Versos Contam Histórias? - Parte 2: Língua Portuguesa

Língua Portuguesa
Versos contam histórias? – Parte 2
2o bimestre – Aula 4
Ensino Fundamental: Anos Finais
● Interpretação de recursos ● Interpretar, em poemas
expressivos em poemas narrativos ou dramáticos, os
narrativos ou dramáticos. efeitos de sentido
produzidos por recursos
expressivos diversos, a fim
de ampliar a compreensão
de textos versificados.
Observe a estrutura do texto
retratado na imagem. Mesmo
sem ler o que ele diz, você
acredita que seja um poema
ou uma letra de canção? O
que esses dois gêneros
textuais têm em comum?
Todos juntos
Para falar sobre poema, é necessário relembrar alguns conceitos:
Poema: gênero textual organizado em versos e estrofes, podendo ou

não conter rimas.
Poema narrativo: poema que conta uma história.
Verso: cada linha de um poema.
Estrofe: o conjunto de linhas de um poema que forma um sentido
completo.
Rima: combinação de palavras, na mesma posição dos versos, que
tenham sons iguais ou semelhantes.
Poemas e letras de canção têm algumas Leia, em voz alta, a primeira
preocupações compartilhadas: parte do poema narrativo
- musicalidade; "Morte e vida severina", de
- ritmo; João Cabral de Melo Neto,
- sonoridade. da página 2 até a metade
Isso justifica características comuns: da página 3, atentando-se
- organização em versos e estrofes; ao ritmo do texto.
- presença de rimas e outros efeitos Acesse o link a seguir:
sonoros.
"Morte e vida severina“,
João Cabral de Melo Neto
Foi possível perceber que a leitura do texto tem um ritmo próprio,
bem diferente do que acontece na leitura de um conto, por exemplo?
Para reforçar ainda mais essa percepção, assista ao vídeo do canal

"Toda Poesia", em que Leonardo Bigio interpreta o mesmo trecho
do poema que você leu. Em seguida, responda às questões da
seção "Na prática".
Acesse aqui: "Morte e vida severina" , Leonardo Bigio –

Toda Poesia
1. Considerando sua própria leitura do trecho inicial de "Morte e vida
severina", responda às seguintes perguntas em seu caderno:
a. Qual é o tema do fragmento?

b. O narrador do poema está em primeira ou em terceira pessoa?
Justifique.
c. Cite dois ou mais pares de palavras que rimam ao longo do trecho lido.
d. O que a expressão "serra magra e ossuda" significa no texto?
e. Explique o sentido de "o sangue que usamos tem pouca tinta" no
poema.
Correção
a. Qual é o tema do fragmento?
No trecho inicial do poema, o narrador-personagem, Severino, faz
sua apresentação pessoal ao leitor.
b. O narrador do poema está em primeira ou em terceira pessoa?

Justifique.
O narrador do poema narrativo está em primeira pessoa, uma vez
que utiliza pronomes e verbos conjugados na primeira pessoa
("eu" e "nós"): "meu", "tenho", "me", "somos", "usamos".
Correção
c. Cite dois ou mais pares de palavras que rimam ao longo do trecho lido.
"pia"/"romaria"; "sina"/"cima"; entre outros.
d. O que a expressão "serra magra e ossuda" significa no texto?

Ao afirmar que vivia em uma "serra magra e ossuda", o narrador-
personagem remete à ideia da seca, da fome, da pobreza excessiva.
e. Explique o sentido de "o sangue que usamos tem pouca tinta" no

poema?
Como Severino fala da miséria e da fome, a expressão "o sangue que
usamos tem pouca tinta" faz referência à fraqueza.
2. Agora, considerando o vídeo do canal "Toda Poesia", responda às
questões a seguir, também em seu caderno:
a. Durante o vídeo, Leonardo Bigio interpreta um sotaque que não é

naturalmente seu. Por que isso foi usado como recurso expressivo
da interpretação?
b. Ao longo do vídeo, Bigio faz algumas pausas entre os versos.
Essas pausas são feitas aleatoriamente? Explique.
c. A leitura que você fez do trecho foi parecida com a interpretação
apresentada no vídeo? Quais foram as principais semelhanças e
diferenças?
Correção
a. Durante o vídeo, Leonardo Bigio interpreta um sotaque que não é
naturalmente seu. Por que isso foi usado como recurso expressivo
da interpretação?
O sotaque adotado por Leonardo Bigio, no vídeo, busca
reproduzir o sotaque do próprio Severino, que é quem fala no
texto, uma vez que ele afirma ser da Paraíba. Esse recurso
expressivo ajudou a tornar a interpretação mais próxima do
sentido do poema.
Correção
b. Ao longo do vídeo, Bigio faz algumas pausas entre os versos.
Essas pausas são feitas aleatoriamente? Explique.
As pausas feitas por Bigio, durante o vídeo, não são aleatórias,
mas realizadas em momentos específicos do texto, para reforçar a
expressividade do que está sendo dito, transmitindo emoções.
c. A leitura que você fez do trecho foi parecida com a interpretação

apresentada no vídeo? Quais foram as principais semelhanças e
diferenças?
Resposta pessoal.
De olho na ortografia: A última palavra do fragmento do poema que
você leu é "emigra". Você conhecia esse termo? Ele se parece com
algum outro que você conhece?
EMIGRAR deixar o próprio país ou região para viver em outro local
IMIGRAR chegar e fixar morada em local diferente do de sua origem
MIGRAR mudar-se de país, região ou cidade
Todos juntos
Já que poemas e músicas têm muito em comum, conheça a canção

"Asa branca", de Luiz Gonzaga, que foi lançada alguns anos antes de
"Morte e vida severina". Depois, discuta com o professor e os colegas: o
que a música e o poema têm em comum?
Assista ao vídeo disponível no link a seguir:
"Asa branca",
Luiz Gonzaga
● Reconhecemos recursos expressivos
em poemas narrativos ou dramáticos;
● Identificamos elementos que constroem
a sonoridade de um poema.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1995.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2006.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Tradução:
Marcelo de Abreu Almeida, Sandra Maria Mallmann da Rosa. Porto Alegre: Penso, 2018.
NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina. Disponível
em: https://colegiocngparanagua.com.br/wp-content/uploads/2020/07/MORTE-E-VIDA-
SEVERINA.pdf. Acesso em: 17 mar. 2024.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Aprender Sempre, 2022. Caderno do Professor,
Língua Portuguesa, 6o ao 9o – Parte I, v. 1.
TODA POESIA. Leonardo Bigio: "Morte e Vida Severina", João Cabral de Melo Neto. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=hV3MNh1yEY8. Acesso em: 17 mar. 2024.
Lista de imagens
Slide 3 – Biblioteca Pública do Paraná. Disponível em:

https://www.bpp.pr.gov.br/sites/biblioteca/arquivos_restritos/files/styles/escala_1140_largura_/public/i
magem/2021-11/manuscrito_-_segunda_opcao.webp?itok=mm7wKGiN. Acesso em: 17 mar. 2024.

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Poema: gênero textual organizado em versos e estrofes, podendo ou

Para reforçar ainda mais essa percepção, assista ao vídeo do canal

Acesse aqui: "Morte e vida severina" , Leonardo Bigio –

a. Qual é o tema do fragmento?

b. O narrador do poema está em primeira ou em terceira pessoa?

d. O que a expressão "serra magra e ossuda" significa no texto?

e. Explique o sentido de "o sangue que usamos tem pouca tinta" no

a. Durante o vídeo, Leonardo Bigio interpreta um sotaque que não é

c. A leitura que você fez do trecho foi parecida com a interpretação

Já que poemas e músicas têm muito em comum, conheça a canção

Assista ao vídeo disponível no link a seguir:

Slide 3 – Biblioteca Pública do Paraná. Disponível em:

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