Edimint
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MINISTÉRIO DO INTERIOR
DEZEMBRO DE 2008
Lista de abreviaturas e Acrónimos
O EDIMINT, está assente em sete pilares que são: Aspectos Institucionais; Desenvolvimento
de Recursos Humanos; Administração, Finanças e Logística; Tecnologia de Informação e
Comunicação; Equipamentos e Materiais; Infra-estruturas, e, Aspectos Transversais. O
EDIMINT, apresenta as principais estratégias específicas a seguir nos próximos 10 anos. A
elaboração deste Plano Estratégico seguiu um processo participativo, tendo privilegiado a
consulta do Relatório de Diagnóstico do MINT (2006), do PARPA II, da agenda 2025 e de
outras Estratégias do Governo de Moçambique, assim como outros aspectos específicos de
cada área inerentes ao mandato estatutário.
A actual situação do MINT, caracteriza-se por uma insuficiência de recursos humanos, meios
materiais, financeiros e de sistema de comunicações e informação, nos seus diferentes
segmentos, aos diferentes níveis, para além de funcionar em infra-estruturas que, na sua
maioria, reclamam grandes reabilitações e/ou substituição.
No que se refere aos aspectos institucionais, o diagnóstico realizado, mostra que o rácio
médio de cobertura policial, a capacidade de emissão de Bilhetes de Identidade e de
Passaportes e a capacidade de resposta às situações de salvamento público, estão aquém do
desejável. Por outro lado, a análise funcional, identificou a necessidade de realização de
reformas, visando melhorar a eficiência e a racionalização dos investimentos no sector.
O custo de implementação dos sete Programas, tendo em vista o cenário desejável nos
próximos 10 anos, está estimado em 266.377.204.130,00 MT. Um cenário intermédio
(correspondente a 50% do desejável) necessitaria de 133.188.602,07 MT, enquanto que no
cenário mínimo (calculado numa base de um crescimento anual de 30%), seriam necessários
119.334.592,39 MT. De referir que actualmente 64% do orçamento anual do MINT, vai para
despesas com pessoal, ficando um valor muito limitado para outras despesas.
1.1. Contextualização
O Ministério do Interior (MINT) opera na base de um mandato estatutário que visa satisfazer
objectivos de natureza pública e por isso, conforma-se aos condicionalismos a que estão
sujeitas todas as instituições públicas e do Estado, em particular, no âmbito da Reforma do
Sector Público, em curso, que dá primazia à prestação de serviços de qualidade ao cidadão.
O documento inicia com uma análise ao estado actual do MINT, levantando todos os aspectos
ligados tanto aos órgãos funcionais como aos órgãos de apoio e reflecte na essência o
diagnóstico do MINT em 2007. Esta componente do relatório baseou-se essencialmente em
relatórios dos seis grupos de trabalho, que por sua vez participaram em vários encontros com
os quadros do MINT e fizeram a revisão do Relatório da Análise Funcional (2006).
Uma outra componente deste documento reflecte a visão de cada grupo no que respeita à
situação futura desejada – ou seja a situação ideal. Com base na situação ideal e sempre tendo
em vista o mandato estatuário do MINT, foram desenhados a Missão, a Visão, os Programas,
os Objectivos Gerais e Estratégias dos Programas e seus Objectivos Específicos.
De uma forma mais detalhada e estruturada numa Matriz de Quadro Lógico, para cada
objectivo específico foram explícitos os resultados a atingir com cada objectivo específico as
actividades a realizar e os recursos necessários. Nesta base foram estimados orçamentos
(desejável, intermédio e mínimo) para o horizonte temporal da Estratégia.
Pontos fortes:
− Capacidade e experiência no seio dos funcionários do MINT;
− Representatividade até ao nível de localidade;
− Existência de instituições de ensino vocacional no MINT;
− Existência de programas direccionados a aspectos transversais;
− Experiência na implementação do Plano Estratégico da PRM;
− Existência do Estudo de Análise Funcional e Estrutural do Ministério.
Fraquezas:
− Orçamento do Estado dependente do apoio externo;
− Execução orçamental centralizada;
− Grande diversidade de marcas em relação aos meios de transporte e equipamento;
− Alto índice de mortalidade;
− Efectivo muito abaixo das necessidades;
− Sistema de comunicação e informação deficiente;
− Equipamento e infra-estruturas insuficientes e/ou obsoleto/degradadas;
− Baixa capacidade de emissão de documentos de identificação e viagem.
Oportunidades:
Ameaças:
− Limitada disponibilidade do Orçamento Geral do Estado;
− Aparecimento e expansão de novas formas de criminalidade;
− Alta mortalidade causada por ITS;
− Restrição de vários parceiros em financiarem as áreas de Defesa e Segurança;
− Elevado custo de algum equipamento de especialidade.
A actual organização do MINT, garante a cobertura territorial de forma homogénea até aos
níveis provincial e distrital. Abaixo do nível distrital a forma de representação não é similar e
depende dos seguintes factores:
- Proximidade ou não de fronteiras;
- Concentração ou dispersão das populações;
- Existência de infra-estruturas;
- Existência de recursos humanos em quantidade e qualidade requeridos;
- Disponibilidade de equipamento e material para operacionalizar os serviços.
Ao nível Central, o MINT está estruturado em: Gabinete do Ministro, Comando Geral da
PRM, Inspecção Geral, Direcção Nacional de Identificação Civil, Direcção Nacional de
Migração, Serviço Nacional de Bombeiros, Direcção de Informação, Direcção de recursos
Humanos e Departamento de Administração e Finanças, Gabinete de Estudos e Planificação,
Gabinete de Relações Internacionais e Gabinete dos Assuntos Jurídicos (Anexo 1). As
principais funções atribuições destas estruturas são apresentadas no Anexo 2.
Há necessidade de:
− Realizar uma pesquisa e análise sobre o mercado de trabalho, com vista a encontrar-se
uma fonte de recrutamento de novos efectivos;
− Especificar e uniformizar os critérios de recrutamento de pessoal para o MINT,
considerando que actualmente se faz com base nos desmobilizados das Forças Armadas
de Moçambique ou por concurso;
− Rever os requisitos de ingresso (académicos, físicos e de integridade) no MINT para
corresponderem à visão e à missão da instituição e para permitir uma análise e descrição
dos cargos de direcção e chefia;
− Fazer o diagnóstico das necessidades de pessoal, de acordo com a evolução institucional e
uniformizar os critérios de selecção de pessoal para as diversas áreas do MINT, para
permitir uma visão partilhada sobre a missão da instituição, visto que a integração de
pessoal nas carreiras e funções tem sido feita de acordo com a destreza e sensibilidade de
cada supervisor de área de actividades, unidade e sub-unidade.
Há necessidade de:
− Aprovar, com urgência, qualificadores profissionais das carreiras e funções específicas do
Ministério do Interior, de modo a definir-se o seu conteúdo de trabalho, os grupos salariais
e os requisitos de ingresso;
Aprovado na 31ª Sessão Ordinária do CM de 23/12/2008 13
− Aumentar gradualmente os efectivos da PRM com vista a atingir o rácio universal de 1
polícia para 350 habitantes;
− Rever as filosofias e práticas que orientam o funcionamento do MINT, no tocante à
alocação de pessoal, para permitir a adaptação eficaz do pessoal às conveniências da
instituição e vice-versa;
− Reduzir o desnível existente na alocação e distribuição de funcionários por sexo, nas
diversas áreas de actividades da instituição;
− Desenvolver um sistema de avaliação de desempenho específico para os membros da
PRM.
No âmbito da reforma do sector público foi aprovada a lei nº. 09/ 2002 de 12 de Fevereiro,
que cria o SISTAFE. Esta lei, tem em vista estabelecer as regras e procedimentos de
programação, gestão, execução e controlo do erário público.
Decorre ainda o apetrechamento gradual das UGB,s em equipamento informático. Por forma
a garantir a implementação efectiva das reformas ao nível de administração, logística e
finanças do Ministério do Interior, para além da unificação dos Departamentos de
Administração e Finanças (DAF) e Direcções de Logística e Finanças ao nível provincial está
em curso a revisão dos actuais regulamentos de funcionamento.
Ao nível provincial, a área de Administração e Finanças, é constituída por três repartições que
são: Execução Orçamental, Planificação Financeira e Administração. Não possui
representação a nível de distritos, Esquadras e Postos policiais.
As despesas dos órgãos centrais do MINT, são executadas através do DAF. A Administração
Finanças e Logística na Migração, Serviço Nacional de Bombeiros (SNB) e Identificação
Civil, são asseguradas pelos Departamentos de nível central.
Actualmente a maior parte das actividades do MINT é financiada pelo Orçamento do Estado
(OE). Porém, existem alguns projectos que são financiados ou co-financiados directamente
pelos parceiros de cooperação.
Na PRM, a implementação e gestão de TICs é realizada pelo DCI, que está integrado na
Direcção da Ordem e Segurança Pública (DOSP) e estrutura-se a todos os níveis. Compete a
este departamento desenhar, desenvolver, implementar e administrar o sistema de
comunicações e informática da PRM, incluindo os órgãos centrais do MINT. As actividades
de âmbito operacional para os órgãos centrais do MINT, são realizadas pelo Departamento de
Comunicações e Informática (DCI) do Comando Geral da PRM (CGPRM).
Os postos fronteiriços, sobretudo aqueles que ainda não tem acesso a rede telefónica,
necessitam de rádios de comunicação para facilitar a transmissão de informação, em tempo
útil, especialmente as que dizem respeito à aplicação de medidas de interdição e captura.
A nível sectorial é realizada formação proporcionada que tem contribuido para responder as
necessidades pontuais.
O qualificador da carreira dos técnicos das TICs, carece de actualização, de modo a contribuir
para motivar os funcionários a seguir a carreira técnica da área de TICs no MINT.
Os técnicos paramilitares, preferem que os seus salários sejam pagos na base de patente, uma
vez que pela classificação técnica, os salários são baixos. Por outro lado, no caso da PRM,
verificam-se pedidos de transferências de técnicos médios treinados e experientes, para as
Forças Especiais, onde passam a auferir melhores salários.
Os problemas são mais graves nos membros que trabalham nas salas de transmissão de
mensagens que operam numa base de 24 horas contínuas, onde se registam:
− Não disponibilização de alimentos suplementares recomendados para operadores daqueles
sectores;
− Existência de operadores de rádios com idade avançada e ou que trabalham há mais de dez
anos na fonia;
− Doenças frequentes dos operadores dos sistemas de comunicações HF;
− A carreira do quadro técnico das Comunicações e Informática da PRM, não é abrangente a
todas as especialidades e não é suficientemente flexível, para permitir a progressão, por
isso, não favorece social e financeiramente os seus membros;
− Realização irregular de inspecção médica, sobretudo ao pessoal ligado aos sistemas de
radiofonia e criptográfico.
Ao nível do Comando Geral da PRM, existe um sector técnico que realiza a reparação e
manutenção de hardware, instalação e configuração de software e serviços de correio
electrónico e Internet, assim como a formação dos utilizadores, para computador e principais
pacotes.
Esta unidade tem capacidade para resolver os problemas mais comuns, reparar e proteger os
computadores contra vírus, oferecer suporte aos utilizadores, assim como desenhar, instalar e
realizar a manutenção de redes de computadores na plataforma Windows. Limitações de
ordem material (ferramentas de trabalho e peças de reposição) e fraca implementação de
programas de capacitação, em matérias de tecnologias mais recentes, constituem principais
Aprovado na 31ª Sessão Ordinária do CM de 23/12/2008 18
que urge colmatar, para dar uma maior capacidade de intervenção da equipa. A equipa de
assistência técnica realiza o aconselhamento aos sectores que fazem aquisição de
equipamentos em termos de selecção (definição) das especificações dos sistemas a adoptar.
O grau de eficiência dos serviços prestados, quanto ao acesso e utilização das redes de
computadores, necessita de melhoria e de sistemas de back-up, para garantir o
armazenamento da informação existente, nos computadores.
2.4.2. Equipamentos
Nalgumas situações, estes funcionam sem energia e/ou sistema público de telecomunicações
ou cobertura celular. Para estes casos, meios alternativos são aplicados, como seja:
comunicações via rádio HF ou estafeta, energia eléctrica gerada por painéis solares, utilizada
somente para alimentar rádios de comunicação e gerador de energia eléctrica, que não
funcionam 24 horas.
Os sectores do MINT, localizados nestas zonas onde não dispõem de energia eléctrica da rede
pública, utilizam facilidades das administrações locais, ou outras fontes, e, quando estes não
os possuem, recorrem aos painéis solares.
A nível provincial e abaixo deste nível, a situação é mais grave, onde: nem todos os sectores
possuem gabinete de trabalho apropriados e os equipamentos e mobiliários de escritório são
velhos e inadequados. A maioria destes sectores, tem problemas de climatização, o que
contribui para limitar a vida útil dos equipamentos.
Nos Comandos e Serviços Províncias, existem várias linhas de telefone fixo e Fax, que
servem os principais órgãos e a Sala de Operações. Os números de telefones de emergência
112/119, neste momento, só se encontram disponíveis na Sala de Operações da Cidade de
Maputo.
Como consequência da dificuldade do controle das despesas de utilização dos telefones, foi
adoptada a utilização do pré-pago. Poucas são as sub-unidades (Esquadras e Postos) que
dispõem de telefone. Em muitos casos, estes telefones, são utilizados exclusivamente para
receber chamadas.
Como consequência, das limitações financeiras, muitos órgãos do MINT, têm algumas
dívidas por regularizar, nas Telecomunicações de Moçambique, referentes aos anos
transactos.
1
High Frequency
Todos os três segmentos deste sistema de comunicação, sofrem das seguintes limitações:
− Carência de renovação de sistemas e equipamentos de forma planificada, o que só
acontece quando a maioria do sistema fica fora de serviço, situação para a qual estamos
caminhando e que exige grandes investimentos para a sua concretização;
− Apesar de existirem normas para regular a utilização dos sistemas de comunicação, não
estão sendo suficientemente observados e desenvolvidos, por isso, torna-se difícil
implementar mecanismos de registo e controle eficientes;
− Existe equipamento em bom estado, mas devido à falta de componentes de reposição, não
podem ser utilizados;
− Fraco sistema de assistência técnica das redes de rádios e de equipamento informático ;
− Limitadas condições para a deslocação de equipas técnicas, para os CPPRM e destes para
os distritos.
Existem várias redes de comunicação HF, que abrangem a maioria do País, com excepção de
alguns Postos Policiais, nomeadamente:
− Rede das Explorações, que serve os órgãos da PRM, desde o CGPRM até os Postos
Policiais;
− Rede da Migração, que estabelece a ligação entre os órgãos centrais da Migração, os
serviços provinciais e postos fronteiriços;
− Rede das Forças de Guarda Fronteira, que proporciona a comunicação entre a sede do
Comando e as sub-unidades, geralmente abrange até o nível de companhias;
− Rede das Forças de Intervenção Rápida, que permite a comunicação entre o Comando e as
forças no terreno das operações.
As redes de rádios UHF/VHF funcionam nas sedes das capitais provinciais e são constituídas
por repetidoras (canais) isoladas, cada uma servindo um determinado segmento da força, por
isso, não existe ainda a possibilidade de, em caso de emergência, colocar todas as redes no
mesmo canal.
As Esquadras e postos policiais das capitais provinciais, estão equipados com rádios de
comunicação VHF/UHF, estação base e walkie talkie, que constituem uma rede metropolitana
e através dela é realizada a coordenação das actividades operativas da referida cidade.
Algumas viaturas operativas também estão equipadas com sistemas de comunicação que os
possibilitam falar, quer com as Esquadras, quer com a Sala de Operações local.
Nas cidades onde existem sistemas de comunicação locais, a sua cobertura é muito limitada e
o seu desenho foi realizado com muitas restrições resultado dos limitados fundos disponíveis.
Estes sistemas de comunicações são analógicos, o que não só compromete sua segurança e
seu alcance, mas também impossibilita a integração de voz e dados numa mesma rede de
comunicação.
Na Direcção Nacional da Migração, existe uma rede de computadores que serve a maioria dos
sectores. Nos postos fronteiriços, existem pequenas redes de computadores que permitem a
partilha dos recursos computacionais ali existentes. Alguns postos fronteiriços dispõem de
sistema de ligação via satélite para providenciar serviços “online”.
As redes de computadores existentes nos sectores da Identificação Civil, estão instalados nas
fábricas de BI de Maputo e Nampula. A rede da fabrica de Nampula é de especificação antiga.
Nos Comandos e Serviços provinciais ainda não existem redes de computadores, por isso, não
é possível a partilha de recursos, tais como: impressoras, acesso á Internet e arquivos.
Para concluir, podemos afirmar que os sistemas de comunicação actuais ainda não são inter-
operáveis, muitos deles estão obsoletos e dificilmente garantem a coordenação efectiva das
forças operativas, e, por isso, carecem de actualização urgente.
Nenhuma área do MINT tem página Web e a disponibilização de informação, para o consumo
público é realizado através de comunicados de imprensa e Portal do Governo.
As bases de dados existentes são de aplicação sectorial, não estão em rede e não são
partilhadas por outros sectores. São acessados e alimentados pelos sectores onde funcionam.
Na PRM, existe a base de dados de licenças de armas de caça e de defesa pessoal, onde estão
cadastrados todos os registos realizados desde o ano 2000.
De salientar a existência de sistemas baseados na folha de cálculo para registar e gerir vários
aspectos. A sua principal limitação está relacionada com a capacidade de gerar relatórios e
consultas complexas.
O acesso à Internet baseado em rede, limita-se ao edifício principal do MINT. Nos Comandos
e Serviços provinciais, existem casos de utilização de serviço de acesso à Internet, que
geralmente servem os gabinetes dos dirigentes principais.
Além de ser pouco fiável e bastante lento, tal sistema enfrenta vários problemas, entre os
quais, falso alarme e impossibilidade de identificar o número donde se faz o pedido de
intervenção e a incapacidade de encaminhar a ligação, aos órgãos adequados, através do
sistema de telecomunicações utilizado.
A análise das impressões digitais, é realizada manualmente, tornando-a uma tarefa tediosa e
demorada, uma vez que os aspectos para comparação são extremamente pequenos
necessitando auxílio de lentes de aumento, para obter um melhor exame da marca da
impressão digital e porque em função da quantidade das fichas existentes, a comparação
manual pode levar dias em alguns casos.
Estes problemas, podem ser facilmente superados, pela automação do processo da verificação
de impressões digitais, visando optimizar o processamento.
O sistema de arquivo é manual e não está devidamente sistematizado. Muito material valioso,
se encontra num avançado estado de degradação e provavelmente não será possível a sua
recuperação. A fraca política, em matéria de arquivos, acaba contribuindo para dificuldade de
decisão sobre o que deve ser conservado e como.
O maior problema do sistema corrente, é o facto de, muitas vezes, a informação estar
incompleta, não observar padrões de gestão e apesar da existência de cópias múltiplas, não ser
possível sua localização em tempo útil.
Os sistemas informáticos dos diversos órgãos do Ministério do Interior, têm sido geridos de
uma forma bastante dispersa, baseados na ideia de autonomia e a acção não integrada dos
órgãos conduz a um funcionamento que não obedece a uma estratégia global, o que se traduz:
− Nas multiplicações desnecessárias de recursos;
− No descompasso entre os órgãos no ritmo de implantação de soluções;
− No funcionamento globalmente pouco eficiente e a custos de exploração elevados;
− Na dificuldade de desenvolver uma visão global e integrada, dificuldade de normalizar
arquitecturas, racionalizar recursos e partilhar informação de uma forma segura e definir
políticas comuns, para uma utilização mais eficiente das infra-estruturas e facilitar a
operacionalidade da estrutura no seu todo.
2.5.1. PRM
Quanto aos equipamentos e materiais, a PRM aos diferentes níveis, encontra-se numa situação
que necessita de melhoramento. A título de exemplo, a maioria das unidades policiais, ao
nível nacional, não possuem meios de transporte ajustados às necessidades específicas, muitas
vezes por motivos de avaria ou antiguidade.
Um outro problema tem a ver com as máquinas plastificadoras, que não estão adaptadas às
altas temperaturas, que se fazem sentir no país, reduzindo assim a sua vida útil. Por outro
lado, os centros regionais só se comunicam com a sede nacional, via telefone, o que dificulta
as respostas às reclamações que os cidadãos colocam nos postos locais. Este problema pode
ser resolvido, através da instalação de um sistema on-line, em todas unidades locais.
2.5.3. Migração
Para garantir a realização eficiente dos serviços torna-se necessário reforçar o sector de
instrumentos básicos de trabalho, tais como lupas, lâmpadas ultravioleta, carimbos, almofadas
e outros, assim como equipamentos de escritório a todos os níveis.
2.6. Infra-estruturas
Mais de 70% das actuais instalações foram construídas no período anterior à Independência
Nacional. Na sua maioria foram convertidas em instalações de serviço, desviando-se do seu
objecto principal de raiz, que era habitação.
Nos últimos cinco anos, em particular na área da polícia, com o início da reforma da PRM
foram desenvolvidas no âmbito do Plano Estratégico, várias iniciativas na vertente de
reabilitação e construção de infra-estruturas para o MINT.
Até ao presente momento, o MINT vem prestando atenção especial aos seguintes aspectos
transversais: Corrupção, Violência Doméstica, Assistência Social, Desminagem, HIV/SIDA,
Género e Meio Ambiente.
Corrupção
As diferentes áreas do MINT através dos Conselhos de Ética e Disciplina, nas Unidades e
Sub-unidades da PRM ou outros órgãos equivalentes das demais entidades do MINT,
identificam os focos de corrupção e definem ou adoptam medidas, tendo como base a
legislação e regulamentos sobre a matéria.
Foi elaborado um Plano de Acção de Combate à Corrupção que tem como Objectivo Geral,
“Reduzir os níveis de corrupção e melhorar a prestação de serviços ao cidadão” e os seguintes
Objectivos Específicos:
- Simplificar e racionalizar os procedimentos administrativos para imprimir eficácia e
eficiência na prestação de serviços ao cidadão;
- Estabelecer/desenvolver uma cultura de transparência, de isenção, de integridade,
responsabilização e de prestação de contas;
- Fortalecer o Sistema Financeiro e imprimir transparência, eficiência e eficácia na gestão
financeira, orçamental e patrimonial;
- Melhorar os níveis de consciência, no combate à Corrupção;
- Assegurar a implementação eficaz da Estratégia Anti-corrupção, através do
estabelecimento de mecanismos institucionais.
Violência Doméstica
Assistência social
Os SSPRM tem como missão principal, providenciar apoio social aos efectivos do MINT, em
particular aos polícias e seus parentes directos, conjugado a outros apoios destinados aos
funcionários do Estado. As Tabelas 3 e 4, referem-se a algumas acções de apoio social, nas
diferentes áreas e níveis do MINT.
Desminagem
HIV/SIDA
2
Estudo sobre Conhecimentos, Atitudes e Práticas desenvolvido pela empresa KULA em coordenação com o
Núcleo Central, em 2007
Os estudos e pesquisas desenvolvidas pelo Núcleo, apontam como principais factores de risco
de transmissão do HIV/SIDA no MINT, os seguintes:
- Falta de consciencialização e conhecimento sobre esta endemia;
- Patrulhas nocturnas que propiciam a ligação com prostitutas, tóxico dependentes e o
consumo de bebidas alcoólicas, que podem contribuir para a vulnerabilidade do polícia à
prática sexual desprotegida;
- Transferências para longas distâncias, sem condições de fácil enquadramento;
- Falta de material de biosegurança, nos locais de trabalho.
Para combater a pandemia no MINT, o Núcleo Central tem desenvolvido várias actividades
de prevenção e combate ao HIV/SIDA, como TARV, aconselhamento e testagens voluntárias,
acompanhamento de doentes, apoio nutricional, distribuição de preservativos e material de
Informação, Educação e Comunicação, formações, seminários, pesquisas, monitoria e
avaliação. Estas actividades, inserem-se em planos anuais, desenhados em coordenação com
instituições e organizações que facultam os recursos financeiros e materiais para o efeito,
como o caso do Conselho Nacional de Combate ao Sida, Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento, Serviços Internacionais para a População (PSI) e Columbia University. O
número de pessoas que beneficiam de apoio, é apresentado nas Tabelas 6, 7 e 8.
Género
No seio do efectivo do MINT, a percentagem de mulheres é ainda muito baixa, nas diferentes
áreas, em particular na PRM, onde felizmente o número tem estado a crescer
satisfatoriamente, resultante do trabalho de sensibilização que tem vindo a ser desenvolvido
para que mais mulheres ingressem nas fileiras da Polícia. Em relação aos postos de direcção e
chefia, a percentagem de mulheres comparativamente aos anos anteriores tem estado, a
crescer, devido ao facto de se estar a promover acções, visando o emponderamento da mulher,
através de formações e superação técnica, bem como a promoção da consciência da igualdade
de direitos e oportunidades entre os géneros. Para ilustração veja-se da Tabela 9 a 13.
Tabela 12. Percentagem de mulheres no Quadro Técnico Comum por nível académico
O aspecto que se relaciona com a prevenção e combate às calamidades naturais, é tutelado por
outros ministérios. O MINT, através da PRM e algumas vezes Bombeiros, é chamado para
prestar apoio em operações de protecção e salvamento, de forma pontual.
Para a área dos Bombeiros, é urgente melhorar a sua acção, estendendo a sua implantação
formal a todas as províncias. Torna-se urgente a actualização da Lelislação que regula estes
serviços por forma a garantir que o público seja servido de forma mais eficiente.
À partida chama-se a atenção para a necessidade de se pensar nos seguintes aspectos, parte
dos quais resultam da Análise Funcional: (durante a implementação desta Estratégia o “Task
Force” deve aprofundar as seguintes questões)
− Qual o papel do MINT em relação às calamidades naturais?
− Implicações e Impacto no MINT e no sector público da Conversão do GEP e DAF em
Direcções Nacionais (apesar de hoje possuírem esse estatuto);
− Revisão das atribuições do GAJ, GARINT e DI;
− Revisão das atribuições da DRH e DPF, aventando a hipótese da sua fusão;
− Rever a tutela da DIC.
Ao nível central, a presença institucional do MINT será através de todos os órgãos que
constituem a sua estrutura orgânica, designadamente Comando Geral da Polícia da República
de Moçambique, Inspecção-geral, Direcção Nacional de Identificação Civil, Direcção
Nacional de Migração e Serviço Nacional de Bombeiros e serviços de apoio tais como,
Direcção de Informação, Direcção dos Recursos Humanos, Gabinete de Estudos e
Planificação, Departamento de Administração e Finanças, Gabinete de Relações
Internacionais e Gabinete de Assuntos Jurídicos.
Para efeitos de gestão e monitoria das actividades dos órgãos centrais, estes apresentam-se
estruturados em Unidades de Planificação e Orçamentação, conjuntamente com os Comandos
Provinciais da PRM e estabelecimentos de ensino vocacionais.
Aprovado na 31ª Sessão Ordinária do CM de 23/12/2008 38
O Comando Geral da PRM é dirigido por um Comandante Geral, nomeado pelo Presidente da
República. No exercício das suas funções, o CGPRM é coadjuvado por um Vice Comandante
Geral, igualmente de nomeação Presidencial. As patentes do Comandante e Vice Comandante
Gerais são de Inspector-geral da Polícia e de Comissário da Polícia, respectivamente.
A administração e gestão dos recursos humanos e meios materiais e financeiros, bem como a
supervisão das actividades de todas as UPOs do MINT, estão a cargo do Secretário
Permanente, cuja nomeação é da competência do Primeiro-ministro.
No MINT e em todas as Direcções das UPOs, funcionam órgãos consultivos, definidos nos
respectivos estatutos orgânicos.
Articulação Intrasectorial
Entre os diferentes órgãos, deve haver cruzamento e troca de informações sobre os planos em
curso e em perspectiva, de modo a que todos conheçam os planos de actividade de todos.
Os relatórios também devem circular para todos conhecerem/saberem, o que é que se passa e
melhorarem o seu nível de desempenho.
O POA contempla um conjunto de temáticas, cada uma com uma série de actividades ou
acções de execução obrigatória, sujeitas ao acompanhamento e avaliação periódica do
Conselho Consultivo. Evidencia também prazos ou períodos de realização e
responsabilidades.
Todas as áreas de âmbito Provincial e Distrital, deverão ao seu nível, produzir o seu plano
com vista à materialização do PES e POA.
As acções das forças de defesa e segurança são coordenadas pelo comando conjunto, que tem
como Comandante-Chefe, o Presidente da República. Sendo o MINT parte integrante do
Comando Conjunto, pretende-se que o relacionamento com os outros Órgão de defesa e
segurança, sejam de coordenação e complementaridade.
Para além da Polícia, o MINT coordena com outros órgãos da administração da legalidade e
justiça, para tratar assuntos relacionados com a tramitação dos processos ligados à atribuição
de nacionalidade moçambicana, aos estrangeiros que a requerem, para além da autorização de
permanência temporária no país (DIRE).
A ligação com o Ministério do Trabalho é muito importante para que a Direcção Nacional de
Migração emita o DIRE. Cabe ao Ministério do Trabalho pronunciar-se, sobre a situação
contratual dos estrangeiros no território nacional.
Os técnicos do MINT ligados a área financeira devem fazer sinergias com a instituição
homóloga, para que as solicitações do cumprimento do plano orçamental, pagamento de
salários e acréscimos do fundo Operativo, tenham a consideração adequada.
A educação cívica, a formação e a observância dos Direitos Humanos, fazem do MINT uma
instituição social, aberta e receptiva a contribuições externas. Havendo diversas organizações
interessadas a colaborar e patrocinar algumas acções a serem desenvolvidas pelo MINT, insta-
se que se estabeleçam acordos de parceria com as ONGs nacionais e estrangeiras, em estrita
observância das Políticas e interesses do Governo, assim como da soberania nacional.
Para garantir melhor articulação com os parceiros de cooperação, o MINT projecta instituir
um Fórum de concertação, envolvendo os diferentes parceiros de cooperação, nas diferentes
vertentes. Esse colectivo reunirá na base de calendários acordados entre as partes envolvidas.
A este nível, a presença institucional do MINT será através de dois Comandos Provinciais; o
da PRM e de Bombeiros e dois Serviços Provinciais; nomeadamente o de Identificação Civil
e de Migração, todos sem graduação específica.
O Comando Provincial da PRM, será confiado a um Oficial Superior da PRM no activo, com
patente mínima de 1º Adjunto do Comissário, nomeado pelo MINT, mediante proposta
fundamentada do CGPRM.
Os Serviços Provinciais das restantes áreas do MINT, serão dirigidos por quadros seniores
com formação académica mínima de licenciatura ou equivalente e com seis anos de serviço.
Sempre que a situação operativa assim o justificar, serão colocados efectivos das outras
Forças Especiais e de Reserva, tais como FIR, FLMF e outros que vierem a ser criados,
comandados por membros da PRM no activo, com patente definida no Estatuto da PRM
vigente.
A este nível, a presença institucional do MINT, será através de Comandos Distritais da PRM,
Serviços de Identificação Civil e Bombeiros. A graduação em A ou B será definida com base
nos critérios legais de classificação.
O Comando Geral da PRM pode graduar tanto os Comandos Distritais de nível A, como os de
nível B, em escalões 3º, 2º e 1º, observando os critérios legais de classificação Distrital.
O Comando Distrital da PRM será confiado a um Membro da PRM no activo, com patente
mínima de Superintendente, nomeado pelo MINT, mediante proposta fundamentada do
CGPRM.
Os Serviços Distritais das restantes áreas do MINT, serão dirigidas por quadros seniores com
formação académica mínima de licenciatura ou equivalente e com seis anos de serviço.
Sempre que a situação operativa assim o justificar, serão colocados efectivos das outras
Forças Especiais e de Reserva, tais como FIR, FLMF e outras que vierem a ser criados.
Na Localidade, a presença será apenas através do Posto Policial de grau B e abaixo desta será
através do Posto Policial de Grau C. Excepcionalmente, nas localidades fronteiriças, poderão
ser implantados Postos Migratórios, igualmente graduáveis em A, B e C onde serão colocadas
Posições da Força da Guarda Fronteira.
O Comando geral da PRM, pode graduar tanto os Postos de níveis A e B em escalões de 3º, 2º
e 1º, mediante proposta do comandante provincial da PRM. Sempre que a situação operativa
assim o justificar, serão colocados efectivos das outras Forças Especiais e de Reserva, tais
como FIR, FLMF e outras que vierem a ser criados.
Tal como no nível de organização anterior, as outras áreas nomeadamente Identificação Civil
(apenas na localidade), Migração e Bombeiros, os serviços deverão ser assegurados por
brigadas móveis e regulares, segundo um calendário a observar pelo menos uma vez por ano.
Compete à entidade de nível imediatamente superior a este, garantir a execução.
A este nível, considera-se que em princípio não deve haver presença institucional física
permanente do MINT. Assim, a nível policial deve-se promover a implantação do sistema do
policiamento comunitário, enquanto as outras áreas nomeadamente DIC, Migração e
Bombeiros, os serviços deverão ser assegurados por brigadas móveis e regulares, segundo um
calendário a observar pelo menos uma vez por ano. Compete a entidade de nível
imediatamente superior a este nível de organização territorial, garantir a execução. Sempre
que possível e conveniente, as brigadas devem ser conjuntas.
Sob proposta do Comandante Geral e dos Directores Nacionais de tutela destas repartições,
pode o MINT, classificar nos graus C, B e A em escalões de 3º, 2º, e 1º.
As esquadras serão dirigidas por membros da PRM no activo com patentes mínimas de
Inspector para o grau C, de Adjunto Superintendente para o grau B e Superintendentes para o
grau A. As repartições serão dirigidas por um oficial da área, com nível mínimo de
bacharelato ou equivalente e com pelo menos 3 anos de serviço.
Sempre que a situação operativa assim o justificar, serão colocados efectivos das outras
Forças Especiais e de Reserva, tais como FIR, FLMF e outras que vierem a ser criadas. Os
níveis de comando e chefia das forças serão da competência do Comandante da Companhia
de proveniência das forças.
As forças colocadas nas cidades e vilas fronteiriças, serão comandadas por membros da PRM
no activo, com patente mínima de Adjunto de Superintendente para o grau C; de
Superintendente para o grau B e de Superintendente Principal para o grau A.
As acções de integração de pessoal de todas as áreas do MINT, serão coordenadas pela DRH
que deverá submeter a aprovação, os qualificadores profissionais de todas as carreiras
específicas do MINT
Os funcionários que ingressarem com o nível superior serão afectos segundo as necessidades
e especificidade das áreas e poderão exercer mediante concurso, funções de comando,
direcção e chefia e de confiança, passados cinco anos.
Nesse sentido, atenção especial será dada ao processo de modernização dos mecanismos de
gestão dos recursos materiais e financeiros, a todos níveis, central, provincial, distrital,
esquadra e posto, através de esquemas estabelecidos pela Lei do SISTAFE e procurement.
As actividades previstas na estratégia, podem ser financiadas quer pelo Orçamento do Estado,
quer por recursos obtidos directamente dos parceiros de cooperação, sem violar os
dispositivos legais previstos no Sistema de Administração Financeira do Estado criado pela
Lei nº 09/2002, de 12 de Fevereiro.
No âmbito do SISTAFE, já foi criada a Conta Única do Tesouro, em moeda estrangeira (CUT
- ME) que vai permitir a movimentação de fundos em moeda estrangeira, a partir do e-
SISTAFE.
O equipamento e os meios materiais podem ser divididos em: de uso individual e de uso
colectivo. Equipamento de uso individual é aquele de atribuição cuja responsabilidade recai
no próprio agente enquanto que o de uso colectivo é aquele de atribuição para a execução de
uma determinada tarefa, finda a qual é recolhido e fica à guarda da própria unidade ou sub-
unidade.
Para o nível de Posto, o SNB prevê um efectivo de cerca de 60 agentes que deverão estar
preparados para fazer face a problemática de queimadas descontroladas, entre outros
incidentes típicos das zonas rurais. No entanto, poderão contar com ajuda de alguns
populares, no combate aos incêndios e queimadas descontroladas, precisando para o efeito,
munir essa ajuda de meios próprios e adequados.
O Posto de Identificação Civil, a este nível, funciona no âmbito de recolha de dados para a
produção do bilhete de identidade e encaminha o expediente para a sede distrital. O efectivo
previsto é de quinze agentes.
O efectivo policial previsto, em média, para uma Esquadra Policial é de cerca de 200 agentes
no edifício sede. No entanto, a Esquadra poderá ter sob sua direcção alguns Postos policiais,
dentre as classe A, B e C.
Tendo em conta que o comando distrital poderá ser composto por Esquadras e Postos
Policiais, o seu efectivo total será o somatório dos agentes dessas Sub-unidades.
Considerando que o distrito é o pólo de desenvolvimento económico onde estão concentrados
vários serviços públicos e privados, justifica-se que ao nível do Comando Distrital a PRM
tenha à disposição um efectivo distribuído em vários serviços, dentre eles administrativos e
operativos, nas suas diversas áreas de especialidade, visando a satisfação das necessidades dos
cidadãos em matéria de ordem, segurança e tranquilidade públicas.
Neste contexto, na sede do Comando distrital da PRM, o efectivo previsto é de cerca de 150
agentes, para serviços acima mencionados, podendo os administrativos serem solicitados para
reforçar as acções operativas das Esquadras ou Postos policiais, se necessário.
Serviço de Bombeiros
Serviços de Migração
A este nível, para além da recolha de dados locais, o Serviço Distrital de Identificação Civil
(SDIC) recebe o expediente vindo dos Postos e encaminha-o à sede provincial, para a
produção do Bilhete de Identidade, na unidade fabril. O efectivo previsto é de 30 agentes.
Ao nível da Província
Ao nível da Sede do Comando Provincial, está previsto um efectivo de 510 agentes policiais e
142 do quadro técnico comum. O efectivo policial inclui o Gabinete do Comandante, a
Secretaria, quatro Direcções e catorze Departamentos, incluindo os Serviços Sociais e o
Departamento de Floresta e Fauna Bravia. O efectivo do Quadro Técnico Comum inclui:
Técnicos nas diversas áreas policiais, Centro de Saúde, Serviços Sociais (oficinas, carpintaria,
electricidade e canalização) e Pessoal de limpeza.
Numa primeira fase, será atribuído equipamento de uso individual completo, aos cerca de 50
agentes afectos no DOSP provincial, que trabalham obedecendo uma escala de serviço e
desempenhando as funções de protecção do Comando e de intervenção fora deste, quando
necessário ou solicitado.
Para o Comando Provincial está previsto também um efectivo de 35 agentes da PT, sendo 15
para os serviços administrativos e 20 para o serviço operativo. O equipamento de uso
individual será idêntico ao do Posto Policial.
Serviço de Bombeiros
Para o Serviço de Bombeiros ao nível provincial, está previsto um efectivo de cerca de 150
agentes. A este nível estão previstos vários tipos de viaturas. A viatura pronto-socorro, com
capacidade de 1000 litros é a de primeiro ataque, servindo para avaliar a situação no local do
incêndio. Esta viatura é seguida de uma outra com capacidade superior ou com características
técnicas diferentes, dependendo da avaliação feita. Está também previsto uma viatura auto
projector, que serve para iluminar locais onde há ausência ou fraca luz.
Identificação Civil
A este nível os serviços já possuem uma ampla autonomia administrativa e estão investidos de
competências para levar a cabo missões e tarefas de controlo e fiscalização de estrangeiros
residentes na província, tarefas que não são realizadas no distrito e no Posto. Justamente pelo
volume e qualidade de trabalhos que são realizados (aquisição, administração de bens e
principalmente a emissão de documentos da especialidade), também tem um rol de meios,
equipamentos e consumíveis a altura do seu estatuto.
Deveriam ser adquiridas três máquinas na perspectiva dos Serviços de Migração ao nível
provincial, passarem a emitir os documentos cuja competência ainda é da Direcção Nacional.
Ao nível Central
Para o Edifício sede do Comando Geral da PRM, está previsto um efectivo de cerca de 950
agentes policiais e 460 do quadro técnico comum. O efectivo policial inclui: Gabinete do
Comandante Geral da PRM, Gabinete do Vice Comandante Geral da PRM, Secretaria, 4
Direcções Nacionais, Unidade da FER, 23 Departamentos, Serviços Sociais da PRM e
Segurança do edifício do Comando Geral. O efectivo do Quadro Técnico Comum inclui:
Técnicos nas diversas áreas policiais, Centro de Saúde, Serviços Sociais (Oficinas,
electricidade, canalização) e Pessoal de limpeza.
Numa primeira fase, será atribuído equipamento de uso individual completo, aos agentes
afectos na Segurança do edifício do Comando Geral, que trabalham obedecendo uma escala
de serviço e desempenhando as funções de protecção do mesmo e de intervenção fora deste,
quando necessário ou solicitado.
A Força de Guarda Fronteira terá um efectivo ideal para a cobertura da fronteira estatal,
estimada em cerca de 4212 Km, compreendendo pessoal da PRM e do QTC. O presente
efectivo deverá preencher a seguinte organização: Regimentos, Batalhões, Companhias,
Pelotões, Secções e Grupos. O Quadro técnico comum deverá incluir: Secretária, Posto de
socorros, Cozinha, Refeitório, Pessoal de limpeza, Oficinas e Carpintaria.
Para esta Força, está previsto um total de 2.885 agentes da PRM, para a sede e sub unidades..
Unidades Caninas
Matalane
Para Matalane, está prevista a existência simultânea de 2.400 alunos e um quadro de pessoal
de 340 pessoas.
Para a Escola Prática de Especialidades do MINT, está prevista a existência de 1500 alunos e
um quadro de pessoal de 250 pessoas. A Escola deverá estar apetrechada com todo tipo de
equipamento, de todas as áreas do MINT, para aulas práticas.
Para o Serviço Nacional de Bombeiros, prevê-se um efectivo de 250 agentes. Para esta
Direcção prevê-se a aquisição, entre outros, de equipamento e meios aéreos e aquáticos para o
salvamento, em caso de cheias, abalos sísmicos e para resgatar pessoas que se encontram em
locais elevados e em casos de incêndios de grandes proporções.
Para a Direcção Nacional de Migração prevê-se um efectivo total de 220 pessoas, 170 agentes
e 50 do Quadro Técnico Comum.
Para a maioria dos casos, a implantação de edifícios de raiz é a solução mais adequada, em
termos de custos e possibilidade de redimensionamento, em função da orgânica dos serviços
ditada pela evolução política, social e económica do País. A lista das infra-estruturas de
serviço existentes e as necessidades são apresentadas na Tabela 14.
Corrupção
Violência Doméstica
Assistência Social
Desminagem
HIV/SIDA
Género
Ambiente
5.1. Visão
5.2. Missão
5.3. Estratégias
Para cada um destes pilares, foi estabelecido um Programa, com o Objectivo Geral,
Estratégias, Objectivos Específicos a atingir, Resultados a alcançar, actividades a realizar e
cronograma.
Objectivo Geral:
Garantir que todos os segmentos, aos diferentes níveis do MINT, de acordo com
o seu estatuto, implementem as suas actividades, e, por outro lado, recrutem e
preparem oficiais e técnicos capazes de garantir a segurança e estabilidade
públicas.
Estratégias:
Objectivos específicos:
Objectivo Geral:
Estratégias:
Objectivos específicos:
Objectivo Geral:
Estratégias:
1. Implantar um sistema de gestão (com base num software específico), que facilite o
controle das actividades implementadas;
Objectivos específicos:
Objectivo Geral:
Assegurar que o MINT faça uma comunicação interna segura e eficiente, a todos
os níveis, optimizando os processos e maximizando a utilização dos recursos
disponíveis
Estratégias:
Objectivos específicos:
4.1. Criar a capacidade organizacional, para viabilizar o êxito da adopção das TICs, nas
áreas e órgãos do MINT;
4.2. Providenciar de forma gradual para todos os níveis, equipamento informático capaz
de assegurar o tratamento de informação e agilizar os principais processos das
áreas;
4.3. Providenciar infra-estruturas, para assegurar a comunicação de voz, dados e
imagem para a realização da missão do MINT;
4.4. Providenciar os sistemas e aplicações, baseadas em software, para garantir o
tratamento e cruzamento da informação, exigido pelo trabalho específico de cada
órgão.
Objectivo Geral:
Estratégias:
Objectivo específico:
Objectivo Geral:
Estratégias:
Objectivo específico:
Objectivo Geral:
Estratégias:
Objectivos específicos:
As projecções que constam do cenário fiscal 2009 a 2011, apontam para um incremento anual
médio, do orçamento do MINT, entre 5 e 10%. Porém, esse incremento está muito aquém das
estimativas orçamentais, se se tomar em conta a necessidade de reverter a actual situação.
Nessa base, projectou-se como cenário mínimo 119.334.592,39 x 103 Meticais (Tabela 16),
que corresponde a um incremento do orçamento anual na ordem de 30%, tendo em conta os
possíveis apoios dos parceiros de cooperação.
O cenário desejável foi projectado tendo em conta as estimativas de custos das necessidades
reais, a custos correntes, que permitiriam ao MINT satisfazer a sua Visão e Missão, num
horizonte temporal de 10 anos, contados a partir de 2009.
Ministro do Interior
Vice-Ministro
CGPRM
Secretário Permanente
Gabinete do Ministro
Conselho Consultivo