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FT2 - Cap.2 e Cap.3 Transmissão Digital em Banda Base e Banda Passante - 033235

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3.

º Ano
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
INSTITUTO POLITÉCNICO
Departamento de Informática, Electrónica e Telecomunicações

Capítulo 2:
Fundamentos de
TRANSMISSÃO DIGITAL EM
Telecomunicações II
BANDA BASE
Docente:
Eng.º Daniel Meote Fama

2024
Introdução 2

• A tarefa de um sistema de transmissão digital é a de


transferir um sinal de informação na forma de pulsos
desde a sua fonte até o destinatário passando pelo canal de
comunicação. SWS

• Todo canal de comunicação apresenta algumas


imperfeições, tais como: a adição de ruído, limitação da
largura de banda, introdução de distorção, interferência,
desvanecimento, etc.
Introdução 3

✓ O desvanecimento em transmissão (fading) é um


fenómeno que ocorre quando os sinais de rádio sofrem
oscilações rápidas em amplitude, fase ou atraso
multipercurso durante um curto intervalo de tempo ou
uma curta distância de propagação.
• Fundamentalmente os sinais digitais podem ser
transmitidos sob duas formas:
i) Transmissão em banda base;
ii) Transmissão em banda passante (passa-faixa ou
banda de canal).
Introdução 4

• Entende-se por transmissão digital em banda base, a


transmissão de sinais digitais cujo espectro está centrado
na frequência 0 Hz.

✓ Ou seja, o sinal é transmitido na banda de


frequências em que ele próprio é produzido (não
ocorre o processo de modulação).

• Na transmissão digital em banda passante, o sinal digital é


modulado em onda continua com uma frequência de
portadora adequada à banda do sistema de transmissão.
Codificação de Linha 5

• Os sinais digitais podem ser utilizados directamente para a


transmissão de informações digitais, necessitando as
seguintes características:
❑ Ausência de componente contínua;
❑ Redução da banda de frequência;
❑ Sincronismo (transmissão adequada da informação
do relógio);
❑ Facilidade de detecção de erros;
❑ Facilidade de filtragem de ruídos e interferências.
Codificação de Linha 6

• Antes da sua transmissão no canal, a informação sob a


forma digital é convertida em sinais eléctricos ou ópticos
com uma operação que lhe permite ter essas
características.

• Essa operação é chamada CODIFICAÇÃO DE LINHA

• Essa codificação baseia-se em códigos de linha, que


constituem um conjunto de elementos do sinal (símbolos)
utilizados para representar as sequências binárias.
Codificação de Linha 7

• Existem vários códigos de linhas. No entanto, os mais


relevantes são:
❑ NRZ;
❑ RZ;
❑ Bipolar AMI;
❑ HDBn;
❑ Bifásico Manchester;
❑ CMI;
❑ 4B/3T;
❑ Multinível 2B1Q.
Códigos de Linha: NRZ 8

• NRZ (Non Return to Zero - não retorna a zero): consiste


em manter o nível do sinal em alto quando o bit é 1 e em
nível baixo quando o bit é 0.
i) NRZ unipolar: utiliza dois níveis de tensão, isto é +V para o bit 1 e
V=0 para o bit 0;
ii) NRZ polar (ou bipolar): utiliza dois níveis simétricos, isto é +V
para o bit 1 e -V para o bit 0.
Códigos de Linha: RZ 9

• RZ (Return to Zero – retorna a zero): consiste em uma


pequena modificação onde o sinal retorna ao nível baixo
no meio do bit 1.
i) RZ unipolar: utiliza +V para o bit 1 e V=0 para o bit 0;
ii) RZ polar (ou bipolar): utiliza +V e -V para o bit 1 (alternando) e
V=0 para o bit 0.
Códigos de Linha: AMI 10

• Bipolar AMI (Alternate Mark Inversion – inversão de


marcas ou pulsos alternadas): utiliza três níveis de tensão
(+V, 0, -V), onde V=0 é para o bit 0 enquanto o bit 1
corresponde a pulsos regulares com polaridades
alternadas.
+V
0
-V

• A principal limitação do código AMI é a ausência da informação de


relógio quando a mensagem binária tem longas sequências de
espaços (ou seja zeros). São os primeiros usados nos sistemas de
pares simétricos de cobre.
Códigos de Linha: HDBn 11

• HDBn (High Density Bipolar of order n – densidade alta


bipolar de ordem n) : é uma família de códigos semelhante
ao AMI, mas que evita as sequências de mais de "n"
espaços (zeros) sucessivos.
• Na presença de n zeros consecutivos substitui com um
pulso V (pulso de violação) que deve ter a mesma
polaridade do pulso anterior.
• HDB3 é o código mais utilizado desta família onde n=3.
Que introduz o pulso V e o pulso B (de balanceamento).
Usados em sistemas PCM multiplexados a 2, 8 e 34
Mbits/s.
Códigos de Linha: HDB3 12

• A regra de codificação do HDB3 é substituir toda sequência de


quatro zeros consecutivos (0000) pela sequência B00V ou
000V, onde B é um pulso em conformidade com a regra AMI, e
V representa um pulso que viola a regra AMI. A escolha da
sequência B00V ou 000V é feita de tal modo que o número de
pulsos entre dois pulsos violados consecutivos seja sempre
impar.
+V
0
-V

+V
0
-V
Códigos de Linha: Bifásico Manchester 13

• Bifásico Manchester: o código bifase ou bifásico


Manchester usa um ciclo de uma onda quadrada em uma
fase para codificar o bit 1 e um ciclo na fase oposta para
codificar o bit 0.

+V
0
-V

• O código bifase é utilizado em enlaces curtos.


• Usados em redes locais Ethernet e sistemas RDS (Radio
Data System) em radiodifusão FM.
Códigos de Linha: CMI 14

• CMI (Code Mark Inversion – código de inversão de marcas


ou pulsos): o bit 0 é sempre representado pela sequência
“01”, e o bit 1 representa alternadamente pelas sequências
"11" e "00". A ocorrência da sequência “10” no
decodificador é interpretada como erro.
+V
0
-V

• É um código do tipo 1B/2B onde cada bit da sequência de dados é


representado por 2 bits o que provoca um aumento na taxa de
sinalização (símbolos). Usados em sistemas PCM multiplexados a
140 Mbits/s.
3.º Ano
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
INSTITUTO POLITÉCNICO
Departamento de Informática, Electrónica e Telecomunicações

Capítulo 3:
Fundamentos de
TRANSMISSÃO DIGITAL EM
Telecomunicações II
BANDA PASSANTE
Docente:
Eng.º Daniel Meote Fama

2024
Modulação Digital 16

• O processo de modulação digital, tal como na modulação


analógica, consiste em alterar as características (amplitude,
frequência ou fase) de uma portadora a partir das
variações de um sinal modulante (sequência binária).
Sequência binária Sinal modulado
Modulador digital

Portadora
(analógica ou digital)
Modulação Digital 17

• O que caracteriza uma modulação digital é o facto do


sinal modulante ser do tipo digital. A portadora pode
ser analógica ou digital.
❑ Informação digital x portadora analógica = modulação
digital de onda contínua (ASK, FSK, PSK e QAM);
❑ Informação digital x portadora digital = modulação
digital por pulso ou simplesmente modulação de
pulso (PCM, DPCM e ADPCM).
Modulação Digital 18

• As vantagens da modulação digital em relação a


modulação analógica são:
❑ Maior qualidade na transmissão da informação;
❑ Maior facilidade de integração e produção;
❑ Menor manutenção (não precisa de reajuste de
frequências);
❑ Menor largura de banda ocupada pelo sinal;
❑ Maior rejeição aos sinais interferentes;
❑ Menor custo (circuitos simplificados).
Parâmetros da Modulação Digital 19

• Alguns parâmetros que devem ser observados na


transmissão digital e especificamente no processo de
modulação digital são:
❑ A taxa de modulação (ou velocidade de modulação):
indica quantas variações de símbolos ocorrem na unidade
de tempo (segundo).
𝟏
𝑽𝒎𝒐𝒅 = 𝑫𝒎𝒐𝒅 = [𝒃𝒂𝒖𝒅]
𝝉

• 𝝉 é a largura do pulso ou a duração do menor símbolo


transmitido, medido em segundo.
Parâmetros da Modulação Digital 20

❑ A taxa de transmissão de dados (ou velocidade de


transmissão): indica o número de bits transmitidos na
unidade de tempo.
𝒏
𝑽𝑻𝑿 = 𝑫𝑻𝑿 = [𝒃𝒑𝒔]
𝑻
• 𝒏 é o número de bits;
• 𝑻 é tempo que ocorre a transmissão dos símbolos
(medido em 1 segundo);
• 𝒃𝒑𝒔 significa bits por segundo.
Parâmetros da Modulação Digital 21

❑ Número de bits: indica a relação entre a taxa de


transmissão e a taxa de modulação.
𝑽𝑻𝑿
𝒏= [𝑏𝑖𝑡𝑠]
𝑽𝒎𝒐𝒅
Ou ainda:

𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝑴
𝒏 = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝑴 = ⇒ 𝑴 = 𝟐𝒏
𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝟐

• M é o número de símbolos utilizados também chamado


índice de modulação digital.
Parâmetros da Modulação Digital 22

❑ Largura de banda de transmissão (BW ou B):

𝟏
𝑩= [𝑯𝒛]
𝟐𝝉

𝝉 𝝉

• 𝝉 é a largura ou duração do pulso (medido em s -


segundo).
Tipos de Modulação Digital 23

• Os processos de modulação digital com portadora


analógica podem ser:
❑ ASK (Amplitude Shift Keying – modulação por desvio de
amplitude);
❑ FSK (Frequency Shift Keying – modulação por desvio de
frequência);
❑ PSK (Phase Shift Keying – modulação por desvio de fase);
❑ QAM (Quadrature and Amplitude Modulation –
modulação em amplitude e fase).
Tipos de Modulação Digital 24

• Em Amplitude: ASK
• Em Frequência: FSK
• Monobit: 2-PSK (BPSK)

• Em Fase: PSK • Multinível (M-ary): • 4-PSK (QPSK)


• 8-PSK
• Diferencial: DPSK; DQPSK
• Em Amplitude e Fase: QAM
Essas são as modulações digitais de onda contínua.
ASK 25

• Vimos que a transmissão de bits por meios físicos é


difícil, pois tais meios não possuem banda passante
infinita, o que gera distorção no sinal recuperado.

• Para solucionar essa deficiência, o trem ou sequência de


bits deve ser introduzida em um modulador, o qual
modificará o sinal a ser transmitido; onde quando o
nível lógico for 1, será transmitida a frequência
senoidal da portadora e, quando o nível lógico for 0,
será transmitido sinal de amplitude zero.
ASK 26

• Consiste na modificação da
amplitude da portadora
senoidal conforme as
variações de estado lógico
do sinal modulante
(sequência ou trem de bits).

• Também conhecida como


modulação por salto de
amplitude.
ASK 27

Diagrama em bloco de um sistema de comunicação digital com ASK.


FSK 28

• De maneira similar à ASK, a modulação FSK também


tem por finalidade inserir no meio de transmissão um
sinal senoidal de frequência finita e conhecida, a fim de
garantir uma banda passante finita.
• Entretanto, em vez de variarmos a amplitude da
portadora em função dos bits a serem transmitidos,
variamos a frequência do sinal da portadora.
• Assim a portadora assume dois valores distintos de
frequências, um para o bit 1 e outro para o bit 0.
FSK 29

• Consiste na modificação de
frequência da portadora
senoidal conforme as
variações de estado lógico
do sinal modulante.

• Também conhecida como


modulação por salto de
frequência.
PSK 30

• A modulação PSK também transmite um sinal senoidal


da portadora em função do trem de pulsos da
informação.
• No entanto, a alteração sofrida pela portadora é em
relação à fase a quando da variação do nível lógico do
trem de bits.
PSK 31

• Consiste na modificação de
fase da portadora senoidal
conforme as variações de
estado lógico do sinal
modulante.

• Também conhecida como


modulação por salto de
fase.
Modulação Multinível: BPSK 32

𝒏 𝟏
𝑴=𝟐 𝒏=𝟏 𝑴=𝟐 𝑴=𝟐
Modulação Multinível: BPSK 33
Modulação Multinível: QAM 34
Fim do Slide!!!

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