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ALARANJADO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DA TERRA CCET DEPARTAMENTO DE QUMICA DISCIPLINA: QUMICA

A ORGANICA EXPERIMENTAL DOCENTE: GRAZIELLE TAVARES MALCHER

DISCENTES: ANDRE DE FREITAS MARTINS EDNA REJANE FERREIRA DE AZEVEDO JOSE ROBERIO ALVES JANUNCIO JARBAS DE MEDEIROS FILHO SERGIO RIBEIRO BARBOSA

RELATRIO: Sntese do corante alaranjado II

presente

relatrio Sntese

descreve do

experimento: Qumica

corante em

alaranjado II realizado no laboratrio de Orgnica Experimental novembro de 2011.

NATAL/RN DEZ-2011

INTRODUO O tingimento de substratos txteis uma antiga arte e por muitos sculos foram empregados corantes naturais, por mtodos totalmente empricos. Foram encontrados tecidos tintos em tmulos de faras do Egito, esses artigos eram coloridos com corantes naturais procedentes da China e da ndia. A grande revoluo da qumica dos corantes ocorreu com descoberta casual do primeiro corante sinttico por Perkin, um estudante ingls. Perkin, em 1985, tentando sintetizar o quinino por oxidao da anilina com bicromato de potssio obteve um corante que tingia a seda em cor violeta muito viva. O jovem qumico havia acidentalmente sintetizado a malveina e isso ocorreu 10 anos antes da descoberta da estrutura hexagonal do benzeno por Kekul. A Essa descoberta sucederam inmeras outras, na rea da qumica orgnica e, paralelamente, na qumica dos corantes. As primeiras matrias primas para a sntese dos corantes foram obtidas a partir da destilao fracionada do alcatro da hulha. Essas matrias primas, como benzeno, tolueno, xileno, naftaleno, antraceno etc., hoje so produzidas na indstria petroqumica e submetidas a reaes de sulfonao, pigmentos. Tingimento uma modificao fsico-quimica do substrato de forma que a luz refletida provoque uma percepo de cor. Os produtos que provocam essa modificao so denominados de matrias corantes. Thomaz e Robert Holliday, na dcada de 1880, conceberam a idia de sintetizar corantes insolveis dentro da prpria fibra. Foram, ento, desenvolvidos os primeiros corantes azicos. Corantes azo constituem a classe mais importante de substncias que promovem cor. A versatilidade desta classe deve-se grandemente facilidade com que os compostos azo podem ser sintetizados, e de fato quase todas as aminas aromticas diazotizadas podem ser acopladas com qualquer sistema nucleoflico insaturado para fornecer o produto azo colorido. Se o composto resultante contiver uma amina primria, esta nitrao, aminao, diazotao, halogenao, oxidao, reduo etc., resultam em intermedirios para a indstria dos corantes e

tambm pode ser diazotizada e acoplada, fornecendo um sistema de maior conjugao. Estendendo a conjugao, ou adicionando sistemas cclicos maiores ou diferentes grupos doadores de eltrons, uma larga faixa espectral de cores pode ser obtida, com quase qualquer propriedade fsica ou qumica desejvel. Compostos monoazo insaturados possuem frmula geral A-N=N-B, onde A e B so sistemas insaturados cclicos ou acclicos conjugados ao grupo azo. Na ausncia de grupos doadores de eltrons, estes compostos so apenas fracamente coloridos, e a banda de absoro no visvel atribuda transio de baixa intensidade * do grupo azo. Se um grupo doador de eltrons introduzido no ramal A ou B, uma banda de absoro de alta intensidade produzida, normalmente na regio do visvel, que normalmente associada transferncia de densidade eletrnica do grupo doador atravs de todo o cromforo. Entretanto, para produzir a mxima intensidade de transio, normalmente alocam-se todos os grupos doadores de eltrons no resduo A, e todos os grupos aceptores de eltrons, se houverem, no resduo B. Entretanto, esta no uma regra geral, e excees ocorrem. Corantes azo contendo dois grupos azo so chamados de compostos disazo, e aqueles contendo trs grupos azo so conhecidos como trisazo. Existem milhares de corantes azo, que podem possuir um ou mais grupamentos azo. Um exemplo clssico de corantes azo, largamente utilizado em qumica como indicador de pH, o alaranjado de metila:

Figura 1 - Alaranjado de metila.O cido sulfnico tambm pode apresentarse na forma salina.

A sntese de corantes azo requer a diazotizao de uma amina aromtico para seracoplada a uma amina ou fenol. Para a sntese do alaranjado de metila, parte-sedo cido sulfanlico e da dimetilanilina.

Figura 2: Reao de formao do cido sulfanlico diazotizado

O cido nitroso formado in situ pela reao de um sal de nitritro inorgnico com cido clordrico:

Figura 3 - Preparao do cido nitroso, que se converte ao on nitrosnio em meio cido Para que o cido sulfanlico seja diazotizado faz-se necessria a adio de uma base fraca. Para que a reao de diazotizao ocorra a amina deve possuir um par de eltrons livre. Em soluo aquosa, o cido antranlico tende a formar um salinterno, e a adio de base recupera a amina, enquanto forma-se um sal sdico do grupo sulfnico, aumentando a solubilidade do composto.

Figura 4 - Disponibilizao da amina para reao de diazotizao Para completar a sntese do alaranjado de metila realiza-se ento a reao de acoplamento. Primeiramente necessrio ativar a dimetilbenzamina que ser acoplada ao cido sulfanlico diazotizado. Para tanto adiciona-se ao meio reacional uma pequena quantidade de cido actico glacial para que a soluo mantenha-se levemente cida. Nas reaes de acoplamento o controle de pH do meio

fundamental. O reagente eletroflico o on diaznio, ArN2+. Quando o on hidrxido est presente, o on diaznio encontra-se em equilbrio com um composto no ionizado, o diazo-hidrxido ou cido diazico, Ar-N=N-OH e, com sais, diazoatos (Ar-N=N-O-Na+) dele derivados:

Figura 5 - Formao de cido diazico e do respectivo diazoato sdico, que no fazem reao de acoplamento. Assim, conclui-se que, pelo que toca ao agente eletroflico, a reao de acoplamento favorecida por um meio com baixa concentrao de on hidrxido, ou seja, sob pH ligeiramente cido.

OBJETIVO A prtica realizada teve por objetivo realizar a sntese do corante alaranjado II(alaranjado de metila) e o seu tingimento aplicado a uma fibra txtil. PARTE EXPERIMENTAL Reagentes -naftol; cido Sulfanlico; NaCl P.A.; cido Actico P.A.; Sal comum. Equipamentos Balana analtica; Chapa aquecedora; Geladeira; Agitador; Solues Soluo de Hidrxido de Sdio a 10% Soluo de Nitrito de Sdio a 20% Soluo de cido Clordrico 5N; gua destilada. Barra magntica; Suporte par funil; Papel de filtro; Caixa de isopor. Esptula. Pipetas; Funil de vidro;

Vidrarias Matraz (Erlenmeyer);

Proveta; Balo volumtrico;

Baqueta vidro).

(basto

de

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Preparo das Solues: Todas as solues utilizadas neste experimento foram previamente preparadas. Sntese do corante Alaranjado II Em um erlenmeyer de 50 mL foi dissolvido rapidamente 0,40 g de -naftol em 10 mL de uma soluo de hidrxido de sdio a 10%, medida em uma com uma pipeta graduado. Foi aquecida e resfriada a mistura em banho de gelo. Em outro erlenmeyer de 50 ml foi dissolvido 0,5 g de cido sulfanlico em 2 mL de uma soluo de NaOH a 10% medida em pipeta graduada. Resfriada a mistura ente 0 a 5c em banho de gelo e sal (3:1). Foi adicionada a esta soluo, 2 mL de NaNO 2 a 20% previamente preparada. Mantendo a temperatura prxima de zero grau foram acrescentados lentamente e com agitao vigorosa, 5 mL de HCL 5N. Com a mistura ainda sob agitao, foi adicionada a soluo gelada e alcalina de -naftol. Ainda com a mistura sob agitao deixou-se ficar at se adquirir a temperatura ambiente. Foram acrescentados 2 g de NaCl a mistura, foi feita a filtrao do corante (filtrao comum) e lavado com 30 mL de gua gelada. E deixou-se secar ao ar. Tingimento utilizando o corante alaranjado II Colocou-se um pedao de tecido (2x5 cm) em um Becker de com 50 ml de gua e foi aquecido a 50C por 10 min.

Em outro Becker de 100 ml contendo 50 ml de gua foi preparado o banho de tingimento dissolvendo-se aproximadamente 0,25 g de alaranjado II, 0,4 g de sal de Glauber (sulfato de sdio) e 0,25 ml de cido actico. Foi aquecida a 50C. Com o auxilio de um basto de vidro foi transferido o tecido para o banho de tingimento e elevada a temperatura at alcanar a ebulio mantendo-se por 10 min. Foi removido o tecido, lavado e seco.

RESULTADOS E DISCUSSES

Os ons aril diaznio so eletrfilos fracos e reagem com compostos aromticos ricos em eltrons, como fenis e arilaminas, produzindo compostos do tipo azo. A reao de substituio eletrofilica conhecida como acoplamento azo, dois grupos arila unidos por um grupo funcional azo (-N=N-). De modo geral os compostos azo so intensamente coloridos devido deslocalizao de eltrons em seu sistema (pi) estendido. Muitos so usados como corantes. As cores dos compostos azo variam com a natureza dos grupos arila, os substituintes destes e com o pH. Os

substituintes tambm afetam a solubilidade de corantes azo e a sua fixao nas fibras do tecido. Verificou-se que o tecido ficou colorido aps a lavagem com gua quente.

CONCLUSO Atravs da prtica realizada foi possvel conhecermos a sntese de um corante e sua aplicao a um substrato txtil, onde observamos algumas caractersticas necessrias ao seu desenvolvimento, como: Foi necessrio realizar o experimento a baixa temperatura para evitar a solubilizao do composto, j que o objetivo era t-lo em forma de cristais. E a gua gelada retirou todo o sal e impurezas contidas no composto. O sal de arildiaznia uma amina, com as aminas so bases as mesmas iro reagir adequadamente em meio alcalino. Observou-se que o Cloreto de sdio utilizado teve a funo de atrair a gua do composto ou seja, diminuir a solubilidade do mesmo. A forma como um corante se liga a um tecido um assunto extremamente complexo, uma vez que nem todos os corantes e nem todas as fibras so equivalentes. Um corante bom (fast e level) para l e seda pode no tingir o algodo, por exemplo.

Corantes azo fixam-se s fibras que possuem grupos hidroxila por pontes de hidrognio. Quando o composto um dizazo, a distncia entre os grupos azo deve ser igual, ou muito prxima, a de dois grupos hidroxila na fibra para que o tingimento seja satisfatrio. Existe ainda o tingimento in grain, onde primeiramente o tecido imerso em um banho contendo o sal de diaznio em seguida em outro, contendo o composto aromtico

nucleoflico ativado. Assim, o corante azo formado diretamente dentro das fibras dos tecidos.

REFERNCIAS VOGEL, A. I. Analise Orgnica; Ao Livro Tcnico S.A.; 3 ed.; Vol. 1, 2, 3; 1984. SOLOMONS, T. W. G. Qumica Orgnica; 6 ed; Livros Tcnicos e Cientficos; Rio de Janeiro; 1996. COSTA NETO, Claudio. Analise Organica. Metodos e

Procedimentos para Caracterizao de Organoquimios. Vol 1 e 2. Editora UFRJ. Rio de Janeiro; 2004.

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