Aula 04 Profº Financas Públicas
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05 de Fevereiro de 2024
SUMÁRIO
1 Salário ................................................................................................................................................... 3
Questões Comentadas........................................................................................................................... 37
Lista de Questões.................................................................................................................................... 56
Gabarito.................................................................................................................................................... 64
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INTRODUÇÃO
Saudações!
Todos esses temas têm algo em comum, algo que você logo descobrirá, e por isso serão vistos
juntos.
Espero que goste da aula, pois deu bastante trabalho simplificar alguns temas bem complexos
sem abdicar do nível necessário para encarar a prova do CNU. E acredito que deu certo!
Boa aula!
@profcelsonatale
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1 SALÁRIO
Até aqui, com algumas exceções pontuais, temos trabalhado com uma simplificação: o mercado
de trabalho é competitivo.
Isso significa que os trabalhadores seriam todos iguais – ou parecidos o suficiente para que as
diferenças sejam ignoradas. O mesmo para os trabalhos: todos os trabalhos ofertados são tão
semelhantes que a única diferença relevante, até aqui, era o salário.
Nesta aula, iremos tornar as coisas um pouco mais realistas: os trabalhadores e trabalhos são
diferentes.
Faz sentido, né? Cada trabalhador tem diferentes personalidades, qualificações e preferências
subjetivas, como trabalhar perto da praia, no campo ou em grandes centros urbanos.
Do outro lado, alguns trabalhos oferecem condições mais agradáveis que outros, localidades
diferentes, benefícios não pecuniários diferentes e muitas outras coisas.
Portanto, não podemos mais ser simplistas com os salários. Inclusive, porque o edital os trouxe
em destaque, né? As diferenças que veremos são decorrentes de:
Essas diferenças geram diferentes segmentações do mercado de trabalho como, por exemplo,
diferentes “mercados” para homens e mulheres, ou para trabalhadores qualificados em
determinadas atividades e trabalhadores qualificados em outras (ou não qualificados).
Não precisamos de uma aula sobre escolas de pensamento econômicos, mas é importante que
você conheça esse fato para responder algumas questões que podem aparecer.
Vamos nessa!
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Os trabalhos, no mundo real, não são iguais. Por isso, os salários também não são. Em outras
palavras, um trabalho A pode precisar oferecer um salário maior que o salário oferecido pelo
trabalho B.
Por isso, não chegaríamos ao tal equilíbrio com salário único do mercado competitivo.
Embora essa afirmação pareça bastante óbvia, a verdade é que a ideia por trás desse diferencial
salarial aparece, pela primeira vez, em uma destacada passagem de Adam Smith, o “pai da
Economia”:
Para Smith, portanto, nos mercados de trabalho competitivos, não é apenas o salário que é
nivelado entre os empregos, mas sim o conjunto total de vantagens e desvantagens
associadas ao trabalho.
Isso contrasta com o equilíbrio tradicional de oferta e demanda, onde o salário é o principal
determinante na alocação dos trabalhadores.
1
Citado por Borjas (vide bibliografia)
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Isso abre caminho para explorarmos, agora, por quais motivos diferentes trabalhadores recebem
salários distintos.
Vamos lá, começando pela análise dos riscos relacionados a cada trabalho!
O importante é que o trabalhador tem total ciência dos riscos dos dois trabalhos, e se importa
com eles. Isso significa que podemos determinar que ele escolherá levando isso em
consideração na hora de determinar qual será sua utilidade2 em cada trabalho.
Mas o salário não sai de cena. Ele continua sendo um importante fator para o trabalhador na
hora de escolher um emprego. Então, a utilidade será determinada por meio de uma
ponderação que o trabalhador fará entre salário e risco.
U = f(w,r)
2
Só para refrescar sua memória: a utilidade é uma medida de satisfação que o indivíduo obtém de uma atividade,
no caso, o trabalho.
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Mas salário e risco têm efeitos invertidos na utilidade: quanto maior o salário, mais o trabalhador
obtém utilidade, e quanto maior o risco, menor a utilidade do trabalhador.
Claro, tem gente que curte riscos, e prefere ser instrutor de paraquedismo a trabalhar atrás de
uma mesa, mas vamos ignorar esses indivíduos propensos ao risco, por enquanto.
Com isso, podemos traçar uma curva de indiferença, ou seja, uma representação gráfica que
demonstre qual seria a relação necessária entre salário e risco para o trabalhador obter o mesmo
nível de utilidade:
Observe que:
Nesse caso, o trabalhador seria indiferente entre as duas empresas, mas para isso a Perigon
precisa oferecer um diferencial compensatório salarial de 3000.
Esses 3000 também são o chamado preço de reserva desse trabalhador: caso o diferencial
compensatório oferecido pelo trabalho arriscado na Perigon exceder seu preço de reserva, o
trabalhador escolherá o trabalho mais arriscado.
Mas atenção: não confunda o preço de reserva da teoria dos diferenciais compensatórios com
o salário de reserva visto em aula anterior.
Você deve ter notado que chamamos a curva de indiferença de U1. Fizemos isso porque em
todos os seus pontos, o trabalhador obtém o mesmo nível de utilidade.
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A lógica por trás disso é que, ao longo de uma curva de utilidade, aumentos nos salários são
acompanhados de aumentos nos riscos, então o trabalhador fica “na mesma”, em termos de
utilidade.
Isso significa que se, por exemplo, mantivéssemos o salário, mas aumentássemos o risco, o
trabalhador teria uma queda em seu nível de utilidade, e isso significaria, necessariamente, outra
curva de utilidade, com menor valor. É o que ocorre quando comparamos os pontos B e A, no
gráfico abaixo:
Note que ambos os pontos têm o mesmo salário: R$2.000. Contudo, o ponto A oferece maior
risco, então necessariamente precisa estar em uma curva de utilidade pior para o trabalhador. A
curva de utilidade U1 significa menor utilidade que a curva de utilidade U2.
Agora, façamos o caminho inverso. Vejamos o que ocorre quando, ainda mantendo o salário,
diminuímos o nível de risco, ou seja, quando vamos do ponto B para o ponto C:
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É simples concluirmos que o ponto C é o melhor de todos para o trabalhador. Afinal, ele significa
menor risco e o mesmo salário quando comparado aos demais pontos.
O ponto D está sobre a mesma curva de indiferença que o ponto C (U3). Isso significa que o
trabalhador é indiferente entre C e D, ou seja, os pontos são igualmente desejáveis para o
consumidor, assim como qualquer outro ponto que estiver sobre a mesma curva de indiferença.
Portanto, uma conclusão muito importante é que as curvas de indiferença entre salário e risco
mais acima e à esquerda são preferíveis, porque elas significam maior utilidade.
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Hedonismo é uma corrente filosófica que pode ser definida, para nossos propósitos, como a
busca pelo prazer e a fuga da dor.
Aqui, em economia, a teoria hedônica (ou hedonística ou hedonista) busca explicar como se dá
o equilíbrio no mercado de trabalho quando há diferente empregos com diferentes níveis de
riscos (algo que já vimos) e diferentes trabalhadores com diferentes preferências em relação ao
risco.
Claro que o resultado também dependerá das empresas, mas comecemos pelos trabalhadores.
Então, vamos construir essa segunda parte, ou seja, ver como diferentes trabalhadores podem
ter maiores ou menores aversões ao risco.
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Uma delas (UA) pertence ao trabalhador Abel. Por enquanto, vamos dizer apenas que Abel é um
sujeito que se importa relativamente muito em assumir riscos, ou seja, ele exige grandes
compensações salariais para se arriscar em um trabalho perigoso.
A outra curva (UC) pertence ao trabalhador Cris, que aceita riscos com maior facilidade, e,
portanto, não exige grandes compensações salariais. Isso significa que ele tem menor aversão
ao risco:
Caso ainda não tenha percebido a diferença, veja o exemplo abaixo, onde fixei o risco em 20%:
Com um risco de 20%, Abel, avesso ao risco, trabalharia por um salário de 3000. Cris, por outro
lado, toparia o emprego por menos que isso: 2000.
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Agora, vou acrescentar a curva de indiferença de um intermediário, Bruno (UB), cuja função é
apenas reforçar que vários trabalhadores têm diferentes preferências em relação ao risco.
Concluímos que pessoas que toleram menos riscos, como Abel, terão curvas de indiferença mais
inclinadas (mais “de pé”), enquanto pessoas que aceitam mais riscos terão curvas menos
inclinadas (mais “deitadas”).
Agora, vamos ver o lado das empresas nessa história toda de riscos e diferenciais
compensatórios, o que nos levará ao equilíbrio diante desses novos fatores.
Acabamos de ver que o trabalhador faz comparações entre salário e risco. Assim, para que seja
mantido o nível de utilidade, salário e risco precisam caminhar na mesma direção, seja
aumentando ou diminuindo.
No caso do empregador, por outro lado, o principal parâmetro será o lucro, que dependerá
dos custos que a empresa tem com salários e gestão dos riscos. Afinal, as duas coisas custam
dinheiro para uma empresa.
Naturalmente, a empresa tem muitos outros custos, mas como nossa análise está concentrada no
mercado de trabalho e seus riscos, iremos limitar a análise.
Para começar o raciocínio, imagine que uma empresa decide reduzir o risco de acidentes. Isso
significa, possivelmente, aplicar treinamentos, realizar manutenções, adquirir equipamentos,
supervisionar... ou seja, custos.
Portanto, se a empresa quiser reduzir o risco de acidentes, mas manter o nível de lucro, só
resta reduzir os salários. Nesse caso, certamente os trabalhadores não ficarão felizes...
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Ok, você não quis ignorar as demais variáveis e pode estar pensando que a empresa pode
simplesmente aumentar o preço do seu produto, e assim manter os lucros, os salários e ainda
reduzir os riscos, né? Mas... e a concorrência? Pois é, a maioria das empresas não tem espaço para
subir seus preços mantendo-se competitiva. E nossa simplificação, de focar em salários, riscos e
lucros, não é tão irreal.
• Receita de R$100.000;
• Custo com salários de R$40.000;
• Portanto, Lucro de R$60.000.
Caso essa empresa decida reduzir os riscos tomando algumas daquelas providências que
mencionados no custo de, digamos, R$10.000, ela terá que reduzir os salários nesse mesmo
valor, caso queira manter o nível de lucro, passando a pagar R$30.000 em salários.
Ao adotar essas medidas, digamos que ela consegue reduzir os riscos de acidentes de 100%
(acidente todo mês) para 40%.
É possível que, olhando para o gráfico, você pense que foi uma bela redução de risco de acidente
para uma redução salarial relativamente baixa. E isso é verdade. A lógica por trás dessa
conclusão é que uma empresa que não faz nada para reduzir seus riscos, terá muitos acidentes
facilmente evitáveis. Assim, uma pequena ação poderia evitar muitos acidentes.
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Contudo, vai ficando mais difícil evitar acidentes, e cada redução de riscos implica em custos
cada vez maiores. Assim, talvez, para reduzir os riscos para 10%, a empresa precise gastar mais
15.000 reais que, é claro, sairão dos salários:
A explicação para isso segue a lógica que vimo: com os primeiros R$10.000, a empresa
conseguiu eliminar muitos riscos que eram mais evidentes, e possivelmente encontrou formas
mais baratas para isso, saindo de 100% para 40% de risco.
Agora, para reduzir de 40% para 30%, ela teve que gastar R$15.000, porque os riscos mais
evidentes já haviam sido eliminados, e as soluções mais simples aproveitadas.
Mas você está vendo a curva ligando os pontos? Lembra que todos esses pontos significam o
mesmo lucro? Afinal, nós estivemos sempre mantendo os lucros constantes, conforme
elevávamos os custos com redução de riscos e reduzíamos os salários.
Um bom nome para a curva seria “mesmolucro”, mas devo concordar que a expressão grega
que significa “mesmo” deixa o nome mais elegante, e por isso chamamos essa curva de curva
de isolucro.
Sendo assim, vamos apenas retirar os valores arbitrários que eu coloquei anteriormente e
adicionar o nome da curva:
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==144d0==
• É crescente, porque para pagar maiores salários, a empresa investe menos em mitigação
dos riscos;
• Tem inclinação cada vez menor (são côncavas), porque cada vez menos as reduções
salariais são capazes de reduzir o risco de acidentes. Ou seja, se quiser reduzir os riscos,
cada vez a empresa precisa reduzir mais os salários.
Agora, quero que você olhe para a imagem abaixo e me diga: qual curva de isolucro você acha
que é preferível para uma empresa?
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A melhor é a curva de isolucro IL3. Por quê? A curva IL3 é melhor porque, para qualquer nível de
risco, os salários são menores. Assim, menores salários significam maiores lucros:
Nossa conclusão é que, diferente das curvas dos trabalhadores, as curvas de isolucro são
melhores para as empresas quando estão mais para baixo e para a direita.
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Algumas empresas têm maior facilidade para reduzir seus riscos, enquanto outros têm maiores
dificuldades, dependendo também do nível de risco.
Nesse sentido, curvas de isolucro mais inclinadas significam que a empresa precisa reduzir muito
os salários para reduzir os riscos.
Por outro lado, curvas de isolucro menos inclinadas significam que a empresa consegue reduzir
seus riscos sem precisar reduzir muito os salários.
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Acima, temos duas empresas, X e Y. Ambas estão reduzindo seus riscos de 100% para 60%. Mas
para isso a empresa X precisou de uma grande redução salarial (SA para SC), enquanto a empresa
Y precisou de uma redução menor (SB para SC).
Afinal, no trecho em questão, a curva de isolucro da empresa X é mais inclinada. E você sabe o
que isso significa: curvas de isolucro mais inclinadas significam que a empresa precisa reduzir
muito os salários para reduzir os riscos.
Da forma paralela, trabalhadores mais avessos ao risco trabalharão em empresas que possuem
maior facilidade para reduzir seus níveis de risco.
A teoria dos diferenciais compensatórios, vista anteriormente, argumenta que a variação nos
salários entre os trabalhadores deriva das discrepâncias nos tipos de emprego.
Contudo, além disso, cada pessoa traz um conjunto singular de aptidões e capacidades para o
mercado de trabalho, o que é referido como capital humano.
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CAPITAL HUMANO
Aptidões e capacidades dos indivíduos relativas ao mercado de trabalho.
Isso é ilustrado pela escolha de carreiras especializadas, como física teórica ou luta-livre. Esta
parte da aula, então, explora como os trabalhadores selecionam as habilidades que oferecem
aos empregadores e como essas escolhas moldam nossos ganhos ao longo da vida profissional.
Breve histórico
Adam Smith, em sua principal obra, A Riqueza das Nações (de 1776), já
observava que os indivíduos recebiam compensações remuneratórias em virtude
de seus investimentos em educação, ou seja, trabalhadores mais educados
recebem salários mais altos.
Um ponto de atenção que precisa ser estabelecido desde já: a aquisição de capital humano
ocorre principalmente por meio de educação formal e treinamento/profissionalização.
Países desenvolvidos possuem alto índice de educação de sua população. Pessoas melhores
preparadas têm melhores rendimentos e qualidade de vida.
Por fim, a relação é clara: Quanto maior é o capital humano de uma economia, maior é o seu
nível de produtividade, crescimento e desenvolvimento.
+
+ Capital
Produtivida + Lucros + Salários
Humano
de
Nesse sentido, as empresas tendem a investir em educação de seus trabalhadores, embora exista
um “porém”.
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As empresas temem que o trabalhador no qual investiram passe para a concorrência, gerando o
que chamamos de externalidade positiva (nesse contexto, é quando uma empresa investe e a
outra colhe os benefícios). Portanto, as empresas muitas vezes fornecem treinamento específico
para suas necessidades.
Do ponto de vista mais amplo, da sociedade, o investimento em capital humano gera benefícios
externos, ou seja, não se limita ao indivíduo que se desenvolve, mas a toda a sociedade da qual
é membro. Ou seja, não é um jogo de soma zero, onde para alguém ganhar, outro precisa
perder.
Explicando
A Curva de Oferta Agregada de Longo Prazo representa a capacidade máxima
de produção de uma economia quando todos os recursos estão plenamente
empregados, os preços e salários se ajustam livremente, e não há desemprego
involuntário.
É uma linha vertical no gráfico que mostra a produção máxima que a economia
pode atingir a longo prazo, independentemente dos níveis de preços.
Mas por que alguns optam por se educar extensivamente, enquanto outros abandonam a escola
prematuramente?
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Também precisamos abordar o papel do Estado nessa história toda. Ou seja, para além do
interesse do indivíduo, subsidiar a educação é uma forma eficaz de melhorar o bem-estar de
grupos desfavorecidos e gerar benefícios para a sociedade como um todo – as chamadas
externalidades positivas.
Além disso, estimular a educação da população pode ser uma importante forma de vencer o
chamado "círculo vicioso da pobreza", que se refere à tendência de que a pobreza pode ser
transmitida de uma geração para outra. Em famílias em situação de pobreza, as crianças podem
enfrentar dificuldades para acessar a educação de qualidade, o que pode limitar suas
perspectivas futuras de emprego e renda. Ao fornecer benefícios condicionados à escolarização,
as políticas de bolsa-escola buscam quebrar esse ciclo, oferecendo às crianças a oportunidade
de adquirir as habilidades necessárias para escapar da pobreza no futuro.
A teoria do capital humano reconhece o papel da sorte e das circunstâncias fortuitas nos
ganhos de um trabalhador, como “nascer pobre”, mas enfatiza que as decisões educacionais e
de treinamento são determinantes cruciais.
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Antes de partirmos para a parte teórica, vejamos alguns dados reais, coletados pelo IBGE na
Síntese de Indicadores Sociais 2023.
Sem entrar, ainda, na questão salarial, observe a diferença entre o nível de ocupação dos
brasileiros com ensino superior completo contra o nível de ocupação de pessoas com menores
níveis de instrução:
Nível de
ocupação (%)
Sem instrução ou fundamental incompleto 37,2
Ensino fundamental completo ou médio incompleto 47,6
Ensino médio completo ou superior incompleto 66,2
Ensino superior completo 78,1
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2022
Como podemos ver, o nível de ocupação de pessoas com nível superior é consideravelmente
mais alto em comparação com os demais níveis de escolaridade. Mas vejamos os salários:
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Certamente não é surpresa para você tal disparidade, mas é sempre importante não nos
limitarmos ao senso comum, evidenciando com dados aquilo que pretendemos compreender.
Além disso, embora “discriminação no mercado de trabalho” não seja ainda o assunto tratado,
mulheres recebem um retorno de seu investimento em educação muito inferior aos homens.
Comparando ambos os gêneros com nível superior, a média mensal é de R$ 3.887 para elas,
contra R$6.120 para eles.
E, nesse momento, tudo que vimos e veremos nesta aula começa a se relacionar. O diferencial
compensatório pode explicar parte dessa discrepância – supondo que homens aceitem
trabalhos mais arriscados ou desagradáveis – mas a teoria do capital humano não explica a
diferença entre homens e mulheres, ou entre brancos e pretos. Nem poderia, pois aqui estamos
comparando qualificações equivalentes.
Por ora, avancemos na teoria do capital humano, e na parte que ela pode explicar das diferenças
salariais.
Qualquer decisão de investimento envolve comparar o gasto que se terá hoje com o retorno que
se terá no futuro.
Mas um aspecto importante dessa comparação é o que chamamos de valor presente. Essa ideia
envolve o fato de que um real no futuro vale menos do que um real hoje.
Afinal, se você tiver o dinheiro hoje, pode colocar ele para render e ter ainda mais dinheiro no
futuro.
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Você poderia pegar os R$1000 agora e aplicar a, digamos de forma modesta, 10% ao ano. Esse
dinheiro renderia e, dentro de um ano, seria R$1100. Com isso, na verdade, suas escolhas são:
O que fizemos foi definir o chamado valor futuro da opção A (a opção B já estava com o valor
futuro desde o começo), e isso facilitou a comparação.
Mas também podemos definir o valor presente da opção B, ou seja, quanto vale, hoje, receber
R$1000 daqui a um ano. Na verdade, isso é importante para nossos propósitos porque
estaremos avaliando se vale a pena investir em capital humano hoje para receber um salário
maior no futuro.
X
VP=
1+j
Onde:
VP é o Valor Presente
X é o pagamento futuro
j é a taxa de juros (ou “taxa de desconto”)
Sendo assim, concluímos que o pagamento de R$1000 dentro de um ano, considerando uma
taxa de juros de 15%, será de:
1000
VP= =869,56
1+0,15
x) R$869,56 agora; ou
y) R$1000 daqui a um ano.
Afinal, você poderia escolher a opção “x” e pegar os R$869,56 agora, aplicar a taxa de 15% ao
ano, e teria R$1000 dentro de um ano. Dá na mesma que escolher “y”.
Agora, vamos ilustrar a decisão do trabalhador quanto ao investimento em capital humano com
um exemplo simplificado. A simplificação fica por conta do fato de que esse trabalhador vai
analisar apenas dois períodos: o ano atual e o próximo. Talvez, depois disso, ele vá ganhar na
loteria, virar sugar baby ou qualquer outra coisa que não envolva mais trabalhar. Por isso, vamos
supor apenas dois períodos.
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a) Entrar no mercado de trabalho agora, cujo resultado será ganhar R$70.000 no ano atual,
e mais R$70.000 no próximo ano.
b) Investir R$10.000 em cursos para concursos, ficando sem trabalhar durante o ano atual,
mas depois ganhando R$180.000 no próximo ano. Ah sim! Também estamos simplificando
ao eliminar o risco desse investimento, ou seja, estamos supondo que ele com certeza vai
passar no concurso.
Sendo assim, vamos calcular o valor presente da opção A, considerando a mesma taxa de
desconto de 15%. Mas note que não iremos descontar os R$70.000 do ano atual, pois R$70.000
hoje valem... R$70.000 hoje:
70000
VPA = 70000 + = 130.869,56
1+0,15
Portanto, a opção “A” vale R$130.869,56, ou seja, esse é seu valor presente.
Vamos à opção “B”. Dessa vez, é importante observar o sinal negativo dos R$10.000, uma vez
que representam um desembolso, um gasto:
180000
VPB = -10000 + = 146.521,74
1+0,15
E venceu a opção B.
Isso serviu para ter uma ótima noção sobre investimentos, incluindo na própria educação. Mas
convém esclarecer um ponto.
Quanto mais elevada for a taxa de desconto, menor será a probabilidade de um trabalhador
investir em sua formação educacional.
Mas não devemos pensar nela apenas como uma “taxa de juros” de mercado, mas também como
algo que demonstra as preferências do trabalhador, o quanto ele valoriza ganhos presentes em
comparação com ganhos futuros, ou o quanto ele sacrifica ganhos presentes em nome de
ganhos futuros.
Essa conclusão é intuitiva: um trabalhador com uma taxa de desconto alta atribui um valor
significativamente menor às oportunidades de ganhos futuros, ou seja, ele desvaloriza
consideravelmente os benefícios de renda que virão no futuro. Dado que os retornos de um
investimento educacional se concretizam em um futuro distante, aqueles com taxas de desconto
elevadas optam por menos anos de educação.
Nesse sentido, por exemplo, pessoas mais jovens tendem a investir mais em educação, pois elas
têm mais... futuro, e, portanto, valorizam mais ganhos futuros.
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E apesar de nossa simplificação com apenas dois períodos, não é difícil generalizar e concluir
que, no chamado modelo de escolarização, os indivíduos escolhem o nível de investimento
em educação que maximize o valor presente dos seus ganhos ao longo da vida.
Além disso, pessoas de classes mais elevadas, do gênero masculino e brancas, têm maiores
expectativas de ganhos futuros ao investirem em educação. Algo que nos dá o gancho para o
próximo assunto.
Antes de falarmos de discriminação, definir contexto e significado é muito importante nesta parte
da aula.
A palavra “discriminar” possui alguns significados legítimos no dicionário, como o simples ato de
“Indicar de modo preciso”, como em “O edital discriminou quais tipos de caneta poderiam ser
usados”.
Mas não é esse o significado que vamos utilizar. No contexto do mercado de trabalho e, portanto,
no sentido que importa nesta aula, discriminar é:
DISCRIMINAR
Tratar de modo injusto e desigual uma pessoa ou um grupo de pessoas em razão
de classe social, orientação sexual, cor de pele, convicções religiosas, políticas.
Por exemplo, os empregadores podem levar em conta a raça ou etnia ao tomar decisões de
contratação, os funcionários podem mostrar preocupação com o gênero de seus colegas de
trabalho e os clientes podem considerar a raça e o gênero do vendedor.
Ou seja, embora os economistas não tenham muito a dizer sobre as origens psicológicas ou
sociológicas do preconceito, é possível enquadrar esse comportamento em termos econômicos,
observando que os custos e benefícios de uma troca econômica são influenciados pela cor e
pelo gênero das pessoas envolvidas na transação.
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Por exemplo, quando eu vou comprar, sei lá... um celular, eu atribuo determinado valor às
características do aparelho, como qualidade da câmera, velocidade do sistema operacional,
durabilidade, compatibilidade, entre outras.
Se eu concluir que o valor que atribuo ao conjunto iguala ou supera o preço oferecido pelo
vendedor, eu compro. Isso é eficiência na troca, pois os benefícios igualam ao supera o custo.
Mas note que os atributos que mencionei são todos relevantes para o celular fazer o que um
celular precisa fazer. E o mesmo raciocínio deveria se aplicar nas trocas no mercado de trabalho.
De forma geral, e sem entrar ainda na questão de qualificação (capital humano), no Brasil,
homens ganham mais que mulheres, e brancos ganham mais do que pretos. Portanto, a distância
entre os rendimentos salariais médios entre homens brancos (R$3.434) e mulheres pretas ou
pardas (R$1.567) é a maior entre esses grupos.
Vejamos, então, se o capital humano é capaz de explicar a diferença salarial entre homens e
mulheres, situação que ocorre independente de raça.
Veja bem, as mulheres possuem mais capital humano, ou seja, níveis superiores de formação.
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Então, temos um forte indicativo de que as mulheres não ganham menos porque são menos
qualificadas. Os motivos ainda podem ser o salário compensatório ou a segmentação do
mercado de trabalho.
Aqui, parece haver algo diferente. A formação (capital humano) pode explicar parte da diferença
salarial entre brancos e pretos/pardos.
Contudo, a discriminação no mercado de trabalho não pode ser descartada, bem como a
discriminação fora do mercado de trabalho, ou seja, nas oportunidades de qualificação e de
educação, que podem ser diferentes entre os grupos.
Agora que tivemos uma noção do cenário brasileiro, vamos tratar a questão em termos mais
teóricos.
A análise econômica da discriminação tem como “pai” o economista Gary Becker, também
ganhador do Nobel, que publicou em 1971 a obra The Economics of Discrimination. Muito da
literatura subsequente sobre discriminação é decorrente desse trabalho, assim como tudo que
veremos nesta parte da aula.
Vamos lá! Suponha que uma empresa precisa contratar um trabalhador, e existem dois tipos de
trabalhadores no mercado de trabalho: brancos e negros.
Esses trabalhadores se diferenciam unicamente pela cor de pele, ou seja, eles são igualmente
produtivos na produção (substitutos perfeitos).
q=B+N
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Considere também que o salário pago para funcionários brancos (sB) é de R$3.500, enquanto o
salário para negros (sN) é de R$2.000 (bem próximos dos valores reais que vimos, mas aqui são
hipotéticos).
Se a empresa não for totalmente discriminadora e contratar apenas brancos, do ponto de vista
econômico, essa empresa está atribuindo uma desvalorização de pelo menos R$1.500 (75%)
para os trabalhadores negros: essa diferença é chamada coeficiente de discriminação (d).
Ou seja, a empresa discriminadora não está comparando apenas os salários, mas está inserindo
um coeficiente de discriminação. Ela não compara apenas sB e SN e contrata o mais barato, ela
compara sB com (sN + d) ou, em termos percentuais, compara sB com sN(1+d).
Poderíamos utilizar o mesmo raciocínio entre homens e mulheres ou quaisquer outros grupos,
mas a conclusão, considerando substitutos perfeitos, é que discriminação não vale a pena.
Os clientes que têm preferência por discriminação não tomam decisões de compra com base
apenas no preço real do produto, mas também consideram o preço ajustado pela utilidade,
usando a fórmula p(1+d), onde d é o coeficiente de discriminação.
Ou seja, é como se esse cliente discriminador somasse ao preço do produto o fato de o vendedor
ser, por exemplo, mulher ou negro. O mesmo produto vendido por um homem seria visto como
“mais barato”.
Isso afeta a demanda por produtos e serviços vendidos por diversas minorias, especialmente
quando os clientes têm preconceito racial.
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Diante dessa situação, algumas empresas buscam mitigar esse impacto segregando os
trabalhadores, ao designar trabalhadores para funções com menos contato direto com clientes,
enquanto os trabalhadores brancos ocupam posições mais visíveis.
Citada por Borjas, uma pesquisa em quatro áreas metropolitanas dos Estados Unidos revelou
que empresas com interações diretas entre trabalhadores e clientes contratam mais
trabalhadores negros quando a maioria dos clientes é negra, mas contratam muito menos
quando a maioria dos clientes é branca, sugerindo uma redução significativa na contratação de
trabalhadores negros devido à discriminação dos clientes.
Nesse caso, quando os clientes discriminadores implicam em menores lucros para as empresas,
mesmo (e especialmente) quando elas não são preconceituosas na hora de contratar, a análise
meramente econômica não sugere um bom resultado.
A discriminação estatística surge quando o empregador (ou outro agente) utiliza dados
estatísticos de um grupo para tomar suas decisões sobre quem contratar.
O fato é que o empregador não possui informação completo a respeito dos candidatos a uma
vaga de emprego.
Então suponha, por exemplo, que um empregador não discriminador – ou seja, que não insere
um coeficiente de discriminação na “conta” – está avaliando dois candidatos. Do ponto de vista
curricular, que é a parte verificável do potencial de produtividade, ambos são idênticos. Mesma
formação, mesma universidade, mesmos cursos, idiomas etc.
Na entrevista, ambos se saem bem, mostrando articulação, motivação e outros aspectos que,
apesar de subjetivos, parecem ao empregador equivalentes nos dois candidatos.
Com base no currículo e na entrevista, eles estão empatados, mas digamos que a disputa é para
uma posição crítica em um projeto de longo prazo, que exige alto investimento do empregador,
em tempo e em dinheiro, e caso o funcionário abandone o cargo, haverá grande prejuízo.
E por mais que ambos falem que pretendem passar o resto da carreira na empresa, pode não
ser verdade, ou essa intenção pode se alterar.
Para embasar sua decisão, o empregador pode avaliar os históricos de homens e mulheres
dentro da própria empresa – ou no mercado – em relação ao tempo de permanência.
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Suponha que essa análise estatística revele que, percentualmente, as mulheres deixam a
empresa com maior frequência que os homens.
Como um pedido de demissão seria catastrófico para empresa, para o projeto e para a equipe,
o empregador que visa a maximização de lucros oferece o emprego para o homem.
Note que sim, ele estará cometendo discriminação, mas é diferente daquela que vimos
anteriormente, onde a diferença de gênero ou raça era o único motivo para preterir um
candidato.
Evidentemente, a estatística inferencial gera erros decorrentes desse tipo de discriminação, tanto
punindo bons candidatos de grupos com produtividade média ruim, quanto beneficiando
candidatos ruins que pertencem a grupos com produtividade média alta.
Por fim, é importante observar que a discriminação estatística não ocorre apenas por parte do
empregador. Um trabalhador pode recusar uma empresa porque o ramo tem fama de demitir
muito.
Também não se limita ao mercado de trabalho. Em seguros, essa discriminação é muito presente.
As seguradoras de automóveis cobram prêmios e franquias mais altas de jovens e homens, por
exemplo, porque esses grupos, em média, geram maiores custos de indenização. Enquanto as
seguradoras de vida elevam os preços para idosos e obesos.
Poderíamos estabelecer, nesse caso, que os brancos deduzem dos salários que recebem um
coeficiente de discriminação (d). Se recebem um salário de SB, eles agirão como se o salário fosse
SB(1-d).
Os negros, por outro lado, perceberiam seu salário como seu valor real, por sua utilidade, ou
seja, SN.
Agora, digamos que um trabalhador branco discriminador está analisando duas propostas de
emprego. Ambas pagam o mesmo salário de R$5.000. Contudo, uma das empresas possui
apenas funcionários brancos, enquanto a outra contrata negros e brancos.
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Contudo, do ponto de vista desse trabalhador que não gosta de negros e possui um coeficiente
de discriminação, as empresas não oferecem salários equivalentes. Para ele, a empresa que
contrata negros e brancos oferece um salário mais baixo. Sendo assim, empresas não
discriminadoras teriam de oferecer mais do que R$5.000 se quisessem atrair brancos.
Afinal, ambos são igualmente produtivos, mas se a empresa contratasse negros e brancos
precisaria pagar uma compensação para os brancos.
Nesse cenário, os trabalhadores brancos e negros acabam sendo empregados por empresas
diferentes, já que não é vantajoso para as empresas promover a diversidade étnica. A
discriminação tanto por parte do empregador quanto por parte do empregado sugere uma
completa segregação da força de trabalho.
Se os trabalhadores brancos são mais baratos, a demanda por eles cresce, enquanto a demanda
por trabalhadores negros diminui. Isso, por sua vez, leva à igualdade salarial entre os dois
grupos.
Vimos diversas formas de discriminação (raça, gênero, orientação, idade, religião, política) que
podem se originar de diversas fontes (trabalhadores, empresas, clientes).
E para além da questão moral, que deixamos para outras disciplinas, vimos que, do ponto de
vista Econômico, a discriminação é uma fonte de ineficiência, ou seja, de desperdícios da
capacidade produtiva da economia.
Vimos até um caso em que a empresa não discriminar, diante de uma discriminação de seus
clientes, implicaria em ainda mais ineficiência.
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Diante disso, o Estado deve trabalhar para prover os incentivos corretos ou para eliminar aqueles
que são fontes de ineficiência e, portanto, falhas de mercado.
Além dessas leis, existem políticas públicas e programas governamentais voltados para a
promoção da igualdade no emprego, como programas de inclusão de jovens e adultos no
mercado de trabalho, ações afirmativas para grupos marginalizados e políticas de promoção da
igualdade de gênero nas empresas.
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Estas políticas e programas são complementados por uma série de ações de órgãos
governamentais e não governamentais, incluindo campanhas de conscientização, formação e
capacitação para a diversidade no ambiente de trabalho, além de monitoramento e aplicação da
legislação antidiscriminação. Juntos, esses esforços visam criar um mercado de trabalho mais
justo e igualitário no Brasil.
"Segmentar" significa dividir ou separar algo em segmentos, partes ou categorias distintas com
base em critérios específicos. Essa divisão ou separação visa a organizar ou analisar algo de
maneira mais detalhada ou específica, tornando mais fácil compreender, gerenciar ou abordar
as partes individuais separadamente.
Essa teoria busca entender por que existem desigualdades significativas no mercado de
trabalho, mesmo quando se consideram trabalhadores com habilidades e qualificações
semelhantes.
Há evidências empíricas que demonstram que o emprego feminino tende a ser concentrado em
determinados setores da economia e agrupado em um conjunto limitado de profissões. Essa
segmentação ocupacional é uma das razões fundamentais das desigualdades entre homens e
mulheres no mercado de trabalho.
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Note, portanto, que a discriminação é uma forma de segmentação, mas o termo segmentação é
bem mais amplo, incluindo categorias que não estão relacionadas diretamente com a
discriminação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Borjas, George J. Economia do Trabalho – 5ª ed. – Porto Alegre: AMGH, 2012.
Varian, Hal. Microeconomia - Uma Abordagem Moderna (p. 585). GEN Atlas. Edição do Kindle.
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QUESTÕES COMENTADAS
Diferenciais compensatórios
Comentários:
Nos mercados de trabalho competitivos, não é apenas o salário que é nivelado entre os
empregos, mas sim o conjunto total de vantagens e desvantagens associadas ao trabalho.
E é daí que surgem os chamados diferenciais compensatórios, tornando a letra “b” nosso
gabarito.
Gabarito: “b”
Comentários:
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Muita atenção ao enunciado, porque todas as alternativas são razões para pagar salários mais
altos. Contudo, apenas a letra “c” é um motivo que explica os diferenciais compensatórios, que
estão relacionados a aspectos desagradáveis do trabalho.
Ou seja, a demanda elevada por trabalhadores significa que a empresa precisa pagar salários
mais altos para preencher suas muitas vagas.
A qualificação (capital humano) é outro motivo para salários altos, assim como a segmentação
geográfica (área urbana) e os bônus salariais, normalmente vinculados à eficiência do
trabalhador.
Gabarito: “c”
Comentários:
b) Errado. Muito. As curvas de indiferença mostram que os trabalhadores exigem receber salários
mais altos em troca de maior exposição a riscos.
c) Correto! As curvas de indiferença entre salário e risco mais acima e à esquerda são preferíveis
porque representam pontos onde o salário é maior ou o risco é menor em comparação com as
curvas mais abaixo e à direita.
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d) Errado. A curva de indiferença não especifica que os trabalhadores mais acima e à esquerda
das curvas de indiferença são mais produtivos; ele se concentra nas preferências relacionadas a
salários e riscos.
e) Errado. Claro que há relação entre salários e riscos. Isso é justamente o que estabelece a curva
de indiferença.
Gabarito: “c”
Comentários:
O trabalhador tem uma função de utilidade que reflete sua preferência em relação ao ambiente
de trabalho e ao salário recebido. A questão quer saber a diferença salarial que tornaria o
trabalhador indiferente entre empregar-se em um ambiente limpo em comparação a um
ambiente sujo, ou seja, o diferencial de salário compensatório de mercado.
Essa diferença salarial é calculada com base na utilidade que o trabalhador obtém ao trabalhar
em cada ambiente. A utilidade para o ambiente limpo (UL) teria X igual a zero, ou seja:
UL=√16
UL=4
Portanto, precisamos que a utilidade no ambiente sujo (US) também seja igual a 4, pois isso
significaria que o trabalhar é indiferente entre os dois, como quer o enunciado.
US=√wS-x
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4=√wS-1
4+1=√wS
5=√wS
25=wS
Portanto, o trabalho sujo precisa pagar um salário de 25, e a diferença entre os dois salários é de
9 (25-16)
Gabarito: “d”
Comentários:
Tudo correto por aqui. Uma das explicações é essa, embora saibamos que há outras, como
capital humano e discriminação.
Além disso, a teoria hedônica trata justamente de diferenciais de salários. Embora tenhamos
focado nos riscos, outros aspectos desagradáveis de alguns trabalhos também são
contemplados.
Gabarito: Certo
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c) somente a II é correta
d) somente a I é correta
e) I, II e III são corretas
Comentários:
Esta afirmativa está correta. Restrições institucionais, como acordos sindicais e políticas
governamentais, podem tornar alguns trabalhos mais agradáveis que outros, gerando
diferenciais compensatórios. Por exemplo: se um setor consegue um acordo para não trabalhar
às sextas-feiras, os outros setores automaticamente se tornam menos atrativos, gerando
diferenciais compensatórios.
Gabarito: “a”
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Comentários:
a) Errado. A relação entre aceitar maiores níveis de risco e os salários está invertida.
b) Correto! Como vimos na aula, empregados que aceitam maiores níveis de risco serão
contratados por empresas que têm maior dificuldade em reduzir os riscos.
c) Errado. Apesar de fazer sentido, o equilíbrio hedonista tem base nos diferenciais
compensatórios, que são recompensas pecuniárias por desvantagens não pecuniárias do
emprego. Benefícios é um termo que, por definição, está além do salário.
e) Errado. A teoria não sugere que as empresas não consideram o risco no processo de seleção,
mas sim que os empregados são escolhidos com base em sua disposição em relação ao risco.
Gabarito: “b”
Capital Humano
Comentários:
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Questão mais conceitual e, portanto, creio, mais simples. O capital humano de fato engloba
diferentes níveis de educação e treinamento, que permitem elevação da produtividade dos
indivíduos.
Gabarito: Certo
Comentários:
Afinal, na teoria do Capital Humano, o fator determinante da produtividade não é o próprio posto
de trabalho, mas sim o investimento em educação, treinamento e desenvolvimento de
habilidades individuais. A produtividade é vista como resultado desses investimentos em capital
humano, e não apenas do posto de trabalho em si.
Esta afirmação está correta. Na teoria do Capital Humano, a educação e o treinamento aumentam
a produtividade dos trabalhadores, o que, por sua vez, tende a resultar em salários mais altos.
Portanto, a produtividade é um mediador importante na relação entre capital humano e salários.
Poderia também ter mencionado os lucros potenciais como mediadores, mas a ausência não
torna a alternativa incorreta.
b) A firma, ao não ser proprietária de seus assalariados, tenderá a dar-lhes uma formação o mais
específica possível a fim de não gerar (ou minimizar) as externalidades.
Correto! Uma das preocupações nas estratégias de formação de capital humano nas empresas
é evitar que os trabalhadores adquiram habilidades que possam ser facilmente transferidas para
outros empregadores, o que poderia gerar externalidades positivas para a concorrência.
Portanto, as empresas muitas vezes fornecem treinamento específico para suas necessidades.
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c) O investimento nos próprios assalariados pode tornar-se inviável (em termos de valor presente)
se o tempo de permanência do mesmo na firma é reduzido.
Esta afirmação está correta e é uma conclusão lógica da alternativa anterior. Se um trabalhador
deixa a empresa logo após receber treinamento ou educação financiados pelo empregador, o
investimento em capital humano pode não ser recuperado completamente, tornando-se inviável
em termos de valor presente. Isso é uma consideração importante para as empresas ao planejar
programas de desenvolvimento de pessoal.
Gabarito: “e”
Comentários:
O item apresentado está correto. Gastos com educação, saúde e outros investimentos em capital
humano são considerados investimentos em recursos humanos, e esses investimentos têm o
potencial de expandir o potencial produtivo da economia a longo prazo. Aqui estão algumas
explicações sobre como isso ocorre:
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Sendo assim, gastos com educação, saúde e outros investimentos em capital humano são
fundamentais para o desenvolvimento econômico de longo prazo, melhorando a produtividade,
a empregabilidade e a renda da população e permitindo que a economia alcance um maior
potencial de crescimento. Portanto, o item está correto.
Gabarito: Certo
Comentários:
Embora nosso assunto na aula não seja modelo de crescimento (de qualquer tipo), podemos
concluir, com base na teoria do capital humano, que a questão está correta.
Gabarito: Certo
Comentário:
Apenas errado. A teoria do capital humano não trata da histerese do mercado de trabalho ou do
desemprego sazonal.
Por outro lado, a histerese no mercado de trabalho e o desemprego sazonal são conceitos
diferentes e pertencem a outras abordagens da economia. A histerese no mercado de trabalho
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refere-se à ideia de que o desemprego persistente pode ter efeitos de longo prazo sobre a
capacidade de uma pessoa de conseguir emprego, devido à perda de habilidades e ao
desalento. O desemprego sazonal, por sua vez, é causado por flutuações regulares na demanda
por trabalho ao longo do ano, como no caso de trabalhadores agrícolas sazonais ou as famosas
“vagas de final de ano”.
Portanto, a teoria do capital humano não é uma abordagem para lidar com esses problemas
específicos de desemprego, mas sim outras teorias econômicas e modelos que se concentram
nessas questões específicas.
Gabarito: Errado
Comentários:
A teoria do capital humano é considerada uma teoria neoclássica, ou pelo menos com base no
pensamento neoclássico, tendo sido desenvolvida por Schultz. Como vimos:
Se o rendimento presente é artificialmente elevado por uma política como o salário mínimo, a
tendência é que o efeito seja o contrário do que consta no enunciado, com o indivíduo reduzindo
seu grau de investimento em capital humano.
Sob essa perspectiva, mais eficazes seriam políticas que facilitassem ou incentivassem a
educação.
Gabarito: Errado
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c) Os recursos naturais são importantes, mas não são essenciais para que uma economia
apresente alta produtividade.
d) A quantidade de capital e trabalho empregada em P&D interfere diretamente na
produtividade.
e) O grau de apropriabilidade dos resultados da pesquisa tem impacto sobre o nível de
produtividade de uma economia.
Comentários:
As demais estão corretas, e servem para revisar e aprofundar alguns conceitos. Alguns
comentários:
a) Uma das definições de produtividade é que se refere à quantidade de bens e serviços que um
trabalhador pode produzir a cada hora de trabalho.
Esta afirmação está incorreta. O capital humano não se refere ao número de trabalhadores, mas
sim à qualidade e às habilidades dos trabalhadores. O capital humano abrange o conhecimento,
a educação, as habilidades e a experiência dos trabalhadores, e é um fator crucial na
determinação da produtividade. Trabalhadores mais qualificados e treinados tendem a ser mais
produtivos.
c) Os recursos naturais são importantes, mas não são essenciais para que uma economia
apresente alta produtividade.
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Esta afirmação está correta. O grau de apropriabilidade se refere à capacidade de uma empresa
ou indivíduo proteger e lucrar com os resultados de sua pesquisa e inovação. Quanto maior o
grau de apropriabilidade, mais incentivos as empresas e indivíduos têm para investir em
pesquisa e desenvolvimento. Isso pode afetar positivamente o nível de produtividade, pois
promove a inovação e a criação de novas tecnologias.
Gabarito: “b”
Comentários:
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I. Esta afirmativa está correta. Adam Smith, em sua obra "A Riqueza das Nações" (1776), observou
que os trabalhadores educados geralmente recebiam salários mais altos do que os
trabalhadores comuns para compensar os gastos com sua educação. Ele reconheceu a
importância do capital humano na geração de riqueza.
II. Esta afirmativa está correta. O conceito de capital humano foi desenvolvido principalmente
por Theodore Schultz e Gary Becker, ambos ganhadores do Prêmio Nobel, para explicar como
o investimento em educação e habilidades individuais pode ser comparado ao investimento de
uma empresa em equipamentos para aumentar sua produtividade futura.
III. Esta afirmativa está incorreta. O aumento do capital humano de alguns indivíduos não é
necessariamente contrabalançado pela diminuição relativa do capital humano de outros. Na
verdade, o aumento geral do capital humano em uma sociedade, por meio de investimentos em
educação e treinamento, pode resultar em benefícios econômicos para todos, pois uma força de
trabalho mais educada e qualificada geralmente contribui para o crescimento econômico e para
o bem-estar da sociedade como um todo.
Gabarito: “a”
Comentários:
Correto! Como vimos, proporcionar investimento em capital humano para população de baixa
renda pode ser uma forma de vencer o círculo vicioso da pobreza.
As políticas sociais que oferecem benefícios monetários a uma população específica com a
condição de que as crianças sejam escolarizadas, podem ser fundamentadas tanto na teoria do
capital humano quanto na ideia do "círculo vicioso da pobreza". Vou explicar esses pontos:
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o que pode limitar suas perspectivas futuras de emprego e renda. Ao fornecer benefícios
condicionados à escolarização, as políticas de bolsa-escola buscam quebrar esse ciclo,
oferecendo às crianças a oportunidade de adquirir as habilidades necessárias para
escapar da pobreza no futuro.
Portanto, as políticas sociais do tipo bolsa-escola podem ser uma estratégia eficaz para abordar
tanto a teoria do capital humano quanto o círculo vicioso da pobreza, ao incentivar a educação
e o desenvolvimento de habilidades em populações em situação de vulnerabilidade econômica.
Gabarito: Certo
Comentários:
Nesta questão, o trabalhador precisa escolher entre duas opções de carreira, levando em
consideração o valor presente dos ganhos.
O valor presente ajuda a comparar pagamentos futuros com pagamentos presentes, levando em
conta uma taxa de desconto.
Calculando o valor presente das duas opções, o trabalhador pode determinar qual delas é mais
vantajosa em termos de valor atual.
60000
VPA = 50000 + = 104.545,50
1+0,10
1200000
VPB = -8000 + = 101.090,90
1+0,10
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A resposta correta é a opção (b), pois a primeira opção (entrar agora no mercado de trabalho)
tem um valor presente maior.
Gabarito: “b”
Discriminação e segmentação
Comentários:
Mesmo se considerássemos que o capital humano não justifica a diferença salarial, ainda
precisaríamos de mais informações para constatar que existe discriminação.
Os diferenciais compensatórios, por exemplo, seriam outra possível fonte de diferenças salariais.
Gabarito: Errado
Comentários:
Embora marxismo esteja fora do escopo de nossa aula, você sabe, a essa altura, que a teoria do
capital humano nada diz a respeito da distribuição de renda entre capitalistas e assalariados.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Errado. Para os neoclássicos, e eficiência nos mercados ocorre quando há livre concorrência e
igualdade de oportunidades, algo dificilmente compatível com a discriminação no mercado de
trabalho.
Gabarito: Errado
Comentários:
A causa dessa segmentação é outra história. Pode ser o capital humano, por exemplo, ainda que
a causa de maior capital humano da região sudeste possa ser a discriminação da sociedade ou
na educação, por exemplo, e não necessariamente do mercado de trabalho.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Correto! Como não pode ser explicada pelo capital humano, um dos pilares da desigualdade
entre homens e mulheres é a segmentação gerada pelos diferenciais compensatórios e pela
discriminação, em suas diversas formas.
Há evidências empíricas que demonstram que o emprego feminino tende a ser concentrado em
determinados setores da economia e agrupado em um conjunto limitado de profissões. Essa
segmentação ocupacional é uma das razões fundamentais das desigualdades entre homens e
mulheres no mercado de trabalho.
Portanto, a segmentação ocupacional é, de fato, um dos pilares das desigualdades entre homens
e mulheres no mercado de trabalho e é respaldada por evidências empíricas.
Gabarito: Certo
Comentários:
Incorreto. As mulheres, no Brasil, possuem maior grau de instrução do que os homens. Sendo
assim, o capital humano não explica as diferenças salariais, ficando tal tarefa a cargo dos
diferenciais compensatórios e das formas de discriminação.
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Gabarito: Errado
Comentários:
Essa questão aborda mais de um motivo para diferenças salariais que vimos nesta aula.
A letra B define INCORRETAMENTE em relação ao nível de renda, que tende a se elevar com o
capital humano. Assim, é nosso gabarito.
As letras C e D estão corretas em relação ao capital humano. Embora possa haver controvérsias
em relação a atletas e altos executivos, a essência da teoria abarca essas posições.
Por fim, a letra E está correta, embora o tema seja tratado em outro assunto, fora do escopo desta
aula.
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Gabarito: “b”
Comentários:
c) Esta alternativa descreve com precisão a discriminação do cliente, que envolve clientes
considerando o preço ajustado pela utilidade com base em características pessoais dos
trabalhadores.
e) Errado. Apesar de poder levar à segregação, ela ocorre com base nas preferências dos
clientes, e não dos empregadores.
Portanto, a alternativa correta é a (c), que descreve a discriminação do cliente de forma precisa.
Gabarito: “c”
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LISTA DE QUESTÕES
1. (2003/ESAF/MINISTÉRIO DO TRABALHO/Auditor Fiscal do Trabalho)
A diferenciação compensatória dos salários existe porque:
a) os trabalhadores têm poder monopsônico.
b) existem ocupações que apresentam aspectos indesejáveis para os trabalhadores.
c) a taxa de desemprego involuntário é elevada.
d) as empresas que contratam têm poder monopólico.
e) o custo implícito do lazer é muito baixo.
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Qual é o valor presente da opção que ele escolherá, caso seja um agente econômico racional e
maximizador de retornos?
a) 101.090,90
b) 104.545,45.
c) 112.000,00.
d) 110.000,00.
e) 123.654,20.
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GABARITO
1. B 6. A 11. C 16. C 21. E
2. C 7. B 12. E 17. B 22. C
3. C 8. C 13. E 18. E 23. E
4. D 9. E 14. B 19. E 24. B
5. C 10. C 15. A 20. E 25. C
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