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Como Entender o Inconsciente

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Como entender o Inconsciente?

Posted on Equipe Psicanálise ClínicaPosted in Teoria Psicanalítica

A teoria do Inconsciente que Sigmund Freud formulou representou um marco


na historia da Psicanalise, veja a seguir como entender o inconsciente.

Como entender o inconsciente


Se trata de um mundo estranho, gerado por fantasias, lapsos e impulsos não
controláveis. Freud foi o primeiro a falar sobre traumas, conflitos mentais e as
lembranças escondidas no nosso mais profundo ser. “ Os poetas e filósofos
descobriram o inconsciente antes de mim, o que eu descobri foi o método
cientifico que nos permite estudar o inconsciente” ( Sigmund
Freud). Freud então compreende a estrutura da psique as divide em três
“lugares” e desenvolve a chamada Teoria Topográfica, como forma de
organizar e estruturar o aparelho psíquico, assim sendo : Inconsciente, Pré-
consciente e Consciente.

Assim como um Iceberg, o que está a mostra é somente uma pequena parte
(consciente), logo nas profundezas estaria o inconsciente, onde são abrigados
nossos desejos primórdios, o Pré-consciente estaria no meio termo, tendo que
lidar com as funções do meio social consciente e respondendo aos desejos
reprimidos do inconsciente. Logo após Freud cria o modelo estrutural
dividindo em três instâncias: ID, EGO e SUPEREGO.

Em 1990 Freud então publica “ A interpretação dos Sonhos”


caracterizando o sonho como via regia, como estrada real que nos conduz
ao inconsciente sendo um exemplo de regressão a categoria mais
primitiva do sonhador, uma forma de representar suas pulsões, os sonhos
seriam a diferenciação entre o saudável e o patológico, sendo assim
produto da mente inconsciente. Eles contem conteúdos reprimidos, como
pensamentos e desejos que se encontram imersos no inconsciente.

Como entender o inconsciente para Freud


Freud fez sua própria auto analise a partir de seus sonhos e através da livre
associação em seu consultório podendo decifrar através da fala os desejos
inconscientes do paciente como também os problemas a serem resolvidos e
neuroses. No inconsciente encontram-se também as pulsões, que são duas
forças complementares, pulsão de vida e pulsão de morte.
Na pulsão de vida estaria a vontade e animo pra viver assim como a criação,
trata-se de ser constantemente positivo de modo a preservar um ser vivo. Já a
pulsão de morte consciente em destruição, caminho inverso ao crescimento,
ela encontra-se nas fases de baixa energia, nas formas de sofrer, como a
depressão, tristeza, ou ausência de alguém, como também nos suicídios.

As pulsões são situadas na fronteira entre o mental e o somático, como


um representante psíquico dos estímulos que se originam no corpo,
dentro do organismo e alcançando a mente. Para Freud o inconsciente é
interno e externo. Interno porque se espalha pela nossa consciência e externo
porque afeta nosso comportamento, e também ele não apresenta uma lógica
racional para o funcionamento deste existem apenas: Afirmações,
ambivalência( representação de amor e ódio ao mesmo tempo) e
atemporalidade.

Como entender o inconsciente e o ID


O ID é totalmente guiado pelo princípio do prazer, sendo assim a força
propulsora, ele busca a satisfação imediata dos impulsos humanos, tendo
como único objetivo satisfazer os impulsos primitivos, como fome, raiva ou o
desejo sexual. Já o Ego seria regido pelo princípio da realidade, satisfazendo o
máximo possível dos desejos do Id mas de forma adequada a sociedade, esse
princípio se desenvolve a partir do amadurecimento de nossa personalidade
perante a vida social.

O estudo do inconsciente é até hoje uma das mais intrigantes e


interessantes maneiras de acessar e entender melhor como funcionamos,
por meio de atos falhos que revelam o que está submerso nas profundezas
da psique, por meio da fala , sentimentos, sofrimentos, esquecimentos, faz
surgir as questões a serem tratadas, pois por traz do ato falho sempre
existe algo reprimido, exemplo quando alguém fala de uma pessoa e cita o
nome errado, ou quando vai fazer algo e acaba fazendo outra coisa,
inconscientemente o desejo se manifesta através do ato, que muitas vezes
passa despercebido.
Na repetição das experiências também o inconsciente se manifesta seria o que
chamamos de “tropeçar várias vezes na mesma pedra” Nosso inconsciente
sempre está se manifestando de forma sutil, faz as pessoas pensarem que
alguns atos feitos é pelo fato de que são desastradas, desatentas, ou que é
apenas bobagem, mas tudo já foi armazenado no inconsciente e virá a se
manifestar de várias maneiras na vida cotidiana, Freud acreditava que as
pessoas poderiam ser curadas tornando consciente seus pensamentos e
motivações inconscientes, sendo assim o objetivo da Psicanalise seria liberar
emoções e experiências reprimidas , ter uma experiência catártica de cura,
para que assim a pessoa possa ser ajudada nas mais determinadas questões.

Considerações finais
Trazer assuntos do inconsciente para o consciente é fundamental para
organizar e entender a própria vida. “Não somos apenas o que pensamos ser,
somos mais: somos também o que lembramos, e o que esquecemos, somos as
palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos que
cedemos.” (Sigmund Freud)

O presente artigo foi escrito por Sheila


Ghiasson( sheilagcarneiro@hotmail.com). Possui 30 anos, reside fora do
Brasil e se formou pelo IBPC recentemente , segue com análises pessoais e
pesquisas, se aliando cada vez mais nesta caminhada linda que é a Psicanálise.
Seguirá como colunista mensal no blog da Psicanalise Clínica, com textos
autorais e também tem um blog pessoal onde escreve e conta um pouco da sua
trajetória e visão de mundo : lifebysheila.com Espera que seus textos possam
dar uma pausa de reflexão, ao menos um pouquinho, em meios à nossos dias
tão corridos.

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