Temática
A ficha temática é importante para de uma pesquisa bibliográfica, pois permite uma
organização das ideias básicas facilitando o acesso aos dados fundamentais para a elaboração
da redação. Consiste em armazenar em fichas informações (anotações) relevantes para a
pesquisa, deforma organizada e selecionada para futura utilização, portanto estas anotações
não podem ser sintéticas demais que se tornem incompreensíveis posteriormente, nem tão
longas que se torne quase do tamanho do texto original. Os registros e a organização das
fichas dependerá da capacidade de organização de cada um. Os registros não são feitas
necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Pode ser feita em
folhas de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de banco de dados de
um computador.
2.2.4. Regras de execução da ficha temática
Em todas as fichas devem conter informações como: nome do autor da obra; título da obra;
editora; ano de publicação.
Faz uma divisão imaginaria no meio da ficha, do lado esquerdo, os nomes (informações do
docente e da obra) não contém paragrafo.
Coloca-se as informações da obra do lado esquerdo da ficha e o título do capitulo do lado
direito.
Para escrever a citação pular uma linha, após as informações preliminares da ficha.
É sensato que o fichamento de um capítulo não ultrapasse uma ficha.
É permitido escrever a partia da primeira linha da ficha, que é grafada com maior intensidade
de cor ou se apresenta na cor vermelha.
No final de todas as fichas coloca-se a origem do livro. Exemplo: (Biblioteca Pessoal) ou
( Biblioteca da Ung), etc.
O argumento contido na obra deve ser suprimido, dessa forma dando enfase ao foco do autor
em determinado capítulo.
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3. FICHAS LEITURA
3.1. A Ficha de Leitura ou de Conteúdo
3.1.1. Tipos de fichas
Ficha analítica – contém uma análise sumária da obra ou do artigo, podendo referir, entre
outros, os seguintes elementos:
 Campo ou o saber abordado;
 Problemas tratados;
 Conclusões alcançadas
 Contribuições especiais para o tema
 Métodos utilizados: indutivo, dedutivo, dialéctico, histórico, comparativo;
 Recursos empregados: tabelas, quadros, gráficos, mapas.
Entre as suas qualidades, destacam-se as seguintes:
 Brevidade;
 Uso de verbos activos;
 Ausência de repetições.
Ficha de citação – reproduz frases consideradas relevantes num trabalho:
 Coloca-se entre aspas;
 Contém a página;
 Transcreve textualmente (incluindo erros, que devem ser seguidos pelo termo sic
colocado entre parênteses rectos [sic]);
 Indica supressão de palavras, recorrendo também a parênteses rectos [...];
 Completa a frase com elementos indispensáveis à sua compreensão, se for necessário
(colocando o acrescento entre parênteses).
Ficha de resumo ou síntese – apresenta um resumo ou síntese das principais ideias ou dos
aspectos essenciais.
Ficha de comentário – é uma interpretação crítica das ideias do autor:
4. TEXTOS FUNCIONAIS OU PROFISSIONAIS:
4.1. SUMÁRIO
O sumário é um texto curto, por definição, e tem por objectivo relatar as actividades de uma
aula (estamos a tratar do sumário da aula). Este texto relata fiel e fidedignamente as várias
etapas que compõem uma aula. É, com efeito, um texto objectivante (objectivante na medida
em que não é possível ser-se completamente objectivo, daí que não nos autorizamos a usar o
termo objectivo). No sumário são também usadas expressões nominalizadas (nominalizações,
evitando-se assim a utilização de verbos conjugados. Sendo o relato de actividades de uma
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aula passada/ efectivada, ele deverá ser redigido no fim da aula (não no princípio desta, como
muitos dos professores erradamente o fazem. Afinal, tema (tópico) da aula é diferente do
sumário)
Um livro deve incluir os seguintes elementos: plano, desenvolvimento, principais divisões e
sua paginação.
Numa revista reportam-se a: título, nome do autor (se forem dois, devem ambos ser
mencionados e, se mais de dois, mencionados apenas o primeiro, seguido da expressão “et
alii” ou “at al”).
O sumário tem uma dupla função
Permite ao leitor orientar-se na leitura do texto ou ler apenas a parte que lhe interessa – trata-
se de um ponto de vista prático.
Permite, ainda, apreender a globalidade do tema ou as propostas avançadas e o modo
adoptado para a sua apresentação – é o plano que se encontra aqui em questão.
4.1.2. Qualidade essencial dum sumário
É importante que um sumário veicule uma problemática, mostre as questões e esboce as
respostas, quer dizer, que nas entrelinhas contenha um raciocínio original.
4.1.3. O sumário duma aula
O sumário é um texto curto, por definição, e tem por objectivo relatar as actividades de uma
aula (estamos a tratar do sumário da aula). Este tipo de texto deve relatar fiel e
fidedignamente as várias etapas que compõem uma aula. É, com efeito, um texto objectivante.
(objectivante na medida em que não é possível ser-se completamente objectivo, sendo por
este motivo, que não nos autorizamos a usar o termo objectivo).
Ora, Justamente porque se pretende objectivo, diga-se, objectivante, ele apresenta marcas da
3ª pessoa gramatical. Nele, são também usadas expressões nominalizadas, evitando-se assim a
utilização de verbos conjugados.
Sendo o relato de actividades de uma aula passada/ efectivada, ele deverá ser redigido no fim
desta (e não no princípio da aula, como muitos dos professores erradamente o fazem,
confundindo, tema (tópico) da aula com o sumário)
4.1.4. Técnicas de elaboração
O sumário da aula é um texto de construção colectiva. Todos os participantes/intervenientes
da aula devem participar da sua elaboração. Devemos abandonar a prática de aulas
centralizadas no professor. O aluno deve participar activamente em todas as etapas da aula, ou
seja, na sua construção. O aluno pode, e muito bem, saber dizer o que foi tratado numa aula
em que dela fez parte. É errado julgar que ele é um objecto que se limita a ouvir, copiar e
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escrever o que o professor dita. Como isso dizer-se: o aluno não é uma tábua rasa, ou um
simples receptáculo passivo dos conteúdos da aprendizagem.
4.1.5. Análise icónica
Trata-se de um nível de leitura que é feita tendo em conta o aspecto formal (do ponto de vista
da mancha gráfica). Esta leitura permite identificar o texto, antes da sua leitura conteudística.
Nela, presta-se especial atenção aos aspectos mais destacados a partir de elementos de realce,
tais como a escrita a negrito (em bold), em itálico e/ou sublinhado, as imagens (figuras ou
icons – texto imagético). Muitas vezes, o leitor não precisa de ler o texto para se aperceber
com que tipo de texto está a lidar.
4.1.6. Análise linguística
Além dos aspectos ligados à forma, identificáveis a partir de um olhar (vista geral da mancha
gráfica, isto é, daquela parte impressa, há a leitura do que está impresso do ponto de vista de
fundo, de conteúdo. Presta-se especial atenção à linguagem usada, às marcas de pessoa
gramatical, à conjugação dos verbos, enfim, aos elementos discursivos.
4.2. RELATÓRIO
4.2.1. Conceito
Um relatório de uma actividade prática é uma exposição escrita de um determinado trabalho
ou experiência laboratorial. Não é apenas uma descrição do modo de proceder (técnicas,
reagentes, material, etc.),
Segundo Rei (1990: 183)
O relatório trata-se de uma declaração formal dos resultados de uma investigação feita por
alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro, sob forma de pedido ou ordem.
Exige estudo prévio, e aprofundado, elevado grau de elaboração, e matéria para apreciação e
decisões posteriores.
4.2.2. Características do relatório
O Relatório apresenta como características:
 Uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa;
 A clareza do raciocínio;
 Um relatório deverá ser conciso e coerente, incluindo a informação indispensável à
compreensão do trabalho;
 Todas as afirmações devem ser baseadas em provas factuais e não em opiniões não
fundamentadas
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 Deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas precisas e sintéticas. As conclusões


devem, igualmente, ser coerentes com a discussão dos resultados.
4.2.3. Estrutura de um relatório
A apresentação de um relatório em várias secções ajuda à sua organização e escrita por parte
dos autores e, de igual modo, permite ao leitor encontrar mais facilmente a informação que
procura.
 Título, autor (es) e data (capa)
 Índice:
 Introdução
4.2.4. O Projecto do Estudo
Em primeiro lugar, trará ao aluno de executar um dos projectos de pesquisa apresentando os
conhecimentos necessários para a compreensão dos fenómenos que serão estudados.
4.2.5. Material e Métodos (Revisão teórica)
A revisão bibliográfica é, sem dúvida, um dos pontos vitais de um trabalho científico, deve
trazer informações que possam ser acessadas pelos leitores, através da citação, das referências
bibliográficas.
4.2.6. Discussão dos Resultados
Interpretação dos resultados. A discussão deve comparar os resultados obtidos face ao
objectivo pretendido. Não se deve tirar hipóteses especulativas que não possam ser
fundamentadas nos resultados obtidos. A discussão constitui uma das partes mais importantes
do relatório, uma vez que é nela (e não na introdução) que os autores evidenciam todos os
conhecimentos adquiridos, através da profundidade com que discutem os resultados obtidos.
4.2.7. Conclusões
Esta parte do relatório deve sumarizar as principais conclusões obtidas no decurso do trabalho
realizado.
4.2.8. Referências bibliográficas
A bibliografia deve figurar no fim do relatório. Nela devem ser apresentadas todas as
referências mencionadas no texto, que podem ser livros, artigos científicos, CD-ROMs e
websites consultados.
4.3. CONVOCATÓRIA
É um documento que chama sócios para reunir, elaborado por quem tem poderes
institucionais para o fazer. Normalmente, é dada a conhecer por aviso postal para cada
participante, com antecedência considerada necessária – nas associações é de oito dias.
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Trata-se de um texto de utilidade pública, feito no contexto da realização de uma reunião.


Estruturalmente comporta três partes essenciais, sendo:
- O cabeçalho (onde se encontra identificada o tipo de documento, a instituição e a
entidade emissora da convocatória);
- O corpo (onde se encontra inserido o texto principal. Neste, é devidamente indicado o
local, a data, a hora da reunião, a respectiva ordem de trabalhos; o assunto ou os
assuntos a serem tratados na reunião; o tipo de sessão ou reunião – ordinária ou
extraordinária; e
- O fecho (a data em que ela é feita, a entidade responsável pela emissão da convocatória
e finalmente a assinatura desta mesma pessoa).
4.3.1. Técnicas de elaboração
Em princípio, não há uma técnica propriamente dita, mas há, obviamente, elementos a ter em
conta antes da sua elaboração, nomeadamente:
a. deve conter uma agenda (pontos a discutir na reunião prevista.)
b. a convocatória é endereçada a um público alvo bem definido, podendo ser: a comunidade
escolar (pais e encarregados de educação, alunos em geral, professores da escola,
funcionários etc.)
c. deve haver a indicação do local e da data

4.3.2. Análise icónica


A leitura icónica é feita inconscientemente, numa primeira fase, visto ser baseada nos
elementos que se nos apresentam diante de nossos olhos. O olhar é dirigido, mas ver é um
acto involuntário. Ao observarmos o material impresso, notamos os elementos mais salientes,
destacáveis. Apercebemo-nos da extensão do texto. Ora todas estas ilações são tiradas
involuntariamente. Trata-se de operações que acontecem a nível do nosso cérebro, mas que
não dependem dum esforço físico ou psíquico empreendido por nós. Esta leitura permite
identificar o texto, antes da sua leitura conteudística. Nela, presta-se especial atenção aos
aspectos mais destacados a partir de elementos de realce, tais como a escrita a negrito ( em
bold), em itálico e/ou sublinhado. Muitas vezes, o leitor não precisa de ler o texto para se
aperceber com que tipo de texto está a lidar. Os elementos iconográficos são dispostos de tal
ordem que o texto se identifique por si, captando a atenção do público leitor. Ora, será após a
leitura conteudística do texto que algumas dúvidas serão dissipadas, nomeadamente no que
diz respeito ao público visado, assunto, data, hora e local.
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4.3.3. Análise linguística


Trata-se da análise de conteúdo, da linguagem usada na redacção desta tipologia de textos; as
marcas de pessoa gramatical, as formas de tratamento, de persuasão, entre outros.
4.4. ACTA
Acta é a reprodução de factos, decisões e opiniões reportados a assembleias, reuniões ou
conselhos...é o relato oficial de tudo o que se passou durante a reunião de uma instituição,
departamento, secção, conselho ou grupo de trabalho. Costuma fazer-se a distinção entre
projecto de acta e a acta propriamente dita, coincidindo a passagem do primeiro à segunda
com o momento da sua aprovação.
A redacção deve ser simples, concisa e clara; não deve haver abreviaturas e os números tal
como as datas escrevem-se por extenso; intervalos em branco, interlinhas e rasuras são
eliminados. Enquanto o projecto de acta, ou minuta, não for aprovado em Assembleia Geral, é
pertença de quem o elaborou, que pode fazer as alterações que achar para a sua compreensão
e fidelidade.
Estruturalmente, a acta pode ser dividida em três partes fundamentais, nomeadamente:
 O cabeçalho, contendo a identificação do documento e o respectivo número de ordem
 O corpo, comportando os relatos das várias etapas e intervenções dos participantes
 O Fecho, contendo a fórmula fixa do fecho e as assinaturas do presidente e do secretário
da reunião.
4.4.1. Técnicas de elaboração
Ao longo da elaboração da acta, há formas próprias de introdução das intervenções/falas dos
participantes da reunião, como os actos de fala que a seguir alistamos:
- Referindo-se à questão do…ele teria dito que…
- Usando da palavra, o sr, mahulana, afirmou que…disse que…realçou o facto de que…
- Apelou aos presentes para que…
- Questionou o facto de…
- Perguntou,
- Disse ter ficado impressionado, chateado, escandalizado com o facto de…
- João wanicela disse não concordar com a posição do seu colega…
- Benilde, chefe da turma, interveio para aclarar algumas questões que constituíam
embaraço…
A acta obedece a uma fórmula fixa do fecho, que é: (não havendo mais a tratar, a reunião foi
encerrada (dada por terminada), da qual foi lavrada/ (se lavrou) a presente acta, que, depois
de lida, será assinada pelo Presidente (ou…) e por mim que secretariei a reunião.
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4.4.2. Elementos Discursivos


Uso da voz passiva e das formas do particípio passado (relativamente ao ponto número três,
foi dito que…ficou acordado que…decidiu-se que as reuniões serão feitas…),
Uso do discurso indirecto (ele disse que…)
Uso do Pretérito perfeito, mas também das formas do imperfeito… (ele teria dito que…),
coube a vez a Fernando Sumabane que interveio para questionar sobre se não haveria espaço
para mais um ponto na agenda.
4.5. Requerimento
O requerimento é sempre dirigido ao responsável por um determinado sector ou serviço, deve
utilizar-se um tratamento solene e adequado à entidade e um registo de língua cuidado. Por
outro lado, a apresentação da situação deverá ser feita com clareza, para possibilitar uma fácil
compreensão, podendo apoiar-se na legislação em vigor (VUNGUIRE, s/d).
Muitas são as situações do quotidiano em que os indivíduos são confrontados com a
necessidade de requerer determinados serviços ou benefícios: anulação de matrícula, mudança
de turma, consulta e reapreciação de prova, por exemplo, em contexto escolar, e pedido de
autorização ou benefícios diversos, na globalidade da vida do cidadão.
4.5.1. Estrutura do requerimento
a) Abertura – identificação da entidade a quem é dirigido, (autoridade e órgão
requerido).
 Designação da entidade a quem é dirigido (autoridade e órgão requerido). Por norma,
é recorrente escrever-se na parte superior da folha, do lado direito, o nome da entidade a
quem dirigimos o nosso pedido, bem como o cargo por ela ocupado e o órgão a que
pertence. É usual a utilização de fórmulas como: «Excelentíssimo Senhor», «Meritíssimo
Juiz». O tratamento deve ser adequado à entidade a quem nos dirigimos.
b) Encadeamento – elementos de identificação do requerente e motivo que esteve na
origem da solicitação.
 Requerente (elementos de identificação) - No corpo do próprio requerimento, constam,
habitualmente, os dados que permitem identificar o requerente: nome completo,
profissão, morada, número de Bilhete de Identidade e/ou número de contribuinte;
 Motivo que esteve na origem da solicitação (pedido ou objecto do requerimento) –
Seguidamente, esclarecerá a sua pretensão à entidade requerida. A situação apresentada
pontuará pela clareza, para que seja fácil a quem ler o seu requerimento compreender o
que pretende na realidade. O pedido pode ser fundamentado com recurso à legislação em
vigor, nomeadamente com referência a diplomas, leis, decretos, portarias, etc.;
13

 Pedido de deferimento – Quando se finaliza um documento desta índole, acrescenta-se,


no lado direito da folha, expressões como «pede/aguarda/espera deferimento», que
significam que espera que o seu pedido seja satisfeito. Este pedido pode ser feito com
recurso a abreviaturas.
c) Fecho – local, data e assinatura do requerente.
 Local, data e assinatura do requerente – Para finalizar o seu requerimento, coloque
o local e a data em que o mesmo foi elaborado, seguidos da sua assinatura, esta deverá
ser perceptível.
4.5.2. Características linguísticas
Ao elaborar um requerimento, atente no tipo de discurso que utilizará:
 Uso de registo formal
 A linguagem deve ser objectiva e clara, (registo de língua cuidada); emprego da terceira
pessoa do singular ou do plural;
 Recurso a palavras ou expressões específicas desta tipologia textual, ou seja, a
manutenção de palavras como por exemplo: requerente, deferimento, requerer, solicitar,
conceder, dignar-se, sito, respeitosamente, etc.
 Inclusão de elementos como identificação, morada, etc.
4.6. CURRICULUM VITAE
Para SILVA (2010) o Curriculum Vitae (CV) é um documento que contém, em resumo, todos
os dados da formação escolar e profissional de uma pessoa. É um texto que precisa dar ao
leitor informações precisas para uma análise preliminar do candidato e desenvolver um
processo de selecção eficaz.
Portanto, com o curriculum, a pessoa deverá comunicar, informar, fazer-se conhecer,
despertar interesse e necessidade de que seja seleccionado. É importante destacar que o
objectivo imediato do curriculum não é obter um emprego, mas uma entrevista.
4.6.1. Tipos de currículo
 Cronológico: os dados são colocados cronologicamente, dos mais antigos aos mais
recentes, ou invertido.
 Invertido: É o oposto do cronológico. São dados mais recentes. Este tipo é o que as
empresas actualmente requerem, principalmente na área profissional, portanto é o que
deve-se fazer.
 Funcional: relacionam-se às actividades ou funções independentes, uma das outras,
separadas por um título. É o modelo mais usual e de fácil leitura, pois rapidamente
selecciona os dados mais relevantes para a empresa.
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4.7. REGULAMENTO
Segundo SILVA (2010) o regulamento é um texto normativo que engloba um conjunto de
regras, normas e preceitos, destinado a regular o funcionamento de um grupo ou de uma
determinada actividade.
4.7.1. Tipos de regulamento
Existem dois grandes tipos de regulamento:
- Os gerais – que regulam a vida e a actividade associativa ou das instituições (o regulamento
interno regula a actividade de uma escola, por exemplo);
- Os parciais – que regem sectores particulares (como o regulamento da mediateca da escola,
por exemplo).
4.7.2. Estrutura do regulamento
A estrutura de um regulamento pode ser mais ou menos elaborada, de acordo com o tipo de
regulamento e dos objectivos visados. Enquanto um regulamento geral será constituído por
preâmbulo, normas gerais, competências, direitos, deveres, sanções e disposições finais, um
regulamento parcial englobará, na maior parte das vezes, apenas um conjunto de disposições a
cumprir (SILVA, 2010).
4.7.3. Características do discurso
De acordo com o autor anteriormente supracitado (idem), o regulamento apresenta
características específicas que o distinguem de outro tipo de textos:
 Recorre a um registo de língua corrente e à linguagem denotativa para que seja
facilmente entendido por todos, sem originar ambiguidades ou dúvidas;
 Privilegia, predominantemente, a utilização de verbos nos modos indicativo, conjuntivo
(presente / futuro) e infinitivo;
 Usa a terceira pessoa;
 Predominam as frases de tipo declarativo;
 Verifica-se a presença de substantivos abstractos (relativos a atitudes e comportamentos).
A adjectivação é escassa;
 Os regulamentos gerais contêm títulos e subtítulos para separar cada núcleo informativo;
 Recurso ao uso de numerais ordinais e cardinais.
4.7.4. Procedimentos usados na elaboração do regulamento
Na elaboração de um regulamento devem respeitar-se os seguintes procedimentos:
1) Para que as regras sejam coerentes e facilmente aceites devem ser discutidas e aprovadas
por todos os membros do grupo (ou pelos seus representantes);
2) Integrar os direitos e deveres dos vários membros;
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3) Prever o maior número de situações que possam ocorrer, para que não se torne demasiado
omisso;
4) As regras são redigidas com clareza e objectividade, evitando ambiguidades, duplos
sentidos, variações de pessoa, tempo e modo verbal que possam suscitar dúvidas no seu
leitor e comprometer a correcta interpretação das regras;
5) Cada regra será formulada por parágrafo, contendo uma ideia distinta;
6) As regras são organizadas do geral para o particular;
7) A apresentação gráfica é muito importante. Recorra à enumeração dos parágrafos, para
facilitar a consulta, e à utilização de espaços em branco para dividir a informação.

4.8. CIRCULAR
Segundo GONÇALVES (2009) Circular é o tipo de texto que se enquadra na redacção
técnica. Utilizada na vida académica e profissional, ela serve para dar informações, avisar,
transmitir, dar ordens e padronizar regras.
4.8.1. Características da circular
Pelo facto de ser um documento interno, porque é destinado a um determinado órgão ou
empresa, ela comunica várias pessoas ao mesmo tempo através do mesmo documento.
Segue a linguagem formal e, pelo facto de apresentar o teor de um documento, sua estrutura
requer cuidados específicos. Esses cuidados diferem daqueles que são observados na escrita
da redacção literária.
Uma das suas principais características é a objectividade na escrita. Em termos técnicos elas
são numeradas e, conforme a necessidade, podem conter as iniciais do responsável pela sua
redacção, bem como pela sua digitação.
4.8.2. Estrutura da Circular
Para GONÇALVES (2009) a circular deve obedecer a seguinte estrutura:
1) Cabeçalho: identificação do órgão emitente;
2) Local e data;
3) Número da circular: número sequencial separado por barra do ano da sua emissão;
4) Vocativo: Invocação das pessoas a quem se destina o documento;
5) Mensagem: comunicação formal feita de forma sucinta e de compreensão fácil;
6) Despedida: feita de forma simples;
7) Identificação e assinatura do emitente.
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5. Formas de Tratamento
5.1. Conceito
Segundo Cunha e Cintra (2002:292), denominam-se pronomes de tratamento certas palavras e
locuções que valem por verdadeiros pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa
Excelência.
Na produção de documentos ou de textos administrativos como: um convite, enviar uma carta,
um requerimento, um anúncio, uma acta, uma petição, um cumprimento, e uma conversação
num evento social onde encontra autoridades, é comum a pessoa perguntar-se qual o pronome
de tratamento que deve empregar, em meio às dezenas de expressões que se convencionou
considerar as mais respeitosas. Definidos no âmbito das Boas-maneiras, os pronomes de
tratamento são palavras que exprimem o distanciamento e a subordinação em que uma pessoa
voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e desejar um bom
relacionamento. Porém, seu emprego abusivo poderá afectar negativamente a dignidade da
pessoa que os emprega.
Embora designem a pessoa a quem se fala, isto é, a segunda pessoa, esses pronomes
levam o verbo na terceira pessoa.
Ex: Onde é que vocês estão?
No processo de produção de documentos institucionais ou então de textos administrativos,
somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes às entidades a que nos
dirigimos.

Assim, convém conhecermos as seguintes formas de tratamento referentes e as abreviaturas


com que são indicadas na escrita.

Estas formas aplicam-se à 2ª pessoa, àquela com quem falamos; para a 3ª pessoa aquela de
quem falamos, usam-se as formas Sua Alteza, Sua Eminência, etc. Mas as últimas podem
empregar-se com valor das primeiras, como expressão de máxima cerimónia, mormente
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quando seguidas de aposto que contenha um título determinado por artigo. Assim, em lugar
de:
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6. Conclusão
Em relação aos textos funcionais/profissionais, também fez-se uma pesquisa bibliográfica
sobre o sumário, relatório, circular, convocatória, acta, requerimento, regulamento e
curriculum vitae. Entretanto, importa referir que não vamos tecer conclusões sobre todos os
tipos de textos escritos aqui, mas vale referir-se de alguns como a acta que o grupo de
pesquisa achou ser um texto relativamente longo elaborado como consequência de uma
sessão/reunião que procura fixar com toda fidelidade os aspectos essenciais de factos
ocorridos na sessão. Não há possibilidade de o texto ser preenchido em impresso/formulário
previamente instituído (manuscrito ou impresso). No caso da convocatória é um texto de
chamada de atenção, dirigido geralmente a varias pessoas, produzido por um emissor ou
entidade, investido de competências e poder, que convida ou manda comparecer para algo.
Este trabalho foi de natureza bibliográfica e primeiramente abordou-se sobre os textos
expositivos onde fez-se menção do texto expositivo-explicativo, e foi possível compreender
que o objectivo do texto expositivo/explicativo é o de comunicar de forma clara e
pormenorizada, a um leitor determinado, que se supõe detentor de um saber insatisfatório, o
que deve saber de um facto, assunto ou de um problema. Um aspecto interessante é que a
definição deste tipo de texto apresenta-se polémica, pois há autores que usam variada
terminologia, fundamentando as suas posições
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7. Referências bibliográficas
 Lavareda, Lina Et Al., Guia Prático De Construção De Textos, Edições Sebenta, 2004.
 Silva, Pedro Et Al., Expressões, Porto Editora, 2010.
 Vunguire, Geraldo Fernando. Técnicas De Expressão Em Língua Portuguesa. Manual
De Licenciatura Em Ensino Da Língua Portuguesa. Código: A0001. Módulo Único
(24 Unidades). Universidade Católica De Moçambique, Beira, S/D.

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