Caso Clinico Rotavirus
Caso Clinico Rotavirus
Caso Clinico Rotavirus
CURSO DE ENFERMAGEM
Manaus - AM
2022
ALUNA: LENY LISBOA SOARES – 03217614 TURMA: ENN0070109NMA
3
1. INTRODUÇÃO
A infecção por rotavírus, também chamada de rotavirose, que é uma infecção que
causa gastrenterite aguda. O diagnóstico clínico pode ser confirmado por um exame
laboratorial específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente. A doença tem
aspectos infecto-contagiosos, já que sua transmissão acontece de forma bastante rápida
quando não se observam os devidos cuidados. Em todo o mundo, milhares de pessoas são
infectadas pelo rotavírus todos os anos e nos casos de desnutrição e desidratação, geralmente
ocorrem óbitos. Os rotavírus também são responsáveis por ocasionar surtos em escolas, pré-
escolas, creches, berçários e hospitais.
O bioagente causador do rotavírus é um RNA vírus da família dos Reoviridae, do
gênero Rotavírus. Esses vírus são sorologicamente classificados em grupos, subgrupos e
sorotipos. Já foram identificados 7 grupos de vírus em espécies animais, classificados como:
A, B, C. D, E, F e G. Desses, os grupos A, B e C são os que apresentam maior incidência em
seres humanos.
O grupo A é o de melhor caracterização. É associado à doença no homem e em
outras espécies animais, predominando na natureza. Os vírus do desse grupo possuem um
antígeno comum, localizado no componente VP6, no capsídeo intermediário, e podem ser
detectados pela maioria dos testes comuns. A proteína também é a determinante do subgrupo
(I, II, I e II, não I – não II) a que pertence a cepa. Os sorotipos são determinados por duas
proteínas (VP4 e VP7) situadas no capsídeo externo. Dos 14 sorotipos G (VP7) conhecidos,
10 têm sido descritos como patógenos humanos: os tipos G1 a G4, os mais frequentemente
encontrados em todo o mundo e para os quais vacinas estão sendo desenvolvidas; os tipos G8
e G12, esporadicamente encontrados e o tipo G9, predominante na Índia.
A infecção por Rotavírus pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os
cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção e que uma em cada
300 infectadas pode morrer em consequência das complicações. Nos adultos, a infecção
costuma ser mais benigna. O Rotavírus é transmitido por via fecal-oral, pelo contato direto
entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. Medidas de
saneamento básico são fundamentais para prevenir a transmissão do vírus.
Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem,
os mais importantes são: Diarreia aguda, geralmente aquosa, sem sinais de muco e sangue;
Vômitos; Febre e mal-estar; Coriza e, às vezes, tosse; Desidratação, nos quadros graves. Os
4
quadros leves de Rotavírus são autolimitados: a infecção dura alguns dias e regride. Os mais
graves estão associados à desidratação e podem ter complicações fatais. Os quadros leves
podem ser tratados em casa, com soro caseiro, muito líquido e alimentação normal,
especialmente se for leite materno, mas sempre respeitando a orientação médica. Os quadros
graves exigem internação hospitalar.
O diagnóstico clínico de Rotavírus pode ser confirmado por um exame laboratorial
específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente. A amostra deve ser
coletada nos primeiros dias da infecção. Não existem medicamentos específicos para
combater a infecção por Rotavírus. O fundamental é manter a criança hidratada, repondo
constantemente o líquido perdido nos vômitos e nas evacuações. São sinais de desidratação:
letargia, irritabilidade, muita sede, diminuição do volume da urina, boca seca, olhos
encovados, ausência de lágrimas, perda do turgor da pele.
A vacina contra o Rotavírus produzida com vírus humano atenuado começou a ser
usada, no Brasil, em 2006, e faz parte do calendário do Programa Nacional de
Imunizações. Foram licenciadas duas formas de apresentação. A monovalente, que deve ser
administrada por via oral em duas doses (aos dois e quatro meses) e a pentavalente, em três
doses (aos dois, quatro e seis meses). O intervalo mínimo entre uma dose e outra é de 30 dias.
Em 2014, os prazos limites máximos para aplicação da vacina monovalente foram
estendidos. A primeira dose pode ser administrada até os 3 meses e 15 dias e a segunda, até
os 7 meses e 29 dias. Desde que essas duas formas da vacina começaram a ser administradas,
os casos de gastrenterite diminuíram muito.
Diante do exposto o objetivo deste estudo foi buscar dados na literatura sobre o
estabelecimento da pneumonia nosocomial e propor os principais os diagnósticos e
intervenções de enfermagem no caso clinico de prevenção e tratamento do Rotavírus em uma
criança de 6 meses de idade que iniciou a apresentação do quadro com sinais específicos de
Varicela, na Unidade de Saúde CAIC - DR. Moura Tapajóz, localizada na Avenida Samaúma,
606 - Monte das Oliveiras, Manaus – AM, demonstrando as principais causas e consequências
do Rotavírus.
2. FISIOPATOLOGIA
O rotavírus é um vírus comum e muito contagioso que causa vômito e diarreia. Pois
é uma infecção viral do trato digestivo que pode causar desidratação grave. Os sintomas
característicos incluem febre, vômitos e diarreia aquosa. O diagnóstico é estabelecido em
função dos sintomas. Vacinação rotineira pode prevenir a infecção pelo rotavírus. A maioria
5
das crianças melhora com o repouso e bebendo líquidos, mas algumas crianças recebem
hidratação pela veia (por via intravenosa).
O rotavírus é a causa mais comum de diarreia grave com desidratação em crianças
pequenas entre três e quinze meses de idade. Ele é um dos vírus que causa gastroenterite.
Eventos – precedem o aparecimento da diarreia; Redução da atividade das dissacaridases;
Comprometimento da digestão final dos açúcares; Acúmulo de carboidratos não absorvidos
no lúmen intestinal. Alterações morfológicas resultantes da ação lítica viral; Metaplasia
epitelial vilositária; Hiperplasia das criptas; Dilatação mitocondrial; Infiltração mononuclear
da lâmina própria. Enterócitos infectados – eliminados no sentido do lúmem intestinal.
Os sintomas do rotavírus começam com febre e vômito, seguidos de diarreia aquosa,
que normalmente dura de cinco a sete dias. Caso os líquidos perdidos não sejam repostos,
com frequência ocorre a desidratação. A desidratação torna a criança cansada e inquieta, com
boca seca e pulso rápido.
A transmissão do rotavírus acontece pela via fecal-oral (pelas fezes ou contato
descuidado com pessoas infectadas). Ao entrar em contato com o organismo, o vírus invade
diretamente a mucosa intestinal, provocando lesões celulares. Para se recuperar, o intestino
busca uma forma de expelir o vírus e o faz com o aumento de contrações e produção de
líquidos, o que causa a diarreia intensa. Grande parte do vírus é eliminada nas fezes do
indivíduo contaminado, e o restante pelas secreções respiratórias. A água e os alimentos
contaminados também são apontados como fontes de transmissão do rotavírus.
Detectar se há uma criança infectada perto de outra saudável, não é uma tarefa fácil
de se realizar por pessoas com nenhum ou pouco conhecimento sobre a doença, já que o
período de incubação do vírus (sem apresentação dos sintomas comuns) é de 1 a 3 dias e
mesmo após melhorar da gastroenterite, a criança continua expelindo o vírus por
aproximadamente 21 dias.
O diagnóstico de contaminação por rotavírus pode ser feita de duas formas:
A primeira é a anamnese, feita com extremo cuidado, verificando dados de história,
antecedentes epidemiológicos, que podem sugerir a infecção pelo rotavírus, além de exame
clínico. A segunda forma e a mais eficaz é o exame laboratorial específico, que investiga a
presença do vírus nas fezes do paciente. A época ideal para detecção do vírus é entre o 1º e o
4º dia da manifestação da doença, período onde ocorre maior excreção viral.
A doença se manifesta através de diarreia abundante que dura de 3 a 8 dias, vômitos, febre
alta e dores abdominais. Em sua forma clássica, mais frequente em crianças de 6 meses a 2
6
anos, a doença se manifesta como quadro abrupto de vômito que, não raramente, precede a
diarreia e a presença de febre alta. A diarreia é caracteristicamente aquosa, com aspecto
gorduroso e caráter explosivo, durando de 4 a 8 dias. Entre os adultos contactantes, é comum
observar-se formas mais leves e em crianças até os 4 meses pode haver infecção
assintomática, aventando-se a ação protetora de anticorpos maternos e do aleitamento natural.
A gastroenterite produzida pelo rotavírus é uma doença que pode ser tanto leve como
grave, caracterizada por vómitos, diarreia aquosa e febre baixa. Afeta sobretudo as crianças.
Uma vez que uma criança é infectada pelo vírus, existe um período de incubação de
aproximadamente dois dias antes de aparecerem os sintomas. Estes geralmente começam com
vómitos seguidos por quatro a oito dias de diarreia abundante. A desidratação é mais comum
em infecções de rotavírus do que na maioria daquelas causadas por patógenos bacterianos, e é
a causa mais comum das mortes relacionadas à infecção do rotavírus.
As infecções de rotavírus A podem ocorrer durante toda a vida: a primeira vez
geralmente constitui sintomas, mas as sucessivas possíveis infecções são normalmente leves
ou assintomáticas, uma vez que o sistema imunitário providência alguma proteção contra o
vírus. Consequentemente, as infecções sintomáticas são mais frequentes em crianças com
idades inferiores a dois anos e decresce progressivamente até aos 45 anos.
3. MEDICAÇÃO UTILIZADA
A contaminação por rotavírus é, em geral, doença auto limitada, com tendência a
evoluir espontaneamente para a cura. Sendo assim, não é recomendado o uso de antidiarreicos
ou antimicrobianos. Não há uma terapêutica específica para combater o rotavírus, mas deve-
se observar alguns pontos para eliminar seus sintomas.
Não há nenhum tratamento específico além da vacinação preventiva. A reposição de
líquidos por via oral ou intravenosa pode ser necessária. Em bebês, a amamentação pode
ajudar a proteger contra a infecção. O tratamento das consequências do rotavírus é feito
através do incremento da hidratação, alimentação saudável e repouso. Em alguns casos pode
ser necessário internação e hidratação intravenosa e essa avaliação deve ser feita pelo médico.
Como a perda de líquidos é grande e a desidratação profunda pode ser fatal, deve-se aumentar
a administração de líquidos (água, chás, sucos, água de côco e soro de reidratação oral -
SRO), para repor a quantidade de líquidos perdida pelas fezes ou vômitos, devendo ser
oferecido aos poucos e em colher ou copo, evitando a administração desses líquidos com
mamadeira.
7
Para as crianças que estão sendo amamentadas, é necessário que a mãe amamente
mais vezes, durante o período de diarreia, pois a amamentação é a forma mais adequada para
evitar a desidratação nas crianças pequenas. É importante realizar a reidratação oral e/ou
parenteral (quando a reposição de fluidos e eletrólitos não for suficiente), para evitar as
complicações (desidratação grave e distúrbios hidreletrolíticos).
4. EXAMES LABORATÓRIAIS
Exame laboratorial específico é a investigação do vírus nas fezes do paciente. A
época ideal para detecção do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de doença, período
de maior excreção viral. O método de maior disponibilidade é a detecção de antígenos, por
técnica imunoenzimática (ELISA), nas fezes. Pesquisa da partícula viral por técnica de
microscopia eletrônica direta (ME); análise do genoma viral por técnicas de eletroforese em
gel de poliacrilamida (PAGE), para a detecção dos diferentes grupos de rotavírus, e reação em
cadeia de polimerase (PCR), para a genotipagem (VP4 – tipos P; VP7 – tipos G; VP6 –
grupos).
Outras técnicas, incluindo microscopia eletrônica, PCR e cultura, são usadas
principalmente em pesquisas. Métodos sorológicos que identifiquem aumento de títulos de
anticorpos IgG e IgM, por ELISA, também podem ser usados para confirmação de infecção
recente.
5. CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
J.L.P.S; Paciente, sexo feminino, 6 meses de idade, parda, residente do bairro Monte das
Oliveiras, chegou a Unidade de Saúde (CAIC DR. Moura Tapajóz) em 13/11/2022, com
fezes diarreicas há 4 dias. Genitora informa que no primeiro dia notou que as fezes ficaram
amolecidas, e a frequência de evacuações aumentou um pouco, mas a partir do segundo dia,
a lactente apresentou-se chorosa e febril ao toque, e os episódios de diarreia se acentuaram,
totalizando 4 dejeções/dia volumosas, fétidas, explosivas, sem muco ou sangue. Desde
ontem, sem saber o que fazer, a mãe suspendeu a alimentação por achar que o leite de vaca
estava fazendo mal e está dando, no momento, apenas água de coco, quando a lactente
aceita. Nega episódios de vômitos e outras queixas.
Antecedentes fisiológicos: criança anda sem apoio, fala algumas palavras, reconhece as
pessoas ao seu redor. Antecedentes patológicos: nega internamentos, cirurgias, traumas e
8
comorbidades. Cartão vacinal completo (visto pelo médico).
Recordatório alimentar: aleitamento materno exclusivo até 4 meses, quando iniciou
fórmula maternizada, mas não teve condições financeiras de continuar, e há 1 mês,
substituiu pelo leite integral com amido de milho e papa de frutas.
Exame físico p- criança em regular estado geral, ansiosa, irritada, mucosas secas, olhos
fundos, pele com turgor e elasticidade diminuídos, pulso periférico filiforme, tempo de
enchimento capilar 2 segundos, afebril, eupneica, acianótica. Temp. axilar: 37,5. Demais
segmentos não foram examinados devido a agitação da lactente. Peso atual: 6,8Kg, peso
anterior registrado na caderneta: 7,5Kg. Diurese discretamente reduzida, com urina
concentrada.
Suspeitas diagnósticas: síndrome diarreica, desidratação, erro alimentar.
Tratamento para Criança com Diarreia Aguda e Desidratação: Dieta zero; Terapia de
reidratação oral 21ml de 15/15 min durante 4h, via oral, na colher. Após 1 hora, reavaliar;
Solicitar dosagem de sódio, cloro e potássio séricos; Pesquisa de rotavírus nas fezes.
1º Diagnóstico de Enfermagem
Risco de infecção de diarreia relacionada ao rotavírus, seguido de dor aguda relacionada
à experiência sensorial e emocional desagradável evidenciado por dor abdominal.
Planejamento Prescrição
Melhorar o padrão de hidratação; Investigar fatores causadores e/ou
Estímulo ao aleitamento materno; contribuintes da diarréia;
Encaminhamento imediato ao Verificar a temperatura axilar de 4/4 horas e
serviço médico de crianças com SSVV;
diarréia; Monitorar as eliminações intestinais, inclusive
Solicitor o exame de fezes; frequência, consistência, formato, volume e
Notificar imediatamente à cor;
Vigilância Epidemiológica do Orientar a acompanhante sobre a importância
município; da dieta constipante;
Diagnósticar a “Dor aguda”; Estimular a ingestão de líquido;
monitorar as eliminações Avaliar a dor quanto a localização, frequência
intestinais, incluindo frequência, e duração;
consistência, volume e coloração, Avaliar a eficacia das medidas de controle da
assim como, a avaliação constante dor;
da pele da região perianal para Favorecer repouso/sono adequados para o
detectar irritações, além do alivio da dor;
estímulo à ingestão de líquidos. Investigar a experiência de dor da criança;
Realizar do balanço hídrico, pode Preparar a criança para procedimento de
constituir-se em uma estratégia administração de medicamento;
necessária, tendo em vista o risco Oferecer informações a acompanhante sobre a
9
de desidratação; dor, suas causas, tempo de duração, quando
Uso de IPI’s para evitar contato necessario.
com material que contenha grande Incentivar a ingestão de líquidos;
concentração de microrganismos Verificar a temperatura corporal de 4 /4h;
(por exemplo, sangue, fezes e Orientar o paciente a lavar as mãos antes e
secreções), as luvas devem ser depois de utilizar o vaso sanitário e preparar
trocadas e as mãos lavadas. qualquer alimento.
Lavar e desinfetar todas as frutas e verduras
que serão utilizadas no preparo de refeições,
deixando-as escorrer para secar, evitando
transmissão de vírus por panos contaminados.
Evolução esperada
Paciente demonstrar melhora referente ao quadro clínico de diarreia, tendo diminuição
na quantidade de líquido eliminados pelas fezes, alem de estar bem hidratado, alem da mãe
ser orientadas para oferecer imediatamente o soro caseiro ou sais hidrantes e água tratada
para prevenir a desidratação, não suspender a alimentação e procurar imediatamente o
serviço médico para o tratamento adequado.
2º Diagnóstico de Enfermagem
Nutrição desequilibrada devido ser menor que as necessidades corporais”, justificando-se
pela modificação do hábito alimentar da criança durante a hospitalização, podendo diminuir o
estímulo e a vontade de comer, além da própria condição patológica apresentada, a qual pode
associar-se a inapetência. Resultando em Apetite prejudicado hidratação prejudicada.
Planejamento Prescrição
Hidratação oral/venosa de acordo com Auxiliar a criança a se alimentar;
quadro clínico. Ensinar a acompanhante os conceitos
Promoção do aleitamento materno. de uma boa nutrição para criança;
Identificação e manejo da desidratação. Identificar problemas relacionados
Avaliação e cuidados com a pele da com a alimentação;
região perianal. Criar um ambiente agradavel e
Orientações sobre higiene e preparo dos relaxante para as refeições;
alimentos. Orientar sobre a importancia de a dieta
Orientações sobre consumo de água e alimentar para a recuperação do estado de
medidas dietéticas, como a exclusão de saude;
alimentos que intensifiquem a diarreia. Planejar o atendimento para que
Administração de líquidos via oral, no procedimentos desagradaveis ou
domicílio, com base no cálculo mL/kg. dolorosos nao ocorram antes das
Reforçar manutenção da alimentação e refeições;
aleitamento materno. Monitorar a ingestão;
Orientar cuidados com a pele perianal. Monitorar as eliminações de líquidos;
Orientar retorno à unidade de saúde, se Monitorar os niveis de eletrolitos
houver piora do quadro. sericos;
Planejar uma meta de ingestão para
cada oito horas;
Investigar as preferências da criança
para ingestão de líquido.
Evolução esperada
O Paciente tende a apresentar melhora da em relação ao processo de desnutrição
desequilibrada, ajustando hábito alimentar durante a hospitalização. A criança foi
reidratada, e restabelecido o equilíbrio dos niveis de eletrolitos sericos.
10
3º Diagnóstico de Enfermagem
Padrão de Sono Prejudicado devido a permanência da criança em local não familiar, no
caso, o hospital. Além de termorregulação ineficaz relacionado à capacidade diminuída
de manter a temperatura corporal, evidênciado por elevações de temperatura acima de
37,5ºC.
Planejamento Prescrição
A Enfermagem incentiva o Auxiliar nas situações estressantes antes do hórario de
paciente a não deixa o dormir; Auxiliar o paciente no controle do sono diurno;
tratamento. Ensinar ao paciente tecnica de relaxamento;
Controle hídrico; Observar as circunstancias fisicas - apneia do sono, via
Controle a infecção. aerea obstruida, dor/desconforto;
Controle de energia; Registrar e monitorar o padrao do sono e quantidade de
Controle de horas dormidas;
imunização/vacinação; Proporcionar um ambiente calmo e Seguro;
Oreintação da prática de Reduzir os ruídos evitando luminosidade e sons
atividade física regular; eletrônicos;
Controle da higiene do Monitorar a ingestão de alimentos e as bebidas na hora
sono. de dormir em busca de itens que facilitem o sono ou
interfiram nele.
Evolução esperada
Ao final do período de tratamento o paciente já estará com sua vida normal. Pois as
condutas que integram a higiene do sono perpassam pela alimentação leve antes de deitar,
o preparo do corpo e do ambiente para deitar (redução de estímulos sonoros, visuais e
luminosos, manutenção de temperatura) e a rotina estabelecida para dormir.
6. CONCLUSÃO
11
Antibióticos são recomendados para pacientes com disenteria, considerando a
possibilidade de Shigella. Atenção especial deve ser dada ao primeiro trimestre de vida, para
crianças com desnutrição energético-proteica, imunossuprimidos ou com diarreia persistente e
quanto à possibilidade de infecções sistêmicas, que requerem o emprego de antibióticos
apropriados. A suplementação com zinco vem sendo preconizada para diminuir a duração do
episódio diarreico e evitar recorrências e a vitamina A deve ser recomendada nas áreas onde
corre esta hipovitaminose.
Determinados probióticos e a racecadotrila podem ser usados como coadjuvantes. A
loperamida continua sendo totalmente contraindicada em pediatria. O médico deve dar
recomendações claras à família sobre o tratamento, a alimentação, as medidas de higiene e o
saneamento, aproveitando esta oportunidade para educar, além de explicar quais as possíveis
complicações e sinais de alarme e como proceder nesta situação.
Para finalizar, devem ser destacados os princípios que a OMS incentiva para
erradicação de mortes por diarreia aguda até 20301: Focalizar na terapêutica da diarreia aguda
as seguintes condutas: terapia de reidratação, manutenção da alimentação e terapia com zinco.
Na prevenção, devem ser destacados: imunização contra infecções por rotavirus e sarampo,
ênfase no aleitamento natural prolongado e a suplementação de vitamina A, bem como a
disponibilidade e condições de armazenamento de água de boa qualidade, higiene pessoal
(lavagem das mãos), adequado preparo de alimentos e maior cobertura de saneamento básico.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe Técnico: Doença Diarréica por Rotavírus:
Vigilância Epidemiológica e Prevenção pela Vacina Oral de Rotavírus Humano - VORH
. Brasília, 18 de novembro de 2005.
Morais MB, Tahan S, Mello CS. Diarreia aguda: Probióticos e outros coadjuvantes na
terapêutica. Atualidades em clínica cirúrgica intergastro e trauma 2012. 3 ed. São Paulo:
Atheneu, 2013. p. 539-549.
SERRAVALLE, Karina. Caracterização do gneótipos de rotavirus isolados de crianças
hospitalizadas com quadro diarreicos em Salvador, Bahia. 2004.94f. Dissertação (Mestre
em Imunologia). Instituto de Ciência da Saúde, Universidade Federal da Bahia,2004.
13