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DISLEXIA

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DISLEXIA: UM RELATO DE CASO EM TERAPIA OCUPACIONAL

Giovanna Endrizzi1, Ana Cabanas2


1
Pós-Graduação em Reabilitação aplicada à Neurologia Infantil, Faculdade de Ciências Médicas,
Universidade de Campinas, Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, 13084-970,
Campinas, SP, giendrizzi@hotmail.com
2
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Desenvolvimento Regional, Universidade de Taubaté,
Rua Visconde do Rio Branco, 20, Centro, 12200-000, Taubaté, SP, anacabanas@uol.com.br

Resumo- A dislexia é considerado como uma dificuldade no aprendizado de leitura e escrita sem déficit
intelectual, podendo apresentar alterações psicomotoras, perceptivas e têmporo-espaciais. Portanto, o
objetivo deste estudo de caso foi identificar a importância do terapeuta ocupacional no tratamento de
crianças com dislexia, bem como verificar diagnóstico e tratamentos utilizados para este problema, apontar
a ludicidade como instrumento indispensável na terapia e promover uma evolução no processo ensino-
aprendizagem. O sujeito da pesquisa foi uma criança disléxica, do sexo masculino, de dez anos de idade.
Foram utilizadas fontes de evidência, para se construir, ao longo do estudo, uma base de dados, formando
uma cadeia de evidências que foram analisadas mediante embasamento teórico. De forma geral, acredita-
se que neste estudo de caso, a terapia ocupacional atuou como facilitadora, representando por meio do
tratamento deste disléxico a possibilidade de desenvolver e aprimorar habilidades no processo ensino-
aprendizagem, além de sua reintegração familiar e social.

Palavras-chave: Dislexia, Atividades, Família, Terapia Ocupacional.

Área do Conhecimento: Ciências Humanas

Introdução Há muito tempo, o homem deixou de ser nômade


para viver em sociedade. Ele percebeu que
Da mesma forma que uma planta não precisa conviver com outras pessoas para se
amadurece sem condições favoráveis de umidade desenvolver. Ao nascer, o primeiro grupo social do
e fertilidade da terra, Faria (1998) revela que o ser humano é a família que segue durante a
mesmo acontece ao ser humano enquanto feto. infância; depois, o grupo social (importante ao
Adequada condições intra-uterinas, devendo a desenvolvimento como um ser omnilateral); em
mãe encontrar-se sadia e bem alimentada. seguida, a Escola (promove a continuidade do
Conforme a Teoria Piagetiana, as desenvolvimento cognitivo, intelectual e motor).
necessidades fundamentais da criança, como A criança com o cérebro intacto terá um
nutrição, eliminação e seqüência do processo de desenvolvimento normal, desde que não sofra
maturação, fazem com que ela aja sobre o meio interferências orgânica, psicológica ou social.
em que vive. Há o momento certo para cada tipo Estas causam limitações intrínsecas ou
de assimilação e acomodação. Tudo funciona de extrínsecas e requerem algumas adaptações, a
acordo com o grau de maturação e o tipo de fim de que possam atingir o seu potencial máximo.
estímulo proviniente do meio em que se vive. “Tais limitações podem decorrer de problemas
Ao partirmos da premissa de que o ser é visuais, auditivos, mentais ou motores, como
pensante, haja vista que seu pensamento começa também de condições ambientais desfavoráveis”
pela ação, entendemos que o desenvolvimento (MAZZOTTA, 1982, p. 27).
humano está ligado ao cérebro e aos sistemas Seja qual for a limitação que a criança
sensório-motores. Marcando essas estruturas de apresente, suas chances de ser aceita na
maneira sucessiva, Piaget (1967) distingueseis sociedade capitalista e individualista são cada vez
estágios do desenvolvimento da criança: menores. Devido ao clima de disputa, apenas os
Sensório-motor (0-2 anos); Pré-operatório melhores são aceitos, os demais sofrem
(2-7 anos); Operacional concreto (7-11 anos); discriminações apresentando déficits de baixa
Operacional formal (a partir de 11 anos). auto-estima.
A aprendizagem, segundo Assunção (1977), Socialmente, os jogos e as brincadeiras
ocorre em diferentes meios como: família, impõem o controle dos impulsos – ansiedade e
sociedade e escola. impaciência –, a aceitação das regras – respeito

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mútuo –, mas sem que se aliene a elas. Brougère Materiais e Métodos
(1998) compreende que a ludicidade faz parte do
desenvolvimento e da aprendizagem da criança. O primeiro passo foi a revisão bibliográfica
Ao brincar ela está se preparando para a vida sobre o tema em livros, artigos científicos e
adulta. pesquisas acadêmicas, servindo de
O lúdico permite que a criatividade se fundamentação para discutir os resultados.
desenvolva, a fim de enfrentar a realidade. Para O estudo de caso foi realizado com uma
Hinojosa e Kramer (2000), um jogo sensório-motor criança, do sexo masculino, de dez anos,
que se transforma em simbólico, amplia as denominada “PH”, que apresenta dislexia. As
possibilidades de ação e compreensão do mundo. análises com o sujeito da pesquisa ocorreram mo
A criança deixa de estar presa ao momento, sendo Núcleo de Aconselhamento, localizado na região
possível imaginá-lo e representa-lo por meio dos Central de São José dos Campos (SP).
símbolos. Como método de procedimento foi utilizado o
À luz da teoria de Aberastury (1992), a histórico-comparativo de um único caso.
atividade lúdica é um recurso didático muito Anamnese e observações do cliente em atividades
valioso, mas que deve ser planejada. Ela serve fizeram parte dos procedimentos da coleta de
para organizar a realidade interna e o mundo dados, para a qual atendemos a ética no que se
externo da criança, mostrando sua capacidade de refere às determinações da Resolução nº 196/96
sobreviver, ter prazer, resolver problemas e se do Conselho Nacional de Saúde (CNS), impostas
relacionar. às pesquisas que envolvem seres humanos.
Os distúrbios de aprendizagem são Os atendimentos de TO foram realizados uma
dificuldades específicas que as crianças vez por semana, durante quatro meses (julho a
apresentam em determinado momento escolar. outubro de 2005), com sessões de uma hora.
Conforme Araújo (2002), pelo menos 80% dos Após avaliação de “PH”, propomos atividades
distúrbios estão relacionados à leitura e à escrita. específicas que trabalhassem seu
No entanto, podem ocorrer em disciplinas desenvolvimento motor global, interpretações oral
específicas como a Matemática: discalculia e de escrita, elaboração do pensamento. Um
(dificuldade em lidar com os símbolos Plano terapêutico que proporcionasse ao sujeito
matemáticos). da pesquisa, possibilidades de executar, com
O problema é considerado patológico por propriedade, atividades como: reconhecimento de
Santos (2001), quando a criança está bem abaixo si próprio e suas ações; jogos e brincadeiras;
da média de sua classe escolar ou de sua idade. recorte e colagem; atividades corporais e
As causas variam entre desnutrição, privação expressivas; Atividades de Vida Diária (AVD) e
cultural, disfunções emocionais, rebaixamento orientação familiar.
mental e problemas sensoriais ou neurológicos. Tendo a psicodinâmica como abordagem
Alguns estudiosos como Ajuriaguerra et al. foram considerados três pressupostos
(2000), acreditam que a dislexia tenha causas fundamentais do método, conforme ensinamentos
neurológicas, psíquicas ou educativas que de Benetton (1991): atividades contendo
dificultam a leitura. Por outro lado, Condemarim e elementos simbólicos; criação de novos espaços,
Marlys (1989) conceituam a dislexia como sendo principalmente afetivos, para chegar à forma
uma disfunção hereditária ou adquirida, que afeta particular de se relacionar; uso de atividades
a aprendizagem da escrita, da ortografia, da capazes de se contrapor aos sintomas, facilitando
gramática e da redação. o aparecimento da função saudável
Nesse sentido, este estudo visou identificar a correspondente.
importância do profissional de Terapia A técnica de coleta foi história de vida e
Ocupaiconal (TO) no tratamento de crianças observação direta extensiva. Fundamentando-se
portadoras de dislexia, verificando por meio de um em Lakatos e Marconi (2001), com este
caso de caso com uma criança disléxica, os instrumento obtivemos dados relativos à
diagnósticos e os tratamentos utilizados, experiência íntima de “PH”, que tinham importante
apontando a ludicidade como importante significado para o conhecimento do objeto em
instrumento no tratamento de disléxicos, estudo.
proporcionando à criança atividades lúdicas que
visem a evolução no processo ensino- Resultados
aprendizagem.
Este estudo justifica-se devido ao trabalho de “PH” apresenta atraso de aprendizagem e
TO, no sentido de facilitar a aquisição de déficit na coordenação motora fina. Sua família é
habilidades e requisitos principais para o composta por pai, mãe e dois irmãos mais novos.
aprendizado. Em consonãncia com o relato da mãe, aos 5 anos,

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“PH” apresentou problemas auditivos devido à “PH” demonstrava interesse pelos
otite causada por uma adenóide. Passou por uma atendimentos da TO, porém notava-se ainda um
intervenção cirúrgica para a colocação de um pino certo cansaço físico, mesmo entendendo que era
no tímpano. Época em que, coincidentemente, muito exigido, pois realizava outros atendimentos
surgiram as primeiras dificuldades. multidisciplinares. Entendemos que este cansaço
A mãe foi alertada pela professora, que a se exacerbava; um fator que nos forçou a procurar
criança apresentava dificuldades quanto à pela psicopedagoga para a troca de informações a
coordenação motora fina e ao aprendizado respeito da criança. Tal atitude enriqueceu o
pedagógico específico. Resistentes às constantes trabalho com “PH”.
queixas da Escola, os pais transferiram-no sobe a Devido às férias, a pedido da mãe da crinça,
alegação que a mesma tinha deficiências houve uma pausa nos atendimentos de TO. Ao
pedagógicas. A mudança de escola de nada retornar, “PH” estava mal humorado, desatento ao
adiantou, os problemas relacionados à extremo e desanimado para realizar as atividades
aprendizagem, continuaram existindo. A nova propostas. Nada mais o agradava, até mesmo o
escola encaminhou “PH” à avaliação futebol não o despertava do marasmo e desta
psicopedagógica, que sugeriu avaliação eminente tristeza. Parecia deprimido.
neurológica, para que fosse feito um diagnóstico Diante deste quadro, foi necessária nova
diferencial. intervenção familiar, desta vez com o propósito de
Os pais precisaram de dois anos para ampliar a visão dos pais, fazendo com que
entender a necessidade de um diagnóstico. repensassem quanto à dinâmica familiar. Houve
Cientes do problema, procuraram por um um consenso de que as orientações não eram
neurologista que avaliou “PH”, diagnosticando-o eficazes e que vivenciar situações poderia ajudá-
com déficit de atenção e o encaminhando para los a entender o que poderia mudar na rotina da
uma fonoaudióloga. Esta por sua vez, o família, por exemplo, horários, autonomia e
encaminhou para avaliação de Terapia relações afetivas.
Ocupacional (TO), frente às suas dificuldades Contudo, propomos que participassem de uma
motoras e cognitivas. atividade lúdica junto a “PH”, a qual consistia em
Avaliado o cliente em TO, foram traçados os arrumar uma casa de brinquedo que continham
objetivos e elaborado um plano de tratamento bonecos, utensílios domésticos e seus respectivos
relacionado, em especial, às AVD e, cômodos. A família de “PH” começou a atividade
posteriormente, ao estreitamento dos laços com entusiasmo, mas ele continuou sentado, não
familiares. A princípio, foi proposta a confecção de participando. Ao montarem a casa, os irmãos
um cartaz de tema livre; foram oferecidos como insistiram com “PH” para se juntasse a eles, porém
material: revistas, tesoura, cola, cartolina, papel ele era irretudível. O pai realizou várias tentativas
dobradura e barbante. “PH” escolheu montar um para inseri-lo na atividade. Depois de muito tempo
campo de futebol que, ao ser delimitado por que a família estava envolvida na arrumação da
barbanates, foi montado com colagem de papel casa, “PH” se levantou e se aproximou apenas
dobradura e recortes de revistas. para observar. O pai pediu aos irmãos para dar
Observamos dificuldades referentes à espaço para ele, os mesmos o tratavam como um
utilização adequada da tesoura, percepção de bebê, faziam por “PH” o que podia fazer sozinho.
limites no recorte. Na atividade de colar, “PH” Com a casa quase pronta, “PH” resolveu
apresentou dificuldades quanto à quantidade de participar, buscando objetos que pudesse
cola a ser utilizada e de mensurar a força. Nesta representar uma bola e um cachorro,
proposta, foi confeccionado junto com “PH” uma acrescentando-os na casa.
chuteira de papel dobradura, usando barbante
para amarrar o calçado. A chuteira foi colada, Discussão
posteriormente, ao cartaz. Percebemos nesta
atividade, a necessidade de vivenciar práticas de A partir desta vivencia pudemos mostrar aos
vida diária como: amarrar, passar alinhavo, pais a infantilização para com “PH” e a
vestir-se e abotoar. necessidade de deixá-lo vivenciar a conquista do
Em alguns dos atendimentos foi trabalhada a espaço desejado e não estar fazendo por ele.
questão das AVD, relacionado à independência de Evidenciamos que “PH” tem competência para
“PH” em se vestir e se calçar. Foi utilizado neste isso, valorizando a importância da rotina na
momento o quadro de AVD. Outro tema abordado dinâmica familiar. E diante da nova posição dos
foi o “tempo”; combinamos com “PH” que fixasse pais, tivemos o ânimo renovado.
um calendário em seu quarto, para que pudesse De modo geral, acreditamos que os efeitos
se situar no tempo, ter noção de dia, mês e datas dos atendimentos de TO repercutiram como um
importantes. instrumento facilitador para que houvesse uma

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adequação na rotina familiar de “PH”, como - ARAÚJO, A. T. S. A clínica e os problemas na
fomentado por Finger (1986). Por meio das aprendizagem. Revista Psicologia: teoria e
intervenções observamos que houve uma prática. v. 4, n. 1, 2002.
mudança drástica no comportamento familiar,
resultando numa melhor resposta às terapias e ao - ASSUNÇÃO, Elizabete. Problemas de
rendimento, possibilidades de superação das aprendizagem, vida e saúde. v. 3. São Paulo:
barreiras da dislexia escolar da criança, com Casa Publicadora Brasileira, fev. 1977.
melhores
Os pais compreenderam que eram - BENETTON, M. J. Uma abordagem
manipulados por “PH” e que, realmente, havia uma psicodinâmica de terapia ocupacional. Revista de
necessidade de se criar uma rotina familiar e Terapia Ocupacional. p.3, 1991.
estabelecer limites. Colocada em prática uma nova
rotina, como indicado por Bruke e Schaaf (2000), - BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Tradução
percebemos maior disposição e estímulo em “PH”, de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes
o qual passou a ter melhor aproveitamento nas Médicas, 1998.
terapias, apresentando-se mais calmo. Os pais
entenderam que o filho precisava dessa rotina. - BRUKE, Janice Posatery; SCHAAF, Roseann.
Narrativas familiares e avaliação da recreação. In:
Conclusão PARHAM, L. Diane; FAZIO, Linda S. A recreação
na terapia ocupacional pediátrica. São Paulo:
Diante dos resultados apontados, observamos Santos, 2000. p. 73.
que os objetivos deste estudo de caso foram
parcialmente alcançados. Foram utilizados como - CONDEMARIM, M.; MARLYS, B. Dislexia:
estratégias as atividades programadas para manual de leitura corretiva. 3 ed. Porto Alegre:
trabalhar as necessidades do sujeito da pesquisa, Artes Médicas, 1989.
estimulando-o e desenvolvendo sua coordenação
motora fina, percepção visual, esquema corporal, - FARIA, A. R. F.. O desenvolvimento da criança
lateralidade, atenção, concentração, interpretação, e do adolescente segundo Piaget. São Paulo:
relaciomento interpessoal e familiar, além da Ática, 1998.
melhora da auto-estima. Requisitos estes
necessárias para que a criança possa ter um - FINGER, Jorge Augusto Ortiz. Terapia
desenvolvimento normal no processo ensino- ocupacional. Sarvier: São Paulo, 1986.
aprendizagem, bem como na trajetória da vida
pessoal. - HINOJOSA, J.; KRAMER, P. Integrando as
A fundamentação teórica foi importante para crianças portadoras de incapacidades na
compreender o quadro da criança e propor um recreação familiar. In: PARHAM, L. D.; FAZIO, L.
trabalho mais dirigido. No entanto, esbarramos na S. A recreação na terapia ocupacional
dificuldade da literatura científica mais específica pediátrica. São Paulo: Santos, 2000. 160 p.
da TO.
A análise do estudo demonstrou que a - LAKATOS, E.; MARCONI, M. A. Metodologia d
intervenção terapêutica foi benéfica. As do trabalho científico: procedimentos básicos,
possibilidades de experimentar proporcionaram a pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,
“PH” a consciência de suas potencialidades, publicações e trabalhos científicos. 5 ed. São
conseqüentemente, elevando sua auto-estima e Paulo: Atlas, 1990.
estimulando-o ao “fazer”. Por sua vez, os pais
assimilaram as necessidades e as limitações do - MAZZOTA, M. J. S. Fundamentos de educação
filho, buscando mudar a rotina familiar, para especial. São Paulo: Ática, 1982.
atendê-lo.
Portanto, entendemos que este processo está - PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Rio de
apenas iniciando, e que a TO foi uma facilitadora, Janeiro: Forense, 1987.
proporcionando à criança com dislexia
possibilidades de experimentar, vivenciar, errar,
- SANTOS, Nazareth dos. Distúrbio de
sentir e crescer.
aprendizagem: diagnóstico clínico em
psicopedagogia da criança adotada e seus
Referências
problemas na aprendizagem escolar. 2001. 70 f.
(Dissertação) – Curso de Pós-Graduação em
- ABERASTURY, Arminda. A criança e seus jogos.
Psicopedagogia, Universidade do Vale do
2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. Paraíba. São José dos Campos: UNIVAP, 2001.
- AJURIAGUERRA, J. et al. A dislexia em
questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

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