Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Relatório Circuito Resistivos

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A.C. SIMÕES


CENTRO DE TECNOLOGIA -CTEC
BACHARELADO EM ENGENHARIA

CIRCUITOS RESISTIVOS

MANOEL CORREIA DE ARAÚJO NETO


FELIPE CALIXTO GONÇALVES FÉLIX
JUAN LUCAS ALVES CUNHA

MACEIÓ/2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS A.C. SIMÕES
CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC
BACHARELADO EM ENGENHARIA

CIRCUITOS RESISTIVOS

Relatório do experimento sobre circuitos


resistivos sob a orientação do professor
Wandearley Dias como requisito avaliativo
da disciplina de laboratório de física
experimental 3.

MACEIÓ/2022
1
Sumário
1. Fundamentação teórica...................................................................................... 3
2. Objetivos ............................................................................................................. 4
3. Materiais e procedimentos utilizados. .............................................................. 4
3.1 Materiais. ........................................................................................................... 4
3.2 Procedimento experimental ............................................................................... 4
4. Resultados .......................................................................................................... 7
4.1 Circuito em Série ............................................................................................... 7
4.2 Circuito em Paralelo .......................................................................................... 9
4.3 Circuito Misto ................................................................................................... 12
5. Conclusão ......................................................................................................... 16
6. Referências Bibliográficas:.............................................................................. 17

2
1. Fundamentação teórica

A energia elétrica está presente em quase tudo na atualidade, tornando o seu


uso essencial na vida humana. Para que isso seja possível, é necessário que haja um
caminho para que ela possa percorrer, saindo e retornando à fonte. Tal percurso é
definido como circuito, que pode conter vários elementos como: resistores,
capacitores, chaves, etc, que são chamados de componentes de circuito.
Um circuito composto somente por fonte e resistores é chamando de circuito
resistivo, uma analogia é a instalação de lâmpadas que se comportam como resistores
oferecendo certa dificuldade para a passagem da energia elétrica.
Desse modo, a depender da maneira como os resistores são instalados, as
associações dentro do circuito resistivo podem ser classificadas como em série, em
paralelo ou mista.
Na associação em série os resistores são conectados em sequência de modo
que a corrente elétrica que passa por eles é a mesma, enquanto a tensão vária, já que
a lei de ohm diz que tensão é igual a corrente multiplicada pela resistência, mantendo
a corrente igual, a tensão depende somente da resistência. Assim, é fácil ver que
resistores em série possuem um resistor equivalente onde a sua resistência
equivalente é igual á soma de todas as resistências, além de que a tensão total pode
ser encontrando pela soma das tensões em cada resistor, enquanto a corrente elétrica
se mantém constante.
Na associação em paralelo os resistores são conectados de modo a serem divididos
por "nós" pontos onde a corrente é repartida proporcionalmente à sua resistência. Já
a tensão, diferente da associação em série, se mantém constante, já que os resistores
estão conectados aos mesmos pontos. É fácil ver também que um resistor equivalente
na associação em paralelo é dado por: o inverso do resistor equivalente é igual à soma
dos inversos dos resistores.
Por fim, na associação mista, tem-se conexões tanto em paralelo como em série,
de modo que a corrente e a tensão se comportem de maneira diferente em cada fase
do circuito. Para efeitos de cálculo, o desenvolvimento de um circuito equivalente
simplifica o estudo.
Logo a realização da prática descrita abaixo é de grande importância para o melhor
entendimento dessas associações e dos comportamentos das tensões, das correntes
e das resistências.
3
2. Objetivos

Os experimentos realizados na aula prática em questão serviram como uma


continuação no estudo dos fenômenos eletrostáticos, tendo como objetivos no
experimento:

• Observar o comportamento de circuitos resistivos em série, paralelo e misto com


respeito a diversas características na tensão, corrente e na potência elétrica.

3. Materiais e procedimentos utilizados.


3.1 Materiais.
- Dois multímetros;
- Fios para ligações;
- Fonte de tensão;
- Placa para circuito com bocais e conexões;
- Lâmpadas de 6v;
Ver figura 1, que apresenta os materiais utilizados nesse experimento.

Figura 1– Aparato utilizado para a realização do experimento.

Fonte: CALIXTO, Felipe, 2022.

3.2 Procedimento experimental


Esse experimento foi dividido em três etapas, uma com um circuito com ligação
em série, uma em paralelo e uma mista (lâmpadas em paralelo e em série).

4
3.2.1 Circuito em série
Inicialmente, montou-se o sistema experimental: um circuito elétrico com
lâmpadas em série. O esquema do circuito montado pode ser visto na figura 2(a).

Figura 2(a)– Esquema de circuito em série utilizado na primeira etapa do experimento.

Fonte: Imagem retirada do site Google, 2022.

Com o circuito montado, ligou-se a fonte de tensão e observou-se que as


lâmpadas acenderam. Como parte do experimento, retirou-se uma das lâmpadas e
analisou-se o que aconteceu (as demais lâmpadas se apagaram).
Em seguida, realizou-se a medição e o registro da tensão e corrente elétrica
usadas na fonte de alimentação e em cada uma das lâmpadas.
Por fim, determinou-se a potência mínima utilizada para que o circuito estivesse
funcionando.

3.2.2 Circuito em paralelo


Como na etapa anterior, inicialmente montou-se o circuito experimental, dessa
vez com as lâmpadas em paralelo. O esquema do circuito pode ser visto na figura
2(b).
Figura 2(b)– Esquema de circuito em paralelo utilizado na segunda etapa do experimento.

Fonte: Imagem retirada do site Google, 2022.

5
Uma vez montado o circuito, deu-se início à fase experimental, repetindo os
procedimentos realizados anteriormente na primeira etapa:
• Análise dos efeitos no sistema da remoção de uma das lâmpadas;
• Medição e registro da tensão e corrente na fonte de tensão e em cada uma
das lâmpadas;
• Determinação da potência mínima para que o circuito funcionasse.

3.2.3 Circuito misto

Mais uma vez, remontou-se o circuito, possuindo esse dessa vez uma
configuração mista (apresentando uma ligação em série e em paralelo). A
esquematização do sistema é representada na figura 2(c).
Figura 2(c)– Esquema de circuito misto utilizado na terceira etapa do experimento.

Fonte: imagem retirada do google, 2022.

Uma vez montado o circuito, deu-se início à fase experimental, repetindo os


procedimentos realizados nas etapas anteriores:
• Análise dos efeitos no sistema da remoção de uma das lâmpadas;
• Medição e registro da tensão e corrente na fonte de tensão e em cada uma
das lâmpadas;
• Determinação da potência mínima para que o circuito funcionasse.

6
4. Resultados

4.1 Circuito em Série

Tendo o circuito instalado (Figura 3) e funcionando, foi realizada a medição do


potencial e da corrente mínima, esses valores são obtidos no momento em que todas
as lâmpadas acendem, ou seja, corrente e potencial mínimo para que o circuito
funcione. Tendo os resultados, foi possível calcular a potência mínima utilizando a
relação 𝑃 = 𝑉 ∗ 𝐼, encontrando, assim, 0,34W (Ver tabela 1).
Tabela 1–Potencia mínima no circuito em série.
Circuito em Série
Corrente (A) Potencial (V) Potência (w)
0,11 3,08 0,34
Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

Figura 3–Circuito em série instalado.

Fonte: CALIXTO, Felipe, 2022.

Em seguida, com todas as lâmpadas acesas, foi observado que ao retirar uma
das lâmpadas, as outras duas apagaram. Isso ocorre devido o sistema está em série
e, quando há a remoção de uma das lâmpadas, o circuito é interrompido, não havendo
a passagem de corrente elétrica. Para exemplificar, observando o circuito em serie
representado pela figura 4(a), então, removendo a lâmpada L1, as demais lâmpadas
apagam (Figura 4(b))

7
Figura 4(a)–Circuito em série.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Figura 4(b)–Circuito em série ao remover a lâmpada L1.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Vale salientar que o mesmo aconteceria ao remover L2 ou L3, dessa forma o


circuito não fecharia e as demais lâmpadas não acenderiam.
Em seguida, após recolocar a lâmpada e com todas acesas, tendo em vista que
o voltímetro deve ser ligado em paralelo e o amperímetro em serie, foram realizadas
as medições de corrente e potencial as quais estão dispostas na tabela 2 e
esquematizadas na figura 5.

Tabela 2–Medições do circuito em série.


Circuito em Série
Corrente Potencial Potência
(A) (V) Calculada (w)
Fonte 0,1938 7,17 1,3895
Lâmpada 1 0,1938 0,91 0,1764
Lâmpada 2 0,1938 2,30 0,4457
Lâmpada 3 0,1938 3,61 0,6996
Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

8
Figura 5– Esquema das medições do circuito em série.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Com os resultados obtidos foi possível comprovar alguns conceitos. Numa


associação em serie, o valor da corrente percorrida é a mesma em todo circuito e foi
constatado que neste circuito o valor da corrente é dado por 0,194A. Além disso, o
somatório das diferenças de potencial obtidas nas lâmpadas, 6,82V, deve ser igual ao
potencial obtido na fonte, 7,17V, no entanto podemos dizer que os valores não serão
iguais tendo em vista que os fios e as lâmpadas possuem uma certa resistência, o que
implica nessa divergência de valores.
Um circuito em serie pode ser observado em uma residência ao acionar um
interruptor e duas ou mais lâmpadas acenderem. Também é comum associar tal
circuito às luzes de um pisca-pisca que, ao possuir corrente, todas as lâmpadas
acendem.

4.2 Circuito em Paralelo

Com o circuito em paralelo ligado à fonte e montado conforme a figura 6, os


valores de potencial mínimo e corrente mínima foram obtidos e, com isso, calculada a
potencia mínima, conforme preenchido na tabela 3.

Tabela 3–Potencia mínima no circuito em paralelo.


Circuito em Paralelo
Corrente (A) Potencial (V) Potência (w)
0,27 0,72 0,19
Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

9
Figura 6–Circuito em paralelo instalado.

Fonte: CALIXTO, Felipe, 2022.

Logo depois, com todas as lâmpadas acesas (Figura 7(a)), foi observado que
ao retirar uma das lâmpadas, as demais lâmpadas continuaram acesas. Como o
circuito está em paralelo, uma lâmpada não depende da outra para acender, pois a
corrente é dividida nos nós. Dessa forma, observando o esquema da figura 7(b), a
corrente I é dividida em I¹ e I², então, removendo a lâmpada L1, a corrente I¹ é
interrompida, no entanto, a fonte continua alimentando as lâmpadas L2 e L3 a partir
do caminho percorrido pela corrente I² e, sem L1, I²=I.

Figura 7(a)–Esquema do Circuito em paralelo.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

10
Figura 7(b)–Circuito em paralelo ao remover a lâmpada L1.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.


Após organizar novamente o circuito, foram realizadas as medições de corrente
e potencial as quais estão dispostas na tabela 4 e esquematizadas na figura 8.
Tabela 4–Medições do circuito em paralelo.
Circuito em Paralelo
Corrente Potencial Potência
(A) (V) (w)
Fonte 0,84 5,61 4,7124
Lâmpada 1 0,49 5,57 1,3512
Lâmpada 2 0,34 5,60 1,9040
Lâmpada 3 0,24 5,63 2,7293
. Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

Figura 8– Esquema das medições do circuito em série.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.


11
Num circuito em paralelo, o valor das diferenças de potenciais serão os mesmos
nas lâmpadas e na fonte, com os resultados obtidos em laboratório foi possível
observar uma pequena variação em cada lâmpada, devido ao fato de o experimento
estar sujeito a interferências externas e dentro do próprio circuito. Por outro lado, o
valor da corrente irá variar em cada lâmpada, isso ocorre devido a divisão da corrente
nos nós, ou seja, a corrente proveniente da fonte é dividida para a lâmpada 1,
conforme mostrado na figura 7(b), em seguida para a lâmpada 2 e por fim L3.

4.3 Circuito Misto

Tendo o circuito misto alimentado por uma fonte (Ver figura 9), foram coletados
os valores de potencial mínimo e corrente mínima foram obtidos e, com isso, calculada
a potência mínima, conforme preenchido na tabela 5.
Tabela 5–Potencia mínima no circuito em série.
Circuito Misto
Corrente (A) Potencial (V) Potência (w)
0,19 4,20 0,80
Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

Figura 9–Circuito misto instalado.

Fonte: CALIXTO, Felipe, 2022.

12
Com o circuito representado na figura 10(a), observamos que ao remover a
lâmpada L1 as outras apagam, mas ao remover L2 ou L3 as demais continuaram
acesas. Isso ocorre, pois as lâmpadas L2 e L3 estão em paralelo, enquanto L1 está
em série. Conforme supracitado, ao remover uma lâmpada em paralelo, L2 ou L3, a
corrente percorre outro caminho, fazendo com que as outras fiquem acesas (Figura
10(b)). Além disso, ao remover uma lâmpada em serie, há a interrupção da corrente,
fazendo com que as outras lâmpadas apaguem (Figura 10(c)), isso ocorre caso haja
a remoção de L1 ou L2 e L3.

Figura 10(a)–Esquema do Circuito Misto.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Figura 10(b)– Circuito misto ao remover a lâmpada L3.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

13
Figura 10(c)– Circuito misto ao remover a lâmpada L1.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Após organizar novamente o circuito, foram realizadas as medições de corrente


e potencial as quais estão dispostas na tabela 6 e esquematizadas na figura 11.

Tabela 6–Medições do circuito misto.


Circuito Misto
Corrente Potencial Potência
(A) (V) (W)
Fonte 0,84 7,50 6,3000
Lâmpada 1 0,42 4,21 1,7682
Lâmpada 2 0,24 3,19 0,7656
Lâmpada 3 0,18 3,19 0,5742
Fonte: Tabela elaborada no software Excel, 2022.

Figura 11– Esquema das medições do circuito misto.

Fonte: Esquema elaborado no AutoCad, 2022.

Como o circuito é misto, podemos observar que L1 está em serie com L2 e L3,
além disso, L2 e L3 estão em paralelo. Dessa forma, podemos dizer que o potencial
para L2 e L3 são os mesmos, outro ponto é que, o potencial total será a soma do
potencial em L1 com o potencial em L2 ou L3, somando assim 7,40V, valor próximo a
14
ao potencial obtido na fonte que é de 7,50V. Além disso, a corrente que passa por L1
se divide para L2 e para L3, pela Lei de Kirchhoff, podemos dizer que a corrente que
sai após passar por L2 e L3 é igual a soma das correntes que passam por L2 e L3, e
essa corrente que sai é igual a que passa por L1. Assim, a corrente de L2 mais L3 é
igual a corrente de L1, conforme podemos observar nos resultados obtidos.

15
5. Conclusão

Tendo como base a prática realizada em laboratório, compreendeu-se de uma


melhor maneira as características dos circuitos resistivos, assim como as relações
entre corrente, tensão e as devidas associações dos resistores.
Desse modo, foi possível entender as dependências do circuito em relação a seus
elementos resistivos nas associações em série, paralela e mista. O conhecimento
teórico prévio foi parte essencial para o total entendimento da experimentação.
Inicialmente, analisando a associação em série, foi possível concluir a
dependência que o circuito tem em relação as lâmpadas que se comportam como
resistores, já que ao se retirar qualquer uma das lâmpadas o circuito é interrompido,
impedindo a passagem de corrente elétrica fazendo com que as outras lâmpadas se
apaguem, isso prova que as lâmpadas estão ligadas em sequência de modo que a
corrente é constante ao longo do circuito.
Fazendo uma análise parecida com a associação em paralelo, conclui-se que
a dependência do circuito com as lâmpadas se comportar de maneira diferente, ao se
retirar uma lâmpada as outras ainda continuam funcionando, comprovando que a
corrente se divide, de maneira proporcional as suas resistência, em nós e a tensão
continua a mesma.
Dando sequência ao experimento, foi possível ver tanto a associação em série
e em paralelo na associação mista, conclui-se que a dependência do circuito se
mantém a mesma em cada fase, ao se retirar a lâmpada em série todo o circuito é
interrompido já que a corrente total passa por essa lâmpada, enquanto ao se retirar
qualquer lâmpada em paralelo o circuito segue funcionando, isso é possível por conta
da divisão da corrente total em dois caminhos, mantendo ao menos uma malha do
circuito fechada fornecendo um caminho cíclico para a corrente elétrica.
Desse modo, ficou evidente a importância da prática realizada para um melhor
entendimento dessas relações, visto que estão constantemente presente no dia a dia,
possibilitando aplicações práticas desses conceitos.

16
6. Referências Bibliográficas:

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed.


Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 3;

SALMERON, Roberto A. (comp.). Eletricidade e Magnetismo (Básico). Disponível


em: encurtador.com.br/pACJ1. Acesso em: 06 maio 2022;

FREEDMAN, Roger A. FÍSICA III - ELETROMAGNETISMO. 14. ed. São Paulo, SP:
Pearson Addison Wesley, 2015 vol 3;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: Informação e


documentação - Relatório técnico e/ou - Apresentação científico. Rio de Janeiro: Abnt,
2015.

17

Você também pode gostar