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Av1 - Nut. Saúde P.

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Tema: Direito Humano à Alimentação Adequada

1- O que significa uma alimentação adequada e saudável?


Direito ao alimento, a qualidade da alimentação, colorido, com todos os nutrientes
necessários, sem agrotóxicos. A população tem o direito de participar e de saber como o
alimento é produzido.

2- O que significa a afirmação feita no vídeo de que os direitos humanos são


indivisíveis?
Todos têm o mesmo valor como direitos. Não existe um direito "menor". Não podemos
separar um do outro, ou escolher quais serão respeitados e quais não.

3- Como os direitos humanos se distinguem dos direitos de cidadania?


Direito humano é uma obrigação do estado, garantia de condições de vida para o ser
humano. A cidadania assegura o equilíbrio entre os direitos e deveres do indivíduo em
relação à sociedade

4- Quais as obrigações do Estado para que o Direito Humano à Alimentação


Adequada seja garantido?
O Estado tem a obrigação de respeitar, proteger e realizar este direito. Respeitar significa
que o Estado, em hipótese alguma, pode tomar quaisquer medidas que possam bloquear o
acesso livre e permanente à alimentação adequada.A obrigação de proteger requer que o
Estado seja ativo no sentido de tomar todas as medidas possíveis para evitar que terceiros
(empresas ou indivíduos) privem as pessoas de seu direito à alimentação. E realizar se
expressa em duas dimensões: (1) a obrigação de o Estado prover a alimentação das
pessoas que por algum motivo alheio à sua vontade e determinação, não conseguem
garantir de maneira autônoma sua alimentação por viverem na pobreza ou por serem
vítimas de catástrofes e calamidades; (2) a obrigação de promover políticas públicas que
garantam a realização do direito à alimentação de toda a sua população.

5- Quais as principais violações ao Direito Humano à Alimentação Adequada que


podem ser destacadas no Brasil?
- Pandemia, quando o estado não conseguiu prover toda a sociedade civil.
- Pessoas ou comunidades que não tem acesso a alimentos de forma regular, em
quantidade ou qualidade suficiente para satisfazerem suas necessidades
alimentares e nutricionais diárias.
- Caso dos Índios Yanomamis
- Liberação de agrotóxicos

Tema: Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): conceito e marcos legais

1- Identificar alguns programas e ações que podem afetar a garantia desse direito:
Um grande desafio é a promoção da alimentação adequada e saudável. A qualidade da
alimentação que chega à mesa do brasileiro está piorando.
Quanto mais a sociedade se desenvolve, mais o alimento consumido se distancia da
alimentação natural produzida na localidade e preparada em casa pela própria família. Mais
brasileiros se alimentam fora de casa, desconhecem de onde vêm os alimentos que
chegam à sua mesa e consomem produtos cada vez mais industrializados e conservados.

Outro grande desafio é a retomada de uma política soberana de abastecimento alimentar


que consiga fazer com que o alimento, em especial o alimento fresco, chegue à mesa do
consumidor com menor distância do lugar onde é produzido, menor custo, mais qualidade e
diversidade, e que consiga incidir sobre as flutuações dos preços e proteger a renda da
população mais pobre.

2- A insegurança alimentar é resultado da histórica situação de desigualdade social,


condição secular de fome para grandes contingentes populacionais e baixa eficiência na
realização de políticas públicas que enfrentasse esta questão de forma estrutural.

2- É necessária uma ação enérgica do Estado para controlar interesses privados e


internacionais a favor dos interesses nacionais, com o objetivo de garantir a melhor
distribuição da produção de alimentos e a redução das desigualdades regionais.

3 - O que é Segurança alimentar?


A Segurança Alimentar e Nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. E este conceito traz a questão
alimentar para um patamar mais amplo, pois além de afirmar a necessidade de confrontar
as situações de fome e desnutrição, destaca que o acesso deve ser de alimentos de
qualidade, que deve ser garantido este acesso sem coibir outros direitos, deve respeitar à
diversidade cultural e possibilitar uma sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e
social.

4- O que é o SISAN?
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), criado em 2006, uma
estrutura de governança estatal para assegurar o DHAA e coordenar, formular e
implementar políticas, planos e programas de segurança alimentar e nutricional.

5- Quais são os princípios do SISAN?


1 → Direito universal = devem existir ações equitativas que equilibrem as desigualdades
existentes na realidade para garantir esta universalidade. Estas ações devem observar as
diferenças sociais, econômicas e culturais, para garantir que as pessoas tenham a
autonomia para decidir sobre a sua alimentação, respeitando os seus hábitos alimentares.
2 → Controle Social = Trata-se de um reconhecimento da importância da participação da
sociedade civil no processo de construção das políticas de SAN, que visa possibilitar maior
eficiência e eficácia no alcance do recurso público, aproximando os atores sociais do
processo de elaboração e de execução das ações planejadas.

6- O que é o Caisan?
Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional – Caisan, responsável por
coordenar as ações dos diferentes setores de governo nas diferentes esferas de poder.
Possibilita a intersetorialidade do SISAN e elabora os Planos de SAN, a partir das
deliberações da Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Diretrizes orientadoras para elaboração do Plano:


I – promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para
as famílias e pessoas em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional;
II – promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e
descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e
distribuição de alimentos;
III – instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional, pesquisa e
formação nas áreas de Segurança Alimentar e Nutricional e do Direito Humano à
Alimentação Adequada; 21
IV – promoção, universalização e coordenação das ações de Segurança Alimentar e
Nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais de que
trata o Art. 3º, inciso I, do Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, povos indígenas e
assentados da reforma agrária;
V – fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à
saúde, de modo articulado às demais ações de Segurança Alimentar e Nutricional;
VI – promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, com
prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica e para a produção de
alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;
VII – apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, Segurança Alimentar e
Nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada em âmbito internacional e a
negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes da Lei nº 11.346, de 2006; e
VIII – monitoramento da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada. (Brasil,
2010)

7- Diga as ferramentas de monitoramento


Relatório de Informações Sociais de Segurança Alimentar e Nutricional (RI SAN) que
apresenta um conjunto de dados, índices e indicadores no nível estadual e o Relatório SAN
nos Municípios que foi estruturado no formato de texto e agrega diferentes indicadores e
informações sobre as políticas municipais de SAN.
Outra ferramenta de monitoramento é o Mapeamento de Insegurança Alimentar e
Nutricional (Mapa Insan) com o objetivo de identificar as famílias e indivíduos que se
encontram em insegurança alimentar e nutricional, a partir de dados do Cadastro Único e do
Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional – Sisvan.

8 - Identifique cinco canais através dos quais os sistemas alimentares afetam


negativamente a saúde:
As pessoas adoecem porque (1) trabalham em condições insalubres; (2) são afetadas por
contaminantes na água, no solo ou no ar; (3) comem alimentos não apropriados para o
consumo; (4) têm dietas pouco saudáveis; ou (5) vivem em condições de insegurança
alimentar, sem acesso a alimentos adequados.

9 - Padrões de impacto: Alimentação pouco saudável


Este canal de impacto refere-se aos efeitos dos tipos de dieta sobre a saúde. Índices
ascendentes de prevalência de obesidade constituem um problema mundial de saúde, na
medida em que prenunciam incidência crescente de diversas doenças não transmissíveis
(DNTs) debilitantes que incluem diabetes tipo 2, hipertensão, doença coronariana, síndrome
metabólica, doenças respiratórias, câncer, osteoartrose, além de doenças reprodutivas, da
vesícula e do fígado.padrões dietéticos pouco saudáveis são aqueles caracterizados por
alimentos com altos níveis de adição de açúcares, sódio e gorduras trans – e saturadas, e
pobres em frutas, verduras, legumes, grãos e frutas secas. Riscos aumentados de DNTs
também têm sido associados à ingestão em altas quantidades de determinados alimentos e
nutrientes, independentemente dos padrões dietéticos gerais e da ingestão calórica total. A
seguir, alguns exemplos importantes:

Consumo excessivo de bebidas adoçadas (BAs) tem sido apontado como um importante
determinante da obesidade epidêmica nos últimos anos. O principal mecanismo causal que
liga as BAs ao ganho de peso é que o consumo de calorias líquidas não induz à sensação
correspondente de saciedade. Outra possível via é que picos rápidos de glicose sanguínea
e de insulina após o consumo de BAs podem contribuir para uma dieta de alta carga
glicêmica que pode induzir intolerância à glicose, resistência à insulina e inflamações.

O consumo excessivo de produtos de origem animal tem sido associado a doenças


cardíacas, diabetes e vários tipos de câncer. Tipos específicos de carnes também foram
associados a maiores riscos de DNTs.

Elevada ingestão de sódio está associada a altos níveis de pressão sanguínea e


hipertensão. De um modo geral, a crescente proporção de alimentos ultraprocessados nas
dietas tem sido identificada como indutora da ingestão calórica excessiva. Frequentemente
consumidos em grandes quantidades e caracterizados por altos teores de gorduras,
açúcares e sal, os alimentos ultraprocessados têm sido associados à obesidade, a doenças
crônicas.

10 - CANAL DE IMPACTO: Insegurança Alimentar

No nível individual, a insegurança alimentar resultante da falta de acesso a alimento seguro,


nutritivo e em quantidade suficiente acarreta uma série de impactos debilitantes da saúde:
- Fome e desnutrição - Déficit de crescimento e comprometimento do
desenvolvimento neuropsicomotor são consequências comuns da DPC.

- Def; de micronutrientes - trazem riscos de retardo de crescimento, função


imunológica deficiente (com os consequentes 37 riscos de infecções), perda de
produtividade, redução da capacidade mental e doenças crônicas; também
constituem importante fator de risco para a tuberculose e a transmissão vertical do
HIV. As DMNs mais prevalentes em âmbito mundial são deficiências de ferro, iodo,
ácido fólico (vitaminas B9 e B12), vitamina A e zinco. As deficiências desses
nutrientes podem ocasionar condições como anemia (ferro), cegueira (vitamina A),
hipotireoidismo e bócio (iodo), defeitos do tubo neural (ácido fólico) e risco
aumentado de infecções (zinco).

- Impactos na Saúde Mental

- Dificuldade no controle de doenças


11- O que é soberania alimentar?
Destaca a importância da autonomia alimentar dos povos, respeitando a cultura e hábitos
de cada país, assim como está associado à geração de emprego e a menor dependência
das importações e flutuações de preços do mercado exterior.

12- O que são os desertos alimentares?


Desertos alimentares são locais onde o acesso a alimentos in natura ou minimamente
processados é escasso ou impossível, obrigando as pessoas a se locomoverem para outras
regiões para obter esses itens, essenciais a uma alimentação saudável.Bairros periféricos
ou com baixos indicadores sociais são, em geral, locais onde o acesso a alimentos
adequados é mais difícil [1]. Os moradores dessas regiões precisam ir até o centro da
cidade ou a outros lugares com maior poder aquisitivo, onde ficam concentrados os
hortifrutis, as feiras, peixarias, açougues, mercearias, supermercados, hipermercados e
demais estabelecimentos onde é possível encontrar alimentos in natura ou minimamente
processados.

Pessoas consomem alimentos de acordo com oferta que encontram nas proximidades de
suas residências, quer sejam frutas e verduras, quer seja fast food.

13 - Pq é importante acabar com os Desertos Alimentares?


A dificuldade geográfica no acesso a alimentos nutritivos é um obstáculo significativo para
que uma parcela considerável da população tenha uma alimentação adequada e saudável.
Por isso, políticas públicas que incentivem a criação de feiras livres e de outros locais que
facilitem o acesso a alimentos in natura ou minimamente processados pelas cidades,
reduzindo as desigualdades, devem estar no radar dos gestores públicos: a alimentação
saudável é condição intrínseca ao exercício da cidadania.
O que fazer? • Estimular que pequenos estabelecimentos comercializem mais produtos in
natura • Dedicar espaços públicos, como praças, para a criação de hortas comunitárias •
Oferecer produtos in natura na alimentação escolar em restaurantes populares e incentivar
que o mesmo seja feito em refeitórios de empresas • Criar meios para que as feiras livres
cheguem até os desertos alimentares • Regular o estabelecimento de restaurantes de fast
food muito próximos uns aos outros, sobretudo em desertos alimentares.

14- Fale sobre os programas envolvidos criados a partir do CONSEA:


Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) - Destinado a promover a compra
governamental de produtos da agricultura familiar e escoá-la para instituições sociais, o
PAA foi formulado com base num desenho operacional pautado no princípio da
intersetorialidade.
O governo financia a compra de alimentos produzidos pela agricultura familiar que são
depois distribuídos para diversos programas sociais, dependendo do município. Dentre
estes se incluem o próprio programa de alimentação escolar, em alguns municípios, os
restaurantes populares, as cozinhas comunitárias e os bancos de alimentos, assim como
organizações assistenciais, creches, asilos, hospitais, e abrigos

- PNAE
- Restaurantes populares
5 ações de SEGURANÇA ALIMENTAR e o direito humano à alimentação adequada
ADA - ação de distribuição de alimentos (público alvo = indígenas e quilombolas)
Banco de alimentos - alimentos que seriam desperdiçados e doados, apoia o PAA
Cozinhas comunitárias - atende a população vulnerável
Restaurantes populares
Cisternas - captação de água da chuva , famílias da área rural e com pouco acesso a água.
PAA

Tema: Perfil alimentar e nutricional da população brasileira e


fatores condicionantes

1) Quais os principais fatores que influenciam a nossa alimentação (fatores


condicionantes da alimentação), ou seja, que “determinam” as formas como
comemos e o que comemos?
As escolhas alimentares não dependem somente da disponibilidade e das preferências,
mas também dos fatores cognitivos, tais como o conhecimento sobre os benefícios e o
custo associados aos alimentos. O consumo alimentar é influenciado também por fatores
psicológicos, socioculturais e demográficos, fatores pessoais e sociais.

2) Como as Políticas Públicas podem afetar esses fatores condicionantes da


alimentação para prevenir e controlar as doenças associadas com a alimentação na
contemporaneidade?
Elas precisam ser efetivas, fazendo melhorias nas condições de alimentação, nutrição e
saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e
saudáveis, fazendo vigilância alimentar e nutricional e provendo alimentos para a população
em situação carente e com risco de insegurança alimentar.

Tema: Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

1) Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional.


Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, por meio do qual o
poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e
implementará políticas, planos, programas e ações com vistas em assegurar o
direito humano à alimentação adequada.

2) Qual o objettivo da PNSAN?


Tem como objetivo geral, promover a segurança alimentar e nutricional, bem como
assegurar o direito humano à alimentação adequada em todo território nacional,
tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a
diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente
sustentáveis.

3) Como o PNAN pode resolver o problema da obesidade?


Vigilância alimentar e nutricional. Para este diagnóstico deverão ser utilizados o
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e outros sistemas de
informação em saúde para identificar indivíduos ou grupos que apresentem agravos
e riscos para saúde, relacionados ao estado nutricional e ao consumo alimentar.
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) , ele objetiva a melhora da
qualidade de vida da população, por meio de ações intersetoriais, voltadas ao
coletivo, aos indivíduos e aos ambientes (físico, social, político, econômico e
cultural), de caráter amplo e que possam responder às necessidades de saúde da
população, contribuindo para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade.
Ele envolve a educação alimentar e nutricional que se soma às estratégias de
regulação de alimentos - envolvendo rotulagem e informação, publicidade e melhoria
do perfil nutricional dos alimentos

Entender o que é sindemia global


Entender os sistema: Sisan

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